Você está na página 1de 7

INFORMÁTICA PARA CONCURSOS

| Prof. Rafael Araújo


OS: 0016/5/21-Gil

SISTEMA OPERACIONAL GNU/LINUX


O que é Linux?
O Linux é um sistema operacional de computadores criado no modelo de desenvolvimento de Código Aberto.
Apesar do termo ser utilizado para designar todo o conjunto de componentes que formam um sistema operacional, Linux
refere-se mais precisamente ao componente central do sistema, denominado kernel (ou núcleo). Seu criador, o
programador finlandês Linus Torvalds, publicou a primeira versão do Linux em 5 de outubro de 1991. Sua intenção foi criar
um kernel para o projeto GNU.
O Linux disponibilizado sob a Licença Pública Geral (GPL) GNU. Qualquer pessoa pode executar, estudar, modificar e
redistribuir o código-fonte, ou até mesmo vender cópias do código modificado, desde que façam isso sob a mesma licença.

Projeto GNU
Em 1983, o programador americano Richard Stallman iniciou o projeto GNU para criar um sistema operacional de
código aberto que funcionasse do mesmo modo que o sistema operacional Unix. O Unix foi um sistema que definiu conceitos
técnicos utilizados por diversos sistemas operacionais inspirados nele. O Unix original foi desenvolvido na década de 1970
pelos pesquisadores Ken Thompson e Dennis Ritchie (entre outros), no centro de pesquisas Bell Labs da empresa AT&T. O
projeto GNU é uma dessas variantes do Unix original, porém com a premissa de ser desenvolvido em Código Aberto.
A partir da década de 1990, o projeto GNU – equipado com o kernel Linux – deu origem a inúmeros sistemas
operacionais de código aberto, cada um organizando, aprimorando e criando novos programas à sua maneira. Esses sistemas
operacionais são chamados Distribuições Linux.

Distribuições Linux
Além de conter o kernel Linux e programas GNU, uma distribuição Linux normalmente agrega outros recursos para
tornar sua utilização mais simples. Além de oferecerem um conjunto completo de aplicativos prontos para uso, as
distribuições mais populares podem atualizar e instalar novos programas automaticamente. Esse recurso é chamado gestão
de pacotes. O gestor de pacotes da distribuição elimina o risco de instalar um programa incompatível ou mal intencionado.
As principais distribuições Linux são:
 Debian.
 CentOS.
 Ubuntu
 Manjaro Linux
 Fedora
 Linux Mint
Um aplicativo é um programa cuja finalidade não está diretamente associada com o funcionamento do computador,
mas com alguma tarefa de interesse do usuário. As distribuições Linux oferecem diversas opções de aplicativos para as mais
diferentes finalidades: aplicativos de escritório, Internet, edição de áudio e vídeo, etc.
Sempre há mais de uma opção de aplicativo para uma mesma finalidade, ficando a cargo do usuário escolher a que
mais lhe agrada.
Cada distribuição oferece uma coleção de aplicativos já instalados por padrão. Além desses aplicativos pré-
instalados, todas as distribuições populares possuem um gestor de pacotes com uma vasta coleção de aplicativos disponíveis
para instalação, chamada repositório de pacotes.

Ambiente Gráfico
É um software feito para facilitar e tornar prática a utilização do computador através de representações visuais do
Sistema Operacional. Para Windows temos apenas o ambiente gráfico padrão. Para Linux temos vários ambientes gráficos,
entre eles, o KDE, Unity, Xfce, Lxde, Cinnamon e o Gnome.

CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222
1
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220
INFORMÁTICA PARA CONCURSOS
| Prof. Rafael Araújo
OS: 0016/5/21-Gil

ÁRVORE DE DIRETÓRIOS DO LINUX


O primeiro choque para quem está chegando agora é a estrutura de diretórios do Linux, que não lembra em nada o
que temos no Windows. No Windows temos os arquivos do sistema concentrados nas pastas Windows e Arquivos de
programas, e você pode criar e organizar suas pastas da forma que quiser.
No Linux é basicamente o contrário. O diretório raiz está tomado pelas pastas do sistema e espera-se que você
armazene seus arquivos pessoais dentro da sua pasta no diretório /home.
Mas, as diferenças não param por aí. Para onde vão os programas que são instalados se não existe uma pasta central
como a "Arquivos de programas"? E para onde vão os arquivos de configuração se o Linux não possui nada semelhante ao
registro do Windows?
A primeira coisa com que você precisa se habituar é que no Linux os discos e partições não aparecem como
unidades diferentes, como o C:, D:, E: do Windows. Tudo faz parte de um único diretório, chamado diretório raiz ou
simplesmente "/" (BARRA).

