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ATUALIDADES

Usinas de Belo Monte e Tucuruí.


Amazônia como Manancial de Água.
Exploração das Riquezas Minerais

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
ATUALIDADES
Usinas de Belo Monte e Tucuruí. Amazônia como Manancial de Água. Exploração das Riquezas Minerais

Sumário
Rafael Valle

Atualidades – PMPA........................................................................................................................ 3
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Análise do Edital.. ............................................................................................................................. 3
Usinas de Belo Monte e Tucuruí.. .................................................................................................. 4
Usina Hidrelétrica de Belo Monte.. ............................................................................................... 4
Usina Hidrelétrica de Tucuruí....................................................................................................... 11
A Amazônia como Manancial de Água........................................................................................16
Os Aquíferos..................................................................................................................................... 17
A Exploração das Riquezas Minerais na Amazônia................................................................ 20
Os Impactos Ambientais Causados pela Mineração.............................................................. 23
O Projeto Grande Carajás............................................................................................................. 26
Reserva Nacional do Cobre e Associados................................................................................. 26
Resumo............................................................................................................................................. 29
Questões de Concurso.................................................................................................................. 30
Gabarito............................................................................................................................................49

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Rafael Valle

ATUALIDADES – PMPA
Apresentação
Olá, aluno(a)! Como vai?
Primeiramente, irei me apresentar.
Meu nome é Rafael Valle, sou professor de Conhecimentos do DF (RIDE) e Atualidades.
Bacharel e Licenciado em Geografia pela Universidade de Brasília (UnB). Pós-graduado em
Gestão em Segurança Pública. Pós-graduado em Constitucional Administrativo. Aprovado
para o cargo de Analista Perito do MPU em 2º lugar. Atualmente exerço o cargo de Agente de
Polícia do Distrito Federal.
Acompanhe-me nas redes sociais no Instagram (@prof.rafaelvalle) e no canal do YouTube
(https://youtube.com/rafaelvalleride). Em caso de dúvida, é só a enviar no e-mail contato@
profrafaelvalle.com.br.
Convido-o(a) a participar da minha Lista de Transmissão GRATUITA do WhatsApp, (61)
99251-7370, para conteúdos exclusivos de Atualidades e RIDE com materiais, questões, di-
cas e videoaulas. Quer participar? É só mandar um “oi” para o número acima e fazer parte
do projeto.

Análise do Edital
Vejamos como o edital cobra este tema:

1 Usinas de Belo Monte e Tucuruí.


2 A Amazônia como manancial de água.
3 Questão agrária na Amazônia.
4 Exploração das riquezas minerais.
5 A nova fronteira agrícola na Amazônia.
6 Desenvolvimento do oeste paraense e as reservas indígenas.
7 Movimentos sociais na Amazônia.
8 A pecuária no Pará.
9 Lei Kandir e seus impactos na economia paraense.
10 Aspectos econômicos e sociais dos principais municípios do Pará: Belém,
Ananindeua, Castanhal, Tucuruí, Marabá, Altamira, Santarém e Breves.
11 Ecologia: Impactos ambientais, reservas e parques ecológicos.
12 Transportes do Estado do Pará: Rodoviário, aeroviário, fluviais.

Rafael Valle, professor de Atualidades. Bacharel e Licenciado em Geografia pela Universi-


dade de Brasília (UnB). Pós-graduado em Gestão em Segurança Pública pelo IBE-DF. Aprovado

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para o cargo de Analista Perito do MPU em 2º lugar. Atualmente exerço o cargo de Agente na
Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
Na disciplina Atualidades, embora muitos tenham um pensamento que se trata de ques-
tões “loteria” ou que é “só assistir ao jornal”, é possível delimitar alguns assuntos que a banca
costuma cobrar com mais frequência e os temas mais quentes para futuras cobranças. Esse
é o meu papel. A ideia é que, mesmo com a grade curricular mais reduzida, possamos abarcar
com FOCO os prováveis temas objetos de cobrança do certame.
Ao longo da aula, comentarei as questões sobre os temas que já foram objeto de cobran-
ça pela banca e os senhores perceberão que alguns assuntos realmente são os “queridi-
nhos” da banca.
A ideia é capacitar vocês com o maior número de informações sobre temas relevantes e
passíveis de cobrança nas próximas provas.
Agora vamos ao que interessa!

Usinas de Belo Monte e Tucuruí


O Brasil possui a matriz energética mais limpa e renovável do planeta. Quando o assunto
é desenvolvimento, o setor energético tem grande destaque na economia brasileira. Temos
inúmeras usinas hidrelétricas na região Amazônica em virtude do potencial hidráulico das
bacias hidrográficas. Falaremos aqui sobre duas importantes usinas implantadas no estado
do Pará: a Usina de Belo Monte e a Usina de Tucuruí.

Usina Hidrelétrica de Belo Monte

Usina Hidrelétrica de Belo Monte (Foto: Norte Energia SA)

Construída na chamada volta grande do Rio Xingu, próxima a cidade de Altamira, a Usi-
na de Belo Monte envolve a área de três municípios do Pará: Vitória do Xingu, Brasil Novo

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e Altamira e sua área de abrangência ainda inclui outros dois municípios: Anapu e Senador
José Porfírio.

Fonte: Secretaria de Educação do Estado do Pará

A usina conta com um reservatório com área de 478 km² que representa 0,01% da área da
Amazônia Legal.
Funcionando a pleno vapor, é capaz de produzir cerca de 11233,1 megawatts (MW) de
energia, capaz de atender 60 milhões de consumidores de 17 estados e quantidade média de
geração de 4.571 MW que representa aproximadamente 10% do consumo nacional. A usina
de Belo Monte é a quarta maior hidrelétrica do mundo e a maior usina 100% brasileira em
operação no país.
Os planos para construir barragens no Rio Xingu, um dos principais afluentes do Amazo-
nas, nasceram desde a época da ditadura militar no Brasil.
No período de 1975 a 1980 a empresa estatal Eletrobrás desenvolveu estudos de Inven-
tário Hidrelétrico da Bacia Hidrográfica do Rio Xingu e de viabilidade técnica e econômica do
Complexo Hidrelétrico de Altamira. Esses estudos projetaram que o empreendimento impac-
taria cerca de 7 mil índios, de 12 terras indígenas.
Na década de 80, período em que a democracia estava em processo de restauração no
país, a empresa anunciou um plano ambicioso de construção de seis grandes barragens no
Rio Xingu, o Plano Nacional de Energia Elétrica, que causaria uma extensa inundação em
terras indígenas. Visando defender suas terras, povos indígenas do Xingu reuniram-se na
cidade de Altamira em um protesto que teve repercussão internacional na mídia e no decorrer
do processo, várias etapas das obras foram paralisadas por decisões judiciais e questões
ambientais que levaram até à suspensão do financiamento em 1989.

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Após a suspensão do financiamento, o projeto foi remodelado na tentativa de agradar am-


bientalistas e investidores. No ano de 2002 o governo brasileiro anunciou uma versão renova-
da do projeto, chamada de Complexo Hidrelétrico de Belo Monte. O novo plano seria desviar
o Rio Xingu de seu percurso natural ao longo de 100km na região chamada Volta Grande e
inundar uma área maior que Florianópolis.
Em 2003 o recém eleito presidente Luís Inácio Lula da Silva pressionou seus ministros a
aprovarem Belo Monte. Depois de algum tempo, um Decreto Legislativo autorizou o projeto
sem praticamente nenhuma consulta prévia aos grupos indígenas afetados, como exige a
Constituição Federal.
No ano de 2008, grupos indígenas da região reuniram-se mais uma vez na cidade de Alta-
mira. Apesar de não conseguirem o cancelamento de Belo Monte, a pressão sobre o governo
fez com que fosse assinada uma Resolução afirmando que nenhuma outra barragem seria
construída rio acima no Rio Xingu.
Antes do leilão de concessão para construção e operação da barragem, ainda era neces-
sário a elaboração e aprovação de um estudo de impacto ambiental.
O estudo foi elaborado pela Eletrobrás em parceria com grandes empreiteiras, que seriam
as principais beneficiárias da construção da barragem. O estudo foi bastante criticado por
diversos cientistas que citaram várias omissões de riscos sociais e ambientais. Em 2010 o
projeto avançou. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA) aceitou o polêmico estudo de impacto ambiental sobre forte pressão política e con-
feriu a licença prévia da obra.
A licença foi publicada no dia 1º de fevereiro. Dois meses depois, foi realizado o leilão de
concessão para a construção e operação da usina por 35 anos. O leilão teve como vencedor
o Consórcio Norte Energia S/A, formado por empresas de vários setores de atuação e por
fundos de previdência complementar. Grande parte das ações eram do Grupo Eletrobrás. O
empreendimento foi arrematado com lance de R$ 77,00 por MWh.
No ano de 2011, o IBAMA concedeu à Norte Energia uma licença de 360 dias para a cons-
trução da infraestrutura que antecede a construção da usina e foi então assinado o contrato
das obras civis. No mesmo ano foi concedida a licença de instalação, quando as obras co-
meçaram. O prazo estipulado para que a primeira turbina entrasse em funcionamento era
fevereiro de 2015, porém o Consórcio Norte Energia informou que o início de operação não
ocorreria naquele ano devido a um atraso no Sítio Pimental, que segundo eles, ocorreu pela
falta da Licença de Operação (LO), expedida pelo IBAMA.
Durante os cinco anos que se seguiram até que a primeira turbina fosse testada, as obras
de Belo Monte foram palco de vários protestos, paralisações, conflitos com operários e ocu-
pações indígenas. O Ministério Público Federal ajuizou inúmeras ações contra a Norte Ener-
gia e o Governo, citando desde irregularidades no processo de licenciamento ambiental, até o
descumprimento de medidas obrigatórias de mitigação e compensação de impactos sociais
e ambientais.

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Fonte: Secretaria de Educação do Estado do Pará

Em fevereiro de 2016, iniciou-se a operação da primeira turbina da Casa de Força Princi-


pal, ainda em fase de testes. Em abril do mesmo ano, com 14 meses de atraso do que era pre-
visto, houve o início da operação comercial com a liberação das primeiras turbinas das Casas
de Força Principal e Complementar que foram então inauguradas em maio daquele ano, pela
então presidente Dilma Rousseff.
Ainda no ano de 2016 iniciou-se a operação comercial de mais 3 turbinas da Casa de
Força Complementar e 2 da Casa de Força Principal. A Usina encerrou aquele ano com as
turbinas em operação comercial capazes de gerar 2.444,4 MW, equivalente a 22% da sua ca-
pacidade total.
No ano de 2017 iniciou-se já no primeiro mês do ano a operação comercial quarta turbina
da Casa de Força Principal e da quinta e sexta da Casa de Força Complementar esta, passan-
do a ficar 100% em operação. Ao longo do mesmo ano houve Início da operação comercial
de mais 3 turbinas da Casa de Força Principal, totalizando no ano o potencial instalado para
operação comercial de 4.510,87 MW.
Em 2018 mais 5 turbinas da Casa de Força Principal iniciaram a operação comercial, atin-
gindo no ano o potencial instalado de 7.566,42 MW.
No primeiro semestre do ano de 2019 mais duas turbinas da Casa de Força Principal
iniciaram a operação comercial, tornando a Usina Hidrelétrica de Belo Monte oficialmente a
maior hidrelétrica 100% brasileira. No segundo semestre do mesmo ano as últimas 4 turbinas
da Casa de Força Principal iniciaram a operação comercial, fazendo com que a Usina Hidrelé-
trica de Belo Monte alcançasse um total de 11.233,1 MW de potência instalada, distribuídas
em 11.000 MW da Casa de Força Principal e 233,1 MW da Casa de Força Complementar.

