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2 º SEMESTRE / 2022-2023
AULA 6 – 15 DE MARÇO
Naíde Müller C.
ncaldeira@ucp.pt
TRABALHO DE GRUPO – AULA 26 DE ABRIL
✓ Por exemplo, com meus pais, eu quero que eles estejam disponíveis para mim
sempre que eu precisar deles, mas também não quero que eles estejam
constantemente na minha vida. Portanto eu tenho simultaneamente uma
necessidade de intimidade/proximidade e de espaço/afastamento.
3.3 - DIALÉTICA RELACIONAL
✓ Discursos são sistemas de significado que são proferidos sempre que fazemos
enunciados compreensíveis em voz alta com os outros (ou nas nossas cabeças
quando mantemos conversas internas).
“Somos uma espécie narradora, narrar é provavelmente uma das mais ancestrais
ações humanas, muito anterior à escrita. As palavras podem unir as pessoas, levá-las a
cooperar, ou separá-las, manipulá-las, iludi-las. Portanto, devem ser tratadas com
cuidado.”
Margaret Atwood, Entrevista Revista Expresso, edição 2583, 29 de abril 2022, pp.42-47
3.3 - DIALÉTICA RELACIONAL
3.3 - DIALÉTICA RELACIONAL
Exemplo:
"Climate change is real. It is happening right now, it’s the most urgent threat facing our
entire species, and we need to work collectively together and stop procrastinating. We
need to support leaders around the world who do not speak for the big polluters or the
big corporations but who speak for all of humanity, for the indigenous people of the
world, for the billions and billions of underprivileged people who will be most affected by
this, for our children's children and for those people out there whose voices have been
drowned out by the politics of greed.”
▪ Alguns textos têm mais potencial para análises de significado porque pertencem a
géneros comunicativos que promovem vários pontos de vista concorrentes.
Estes enunciados enfatizam a linguagem em ação como resposta ao que foi dito antes
e enquanto antecipação de respostas futuras. Os enunciados nunca estão isolados,
funcionam em cadeia.
Contexto: eleição presidencial de 2016 nos Estados Unidos Donald Trump - Hillary
Clinton. Polarização social e Negacionismo das alterações climáticas
3.3 - DIALÉTICA RELACIONAL
• Centrífugos são os discursos dominantes que as pessoas tendem a acreditar que são
normais, mais fáceis ou naturais (por exemplo, os líderes poderosos são todos
gananciosos).
• Os discursos centrípetos são discursos menos óbvios que as pessoas tendem a ver
como desviantes, antinaturais ou impossíveis (por exemplo, é preciso apoiar os líderes
que defendem as comunidades mais vulneráveis às alterações climáticas).
• O foco nas dinâmicas de poder (já que a teoria se foca nas oposições, nos discursos
que competem) é uma parte crítica da teoria da dialética relacional e na análise
crítica dos discursos.
3.3 - DIALÉTICA RELACIONAL
✓ Por exemplo, Leonardo DiCaprio fala sobre soluções para as alterações climáticas
através de um processo (liderança/inspiração pelo exemplo) que pretende mitigar
aquilo que designa por “política da ganância” (produto). Na primeira há mais
espaço para a interpretação, na segunda procura-se reduzir as interpretações
possíveis sendo mais objetivo em relação à mensagem central que se quer passar.
3.3 - DIALÉTICA RELACIONAL
✓ Ligar a televisão, folhear uma revista ou navegar nas redes sociais invariavelmente
mostra conteúdo textual e visual intencionalmente projetado para nos convencer
de que uma determinada pessoa, lugar ou experiência é autêntica e, portanto,
digna do nosso respeito, confiança, dinheiro ou voto.
✓ Num mundo definido pelo consumo de bens produzidos em massa e cada vez mais
mediados através da comunicação digital, a noção de autenticidade ressoa
claramente com as aspirações e ansiedade de muitas pessoas.
✓ A autenticidade não deve ser vista como algo que pode ser possuído ou mantido
com qualquer grau de certeza. Pelo contrário, é dinâmico e muda em relação às
condições sob as quais é procurado, criado e reconhecido.
✓ Algumas pessoas, grupos ou organizações têm maior poder para definir o que é
autêntico sendo as suas reivindicações de autenticidade mais facilmente aceites ou
menos desafiadas.
3.3 - CULTURAS DA AUTENTICIDADE
✓ Nas redes sociais, o desejo de ser visto como autêntico torna-se um processo
contínuo, criativo e dinâmico de produção estratégica, vigilância, avaliação e
negociação.
✓ Toda a gente quer vender a ideia de que o sucesso é fácil basta ser nós próprios.
✓ Muitos dos mesmos problemas e incertezas sentidas em épocas passadas estão a ser
intensificadas pelo ritmo que esses novos modos de comunicação e auto-
apresentação permitem ou, na verdade, exigem.
3.3 - CULTURAS DA AUTENTICIDADE