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Comandos Elétricos SENAI
Comandos Elétricos SENAI
Comandos elétricos
Belo Horizonte
2009
1
Presidente da FIEMG
Robson Braga de Andrade
Gestor do SENAI
Petrônio Machado Zica
Elaboração
Eustáquio Damasceno Pereira
Ronaldo José de Oliveira
Unidade Operacional
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Sumário
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................196
3
4
Prefácio
Isto porque, nos embates diários, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e
laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais
didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos.
O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua
curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre os
diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada !
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Apresentação
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1. Dispositivos de Proteção e Controle
1.2 Fusíveis
7
Figura 1.1: Tipos de fusíveis.
1.2.1 Simbologia
1.2.2 Aplicação
1.2.3 Constituição
8
Figura 1.3: Partes componentes do fusível.
Fonte: SENAI-MG. 1999. p.13, 122.
Contatos
Corpo Isolante
Elo de Fusão
a) Em forma de fio
9
b) Em forma de lâmina
Figura 1.5: Elo fusível com seção constante - a fusão pode ocorrer em qualquer ponto do elo.
Figura1.6: Elo fusível com seção reduzida normal - a fusão sempre ocorre na parte onde a seção é
reduzida.
Figura 1.7: Elo fusível com seção reduzida por janelas - a fusão sempre ocorre na parte entre as
janelas de maior seção.
Figura 1.8: Elo fusível com seção reduzida por janelas e um acréscimo de massa no centro - a fusão
ocorre sempre entre as janelas.
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Facilita a identificação da queima de um fusível, pois se desprende em caso de
queima.
É constituído de um fio muito fino, que está ligado em paralelo com o elo fusível.
No caso de fusão do elo fusível, o fio do indicador de queima não suportará a
corrente e também se fundirá, provocando o desprendimento da espoleta. (Figura
1.9)
Neste caso a fusão do elo ocorre logo após receber uma sobrecarga ou curto
circuito. São próprios para proteger circuitos com cargas resistivas, como lâmpadas
incandescentes e resistores em geral.
Neste caso, a fusão do elo é imediata, quando recebe uma sobrecarga ou curto-
circuito mesmo sendo de curta duração. São próprios para proteger circuitos
eletrônicos, pois os semicondutores são muito sensíveis e precisam ser protegidos
contra sobrecargas, mesmo de curta duração.
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A fusão do elo só acontece quando houver sobrecargas de longa duração ou
curto-circuito. São próprios para proteger circuitos com cargas indutivas e/ou
capacitivas, como motores, transformadores, capacitores e indutores em geral.
Resistência de Contato
Capacidade de Ruptura
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da corrente mínima de fusão que seria capaz de fundir o elemento. A figura a
seguir demonstra um exemplo de leitura para fusível rápido, num diagrama de
característica tempo de fusão x Corrente.
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Alguns tipos de fusíveis sofrem uma influência desprezível com a
temperatura, em uma margem bem grande de variação desta.
Substituição
14
Dimensionamento
Existem diversos tipos de fusíveis usados para proteção dos circuitos elétricos
(cartucho, Diazed, de vidro, NH e outros). Dar-se-á ênfase ao estudo dos fusíveis
Diazed e NH, por serem os sistemas de proteções mais utilizados nas áreas
industriais.
Segurança Diazed
15
Base
Cobertura da Base
16
Parafuso de Ajuste
Figura 1.16: a) Chave para parafuso de ajuste – b) Forma de encaixe da chave ao parafuso.
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Tampa
Anel de Proteção
18
Fusível
Dispositivo de segurança NH
A segurança NH é composta de fusível, base e punho, isolados para tensões
até 500Vca ou 600Vca.
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Fusível
Base
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Punho
Tabelas de correntes:
2 Rosa
4 Marrom
6 Verde
Rosca
10 Vermelho
E27
16 Cinza
20 Azul
25 Amarelo
21
35 Preto
Rosca
50 Branco
E33
63 Cobre
Corrente
Tamanho Tamanho Corrente Nominal (A)
Nominal (A)
6 40
10 50
16 63
20 80
25 100
000 32 125
40 1 160
50 200
63 224
80 250
100
125
00
160
1.3 Disjuntor
1.3.1 Definição
É um equipamento de comando e proteção de circuitos elétricos, cuja
finalidade é conduzir continuamente a corrente de carga sob condições nominais e
interromper correntes anormais de sobrecarga e de curto circuito. (Figura 1.24)
22
Figura 1.24: Mini disjuntores.
Fonte: <http://www.ge.com.br/mini_dr>. Acesso em: 01 jun. 2007.
23
1.3.2 Constituição
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8) Guia para o arco – sob condições de falha o contato móvel se afasta do
contato fixo e o arco resultante é guiado para a câmara de extinção evitando
danos ao bimetal em casos de altas correntes (curto-circuito);
9) Bimetal – é responsável pelo disparo do dispositivo por sobrecarga térmica;
10) Terminal inferior – terminal de conexão ao circuito externo;
11) Clip – dispositivo para fixação em trilho DIN.
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De forma similar, R e o bimetal B são dimensionados para que este último não
toque a extremidade de A dentro da corrente nominal do disjuntor. Acima desta, o
aquecimento do bimetal o levará a tocar o atuador A, interrompendo o circuito de
forma idêntica à do eletroímã.
Disjuntor magnético
Disjuntor térmico
Disjuntor termomagnético
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Observa-se nesse ponto que os relés não desligam o circuito: eles apenas
induzem ao desligamento, atuando sobre o mecanismo de molas, que aciona os
contatos principais. É válido mencionar que para disjuntor de elevadas correntes
nominais, os relés de sobre-correntes são constituídos por transformadores de
corrente e módulo eletrônico que irá realizar a atuação do disjuntor por correntes de
sobrecargas, correntes de curto-circuito com disparo temporizado e instantâneo e
até disparo por corrente de falha à terra.
1.3.4 Aplicação
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1.3.5 Características comparativas de fusível x disjuntor
É a mais elevada das correntes que pode vir a circular no circuito, e como é
em superior à corrente nominal, só pode ser mantida por um tempo muito
curto, sob pena de danificar ou mesmo destruir componentes de um circuito.
Portanto, o seu tempo de desligamento deve ser extremamente curto.
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Quadro 1: Características para desempenho no curto-circuito.
Disjuntor
Fusível
Dispensa cálculo fino da Necessita de cálculo fino da
Corrente de curto-circuito corrente de curto-circuito
Alta capacidade de interrupção Capacidade de interrupção
Elevada limitação variada
Otimização do tempo de Limitação em alta capacidade de
Q
uInterrupção interrupção
a
d Disponibilidade fácil Tempo de interrupção variado
r
o
Baixo custo Disponibilidade com restrições
Custo variado
1
29
1.4.2 Simbologia
Disjuntor-motor magnético
Disjuntor-motor termomagnético
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Disparador térmico ajustável para proteção contra sobrecargas e dotado de
mecanismo diferencial com sensibilidade a faltas de fase, incorporado no
disjuntor-motor;
Disparador magnético fixo e calibrado em 12 vezes a corrente nominal do
disjuntor.
31
Curva 2: disparo térmico, funcionamento com 3 pólos.
1.5.1 Definição
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São dispositivos contra fuga de corrente elétrica permitem otimização de energia e
evitam choques elétricos. Eles asseguram o comando e seccionamento dos circuitos elétricos.
A utilização deste tipo de dispositivo é obrigatória nas edificações segundo a norma NBR
5410/97, que define seu uso nas áreas frias ou sujeitas a umidade, como banheiros, áreas de
serviço e áreas externas.
1.5.2 Simbologia
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1.5.3 Constituição
A figura a seguir ilustra uma vista em corte e a constituição interna de um
dispositivo diferencial capaz de detectar correntes de falta CA, CC pulsante CC lisas.
Figura: 1.34: Constituição interna de um dispositivo diferencial residual.
Legenda
R – relé de disparo
A – unidade de medição e comparação para correntes residuais contínuas lisas.
T – botão de teste
W1 – sensor de correntes senoidais e correntes contínuas pulsantes
W2 – sensor de correntes contínuas puras
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1.5.4 Funcionamento
Segurança
1.5. 5 Tipos
35
Os DDR's são disjuntores com proteção diferencial, onde já estão
incorporados em um único produto as funções do DR (Diferencial Residual) e o
Mini-Disjuntor. O DDR possui proteção diferencial contra contatos diretos e
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1.6 Relé Térmico de Sobrecarga
1.6.1 Definição
1.6.2 Simbologia
37
1.6.3 Principio Construtivo de um Relé de Sobrecarga
Contatos Auxiliares
38
Botão de Rearme
1.6.4 Funcionamento
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Deve-se calibrar a corrente de ajuste do relé em função da corrente nominal
do componente a ser protegido, por exemplo, um motor.
Aquecimento Direto
40
Aquecimento Indireto
Aquecimento Semi-Direto
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b) Os que operam em sobrecorrente de sobrecarga a partir da corrente nominal.
42
Figura 1.44: Curvas de disparos de cargas.
Fonte: SENAI-MG. 1999. p. 69.
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Compensação de Temperatura
Os relés de sobrecarga térmicos possuem compensação de temperatura
ambiente, exemplificando:
Com uma temperatura ambiente de + 300 C, as lâminas bimetálicas principais se
dilatarão, curvarão e terão deslocado através do cursor, uma parte do percurso e,
para um determinado valor de corrente, resultaria um tempo de disparo menor. Para
que isto seja evitado, o cursor atua sobre a lâmina bimetálica auxiliar. Esta lâmina
não é, contudo, percorrida pela corrente. Ela é aquecida somente pela temperatura
ambiente e se curvará na proporção das lâminas principais. Desta forma as lâminas
aquecidas pela corrente determinarão um mesmo tempo de disparo para qualquer
temperatura ambiente .Este tipo de compensação de temperatura satisfaz na faixa
de 200 a + 500 C.
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Os Relés de sobrecarga trifásicos, com proteção contra falta de fase,
oferecem a vantagem de atuação mais rápida quando sob carga bifásica, ou seja,
falta de uma fase.
1.7 Contatores
1.7.1 Definição
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1.7.2 Simbologia
Bobinas
São identificadas de forma alfanumérica com A1 e A2.
