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HISTÓRIA GERAL

A Revolução Francesa
DESCRITORES

D-11. Identificar motivos que levaram à Revolução Francesa.


D-12. Explicar medidas da Assembleia Constituinte instalada na
França em 1789, que levaram ao fim do absolutismo.
D-13. Conhecer a importância da Declaração dos Direitos do Homem
e do Cidadão, na época de sua proclamação e nos dias atuais.
D-14. Relacionar o governo de Napoleão à difusão das ideias de
liberdade e igualdade pela Europa.
D-15. Estabelecer relação entre o Bloqueio Continental e a
transferência da Corte Portuguesa para o Brasil.
D-16. Citar os princípios básicos e as decisões do Congresso de Viena.
D-17. Reconhecer os motivos da formação da Santa Aliança.
A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
Localização:
A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
Conceito:
A Revolução Francesa foi um movimento de caráter burguês e
liberal na Europa do século XVIII, que levou à universalização dos
conceitos de “liberdade, igualdade e fraternidade”.
FASES:
1. Assembleia Constituinte;
2. Assembleia Nacional;
3. Convenção; e
4. Diretório.
A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
Antecedentes:
COMPOSIÇÃO NÚMERO DE COMPONENTES SITUAÇÃO SÓCIO-
ECONÔMICA

PRIMEIRO CLERO 280 mil pessoas Possuía muitas terras


ESTADO Alto Clero: Cardeais, e cobrava o dízimo e
bispos e abades. taxas sobre batismo,
Baixo Clero: padres, casamento e
frades e monges. sepultamento.
SEGUNDO NOBREZA 840 mil pessoas Vivia à custa do
ESTADO Família Real + nobreza Estado ou da
cortesã + nobreza exploração do
provincial + nobreza de trabalho dos
toga. camponeses
TERCEIRO BURGUESIA 26 milhões e 880 mil pessoas Trabalhavam para
ESTADO TRABALHADORES gerar a riqueza e os
CAMPONESES impostos.
A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
Antecedentes:
A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
Antecedentes:
Causas da Revolução

1. Inundações e secas foram frequentes em 1780, gerando baixa


produção agrícola e grande fome;
2. Alta dos preços dos alimentos;
3. Gastos com a Guerra dos Sete Anos levaram ao aumento de
impostos;
4. Aumento do desemprego; e
5. Constantes privilégios concedidos ao 1º Estado (Clero) e ao 2º
Estado (Nobreza).
A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
A Convocação da Assembleia dos Estados Gerais
Diante da situação de caos financeiro, onde o Governo gastava
mais do que arrecadava, e da situação de fome, o Rei Luís XVI foi
forçado a convocar a Assembleia dos Estados Gerais.

1º Estado = Clero 1º e 2º Estados eram aliados e


VOTO POR
minoria na Assembleia, por isso
CLASSE
desejavam o voto por classe.
2º Estado = Nobreza

3º Estado era representado pela


VOTO
3º Estado = POVO maioria na Assembleia e sem
INDIVIDUAL
aliado desejava o voto
INDIVIDUAL.
A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
A Convocação da Assembleia dos Estados Gerais
Apoiado pelo Clero e pela Nobreza, o Rei Luís XVI decidiu manter a
votação por Estado, o que levaria o 3º Estado a ter apenas 1/3 dos
votos.
Os deputados do 3º Estado protestaram e o Rei ordenou a sua
retirada. Foi então que o deputado Mirabeau pronunciou:
“Estamos aqui pela vontade do povo, e só sairemos com a força
das baionetas”.

Luís XVI Mirabeau


A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
A Assembleia Nacional Constituinte
Os deputados do 3º Estado ficaram fechados em uma sala por
ordem do Rei. Eles se declararam em Assembleia Nacional com
objetivo de criar uma Constituição para a França.