Principais diretórios e seus conteúdos:


/ – diretório raiz  Todos os arquivos e diretórios do sistema Linux instalado no computador partem de uma única
origem: o diretório raiz. Mesmo que estejam armazenados em outros dispositivos físicos, é a partir do diretório raiz –
representado pela barra (/) – que você poderá acessá-los.
/bin  Armazena os comandos essenciais para o funcionamento do sistema. Esse é um diretório público, ou seja,
os comandos armazenados nesse diretório podem ser utilizados por qualquer usuário do sistema.
/sbin  Assim como o /bin, este diretório armazena executáveis, mas com um diferencial: são aplicativos utilizados
por administradores de sistema com o propósito de realizar funções de manutenção e outras tarefas semelhantes.
/boot  Arquivos relacionados à inicialização do sistema, ou seja, o processo de boot do Linux, quando o
computador é ligado, ficam em /boot.
/dev  Armazena os arquivos de dispositivos (um dispositivo é todo o componente de hardware). No Linux, os
dispositivos físicos são tratados como arquivos. Esses arquivos são um tipo especial no sistema de arquivos e se encontram
no diretório /dev.
/etc  Armazena arquivos de configurações.
/tmp  Armazena arquivos temporários.
/home  Nesse diretório ficam os arquivos pessoais, como, por exemplo, documentos e fotografias. Vale destacar
que o diretório pessoal do superusuário não fica no mesmo local, e sim em /root.
/root  Diretório home do superusuário.

CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222
2
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220
INFORMÁTICA PARA CONCURSOS
| Prof. Rafael Araújo
OS: 0016/5/21-Gil

Terminal
A maneira tradicional de interagir com um computador com Linux ‒ especialmente um servidor de rede ‒ é usando a
linha de comando. A linha de comando apresenta o prompt do shell indicando que o sistema está pronto para receber
instruções. O prompt terminado com o caractere $ indica que é um usuário comum que está utilizando o sistema. Quando
terminado com o caractere #, indica tratar-se do usuário root (superusuário).

COMANDOS BÁSICOS DO LINUX


ATENÇÃO: O LINUX é case sensitive, ou seja, diferencia letras maiúsculas de minúsculas. Portanto,
comando e COMANDO são coisas totalmente diferentes.

Comando pwd  Imprime na tela o caminho do diretório atual por extenso, por exemplo, /home/rafael/aula.
Comando cd  Comando utilizado para mudar de diretório. Para acessar um diretório específico, especifique-o como
parâmetro, como em "cd /etc". Para subir um diretório use "cd ..". Sem argumentos, o comando cd leva para o diretório
pessoal do usuário. Outra maneira de indicar o diretório pessoal é utilizar o sinal ~. Os caminhos para diretórios e arquivos
podem ser acessados tanto por seu caminho absoluto quanto pelo relativo. Caminhos absolutos são aqueles iniciados pela
barra da raiz (/) e caminhos relativos são aqueles que tomam por referência o diretório atual. O ponto (.) refere-se ao
diretório atual, e os dois pontos (..) referem-se ao diretório anterior.
Comando ls  Serve para listar os arquivos e diretórios dentro do diretório atual. Para incluir os arquivos ocultos, use
"ls -a". No Linux, os arquivos que começam com um “.” são entendidos como arquivos ocultos. Para uma lista longa, ou seja,
com detalhes, use “ls –l”.
Comando cp  Utilizado para copiar arquivos de um diretório para outro. Também pode ser utilizado para copiar um
diretório recursivamente. Nesse caso, será necessário a utilização da opção –r.
Comando mv  Utilizado para mover e renomear arquivos e diretórios (pastas).
Comando rm  Serve para remover tanto arquivos quanto diretórios, de acordo com os parâmetros usados. Para
remover um arquivo simples, basta usá-lo diretamente, como em: rm arquivo. Para remover um diretório e todos os seus
arquivos e subdiretórios, adicione a opção "-r", como em: rm –r.
Algumas opções do comando rm:
-f : apaga sem pedir confirmação.
-i : apaga após pedir confirmação.
-r : apaga arquivos e subdiretórios.
-v : lista arquivos deletados.
Comando man: é usado para apresentar o "manual de instruções" de um comando qualquer.
Comando mkdir  Comando utilizado para criar diretório.
Comando rmdir  Comando utilizado para apagar diretórios. Porém, só apaga diretórios vazios.
Comando touch  serve para criar um arquivo vazio ou para mudar a "data de última modificação" de um arquivo já
existente.
Comando shutdown  Pode ser utilizado tanto para desligar quanto para reinicializar o sistema. Para desligar o
sistema imediatamente, digite shutdown -h now. Para enviar uma mensagem para os usuários e desligar o sistema em 15
minutos, basta digitar shutdown -h +15 "O sistema será encerrado em 15 minutos". Para reinicializar o sistema
imediatamente, digite shutdown -r now.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222
3
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220
INFORMÁTICA PARA CONCURSOS
| Prof. Rafael Araújo
OS: 0016/5/21-Gil

Comando passwd  Comando utilizado para alterar a senha do usuário.


