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INTRODUÇÃO
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O QUE É BIOFEEDBACK?
O QUE É BIOFEEDBACK?
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O QUE É BIOFEEDBACK?
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O QUE É BIOFEEDBACK?
A terapia do biofeedback traz benefícios tanto para pacientes que precisam tratar doenças quanto para atletas que
querem atingir o nível máximo de performance. Por utilizar equipamentos de última geração, esse método oferece
ao fisioterapeuta dados mais precisos sobre o corpo e comportamento de determinado paciente.
A aplicação do biofeedback é valiosa para a captação de dados como temperatura corporal, frequência cardíaca,
funções musculares, pressão sanguínea e funcionamento do estômago, bexiga e intestinos. O apoio contínuo do
equipamento é que permitirá transformar todos esses dados em informações perceptíveis e passíveis de controle.
A partir do conhecimento detalhado das funções que ocorrem no próprio organismo, os pacientes aprendem a
controlar as respostas que serão dadas a cada sinal. Tal processo é fundamental para prevenir ou eliminar
doenças, bem como incentivar o esforço contínuo para a reabilitação física.
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O QUE É BIOFEEDBACK?
Veja abaixo os benefícios que tornam a terapia de biofeedback interessante para todo o campo da fisioterapia,
para o profissional da área e seus pacientes:
• Facilita a aceitação de terapias para pessoas que costumam resistir a outros métodos de tratamento;
• Promove a superação e avanços terapêuticos com pouco ou nenhum efeito colateral para boa parte
dos pacientes atendidos.
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O QUE É BIOFEEDBACK?
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O QUE É BIOFEEDBACK?
A maior dificuldade do treino dos Músculos do Assoalho Pélvico – MAP é fazer com que o paciente perceba o
exercício que está fazendo: se está contraindo a musculatura certa, se está contraindo com força suficiente. O jeito
mais moderno e eficiente de se ensinar essa contração é utilizando um dispositivo tecnológico chamado de
biofeedback.
O biofeedback consiste em um equipamento que seja capaz de fornecer uma resposta visual e/ou sonora durante
o exercício permitindo que o paciente perceba e tenha consciência do seu corpo e musculatura.
Para pacientes que têm pouca ou nenhuma “sensação” da musculatura do assoalho pélvico, o biofeedback pode
ser uma das melhores escolhas de tratamento para o paciente primeiramente identificar a musculatura correta que
deve ser ativada durante o exercício.
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O QUE É BIOFEEDBACK?
ESQUEMÁTICO DO BIOFEEDBACK
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REEDUCAÇÃO DA MUSCULATURA PERINEAL
REEDUCAÇÃO DA MUSCULATURA PERINEAL
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REEDUCAÇÃO DA MUSCULATURA PERINEAL
A reeducação dos músculos do assoalho pélvico pode tratar as disfunções e acabar com os incômodos. Vários
recursos podem ser utilizados para isso. Entre eles, estão exercícios de fortalecimento para que os músculos do
assoalho pélvico voltem a funcionar bem.
Quando feitos regularmente, os exercícios para assoalho pélvico ajudam a prevenir a incontinência urinária e o
prolapso .
Pensava-se que bastava treinar os músculos do assoalho pélvico – MAP para reabilitar o paciente, mas pesquisas
recentes tem apontado para uma relação sinérgica entre a musculatura pélvica e abdominal (Abdomino-Pélvica).
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REEDUCAÇÃO DA MUSCULATURA PERINEAL
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SINERGISMO DOS MAP COM OUTROS
GRUPOS MUSCULARES
SINERGISMO DOS MAP COM OUTROS
GRUPOS MUSCULARES
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SINERGISMO DOS MAP COM OUTROS GRUPOS MUSCULARES
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POSTURA E ASSOALHO PÉLVICO
POSTURA E ASSOALHO PÉLVICO
O desequilíbrio pélvico em anteversão e conseqüente aumento da lordose lombar vão desencadear um maior
tensionamento e distensão perineal, podendo prejudicar sua funcionalidade. Assim, os desequilíbrios pélvicos
podem levar a um déficit muscular da musculatura perineal e colaborar, negativamente, para a continência, já que
o mecanismo esfincteriano estará prejudicado.
A abordagem fisioterapêutica visa a uma rearmonização postural para correção da estática pélvica e um
fortalecimento dos componentes esfincterianos, para um aumento do tônus e uma correta transmissão das
pressões intra-abdominais, que refletirão no mecanismo da continência, tendo em vista que uma má postura da
pelve pode influenciar a funcionalidade dos músculos do assoalho pélvico e refletir nesse conjunto de
sustentação.