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Terminais dos Contatos Principais
Devem ser identificados por números unitários e por um sistema alfanumérico.
Os terminais 1L1, 3L2 e 5L3 são ligados na rede (fonte) e os terminais 2T1, 4T2 e
6T3 devem ser conectados na carga.
Os terminais dos circuitos auxiliares são identificados com dois números, onde:
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1.7.3 Constituição
Contatos
Podem ser fixos ou móveis. Também podem ser principais (usados para
conduzir a corrente de carga) e auxiliares (usados para a comutação de circuitos
auxiliares, sinalização e intertravamento elétrico, entre outras aplicações).
Contatos Fixos: prtes dos contatos que são fixadas à carcaça do contator.
Contatos Móveis: peças movidas quando se energiza a bobina do
contator. Esses contatos farão contato físico com os contatos fixos,
estabelecendo o circuito.
Câmara de extinção
É um compartimento que envolve os contatos principais. Seu principal
objetivo é a extinção da faísca, ou arco voltáico, que surge quando se interrompe um
circuito elétrico que está energizado. O arco é extinto pelo processo denominado
“sopro dinâmico”, através do campo magnético formado por ele.
Terminais de Conexão
Destinam-se à interligação do contator com outros dispositivos do circuito.
Carcaça
É a parte que aloja e sustenta todos os componentes do contator. É feita de
material isolante e que ofereça boa resistência elétrica e mecânica.
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Núcleo Móvel
Elemento feito de lâminas de ferro sobrepostas, isoladas entre si, acoplado
mecanicamente ao suporte dos contatos móveis.
Núcleo Fixo
Elemento responsável pela concentração das linhas de força do campo
magnético criado pela bobina, evitando que elas se dispersem. É feito de lâminas de
ferro sobrepostas, isoladas entre si. Nos contatores com acionamento em corrente
alternada é inserido nos pólos magnéticos do núcleo fixo um anel metálico,
denominado de anel de defasagem (anel de curto - circuito). Sua função é a de
evitar ruídos e trepidações do contator quando a corrente alternada passar pelo
zero, momento em que não haveria campo magnético (Figura 1.50)
Bobina
Elemento responsável pela criação do campo eletromagnético que faz
movimentar o sistema móvel do contator. A bobina é constituída por um condutor de
cobre esmaltado, enrolado em forma de espiras num carretel isolante.
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Figura 1.51: Constituição de um contator.
Fonte: WEG. .d. p 245.
1.7.4 Acessórios
Supressor de Surto
São dispositivos conectados em paralelo com a bobina do contator e
utilizados no amortecimento das sobre - tensões provocadas durante as operações
de abertura, que podem danificar componentes sensíveis.
São compostos de circuitos RC ou Varistores (Figura 1.51).
50
Bloco de Contatos auxiliares
Alguns contatores possuem contatos auxiliares diretamente na sua carcaça.
Atualmente, os blocos de contatos são acessórios que poderão ser acoplados aos
contatores.
Os contatos auxiliares podem ser aberto (NA) ou fechado (NF). Na Figura
1.52 pode-se observar os detalhes de um bloco de contatos auxiliares com fixação
no topo e fixação lateral.
Temporizador Pneumático
Elemento de temporização fixado na parte frontal dos contatores é fabricado
para retardo na energização ou retardo na desenergização.
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Intertravamento Mecânico
É a combinação que garante mecanicamente a impossibilidade de fechamento
simultâneo entre dois contatores. A sua montagem normalmente é feita lateralmente,
entre os dois contatores.
1.7.5 Funcionamento
a) Acionamento
Quando a bobina do contator é energizada a partir de um dispositivo de
comando (botoeiras, chaves fim de curso, relés, etc.), cria-se um campo magnético,
e o núcleo fixo atrai o núcleo móvel, deslocando os contatos móveis que estão
acoplados mecanicamente a este, desta forma haverá a comutação dos contatos
principais e auxiliares.
b) Desligamento
Para desligamento do contator, é necessário interromper a alimentação da
bobina, fazendo com que desapareça o campo magnético, provocando por molas o
retorno do núcleo móvel e, conseqüentemente, o retorno dos contatos ao estado de
repouso.
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1.7.6 Tipos de Contatores
De acordo com as características elétricas e as condições de serviço, os
contatores podem ser classificados em: Contatores Tripolares de Potência e
Contatores Auxiliares.
Contator Tripolar:
É destinado a efetuar o acionamento de diversos tipos de cargas das
instalações industriais, como motores elétricos, capacitores, sistemas de
aquecimento, etc.
Contator Auxiliar
É destinado a efetuar o comando de pequenas cargas. É utilizado no
comando de sinalizações, eletroválvulas, bobinas de contatores tripolares, etc.
Também são utilizados para aumentar o número de contatos auxiliares dos
contatores tripolares.
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1.7.7 Características Elétricas e Dimensionamento
O contator é um dos dispositivos mais usados para seccionamento nas
instalações elétricas industriais. Para fazermos a escolha de um contator, devemos
conhecer suas características elétricas, que são informações padronizadas por
normas e estão contidas nos selos de identificação e nos catálogos de fabricantes.
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Quadro 2: Categorias de Emprego de Contatores conforme IEC 947
TIPO DE CATEGORIA APLICAÇÃO
CORRENTE
AC AC – 1 Manobras leves; carga ôhmica ou pouco indutiva (aquecedores, lâmpadas
incandescentes e fluorescentes compensadas).
AC – 2 Manobras leves; comando de motores com anéis coletores
(guinchos,bombas, compressores). Desligamento em regime.
AC – 3 Serviço normal de manobras de motores com rotor gaiola (bombas,
ventiladores, compressores). Desligamento em regime.*
AC – 4 Manobras pesadas. Acionar motores com carga plena; comando
intermitente (pulsatório); reversão a plena marcha e paradas por
contracorrente (pontes rolantes, tornos, etc.).
AC – 5a Chaveamento de controle de lâmpadas de descargas elétricas
AC – 5b Chaveamento de lâmpadas incandescentes
AC – 6a Chaveamento de transformadores
AC – 6b Chaveamento de bancos de capacitores
AC – 7a Aplicações domésticas com cargas pouco indutivas
AC – 7b Cargas motoras para aplicações domésticas
AC – 8a Controle de compressor-motor hermeticamente refrigerado com reset
manual para liberação de sobrecarga**
AC – 8b Controle de compressor-motor hermeticamente refrigerado com reset
automático para liberação de sobrecarga**
AC – 12 Controle de cargas resistivas e cargas de estado sólido com isolamento
através de acopladores ópticos.
AC – 13 Controle de cargas de estado sólido com transformadores de isolação.
AC – 14 Controle de pequenas cargas eletromagnéticas (72VA)
AC – 15 Controle de cargas eletromagnéticas (> 72VA)
* A categoria AC – 3 pode ser usada para regimes intermitentes ocasionais por um período de
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tempo limitado como em set-up de máquinas; durante tal período de tempo limitado o número de
operações não pode exceder 5 por minuto ou mais que 10 em um período de 10 minutos.
** Motor-compressor hermeticamente refrigerado é uma combinação que consiste em um
compressor e um motor, ambos enclausurados em um invólucro, com eixo não externo, onde o
motor opera neste meio refrigerante.
1.8.1 Definição
1.8.2 Simbologia
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1.8.3 Constituição
Bloco de Contato
Elemento constituído de um corpo isolante, contatos móveis, fixos e bornes
para conexões.
Figura 1.58: (a) Bloco de contatos simples. (B) - Bloco de contatos duplo.
Fonte: <http://www.weg.com.br/FILES/Artigos/4-515>. Acesso em: 18 jun. 2007.
Corpo isolante
Serve para envolver os contatos e sustentar os bornes para conexões. É feito
de material termoplástico (isolante) de boa resistência mecânica.
Contatos
São elementos responsáveis pela continuidade da corrente elétrica do
circuito. Os contatos são, normalmente, em forma de pastilha de liga de prata
superdimensionada, tanto nas partes fixas como nas móveis, garantindo assim uma
alta capacidade de ruptura, que acarreta uma vida mais longa para os contatos.
Alguns fabricantes fornecem, sob encomenda, contatos com banho de ouro.
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Bornes para Conexões
São elementos que estabelecem a ligação dos condutores aos contatos fixos.
Normal
Utilizados nos comandos elétricos em geral. É um botão de longo curso e
praticamente inexiste a possibilidade de manobra acidental.
Faceado Simples
Possui somente um dispositivo para acionamento. (Figura 1.59)
Faceado Duplo
58
Figura 1.60: Botão de acionamento faceado duplo iluminado.
Fonte: <http://www.siemens.com.br/Botoesduplos>. Acesso em: 24 maio 2007.
Saliente
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Tipo cogumelo
Normalmente são destinados a interromper circuitos em caso de emergência.
(Figura 1.62).
Seletor de Posições
O seletor é essencialmente um comutador para aplicações industriais, que
permite resolver certos problemas de esquemas elétricos. São aqueles nos quais o
acionamento é obtido através do giro de alavancas, knobs, chaves tipo yale e pode
acionar uma ou mais seções de contatos NA ou NF.
Figura 1.64: (a) Seletor de posição tipo Alavanca. (b), Yale. (c) Knob.
Fontes: <http://www.schmersal.com.br/catalogos>. Acesso em: 23 maio 2007.
<http://www.weg.com.br/files>. Acesso em: 23 maio 2007.
<http://www.weg.com.br >. Acesso em: 23 maio 2007.
60
1.8.4 Classificação dos botões conforme sistema de travamento elétrico
Figura 1.66: (a)Impulsão com retenção - Girar para soltar (b)Retenção com chave Yale.
Fonte: <http://www. schneider.com.br/XB4_XB5>. Acesso em: 11 set. 2007.
61
Existem dois tipos: com alimentação direta e com alimentação através de
transformador. A Figura 1.67 apresenta o modelo com alimentação direta.
1.8.6 Botoeiras
62
1.8.7 Código de Cores
Os botões de comando são fabricados segundo um código internacional de
cores, o que facilita a identificação do regime de funcionamento das máquinas
comandadas por esses botões. O quadro a seguir mostra as cores e a indicação de
suas funções.
Quadro 3: Código de cores e funções de botões.
