Processo histórico De acordo com o Tratado de Tordesilhas, o atual estado de Mato Grosso, como quase todo o Centro-Oeste e a Região Norte, pertencia à Espanha. Por muito tempo sua exploração se limitou a esporádicas expedições de aventureiros e à atuação de missionários jesuítas espanhóis. Processo histórico Com o bandeirismo no século XVII e a descoberta de ouro no Brasil central no século XVIII, a região é invadida por exploradores. Em 1748 é criada a capitania de Mato Grosso, com sede em Vila Bela, posteriormente transferida para a vila de Cuiabá. Dois anos depois, a região é incorporada ao Brasil pelo Tratado de Madri. Processo histórico – Séc. XIX
No século XIX, com o
declínio da mineração, o empobrecimento e o isolamento da província são inevitáveis. Alguma atividade agrícola e mercantil de subsistência sobrevive nos campos mais férteis do sul. O único meio de transporte até a capital é o navio, numa viagem pelo rio Paraguai. Processo histórico Com a República, esse isolamento vai sendo vencido com a ampliação da rede telegráfica pelo marechal Cândido Rondon, a navegação a vapor e a abertura de algumas estradas precárias. Esse avanço em infraestrutura atrai seringueiros, criadores de gado, exploradores de madeira e de erva-mate para a região. Séc. XX – décadas de 40,50,60 70 Como todo o Centro-Oeste, o estado de Mato Grosso beneficia-se da política de interiorização do desenvolvimento dos anos 40 e 50 e da política de integração nacional dos anos 70. A primeira é baseada principalmente na construção de Brasília e a segunda, nos incentivos aos grandes projetos agropecuários e de extrativismo, além dos investimentos em infraestrutura, estradas e hidrelétricas. Com esses recursos, o estado prospera e atrai dezenas de milhares de migrantes. Sua população salta de 430 mil para 1,6 milhão de habitantes entre 1940 e 1970. A partir das décadas de 70 e 80, em função das políticas de integração nacional, implementadas pelo Governo Federal com o objetivo de anexar os grandes vazios demográficos ao processo produtivo brasileiro, que ocorre a ampliação e a incorporação das terras de Mato Grosso às atividades produtivas. O processo de incorporação do território mato-grossense foi mais intenso, salientando-se o papel decisivo que desempenharam a abertura de rodovias e a implantação de núcleos de colonização. Na década de 1960 e 1970 foram criados Órgãos de desenvolvimento regional como a SUDAM em 1966 e o SUDECO em 1967. Na década de 1970 foram criados vários programas especiais de desenvolvimento que beneficiaram o estado de Mato Grosso, entre eles destacam-se POLOCENTRO, POLAMAZONIA e o POLONOROESTE. História – década de 1970 O governo federal decreta a divisão do estado em 1977, alegando dificuldade em desenvolver a região diante da grande extensão e diversidade. No norte, menos populoso, mais pobre, sustentado ainda pela agropecuária extensiva e às voltas com graves problemas fundiários, fica Mato Grosso. No sul, mais próspero e mais populoso, é criado o Mato Grosso do Sul. Dia 11 de outubro de 1977. Foi naquele dia, 34 anos atrás, que o então presidente do Brasil, Ernesto Geisel, assinou a Lei Complementar número 31 que dividia Mato Grosso e criava o Estado de Mato Grosso do Sul. MATO GROSSO E A REGIÃO CENTRO-OESTE Está localizado a oeste da região Centro-Oeste, junto com Goiás, Mato Grosso do Sul e o DF; Tem a porção norte de seu território é ocupada pela Amazônia Legal, sendo o sul do estado pertencente ao Centro-Sul do Brasil. Tem como limites: Amazonas, Pará (N); Tocantins, Goiás (L); Mato Grosso do Sul (S); Rondônia e Bolívia (O). Ocupa uma área de 903.357 km²; Está localizado na porção centro ocidental do Brasil Possui horas atrasadas em relação ao meridiano de Greenwich; Atualmente conta com 141município, distribuído em 5 mesorregião e 22 microrregião. Os pontos extremos de Mato Grosso são: ❑ Ocupa uma posição central e estratégica na América do Sul, ocorrendo em seu território o divisor de águas das bacias dos rios Amazonas, Tocantins - Araguaia e do Prata. ❑ Tem uma superfície de 906.806,9 km2 e uma população atual estimada pelo IBGE de 3 526 220 habitantes, fato que representa uma densidade de 3,9 habitantes/km2. ❑ Se estende aproximadamente entre 8º e 18º de latitude Sul e entre 51º e 61º de longitude Oeste. PONTOS EXTREMOS o Norte – Confluência do rio Teles Pires e Juruena; o Sul – Mato Grosso do Sul; o Leste – Extremo