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POSTURA E ASSOALHO PÉLVICO
As estruturas ósseas da pelve, interligadas por fibras musculares lisas dos ligamentos e pelas condensações das
fáscias, juntamente com a musculatura do assoalho pélvico, vão sustentar a bexiga e a uretra, fechando a pelve e
apoiando as vísceras em posição vertical. Esse suporte anatômico da junção uretrovesical é o responsável pela
manutenção da posição intra-abdominal do colo vesical e, portanto, responsável pela continência. Esse conjunto
vai permitir uma constante manutenção do tônus e contração muscular frente ao aumento súbito da pressão
abdominal.
A manutenção de uma postura correta da região pélvica, ou seja, uma pelve estaticamente equilibrada nos planos
frontal, sagital e horizontal, torna-se um fator de contribuição para a continência nas situações de aumento da
pressão abdominal, pois favorecerá que essa pressão seja igualmente transmitida à bexiga e à uretra proximal,
mantendo, assim, a pressão uretral máxima maior que a vesical. Além disso, uma pelve em retroversão levará o
músculo levantador do ânus a um constante estado de contração, uma vez que os movimentos de retroversão
pélvica e verticalização do sacro têm início na região do períneo.
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SOBRE O MIOSTAB
SOBRE O MIOSTAB
O MioStab é uma unidade pressórica de biofeedback (UPB) e consiste num equipamento prático e de fácil
manuseio, que pode contribuir de modo a complementar as avaliações e terapias utilizadas na prática clínica.
Consiste de uma bolsa de pressão que deve ser colocada entre a região do corpo que será monitorada e uma
superfície rígida e fixa (maca, cadeira com encosto, parede). A bolsa é conectada a um esfigmomanômetro que
registra alterações de pressão na bolsa. É utilizada como um feedback extrínseco tátil, tal como a palpação, por
meio do contato da bolsa de pressão com a pele; visual, por meio da observação do manômetro (ou sensor de
pressão) do aparelho; e verbal, por meio do comando do avaliador.
Mais detalhes sobre o equipamento podem ser encontrados no Manual de Usuário. Este Guia contempla
informações direcionadas à aplicação na fisioterapia pélvica.
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SOBRE O MIOSTAB
INDICAÇÃO
• Para mulheres que não tenham boa consciência da musculatura do assoalho pélvico;
• Para pacientes que já tem contração da musculatura do assoalho pélvico, mas que gostariam de ganhar
mais agilidade e ação reflexa, para se sentir mais preparada a realizar a contração em outras tarefas
como: corrida, caminhada, exercícios na academia;
• Pode ser indicado para mulheres com vários perfis de consciência, força e funcionalidade
da musculatura;
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SOBRE O MIOSTAB
BENEFÍCIOS
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SOBRE O MIOSTAB
Para o Paciente:
• Desenvolver auto-regulação psico-fisiológica geralmente não aprendida sem esta informação, tornando
a aprendizagem destes procedimentos mais rápida;
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SOBRE O MIOSTAB
Para o Terapeuta:
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SOBRE O MIOSTAB
ONDE COMPRAR
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EMBASAMENTO TEÓRICO-CIENTÍFICO
EMBASAMENTO TEÓRICO-CIENTÍFICO
O sistema de músculos profundos na região lombopélvica é diretamente responsável pela estabilização dos
segmentos vertebrais e das articulações sacroilíacas,
O assoalho pélvico é um conjunto de estruturas que se encontram entre o peritônio parietal e a vulva, como os
esfincteres estriados uretral e anal, e o diafragma pélvico, composto principalmente pelo músculo levantador do
ânus (Ashton-Miller et al, 2007; Madill et al, 2007). Essas estruturas são responsáveis pelo suporte e correto
posicionamento dos órgãos pélvicos, evitando manifestações clínicas como prolapso e disfunções miccionais,
além da manutenção da continência urinária e continência fecal (Lien et al, 2004).
O músculo levantador do ânus é formado pelos músculos pubococcigeo, iliococcigeo e puborretal, originando-se
do suporte do osso púbico e contornando o hiato do levantador do ânus. O hiato é um espaço oval longitudinal pelo
qual passam, anteriormente, a vagina e a uretra, e posteriormente o reto, sendo considerado o ponto frágil do
assoalho pélvico (Ashton-Miller et al, 2007).