O juramento do Péla – Assembleia Nacional Constituinte


A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
A Queda da Bastilha
Ao tomarem conhecimento das
ações do Rei para com a
Assembleia, o povo de Paris
saiu às ruas, saqueando
depósitos de armas e
alimentos. Os soldados do
exército francês apoiaram o
movimento e ajudaram os
populares a invadir e tomar um
dos maiores símbolos do
absolutismo francês, a Bastilha
no dia 14 de julho de 1789. A queda da Bastilha
A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
A Revolta se espalha
No interior da França, a notícia
da tomada da Bastilha levou a
população a realizar saques e
invadir castelos, a fim de
destruir o registro das dívidas
dos servos para com os seus
senhores. Diante disso, a
Assembleia Nacional se sentiu
pressionada a abolir a servidão,
os dízimos e os privilégios do
O ataque a castelos
1º e 2º Estados. Assim, o
feudalismo era extinto na
França.
A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
A Assembleia Nacional aprovou
ainda a Declaração dos
Direitos do Homem e do
cidadão, que reconhecia o
direito a todos à liberdade, à
segurança, à propriedade e à
igualdade perante a lei.
Garantia também o direito dos
cidadãos de resistir a qualquer
tipo de opressão. Era o fim do
Absolutismo na França.
Com isso, foram atendidas as principais reivindicações do Terceiro
Estado: A abolição dos privilégios da nobreza e instauração da
igualdade civil.
A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
A Marcha das Mulheres
Em outubro de 1789, diante da falta de pão em Paris, milhares de
mulheres realizaram uma marcha até Versalhes, o que obrigou o Rei
com toda a sua Corte a retornar a Paris.

Marcha das mulheres Palácio das Tulherias - Paris


A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
A Monarquia Constitucional
Após dois conturbados anos, a Assembleia Nacional aprovou, em
1791, uma Constituição com as seguintes características:
a) Foi implantada uma monarquia constitucional e criou-se uma
efetiva separação entre os poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário.;
b) Foram concedidos direitos civis completos aos cidadãos;
c) A população foi dividida em cidadãos ativos e passivos.
Somente os cidadãos ativos, que pagavam impostos e possuíam
dinheiro ou propriedades, participavam da vida política. Era o
voto censitário. Os passivos eram os não votantes, como
mulheres, trabalhadores desempregados e outros; e
d) Abolição do feudalismo, nacionalização dos bens eclesiásticos e
reconhecimento da igualdade civil e jurídica entre os cidadãos.
A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
A Monarquia Constitucional
Em síntese, a Constituição de 1791 estabeleceu na França as linhas
gerais para o surgimento de uma sociedade burguesa
e capitalista em lugar da anterior, feudal e aristocrática.

Proclamação da
Constituição - 1791
A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
A Pátria em Perigo
O Rei Luís XVI, diante de todos os acontecimentos e vendo o seu
poder sendo cada vez mais reduzido, pediu ajuda à Áustria e à
Prússia para invadir a França e retomar o poder absoluto.
A Assembleia, então, declarou a Pátria em Perigo e os franceses se
uniram em armas para lutar junto como o Exército pelo País. As
forças invasoras foram derrotadas na Batalha de Valmy, em 20 de
setembro de 1792.

Batalha de Valmy
A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
A Convenção Nacional
Enquanto as forças estrangeiras eram
derrotadas, Luís XVI tentou fugir com
a sua família, mas foi reconhecido e
preso.
Diante da traição do Rei, elegeu-se
imediatamente uma Convenção
Nacional para elaborar uma nova
constituição.
Os deputados da Convenção foram
eleitos pelo voto universal masculino,
independente da renda. Assim, a
A Convenção Nacional
Convenção contava com o
predomínio dos representantes da
burguesia.
A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
A Convenção Nacional
Uma das primeiras medidas da Convenção foi abolir a Monarquia e
proclamar a República.
Entretanto, a Convenção não era uma instituição coesa. Os distintos
interesses levou à formação de quatro grupos políticos: os
Girondinos, os Jacobinos e a Planície.
A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
A Convenção Nacional
Girondinos: Ficavam à direita da Convenção. Eram representantes
da alta burguesia mercantil, liderados por Brissot e Condorcet.
Aceitavam a República, desde que liberal. Defendiam a propriedade
privada e eram contra a participação das camadas populares.

Condorcet Brissot
A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
A Convenção Nacional
Jacobinos ou Montanheses: Ficavam à esquerda da Convenção.
Eram representantes da pequena burguesia exaltada (radicais).
Liderados por Robespierre, Marat e Danton, defendiam a igualdade
e a salvação pública acima de qualquer liberdade ou instituição.

Robespierre Marat Danton


A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
A Convenção Nacional
Planície ou Pântano: Ficavam na região central da Convenção. Eram
burgueses que apoiavam os Girondinos ou Jacobinos, de acordo
com os seus interesses. Possuíam um discurso de união para salvar
interna e externamente a Revolução. Era liderada pelo Abade
Sieyès.