Comando sudo  A palavra sudo significa “substitute user do“. O sudo permite que um usuário rode programas
como se fosse um outro usuário os rodando – geralmente como usuário root.
Comando tail : O comando tail é usado para mostrar no terminal o conteúdo do final de um ou mais arquivos de
texto. Por padrão, ele mostrará as 10 últimas linhas do arquivo.
 -f: Atualiza a saída conforme o arquivo aumenta de tamanho (dados são adicionados); é um modo dinâmico
que permite visualizar o arquivo enquanto dados são acrescentados a ele.
 -n: Mostra as últimas N linhas, em vez do padrão de 10 linhas.
Comando head: O comando head é usado para mostrar no terminal o conteúdo do início de um arquivo de texto. Por
padrão, ele mostrará as primeiras 10 linhas do arquivo.
Comando du: Exibe o tamanho dos arquivos e diretórios.
Comando grep: Comando utilizado para procurar padrões em um arquivo.
Comando diff: Usado para comparar o conteúdo de dois arquivos, exibindo a diferença entre eles.
Comando find: utilizado para procurar por arquivos na arvore de diretórios.
Comando cat: Utilizado para concatenar arquivos exibindo o resultado na tela, sendo também utilizado para exibir o
conteúdo de arquivos.

Permissões no Linux
Comando chmod  É utilizado para alterar as permissões de um arquivo.
No Linux, existem regras de permissões que determinam a quem pertence um determinado arquivo ou diretório e quais
usuários ou grupos podem utilizá-los. Para arquivos e diretórios há três níveis de permissão:
 Usuário dono do arquivo (u).
 Grupo dono do arquivo (g).
 Demais usuários – outros – (o).
Observe a linha referente ao arquivo aula.txt na figura a seguir:

A primeira letra representa o tipo do arquivo, podendo ser:


 - : Arquivo convencional.
 d : Diretório.
As demais letras são divididas em grupos de três, determinando as permissões para o dono do arquivo, o grupo do
arquivo e demais usuários, respectivamente. O arquivo aula.txt, por exemplo, possui permissão rwx para o dono do arquivo
(o usuário rafael), permissão rw- para o grupo (o grupo rafael) e permissão -w- para os demais usuários.

Alterando permissões
As permissões são alteradas com o comando chmod e podem ser de leitura (r), escrita (w) e execução (x).

CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222
4
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220
INFORMÁTICA PARA CONCURSOS
| Prof. Rafael Araújo
OS: 0016/5/21-Gil

Permissões numéricas
Permissões podem ser manejadas de modo mais sucinto através de um formato numérico, chamado octal. O
número octal consiste em uma sequência de três dígitos. O primeiro dígito representa as permissões para o usuário, o
segundo dígito representa as permissões para o grupo e terceiro dígito as permissões para os outros.
Cada dígito indica a presença de uma permissão a partir da soma dos valores 4, 2 e 1. Esses valores correspondem à
leitura, escrita e execução. A tabela a seguir mostra todas permissões possíveis, desde 0 (nenhuma permissão) até 7 (todas as
permissões).

rwx
0 ---
1 --x
2 -w-
3 -wx
4 r--
5 r-x
6 rw-
7 rwx
Dessa forma, o comando chmod 721 aula.txt mudará as permissões do arquivo aula.txt para –rwx -w- --x, ou seja,
leitura, escrita e execução para o usuário dono, apenas escrita para o grupo e somente execução para os demais.
Comando top  Exibe na tela informações sobre o computador, incluindo o uso de processamento e memória total e
por processo.

Comando kill  Dentro do Linux, as tarefas são chamadas de processos, e cada um deles possui um número de
identificação (ID) único. O comando kill permite que você encerre um processo utilizando seu ID específico, também
conhecido como pid. Para mostrar o pid no Linux, execute o comando: ps. Esse comando irá exibir todos os processos
disponíveis com um pid.
Alguns exemplos em que o comando kill pode ser útil:
 Para interromper processos automatizados.
 Para interromper um processo que foi iniciado por acidente.
 Para interromper um processo que está utilizando muita memória.
 Para forçar a parada de qualquer processo em execução no Linux.
 Para interromper um processo sendo executado em segundo plano.

CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222
5
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220

Você também pode gostar