Você está na página 1de 2

QUESTIONÁRIO JURÍDICO – EDIÇÃO N.

01 – 29 DE ABRIL DE 2020
Disciplina: direito do consumidor - Conteúdo abordado: súmulas

RESPOSTAS

1) Verdadeira – literalidade da súmula 638/STJ;


2) Falsa – é aplicável o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de saúde, salvo os
administrados por entidades de autogestão. Vide Súmula 608/STJ;
3) Verdadeira – literalidade da súmula 609-STJ; #entendendoasumula: A doença preexistente só pode ser
oposta pela seguradora ao segurado mediante a realização de prévio exame médico ou prova
inequívoca de sua má-fé;
4) Falsa - O Código de Defesa do Consumidor é aplicável aos empreendimentos habitacionais promovidos
pelas sociedades cooperativas – súmula 602/STJ;
5) Verdadeira – literalidade da súmula 601/STJ;
6) Falsa - As instituições de ensino superior respondem objetivamente pelos danos suportados pelo
aluno/consumidor pela realização de curso não reconhecido pelo Ministério da Educação, sobre o qual
não lhe tenha sido dada prévia e adequada informação – súmula 595/STJ;
7) Falsa - A cláusula contratual de plano de saúde que prevê carência para utilização dos serviços de
assistência médica nas situações de emergência ou de urgência é considerada abusiva se ultrapassado o
prazo máximo de 24 horas contado da data da contratação. – súmula 597/STJ – o prazo é de 24 de
carência, não de 48 horas;
8) Verdadeira – literalidade da súmula 572/STJ;
9) Falsa – o uso do método de “score de crédito” dispensa o consentimento do consumidor, que poderá,
caso queira, exercer o direito de solicitar esclarecimentos sobre as informações pessoais. Vide súmula
550/STJ;
10) Falsa – a restituição será integral apenas se tratar de culpa exclusiva do promitente vendedor/construtor;
caso o comprador tenha dado causa ao desfazimento a restituição será parcial – vide súmula 543/STJ;
11) Verdadeira – literalidade da súmula 532/STJ;
12) Falsa – Vide súmula 479/STJ. As instituições financeiras respondem no caso de fortuito interno, ou seja,
aquele inerente às atividades por ela praticadas. Citando o prof. Márcio, do Dizer o Direito: “Se ocorreu
um fortuito interno na operação bancária relacionado com uma fraude ou delito praticado por terceiro, o
que houve nesse caso foi um defeito no serviço bancário, sendo isso chamado pelo CDC de “fato do
serviço”.(...) O STJ afirma que a responsabilidade do banco (fornecedor do serviço) decorre da violação a
um dever contratualmente assumido, qual seja o de gerir com segurança as movimentações bancárias de
seus clientes (Min. Luis Felipe Salomão).
13) Falsa – o prazo decadencial do art. 26, CDC não é aplicável - O STJ entendeu que o art. 26 do CDC não
tem aplicação em ação de prestação de contas para obter esclarecimentos sobre cobrança de taxas,
tarifas e encargos bancários, aplicando-se somente aos casos de VÍCIOS. Novamente, segue o raciocínio
do professor Márcio: “Esse débito indevido não se enquadra no conceito legal de vício nem no de defeito
do serviço bancário. Trata-se de custo contratual dos serviços bancários, não dizendo respeito à
qualidade, confiabilidade ou idoneidade dos serviços prestados.” O objetivo dessa ação de prestação de
contas não é reclamar de vícios (aparentes ou de fácil constatação) no fornecimento de serviço prestado,
mas sim o de obter esclarecimentos sobre os lançamentos efetuados em sua conta-corrente. Logo, o
prazo para que “A” ajuíze a ação de prestação de contas contra o banco é um prazo prescricional (e não
de decadência), sendo este o mesmo prazo da ação de cobrança correspondente, estando previsto no
Código Civil e não no CDC.
QUESTIONÁRIO JURÍDICO – EDIÇÃO N. 01 – 29 DE ABRIL DE 2020
Disciplina: direito do consumidor - Conteúdo abordado: súmulas

14) Verdadeira – literalidade da súmula 385/STJ;


15) Falsa – a empresa responde sim. Súmula 130/STJ – os shoppings, hotéis e hipermercados que oferecem
estacionamento privativo aos consumidores, mesmo que de forma gratuita, são responsáveis pela
segurança tanto dos veículos, quanto dos clientes (STJ EREsp 419.059/SP, j. em 11/04/2012).
16) Verdadeira – A súmula 28/STF preconiza que “O estabelecimento bancário é responsável pelo pagamento
de cheque falso, ressalvadas as hipóteses de culpa exclusiva ou concorrente do correntista.” No entanto
esta súmula merece ser readequada: o CDC apenas reconhece a culpa exclusiva como excludente do
dever de indenizar, de forma que a culpa concorrente, poderia incidir tão somente como um fator
atenuante para o quantum indenizatório.
17) Verdadeira – literalidade da súmula 297/STJ;
18) Falsa – súmula 563/STJ. O CDC não se aplica aos contratos previdenciários celebrados por entidades
fechadas.
19) Falsa – é legítima da cobrança. Vide a súmula 407/STJ;
20) Verdadeira – literalidade da súmula 412/STJ;
21) Verdadeira – literalidade súmula 356/STJ;
22) Falsa – incide sim a multa moratória, vide súmula 285/STJ;
23) Falsa – a renegociação não impede, conforme súmula 286/STJ;
24) Falsa – não é válida, é cláusula abusiva. Vide súmula 302/STJ;
25) Verdadeira – literalidade súmula 322/STJ;
26) Falsa – de acordo com a literalidade da súmula 381/STJ é vedado o conhecimento de ofício pelo julgador;
27) Verdadeira – termos da súmula 359/STJ;
28) Falsa – é dispensável o aviso de recebimento para ser válida a notificação, termos da súmula 404/STJ;
29) Verdadeira – termos da súmula 323/STJ;
30) Falsa – o prazo é de cindo dias ÚTEIS, conforme súmula 548/STJ.

Este foi nosso primeiro questionário. Espero que tenham gostado e conseguido revisar as súmulas sobre
direito do consumidor, que frequentemente são objeto de cobrança nas provas objetivas. A intenção é
fazer uma rápida revisão, com o gabarito enxuto mesmo, divagando apenas naquelas assertivas mais
capciosas.

Deixem nos comentários do post as impressões e sugestões de vocês.

Ótimos estudos, colegas!

Você também pode gostar