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EMBASAMENTO TEÓRICO-CIENTÍFICO
Os músculos do assoalho pélvico (MAP) compõem-se por cerca de 70% de fibras do tipo I e 30% do tipo II. As
primeiras são responsáveis por manter o tônus muscular, possuem capacidade de contração lenta e de suportar
longos períodos de solicitação sem sofrer fadiga. As últimas são fatigáveis, responsáveis pelas contrações rápidas
em resposta aos aumentos súbitos de pressão intrabdominal que acontecem nas situações de tosse ou esforço
repentino (Bourcier et al, 1999).
A ação sinérgica que pode ocorrer de maneira reflexa e/ou voluntária entre os músculos abdominais e o assoalho
pélvico é o que faz com que ocorra à contração do músculo transverso abdominal, durante o treinamento dos
músculos do assoalho pélvico (Sapsford et al, 2001). Juginger et al (2010) demostraram, por meio de
ultrassonografia perineal e eletromiografia de superfície, que além da ativação dos MAP, há elevação do colo
vesical durante a contração do músculo transverso abdominal.
O músculo transverso abdominal se estende das laterais da pelve e está fixado nas costelas inferiores, processos
transversos das vértebras lombares e crista ilíaca, sendo o músculo mais profundo dos músculos abdominais
(Netter, 1995).
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EMBASAMENTO TEÓRICO-CIENTÍFICO
Observou-se por meio da ultrassonografia que, durante a contração correta e vigorosa do músculo levantador do
ânus, ocorre a contração da parte inferior do abdomem (Bo et al, 2009). Ocorre uma co-contração do músculo
transverso abdominal durante a contração dos MAP. Porém, a co-contração dos MAP quando ocorre a ativação
dos músculos abdominais, pode estar ausente, diminuída ou fraca em pacientes com disfunção do assoalho
pélvico (Madill et al, 2007).
Com base nas informações citadas acima, recomenda-se realizar uma avaliação dos MAP antes de iniciar o treino
com o Miostab, e até mesmo, trabalhar a conscientização dessa musculatura.
Os MAP pertencem a linha profunda anterior (LPA), ela compreende o núcleo miofascial do corpo. A LPA
desempenha uma importante função no suporte do corpo. Suspendendo arco plantar interno, estabilizando cada
segmento das pernas, suportando a coluna lombar na sua parte anterior, estabilizando o tórax enquanto permite
expansão e relaxamento da respiração, equilibrando pescoço e a cabeça.
A falta de suporte, equilíbrio e tônus na LPA, produzirá um encurtamento geral no corpo, levando um colapso na
pelve e na coluna vertebral e provocando ajustes compensatórios negativos em todas as outras linhas.
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EMBASAMENTO TEÓRICO-CIENTÍFICO
Não há movimento que seja estritamente responsabilidade da LPA exceto a adução do quadril e também não há
movimento que não sofra sua influência. A LPA está, quase em todo o lugar, envolta ou coberta por outra miofascia,
que duplica a ação exercida pelos músculos da LPA. A miofascia da LPA está fusionada com fibras de contração
lenta, fibras musculares de resistência, refletindo o papel que a LPA desempenha em proporcionar estabilidade e
mudanças sutis de posição para a estrutura central.
Sendo assim, podemos indicar o Miostab como estratégia de tratamento para indivíduos com necessidade de
melhora na conscientização, bem como, para fortalecimento e agilidade dessa musculatura.
Entretanto, cabe salientar que a evidência atual de reprodutibilidade e validade de medições realizadas a partir da
UPB é limitada (Lima et al., 2011). Ainda, a UPB pode também ser utilizada como um feedback extrínseco tátil, tal
como a palpação, por meio do contato da bolsa de pressão com a pele; visual, por meio da observação do
manômetro (ou sensor de pressão) do aparelho; e verbal, por meio do comando do avaliador (Siqueira; Silva,
2011), sendo, portanto, indicado seu uso em protocolos de tratamento de pacientes com história de instabilidade
vertebral e dor lombar e disfunções dos músculos do assolho pélvico.
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AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE ESTÁTICA
AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE ESTÁTICA
1. Músculos Transverso Abdominal e Oblíquo Interno
Em decúbito ventral:
O paciente deve ser posicionado em decúbito ventral, com pés para fora da maca e testa apoiada nos braços.
Alguns estudos sugerem que os braços sejam posicionados ao longo do corpo, com a cabeça virada para um dos
lados (Alvarenga et al, 2014).
Ressalta-se que o avaliador deve adotar sempre o mesmo procedimento em todas as avaliações, e que a opção
por uma ou outra posição de braços seja baseada na condição física do paciente.