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Pronta para a plena operação, Belo Monte foi inaugurada oficialmente pelo presidente
Jair Bolsonaro no dia 27 de novembro de 2019.
A Hidrelétrica de Belo Monte foi orçada em R$ 26 bilhões, posteriormente financiada por
R$ 28 bilhões. Aproximadamente dois anos após o início das obras, o valor já superava R$
30 bilhões, sendo concluída posteriormente como uma das obras mais caras da história do
Brasil, com custo aproximado de R$ 40 bilhões.

Impactos Socioambientais

O local de construção da usina era conhecido pela variedade de fauna, flora, população
indígena etc. Com a construção, vários animais foram forçados a migrar para outros locais,
assim como os índios que além dos impactos ambientais e econômicos, tiveram sua cultura
totalmente modificada.
Os impactos da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte foram diretamente res-
ponsáveis pela perda de áreas pesqueiras e o aumento dos custos da atividade terminaram
por inviabilizá-la como fonte principal de renda para as famílias ribeirinhas. Logo após o en-
chimento do reservatório principal de Belo Monte mais de 16 toneladas de peixes foram en-
contrados mortos.
Entre as cidades de Altamira e a Ilha da Taboca, os impactos foram a forte inundação, as
explosões e o aumento na turbidez da água. Grandes áreas de alimentação e reprodução dos
peixes foram reduzidas. Todas as piracemas entre a Taboca e a Ilha do Pimental foram ex-
tintas porque as ilhas foram retiradas, deixando os peixes sem ambiente para reproduzirem.

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=Lpf9cDpx-gI

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Medida de mitigação como a transposição de embarcações, que foi implantado na mar-


gem direita do rio Xingu, em 2013, na intenção de proporcionar a navegabilidade no rio e a
escada de peixes, que visa garantir a livre movimentação dos seres aquáticos através do
barramento, principalmente dos peixes que habitavam livremente no rio, não compensam sa-
tisfatoriamente os impactos sobre a navegação e a migração dos peixes.
Na volta grande do Rio Xingu a pesca ornamental, principal fonte de renda da região, foi
drasticamente impactada e a pesca para subsistência, bastante reduzida. Com desvio defini-
tivo do Rio Xingu, a maioria das áreas de pesca da região da volta grande foi definitivamente
comprometida.
Além disso, o custo de vida aumentou muito nas regiões próximas da usina. Milhares
de pescadores e ribeirinhos que viviam ao longo do Rio Xingu foram forçados a deixar suas
casas e mudar para um dos cinco reassentamentos urbanos construídos pela Norte Energia.
Porém pouco tempo depois da ocupação as casas construídas começaram apresentar pro-
blemas na infraestrutura e custos de manutenção absurdamente caros.
Agricultores da região próxima da usina também perderam suas lavouras por conta do
lago de Belo Monte. As famílias receberam pouca compensação pela perda de suas casas e
lavouras e foram obrigadas a se deslocar para o interior da cidade e muitas ficaram sem sua
principal fonte de renda por conta da distância que ficaram do rio.
Antigos moradores da cidade de Altamira dizem que a cidade ficou irreconhecível desde
o início da barragem. Estima-se que a população da cidade deu um salto de 80 mil para 150
mil pessoas durante a frenética explosão de construção da barragem. A cidade não estava
preparada para um surto dessa dimensão.

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=Lpf9cDpx-gI

Acidentes de trânsito aumentaram 140% nos primeiros 5 anos de construção. Ainda mais
alarmante, a taxa de homicídio na cidade de Altamira quase dobrou no período de construção.
Os índices de criminalidade aumentaram, assim como o tráfico de drogas na região.

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Em 2013, foi descoberto em Altamira um esquema de tráfico de mulheres, que incluía até
menores de idade mantidas em cárcere privado próximo a um dos canteiros de obras.
Quando o IBAMA concedeu a Norte Energia a licença de construção, exigiu também que
as construtoras da barragem cumprissem com uma série de condicionantes e medidas de
mitigação dentro de prazos estipulados para aliviar as pressões colocadas sobre a região e
para levar melhorias para a região. A empresa concordou em implementar aproximadamente
117 projetos socioambientais para os municípios da região. Porém não foi o que aconteceu na
prática. O projeto contava com hospitais, projetos educacionais, projetos de saneamento bási-
co e de proteção às terras indígenas, que para a população nunca funcionaram efetivamente.
Em 2012 a Norte Energia criou um plano emergencial para lidar com causas mais urgen-
tes para a empresa como a ocupação de canteiros de obras da barragem. O plano distribuiu
barcos, gasolina e óleo para motores, televisores, carros e um pagamento mensal no valor de
R$ 30000,00 para cada Aldeia. O projeto foi entendido como uma ação etnocida e como um
processo de negociação assimétrico de uma empresa que colocava as regras de negociação
da forma que lhe coubesse, causando divisão de opiniões entre os povos indígenas.
A promessa do projeto era produzir energia limpa, porém com a inundação da região, a
vegetação ficou toda submersa, quando deveria ter feito a supressão da vegetação para evitar
o apodrecimento das árvores, o que torna a água imprópria.
Em 2019, com o acionamento da última turbina, foi adotado o Hidrograma de Consenso que
estabeleceu valores mínimos de água que deveriam ser liberados para a região da Volta Grande
do Xingu. O hidrograma entrou em testes em janeiro de 2020, porém ainda muito criticado por
ambientalistas e populações ribeirinhas, alegando que esta vazão não é a natural do rio e que a
quantidade de água não é suficiente para a fauna aquática e para a população ribeirinha.
De modo geral a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte impactou a fauna uma
vez que o lago que alimenta as turbinas ocupa uma área que abrigava cerca de 440 espécies
de aves e 259 de mamíferos. Ocasionou também um estado de caos social, visto que obrigou
a realocação de mais de 5000 famílias e, além disso, atraiu milhares de migrantes para a re-
gião sem que a cidade estivesse preparada para recebê-los. Outro fato foi que contribuiu com
o desmatamento, pois para a construção do canal, foram removidos em torno de 100 milhões
de m³ de floresta para que a vegetação não atrapalhasse o funcionamento das turbinas. A
população indígena foi muito afetada, a área do Xingu próxima ao lago teve sua vazão reduzi-
da. Isso fez com que o modo de vida dos índios que habitam a região e vivem da pesca fosse
drasticamente afetado.

Os Benefícios da Usina

Os fatores positivos não minimizam os aspectos negativos, que como vimos, se dividem
em impactos ambientais e sociais, mas é importante dizer que mesmo não sendo superiores
aos problemas, os benefícios ainda existem.

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O Brasil está entre os maiores usuários do mundo de energia Hidrelétrica, que consiste em
distribuir energia elétrica através do uso da água como matéria prima.
Essa distribuição é executada por usinas hidrelétricas que são instaladas ao redor de
grandes rios. Como a água é um recurso renovável, a utilização da energia a partir dela possui
vantagens uma vez que seu uso não polui a atmosfera como a termelétrica. Outro ponto po-
sitivo é o baixo custo se comparada às demais usinas como a eólica, nuclear e termelétrica.
Do ponto de vista do desenvolvimento, o Brasil necessita de mais energia. Estima-se se-
gundo a Agência Internacional de Energia que a demanda no país, deve crescer 2,2% ao ano
nos próximos anos uma porcentagem maior do que a média mundial, que é de 1,3%. Sob essa
ótica, o Brasil deveria dobrar sua capacidade de geração de energia a cada 12 anos.

Usina Hidrelétrica de Tucuruí

Usina Hidrelétrica de Tucuruí (Fonte: http://gazetadesantarem.com.br/alta-na-tarifa-de-energia-cria-nova-edicao-


-da-campanha-o-preco-da-luz-e-um-roubo/)

A Usina Hidrelétrica de Tucuruí está instalada no Rio Tocantins, no município de Tucuruí,


no estado do Pará, distante aproximadamente 300 km da capital do estado, Belém. A usina
gerou uma área inundada de 2430 km² e seu vertedouro, com capacidade para 110.000 m³/s,
é o segundo maior do mundo.
Atualmente a usina supre o mercado de energia elétrica da região polarizada por Belém
e pelo sudeste do Estado do Pará, Estado do Maranhão e norte de Goiás, bem como ou-
tros estados da região Nordeste do Brasil e ainda, complementarmente, as regiões Sudeste e
Sul do país.
Funcionando a pleno vapor, tem uma capacidade geradora instalada de 8.370 MW. É a
segunda maior usina hidroelétrica 100% brasileira, atrás apenas da usina de Belo Monte.

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Fonte: https://www.google.com/maps/place/Usina+Hidrel%C3%A9trica+de+Tucuruí

As primeiras ideias para barrar o Rio Tocantins surgiram na intenção de suprir a neces-
sidade energética da cidade de Belém e as regiões vizinhas. Porém, mais tarde, o intuito de
gerar eletricidade para o projeto de alumínio da Albrás ganhou força. Ao final do processo, foi
o objetivo de fornecer energia ao projeto de extração mineral e as exploráveis de bauxita que
impulsionaram a construção.
Os primeiros estudos de engenheiros do Brasil para aproveitar o potencial hidrelétrico do
Rio Tocantins foram feitos por volta de 1957, mas somente na década de 1960 que o proje-
to ganhou força pois passou a fazer parte de políticas do Governo Federal, que começou a
considerar a implantação de um sistema de duas eclusas e canal intermediário, garantindo a
navegabilidade do rio de Belém até Santa Isabel.
Tanto o projeto civil como a construção da usina foram realizados por empresas brasilei-
ras, o Consórcio Projetista Engevix-Themag e a Construtora Camargo Correa.
A Eletronorte contratou o consórcio Engevix-Themag para desenvolver o Projeto Básico
da Usina Hidrelétrica de Tucuruí. Em 1975 chegaram na cidade os primeiros trabalhadores
das obras preliminares da Usina Hidrelétrica de Tucuruí.

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Em 1977 começou no canteiro de obras a implantação da Vila Residencial Definitiva e das


Vilas Provisórias, construídas em madeira que incluíam, além das residências, um centro co-
mercial com um cinema, uma Escola Infantil, um hospital e um clube social, planejadas para
50 mil habitantes. Começaram também nesse ano o início das escavações em rochas para a
fundação das estruturas principais de concreto da usina.
No ano de 1981 foi concluído o fechamento da barragem do Rio Tocantins, e foram reali-
zadas reuniões importantes na Aldeia dos índios da região, na tentativa de uma negociação
da passagem da linha de transmissão pela Reserva Indígena Mãe Maria, perto de Marabá que
foi efetivada no final daquele mesmo ano.
Em agosto de 1984 iniciaram-se os testes de rotação da primeira turbina da Casa de For-
ça já construída. Em novembro do mesmo ano teve início a sua operação comercial e no dia
22 de novembro, finalizada a primeira etapa da construção, a usina foi inaugurada pelo presi-
dente João Batista de Oliveira Figueiredo com capacidade de 4000 MW e as vilas temporárias,
construídas para abrigar os trabalhadores foram gradualmente desativadas.
A construção da segunda etapa da hidrelétrica aumentou a capacidade final instalada
para cerca de 8000 MW, em 2006, sendo suficiente para abastecer aproximadamente 16,7
milhões de pessoas.
O custo da construção da Hidrelétrica de Tucuruí foi de aproximadamente US$ 7,5 bilhões
(considerando a cotação dólar de 1986) e foi considerada uma das maiores obras do regime
militar na região amazônica.
Tucuruí recebeu muitas críticas por ter um custo muito alto. Fez parte de um projeto muito
discutido que foi a construção do Projeto Grande Carajás que custou na época mais de 60
bilhões de dólares com participação até de investidores japoneses.