Cor padronizada Regime de Funcionamento
Parar – desligar
Vermelho Parada de emergência
Acionamento.
Verde ou Preto
Início do ciclo de operação de máquina.
Atenção, cuidado.
Partida de retrocesso fora das condições
Amarelo normais de operação.
Partida de um movimento para evitar
condições de perigo.
Qualquer função para a qual as cores
Branco ou Azul
mencionadas não têm validade.
Claro
Informações especiais.
1.9.2 Simbologia
63
1.9.3 Tipos de relés de tempo quanto à ação dos contatos
Instantâneo a Energização
Alimentando-se o dispositivo, inicia-se a contagem do tempo e
simultaneamente os contatos serão ativados. Após o tempo programado, os
contatos serão desativados. Interrompendo-se a alimentação durante o processo de
contagem do tempo, o mesmo é anulado e os contatos serão desativados.
64
contagem do tempo. Após o tempo programado, os contatos serão desativados
(Figura 1.72).
Temporizadores eletrônicos
65
Constituição
É constituído de um circuito eletrônico de temporização, que atua sobre um
relé magnético, o circuito está alojado em uma caixa de material isolante. Na parte
frontal dessa caixa são colocados: um seletor de tempo (que gira sobre uma escala
numerada, representando o tempo em segundos) e os bornes para ligação dos
condutores.
Funcionamento
Quando os bornes A1 e A2 (a e b) forem energizados, o circuito eletrônico
entrará em operação, realizando a temporização pré-selecionada através do botão
seletor. Uma vez vencido este tempo, é feito o acionamento do relé magnético, que
comutará os seus contatos (abrirá 15 - 16 e fechará 15 - 18). Os contatos do relé
magnético voltarão à posição de repouso quando os bornes A1 e A2 (a e b) forem
desenergizados.
Obs: Retardo na energização
Características elétricas
Suas principais características elétricas são:
• Tensão de Acionamento: normalmente 24V, 127V ou 220V;
• Tensão Máxima de Serviço: normalmente de 250V;
• Corrente Nominal: corrente dos contatos do relé (normalmente 10A);
• Faixa de Ajuste: é a faixa de tempo a ser ajustada no seletor externo.
Temporizadores pneumáticos
66
Figura 1.74: Temporizador pneumático.
Fonte: SENAI. MG. 1999. p. 99.
Constituição
67
Legenda:
1 - Alavanca de armamento do temporizador, que liga a sanfona ao bloco de contatos elétricos.
2- Balancim.
3 - Mola Superior.
4 - Válvula.
5 - Sanfona (resistente aos óleos e envelhecimento).
6 - Contatos abridores e fechadores.
7 - Dispositivo de acionamento da regulagem do temporizador.
Funcionamento
Temporizador Pneumático ao Trabalho: estando o temporizador pneumático
acoplado ao contator e sendo este alimentado, o núcleo atrairá o balancim, que
libera a sanfona, que irá encher-se de ar, deslocando-se em direção ao balancim.
Terminado o tempo, regulado previamente, a sanfona estará cheia de ar e
pressionará uma pequena alavanca, que liberará o balancim. O seu deslocamento
provocará a abertura do contato NF e o fechamento do contato NA, que
permanecerão assim enquanto o contator estiver alimentado.
Quando seccionarmos a alimentação do contator, o seu núcleo deslocará o
balancim em direção à sanfona, expulsando o ar nela contido. Com isto, os contatos
voltarão à posição original de repouso, deixando o temporizador pneumático apto
para um novo ciclo de operação.
Temporizador Pneumático ao Repouso: estando o temporizador pneumático
acoplado ao contator, os contatos NA e NF do temporizador estão em repouso.
Quando o contator for alimentado, o núcleo forçará o deslocamento do balancim em
direção à sanfona, pressionando-a para que expulse o ar nela contido. Também
ocorrerá a abertura do contato NF e o fechamento do contato NA.
Quando seccionarmos a alimentação do contator, o balancim voltará à
posição original, liberando a sanfona para que se encha de ar novamente. Quando
terminar o tempo programado, a sanfona estará cheia de ar e pressionará uma
pequena alavanca (disparador), que acionará o sistema de sustentação dos
contatos, fazendo com que estes voltem à posição de repouso, isto é, o contato NF
fechará e o contato NA abrirá.
Para iniciar um novo ciclo de operação, devemos acionar novamente o
temporizador pneumático.
68
1.10 Chave Auxiliar Tipo Fim de Curso
1.10.1 Definição
1.10.2 Simbologia
69
1.10.3 Constituição
É basicamente composta por um corpo (carcaça), bloco de contatos e
um elemento de acionamento (cabeçote).
Corpo
É o elemento responsável pela proteção mecânica dos contatos e bornes. Serve
como suporte de fixação do elemento de acionamento. Feito de materiais de elevada
resistência mecânica e trabalham em temperaturas variadas (Figura 1.78).
Bloco de Contatos
É o elemento responsável pelo acionamento elétrico do circuito de comando,
quando acionado mecanicamente pelo cabeçote
Sistemas de Contato
b) Contatos Instantâneos
Não possuem estágio intermediário entre a operação dos contatos NF e NA.
A abertura e fechamento dos contatos não dependem da velocidade de atuação.
70
c) Contatos Prolongados
São usados para situações especiais (específicas).
Ex: Quando acionado, o contato NA fechará antes que o contato prolongado NF
abra, que ficará fechado até quase o final do curso da ação, quando então se abrirá.
OBS: os bornes dos contatos são identificados por código numérico, idêntico
aos contatos auxiliares dos outros dispositivos já estudados, padronizados
pela I.E.C.
71
b) Percurso de Ação Angular
Para cabeçotes de alavanca e cabeçotes de hastes, o mecanismo operador
externo (Batente) deverá acionar perpendicularmente ao eixo de rotação da
alavanca(Haste).
72
Figura 1.82: Tipos de acionamentos de chaves fim – de – curso.
Fonte: http://www.kap.com.br/chavefimdecurso>. Acesso em: 17 maio 2007.
1.10.4 Funcionamento
Acionando-se o cabeçote de comando, através de partes móveis de
máquinas como hastes, excêntricos, ressaltos, etc. Será executada a comutação dos
contatos, que irão operar diretamente em circuitos auxiliares e de comando.
1.10.5 Características
Corrente Nominal
É baseada na estrutura de seus contatos e bornes. Normalmente é de 10A.
Número de manobras
Define a vida útil do dispositivo.
Ex: 10 milhões de manobras, 50 milhões de manobras, etc.
73
Grau de Proteção
O grau de proteção é expresso em código, devidamente normalizado, que
classifica para determinado equipamento, sua proteção contra choques, penetração
de corpos estranhos sólidos e líquidos.
Ex: IP 65
• IP: Significa Grau de Proteção;
• Primeiro algarismo (6): proteção total contra contato com partes sob tensão ou em
movimento. Proteção total contra penetração de pó;
• Segundo algarismo (5): proteção contra jatos de água, provenientes de qualquer
direção.
No Quadro 4, estão relacionadas as diversas classificações a que estão
sujeitos os invólucros dos aparelhos elétricos, no que diz respeito ao grau de
proteção.
Quadro 4: Índices de Proteção.1’
74
1.11 Sensores
1.11.1 Definição
75
Sensor de contato (reed-switch)
O sensor de contato reed switch funciona de maneira semelhante a
microchave. A diferença é que seu acionamento não é pela ação de um contato
físico, mas pela ação de um campo magnético, como o de um imã por exemplo.
O sensor é composto de uma ampola de vidro a qual Contém, duas lâminas e
um gás inerte. Quando o conjunto estiver sob a ação de um campo magnético, as
lâminas se unem fechando o contato elétrico.
O contato irá abrir quando o campo magnético deixar de existir. Este sensor
pode ter os contatos abertos ou fechados na posição de repouso (sem ação de
campo magnético), sendo que os abertos são chamados de contatos NA (normal
aberto) e os fechados de contatos NF (normal fechado).
76
Figura 1.85: Símbolo do sensor de contato (reed-switch).
Sensores de proximidade
77
Os sensores de aproximação foram desenvolvidos para atender às
especificações de sistemas mais modernos, onde é necessário conciliar altas
velocidades e grande confiabilidade nos acionamentos.
Sensores Indutivos
O sensor indutivo é utilizado para detectar a presença ou o deslocamento de
objetos metálicos. O seu funcionamento é baseado, no princípio da variação da
indutância eletromagnética.
78
Figura 1.88: Sensor indutivo.
Fonte: <http://www.metaltex.com.br>. Acesso em: 18 fev. 2009.
• Alta durabilidade;
• Baixa manutenção;
• Boa imunidade às influências do ambiente em que ele está instalado;
• Alta sensibilidade.
Sensor Capacitivo
O sensor capacitivo é utilizado para detectar materiais metálicos e não
metálicos como plásticos vidros líquidos e etc. O princípio de funcionamento deste
tipo de sensor está baseado na variação da capacitância de um capacitor.
79
A distância de detecção normalmente varia de 0 a 20 mm, dependendo da
massa do material a ser detectado e das características determinadas pelo
fabricante. Da mesma forma que o sensor indutivo, os sensores capacitivos são
construídos com um de corpo plástico ou metálico. O diagrama de blocos do sensor
capacitivo apresenta um funcionamento semelhante ao do diagrama do sensor
indutivo. A diferença encontra-se no estágio oscilador. Quando um objeto é colocado
na região ativa do sensor, ocorre uma mudança da freqüência de oscilação devido à
alteração do valor da capacitância formada pela placa sensível e a região ativa.
80
O símbolo de um sensor capacitivo está apresentado na Figura 1.92:
81
O símbolo de um sensor óptico é apresentado na figura a seguir:
Encoder
82
Figura 1.95: Dispositivo chamado de encoder.
1.12.1 Introdução
83
Figura 1.97: Motor de indução trifásico.
Fonte: WEG. 2004. p. 2.
1.12.2 Definição
Motor elétrico é uma máquina que tem como função converter energia elétrica
em mecânica através do movimento rotativo de um eixo, quando é aplicada em seus
enrolamentos uma tensão elétrica alternada.
Motor Sincrono
Os motores síncronos são motores de velocidade constante e proporcional
com a frequência da rede. Seu uso é limitado a grandes potências e acionamentos
especiais, que requerem velocidades invariáveis em função da carga.