Abade Sieyès
A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
A Execução de Luís XVI
Acusado de alta traição, Luís XVI foi levado a julgamento. Os
Girondinos, menos radicais, queriam absolvê-lo, enquanto os
Jacobinos desejavam a sua condenação. O Rei foi condenado pela
maioria e executado na guilhotina em 15 de janeiro de 1793. Tinha
início o Terror Revolucionário.
A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
Os Jacobinos assumem o poder
A execução de Luís XVI causou apreensão em toda a Europa. Uma
coligação monarquista, liderada pela Inglaterra foi formada para
invadir a França e restabelecer a monarquia.
Diante da ameaça de invasão e de contrarrevolução interna, os
Jacobinos agiram rapidamente. Diante da falta de iniciativa dos
Girondinos, criaram instituições para defender a Revolução, como o
Comitê de Salvação Pública (responsável pelo controle do exército
e da política interna) e o Tribunal Revolucionário (encarregado de
julgar as pessoas consideradas inimigas da Revolução). Assim,
ocorria a radicalização da Revolução.
A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
Os Jacobinos assumem o poder – O Terror Revolucionário
Robespierre tornara-se o verdadeiro Chefe de Governo. Para conter
a crise econômica e social francesa, através do Comitê, tomou uma
série de medidas:
-Distribuição das terras dos nobres aos camponeses;
-Abolição da escravidão nas colônias francesas;
-Obrigação do ensino primário gratuito;
-Tabelamento dos preços dos gêneros de primeira necessidade; e
-Legislação Protetiva aos Sans Culottes.
Tais medidas agradaram às massas populares, mas desagradaram os
Girondinos.
O assassinato do líder Jacobino, Marat, deu aos Jacobinos o
pretexto que precisavam para assumir o poder isoladamente.
A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
Os Jacobinos assumem o poder – O Terror Revolucionário
Apoiados pelos Sans-Culottes (sem culotes – populares), os
Jacobinos deram início a um período de caça aos Girondinos,
considerados traidores da Revolução. Sem direito à defesa e
julgamento, vários Girondinos foram presos e guilhotinados,
inclusive líderes revolucionários como Danton.