A bolsa de pressão deve ser inflada e colocada de forma horizontal e centralizada na região estabelecida entre as
últimas costelas (limite superior próximo a região umbilical) e as espinhas ilíacas ântero-superiores (EIAS). A bolsa
de pressão deve ser inflada até 70 mm/Hg para iniciar o teste, esse valor deve ser ajustado e verificado após o
correto posicionamento do paciente e solicitação de um ciclo respiratório profundo (inspiração e expiração) (Lima
et al, 2012).
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AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE ESTÁTICA
Para realização do teste, o avaliador deve proceder solicitando ao paciente que respire normalmente e ao expirar
contraia a musculatura abdominal inferior e os MAP, puxando a parede abdominal para dentro e para cima levando
o umbigo em direção à coluna, tentando retirar o contato com a bolsa de pressão (Siqueira et al, 2014). Ao realizar
a contração, o avaliador deve observar o surgimento de movimentos compensatórios, principalmente
relacionados a região torácica e lombo-pélvica (rotação da pelve, aumento da lordose lombar, elevação dos
ombros ou expansão torácica superior).
A pressão, controlada visualmente pelo avaliador, deve diminuir no mínimo 4 a 10 mm/Hg, sendo 4 mm/Hg já
considerada como a execução do teste com sucesso (Lima et al, 2012). O registro do valor pressórico obtido no
teste deve ser o pico pressórico mínimo obtido com a contração mantida por no mínimo 10 segundos (Gong, 2013;
Lee et al, 2015), ou ainda, podem ser solicitadas três contrações durante a expiração, mantidas por 10 segundos e
registrado o valor médio obtido com base no pico de pressão (Alvarenga et al, 2014; Puppin et al, 2014).
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AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE ESTÁTICA
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AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE ESTÁTICA
Em decúbito dorsal:
Outra possibilidade avaliativa é com o paciente posicionado em decúbito dorsal, com quadris e joelhos
flexionados, e pés apoiados na maca (Park; Lee, 2013). A bolsa de pressão inflada e colocada de forma horizontal
e centralizada na região estabelecida entre as últimas costelas e as espinhas ilíacas póstero-superiores (EIPS).
A bolsa de pressão deve ser inflada até 40 mm/Hg para iniciar o teste, esse valor deve ser ajustado e verificado
após o correto posicionamento do paciente.
Para realização do teste, o avaliador deve proceder solicitando ao paciente que respire normalmente e ao expirar
contraia a musculatura do assoalho pélvico e abdominal, levando o umbigo em direção à coluna tentando apertar a
bolsa de pressão.
A pressão deve aumentar 10 mm/Hg após a instrução verbal "Iniciar" sendo mantida durante 5 segundos (Jung;
Kim; Lee, 2014).
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AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE ESTÁTICA
O registro do valor pressórico obtido no teste deve ser o pico pressórico máximo obtido com a contração mantida
por no mínimo 10 segundos (Gong, 2013; Lee et al, 2015), ou ainda, podem ser solicitadas três contrações durante
a expiração, mantidas por 10 segundos e registrado o valor médio obtido com base no pico de pressão (Alvarenga
et al, 2014; Puppin et al, 2014).
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AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DINÂMICA
AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DINÂMICA
1. Músculos Transverso Abdominal, Oblíquo Interno e Multífidos Lombares:
O paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal, com braços ao longo do corpo, quadris e joelhos flexionados
na largura dos quadris, e pés apoiados na maca. A bolsa de pressão inflada é colocada de forma horizontal e
centralizada na região estabelecida entre as últimas costelas e as EIPS.
A bolsa de pressão deve ser inflada até 40 mm/Hg para iniciar o teste, sendo que esse valor deve ser ajustado e
verificado após o correto posicionamento do paciente.
Opcionalmente, o teste pode ser iniciado também com 45 mm/Hg (Cho; Jeon, 2013), sendo importante que o
parâmetro escolhido seja mantido em todas as reavaliações.
Para realização do teste, o avaliador deve proceder solicitando ao paciente que respire normalmente e ao expirar
realize a abdução de um dos quadris (queda de um dos membros inferiores em direção à maca) sem tirar o apoio
dos pés da maca. Deve ser registrado o valor de mudança da pressão durante a abdução do quadril, e, em
seguida, solicitada a volta para a posição original (Gong, 2013).
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AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DINÂMICA
O registro do teste deve contemplar a capacidade de manutenção da pressão inicial durante o movimento do
membro inferior. O resultado do teste é positivo para instabilidade dinâmica caso o paciente não consiga realizá-lo
adequadamente.