Motor assíncrono
É utilizado na grande maioria das máquinas e equipamentos industriais por
serem robustos e mais baratos. Sua velocidade sofre ligeiras variações em função
da variação da carga mecânica que é inserida ao seu eixo.
84
Classificação dos motores assíncronos
Os motores assíncronos podem ser do tipo rotor gaiola de esquilo, são assim
chamados porque seu enrolamento rotórico tem a característica de ser curto-
circuitado, assemelhando-se a uma gaiola de esquilo. Outro tipo de motor
assíncrono é o motor de anéis ou motor de rotor bobinado, que possui a mesma
característica construtiva do motor de indução com relação ao estator, mas o seu
rotor é bobinado com um enrolamento trifásico, cujo acesso é feito através de três
anéis com escovas coletoras no eixo.
1.12.4 Construção
O MIT é composto, basicamente por duas partes:
85
Rotor
O rotor é constituído de um eixo onde é acoplada uma carga mecânica, o
mesmo possui um “pacote” de chapas magnéticas denominado núcleo, que tem
como objetivo melhorar a permeabilidade magnética do meio. O enrolamento do
rotor pode ser bobinado ou do tipo gaiola de esquilo.
No rotor gaiola de esquilo os condutores são normalmente de alumínio em
forma de barras e estão curto circuitados em cada terminal por anéis contínuos,
como mostra a figura acima.
Já o rotor bobinado é constituído de um enrolamento trifásico, fechado
internamente em estrela, acessível através de três anéis com escovas coletoras no
eixo, conforme mostra a Figura 1.98.
Estator
É formado por uma carcaça normalmente construída de ferro fundido, que é a
estrutura de todo o conjunto. Internamente a ela existe o núcleo que é um “pacote”
de chapas magnéticas com a função de concentrar as linhas de indução criadas
pelos enrolamentos quando são conectados à corrente alternada. Nas ranhuras do
núcleo do estator, existe o enrolamento trifásico que é constituído de três conjuntos
de bobinas de cobre, defasadas de 120º geométricos. Estas bobinas interagem-se,
produzindo um campo magnético girante, que só é possível graças à construção do
estator (as bobinas estão defasadas de 120º geométricos), e por serem alimentados
por correntes alternadas trifásicas, cujas fases estão defasadas entre si de 120º
elétricos.
86
1.12.5 Princípio de Funcionamento
Quando é aplicada uma tensão alternada nos enrolamentos do estator, surge
um campo magnético girante, devido à circulação de corrente. As linhas de indução
deste campo magnético “cortam” os condutores do rotor, induzindo neles uma
diferença de potencial (DDP), como o circuito está fechado, surge uma corrente
induzida que gera um campo magnético em volta dos condutores do rotor, que tende
a acompanhar, ou alinhar-se, com o campo girante produzido pelo estator, criando
assim o movimento do eixo do motor.
87
Para instalar adequadamente um motor elétrico, é necessário saber
interpretar os dados de placa. Geralmente encontramos os seguintes dados nesta
placa.
a) Identificação do fabricante:
Nome, marca e endereço do fabricante;
b) Número de fases
(por exemplo, TRIFÁSICO ou 3FAS);
c) Modelo
Modelo do motor;
d) Freqüência nominal:
É a freqüência do sistema elétrico para o qual o motor foi projetado;
e) Categoria do Motor.
As normas estabelecem 5 categorias básicas de motores: classe N, classe H,
classe D, classe NY, classe HY (a antiga norma NBR 7094 estabelecia apenas 3
categorias de motores: N , H e D). A maioria dos motores é categoria N.
Será necessário um estudo mais aprofundado sobre as máquinas elétricas
para discutirmos o assunto, o que não faz parte do objetivo desse material didático.
f) Potência Nominal:
É a potência que o motor pode fornecer dentro de suas características
nominais, em regime continuo (Watts , CV ou HP);
g) Velocidade nominal
Indica a velocidade em rotações por minuto (RPM) em condições nominais;
h) Fator de Serviço
É o fator aplicado à potência nominal que indica a máxima sobrecarga
permissível continuamente. O fator de serviço FS = 1,0, significa que o motor não foi
projetado para funcionar continuamente acima de sua potência nominal, Se o fator
de serviço for de 1,15, significa que é admissível uma sobrecarga de 15% acima da
potência nominal ;
i) Classe de isolamento
A classe de isolamento, identifica o tipo de materiais isolantes empregados no
isolamento do motor. De acordo com a ABNT as classes de isolamento são:
Classe A = 105°C
88
Classe E =120°C
Classe B = 130°C
Classe F = 155°C
Classe H = 180°C
j) Ip/In
É a relação entre a corrente de partida e a corrente nominal
k) Grau de Proteção
A norma NBR 6146 define os graus de proteção dos equipamentos elétricos
por meio das letras características IP, seguidas por dois algarismos, o 1º Algarismo:
indica o grau de proteção contra penetração de corpos sólidos estranhos e contato
acidental e o 2º Algarismo: indica o grau de proteção contra penetração de água no
interior do motor.
89
Quadro 5. Graus de proteção.
l) Tensão nominal
É a tensão da rede para o qual o motor foi projetado, suportando uma
variação de aproximadamente 10% ( em Volts);
m) Corrente nominal
É a corrente absorvida quando o motor funciona em potência nominal (em A);
n) Letra-Código
90
Muitos fabricantes fornecem uma letra-código indicando a relação entre
corrente nominal com rotor bloqueado sob tensão nominal. Com isso fornece uma
relação aproximada entre os KVA consumidos por CV de potência com o rotor
bloqueado.
o) Rendimento Nominal
O rendimento representa a relação em percentual entre a potência elétrica
fornecida pela rede e a potência mecânica fornecida no eixo.
m) Fator de potência: Indica a relação entre a potência aparente e a potência ativa.
p) Regime
O regime é o grau de regularidade da carga a que o motor é submetido. Os motores
normais são projetados para regime contínuo, isto é, um funcionamento com carga
constante, por tempo indefinido, desenvolvendo potência nominal. São previstos, por
norma, vários tipos de regimes de funcionamento.
q) Formas de ligação
Indica por meio de esquemas e números a forma de se ligar o motor.
O motor de indução pode ser ligado a uma, duas, ou quatro tensões
diferentes, padronizadas por norma. As tensões que poderão ser aplicadas ao
estator serão determinadas pelo tipo de ligação e dependerão do número de
terminais (pontas) do estator., como por exemplo, o motor de 3 terminais só poderá
ser ligado em uma tensão, o motor de 6 e 9 terminais poderá ser ligado em 2
tensões e o motor de 12 terminais poderá ser ligado em 4 tensões.
Mas independente do número de terminais, e da tensão aplicada aos terminais do
motor, através da combinação desejada, a bobina só trabalha com uma tensão, a
tensão de triângulo. As figuras a seguir apresentam as ligações de motores
trifásicos que atualmente são as mais usadas em baixa tensão.
Ligação de motores de 6 terminais:
91
Figura 1.101: Ligação de motores de seis terminais em triângulo e estrela.
1.13.1 Definição
92
1.13.2 Tipos de transformadores
Transformadores de tensão
São transformadores redutores de tensão. Sua função é alimentar circuitos de
controle, sinalização e comandos (Figura 1.102).
Simbologia
Os símbolos do transformador de tensão são mostrados na Figura a seguir.
Constituição
São compostos por duas bobinas, sendo uma bobina primária e uma
secundária, montadas sobre um núcleo de ferro – silício laminado.
93
Figura 1.105: Construção do transformador.
Fonte: <http://www.geocities.com/saladefisica/funciona/transformador>. Acesso em: 24 maio
2007.
Funcionamento
Quando uma tensão alternada é aplicada ao enrolamento primário, cria-se um
campo magnético variável. O enrolamento secundário, ao ser cortado pelo fluxo
variável, produzirá uma Força Eletromotriz Induzida no enrolamento secundário, que
é o valor de tensão desejada de saída.
94
Figura 1.106: Funcionamento do transformador.
Fonte: <http://br.geocities.com/saladefisica7/funciona/transformador> Acesso em: 24 maio 2007.
Características
95
Aplicações
Auto - transformador
Dispositivo usado para reduzir a tensão de partida dos motores de rotor em
curto - circuito, mantendo um conjugado para a partida e aceleração do motor.
Simbologia
O símbolo do auto-transformador trifásico é mostrado na Figura 1.106.
Constituição
É constituído por três bobinas enroladas sobre um núcleo de ferro laminado,
formando um conjunto trifásico. As bobinas possuem derivações, normalmente 65%
e 80%, que são ligadas à carga. Os três bornes superiores das bobinas são ligados
96
à rede elétrica e nos outros três inferiores se faz um fechamento em estrela (Y),
conforme mostra a Figura 1.107.
Funcionamento
Os motores trifásicos de rotor em curto - circuito absorvem na partida valores
de corrente que podem atingir até 7 vezes o seu valor nominal.
Ligando-se a alimentação da rede aos terminais de entrada do auto-
transformador e a carga em uma de suas derivações, com percentual definido (65%
ou 80%), reduziremos ao percentual do valor da derivação a tensão na carga,
reduzindo a corrente na partida do motor.
Importante: a capacidade do auto - transformador deve ser compatível com a
potência do motor.
Transformador de corrente – TC
O transformador de corrente é um dispositivo que reduz os valores de
correntes a outros de menor intensidade, de acordo com sua relação de
transformação (Figura 1.108).
97
Figura 1.109 Transformador de corrente.
Simbologia
Os símbolos do transformador de corrente estão mostrados na Figura 1.109.
Funcionamento
O enrolamento primário é o próprio barramento ou cabo que conduz a
corrente da carga, que tem um valor elevado, e deverá ser reduzida. Essa corrente
induz uma corrente na bobina do secundário, tão menor quanto maior a relação de
transformação do TC. O secundário alimenta os instrumentos ou dispositivos que
irão funcionar com corrente reduzida.
Devido às características construtivas do TC, surgem tensões de vários
kilovolts nos terminais do secundário, caso seja aberto em funcionamento.
Os inconvenientes destes fatos são:
98
• Risco de vida para operadores.