Impactos Socioambientais

A construção da barragem de Tucuruí começou no ano de 1975, e o Rio Tocantins foi


efetivamente desviado no ano de 1976. Na época o Banco Mundial recusou-se a financiar a
construção da barragem devido as preocupações ambientais com a área.
Visitas de campo e estudos ambientais sobre a área só foram realizados em 1976, depois
que a construção já estava em andamento e a abrangência dos estudos era muito estreita,
limitando-se apenas aos efeitos imediatos da represa, sem um foco nos problemas ambien-
tais que poderiam afetar o funcionando da usina. Além disso, não há relatos de estudos feitos
sobre a infraestrutura associada, como estradas de acesso e linhas de transmissão. Muitos
estudos somente foram incluídos na última hora, por pressão da opinião pública.
A falta de estudos ambientais mais específicos impactou diretamente o meio ambiente na
área causando a perda de ecossistemas naturais. A área da superfície de água do reservató-
rio, é oficialmente 2.430 km², quando o estudo de viabilidade de Tucuruí fez o cálculo da área
de reservatório era apenas 1.630 km². A floresta perdida pela inundação representou cerca de

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1.783 km². Os mapas topográficos preparados para estimar as áreas que seriam inundadas
durante a fase inicial eram bastante incertos, e várias áreas não previstas foram inundadas,
obrigando um número significativo de agricultores a serem novamente assentados ou perma-
necerem com parte das suas terras submersas.

Vista parcial dos paliteiros no reservatório formado pela barragem da Usina Hidrelétrica de Tucuruí. Fonte:
Cintra.

A perda de floresta não foi limitada apenas à área inundada. O desmatamento também foi
feito por pessoas retiradas da área de submersão. Grande parte da margem do reservatório foi
desmatada.
A sedimentação também representa um problema em potencial a longo prazo para opera-
ção da represa. Os estudos realizados pela Eletronorte calcularam que eram necessários pelo
menos 400 anos para sedimentos junto à barragem começarem a causar abrasão das turbi-
nas, porém os dados sobre sedimentos são de 1975, ou seja, antes haver um desmatamento
significativo na bacia. Atualmente a situação é bem diferente, a área vem sendo destacada
como o maior foco de desmatamento da Amazônia, o pode causar o aumento da taxa de ero-
são do solo suficiente para tornar a sedimentação uma preocupação significante.
Antes de fechar a barragem, o rio Tocantins abrigava e sustentava uma alta diversidade
de peixes. Mais de 350 espécies foram identificadas em Tucuruí. A qualidade da água no re-
servatório se tornou um grande problema por conta da vegetação que decompõe na represa,
tornando a água inadequada para muitas espécies.
Nenhuma escada de peixe foi construída em Tucuruí. A possibilidade foi até considerada
no período de construção da barragem, mas foi descartada, devido ao custo e a incerteza so-
bre a sua efetividade. Com isso, a diversidade de espécies de peixes na represa diminuiu de
forma drástica.

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Algumas medidas de mitigação foram até feitas, porém, seus efeitos foram por muitas
vezes falhos. Na tentativa de resgate da fauna, por exemplo, a Eletronorte colecionou cerca de
284.000 animais, principalmente mamíferos e répteis, na operação que ficou conhecida como
Operação Curupira. A intenção era capturar os animais e soltá-los em outro lugar da floresta.
Porém, os que foram capturados e soltos não foram poupados durante muito tempo devido
o estado de estresse e debilidade dos animais na hora da soltura. Outro problema era que a
mudança dos animais de lugar fazia com que eles entrassem em competição com populações
de animais já presentes na área.
Outra medida tentativa foi a criação de um banco de germoplasma. O projeto, focava nas
espécies de árvore coletadas na área de submersão em uma ilha no reservatório perto da
barragem. Porém, somente uma pequena parcela das espécies recebeu alguma manutenção,
e a sede da área acabou servindo como um ponto de refeitório para funcionários.
A construção da Usina Hidrelétrica de Tucuruí causou profundas transformações também
na organização social dos segmentos afetados direta pelo empreendimento, bem maiores do
que os previstos. Pequenos produtores rurais, comunidades indígenas, e ribeirinhos perde-
ram completamente o seu território e não foram coletivamente reconhecidos pela empresa
responsável pela construção. Alguns foram submetidos a deslocamentos, reassentamentos
e indenizações mal dimensionadas, uma vez que o processo não foi homogêneo e implicou
em perdas materiais e culturais.
O impacto sobre povos indígenas é um dos assuntos mais polêmicos de Tucuruí. A hi-
drelétrica inundou parte de três áreas indígenas e as suas linhas de transmissão cortaram
outas quatro áreas. Além disso, para acompanhar a margem do reservatório foi feita uma mu-
dança no percurso da rodovia Transamazônica e passou a cortar a Área Indígena Parakanã.
Vale lembrar que da área submersa pela usina, 36% pertenciam aos índios Parakanã. A terra
entre a rodovia e o reservatório foi usado para uma área de reassentamento fazendo com que
a tribo não tivesse mais acesso ao reservatório.
Os custos sociais da hidrelétrica de Tucuruí foram pesados. Em suma eles incluem o des-
locamento da população da área inundada bem como a sua realocação posterior devido a
uma praga de mosquitos Mansonia, a impossibilidade da pescaria que sustentava a popula-
ção próxima da barragem, os efeitos sobre a saúde devido à malária e a contaminação por
mercúrio, e a alteração da cultura de grupos indígenas.

Os Benefícios da Usina

A geração de energia por um custo menor é, evidentemente, o primeiro benefício social de


barragens hidrelétricas, já que os empregos e bens produzidos são normalmente proporcio-
nais à eletricidade gerada.

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A Usina Hidrelétrica Tucuruí, desde a sua inauguração, está abastecendo cerca de 11 mi-
lhões de habitantes em 360 municípios. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia (INPA), Tucuruí é uma das maiores geradoras de energia do planeta.
Quase dois terços da energia gerada vão para a indústria extrativista. Os municípios mais
atingidos pela usina recebem Royalties para compensá-los pelos prejuízos ambientais e pelo
uso dos recursos hídricos.
A construção de estradas e do aeroporto no período de construção da hidrelétrica são
apontados no rol de benefícios.
Boa parte de energia gerada na usina era destinada às indústrias, isto gerou vários empre-
gos na região, porém não na quantidade esperada.
Outro fator listado como benefício foi o funcionamento das eclusas de Tucuruí que permi-
tem comboios capazes de trafegar uma carga de até 20 mil toneladas, com destino aos portos
de Vila do Conde e Outeiro, nas proximidades de Belém.

Fonte: Agência Câmara Notícias

A Amazônia como Manancial de Água


Mananciais são áreas de rios, nascentes, represas e outras áreas de água doce usadas
para o abastecimento da população.
A primeira associação que fazemos quando se fala em Amazônia é com florestas e água. A
bacia hidrográfica da Amazônia é a maior bacia do mundo com cerca de 7 000 000 km² onde 4
000 000 km² se encontram em território brasileiro, abrangendo os estados do Amazonas, Pará,
Amapá, Acre, Roraima, Rondônia e Mato Grosso, tornando o Brasil um dos países com maior
concentração de água, fornecendo 20% do total de águas doces do mundo, e os outros 3 000
000 km² drenam outros países da América do Sul.

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Mapa da maior bacia hidrográfica do Brasil e do mundo. (Foto: Wikimedia Commons)

A Bacia do Amazonas possui o maior potencial hidrelétrico do país, mas a baixa declivida-
de do seu terreno às vezes dificulta a instalação de Usinas Hidrelétricas.
No período das cheias ocorre um fenômeno conhecido como Pororoca, que é o encontro
das águas do rio com o mar. Enormes ondas se formam invadindo o continente.
O principal rio da bacia é o Rio Amazonas, que nasce no Peru e depois percorre o território
brasileiro. Localizado em uma região de planícies, possui cerca de 23 000 km de rios navegá-
veis o que possibilita o desenvolvimento do transporte hidroviário.
Se o Brasil já era um país conhecido por ter a maior reserva florestal e o maior manancial
de água doce do mundo, essas características fortaleceram ainda mais nos últimos anos com
a descoberta de um verdadeiro oceano subterrâneo localizado na Amazônia.
É na Região Amazônica que se encontra o maior e mais importante aquífero já conhecido.
Além do aquífero, a região Amazônica possui um verdadeiro rio aéreo, que percorre anu-
almente vários quilômetros ainda como vapor de água, irrigando extensas regiões a partir do
início da primavera.

Os Aquíferos
Por definição, aquífero é uma unidade geológica onde se infiltra e se armazena água que
se pode usar como fonte de abastecimento. Ao penetrar em camadas porosas, a água passa
por um processo natural de filtragem, o que a torna própria para consumo. Em um aquífero

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também ocorre uma permeabilidade permitindo a movimentação da água em seu interior. A


principal maneira de armazenagem da água é pelas chuvas que, quando caem, se infiltram no
solo e são retidas.
O que acontece é que rios perenes sempre tem grandes lençóis sob eles, fazendo com que
fiquem sempre cheios. A quantidade de água que vemos quando observamos a bacia amazô-
nica é apenas uma pequena porcentagem do seu total hídrico.
De forma mais generalizada, aquíferos são lagos gigantes de água potável que existem
debaixo da terra.

Lençol freático
Aquífero

Poço
artesiano

Fonte: https://escolakids.uol.com.br/geografia/lencol-freatico.htm

Aquífero Alter do Chão

Descoberto em 1950 em Alter do Chão, próximo a Santarém no Pará, o Aquífero Alter do


Chão era o maior reservatório de água do mundo com 86 mil km³ de água distribuídas em
400 mil km² de área, capacidade para abastecer toda a população mundial por cem vezes.
Abrangendo os estados do Amazonas, Pará e Amapá. Entretanto, nem todos os limites que
determinam a área do aquífero do Amazonas haviam sido traçados.

Mapa de localização do Aquífero Alter do Chão, na região Norte do Brasil. (Fonte: https://brasilescola.uol.com.
br/brasil/aquifero-alter-chao.htm)

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O Aquífero Alter do Chão era conhecido por cientistas e seu do potencial já era estimado,
porém seu verdadeiro tamanho ainda não havia sido revelado. Somente em 2013 foi des-
coberta de fato a importância desse grande tesouro, estudiosos da área descobriram que o
reservatório de água era bem maior do que imaginavam. Após analisarem a estratigrafia da
Bacia Amazônica, chegaram à conclusão de que o aquífero se estendia desde os Andes até a
Costa do Marajó. A partir daí ampliou-se a denominação de Aquífero Alter do Chão para Sis-
tema Aquífero Grande Amazônia.

Sistema Aquífero Grande Amazônia

O Sistema Aquífero Grande Amazônia é a maior reserva de água doce subterrânea do mun-
do. Estende-se pelos territórios do Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela. Com
volume estimado em mais de 160 trilhões de m³, onde 124 000 km³ ou 124 quatrilhões de litros
de água estão em território brasileiro e 1,2 milhão de km² de extensão e destes, 2 milhões de
km² estão no Brasil. Posicionado nas Bacias do Marajó, no Pará, Amazonas e Solimões, no
Amazonas e Acre, todas as bacias na região Amazônica.