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AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DINÂMICA
Evolução do Teste - Resistência com Elástico
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AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DINÂMICA
Avaliação de Força:
Devem ser adotados os mesmos posicionamentos e orientações iniciais descritas na avaliação da estabilidade,
sendo mensurada através do tempo em que uma contração máxima voluntária do indivíduo é mantida, a partir de
uma pressão de base de 80 mm/Hg (Gong, 2013).
Avaliação de Resistência:
Devem ser adotados os mesmos posicionamentos e orientações iniciais descritas na avaliação da estabilidade,
sendo mensurada através do tempo durante o qual o paciente consiga manter uma pressão intermediária entre a
pressão de base e a pressão da contração máxima voluntária. A resistência da musculatura flexora cervical
profunda pode ser definida como o tempo máximo que o indivíduo pode manter "empurrando ou apertando" a
bolsa de pressão com uma pressão superior a 50 mm/Hg (Kang, 2015).
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EXERCÍCIOS
EXERCÍCIOS
Os exercícios a serem realizados com a UPB podem ser baseados inicialmente nos posicionamentos e
orientações que são sugeridas nos testes de avaliação, de forma a familiarizar e ensinar o paciente de forma
perceptiva a contração de musculaturas específicas, bem como o seu recrutamento e trabalho. Como sugestão,
pode-se realizar o trabalho com contrações mantidas, ou seja, contrações isométricas sustentadas. A seguir
estão descritos exercícios, por regiões musculares que podem ser treinadas com a UPB.
O paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal, com braços ao longo do corpo, quadris e joelhos flexionados,
com os pés apoiados na maca e distantes entre si a largura dos quadris. A bolsa de pressão inflada é colocada de
forma horizontal e centralizada na região estabelecida entre as últimas costelas e as espinhas ilíacas póstero-
superiores (EIPS). A bolsa de pressão deve ser inflada até 40 mm/Hg para iniciar o exercício, sendo que esse valor
deve ser ajustado e verificado após o correto posicionamento do indivíduo - pelve neutra. Para realização do
exercício, o terapeuta deve proceder solicitando ao indivíduo que respire normalmente e ao expirar contraia a
musculatura abdominal, levando o umbigo para dentro e para cima, e concomitantemente contraia a musculatura
posterior do tronco e da musculatura do assoalho pélvico, sem mexer a pelve e mantendo o mesmo contato com o
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EXERCÍCIOS
equipamento (o exercício deve ser realizado sem oscilar a pressão no equipamento, inicialmente sendo permitido
ao paciente olhar o manômetro e posteriormente evoluindo para controle apenas do terapeuta). Podem ser
realizadas contrações isométricas sustentadas, partindo de 5 segundos e evoluindo progressivamente, com ou
sem realização de séries e repetições (Mendes et al, 2011).
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EXERCÍCIOS
Conforme a progressão do paciente é possível dificultar a realização do exercício associando movimentos dos
membros superiores (MS) e inferiores (MI) e com resistência no momento da expiração:
Decúbito Dorsal:
Paciente em decúbito dorsal e rotação externa de ombro, realizando flexão e abdução de ombros com auxílio de
faixa elástica, depois retornando à posição inicial:
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EXERCÍCIOS
Paciente em decúbito dorsal com flexão de punho e dedos, adução e rotação interna de ombro, realizando
extensão de dedos e punho, rotação externa e abdução de ombro (com ou sem a resistência da faixa):
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EXERCÍCIOS
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EXERCÍCIOS
Sedestação:
Paciente sentado com as costas apoiadas em superfície plana, joelhos flexionados a 90º e pés apoiados no chão,
realizando flexão de ombro contra a resistência da faixa elástica:
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EXERCÍCIOS
Paciente sentado com as costas apoiadas em superfície plana, joelhos flexionados a 90º e pés apoiados no chão,
ombros flexionados a 90º realizando abdução de ombro contra a resistência:
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EXERCÍCIOS
Em pé:
Paciente em pé com as costas apoiadas em superfície plana, braços apoiados na parede e joelhos levemente
flexionados, realizar flexão de quadril e joelho homolateral:
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EXERCÍCIOS
Paciente em pé com as costas apoiadas em superfície plana, mão em posição de flexão de punho e dedos
segurando uma resistência (bola), adução e rotação interna de ombro, realizando extensão de dedos e punho,
rotação externa e abdução de ombro:
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CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
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A Miotec Equipamentos Biomédicos iniciou suas atividades em 2002
com a missão de entender as necessidades dos pacientes e de
desenvolver soluções para dar suporte aos profissionais da área da
saúde, para que eles tenham mecanismos mais eficientes a favor dos
tratamentos feitos.
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