• Aquecimento excessivo, que causa a destruição do isolamento e pode provocar
contato entre o circuito primário, o secundário e a terra.
• Se não houver danos, é possível que sejam alteradas as características de
funcionamento e de precisão.
Aplicações
São normalmente usados em circuitos onde se deseja fazer medições ou
proteção.
• Medição: imagine uma situação em que se necessite medir uma corrente de 1000
A. Usando-se um TC com relação de 1000 / 50 e um amperímetro adequado para
esta situação (com escala graduada de 0 – 1000 A), faz-se a medição. Quando
circular uma corrente de 1000 A pelo circuito, será de 50 A a corrente no secundário
do TC e no amperímetro, que indicará a medida real, ou seja, 1000 A .
99
• Proteção: neste caso, o TC é associado a um relé térmico, cuja corrente nominal é
inferior à da rede. Se usarmos um TC com relação 200 / 5, significa que quando
houver uma corrente de 200 A na rede, a corrente no relé será de 5 A. Dessa forma,
o relé térmico terá seu tamanho reduzido e poderá ser um relé normalizado (da linha
de produção).
100
As Seccionadoras somente podem operar quando houver uma variação de
tensão insignificante entre os seus terminais ou nos casos de interrupção ou
restabelecimento de correntes insignificantes.
101
Figuras 1.112: Secionador monopolar de alta tensão a vazio (fechado - aberto).
Fonte: <http://www.celsa.com.co/protecciones/espanol/seccionador>. Acesso em 05 jul. 2007.
Mecanismo de operação
102
Figuras 1.113: Seccionador tripolar a vazio – alta tensão.
Fonte: <http://www.amt.efacec.pt/images>. Acesso em: 05 jul. 2007.
103
Especificação sumária
Para especificar uma chave seccionadora tripolar primária é necessário que
sejam definidos os seguintes elementos:
• corrente nominal, em A;
• tensão nominal, em kV;
• tensão suportável a seco, em KV;
• tensão suportável sob chuva, em kV;
• tensão suportável de impulso (TSI), em kV;
• uso (interno ou externo);
• corrente de curta duração para efeito térmico, valor eficaz, em kA;
• corrente de curta duração para efeito dinâmico, valor de pico, em kA;
• tipo de acionamento (manual: através de alavanca de manobra, ou
motorizada).
104
Veja simbologia nas Figuras 1.115 e 1.116
105
Figura 1.117: Seccionador para manobra sob carga.
Fonte: <http://www.jaguareletrica.com.br/imagens/seccionadora>. Acesso em: 05 jul. 2007.
I = 1,15 x Inm
106
Quando são instalados em circuitos de capacitor, devem ser dimensionados
pelo menos para 135% da corrente nominal do banco, ou seja:
107
• São chaves tripolares normalmente utilizadas em instalações industriais no
ramo de alimentação de motores;
• Também são utilizadas como chave geral de distribuição de circuitos;
• São usadas com fusíveis incorporados, sobrepostos na sua parte frontal;
• Oferecem segurança na troca de fusíveis, uma vez que quando
desligadas, os fusíveis ficam sem tensão.
• Permitem um seccionamento seguro mesmo quando a carga estiver
conectada.
Simbologia
1.15 Sinalização
1.15.1 Introdução
1.15.2 Simbologia
108
Quadro 6: Sinalização áudio-visual.
Constituição
109
a) Elemento frontal de Sinalização
Em alguns casos, pode-se usar sinaleiro com visor translúcido, que possibilita a
inserção de dizeres, números ou símbolos em suas lentes. A especificação é feita de
acordo com o modelo (que determina suas dimensões, cores, etc.), diâmetro da
110
furação e forma de fixação ao painel, que é por meio de rosca no corpo do
sinalizador.
b) Elemento Soquete
111
• Lâmpadas: a) Incandescente de 6, 12, 24 e 48 ~ / b) Neon de 110 e 220V~
(com resistor) / c) Diodos luminosos de 6, 12, 24 e 48V~ (com resistor e diodo
de proteção) d) LED de 6, 12, 24, 48 e 110V;
• Ligação: Terminais chatos de latão estanhado 2,8 x 0,8 mm, soldáveis ou
"plug-in";
• Temperatura admissível: 70º C;
• Proteção: IP40 no frontal do painel.
1.16 Terminais
1.16.1 Introdução
112
É possível identificar a seção transversal do cabo que poderá ser conectado
aos terminais através de um código de cores, sendo:
Exemplo:
Terminais de encaixe
São terminais fabricados a partir de fitas de latão ou cobre, possui tratamento
superficial de estanho. Abrange as bitolas de 0,25 a 6mm², podendo ser sem
isolação, com isolação e com garra, pré-isolados, pré-isolados reforçados,
totalmente isolados e isolados em acopladores de nylon. Constituem-se
normalmente em engates tipo fêmea, engates tipo fêmea totalmente isolados,
engates tipo macho, engates tipo macho-fêmea, etc.
113
Normalmente são fabricados a partir de tubos de cobre de alta condutibilidade
e possui tratamento superficial de estanho, resistente aos efeitos da corrosão.
Abrange a bitolas de 0,50 a 630,00mm², podendo ser nos seguintes modelos:
terminais tubulares: 1 furo e 1 compressão ou 1 furo e 2 compressões, 2 furos e 1
compressão ou 2 furos e 2 compressões. Luvas tubulares: 1 compressão ou 2
compressões, ambas com limitador central para posicionar corretamente os
condutores.”
Ferramentas
114
tipos de alicates usados para aplicação de terminais que estão disponíveis no
mercado.
115
1.17 Bornes de conexão
1.17.1 Introdução
São dispositivos usados nas instalações elétricas para facilitar o processo de
interligação entre circuitos, como alimentação, carga, teste, e medição,
proporcionando para tais circuitos, a possibilidade de derivações, emendas,
continuidade, ligações, saídas, etc. (Figura 1.130).
1.17.2 Simbologia:
116
Os componentes deste sistema são:
a) - Componente Principal: conector unipolar
b) - Acessórios: placa final, garra final, trilho, placa separadora, ponte de
interligação, identificadores e tampa de proteção.
Conector Unipolar:
Possui corpo isolante, que permite a montagem e isolamento das peças
condutoras (contatos). Apresenta bornes em seus extremos, para entrada dos
condutores e em sua parte inferior uma saliência, que serve para encaixe do
conector ao trilho (Figura 1.133).
Placa Final
É uma placa isolante que serve para fechar o último conector montado no
trilho, conforme mostra a Figura 1.134.
117
Figura 1.134 Placa final.
Fonte: <http://www.conexel.com.br>. Acesso em: 16 maio 2007.
Garra Final
Trilho
118
Figura 1.136 Trilho.
Fonte: <http://www.conexel.com.br> . Acesso em: 16 maio 2007.
Placa Separadora
Ponte de Interligação
119
Figura 1.138: Ponte de interligação.
Fonte: <http://www.conexel.com.br> . Acesso em: 16 maio 2007.
Identificadores
120
Seção dos Condutores: possuem uma faixa para os valores de seção, que
estabelece os limites máximo e mínimo das bitolas dos condutores
adequados a cada tipo de borne.
Tensão Nominal: deve ser compatível com a tensão onde o borne será
instalado.
Conectores de Passagem:
São usados para permitir a continuidade do circuito, emenda nos condutores,
saídas, etc. São fabricados para cabos entre 2,5 mm2 e 35 mm2 (Figura 1.140).
121
Conectores Seccionadores de medição:
São utilizados para testar e seccionar circuitos com transformadores de
corrente, sem interrupção do serviço (Figura 1.141).
122
Conectores Terra
OBS: além dos conectores unipolares, existem outros tipos, tais como: conectores em
barra (Sindal), conectores para motores, etc...
1.18 SOFT-STARTER
1.18.1 Introdução
123
Figura 1.144: Aspecto físico de uma soft-starter.
Fonte: <http://www.wegelectricalmotors.com>. Acesso em: 31 maio 2007.
124
“Um Soft-Starter que inclua características de otimização de
energia altera a operação do motor. A função de otimização de
energia reduz a tensão aplicada aos terminais do motor de
modo que a energia necessária para suprir o campo seja
proporcional à demanda da carga. Isso nos trás benefícios na
prática, pois é comum selecionar um motor com potência
superior ao máximo que a carga exige. O motor selecionado
para qualquer aplicação estará quase certamente
sobredimensionado e por esta razão, quando alimentado à
tensão nominal, esta energia poderá ser economizada, mesmo à
plena carga.” (WEG, p. 74)
125
Figura 1.145: Diagrama em blocos simplificado.
Fonte: WEG. Guia de aplicação de soft-starter. p. 65
Circuito de potência
126
Circuito de controle
De acordo com o Manual de treinamento WEG, módulo 1 – comando e proteção. p.
399:
As chaves soft-starters tem uma função que gera na saída da mesma, uma
tensão eficaz gradual e continuamente crescente até que seja atingida a tensão
nominal da rede. Graficamente podemos observar isto através da Figura 1.146.
127
Figura 1.146: Rampa de tensão aplicada ao motor na aceleração.
Não existe uma regra prática que possa ser aplicada para
definir qual deve ser o valor de tempo a ser ajustado, e qual o
melhor valor de tensão de pedestal para que o motor possa
garantir a aceleração da carga. A melhor aproximação poderá
ser alcançada através do cálculo do tempo de aceleração do
motor, o qual não estudaremos neste módulo.” (WEG. Guia de
aplicação de soft-starter. p. 69
128
Rampa de tensão na desaceleração
Kick Start.
“Existem cargas que no momento da partida exigem um
esforço extra do acionamento em função do alto conjugado
resistente. Nestes casos, normalmente a soft-starter precisa
aplicar no motor uma tensão maior que aquela ajustada na
129
rampa de tensão na aceleração, isto é possível utilizando uma
função chamada ”Kick Start”.
Limitação de corrente
“Na maioria dos casos onde a carga apresenta uma inércia elevada, é utilizada uma
função denominada de limitação de corrente. Esta função faz com que o sistema
rede/soft-starter forneça ao motor somente a corrente necessária para que seja
executada a aceleração da carga.” (WEG. Guia de aplicação de soft-starter. p. 72).
130
No Gráfico abaixo podemos observar como esta função é executada.
