Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
01 - BreakMeSlowly
01 - BreakMeSlowly
Shattered, #1
Break me slowly
Agradecimentos
Obrigado ao meu maravilhoso parceiro de crítica /
BFF1. Este livro não seria nada sem você.
Obrigado a Viola Estrella e Jenn LeBlanc pelas
maravilhosas fotos e arte da capa. Vocês são incrivelmente
talentosas e eu amo essa capa!
1
Best Friend Forever (Melhor amigo para sempre)
Sinopse
A Pós-graduanda Katelyn Gunn se dirige para o seu
primeiro dia de assistente de ensino, quando ela é quase
atropelada por um carro. A nervosa e inexperiente Kate
fica chocada ao perceber que não é a experiência de quase
morte que tem seu coração acelerado, mas o homem
pecaminosamente sexy atrás do volante. Adam Kinkade é
mais poderoso magnata da distribuição em Chicago, ultra-
rico e devastadoramente bonito, ele também é o primeiro
homem que inflama emoções além do medo dentro dela.
Adam é um homem acostumado a conseguir o que quer. E o
que ele quer, é Katelyn nua e com frequência. Disposto a
fazer de tudo para possuí-la, ele persegue implacavelmente
Kate apenas para descobrir que é ela que o possui
completamente. A Paixão vira posse, e a natureza
controladora e as mãos sedutoras de Adam, despertam
faíscas de desejo tão forte que destroem os próprios demônios
dela. Mas quando o desejo se transforma em vício, Kate
teme que ele vai enfurecer, ficar muito quente, e abalar sua
sanidade.
Capítulo 1
— Bom. — Megan disse com uma voz suave que tinha aprendido
com todos aqueles vídeos de yoga, que me obrigou a assistir e participar
com ela.
2
anos de idade, ela sempre esteve lá, lembrando-me de respirar e fazendo
um esforço maldito para me manter longe de um colapso.
— Você vai se sair muito bem hoje, Katelyn. Você é uma das
melhores alunas do programa e o professor vai adorar você.
— Obrigado, Meg.
Eu ri. Megan não era a única pessoa que sabia sobre o meu
passado, mas era a única que estava ciente de como isso me afetou.
— Senhorita?
3
Teacher Assistent (Professora assistente)
Do lado de fora da porta de trás do passageiro, estava um homem
vestido com um terno, de três peças, cinza aço e gravata roxa escura. Seus
olhos eram como água do oceano congelada, dois icebergs brilhando para
mim.
— Você está bem? — Sua voz era profunda, mas desta vez, houve
uma ligeira insatisfação quando ele falou.
Maldição!
Olhei-o. Odiando o quão frio e calmo ele estava. Odiando que ele
estivesse ali, cinzelado como uma perfeição enquanto meu cabelo estava
mais encrespado a cada segundo e o açúcar do meu café estava colando no
meu peito. Um momento atrás, eu estava bem ciente de todos os seus
atributos de tremer a terra. Nunca tinha prestado tal atenção em homem
antes. Mas isso foi abafado pela consciência das minhas próprias falhas e
total falta de graça.
Vergonha.
— Obrigada.
— Amanhã?
— Posso ajudar?
— Sou eu.
Apesar de ter vivido com a minha tia e meu tio, desde a última
parte do ensino médio, nós não éramos, necessariamente, íntimos. Eles
nunca tinham me enviado nada. A única vez que falei com a minha mãe foi
quando ela precisava de alguma coisa, e eu tinha acabado de ver Megan
esta manhã. Essa menina não podia guardar um segredo para salvar a sua
vida, então se ela tivesse me dado alguma coisa, eu já saberia.
4
Saks Fifth Avenue é uma luxuosa loja de departamento americana.
Como ele tinha me encontrado? Ficar preocupada com a logística
da situação deveria ter sido o meu primeiro pensamento. Em vez disso, me
senti um pouco tonta e lisonjeada.
5
— Como foi seu primeiro dia, senhorita peitos e bundas ? —
Brian se sentou na cadeira do outro lado da sala de estar e soltou aquele
sorriso de menino da porta ao lado, todo-americano, para mim. Pena que eu
era imune a ele. Tinha sido desde que eu era caloura na faculdade, quando
o conheci. Tudo o que Brian tinha que fazer era apontar aquele sorriso, o
loiro cabelo desgrenhado e a barba espetada para uma mulher inocente, e
elas imediatamente desmaiavam. Foi assim que ele arrebatou a Megan, e os
dois estavam namorando há mais de um ano agora.
5
Tits and Ass
6
contusão ambulante. Nós zombávamos muito, mas no final do dia, todos
nós éramos amigos. Ele era como o irmão mais velho que nunca tive, e
gostava de Megan, me tratava como se tivesse que estar envolta em isopor
e protegida da própria atmosfera.
— Espere. O cara que quase bateu em você com o carro dele lhe
enviou roupas?
— Não sei. Ele sabia o meu nome, onde eu estava indo e acho
que apenas descobriu.
— Não falei sobre ele. Você está me fazendo falar sobre ele a
noite toda.
Ele abriu a boca para dizer algo, mas Megan o cortou. — Qual é
o seu horário? Nós dois podemos encontrá-la mais tarde para o jantar.
— Sério?
— Adam Kinkade.
— Sim.
— Sim. Como repetir tudo que eu digo para que então você não
tenha que responder a pergunta.
Brian veio para ficar ao meu lado. Ele olhou para Adam. Mas o
que me preocupou mais foi o olhar que Adam estava dando a Brian. Seu
rosto parecia calmo, mas seus olhos brilhavam como os de uma cobra
venenosa pronta para atacar.