sul da Ilha do Bananal o Oeste – Nascentes do rio Madeirinha GEOPOLÍTICA DE MATO GROSSO, Terras abundantes que podem ser corrigidas para uso agrícola, clima excelente, grande potencial madeireiro e solo rico em riquezas minerais. Com vantagens comparativas em relação às melhores regiões do Brasil para se plantar e produzir. Mato Grosso emerge como o novo celeiro capaz de suprir o mundo com alimentos. Problemas: pressão ambiental e fundiária, falta de logística e política ao setor e nas amarras que impedem os avanços na área de biotecnologia. Com a economia ancorada na madeira, soja e gado e com suas terras altamente valorizadas devido ao seu extraordinário potencial agrícola, Transcorridos 47 anos do inicio da ocupação da fronteira agrícola, Mato Grosso oferece hoje à nação, uma produção de aproximadamente 27 milhões de toneladas de cereais, fibras e oleaginosas e um rebanho bovino superior a 30 milhões de cabeças. É o maior produtor de algodão, soja, detém o maior rebanho bovino do Brasil e chega neste ano a recordes na produção de milho. Modernidade, neoliberalismo e mundialização A partir das décadas de 1960 e 1970, Mato Grosso conheceu significativas mudanças nos meios rural e urbano, em busca da modernização. Dentre elas, destacam-se: a implantação dos grandes eixos rodoviários; aumento da urbanização; expansão agropecuária; mecanização agrícola; desenvolvimento industrial,em especial da agroindústria; avanço do setor de serviços e de informática; desenvolvimento do setor de telecomunicações. Inserção no mercado globalizado - Mato Grosso entra no século XXI ainda como fornecedor de matérias-primas, porém destacando-se pelos índices de crescimento de seu Produto Interno Bruto (PIB) em relação ao restante do país, contribuindo com a pauta de exportações brasileiras de produtos agrícolas. Além disso, o setor industrial e, particularmente, a agroindústria vêm experimentando forte expansão nos últimos anos, participando de forma expressiva na captação de divisas para o Brasil. DESMATAMENTOS E QUEIMADAS ROTAS DE EXPORTAÇÃO DE MT No que se refere à articulação do mercado regional ao mercado internacional, a instalação de filiais, representações es autorizadas e franquias são expressões das redes transnacionais em expansão em Mato Grosso. Entre essas, pode-se apontar como exemplos as lanchonetes Mc Donald's e Bob's, que se constituem em símbolos do imperialismo americano, presentes em praticamente todos os países ocidentais e alguns do Oriente. A Coca-cola é, também, um exemplo de produto mundializado, que conta com uma unidade produtiva em Mato Grosso. Hoje, Mato Grosso é um Estado integrado à economia mundial, não só fornecendo produtos básicos para o mercado internacional como também por representar uma promissora oportunidade de investimentos em diferentes áreas, particularmente no setor produtivo agropecuário, na ampliação de infraestrutura, nos setores energético, turístico e de serviços, na área financeira, no desenvolvimento da indústria alimentícia, moveleira, farmacêutica, têxtil, cosmética e de perfumaria Vantagens competitivas de Mato Grosso no contexto nacional e internacional: Grande biodiversidade nos três domínios biogeográficos - Amazônia, Cerrado e Pantanal -, com o seu patrimônio genético pouco conhecido e aproveitado; diversidade sociocultural; reservas de água doce e grande potencial hídrico; grande potencialidade turística; clima com duas estações bem definidas; solos com potencialidade agrícola e ou possibilidades de correção para diversas culturas; topografia plana em grandes extensões do Cerrado, propícia para a agricultura mecanizada; posição geográfica: localização estratégica no centro da América do Sul. Ameaças ao equilíbrio dos biomas Grande índice de substituição da vegetação nativa e desmatamento desordenado, com perda de biodiversidade vegetal e animal, comprometimento do meio ambiente e saúde da população; crescimento desordenado, com sérios danos ao meio ambiente e à saúde da população. Por essa razão, é importante o ordenamento territorial a partir de estudos técnico-científicos; estrutura fundiária baseada em latifúndios e produção agrícola voltada para monoculturas; contaminação de recursos hídricos, poluição do ar e solo pelo uso de defensivos agrícolas na atividade agropecuária e pelo processo de urbanização; diminuição da vazão e extinção de mananciais hídricos, entre outros. Por hoje é só...