Pump control
131
atender este tipo de aplicação, onde normalmente é necessário
estabelecer uma rampa de tensão na aceleração, uma rampa
de tensão na desaceleração e a habilitação de proteções. A
rampa de tensão na desaceleração é ativada para minimizar o
golpe de aríete, prejudicial ao sistema como um todo. São
habilitadas também as proteções de seqüência de fase e
subcorrente imediata.” (WEG. Guia de aplicação de soft-starter.
p. 74).
Economia de energia
1.18.4 Proteções
“Ajusta o máximo valor de corrente que a soft-starter permite fluir para o motor
por período de tempo pré ajustado (via parametrização).”
132
Gráfico 2: Proteção de sobrecorrente imediata.
Fonte: WEG. p. 403.
Subcorrente imediata
“Ajusta o mínimo valor de corrente que a
soft-starter permite fluir para o motor por período de tempo pré
ajustado (via parametrização); esta função é muito utilizada
para proteção de cargas que não possam operar em vazio
como, por exemplo, sistemas de bombeamento”.
133
Sobrecarga na saída (Ixt)
134
“Detecta a falta de uma fase na saída da soft-starter e bloqueia os pulsos de disparo
dos tiristores”.
Erro de programação
“Não permite que um valor que tenha sido alterado incorretamente seja aceito.
Normalmente ocorre quando se altera algum parâmetro com o motor desligado e nas
condições de incompatibilidade”.
Manual de treinamento WEG, módulo 1 – comando e proteção.P405
135
1.18.5 Comparação entre
sistemas de partida de motores
Comparativo soft-starters x partida estrela-triângulo
ESTRELA-TRIÂNGULO
• Vantagens
A) Custo reduzido.
B) A corrente de partida é reduzida a 1/3 quando comparada com a partida direta.
C) Não existe limitação do número de manobras/hora.
• Desvantagens
A) Redução do torque de partida a aproximadamente 1/3 do nominal.
B) São necessários motores com seis bornes.
C) Caso o motor não atingir pelo menos 90% da Velocidade nominal, o pico de corrente na
comutação de estrela para triângulo é equivalente ao da partida direta.
D) Em casos de grande distância entre motor e chave de partida, o custo é elevado devido a
necessidade de seis cabos.
SOFT-STARTER
• Vantagens
A) Corrente de partida próxima à corrente nominal.
B) Não existe limitação do número de manobras/hora.
C) Longa vida útil pois não possui partes eletromecânicas móveis.
D) Torque de partida próximo do torque nominal.
E) Pode ser empregada também para desacelerar o motor.
• Desvantagens
A) Maior custo na medida em que a potência do motor é reduzida.
136
Comparativo soft-starters x partida compensada
• Partida Compensada
A) Utilização somente em motores de indução standard.
B) Corrente de partida Ip = +/- 3,0 x In
C) Possui normalmente 2 tap’s (65 e 85% da Vn do motor) para ajuste da tensão de
partida.
D) Permite aceleração suave pelo acréscimo linear da tensão ao motor não gerando picos de
corrente.
E) Função Kick-Start ( pulso de tensão na partida ) para partidas com inércia
elevada.
137
Peso e tamanho reduzido.
1.19.1 Introdução
Um acionamento elétrico é um sistema capaz de converter energia elétrica em energia
mecânica (movimento), mantendo sob controle tal processo de conversão. Estes são
normalmente utilizados para acionar máquinas ou equipamentos que requerem algum tipo de
movimento controlado, como por exemplo a velocidade de rotação de uma bomba.
Um acionamento elétrico moderno é formado normalmente pela combinação dos
seguintes elementos:
A) Motor - converte energia elétrica em energia mecânica.
B) Dispositivo eletrônico -comanda e/ou controla a potência elétrica entregue ao motor
C) Transm-issão mecânica - adapta a velocidade e inércia entre motor e máquina (carga).
Os motores mais utilizados nos acionamentos elétricos são os motores de indução.
Estes motores, quando alimentados com tensão e freqüência constantes, sempre que não
estejam operando a plena carga (potência da carga igual a potência nominal do motor) estarão
desperdiçando energia. É importante ressaltar também o fato de que um motor de indução
transforma em energia mecânica aproximadamente 85% de toda a energia elétrica que recebe
e que os 15% restantes são desperdiçados, sendo assim o acionamento elétrico de máquinas é
um assunto de extrema importância no que se refere a economia de energia.
138
Os sistemas mais utilizados para variação de velocidade foram por muito tempo
implementados com motores de indução de velocidade fixa, como primeiro dispositivo de
conversão de energia elétrica para energia mecânica. Para a obtenção de velocidade variável o
sistema necessitava de um segundo dispositivo de conversão de energia que utilizava
componentes mecânicos, hidráulicos ou elétricos. Com a disponibilidade no mercado dos
semicondutores, a partir dos anos 60 este quadro mudou completamente. Mas foi mesmo na
década do 80 que, com o desenvolvimento de semicondutores de potência com excelentes
características de desempenho e confiabilidade, foi possível a implementação de sistemas de
variação de velocidade eletrônicos. O dispositivo de conversão de energia elétrica para
mecânica continuou sendo o motor de indução, mas agora sem a utilização de dispositivos
secundários mecânicos, hidráulicos ou elétricos. Em muitos casos a
eficiência das instalações equipadas com estes novos dispositivos chegou a ser duplicada
quando comparada com os sistemas antigos.
Estes sistemas de variação continua de velocidade eletrônicos proporcionam, entre outras, as
seguintes vantagens:
• Economia de energia;
• Melhoramento do desempenho de máquinas e equipamentos, devido a adaptação da
velocidade aos requisitos do processo;
• Elimina o pico de corrente na partida do motor;
• Reduz a freqüência de manutenção dos equipamentosl Etc.
139
que estes dispositivos proporcionam. Os técnicos ou engenheiros envolvidos com aplicações
de velocidade variável não precisam de conhecimentos
sobre o projeto de motores e projeto de sistemas eletrônicos de comando/controle, mas sim
sobre o funcionamento e utilização dos mesmos. As dúvidas mais freqüentes podem resumir-
se nas seguintes perguntas:
Esta apostila tem por intenção, fornecer, mesmo para pessoas sem experiência no
assunto, informações sobre o funcionamento dos modernos sistemas de velocidade variável
disponíveis e como eles se comportam ante diferentes cargas, tentando assim responder as
perguntas formuladas anteriormente.
1.19.3 Aplicações
Muitos processos industriais requerem dispositivos de acionamento de cargas com
velocidade variável.
Exemplos:
• Bombas variação de vazão de líquidos
• Ventiladores variação de vazão de ar
• Sistemas de transporte variação da velocidade de transporte
• Sistemas de dosagem variação da velocidade de alimentação
• Tornos variação da velocidade de corte
• Bobinadeiras compensação da variação de diâmetro da bobina.
140
1.19.4 Instalação de inversores
de freqüência
Este capítulo tem como objetivo apresentar os componentes e informações gerais
necessárias para a instalação de um inversor de freqüência. A utilização de cada componente
dependerá de cada caso particular.
Serão abordados os seguintes tópicos (ver figura abaixo):
• Rede de Alimentação;
• Manobra e proteção - Chave Seccionadora, Fusíveis de Alimentação;
• Condicionamento da Alimentação - Transformador Isolador, Reatância de Rede,
Filtro de Rádio Freqüência, Contatores;
• Interferência Eletromagnética - EMI Interferência Eletromagnética, RFI
Interferência de RF;
• Aterramento;
• Cabos;
• Dispositivos de Saída - Relés Térmicos, Reatância;
• Instalação em painéis.
141
Figura 1.149: Instalação de um inversor.
Fonte: WEG, P.111.
142
Os inversores são projetados para operar em redes de alimentação simétricas. A tensão
entre fase e terra deve ser constante, se por algum motivo esta tensão varia, por exemplo pela
influência de algum outro equipamento ligado a rede, será necessário colocar um
transformador de isolação.
Fusíveis
Os inversores geralmente não possuem proteção contra curto-circuito na
entrada, sendo assim, é responsabilidade do usuário colocar fusíveis para proteção.
Estes são normalmente especificados na documentação técnica.
Exemplos:
• A rede elétrica experimenta freqüentes flutuações de tensão ou cortes de energia
elétrica (transformador isolador / reatância);
• A rede elétrica não tem neutro referenciado ao terra (transformador isolador);
• A rede tem capacitores para correção de fator de potência não conectados
permanentemente. Isto significa que o banco de capacitores estará sendo
conectado e desconectado da rede permanentemente (reatância de rede);
Deve se levar em conta que a colocação de uma reatância de rede reduz a tensão de
alimentação em aproximadamente 2 a 3%. As reatâncias de rede são utilizadas também para:
A)Minimizar falhas no inversor provocadas por sobretensões transitórias na rede de
alimentação
B) Reduzir harmônicas
C) Melhorar o fator de potência
D) Aumentar a impedância da rede vista pelo inversor.
Filtro de rádio-freqüência:
Os filtros de rádio freqüência são utilizados na entrada dos inversores para filtrar sinais
de interferência (ruído elétrico) gerado pelo próprio inversor, que serão transmitidas pela rede
143
e poderiam causar problemas em outros equipamentos eletrônicos. Na grande maioria dos
casos não são necessários pois os inversores já possuem internamente um filtro na entrada que
evita problemas causados por Interferência Eletromagnética (EMI). Caso seja necessário,
devem ser montados próximos a alimentação do inversor, estando tanto o inversor como o
filtro mecanicamente sobre uma placa de montagem metálica aterrada, havendo bom contato
elétrico entre a chapa e os gabinetes do filtro e inversor.
Contatores:
Com a finalidade de prevenir a partida automática do motor depois de uma interrupção
de energia, é necessário colocar um contator na alimentação do inversor ou realizar algum
intertravamento no comando do mesmo. O contador também permite um seccionamento
remoto da rede elétrica que alimenta o inversor.