Fonte: https://dropsofamazon.com.br/aquifero-da-amazonia/

Segundo a equipe que estuda a reserva subterrânea, ela representa mais de 80% do total
da água da Amazônia.
O aquífero mostra a má distribuição do volume hídrico no Brasil, com relação a concen-
tração populacional, apesar da abundância do recurso natural uma vez que, na Amazônia vi-
vem apenas 5% da população do país, mas é a região que concentra o maior volume de água
existente no país.
Por esse motivo, a água acaba sendo subutilizada principalmente para a agricultura irriga-
da. Hoje o aquífero fornece água apenas para as cidades do vale amazônico. Muito se estuda
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sobre a possibilidade do aproveitamento da água no combate aos problemas como a seca no


Nordeste, por exemplo, mas apontamentos como a necessidade de obras gigantescas e caras
acabam inviabilizando os projetos.
Com a reserva explorável do aquífero seria possível abastecer a população brasileira por
cerca de 250 anos. O conhecimento sobre ele ainda é muito escasso e necessita ser aprimo-
rado tanto para avaliar a possibilidade do seu uso para abastecimento humano, uma vez que
falta obter informações sobre a qualidade da água em toda sua extensão, para identificar se é
boa para o consumo, quanto para preservá-lo. Segundo os pesquisadores envolvidos no pro-
cesso, uma das principais dificuldades para estudar o aquífero é a complexidade do sistema,
pois o reservatório é formado por grandes rios, com camadas sedimentares de profundidades
diferentes.
Para os pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) o uso da água do aquífero
precisa adotar critérios específicos a fim de evitar problemas ambientais, pois é muito vulne-
rável. De acordo com eles o patrimônio deve ser visto no ciclo hidrológico completo. São as
águas do sistema subterrâneo que alimentam o rio, que são abastecidos pelas chuvas. Um
ciclo interligado. É necessário planejar para conseguir entender esse esquema para que o uso
da água seja feito de forma equilibrada, pois feito de forma errada, pode causar um desequilí-
brio muito grande.
Em geral, a água do Sistema Aquífero Amazonas se mostra ser de boa qualidade, porém
vem sofrendo contaminação por nitrato e coliformes, devido à falta de saneamento básico nos
grandes centros urbanos principalmente. Na região metropolitana de Belém, cerca de 80% dos
poços rasos construídos por particulares, possuem água imprópria para consumo, devido a
contaminação por falta de saneamento básico.
Outros fatores que tornam o sistema aquífero vulnerável são o crescente desmatamento
de áreas de proteção, com a mineração e a captação irregular e ilegal de suas águas e o as-
soreamento dos rios, uma vez que esses acontecimentos quebram o ciclo hidrológico natural.
Esses fatores levaram pesquisadores a procurar soluções para a preservação das águas
subterrâneas, porém é necessário que haja uma maior fiscalização governamental na região,
principalmente quanto às atividades de mineração e uso irregular da água.

A Exploração das Riquezas Minerais na Amazônia


A região amazônica possui cerca de 6,5 milhões de km² e tem a maior floresta tropical do
mundo. Abrange 9 países, ocupa quase metade da parte Sul do continente americano. Cerca
de 3,5 milhões de km² da floresta se encontra em território brasileiro.

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Sabemos que a biodiversidade, o uso farmacológico da flora, a diversidade da fauna, a ca-


pacidade florestal de contribuir para o clima e o regime natural de regulação de precipitações
hídricas no planeta, são bens de interesse mundial. Todos esses bens estão presentes na re-
gião Amazônica, o que faz dela a última fronteira natural com alto potencial econômico a ser
explorada no mundo.
No entanto, o interesse das grandes potências econômicas mundiais está nos recursos
minerais amazônicos.
O grande volume de água doce, estratégico em todos os sentidos, atrai muito o interes-
se ambiental e econômico. Porém, é no subsolo que se encontram reservas minerais muito
preciosas.
Os principais recursos minerais explorados, principalmente nas regiões de Óbidos e Ori-
ximiná, com a exploração de bauxita e na Serra dos Carajás, no estado do Pará, onde foram
encontrados os primeiros depósitos de sulfetos de cobre da Amazônia na década de 1970,
incluem ouro, cobre, níquel, manganês e, ferro.
O Pará está situado sobre uma estrutura rochosa em sua maioria cristalina. Nessas estru-
turas são facilmente encontrados minerais metálicos.
Em Carajás, no Pará podemos encontrar a maior mina de minério de ferro a céu aberto do
mundo, que foi explorada inicialmente com o intuito de procurar manganês e foi um verda-
deiro marco na exploração de minério no Brasil, uma vez que o potencial de ferro realmente
encontrado no local colocou o Brasil no mapa da mineração mundial.
A partir da descoberta foram feitas pesquisas minerais na região que hoje é a maior pro-
dutora de minério de ferro de alta qualidade do mundo. Atualmente, somente o Complexo de
Carajás produz cerca de 150 milhões de toneladas de minério de ferro por ano.
No século XIX os garimpos de ouro, desenvolveram-se apenas no estado do Amazonas e
começaram a adquirir importância produtiva na década de 1960, quando houve a descoberta
dos depósitos do Distrito Aurífero do Tapajós, no estado do Pará, mas somente no início da
década de 1980, é que começou uma grande busca pelo ouro, envolvendo quase um milhão
de garimpeiros, com a descoberta de ouro na região de Carajás.
A fartura de minérios na região é indiscutível. Se explorados de forma controlada, esses
produtos podem trazer grande riqueza ao país. Os mais importantes são: o ferro, o alumínio, o
manganês, o cobre, o estanho e o níquel, o diamante, o petróleo e gás, o urânio e o sal gema.
Há também a exploração do nióbio que ainda não há afirmações sobre estimativa de sua po-
tencialidade.
O setor da mineração se tornou um dos principais motores de crescimento da Região
Norte, principalmente no Pará, onde se encontram as duas maiores jazidas da região: a de
Oriximiná, que lavra bauxita; e a de Serra dos Carajás, que é uma das maiores do planeta e
produz minério de ferro. Carajás detém, ainda, uma grande diversidade de minerais como o
manganês, o cobre, a bauxita, o ouro, o níquel, o estanho e outros.
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Há relatos também que em 1979 foi encontrada uma pepita na Serra Pelada, extensão
da Serra dos Carajás. Um ano após esse acontecimento a região se tornou palco de grandes
movimentos de retida de pepitas de ouro em rios. Houve um grande fluxo migratório e em 5
anos cerca de 50 toneladas de ouro foram retiradas dos rios e em uma década a mineração foi
fechada pois o ouro já havia esgotado.
A região mudou drasticamente com o acontecimento, aspectos como o impacto na quali-
dade de vida das famílias e a violência foram os mais destacados.

metais nobres
metais ferrosos
Não ferrosos e semimetais
rochas e minerais industriais
recursos energéticos
gemas

Mapa dos recursos minerais da Amazônia (Fonte: http://www.dazibao.com.br)

A produção mineral do Brasil tem como origem 3.354 minas, a maioria de pequeno porte.
A região Amazônica corresponde a cerca de metade do território brasileiro, porém possui cer-
ca de apenas 300 minas. Apesar de abrigar menos de 10% das minas brasileiras, a Amazônia
corresponde a cerca 30% do valor da produção mineral do país.

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A explosão dessa atividade garimpeira foi motivada por muitos fatores, como o agrava-
mento da miséria de grande parte da população brasileira, encadeada pela falta de uma solu-
ção para a questão agrária, alta no preço do ouro etc.
No gráfico abaixo, podemos notar a evolução da produção de minério no Brasil e na Ama-
zônia até 2013, medida em bilhões de dólares. De acordo com o gráfico, entre os anos de 2001
e 2011, houve um importante acréscimo, acompanhando a época do ciclo das commodities.

Fonte: Universidade de São Paulo

Os Impactos Ambientais Causados pela Mineração


Quanto aos impactos ambientais da mineração, um dos maiores problemas está relacio-
nado com os garimpos ilegais. Mesmo com a criação de áreas protegidas por leis específicas,
como as reservas indígenas, as unidades de conservação de proteção integral e as unidades
de uso sustentável, o problema ainda existe.
Há três estágios na utilização de recursos minerais: coleta mineral, que é a atividade feita
pelos povos indígenas e está relacionada com o uso de objetos e substâncias minerais presen-
tes na natureza como instrumentos de pedra, adornos e pigmentos minerais e não provoca da-
nos ambientais. O extrativismo mineral, que representa os garimpos e a mineração organizada,
que é feita por empresas. Os dois últimos possuem características bem diferenciadas quanto
aos impactos que provocam, principalmente nos casos de desmatamento e de degradação
ambiental.

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Mapa de estágios na utilização dos recursos minerais (Fonte: Universidade de São Paulo)

No garimpo o que predominam são os trabalhos manuais para remoção e separação de


bens minerais em depósitos secundários superficiais com uso de equipamentos de pequeno
porte, concentração gravítica em bateias e amalgamação do ouro com mercúrio.
Na mineração organizada, mesmo que as minas sejam localizadas pontualmente, opera
em grande escala, de forma planejada e tecnicamente conduzida de lavra e beneficiamento
de minérios diversos. As ações garimpeiras são as que causam os maiores impactos sobre
os rios Amazônicos e a floresta tropical.
As atividades garimpeiras prejudicam os rios amazônicos e a floresta tropical, pela ação
de milhares de homens e mulheres, dispersos em áreas muito grandes e pouco povoadas.
Por outro lado, a mineração organizada, que operaria em grande escala, permite grandes re-
ceitas, mesmo ocupando um espaço reduzido de terreno, quando realizada de forma legal e
consciente.
A degradação ambiental provocada pela ação garimpeira como a contaminação de mui-
tos rios amazônicos com mercúrio, é de domínio público.

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A mineração organizada se fiscalizada e cumpridas as exigências da legislação ambien-


tal, permite o desenvolvimento sustentável da região através da ocupação de regiões de difícil
acesso, o que gera um mínimo de ônus para o governo. Os benefícios das minas mecanizadas
são evidentes, uma vez que elas geram riquezas e têm grande potencial multiplicador na eco-
nomia local, por alavancar as indústrias de transformação regional e nacional.
Na região amazônica a maioria das minas são a céu aberto, adequadas para a extração
de minérios superficiais, mecanizadas. Em geral, ocupam pequenos espaços, mas muito rele-
vantes para a manutenção dos demais recursos da região. Seus impactos ambientais diretos
afetam áreas restritas, sendo controlados e, na maioria das vezes, reversíveis. As empresas
proprietárias têm por obrigação constitucional recuperar a área explorada após a lavra.
A imagem abaixo mostra um panorama dos impactos ambientais da mina da Vale na Ser-
ra Norte de Carajás e do desmatamento na região em apenas 25 anos.

Fonte: www. vale.com

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Podemos notar que a cobertura vegetal permaneceu preservada na área de mineração


organizada, enquanto em seu entorno a floresta foi afetada por um intenso desflorestamento.
Podemos perceber que a mineração organizada seria uma das atividades econômicas mais
adequadas, pelo fato de ser localizada e por gerar recursos suficientes para a compensação
ambiental que for necessária.
A produção de bens minerais da Amazônia já alcança grande destaque internacional e a
tendência é de que se prolongue. As atividades de mineração retornam grandes receitas em
um pequeno espaço do terreno. Se for conduzida com responsabilidade, em bases técnicas
adequadas e obedecendo os termos legais, ela poderia configurar uma alternativa viável para
o desenvolvimento sustentável de parte da Amazônia, proporcionando a geração de benefí-
cios amplos e duradouros.

