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DIP

TRÂMITE INTERNO DOS TRATADOS:

Inicia-se após o término das negociações e da produção do texto do tratado. O Presidente


envia uma mensagem ao Congresso contendo o texto do tratado e uma exposição de motivos
para que tais documentos sejam apreciados em ambas as casas, sendo exigida maioria
absoluta (exceto ec45) para aprovação. O texto deve ser avaliado pela CCJ, pela Comissão de
Relações Exteriores e todas as demais que guardarem afinidade temática.

O texto pode ser rejeitado e uma mensagem informará o Presidente a respeito da decisão. Em
caso de aprovação, ela pode ocorrer na íntegra, ou com restrições eu darão origem à reservas.
SE o texto enviado ao Congresso já contar com reservas, estas poderão ser desabonadas pelo
parlamento, devendo, portanto, ser excluídas da carta de ratificação. O parlamento também
poderá impor a ressalva que é a necessidade dos acordos complementares (subprodutos)
serem apreciados pelo legislativo.

Havendo aprovação, será emitido um Decreto Legislativo de cunho meramente autorizativo a


ser promulgado pelo Presidente do Senado. Até a ratificação ele poderá ser revogado.

Vencidas estas etapas, o tratado será definitivamente incorporado ao ordenamento jurídico


por meio de decreto do poder Executivo que o promulgará, seguido de publicação

Se houver denúncia (deixar rol de pactuantes) e o Brasil desejar retornar, será necessário um
novo decreto legislativo.

VÍCIOS DO CONSENTIMENTO: tratado eivado de vício não se confunde com aquele inexistente
que não conta com um dos pressupostos: forma, sujeitos e obrigação.

 Consentimento expresso com agravo de Direito Público: desrespeitos à normas


superiores internas de fácil conhecimento pela outra parte negociante agindo de boa-
fé.
 Erro, dolo, corrupção e coação sobre o negociador: tratado será anulável, exceto no
caos de coação quando será nulo de pleno direito.
 Coação sobre o Estado: provoca nulidade de pleno direito os tratados de paz seriam
válidos por questões humanitárias, muito embora sejam praticados mediante certa
coação.

ARGUIÇÃO DO VÍCIO: faz-se necessária sob pena do convalescimento. Inicialmente o Estado


deve enviar notificação escrita às outras partes informando, de forma expressa, a respeito de
suas intenções – até aqui pode descumprir sem cometer ilícito. Se a notificação for aceita, o
descumprimento passa a ser aceito. Em caso de objeção a arguição de vício, os Estados
deverão, durante 12 meses, utilizando-se de uma das formas pacíficas do 33 da Viena69,
tentar resolver o conflito. Se as negociações forem infrutíferas, terminado esta prazo, adot-se
uma das seguintes soluções.

Se o objeto da discórdia envolver regra pertencendo ao âmbito do Ius Cogens, a parte que se
considerar prejudicada poderá recorrer à Corte Internacional que já pode ter sido eleita foro
para solução de questões concernentes ao tratado, de modo que nãos e poderá arguir sua
incompetência – exceção ao principio da facultatividade.

Se o tratado for eivado de qualquer outro vício que não envolva Ius Cogens (os de cima)
deverá ser adotado procedimento de conciliação perante Secretário Geral da ONU.
*as partes podem convencionar a respeito da possibilidade de solução por meio de
arbitragem.

SISTEMAS DE VIGÊNCIA:

 Vigência Contemporânea ao Consentimento: entra em vigor tão logo as partes


manifestem seu consentimento definitivo, podendo ser de procedimento longo.
 Vigência Diferida: previsão de vacatio legis para conhecimento interno e preparação
para o cumprimento – ato já perfeito.

REGISTRO E PUBLICIDADE PARA FINS INTERNACIONAIS:

Após 1919 não se admite mais os pactos secretos para evitar conflitos. Estes podem até ser
celebrados, mas não serão levados em consideração por qualquer órgão da ONU, inclusive
pela corte, se não forem submetidos a registro por qualquer uma das partes (outras
aproveitam), após entrarem em vigor, no Sistema Internacional de Registros e Publicidade. O
secretariado da ONU registra e publica. Se a ONU ou uma das de suas organizações for aprte, o
registro será promovido de ofício pela própria organização.

PROMULGAÇÃO E PUBLICAÃO INTERNA:

Realizada por Estados de orientação dualista para incorporar tratado ao Direito Interno.
Embora não haja norma expressa, adotamos decreto presidencial + publicação no DOU.
Acordos executivos são apenas publicados. EUA e França apenas publicam.

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