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BIOGRAFIA E CURIOSIDADES

Ansel Adams era um fotógrafo extremamente dedicado ao potencial artístico do ambiente,


bem como para a sua preservação daí que ele sempre teve um papel muito ativista na
conservação do mesmo em vários parques nacionais na América. Nos últimos cinco anos da sua
vida, Adams passou parte da sua manhãs a fotografar com a câmara escura e parte das tardes a
escrever a sua autobiografia. Muitas das suas últimas fotografias foram para o Museu Set Edição
de Belas Prints, escolhidas, por entre milhares de negativos para representar o melhor trabalho da
sua carreira de seis décadas. Na altura as cópias dos negativos foram colocadas uma ao lado da
outras proporcionando assim uma oportunidade de visualizar como o seu estilo de impressão
mudou ao longo das décadas, além de oferecer uma compreensão de como o artista refletia sobre
o seu trabalho , e a maneira como o foi moldando ao longo da sua carreira.
Ansel Adams nasceu em 1902 e cresceu em San Francisco,era filho único numa família
conservadora. Passou por uma infância solitária em casa e foi na altura da escola que
desenvolveu um grande interesse pela natureza e a arte. Adams aprendeu sozinho a tocar piano,
mas, mais tarde, aos 20 anos é que a sua paixão por fotografia se tornou muito mais
predominante. Passou muito tempo no Golden Gate, onde expressou o seu amor pela paisagem
através da sua câmara Kodak Box Brownie que os seus pais a ofereceram enquanto estava de
férias em Yosemite. Adams começou por fotografar também a Sierra Nevada e, mais tarde, o
Sierra Club, em 1919, no início da sua carreira já tinha determinado o seu tipo de fotografia: de
paisagem.
O ano de 1927 foi um ponto de viragem na carreira de Ansel Adams. Fotografou a sua
primeira grande fotografia chamada de Monolith e, um conhecido seu Albert M. Bender, deu a
Adams a oportunidade de imprimir o seu primeiro portefólio, chamado então de Parmelian Prints
of the High Sierras. Os efeitos que as paisagens que contemplava tinham nele eram evidentes
na sua carreira, todas as fotografias presentes naquele portefólio eram retratos da natureza nos
Estados Unidos, especialmente em Yosemite, a qual o fotógrafo viajava muitas vezes. Durante
essa época Adams reuniu-se com o fotógrafo Edward Weston. A amizade deles levou à fundação
do Grupo f / 64 junto com alguns outros grandes fotógrafos.Os membros do mesmo foram
dedicados a produzir imagens que não eram manipuladas. As fotografias desta exposição refletem
o interesse nesse tipo de imagem que era então considerado um estilo moderno de fotografia.
Adams ganhou bastante conhecimento na década de 30, á qual foi eleito como diretor do
Sierra Club, um papel que ele manteve excelentemente durante trinta e sete anos. Trabalhava
como guia para caminhadas Sierra Clube. Adams também foi influenciado por Alfred Stieglitz,
um fotógrafo americano que tinha uma abordagem semelhante á sua. O objetivo de ambas era
ilustrar que a fotografia era capaz de expressar a beleza artística tão profunda quanto qualquer
outro tipo de meio artístico.
Entre 1929 e 1942, a sua reputação aumentou. Adams inovou as suas técnicas de
fotografar,dava então agora mais foco nos close-ups detalhados, bem como grandes formas.
Durante este período, Adams conseguiu juntar fotógrafos como Dorothea Lange e Walker
Evans no seu compromisso pessoal de ajudar a mudança social e política através da arte. O
primeiro objetivo era a proteção de áreas selvagens, incluindo Yosemite.
O fotógrafo faleceu em 1984, refiro que Ansel Adams foi um dos fotógrafos mais
inspiradores e influentes na história da fotografia mas também no ambiente.Ele conseguiu provar
através das suas fotografias que conseguia retratar a beleza artística natural. Sendo assim, nunca
incluiu na sua fotografia seres humanos a não ser quando estes estavam incluídos nas paisagens.
Á cerca deste facto William Turnage comentou o seguinte: "Mais do que qualquer outro
americano influente da sua época, Adams acreditou tanto na possibilidade e a probabilidade da
humanidade viver em harmonia e equilíbrio com seu meio ambiente.”
Como um verdadeiro ambientalista também ele conseguiu através das suas fotografias
preservar estas paisagens eternamente.
Ansel Adams era extremamente ligado á fotografia trabalhava de dia e de noite, viajando
ao redor dos Estados Unidos, ele considerava que, a fotografia era única razão da sua existência.
Desta dedicação resultou numa técnica especial chamada Sistema de Zona. Esta técnica
era baseada na ideia de controlar a exposição ao prever como a fotografia final seria
considerando pelas luzes e sombras na realidade. O seu objetivo era obter um negativo impecável
e uma impressão perfeita. Esta técnica parece bastante simples nos dias de hoje mas é
importante ter em conta que a sua técnica foi pioneira na época em que a fotografia digital não
existia. De maneira simplificada, era um sistema de escala utilizado para capturar uma ampla e
cuidadosamente equilibrada gama de tons de branco, cinza, e preto na imagem.Como medir e
usar a luz para produzir o tom era uma de suas mais famosas habilidades estéticas e técnicas.
Ansel Adams escreveu três livros sobre esta técnica, “A câmera”, “O negativo” e “A impressão”.
Como artista inovador que era, as suas fotografias tinham além do mais, aspectos que as
caracterizavam ou seja a linguagem própria de Adams. Uma dessas características únicas era o
uso do preto e branco, sempre presente. Adams usava sempre de uma forma excelente as
sombras, e brilho então, as cores eram sempre desnecessárias na fotografia. Também com a
falta da mesma, os contrastes ficavam muito bem ilustrados e definidos. Além disso, o fotógrafo
salvava os elementos dramáticos do olhar pictórico clássico através de uma disposição
sistemática a fim de chegar a uma representação mais geométrica. Assim as suas composições
criavam diferentes impressões sobre os espectadores que contemplavam as fotografias tendo até
fortes efeitos emocionais. Em 1985, um pico de montanha no parque nacional de Yosemite, que
influenciou de uma maneira descabida a sua arte, foi nomeado em sua honra.