O Projeto Grande Carajás


Trata-se de um projeto voltada à exploração mineral, implantado nas décadas de 1970 e
1980, em uma área que abrange terras do Pará, Tocantins e Maranhão. Tudo começou quando
um geólogo prestando serviço a uma empresa norte-americana iniciou suas pesquisas em
solo amazônico procurando manganês, e descobriu a reserva de minério de ferro de Carajás.
Com a descoberta, a empresa norte-americana passou a deter 70,1% da mina e o restante
ficou com a Companhia Vale do Rio Doce. Divergências começaram a surgir entre as compa-
nhias até que a empresa estrangeira desistiu do projeto.
O projeto foi oficialmente lançado em 1982 e seu objetivo era explorar a região mais rica
em minério de ferro estimando a vida útil da reserva em aproximadamente 500 anos. A reser-
va continha ouro, estanho, bauxita, manganês, cobre, níquel e minérios raros.
Para dar vida ao ousado projeto, várias obras de infraestrutura foram feitas, como a Usina
hidrelétrica de Tucuruí para abastecer o projeto com energia, a Estrada de Ferro Carajás e o
Porto de Ponta da Madeira para facilitar o transporte e a exportação do minério.
O Projeto Grande Carajás custou na época mais de 60 bilhões de dólares com participa-
ção até de investidores japoneses.

Reserva Nacional do Cobre e Associados


A Reserva Nacional do Cobre e Associados (RENCA) é uma área com cerca de 46.450 km²
aproximadamente o tamanho do território da Dinamarca. A RENCA está localizada no nordes-
te da Amazônia, entre o Pará e o Amapá e foi criada em 1984 e bloqueada aos investidores
privados, pois na época previa-se o desabastecimento de minerais, em escala mundial.

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Área da RENCA. (Fonte: http://emdefesadosterritorios.org/)

O Decreto da criação da RENCA estabelecia que a Companhia de Pesquisa de Recursos


Minerais (CPRM) teria a exclusividade para realizar pesquisas geológica a fim de avaliar a
presença de cobre e minerais associados. Todas as descobertas deveriam ser negociadas
com empresas de mineração, para então viabilizar a extração.
A CPRM realizou pesquisas na área que identificaram a ocorrência de depósitos de al-
gumas substâncias. Porém em 1994, sua transformação em empresa pública limitou a sua
atuação no setor. Além disso, a ausência de regulamentação para investidores privados re-
quererem áreas contidas na reserva e os altos custos operacionais inviabilizaram o desenvol-
vimento de projetos de mineração na região.
Após o Decreto que criou a RENCA reservas indígenas e unidades de conservação de pro-
teção integral e de uso sustentável foram criadas também.
No ano de 2017 o governo do então presidente Michel Temer tentou liberar a mineração na
reserva, porém voltou atrás e revogou o decreto depois de forte pressão da sociedade.
Em 2018, outro decreto foi redigido, desta vez autorizando a pesquisa ou a concessão de
lavra em reservas nacionais, a exemplo da Reserva Nacional de Cobre e Associados.
O decreto estabelecia que em zonas declaradas como reserva nacional de determinada
substância mineral, o Poder Executivo federal poderia conceder autorização de pesquisa ou
concessão de lavra mediante condições especiais compatíveis com os interesses da União e
da economia nacional.
O decreto não mencionava a extinção da reserva do cobre no texto, mas permitia a possi-
bilidade de exploração mineral com a ressalva de que a única substância que não poderia ser
explorada era o cobre, porém, na RENCA há outros minerais que despertam o interesse das
empresas e é exatamente essa a grande questão, visto que o cobre na região é praticamente

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mínimo. Os elementos centrais daquela região são os altos teores de ouro, nióbio e os altos
teores de ferro que são encontrados ali.

Fonte: National Geographic

A imagem mostra a região entre as cidades paraenses de São Félix do Xingu e Altamira. A
região é atualmente a mais pressionada pelo desmatamento. Entre agosto de 2018 e julho de
2019 houve um aumento de 56% em relação ao período anterior.

Fonte: National Geographic

Essa é uma área ao norte da cidade de Novo Progresso (PA). Podemos notar que a mine-
ração ilegal causa grandes problemas ambientais, como a morfologia dos rios alterada por
escavações de trincheiras. Causa também a contaminação da água por metais como o mer-
cúrio, que é muito utilizado na extração de ouro.

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Usinas de Belo Monte e Tucuruí. Amazônia como Manancial de Água. Exploração das Riquezas Minerais

Rafael Valle

RESUMO
Atente-se para estes trechos, pois são os mais relevantes desta aula:
• O Brasil possui a matriz energética mais limpa e renovável do planeta. O setor ener-
gético tem grande destaque na economia brasileira. O Brasil possui um alto potencial
hidrelétrico, tendo em vista que o relevo é predominantemente planáltico e há rios ex-
tensos, caudalosos e com grandes quedas d’água.
• A usina de Belo Monte é a quarta maior hidrelétrica do mundo e a maior usina 100%
brasileira em operação no país. O projeto foi embargado pela justiça algumas vezes e é
uma das obras de infraestrutura energética no país que mais causam polêmica. Com a
construção da usina, vários animais foram forçados a migrar para outros locais, assim
como os índios que além dos impactos ambientais e econômicos, tiveram sua cultura
totalmente modificada. Do ponto de vista do desenvolvimento, o Brasil necessita de
cada vez mais produção de energia. A Agência Internacional de Energia estima que
a demanda no país, deve crescer 2,2% ao ano nos próximos anos uma porcentagem
maior do que a média mundial, que é de 1,3%, assim se percebe a importância de ter
várias fontes fornecedoras de energia.
• A Usina Hidrelétrica de Tucuruí está instalada no Rio Tocantins, no município de Tu-
curuí. É a segunda maior usina hidroelétrica 100% brasileira, atrás apenas da usina de
Belo Monte. A falta de estudos ambientais mais específicos antes de sua construção
impactou diretamente o meio ambiente na área causando a perda de ecossistemas na-
turais. A geração de energia por um custo menor é, evidentemente, o primeiro benefício
social de barragens hidrelétricas, já que os empregos e bens produzidos são normal-
mente proporcionais à eletricidade gerada.
• A energia provinda de hidroelétricas trata-se de energia renovável e limpa e seu custo
de instalação, apesar de ser alto em curto/médio prazo, seu custo-benefício é bom, ao
se comparar com outras.
• Aquífero é uma unidade geológica onde se infiltra e se armazena água que se pode usar
como fonte de abastecimento.
• O Projeto Grande Carajás trata-se de um projeto voltado à exploração mineral. O pro-
jeto foi oficialmente lançado em 1982 e seu objetivo era explorar a região mais rica em
minério de ferro estimando a vida útil da reserva em aproximadamente 500 anos. A
reserva continha ouro, estanho, bauxita, manganês, cobre, níquel e minérios raros.

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Rafael Valle

QUESTÕES DE CONCURSO
001. (MOVENS/PCPA/2009/DELEGADO/ADAPTADA) Considerando que a usina hidrelétrica
de Tucuruí foi um dos grandes empreendimentos brasileiros em infraestrutura nas últimas
décadas, assinale a opção correta a respeito desse assunto.
a) Como consequência da construção da usina, o Município de Tucuruí tornou-se um dos
mais pobres do Estado do Pará.
b) A referida usina foi projetada para produzir energia elétrica para a Região Sudeste.
c) É a maior usina com área apenas em território da Amazônia Legal.
d) Essa usina hidrelétrica foi construída para aproveitar o potencial energético do rio Tocantins.

a) Errada. O município de Tucuruí recebe royalties pela produção de energia elétrica e pela
área inundada pela barragem. Graças a esses recursos, Tucuruí é a cidade com o 2º maior
orçamento do estado do Pará, atrás apenas da capital Belém.
b) Errada. A hidrelétrica foi construída para atender aos grandes projetos agropecuários e
minerais em implantação na própria região, o que inclui grande parte das redes da CELPA (no
Pará), da CEMAR (no Maranhão) e da CELTINS (no Tocantins).
c) Errada. A Usina Hidrelétrica Tucuruí é a segunda maior usina 100% brasileira, atrás apenas
da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.
d) Certa. Obra foi construída com o intuito de aproveitar o potencial hidrelétrico do rio Tocan-
tins e maximizar a produção de energia na região.
Letra d.

002. (FGV/2014) Sem a construção de novas hidrelétricas com grandes reservatórios, diminui
a capacidade do Brasil de poupar água para produção de eletricidade nos meses de estiagem.
As novas hidrelétricas construídas no Brasil não possuem reservatórios volumosos. São as
chamadas usinas “a fio d’água”, que têm como ponto positivo a redução do impacto ambien-
tal, mas têm redução de produção de energia durante os meses de estiagem. No Brasil, o
maior exemplo de hidrelétrica a fio d’água, na atualidade, é:
a) Itaipu, no rio Paraná.
b) Santo Antônio, no rio Uruguai.
c) Belo Monte, no rio Xingu.
d) Sobradinho, no rio São Francisco.
e) Tucuruí, no rio Tocantins.

Na intenção de evitar os prejuízos acarretados pela construção de hidrelétricas tradicionais,


foram criadas as usinas a fio d’água. Uma opção mais sustentável que não necessita de

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grandes reservatórios de água, reduzindo a estrutura das barragens e a dimensão dos lagos
como na hidrelétrica de Belo Monte (rio Xingu, PA). O problema desse modelo é que a geração
de energia pode ficar comprometida em época de estiagem prolongada.
Letra c.

003. (UFJF-MG/2011/ADAPTADA) Observe a imagem abaixo publicada no Diário do Comércio:

Em todo projeto energético de grande porte, existem impactos positivos e negativos.


Sobre o projeto da usina Belo Monte, assinale a alternativa correta.
a) A hidrelétrica ocupa parte da área de cinco municípios do Maranhão: Codó, São Luís, Impe-
ratriz, Graça Aranha e Guimarães.
b) A usina é capaz de gerar cerca de 11 000 MW de energia e em potência instalada, a usina
de Belo Monte é a quarta maior hidrelétrica do mundo.
c) A área onde foi construída a usina abriga tribos dos povos indígenas dos Maxacalis, que
tiveram que deixar as suas terras.
d) Para a construção da usina, foi necessária a supressão de 1000 ha de vegetação, destruin-
do a biodiversidade da Mata Atlântica.
e) Para o funcionamento da usina, foi construído um lago, às margens do rio Araguaia, que
provocou mudanças no microclima da região.

A usina hidrelétrica de belo monte, é umas das maiores usinas do Brasil, tendo grande impor-
tância para o abastecimento de energia da maior parte da população brasileira, os impactos
são inúmeros, porém também possuem ideias positivas.
a) Errada. A usina de Belo Monte que foi construída no estado do Pará, atingindo os municí-
pios de Altamira, Vitória do Xingu, Brasil Novo, Senador José Porfírio e Anapu.

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b) Certa. Belo Monte é a quarta maior hidrelétrica do mundo, atrás das chinesas Três Gargan-
tas com potência de 20 300 MW e Xiluodu com potência de 13 800 MW e da brasileira/ para-
guaia Itaipu com potência de 14 000 MW, sendo a maior hidrelétrica 100% brasileira.
c) Errada. As tribos indígenas impactadas pela construção da usina pertencem à tribo Kaiapó.
d) Errada. A hidrelétrica está localizada no estado do Pará, portanto, a vegetação atingida foi
a Floresta Amazônica.
e) Errada. A usina foi construída no Rio Xingu.
Letra b.