Conceitos básicos
A radiação eletromagnética que afeta adversamente o desempenho de equipamentos
eletro-eletrônicos é conhecida geralmente por EMI, ou Interferência eletromagnética. Muitos
tipos de circuitos eletrônicos são suscetíveis a EMI e devem ser protegidos para assegurar seu
correto funcionamento. Da mesma forma, emissões irradiadas desde dentro dos equipamentos
eletrônicos podem prejudicar o funcionamento dos mesmos ou de outros equipamentos que se
encontrem perto destes. Para assegurar o correto funcionamento de equipamentos eletrônicos,
as emissões eletromagnéticas produzidas por equipamentos comerciais não devem exceder
níveis fixados por organizações que regulamentam este tipo de produtos.
144
A importância da impedância de onda é posta em evidência quando uma onda de EMI
encontra um obstáculo tal como uma proteção de metal. Se a impedância da onda é muito
diferente da impedância natural da proteção, a maior parte da energia é refletida e a energia
restante é transmitida e absorvida através da superfície .
As emissões eletromagnéticas (EMI) da maioria dos equipamentos comerciais são
tipicamente de alta freqüência e alta impedância. A maior parte do campo emitido é do tipo
“E”. Os metais possuem baixa impedância por causa de sua alta condutividde. É assim que as
ondas eletromagnéticas produzidas por campos “E” são refletidas por proteções de metal.
Contrariamente, ondas de baixa impedância (campo H dominante) são absorvidas por uma
proteção de metal.
Aterramento e Blindagem
O aterramento de um equipamento é de extrema importância para o seu correto
funcionamento, devido a segurança e a blindagem eletromagnética.
Todas as partes condutoras de um equipamento elétrico que podem entrar em contato com o
usuário, devem ser aterradas para proteger os mesmos de
possíveis descargas elétricas.
A blindagem dos equipamentos é realizada normalmente com placas metálicas
formando um gabinete ou caixa. Estas devem estar ligadas umas as outras através de materiais
condutores e todas corretamente aterradas.
145
Todo equipamento que gera ondas EMI (exemplo: transistores chaveando cargas a alta
freqüência e com altas correntes – inversores) devem possuir blindagem eletromagnética e
esta deve estar corretamente aterrada. Principalmente quando são utilizados em conjunto com
outros equipamentos eletrônicos.
Cabos
Cabos
O cabo de conexão do inversor com o motor é uma das fontes mais importantes de
emissão de radiação eletromagnética. Sendo assim é necessário seguir os seguintes
procedimentos de instalação:
• Cabo com blindagem e fio-terra, como alternativa pode ser usado eletroduto
metálico com fiação comum interna.
146
• Blindagem ou eletroduto metálico deve ser aterrado conforme figura .1.
• Separar dos cabos de sinal, controle e cabos de alimentação de equipamentos
sensíveis.
• Manter sempre continuidade elétrica de blindagem, mesmo que contatores ou relés
térmicos sejam instalados entre conversor e o motor.
147
Figura 1. 150: Instalação de equipamentos.
Fonte: WEG, P.117.
Aterramento
148
• Não compartilhe a fiação de aterramento com outros equipamentos que operem altas
correntes (motores de alta potência, máquina de solda, etc);
• A malha de aterramento deve ter uma resistência L < 10 Ohms;
• Recomenda-se usar filtros RC em bobinas de contatores, solenóides ou outros
dispositivos similares em alimentação CA. Em alimentação CC usar diodo de roda
livre.
149
Dispositivos de saída
Relés térmicos
Reatância de saída
Quando a distância entre motor e inversor é grande (valor dependente do tipo de motor
utilizado) podem ocorrer:
A - Sobretensões no motor produzidas por um fenômeno chamado de onda refletida.
B - Geração de capacitâncias entre os cabos de potência que retornam para o inversor
produzindo o efeito de “fuga a terra”, bloqueando o inversor. Este tipo de problemas pode ser
solucionado utilizando uma reatância entre o motor e o inversor. Esta reatância deve ser
projetada especialmente para altas freqüências, pois os sinais de saída do inversor possuem
freqüências de até 20 kHz.
As fiações blindadas nos painéis devem ser separadas das fiações de potência e
comando. Os sinais analógicos de controle devem estar em cabos blindados com blindagem
aterrada em apenas umlado, sendo efetuado sempre do lado que o sinal é gerado conforme
figura 1.152.’
150
Figura 1.152: Instalação em painéis.
Fonte: WEG, P.120.
151
2 Noções de Segurança em Eletricidade
2.1 Introdução
2.2.1 Definição
É uma perturbação e efeitos diversos que se manifesta quando circula uma corrente elétrica
pelo corpo humano.
152
2.2.2 Causas e efeitos
O corpo humano se comporta como um condutor elétrico, possuindo uma resistência
elétrica. O choque elétrico pode ocasionar contrações dos músculos, paradas
cardiorespiratória, lesões térmicas e não térmicas, podendo provocar a morte. O choque
elétrico pode ocasionar também efeito indireto como por exemplo, quedas de poste ou escada.
Um circuito se diz energizado, quando tem uma ligação permanente com uma
fonte de energia elétrica em funcionamento (bateria, gerador elétrico etc).
Estabelecido um contato com o circuito energizado, o choque dura enquanto
perdurar este contato. Diz-se então que o choque é dinâmico.
O tipo de choque que mais nos interessa é o dinâmico, visto que nos
sistemas elétricos, trabalhamos quase que exclusivamente com a
eletricidade dinâmica.
153
Contato Unipolar Contato Bipolar Contato pelo Dielétrico
154
Tensão de toque Tensão de passo
Figura 2.3: Tensão de toque e Tensão de passo.
2.2.5 Características da
corrente elétrica
A intensidade da corrente é um fator predominante na gravidade de acidentes com
choque elétrico. Para a Corrente Contínua (CC), as intensidades deverão ser mais elevadas
para ocasionar as sensações do choque elétrico com risco de lesões graves e até a morte.
As correntes alternadas de freqüência entre 20 e 100 Hertz são as que oferecem
maior risco. Especificamente as de 60 Hertz, usadas nos sistemas de fornecimento
de energia elétrica, são especialmente perigosas, pois estão próximas à freqüência
que leva a ocorrência de uma possível parada cardiorespiratória.
155
Choque doloroso, limiar de largar 16,0 10,5
Choque doloroso e grave contrações 23,0 15,0
musculares, dificuldade de respiração
Tabela 2.1: Tabela de correntes x efeitos causados.
156
Importante:
Deve-se ter toda a segurança ao trabalhar com eletricidade, pois, todo choque elétrico é
perigoso.
De acordo com o item 10.4.1 da NR 10, as instalações elétricas devem ser construídas,
montadas, operadas, reformadas, ampliadas, reparadas e inspecionadas de forma a garantir a
segurança e a saúde dos trabalhadores e dos usuários e serem supervisionadas por profissional
autorizado. Uma importante medida de controle do risco elétrico é a desenergização.
2.3.1 Desenergização
Desenergização são ações coordenadas, seqüenciadas e controladas. Somente serão
considerados desenergizadas as instalações elétricas liberados para trabalho, mediante os
procedimentos descritos a seguir:
Seccionamento
É quando se provoca a interrupção total da corrente elétrica, esta interrupção é obtida
através do acionamento de dispositivos apropriados.
157
Figura 2.5: Seccionamento.
Fonte: CPNSP. Somos Pura Energia – slide 1.
Impedimento de reenergização
São condições que impedem, a reenergização do circuito ou equipamento
desenergizado, garantido total segurança e controle ao trabalhador.
158
Figura 2.7: Constatação da ausência de tensão.
Fonte: CPNSP. Somos Pura Energia. Slide 2.
159
Figura 2.9: Sinalização impedindo o religamento sem autorização.
Fonte: CPNSP. Somos Pura Energia. Slide 3.
2.3.2 Aterramento
Ligação intencional a terra através da qual correntes elétricas podem fluir.
O aterramento pode ser:
160
2.3.3 Seccionamento
automático da alimentação
Os circuitos elétricos devem possuir dispositivos de proteção que interrompam
automaticamente a circulação de corrente elétrica do circuito ou equipamento sempre ocorrer
uma falha originando a uma corrente superior ao valor determinado e ajustado.
161
3 Esquemas Elétricos
162
Figura 3.1: Redes de alimentação.
163
vantagem de se usar o neutro está na possibilidade de se obter uma tensão entre
fase-neutro 3 menor que a tensão fase-fase. (Figura 3.1b).
Uma rede trifásica de 380V entre fases permite obter uma tensão
entre fase-neutro de 220V. E numa rede trifásica de 220V obtêm-se entre fase e neutro uma
tensão de 127V. Veja cálculo a seguir.
380 220
UFN = = 220V UFN = = 127V
3 3
3.2.1 Definição
164
Dependendo da complexidade de ligações em um diagrama elétrico, este
diagrama pode ser representado na forma simplificada (unifilar) ou detalhada
(multifilar), ou (funcional). Estes esquemas utilizam simbologias específicas que
representam a instalação elétrica, seja ela residencial, comercial ou industrial.
Esquema Unifilar
Esquema multifilar
165
Figura 3.3: Esquema elétrico unifilar.
Esquema funcional
Circuito onde estão localizados todos os elementos que tem interferência direta na
alimentação da máquina, ou seja, aqueles elementos por onde circula a corrente que alimenta
a respectiva máquina. (Figura 3.4a).
166
Figura 3.4: Esquema Funcional.
3.3.1 introdução
Para entender como interligar as bobinas do motor e ligá-lo corretamente na
rede de energia elétrica de forma a atender às necessidade da instalação, é
167
necessário conhecer as entradas e saídas das bobinas. A figura 3.5 apresenta a
representação do agrupamento de bobinas de um motor de 6 e 12 terminais.
168
Figura 3.6: Interligação em ∆ e Y para motor de seis terminais.
169
Figura 3.7: Interligação ∆∆ em paralelo para 220V.
170
A figura seguinte apresenta o sistema de fechamento para motor trifásico de
indução para as tensões de 440V e 760V.
171
Neste tipo de partida, a corrente de pico (Ip) pode variar de 4 a 12 vezes a corrente
nominal do motor, sendo a forma mais simples de partir um motor. Comumente, a
vantagem principal é o custo, pois não é necessário nenhum outro dispositivo de
suporte que auxilie a suavizar as amplitudes de corrente durante a partida. Há
inúmeras desvantagens com relação a outros métodos de partida, como por
exemplo, um transiente de corrente e torque durante a partida. A corrente variando
entre 4 e 12 vezes a nominal, obriga o projetista do sistema elétrico a
superdimensionar o sistema de alimentação, disjuntores, fusíveis, que fazem parte
do circuito elétrico que alimenta o motor. Dependendo dos valores de pico de
corrente, a tensão do sistema pode sofrer quedas. O Transiente de torque, faz com
que os componentes mecânicos associados ao eixo do motor, sofram desgaste
prematuro. A situação piora à medida que a potência elétrica do motor aumenta.