ACONTECIMENTO IMPORTANTES NA SUA CARREIRA -YOSEMITE

Em setembro de 1938, Ansel Adams, Georgia O'Keeffe, David McAlpin, e Helen e Godfrey
S. Rockefeller fizeram uma viagem memorável no Parque Nacional de Yosemite, no Oeste
americano. Após o seu regresso, Adams fez três álbuns para comemorar a viagem e apresentou-
os como presentes para os seus companheiros de viagem. Em 2000, a esposa de McAlpin, Sarah
Stewart, gentilmente doado o álbum ao Museu Nacional de Arte dos animais selvagens.
Adams, O'Keeffe, McAlpin, e os Rockefellers partiram para o Alto da Serra levando com
eles quatorze mulas, um animal de poder suficiente para transportar todo o acampamento,
cozinha e equipamento de fotografia, com algumas montagens extras para aqueles que queriam
montar. Os campistas levaram orientadores, e foi tudo extremamente preparado pelo fotógrafo.
As fotografias mostram-nos muitos dos lugares
favoritos de Adams na Serra, a partir das Meadows
Tuolumne e na região do Pico da catedral para a sua
amada Lyell Fork do rio Merced.
Este mapa mostra a rota aproximada Ansel Adams e
empresa assumiu sua caminhada de dez dias através
de Yosemite.
CRITICA FOTOGRAFIA

GEORGIA O'KEEFFE AND TREE; YOSEMITE; Bay Bridge and Ferry; Golden Gate
1938.

Mount Williamson; Sierra Nevada from


Manzanar California; 1944.

Monolith, the Face of Half Dome, Modern Replica;1927.


Jeffrey Pine, Sentinel Dome; Yosemite
National Park, California;1945, 1940.

(Crítica pessoal: Nesta fotografia visualizamos uma árvore


complexa á esquerda cujo os ramos ocupam o lado direito. A
fotografia não tem muita profundidade de campo e conseguimos ver
ao fundo a montanha, o céu está a cinzento e então, constata muito
bem com a árvore e os seus aglomerados de folhas. A textura do
tronco com as rochas completa muito bem a fotografia e a sombra
da árvore nas mesmas evolve-a numa elegância extrema. É incrível
com um simples elemento da natureza pode ser representado de
uma forma tão bela e completa. A textura da árvore por si remete-
me para a complexidade da natureza e como está em primeiro
plano, na mesma altura que a serra vista de fundo cria uma
harmonia ambiental, como se todos os elementos da natureza
tivessem o mesmo “peso”, e “tamanho”. A fotografia está a preto e
branco daí as formas das figuras que a preenchem terem um
impacto grande no espectador. O enquadramento da fotografia
agrada-me pois é geométrico e capta o melhor ângulo para
fotografar aquela árvore e assim mostrar a sua beleza. O meu detalhe preferido na fotografia é o o fim do segundo ramo pois a luz
incide nele e cria contraste com o fundo, na minha opinião é o que torna a fotografia complexa e ainda mais profunda. É incrível como
Ansel Adams captou uma harmonia plena com um elemento da natureza tão simples.)