004. Acerca das polêmicas que envolveram a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte,
marque a alternativa correta:
a) A construção de Belo Monte foi contestada por grupos indígenas, que não admitiam a pas-
sagem dos trabalhadores da obra em suas terras.
b) O principal problema durante a construção da usina não estava relacionado à demanda
por energia, uma vez que o Brasil já havia encontrado autossuficiência energética para os 20
anos seguintes.
c) A construção da hidrelétrica aflorou as disputas e discussões sobre desenvolvimento e
conservação do meio natural.
d) A usina de Belo Monte gerou polêmicas por gerar graves impactos ambientais, inclusive os
relacionados com a emissão de poluentes na atmosfera.

a) Errada. A contestação das tribos indígenas estava relacionada às áreas de inundações
para a produção de energia em Belo Monte que atingiriam as reservas florestais.
b) Errada. O Brasil não possui autossuficiência na produção de energia. A meta é sempre am-
pliar a produção a cada década para acompanhar o crescimento da demanda.
c) Certa. Conforme ocorre o desenvolvimento econômico e social do país, maior é a demanda
por energia. Isso exige novas medidas para o atendimento dessa demanda, como é o caso
de Belo Monte, que passou a ser uma alternativa para a construção de termoelétricas, consi-
deradas mais poluentes, confrontando mais uma vez o desenvolvimento com a preservação
ambiental.
d) Errada. Usinas hidrelétricas geram impactos ambientais, mas não há indícios de que sejam
responsáveis por uma considerável emissão de poluentes na atmosfera.
Letra c.

005. (IBADE/SEE-PB/2017/PROFESSOR GEOGRAFIA) A Usina Hidrelétrica de Tucuruí, cons-


truída na segunda metade do século XX, é uma das maiores UHE do Brasil. É a principal usina
integrante do Subsistema Norte e está instalada no Rio:

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a) Madeira
b) São Francisco
c) Paranaíba
d) Xingu
e) Tocantins

A Usina Hidrelétrica de Tucuruí é uma central hidroelétrica no Rio Tocantins, no município de


Tucuruí, no estado do Pará.
Letra e.

006. (FUNCAB/SEDS-TO/2014/ANALISTA SOCIOEDUCATIVO/ADAPTADA) Esta usina, no Rio


Xingu, tem uma das mais longas linhas de transmissão do país, cortando os Estados do Pará,
Tocantins, Goiás e Minas Gerais.
A tecnologia de 800 kV foi mais cara para instalar, mas reduziu um pouco o custo operacional
do projeto [...] consegue transportar a energia com mais segurança e por um valor mais baixo.
(Folha de S. Paulo,Mercado, 16 de dez. de 2013. Adaptado.)
O texto refere-se à usina:
a) Belo Monte.
b) Jatobá.
c) Paulo Afonso IV.
d) Tucuruí.

A Usina Hidrelétrica de Belo Monte foi construída na bacia do Rio Xingu, próximo ao município
de Altamira, no norte do Pará.
Letra a.

007. (UEPA/2012/ADAPTADA) O uso de energia e de tecnologias modernas de uso final levou


a mudanças qualitativas na vida humana, proporcionando tanto o aumento da produtividade
econômica quanto do bem estar da população. No entanto, para que tal se concretize tem que
ser observado de que forma o homem se apropria dos recursos naturais geradores de energia
para que essa apropriação não se transforme em um ato de violência socioambiental. Nesse
contexto analise as afirmativas a seguir:
I – Impactos ambientais de várias ordens foram motivo de muitas discussões no período
de construção da hidrelétrica de Belo Monte, como a redução da vazão do rio, o processo de
desterritorialização de vários grupos indígenas e a perda de parte da floresta e de sua biodi-
versidade, por exemplo.
II – Apesar de ser comum a presença de problemas ambientais e sociais em construções
de hidrelétricas, a de Tucuruí (Rio Tocantins) representou uma exceção, pois raros foram os

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problemas causados com a sua construção. O único a acontecer, esteve ligado à saúde das
mulheres, uma vez que a construção estimulou a imigração, a urbanização da região, e o nível
de doenças sexualmente transmissíveis aumentou, especialmente, a AIDS.
É correto o que se afirma em:
a) Apenas II
b) Apenas I
c) I e II
d) Nenhuma das alternativas

O Brasil não tem feito o aproveitamento adequado dos recursos hídricos, o que tem cau-
sado inúmeros problemas sociais e ambientais ao longo de todo o território nacional a di-
versos anos.
A construção da usina de Belo Monte no rio Xingu, provocou polêmica devido aos seus im-
pactos socioambientais como a remoção de floresta e alteração no modo de vida de povos
indígenas. Na década de 1980, a usina de Tucuruí, também causou impactos graves.
Letra b.

008. Acerca do processo de construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, analise as afir-
mativas a seguir:
I – A qualidade da água, da fauna e flora da região onde se encontra a barragem foram modi-
ficadas e o alagamento das ilhas sem que a supressão vegetal (retirada da vegetação) fosse
concluída alterou radicalmente o Rio Xingu.
II – Com o barramento, a Volta Grande do Xingu perdeu aproximadamente 80% da vazão na-
tural. A seca permanente provocou a diminuição do pescado, importante fonte de alimento e
renda para as comunidades, dificuldade na navegação e aumento de pragas.
III – A cidade de Altamira lidera o ranking de cidade mais violenta do Brasil. Parte disso se ex-
plica pelo inchaço populacional. O município é o que tem a maior taxa de homicídios e mortes
violentas com causas indeterminadas dentre todas as cidades brasileiras com mais de 100
mil habitantes.
É correto o que se afirma em:
a) Apenas III
b) I e II
c) Apenas I
d) I e III
e) I, II e III

I – A qualidade da água, da fauna e flora da região foram completamente modificadas e me-


didas de mitigação dos impactos ambientais muitas vezes não funcionaram. Muitos animais,

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principalmente os de vida aquática tiveram seu habitat natural modificado e não resistiram às
mudanças. A falta de retirada da vegetação na área inundada fez com que elas apodrecessem
sob a água causando modificações na qualidade da mesma.
II – A falta de harmonia entre a vazão necessária mínima para alagar os locais de reprodução
no momento certo e alimentação de espécies importantes para consumo humano das popu-
lações da Volta Grande impactou a segurança alimentar de indígenas e ribeirinhos. A redução
de 80% na vazão resultou em fluxo insuficiente para a manutenção da diversidade aquática
na região.
III – Além dos fatores geográficos, a cidade lida também com as dificuldades da explosão po-
pulacional: provocada principalmente pela construção da usina de Belo Monte. A população
de Altamira saltou de pouco mais de 77 mil habitantes no ano 2000 para cerca de 110.000
habitantes. Este desordenado crescimento impulsionou a violência, uma vez que a cidade não
estava preparada para esse crescimento.
Letra e.

009. (UNEMAT/2016/ADAPTADA) A usina Belo Monte é a quarta maior hidrelétrica do mundo,


atrás de Três Gargantas e Xiluodu, na China, e de Itaipu, na fronteira entre Brasil e Paraguai.
Sua localização é no Rio Xingu, próximo ao município de Altamira, no norte do Pará. A Belo
Monte tem capacidade de gerar cerca de 41,6 milhões de megawatts por ano, o suficiente
para atender ao consumo de 20 milhões de pessoas durante um ano.
(Disponível em: http://vestibular.brasilescola.com/atualidades/aconstrucao– usina-belo-monte.html. Acesso em
23/11/2014 – Texto Adaptado)

Com relação a essa temática, é correto afirmar que:


a) O alagamento da área ocupada pela represa da hidrelétrica levou à morte organismos da
flora, mas não da fauna local.
b) A construção da usina hidrelétrica gera gases de efeito estufa devido à decomposição da
matéria orgânica.
c) A energia produzida pela usina hidrelétrica corresponde à transformação em 100% da ener-
gia potencial da coluna d’água em energia cinética e está sendo totalmente transformada em
energia elétrica.
d) A construção de hidrelétricas no Rio Xingu não é viável, pois no bioma Amazônico a pluvio-
sidade está restrita a apenas metade do ano.

a) Errada. O alagamento além de causar alterações na flora, a fauna também sofreu os impac-
tos da instalação da usina na região, principalmente as espécies aquáticas.
b) Certa. Existem duas formas de produção de gases quentes em uma usina hidrelétrica. O
primeiro caso ocorre na superfície do reservatório. As bactérias decompõem a matéria orgâ-
nica e emitem gás carbônico, que se difunde pela água. Há também o metano que é obtido

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por decomposição de matéria orgânica no fundo dos lagos das usinas, onde a presença de
oxigênio é insignificante.
c) Errada. Não há uma transformação de 100%.
d) Errada. Construção, no quesito aproveitamento do recurso hídrico, é viável pois o bioma
amazônico é o mais rico nesse quesito.
Letra b.

010. (INEP/2014) O uso intenso das águas subterrâneas sem planejamento tem causado sé-
rios prejuízos à sociedade, ao usuário e ao meio ambiente. Em várias partes do mundo, perce-
be-se que a exploração de forma incorreta tem levado a perdas do próprio aquífero.
(TEIXEIRA, W. et al. Decifrando a Terra. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 2009) (adaptado).
No texto, apontam-se dificuldades associadas ao uso de um importante recurso natural. Um
problema derivado de sua utilização e uma respectiva causa para sua ocorrência são:
a) Contaminação do aquífero – Contenção imprópria do ingresso direto de água superficial.
b) Intrusão salina – Extração reduzida da água doce do subsolo.
c) Superexploração de poços – Construção ineficaz de captações subsuperficiais.
d) Rebaixamento do nível da água – Bombeamento do poço equivalente à reposição natural.
e) Encarecimento da exploração sustentável – Conservação da cobertura vegetal local.

a) Certa. Um dos principais problemas relacionados aos aquíferos é a contaminação em ra-
zão da infiltração de agrotóxicos ou outras substâncias nocivas.
b) Errada. A salinidade ocorre pela extração excessiva da água.
c) Errada. Se a captação não for eficaz, não acontecerá superexploração dos poços.
d) Errada. Se houver reposição natural não há o que falar sobre rebaixamento do nível da água.
e) Errada. A conservação da vegetação local não encarece a exploração.
Letra a.

011. (INEP/2012) O uso da água aumenta de acordo com as necessidades da população no


mundo. Porém, diferentemente do que se possa imaginar, o aumento do consumo de água
superou em duas vezes o crescimento populacional durante o século XX.
(TEIXEIRA, W. et al. Decifrando a Terra. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 2009.)
Uma estratégia socioespacial que pode contribuir para alterar a lógica de uso da água apre-
sentada no texto é a:
a) ampliação de sistemas de reutilização hídrica.
b) expansão da irrigação por aspersão das lavouras.
c) intensificação do controle do desmatamento de florestas.
d) adoção de técnicas tradicionais de produção.
e) criação de incentivos fiscais para o cultivo de produtos orgânicos.

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Nas últimas décadas, devido ao crescimento demográfico e das atividades econômicas como
a agricultura e a indústria, houve um crescimento considerável no consumo de água no mun-
do. Uma das formas de uso sustentável dos recursos é investir na reutilização da água após
tratamento.
Letra a.

012. (INEP/2014)

A preservação da sustentabilidade do recurso natural exposto pressupõe:


a) impedir a perfuração de poços.
b) coibir o uso pelo setor residencial.
c) substituir as leis ambientais vigentes.
d) reduzir o contingente populacional na área.
e) introduzir a gestão participativa entre os municípios.

É necessário a gestão compartilhada e participativa dos municípios envolvidos em razão da


extensão do aquífero.
A problemática apresentada na questão é a sustentabilidade frente à extensão territorial
do recurso.
Letra e.

013. (INEP/2014) Leia o texto a seguir.


Com uma população de quase 1.8 milhão de habitantes, a capital do estado, Manaus, hoje
uma das maiores capitais do país, é abastecida por águas superficiais (75%) provenientes do
rio Negro e por águas subterrâneas (25%) oriundas do aquífero Alter do Chão. Isto devido à
localização da estação de tratamento e das características da rede de distribuição, que não
suportam maiores pressões, inviabilizando o alcance da água em todos os bairros, especial-
mente nas zonas Leste e Norte da cidade.

