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DIREITO ADMINISTRATIVO

DOMÍNIO PÚBLICO:

 SENTIDO AMPLO: domínio genérico exercido pelo Estado soberano sobre tudo aquilo
que se encontra dentro de sua jurisdição (pessoas e bens), por meio das espécies
normativas previstas na CF. Até a promulgação da CF ele é irrestrito, ou seja, o
constituinte originário não tem limites; com a entrada em vigor da CF passa ter limites
constitucionais.
 SENTIDO ESTRITO: Estado se apresenta na condição de proprietário das coisas,
créditos. Dívidas, entre outros, tal como um particular. Aqui o Estado detém o direito
de propriedade, mas este é diferente do particular, contando com prerrogativas como
impenhorabilidade, inalienabilidade e imprescritibilidade (não podem ser usucapidos).
Aqui o Estado exerce domínio patrimonial usando os bens da forma que bem
entender. Os bens públicos estão sujeitos ao regime especial, ou seja, o regime
privado de bens só se aplica suplementarmente.

CONCEITO DE BENS PÚBLICOS: todas aquelas coisas corpóreas e incorpóreas (créditos, direitos
e ações), moveis, imóveis e semoventes que pertençam, à qualquer título, às entidades
estatais, fundações, autarquias e empresas públicas.

O 98 do CC estabelece que são públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas


jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a
que pertencerem. Desta forma, os bens das empresas públicas que têm personalidade de
direito privado, não estariam cobertos pelas prerrogativas anteriormente mencionadas.

Uma aprte da doutrina entende que as entidades da administração indireta que gozam de
personalidade de direito privado não têm seus bens abrangidos pelas prerrogativas, enquanto
outra parte entende que o artigo 98 do CC nãos e coaduna com a CF já que por se destinarem
a prestação de serviços públicos, tais bens deveriam ser alvo de proteção.

Entendimento do professor: fundações públicas e autarquias tem seus bens protegidos. Os


bens das empresas públicas e sociedades de economia só gozam das prerrogativas se forem
destinados à prestação de serviços públicos ou se forem concessões (de titularidade de quem
concede), os bens objeto de relações tipicamente privadas não gozam das prerrogativas
(exemplo plantação de eucalipto para ser vendido à particulares da CEEE).

 CLASSIFICAÇÃO:
 DE USO COMUM: todos aqueles para os quais o Estado não estabelece
condições específicas para sua fruição. Pode haver restrições gerais (polícia
dos costumes) impostas a todos de maneira igual. Ruas, rios, mares, lagos,
praças.
*pode de polícia é discricionário.
 DE USO ESPECIAL: fruição mediante requisitos especiais limitadores, tal como
a faculdade que pode ser frequentada por aqueles que reencherem
determinados requisitos, como aprovação em exame de admissão – em alguns
casos pode haver “tolerância administrativa!” que permite entrada de
terceiros pela falta de procedimentos formais fazer valer a limitação.
 PATRIMONIO DISPONÍVEL OU BEM DOMINICAL: aqueles sobre os quais a
administração possui direito real ou pessoal disponível, permitindo, portanto,
que as entidades se desfaçam de tais bens, a mesma maneira dos privados,
desde que seja seguido o rito de desafetação para que entrem nesta categoria.
Seguindo-se a regra do 98 do CC, os bens das pessoas jurídicas de direito
privado da administração entrariam aqui.
 DESAFETAÇÃO: retirada de um bem da condição de uso comum ou
especial e transferência para a categoria de bens dominicais. Embora o
bem desafetado não possa ser usucapido, a perda da afetação
(destino) permite que a adm. possa dispor dele. Autorização legislativa
seguida de avaliação, concorrência e venda.
 QUANTO À DISPONIBILIDADE: disponíveis e indisponíveis que podem ser indisponíveis
por natureza.

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