Sans-culottes Sans-culottes/aristocrata Execução de Danton


A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
Os Jacobinos assumem o poder – O Terror Revolucionário
A execução de revolucionários e a
concentração de poder, levou muitos
dos Montanheses e dos partidários
da Planície a ficarem descontentes
com a política excessivamente
radical de Robespierre. Assim, ele
perdeu o controle da Convenção, da
Comuna (populares de Paris) e dos
Jacobinos, seus principais pontos de
apoio.
Execução de Robespierre
Em julho de 1794 ocorreu o
chamado “Golpe do Termidor”, que
depôs e executou Robespierre. A alta
burguesia retomava o poder.
A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
O Diretório
O Diretório era uma República Burguesa, baseada no regime
censitário, que substituiu o voto universal do período jacobinista
(Terror). Caracterizou-se pelo domínio da alta burguesia e pelo seu
esforço em consolidar as conquistas burguesas.
Agora, na Convenção dominada pelos Termidorianos (Planície), o
Executivo era exercido por 5 membros, o Legislativo pelo Conselho
dos Anciãos (aprovava ou rejeitava os projetos de leis) e pela
Assembleia dos Quinhentos (elaborava os projetos legislativos).
A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
O Diretório
Com o poder tão dividido, o
Diretório ficou sujeito à intrigas e
golpes:
1796 – Conspiração dos Iguais –
Liderada pelo jornalista Graco
Babeuf, pretendeu organizar
uma República Igualitária.
1797 – Os Realistas tentam
dominar o Diretório e o
Conselho, mas são impedidos
pelo Exército; e
1798 – O Exército impede uma
Graco Babeuf
tentativa dos Jacobinos de
dominar o Conselho.
A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
O Diretório
Além dos problemas políticos
internos, havia crise financeira e
problemas externos. Após a
derrota da 1ª Coligação (1795), o
Diretório enviou uma expedição
chefiada pelo General Napoleão
Bonaparte ao Egito. A Inglaterra,
sentindo-se ameaçada,
organizou, em 1798, a segunda
Napoleão no Egito
coligação com a Áustria, a
Rússia, a Sardenha, o Reino de
Nápoles e a Turquia.
A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
O fim do Diretório – o 18 de Brumário
Em meio a ameaças externas e à
instabilidade interna, devido às
tentativas de golpes e aos problemas
econômicos, os Conservadores,
liderados pelo Abade Sieyès,
desejaram uma reforma no Diretório.
Confiando no Exército como um
instrumento de salvação nacional e
aproveitando-se do retorno de
Napoleão Bonaparte à França,
burguesia e exército deram um
golpe, que pôs fim ao Diretório e
levou Napoleão ao poder, em Napoleão Bonaparte
novembro de 1799 (18 de Brumário).
A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
1. Do ponto de vista político, a Revolução Francesa significou a
vitória da burguesia sobre o absolutismo, baseada nos ideais
iluministas e liberais de “liberdade, igualdade e fraternidade”;
2. Do ponto de vista econômico, as medidas tomadas pelos
revolucionários melhoraram a situação interna do “sans-
culottes” e as constantes guerras levaram a gastos excessivos
equilibrados pelas conquistas territoriais;
3. Do ponto de vista social, coexistiram três revoluções sociais
distintas: uma revolução burguesa, uma camponesa e uma
popular urbana, a dos “sans-culottes”.
A ERA NAPOLEÔNICA (1799-1815)
O Consulado (1799-1804)
Foi uma República Burguesa
constitucional, como a
Convenção e o Diretório,
com uma Constituição
aprovada em plebiscito. O
Executivo seria exercito em
teoria por 3 cônsules, mas
na prática, o governo era
exercido somente pelo 1º
Cônsul, Napoleão
Bonaparte, que tinha um
cargo decenal e de reeleição Jean Jacques Régis de Cambacérès, Napoleão
indefinida. Bonaparte e Charles-François Lebrun.
A ERA NAPOLEÔNICA (1799-1815)
O Consulado (1799-1804)
No plano econômico, uma série de medidas foram tomadas para
favorecer os camponeses, os trabalhadores e a burguesia.
-Pântanos foram drenados, estradas e pontes construídas, o que
diminuiu o preço dos alimentos;
-Foi criado o banco da França, com uma nova moeda, o Franco, e
concedido o crédito para indústria e o comércio, sempre
controlando a inflação (economia controlada pelo Estado); e
-Foi aumentado os impostos sobre os produtos estrangeiros para
proteger a indústria nacional.
A ERA NAPOLEÔNICA (1799-1815)
O Consulado (1799-1804)
No plano social, a educação recebeu atenção especial, com a
criação de escolas para crianças e jovens e para formação de
professores.
Além disso, foi criado um novo código civil, que ficou conhecido
como Código Napoleônico que tinha como destaque:
-Abolição definitiva dos privilégios do Clero e da Nobreza;
-Proteção ao direito da propriedade privada;
-Igualdade de todos perante a lei;
-Separação do casamento civil do religioso; e
-Proibição dos sindicatos e das greves.
A ERA NAPOLEÔNICA (1799-1815)
Do Consulado ao Império (1799-1804)
Com uma popularidade em alta,
Napoleão promoveu um plebiscito
(1802) para conseguir o título de
Cônsul Vitalício, com direito a indicar
o seu sucessor. O que foi aceito.
Por meio de um novo plebiscito, em 2
de dezembro de 1804, Napoleão foi
aclamado Imperador dos franceses.
A ERA NAPOLEÔNICA (1799-1815)
O Império (1804-1815)
No plano interno o governo acentuou a
intervenção na economia com medidas
protecionistas e de incentivo à indústria
nacional.
Na política o governo negava os princípios
revolucionários ao criar uma nobreza
hereditária.
Além disso, buscou desenvolver as forças
armadas em uma política militarista e
expansionista na Europa, visando garantir
mercados.
A ERA NAPOLEÔNICA (1799-1815)
O Império (1804-1815)
No plano externo, a política foi marcada pelo expansionismo e pelas
guerras. As várias coligações montadas pela Inglaterra e vencidas
pela França, possibilitaram a incorporação de regiões como a Bélgica
e as áreas do vale do Reno.
Vários países foram invadidos e governados por parentes de
Napoleão, como o Grão-Ducado de Varsóvia, o Vice-Reino da Itália,
os Reinos da Holanda, de Nápoles e da Espanha. Haviam ainda os
Estados Aliados (Confederação do Reno).
A ERA NAPOLEÔNICA (1799-1815)
O Império (1804-1815)
Porém, apesar de possuir um grande exército, Napoleão não
conseguia vencer a Marinha Inglesa, sofrendo grandes derrotas nos
mares, como na Batalha de Trafalgar, em 21 de outubro de 1805.
Impossibilitado de vencer a Inglaterra, Napoleão decretou o Bloqueio
Continental (1806), onde proibia o comércio da Europa Continental
com a Inglaterra.
A ERA NAPOLEÔNICA (1799-1815)
O Império (1804-1815)
Foi nesse contexto que a Família Real Portuguesa foi forçada a deixar
Portugal, com a Corte, e rumar para o Brasil, onde instalou o Estado
Português, em 1809. Assim, eram dados os primeiros passos para o
processo de independência do Brasil, que se realizaria em 1822.
A ERA NAPOLEÔNICA (1799-1815)
O Império (1804-1815)
Em 1812, Napoleão consegue a extensão máxima de seu império.
A ERA NAPOLEÔNICA (1799-1815)
O Império (1804-1815)
Em 1814, após enfrentar uma campanha durante o inverno na
Rússia, Napoleão é derrotado na Batalha de Leipzig. Em
consequência, Napoleão é preso e exilado na ilha de Elba, no sul da
Itália. O Trono Francês foi ocupado por Luís XVIII, irmão de Luís XVI.
A ERA NAPOLEÔNICA (1799-1815)
O Império (1804-1815)
A ERA NAPOLEÔNICA (1799-1815)
O Império (1804-1815)
No início de 1815, Napoleão
fugiu da Ilha de Elba,
desembarcando na França com
800 homens, onde foi recebido
como herói. Luís XVIII fugiu do
País, enquanto Napoleão
reassumia como Imperador.
Tinha início o governo dos Cem
Dias.