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O aquífero Alter do Chão representa um dos maiores reservatórios de água subterrânea do pla-
neta. Apesar da abundância de recursos hídricos superficiais, em Manaus destaca– se o fato
da ocorrência expressiva de abastecimento por águas subterrâneas, advindas desse aquífero,
causando o seu rebaixamento em determinados locais da cidade. No bairro Jorge Teixeira, por
exemplo, o nível das águas subterrâneas já foi rebaixado em mais de 100 metros, desde 1980,
quando tudo começou. Revista Água e Meio Ambiente Subterrâneo.
(São Paulo, ano 3. n. 18, out./nov., 2010. p. 16– 22. (Adaptado)).
Considerando as informações contidas no texto e a localização da estação de tratamento,
conclui-se que uma ação que mitiga o impacto do rebaixamento do nível da água subterrâ-
nea e o conceito físico relevante, que explica a limitação da redistribuição de água, são, res-
pectivamente,
a) a recomposição da vegetação natural, visando ao aumento da área de recarga do aquífero;
o princípio de Arquimedes.
b) o bombeamento de águas profundas, visando ao aumento da vazão do curso d’água adja-
cente; o princípio de Pascal.
c) a recomposição da vegetação natural, visando ao aumento da área de recarga do aquífero;
o princípio de Pascal.
d) o bombeamento de águas profundas, visando ao aumento da vazão do curso d’água adja-
cente; a força da gravidade.
e) a recomposição da vegetação natural, visando ao aumento da área de recarga do aquífero;
a força da gravidade.

Através do reflorestamento ocorre maior retenção de água pelo aumento da infiltração no


solo e redução do escoamento superficial. Permitindo abastecer o lençol freático evitando as-
sim, seu rebaixamento. Ocorre também maior infiltração nas zonas de recarga dos aquíferos.
Letra e.

014. (UNIFENAS/2015) Observe a imagem e o fragmento de texto a seguir:

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Imagine uma quantidade de água subterrânea capaz de abastecer todo o planeta por 250
anos. Essa reserva existe, está localizada na parte brasileira da Amazônia e é praticamente
subutilizada.
Em 2013, novos estudos feitos por pesquisadores da UFPA (Universidade Federal do Pará)
apontaram para uma área maior e uma nova definição deste aquífero.
O aquífero está posicionado nas bacias do Marajó (PA), Amazonas, Solimões (AM) e Acre
--todas na região amazônica-– chegando até a bacias sub-andinas. Para se ter ideia, a reser-
va de água equivale a mais de 150 quatrilhões de litros. “Daria para abastecer o planeta por
pelo menos 250 anos”, estimou Matos. (...).
(Dados disponíveis em: http/noticias.uol.com.br. Acesso em 22.mar.2015). Com adaptação.
Os dados apontados na imagem e no fragmento de texto sobre um dos mais abundantes
aquíferos brasileiros tratam do:
a) Aquífero Alter do Chão, hoje denominado Sistema Aquífero Grande Amazônia (SAGA).
b) Aquífero Guarani, maior reservatório hídrico da América do Sul.
c) Aquífero Cuiabano, maior reservatório impermeável do planeta.
d) Urucuia-Areado, com água predominantemente bicarbonatada cálcica e pouco mi-
neralizadas.
e) Aquífero Furnas, caracterizado pela presença de água bicarbonatada sódica e muito
potássica.

O Sistema Aquífero Grande Amazônia é a maior reserva de água doce subterrânea do mundo.
Posicionado nas Bacias do Marajó, no Pará, Amazonas e Solimões, no Amazonas e Acre, to-
das as bacias na região Amazônica.
Letra a.

015. Acerca do Sistema Aquífero Grande Amazônia (SAGA), analise as afirmativas abaixo:
I – É a maior reserva de água doce subterrânea do mundo.
II – Representa mais de 80% do total da água da Amazônia
III – O crescente desmatamento de áreas de proteção, com a mineração e a captação irregular
e ilegal de suas águas tornam o SAGA vulnerável.
Estão corretas as afirmativas:
a) III apenas
b) I, II e IIII
c) I apenas
d) II apenas

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I – O Sistema Aquífero Grande Amazônia é a maior reserva de água doce subterrânea do mun-
do. Estende-se pelos territórios do Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela.
II – Segundo a equipe que estuda a reserva subterrânea, ela representa mais de 80% do total
da água da Amazônia.
III – Em geral, a água do Sistema Aquífero Amazonas é de boa qualidade, porém vem sofren-
do contaminação por nitrato e coliformes, devido a falta de saneamento básico nos grandes
centros urbanos principalmente. Outros fatores que tornam o sistema aquífero vulnerável são
o crescente desmatamento de áreas de proteção, com a mineração e a captação irregular e
ilegal de suas águas, uma vez que esses acontecimentos quebram o ciclo hidrológico natural.
Letra b.

016. (ACAFE/2015) A água é um recurso renovável, porém limitado. O seu uso vem aumen-
tando consideravelmente, trazendo junto enorme preocupação. A cidade de São Paulo vem
sentindo neste segundo semestre a falta desse líquido precioso.
Sobre a água, todas as alternativas estão corretas, exceto a:
a) O aumento populacional do globo, o crescimento das cidades sem planejamento, o des-
perdício e a poluição dos recursos hídricos vem reduzindo cada vez mais a disponibilidade de
água no planeta.
b) A região hidrográfica Amazônica, a mais extensa do Brasil, e atravessada pela bacia do rio
Amazonas, dotada do maior potencial hidrelétrico, ainda pouco utilizado, mas já gerador de
projetos polêmicos como a usina de Belo Monte, no rio Xingu.
c) O modelo atual de desenvolvimento assegura a equidade no acesso à água em todo o mun-
do e, desta maneira, não há necessidade de alteração do processo em curso, cujas projeções
futuras são favoráveis a todas as gerações.
d) A utilização inadequada, a distribuição irregular na superfície terrestre e o consumo desi-
gual entre os países e entre setores econômicos tornam o abastecimento de água mais pre-
ocupante para as futuras gerações.

Problemas como a pressão demográfica, o aumento das áreas irrigadas para a agropecuária,
o desperdício, o manejo inadequado, são alguns dos fatores que acarretam a redução da dis-
ponibilidade da água potável no planeta.
A bacia Amazônica tem o maior potencial hidroelétrico do Brasil, porém não é aproveitado em
sua totalidade. Não existe igualdade de acesso à água no planeta, além disso, sua utilização
inadequada aponta que haverá restrições ao seu acesso em curto prazo.
Letra c.

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017. São impactos ambientais causados pela instalação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte
no Rio Xingu, exceto:
a) a forte inundação de áreas pesqueiras
b) o aumento na turbidez da água
c) as explosões
d) a frequente falta de energia nas regiões próximas à hidrelétrica
e) a extinção das piracemas entre a Taboca e a Ilha do Pimental

Entre as cidades de Altamira e a Ilha da Taboca, os impactos foram a forte inundação, as ex-
plosões e o aumento na turbidez da água. Grandes áreas de alimentação e reprodução dos
peixes foram reduzidas. Todas as piracemas entre a Taboca e a Ilha do Pimental foram ex-
tintas porque as ilhas foram retiradas, deixando os peixes sem ambiente para reproduzirem.
Letra d.

018. Acerca da Usina Hidrelétrica de Tucuruí, analise as afirmações.


I – A usina fornece energia elétrica para a região polarizada por Belém e pelo sudeste do Esta-
do do Pará, Estado do Maranhão e norte de Goiás e complementarmente, as regiões Sudeste
e Sul do país.
II – É a segunda maior usina brasileira, atrás apenas da usina de Itaipu.
III – Como medida de mitigação dos impactos ambientais causados a Eletronorte criou a
Operação Curupira, transportando animais da área atingida da floresta para áreas seguras. A
operação ficou mundialmente conhecida por resolver na época o problema que a usina cau-
saria na fauna local.
IV – A hidrelétrica inundou parte de três áreas indígenas e as suas linhas de transmissão cor-
taram outas quatro áreas, todas discutidas e autorizadas pelas tribos que ali residiam, por se
tratar de uma área improdutiva para os índios.
Estão corretas as afirmativas:
a) I, II e III
b) I, II e IV
c) apenas I
d) I, II, III, IV
e) apenas III

I – Atualmente a usina supre o mercado de energia elétrica da região polarizada por Belém
e pelo sudeste do Estado do Pará, Estado do Maranhão e norte de Goiás, bem como ou-
tros estados da região Nordeste do Brasil e ainda, complementarmente, as regiões Sudeste e
Sul do país.

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II – É a segunda maior usina hidroelétrica 100% brasileira, atrás apenas da usina de Belo Monte.
III – Na tentativa de resgate da fauna a Eletronorte colecionou cerca de 284.000 animais na
operação que ficou conhecida como Operação Curupira. A intenção era soltá-los em outro lu-
gar da floresta. Porém, os que foram capturados e soltos não foram poupados durante muito
tempo devido o estado de estresse e debilidade dos animais na hora da soltura.
IV – A hidrelétrica inundou parte de três áreas indígenas e as suas linhas de transmissão cor-
taram outas quatro áreas. Além disso, para acompanhar a margem do reservatório foi feita
uma mudança no percurso da rodovia Transamazônica e esta passou a cortar a Área Indígena
Parakanã e da área submersa pela usina, 36% pertenciam aos índios Parakanã. A terra entre a
rodovia e o reservatório foi usado para uma área de reassentamento fazendo com que a tribo
não tivesse mais acesso ao reservatório.
Letra c.

019. A bacia do rio Amazonas envolve o conjunto de recursos hídricos que convergem para o
rio Amazonas. A respeito dessa importante bacia hidrográfica, assinale a alternativa correta:
a) possui o maior potencial hidrelétrico do país, mas a baixa declividade do seu terreno às
vezes dificulta a instalação de Usinas Hidrelétricas.
b) O principal rio da bacia é o Rio Tocantins, que nasce na serra Dourada, em Goiás, passando
logo após pelos estados de Tocantins, Maranhão e Pará, até a sua foz no Golfão Marajoara.
c) É na Região Amazônica que se encontra o maior e mais importante aquífero já conhecido,
o aquífero Guarani.
d) A bacia amazônica abrange uma área de 7 milhões de quilômetros quadrados, sendo a
segunda maior bacia hidrográfica do mundo, atrás apenas da Bacia do Mississippi, que corta
os EUA e o Canadá.

O rio Amazonas é um rio de planície e possui baixa declividade. Sua largura média é de ape-
nas 4 a 5km, o que dificulta as vezes, a instalação de Usinas Hidrelétricas, mas em alguns
trechos, alcança mais de 50km.
O principal rio da bacia é o Rio Amazonas, que nasce no Peru e depois percorre o território
brasileiro.
É na Região Amazônica que se encontra o maior e mais importante aquífero já conhecido, o
Sistema Aquífero Grande Amazônia.
A bacia amazônica é a maior bacia hidrográfica do mundo.
Letra a.

020. (G1/IFSC/2014/ADAPTADA) Com base nos seus conhecimentos e no mapa sobre os


aquíferos, leia e analise as afirmações abaixo:

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I – Assim como os rios, também as reservas de água subterrânea correm o risco de serem
contaminadas pela ação humana.
II – O gerenciamento efetivo das bacias hidrográficas brasileiras pode auxiliar na gestão dos
recursos hídricos.
III – A formação dos aquíferos se dá nos Escudos Cristalinos de rochas ígneas do Centro-Sul
e Norte do Brasil.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas as afirmações II e III são verdadeiras.
b) Apenas as afirmações I e III são verdadeiras.
c) Apenas as afirmações I e II são verdadeiras.
d) Todas as afirmações são verdadeiras.