Mount McKinley and Wonder Lake; Denali


National Park, Alaska; 1947, 1948.

(Crítica pessoal: Considero esta fotografia uma metáfora para a


natureza em diversos sentidos. É composta pelo céu que está
trabalhado e contem a lua centrada, seguida das montanhas e
ainda por baixo destas um rio extremamente fluído com as
margens de monte a sua volta extremamente contrastadas, é
incrível como o rio consegue ser tão perfeito pois ainda
consegue refletir um pouco das montanhas mas permanece
cinza metalizado (por causa da água), o rio é sem duvido o
elemento principal pois é também aquele á qual o espectador
não consegue “tirar os olhos” devido á escuridão que o rodeia.
Aos meus olhos o rio segue a direção da lua sendo isto uma
metáfora pois a Lua ou “elementos ligados com a natureza
posteriores á terra” são os que controlam a vida na mesma.
Assim existe mais uma vez uma perfeita harmonia na fotografia,
é notável também o detalhe da montanha do lado direito que está branca na parte que é coberta de neve e que atinge as nuvens,
assim parece que a natureza descrita por Adams se eleva em dois níveis na fotografia, o do rio guiado pela lua e a montanha coberta
de neve por causa das nuvens.É um equilíbrio perfeito ainda por cima a preto e branco.)

Oak Tree, Sunset City;Sierra Foothills,


California; 1962.

(Crítica pessoal: Nesta fotografia visualizamos uma árvore


que ocupa o enquadramento todo da mesma, ainda ao
fundo uma lua, o céu está a cinzento e a forma da árvore a
preto o que contrasta imenso com céu. Nesta fotografia
somos deslumbrados pela dimensão da árvore como esta
nos persegue por entre a sua complexidade de ramos e
ramos. Também o facto de ela completar a parte da terra na
fotografia dá-nos uma ideia de extensão como se o corpos
da árvore estivesse diretamente ligado á terra. É incrível a
maneira como a natureza se eleva aos nossos olhos
através da grandiosidade da árvore e nos mostra um
mundo onde ela “manda”. Uma simples forma de uma
árvore pode rapidamente mudar a nossa opinião em relação a natureza assim, torna-a exatamente bela aliás que seria se víssemos a
mesma fotografia mas com um ramo cortado,perdiríamos a noção de beleza no meio, sentiríamos apenas pena em como não
poderíamos voltar a atrás para cobrir os nossos erros… Erros esses que o fotógrafo Adams tentou proibir de acontecer toda a sua vida
lutando sempre como foi referindo acima pela conservação da natureza e a sua admiração.)

FRASES DO FOTÓGRAFO

“Eu espero que o meu trabalho encoraja a auto-expressão e estimule a procura de beleza e
criatividade exorbitante no mundo espetacular que nos rodeia”- Ansel Adams.

“A fotografia tem um modo poderoso de expressão e comunicação,oferece uma infinita variedade


de perspectiva,interpretação e execução”- Ansel Adams.

“Quando estou preparado para fazer uma fotografia, eu penso,vejo logo no olho da minha mente
algo que não está literalmente ali no verdadeiro significado da palavra. Estou interessado em algo
construído de dentro em vez de ser extraído por fora”-Ansel Adams

Comentário pessoal: A fotografia é um método de auto-expressão uma vez que fotografamos o


que gostamos, o que nos cativa, o que nos toca ou seja fotografamos algo que nos diz algo, que
nos traduz. Podemos afirmar assim que a fotografia é a uma realidade que nos completa uma vez
que incorpora este “método”. Ansel Adams sempre foi um pioneiro num estilo de fotografia que só
ele via uma vez que retratava de uma forma única a natureza, para ele beleza pura, mas ele não
tirava a fotografia em si, analisava primeiro o que queria mostrar ao espectador, a maneira com
nos apresentaria o que no olhar nele era extremamente belo, Adams procurava por sempre a sua
marca representativa para que a fotografia suscitasse em nós algo profundo, e refletível,
conseguido também através do uso do preto e branco. Na minha opinião Adams procurava
oferecer á fotografia o lado espiritual através da maneira como esta era explorada. A maneira que
o fotógrafo nos mostrava realidades das paisagens, encantava-nos com a sua harmonia,
equillíbrio,e perfeição, naquilo que ele acreditava ser o mundo espetacular que nos rodeia á qual
devamos lutar para manter.

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