Napoleão e seus soldados retornam da


Ilha de Elba
A ERA NAPOLEÔNICA (1799-1815)
O Império (1804-1815)
No entanto, uma nova coligação liderada pela Inglaterra foi reunida
para enfrentar mais uma vez Napoleão, que foi derrotado na Batalha
de Waterloo, em 1815.
A ERA NAPOLEÔNICA (1799-1815)
O Império (1804-1815)
Preso, Napoleão Bonaparte foi enviado para a Ilha de Santa Helena,
no meio do Oceano Atlântico, onde permaneceu até sua morte, no
ano de 1821.
A ERA NAPOLEÔNICA (1799-1815)
O Congresso de Viena (1815)
Os vencedores da campanha sobre Napoleão (Inglaterra, Áustria,
Prússia e Rússia) reuniram-se com a França Monárquica no
Congresso de Viena, a fim de restaurar a ordem existente antes da
Revolução Francesa. Para isso adotaram dois princípios básicos:
1. O Princípio da Legitimidade: Dizia ser legítima a volta ao poder
das dinastias que reinavam antes de 1789.
2. O Princípio do Equilíbrio Europeu: formulada pelo Príncipe
Metternich da Áustria. Afirmava que para evitar o domínio das
potências sobre as outras, deveria haver um equilíbrio. Propôs
ainda uma política de compensações financeiras aos prejuízos
causados nas Guerras Napoleônicas.
A ERA NAPOLEÔNICA (1799-1815)
O Congresso de Viena (1815)
A ERA NAPOLEÔNICA (1799-1815)
A Santa Aliança
A restauração da Antiga Ordem
na Europa seria uma tarefa
difícil, tendo em vista que as
ideias liberais e iluministas
haviam se espalhado. Assim, os
monarcas absolutistas da
Áustria, da Rússia e da Prússia
resolveram criar a Santa Aliança,
uma organização para intervir
militarmente nos países onde
estivessem ocorrendo
movimentos liberais, ou ainda
nas colônias europeias que
tentassem a independência.
CONCLUSÕES
Consequências da Revolução Francesa

-Disseminação dos ideais liberais e iluministas na Europa (igualdade,


liberdade e fraternidade);
-A Revolução foi a primeira experiência bem sucedida de
liberalismo político;
-Início dos movimentos nacionalistas da Europa, em consequência
das divisões impostas pelo Congresso de Viena;
-Apropriação e transformação, pela burguesia, de hábitos
populares e dos valores da nobreza;
-Reação Absolutista através da Santa Aliança;
-Reafirmação da Inglaterra como potência mundial; e
-Início do processo de independência na América Latina (Haiti, 1804,
América Espanhola e América Portuguesa).
A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1815)
Revolução Francesa – Resumo dos principais fatos

1789: Revolta do Terceiro Estado; 14 de julho: Tomada da Bastilha; 26 de agosto: Declaração


dos Direitos do Homem e do Cidadão.
1791: Constituição que estabeleceu a Monarquia Constitucional. Tentativa de fuga e prisão
do rei Luís XVI.
1792: Invasão da França pela Áustria e Prússia. Decisiva vitória francesa na batalha de Valmy.
Início da Convenção.
1793: Oficialização da República e morte do Rei Luís XVI; 2ª Constituição. Agravamento da
trajetória violenta e conturbada. Terror contra os inimigos da revolução.
1794: Deposição de Robespierre. Início da Convenção Termidoriana.
1795: Regime do Diretório — 3ª Constituição.
1799: Golpe do 18 de brumário (9 de novembro) de Napoleão.
1802: Napoleão Cônsul Vitalício.
1804: Napoleão Imperador.
1806: Bloqueio Continental.
1814: Derrota de Napoleão em Leipzig.
1815: Derrota de Napoleão na Batalha de Waterloo.

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