A contaminação dos aquíferos pode acontecer por fossas sépticas e negras, infiltração de
efluentes industriais, fugas de rede de esgoto, aterros, fertilizantes nitrogenados e defensivos
agrícolas etc.
Uma forma de gerenciar os recursos hídricos é o planejamento e o monitoramento das bacias.
Os aquíferos se formam em razão da presença de rochas permeáveis das bacias sedimentares
Letra c.

021. (INEP/2010) No dia 28 de fevereiro de 1985, era inaugurada a Estrada de Ferro Carajás,
pertencente e diretamente operada pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), na região Norte
do país, ligando o interior ao principal porto da região, em São Luís. Por seus, aproximada-
mente, 900 quilômetros de linha, passam, hoje, 5353 vagões e 100 locomotivas.
Disponível em: http://www.transportes.gov.br. Acesso em 27 jul. 2010 (adaptado).
A ferrovia em questão é de extrema importância para a logística do setor primário da econo-
mia brasileira, em especial para porções dos estados do Pará e Maranhão. Um argumento que
destaca a importância estratégica dessa porção do território é a:
a) produção de energia para as principais áreas industriais do país.
b) produção sustentável de recursos minerais não metálicos.
c) capacidade de produção de minerais metálicos.
d) logística de importação de matérias-primas industriais.
e) produção de recursos minerais energéticos.

A construção da Ferrovia dos Carajás, embora tenha sido implantada com a finalidade ape-
nas de escoar a produção mineral, com o tempo se tornou uma ferrovia multimodal, melhor
articulada.

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a) Errada. Apesar do grande potencial a produção energética ainda é pequena e destinada, ao
consumo das indústrias locais.
b) Errada. A produção é em escala industrial.
d) Errada. A logística está na exportação de matérias primas.
e) Errada. A produção é de recursos minerais metálicos.
Letra c.

022. (PUC-RS/2007)

Sobre a área assinalada no mapa, é correto afirmar:


I – Representa Carajás, uma das maiores concentrações de minério de ferro no planeta, cuja
exportação se destina, entre outros países, ao Japão.
II – Trata-se da Serra do Navio, constituída por rochas cristalinas e grande produtora de bauxita.
III – Os minérios explorados nessa área (como ocorre em outras regiões do Brasil) são co-
mercializados a baixos preços no mercado internacional, o que desvaloriza esses produtos e
reduz o lucro.
IV – Compreende o Maciço de Urucum, importante concentração de minério de manganês,
que é exportado principalmente para a Argentina.
Está/Estão correta(s) apenas:
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) II e IV
e) III e IV

O Projeto Carajás, hoje conhecido como Programa Grande Carajás é um projeto de exploração
mineral, iniciado nas décadas de 1970 e 1980, pela Vale. Estende-se por uma área que englo-
ba terras do sudeste do Pará, norte de Tocantins e sudoeste do Maranhão.
Letra b.

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023. (UTFPR/2007/ADAPTADA) O projeto Carajás, localizado no divisor Araguaia-Xingu, é


uma província mineralógica de grande importância para a região onde está inserido. Essa
reserva mineral está localizada:
a) na região Nordeste, no Estado de Roraima.
b) na região Centro Oeste, no Estado do Mato Grosso.
c) na região Norte, no Estado do Amazonas.
d) na região Norte, no Estado do Pará.
e) na região Norte, no Estado de Rondônia.

O Projeto Carajás estende-se por uma área que engloba terras do sudeste do Pará, norte de
Tocantins e sudoeste do Maranhão.
Letra d.

024. (FEI/2012) As localidades de Itabira (em Minas Gerais) e Vale do Paraopeba (da Serra
dos Carajás no Pará) são áreas conhecidas no país, devido:
a) às jazidas de petróleo exploradas pela Petrobrás.
b) às jazidas de cobre e diamantes explorados pela Acesita.
c) à atuação da Vale na exploração de minérios, sobretudo o minério de ferro.
d) à criação de gado, pois são regiões pecuaristas por excelência, com predomínio da pecuá-
ria intensiva voltada para exportação de carnes e derivados.
e) à instalação de hidrelétricas de grande porte do sistema Eletrobrás Furnas.

São regiões responsáveis pela maior parte do minério de ferro que é exportado pelo Brasil.
Letra c.

025. (MOVENS/PCPA/2009) Com relação ao Projeto Carajás, assinale a opção correta.


a) Nesse projeto, além de minério de ferro, são explorados manganês, cobre, níquel, ouro,
bauxita e cassiterita.
b) O porto de Itaqui foi construído em Belém para escoar a produção mineral.
c) A produção de ferro foi possível apenas depois da privatização da Companhia Vale
do Rio Doce.
d) Os investimentos nesse projeto foram altos, porque o teor de ferro do minério é um dos
mais baixos do mundo

O projeto Grande Carajás é uma das maiores áreas de exploração de minérios do mundo.
Além do de minério de ferro, são explorados também manganês, cobre, níquel, ouro, bauxita
e cassiterita.
Letra a.

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026. Julgue as afirmativas abaixo como V (verdadeiro) ou F (falsa):

 (  ) O setor da mineração tem sido um dos principais responsáveis pelo crescimento da
Região Norte, principalmente no Pará, onde se encontram as maiores jazidas da região.
 (  ) O Estado do Pará é atualmente o segundo maior produtor de minério do País, ficando
atrás apenas de Minas Gerais.
 (  ) A Serra dos Carajás é uma das maiores jazidas do mundo, está situada no Parque Eco-
lógico de Carajás, no município de Parauapebas.
 (  ) Para a consolidação do Projeto Grande Carajás, foi implantada uma infraestrutura, que
incluiu a Usina hidrelétrica de Tucuruí, a Estrada de Ferro Carajás e o Porto de Ponta da
Madeira, localizado no Porto do Itaqui, em São Luís.

A alternativa que corresponde à sequência correta é:


a) V F V F
b) V V F F
c) F V V F
d) V F F V
e) V F V V

No ano de 2017, em termos de produção comercializada, no setor de minério de ferro, o Pará


foi o 2º maior produtor nacional. Em 2020, O Pará já se sagrou como o maior exportador de
minérios de todo o Brasil. O Boletim Econômico Mineral do Pará foi divulgado, pelo Sindicato
das Indústrias Minerais do Pará (Simineral) e faz referência ao primeiro semestre de 2020,
quando o Pará participou com 34% das exportações minerais do país.
Letra e.

027. (UFGD/2017/ADAPTADA) A Reserva Nacional do Cobre e Associados (RENCA) é uma


área de 46.450 km² criada em 1984 e bloqueada aos investidores privados. A região tem po-
tencial, segundo o governo, para exploração de ouro e outros minerais, entre os quais ferro,
manganês e tântalo.
Com base nas informações sobre a RENCA, assinale a alternativa que apresenta a(s) re-
gião(ões) brasileira(s) que compõe(m) essa Reserva Nacional.
a) Norte e Nordeste.
b) Nordeste.
c) Norte e Centro-Oeste.
d) Nordeste e Centro-Oeste.
e) Norte.

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A Reserva Nacional do Cobre e Associados (RENCA) é uma área localizada entre os estados
do Pará e do Amapá, ambos na região Norte.
Letra e.

028. (UFG/2014/ADAPTADA) As atividades de extração de recursos minerais são fundamen-


tais para o desenvolvimento econômico brasileiro. Especificamente, com referência às áreas
de garimpo, identifica-se diversos impactos ambientais advindos dessas atividades, den-
tre eles a:
a) a poluição por resíduos orgânicos nas nascentes fluviais.
b) alteração atmosférica pela inversão térmica e a intensificação das chuvas ácidas.
c) proliferação de pragas na vegetação e a salinização de recursos hídricos.
d) contaminação dos recursos hídricos por metais pesados e a modificação da configuração
do terreno.
e) destruição da camada atmosférica de ozônio e a contaminação das águas subterrâneas
por chorume.

A mineração como o garimpo de ouro causa problemas ambientais como desmatamento,


degradação do solo, poluição dos recursos hídricos por resíduos minerais e contaminação da
água por mercúrio, podendo levar ao envenenamento de seres vivos que usam aquela água
para consumo e danos à saúde humana.
Letra d.

029. Analise as afirmativas a seguir que dizem respeito à mineração e assinale a incorreta.
a) A mineração é uma atividade econômica quem vem crescendo cada dia mais, especial-
mente no estado do Pará. Essa atividade, além de impulsionar a economia, gera poucos im-
pactos ambientais.
b) A escolha do método de lavra a ser utilizado leva em consideração as características da
área como: profundidade, geologia e também os aspectos sociais.
c) O Brasil é rico em minérios como: nióbio, ferro, manganês e alumínio que são encontrados
principalmente na região Amazônica.
d) O Brasil, apesar de apresentar grandes reservas minerais, apresenta insuficiência na pro-
dução de chumbo e prata, precisando, então, importá-los.

A mineração desponta como uma das atividades econômicas e industriais que mais ge-
ram impactos ambientais. Os impactos ao meio ambiente vão desde o desmatamento,

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alteração do solo, poluição dos recursos hídricos, poluição sonora e geração de resíduos em
excesso etc.​​​​
Letra a.

030. (CONSULPLAN/PREFEITURA DE CONGONHAS–MG/2010) “Os impactos ambientais


consequentes da mineração têm sido intensos e cada vez mais têm contribuído para a degra-
dação do meio ambiente.” A partir dessa temática, é incorreto afirmar que:
a) A mineração e o garimpo são atividades que exercem forte influência no ambiente natural
e contribuem para a sua deterioração.
b) A extração de minerais mais nobres concentram-se principalmente nos Estados de Minas
Gerais, Goiás, Pará, Mato Grosso e Rondônia. Essa atividade está associada basicamente às
áreas dos dobramentos antigos correspondentes aos cinturões orogênicos e às intrusões
ígneas que possibilitam a mineralização.
c) A operação de garimpo emprega uma volumosa quantidade de pessoas, trazendo aos pa-
íses, inúmeros benefícios como: alta produção, controle da produção e comercialização des-
ses metais.
d) O uso do mercúrio nas operações de garimpo é prejudicial à fauna e à saúde do homem.
e) Os minerais de grande valor comercial como ouro, diamante e até cassiterita, são muito
explorados no Brasil, através do garimpo.

Para ser realizado, o garimpo precisa de permissão. Geralmente, essa atividade está associa-
da à ilegalidade e é realizada de forma rudimentar, provocando mais danos ao meio ambiente
do que benefícios ao país.
Letra c.

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GABARITO
1. d 11. a 21. c
2. c 12. e 22. b
3. b 13. e 23. d
4. c 14. a 24. c
5. e 15. b 25. a
6. a 16. c 26. e
7. b 17. d 27. e
8. e 18. c 28. d
9. b 19. a 29. a
10. a 20. c 30. c

Rafael Valle
Bacharel e Licenciado em Geografia pela Universidade de Brasília (2012). Pós-graduado em Gestão
em Segurança Pública pelo IBEDF - Instituto Brasileiro de Educação. Pós-graduado em Constitucional
Administrativo pelo IBEDF - Instituto Brasileiro de Educação.
Exerce o cargo de Agente de Polícia Civil do Distrito Federal desde 2014. Professor das disciplinas de
Atualidades e Conhecimentos do DF em diversos cursos preparatórios do Distrito Federal e do Brasil.

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