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Pré-Universitário
TEXTO I
TEXTO II
Por que os menores que descumprem a lei são chamados de infratores? Há diferença entre
crime e ato infracional?
Não. São apenas formas diferentes que os legisladores usam para se referir às condutas
que desrespeitam as leis penais. Quando o ECA fala de ato infracional, refere-se ao
descumprimento da lei criminal e não de regras de comportamento, como infração ao
regulamento da escola, aos bons costumes etc.
Perante a lei, qual a diferença entre o tratamento que a polícia deve dar aos adultos que
cometem crime e o exigido em relação ao menor infrator?
A lei considera criança a pessoa com até 12 anos incompletos, e adolescente o cidadão
que tem entre 12 e 18 anos. Quando o maior de 18 anos comete crime, é preso. Já o adolescente
é apreendido. Os procedimentos são distintos. Enquanto os adultos são processados segundo
as regras dos códigos Penal e Processual Penal, para os adolescentes valem as normas previstas
no ECA, que se baseia na ideia de que o menor tem direito à proteção, especialmente se comete
infração, para que possa se tornar, mais tarde, um cidadão capaz de se fazer respeitar e de
respeitar o direito dos outros. Por isso, para cada tipo de infração, o estatuto prevê uma medida
de proteção que deve incluir, conforme cada caso, atendimento psicológico, pedagógico e
social.
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TEXTO III
Por que jovens reincidem em infrações?
Uma pesquisa recente feita pelo Instituto Sou da Paz concluiu que 66% dos jovens
internados na Fundação Casa (Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente)
em São Paulo são reincidentes. São jovens menores de 18 anos que voltaram a cometer ato
infracional depois de já terem cumprido ao menos uma medida socioeducativa no passado, tais
como internação, semiliberdade, liberdade assistida ou prestação de serviços à comunidade.
O relatório diz que os motivos que levam um jovem a cometer um crime “não podem
ser explicados somente por aspectos de ordem individual”, mas sim por uma “complexa
combinação de fatores” de ordem estrutural que envolvem vulnerabilidade socioeconômica,
escolaridade, exposição a violência, entre outros.
A pesquisa aponta que aproximadamente 70% dos internos disseram ter ou já terem
tido algum membro da família preso. A maior parte dos internos conta com “históricos e
arranjos familiares diversificados” e “relações domésticas estáveis”, com a mãe sendo a figura
de mais confiança na maior parte dos casos, sobretudo entre reincidentes – quase 70% deles,
contra 30% que apontaram o pai.
O estudo nota que a percepção dos jovens quanto ao apoio familiar, considerado um
aspecto importante para a reinserção do jovem pós-internação, cai entre jovens primários
(92,7%) e reincidentes (79,7%). Um dos fatores que colabora para isso, diz o relatório, pode ser
a baixa nas visitas entre os dois grupos. Funcionários da Fundação Casa dizem que muitas
famílias desistem dos internos depois da reincidência, o que faz com que muitos deles sejam
mais “desesperançosos” do que jovens infratores que cumprem medida pela primeira vez.
Os jovens infratores relataram ter uma situação instável também com instituições de
educação. Entre reincidentes, como aponta o instituto, cerca de 60% abandonaram a escola até
os 14 anos de idade. Além disso, metade dos internos disse não estar nem matriculado e 30%
não voltaram a estudar depois da internação anterior. Entre os adolescentes com maior
distorção entre idade e série ideal correspondente na escola, os reincidentes também são os
mais prejudicados: 78% deles lida com esse “descompasso”, contra 59% dos jovens em primeira
internação.
Ao cabo do relatório, o Instituto Sou da Paz listou recomendações prioritárias para
“quebrar o ciclo infracional do adolescente em conflito com a lei”. Para isso, diz a organização no
documento, é fundamental uma “abordagem multifatorial alicerçada em evidências, não em
anedotas ou preconceitos”. “Em síntese, os dados apresentados ao longo deste relatório depõem
fortemente contra as propostas voltadas à redução da maioridade penal e ao endurecimento das
sanções destinadas a adolescentes. Tido como uma das legislações mais avançadas do mundo na
área, o ECA precisa ser integralmente cumprido, não modificado”, conclui.
Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/08/21/Por-que-jovens-reincidem-em-infra%C3%A7%C3%B5es-segundo-este-
estudo. Acesso em: 16 jan. 2020.
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PROPOSTA ENEM
PROPOSTA UECE
Prezado(a) candidato(a),
Proposta 1
Proposta 2
A receita é um gênero textual que tem por objetivo informar a fórmula de um produto,
detalhando os ingredientes e o seu modo de preparo. Trata-se, portanto, de uma sequência de
passos para se elaborar algo, obter um resultado. Levando isso em consideração, seu desafio
será escrever uma receita em prosa para a diminuição da reincidência de menores infratores
no Brasil. Considere o uso de figuras de linguagem e o respeito aos Direitos Humanos em seu
texto.
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PROPOSTA UNIFOR
TEXTO IV
CRCA/Rev.: VM
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