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Validade das assinaturas


eletrônicas
7-9 minutos

A primeira lei a tratar de assinaturas eletrônicas no Brasil


foi a MP 2.200-2 de agosto de 2001, tratando das
competências de gestão a infraestrutura de chaves
públicas brasileira. Em 2015, o Decreto 8.539 veio para
regulamentar o uso de assinaturas eletrônicas com e sem
o uso de certificados emitidos na cadeia do ITI dentro do
Poder Executivo Federal. Posteriormente, em 2020, foi
publicada a MP 983, convertida em lei na forma da lei
14.063/2020 que define os tipos de assinatura eletrônica
utilizados no Brasil e quais documentos podem ser
assinados com cada procedimento, constituindo a lei mais
abrangente em vigência sobre assinatura eletrônica de
documentos brasileiros.

MP 2.200-2 de 2001

Embora o objetivo da MP 2.200 seja a criação do ICP-


Brasil, ela dispõe, em seu Art. 10, que ela não visa alterar
nem invalidar outros meios de assinatura eletrônica:

§ 2º O disposto nesta Medida Provisória não obsta a

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utilização de outro meio de comprovação da autoria e


integridade de documentos em forma eletrônica, inclusive
os que utilizem certificados não emitidos pela ICP-Brasil,
desde que admitido pelas partes como válido ou aceito
pela pessoa a quem for oposto o documento.

Desta forma, embora a MP 2.200-2 regulamente as


assinaturas eletrônicas, ela delega a validade das
mesmas para os princípios gerais dos contratos. Assim,
não existe um formato legal único ou um conjunto de
regras para a validação das assinaturas, ficando a cargo
da jurisprudência definir a validade das mesmas.

Portando, delegou-se à definição das normas de


aceitação dos documentos aos órgãos públicos, sendo
este caso a caso até a edição de uma lei específica sobre
assinaturas eletrônicas, que veio a ocorrer com a lei
14.063/2020

Assinaturas realizadas através do


Autentique

O modelo de assinatura utilizado pelo Autentique é


baseado em um processo de verificação auditável
utilizado no ramo há mais de 25 anos e atende
integralmente os requisitos específicos do eSignature Act
americano e eIDAS da União Européia. Porém com
alguns adicionais para tornar mais adaptado ao modelo
de auditoria judicial brasileiro, como verificação de dados
de CPF, data de nascimento e informações cadastrais do
signatário.

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Na legislação brasileira ela foi regulamentado como


“assinatura eletrônica avançada”, nos moldes do Art. 4, II
da Lei 14.063/2020. Dessa forma o Autentique pode ser
usado tanto na iniciativa privada, quanto para documentos
privativos dentro do Poder Público, sendo hoje utilizado
para assinatura de documentos internos e acordos em
conciliação realizados em tribunais superiores.

Dentro da esfera pública, a mesma lei estabelece 4


hipóteses em que o modelo de “assinatura eletrônica
avançada” não poderia ser utilizado, sendo, para estas,
necessário utilizar a “assinatura eletrônica qualificada”
nos moldes do Art. 4, III da Lei 14.063. Estas hipóteses
são:

Art. 5 […]

§ 2º É obrigatório o uso de assinatura eletrônica


qualificada:

I - nos atos assinados por chefes de Poder, por Ministros


de Estado ou por titulares de Poder ou de órgão
constitucionalmente autônomo de ente federativo;

II - (VETADO);

III - nas emissões de notas fiscais eletrônicas, com


exceção daquelas cujos emitentes sejam pessoas físicas
ou Microempreendedores Individuais (MEIs), situações
em que o uso torna-se facultativo;

IV - nos atos de transferência e de registro de bens


imóveis, ressalvado o disposto na alínea “c” do inciso II do
§ 1º deste artigo;

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V – (VETADO);

VI - nas demais hipóteses previstas em lei.

A exemplo do inciso VI é possível citar laudos e receitas


médicas, que possuem legislação própria estabelecendo
as regras para sua assinatura.

A verificação da autenticidade do documento se dá por


uma tríplice de autenticações digitais, sendo aplicadas as
cifras: MD5, SHA1 e SHA256 ao documento. A utilização
de três cifras de bloco diferentes permite o aumento da
segurança teórica do documento e redução da chance de
colisão de hashs, garantindo a autenticidade do
documento mesmo muito após sua prescrição visto que a
segurança teórica do SHA256 é até o ano de 2086. Ela
também protege contra ataques de Paradoxo do
Aniversário e contempla o Princípio de Kerckhoffs.

A verificação da identidade das partes se dá por 3


vetores: Ao enviar um documento para assinatura é
gerado um código único enviado por email e acessível
apenas por aquele signatário no endereço de assinatura
contido no endereço de email, acessando este link é
verificado que o signatário está em posse daquele
endereço de email. No procedimento de assinatura são
requisitados os dados pessoais do signatário: Nome, Data
de Nascimento e CPF. Por fim, são coletados dados de
conexão da parte signatária: Endereço de IP,
Geolocalização, identificadores do dispositivo e
navegador e geolocalização, permitindo o cruzamento das
informações judicialmente caso as assinaturas venham a

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ser questionadas. Alternativamente, também é possível


gerar um link de assinatura enviado diretamente ao
signatário, ao assinar por ele, o signatário precisará
indicar um método de autenticação dentre acessar com
uma conta do Facebook ou Google, confirmar um número
de telefone via um token enviado por SMS ou confirmar
um endereço de email.

Caso a assinatura venha a ser questionada, é possível


cruzar os dados coletados pelo Autentique com os
registros do provedor de internet do signatário e serviço
de email ou redes sociais, oferecendo uma forma
redundante de identificação. Ainda, métodos de rastreio
de usuários dentro da plataforma permitem identificar
caso a mesma pessoa acesse contas diferentes e assine
documentos, permitindo identificar fraudes em que um
usuário tente se passar pelo signatário ou possua acesso
de mais de uma pessoa com dados distintos (em especial
CPF). Este processo permite identificar, catalogar e
remediar comportamentos suspeitos e interações
irregulares com documentos.

Desta forma, para que a assinatura seja realizada, o


agente precisa estar em posse do email da parte
signatária e possuir seus dados pessoais de identificação.
Mesmo que isso ocorra a verificação dos dados da
conexão permitem identificar fraudes realizar a atribuição
da assinatura.

Atente-se que a grafia da assinatura não é utilizada como


forma de auditoria nas assinaturas realizadas pelo

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Autentique nem demais assinaturas digitais, sendo um


elemento puramente estético personalizável pelo
signatário e em nada interfere no processo de verificação
das assinaturas.

Aceitação das assinaturas eletrônicas

Por regra, as assinaturas eletrônicas são aceitas para


contratos e demais documentos particulares. Em se
tratando de órgãos públicos, eles estão sujeitos às
normas do Art. 5 da lei 14.063/2020 acima citado. Em
todos os demais casos não há nenhum impedimento legal
de aceitação nem existe nenhuma diferença de validade
entre assinaturas realizadas eletronicamente e
documentos assinados fisicamente.

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