Métodos alternativos que suavizam a partida direta, podem ser obtidos com
contatores e temporizadores (partida Estrela-Triângulo), Autotransformadores ou
sistemas eletrônicos como os Soft Starters.
172
Fi
gura 3.10: Partida direta.
Funcionamento
173
para a direita o para a esquerda. No mesmo instante o contato auxiliar NA ( 13 e 14),
denominado contato de “selo”, também se fecha permitindo que se tire o dedo de S1
e o contator se mantenha energizado. Ao pressionar o botão pulsante S0,
interrompe-se a alimentação da bobina de K1 que desliga e conseqüentemente abre
os contatos principais e auxiliar. Nesta condição o motor será desligado. Qualquer
problema que houver no circuito de carga ou de comando, o motor será desligado.
Caso o relé de sobrecarga F3 atuar, por exemplo por falta de fase, seus contatos
principais e auxiliar se abrirão, desligando o motor e o comando simultaneamente.
174
Figura 3.11: Partida direta com reversão.
Funcionamento
A partida direta com reversão é utilizada em aplicações nas quais se deseja inverter o
sentido de giro do motor. Para inverter o sentido de giro, basta inverter as ligações de duas
fases que se ligam ao motor. A inversão de fases é feita automaticamente pelos contatores.
Observar e analisar as ligações dos contatos principais de k1 e k2 na figura anterior
175
NF(21 e 22) se abre impedindo que k2 energize caso S2 seja pressionado
acidentalmente ou de propósito.
176
Figura 3.12: Circuito de carga - Partida Estrela/Triângulo.
177
Circuito de comando
Funcionamento
A figura 3.13 mostra o esquema de comando para o circuito da figura 3.12. O botão de
comando S1 através de seu contato NA (13 e 14) aciona o contator k3 e ao mesmo tempo
impede, através de seu contato NF (21 e 22), o ligamento de k2. Quando a bobina de K3
energiza seus contatos principais fecham as bobinas do motor em estrela e ao mesmo tempo
liga o contator principal k1, responsável por aplicar as fases na bobina do motor. O motor
inicia sua partida (marcha). Após, transcorrido certo tempo, o contato temporizado de k3 (55 e
56) se abre desligando sua bobina. Quando k3 desliga, seu contato auxiliar NF (11 e 12) que se
178
encontrava aberto, volta a fechar. Como o contator principal encontra-se energizado, seu
contato auxiliar NA (23 e 24) também está fechado. Nesta situação k2 energiza e fecha em
triângulo as bobinas do motor e se mantém energizado através de seu contato auxiliar (13 e
14). Ao energizar ao bobina de k2 seu contato auxiliar (21 e 22) que está em série com a
bobina de k3 se abre impedindo que k3 volte a energizar se o botão S1 for acionado
acidentalmente ou de propósito. Este sistema de proteção é denominado “intertravamento por
contato de contator e por botão. O desligamento geral do circuito é possível através de S0. Se
houver qualquer falha no circuito de carga ou comando, os fusíveis e o relé térmico F3 atuam
desligando todo circuito.
179
3.4.4 Partida em estrela-
triângulo com reversão
Circuito de carga
180
Diagrama de comando
Funcionamento
Pressionado o botão S1 (13 e 14) ou S2 (13 e 14) o contator K4, liga e se mantém
ligado através de seu contato de selo NA (13-14) e os terminais 4, 5 e 6 do motor serão
fechados em estrela, veja figura 3.14. Ao ligar K4, o contator principal K1 ou K2 também será
ligado e o motor parte em estrela. O sentido de giro dependerá de qual contator, K1 ou K2, foi
acionado. Portanto, acionando S1 ligam-se os contatores K1 e K4 e o motor gira, por exemplo,
à direita; acionando S2 ligam-se os contatores K2 e K4 e o motor gira em sentido contrário ao
anterior. É importante notar que em série com a bobina de K2 existem os contatos fechados
(21 e 22) de S1 e K1 que impedem o ligamento de K2 e em série com K1 existem os contatos
181
fechados (21 e 22) de S2 e K2 que impedem o ligamento de K1. Esta técnica de
intertravamento é denominada de intertravamento por contato de contator e botão.
182
3.4.5 Partida compensada com
auto-transformador
Diagrama de carga
O sistema de partida compensada também tem como função permitir que o motor dê
partida com tensão. O auto-transformador geralmente possui derivações (TAP’s) de 50%,
65% e 80%. Se por exemplo for utilizado os tap’s de 65%, durante a partida o motor partirá
com uma tensão correspondente a 65% da tensão da rede de alimentação. Analisar o esquema
a seguir.
183
Figura 3.16: Partida compensada com auto-transformador.
Diagrama de comando
184
Figura 3.17: Comando para partida compensada com auto-transformador.
Funcionamento
185
3.4.6 Partida consecutiva de
motores
Circuito de carga
Para este circuito foram utilizados disjuntores motores ao invés de fusíveis e
relés térmicos e no circuito de comando foram utilizados os contatos auxiliares NA
dos disjuntores. Os contatores K1, k2 e k3 ligam respectivamente os motores M1, M2,
M3. Temporizadores pneumáticos estão acoplados mecanicamente aos contatores
k1 e k2. A seguir, apresenta-se o circuito de comando e a descrição de
funcionamento do diagrama de comando e carga.
186
Circuito de comando.
Funcionamento
187
nesse momento estará fechado. Com o ligamento de K3 o motor M3 será ligado. A qualquer
momento se o botão S0 for pressionado, os motores serão desligados. Se houver falhas por
curto-circuito ou sobrecargas, os disjuntores atuarão desligando o circuito de carga e
simultaneamente o comando.
188
Figura 3.20: Sistema de frenagem por corrente CC.
Funcionamento
Considerações:
V1 é uma ponte retificadora cuja função é converter a tensão alternada da rede elétrica
em tensão contínua pulsante. A ponte V1 e k2 são responsáveis por aplicar tensão continua ao
motor, provocando o travamento magnético do rotor. O disjuntor Q1 e contator K1 são
responsáveis pela alimentação trifásica do motor mantendo seu funcionamento normal.
189
em série com o motor. O motor girará em qualquer sentido; dependerá do fechamento
realizado entre as fases e as bobinas. Se o motor girar em sentido contrário ao desejado, basta
inverter duas das fases que alimentam o motor. Pode-se observar que o contato NF(21 e 22)
de k1 está em série com a bobina de k2 então, com k1 ligado, k2 não ligará.
Bem, para desligar o motor, basta acionar o botão S0. Neste mesmo instante o contato NF (21
e 22) de S0, que está em série com a bobina de k1 será aberto e k1 desligará, porém, o contato
NA (13 e14) de S0 será fechado e ligará a bobina de k2, pois, também o contato NF (21 e 22)
de k1 retornou à condição de repouso (fechado). Ao ligar k2 seus contatos principais também
serão ligados e uma tensão contínua será aplicada às bobinas do motor provocando a parada
instantânea do motor. Ao liberar S0 todo sistema ficará desligado.
Apresentou-se nesse tópico apenas um exemplo de sistema de frenagem, porém,
existem outros sistemas inclusive utilizando inversores de freqüência.
190
Figura 3.21: Sistema de partida e parada simplificado.
A figura 3.23 demonstra outra possibilidade de comando para partida de motor com
soft starter. Quando o botão S1 for acionado, o contato interno (13 e 14) da soft starter se
fechará e energizará a bobina de k1 que por sua vez causará o fechamento de seus contatos
principais. Quando os contatos principais de k1 (em série com as bobinas do motor) estiverem
fechados, o motor girará obedecendo aos parâmetros que forem ajustados nos trimpots. A
entrada digital1 (DI-1) permanecerá ligada através do contato de selo (13 e 14) de k1; esta
condição é necessária para manter o soft starter e motor ligados. Ao acionar o botão S0, a
entrada digital (DI-1) será desligada, consequentemente, a soft starter e motor desligarão
automaticamente.
191
Figura 3.22: Sistema de partida e parada utilizando contator.
192
• Ajuste de tensão inicial;
• Ajuste de tempo da rampa de aceleração;
• Ajuste de tempo da rampa de desaceleração;
• Ajuste da corrente do motor.
O BOP possui um display de cinco dígitos com sete segmentos cada, para
mostrar os números e valores dos parâmetros, alarmes e falhas, e valores de
referência e atuais. Jogos de parâmetros não podem ser salvos no BOP.
193
50 Hz, (60Hz,)
P0100 Modo de operação
Unidade (kW (Hp)), dependendo
P0307 Potência nominal do motor do ajuste de P0100.
[Valor depende do aparelho.]
50/60 Hz
P0310 Frequência nominal do motor
1395 (1680) rpm [depende do
P0311 Velocidade nominal do Motor
aparelho]
50 Hz (60 Hz)
P1082 Máxima frequência do motor
Figura 3.23: Controle de velocidade motor trifásico de indução com inversor de frequência
Funcionamento
194
contatos principais de K1 que estão em série com o motor, se fecham e energizam
as entradas de alimentação (L1, L2 e L3) do inversor. O motor somente começa a
girar quando o botão S2 for acionado. Com S3 desligado o motor gira para a direita.
Sua partida será instantânea ou lentamente acelerada até atingir a velocidade
nominal conforme parâmetros programados.
195
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
5. OLIVEIRA, Michel Lucas de. Somos Pura Energia: slides 2;4-6;12, 2005.
10. WEG. Comando e proteção: módulo 1. São Paulo: CPNSP, 2002. Pág. 278 e 279.
11. WEG. Manual de motores elétricos. 54 p.
196
13. Disponível em: <http://www.amt.efacec.pt/images>. Acesso em: 05 jul. 2007.
197
26. Disponível em: <http://www.siemens.com.br/catálogoeletrônico/portugues>. Acesso
em: 12 jul. 2007.
198