Ele não disse mais nada, e nem eu. A tensão era palpável, embora
eu realmente não pudesse dizer o por que. Tinha sido estranho com Brian e
Megan anteriormente, mas o que não o deixaria louco. Certo?
Meu rosto ficou corado e eu olhei de volta para ele. Não havia
nenhuma maneira que ele poderia ter sabido o que eu estava pensando.
O jeito que ele falou comigo. Olhou para mim. Nem um pingo de
piedade estava presente. Sim, ele foi contundente. Mas ele não me conhece
e nem meu passado. Não pensa em mim do jeito que Megan e Brian fazem.
Eles me amam e só tem boas intenções, mas porque acham que estou
danificada e não posso me cuidar.
Minha pele estava realmente pulsando por seu toque. Mas se ele
chegasse perto, veria as cicatrizes, e quando as vissem, seria apenas uma
questão de tempo para descobrir sobre o meu passado e me abandonar ou
olhar para mim da mesma forma que Brian e Megan fazem.
Megan tinha dito uma vez que as únicas coisas que mantêm
minhas inseguranças à mostra são algumas iluminações baixas e a falta de
maquiagem. O corretivo que eu usava no meu queixo e pescoço cobriu as
cicatrizes muito bem, e o restaurante não era muito brilhante...
Não!
O que quer que Adam esteja oferecendo não era algo que eu
poderia assumir. Para algumas pessoas, o sexo era fácil, inferno. Mas para
mim não era. Eu refiz minha lista mentalmente de por que isso era uma má
ideia. Entre um trabalho, escola, e uma mãe doente mental, o limite de
porcaria que eu poderia suportar foi estourado. Eu não tenho tempo, e
muito menos energia para concentrar em um estranho. Claro, ele era o mais
sexy estranho que eu já tinha visto, mas ainda não era uma boa desculpa.
— Estou feliz por você está segura, mas não posso dizer que eu
não estou feliz com o ocorrido.
— E quanto a Brian?
— Não.
— Não.
— Há muitas mulheres que irão aceitar sua oferta. Por que você
não vai perseguir uma delas? — Soltei minhas mãos de sua camisa e deixei
meus braços cair ao lado.
— Encurralou, então.
Ele gemeu.
Mordi o lábio.
Ele rosnou.
Ele arrastou a mão livre até minha coxa, parando para tirar
delicadamente os laços da minha liga. Ele olhou para baixo, nossas
respirações se misturando.
Mas todos os lobos são iguais. — Brian está aqui? Ele parecia
prestes a dar um soco na cara de Adam.
— Brian vai superar isso. Você sabe como os garotos são quando
seus horários são alterados.
— Então, o que fez o grande e mau Sr. Kinkade, o que ele propôs
a você? O homem já possui mais que Chicago.
— Não, isso não. Quero dizer, é ótimo o que você está sentindo!
— Bem, você não sai de seu caminho, essa é sua maneira para
evitar essas emoções.
Isso era verdade. Essa coisa toda não faz sentido. Megan foi além
do apoio. Ela sabia o que tinha acontecido comigo quando eu era mais
jovem. Sabia o tipo de abuso que minha mãe colocava para fora. Que foi
por isso que eu mantinha distância de outras pessoas, era uma segunda
natureza, uma defesa. Megan era minha melhor amiga, e ainda assim, ela
nunca fez um movimento para me abraçar, ou chegar muito perto. Gostei
que ela entendesse meus traumas e trabalhasse em torno deles. Mas de
alguma forma, eu sentia falta de sua presença.
— Apenas... O desequilíbrio.
— Então você não quer sentir nada? Com medo de que você
possa o quê? Fazer o que ela fez?
— Eu sei que você não está confortável com tudo isso, mas Kate,
você tem que sentir as coisas e ver onde elas te levam. Não estou dizendo
que um caso de uma noite é a chave. Mas você está começando a lidar com
coisas que você deixou de fora. Deixar as pessoas entrar é uma coisa boa.
— Talvez.
— Ele mapeou o que ele queria, eu disse obrigado, mas não estou
interessada, e nos separamos.
Megan olhou para minha cara soltou um sorriso deslumbrante. —
Só isso?
Eu balancei a cabeça.
Talvez fosse juvenil, mas esse foi o nome que eu tinha dado a
ele, quando eu programei o seu número na noite passada.
Sua voz era áspera e profunda. Mesmo por telefone, ele poderia
me fazer tremer. — Você não desiste facilmente.
— Por quê?
— Zoo hoje? Isso vai ser divertido para vocês dois. — Grace
disse enquanto olhava para o e-mail sobre o balcão. Seu cabelo castanho-
claro estava preso, perfeitamente pressionado e uma calça cáqui. Ela era
dois anos mais nova do que a minha mãe e parecia similar. Grace não tem
que trabalhar, devido ao sucesso do marido no mercado imobiliário. Ela
estava grávida de Simon no verão que eu fui morar com eles. Indo da casa
da minha mãe para a da minha tia deveria ter sido um passo para cima.
Mas, como tudo, ele veio com complicações.
Bile subiu na minha garganta. Tim St. Roy foi casado com a
minha tia, mas eu nunca iria chamá-lo de tio. Havia algo de mal que
espreitava nesse homem. No colégio, logo depois que eu tinha me mudado,
ele chegou em casa bêbado uma noite e ‘acidentalmente’ vagou até meu
quarto. Eu ainda podia sentir o cheiro do whisky em sua respiração e sentir
sua mão suada correr pelas minhas costas.
— Não, maldito.
Ok, então minha entrada dramática não deu certo do jeito que eu
tinha planejado originalmente. Mas eu ainda estava com raiva, então bati
em sua porta e entrei. A respiração momentaneamente me deixou. Ele
estava sentado frio e calmo, atrás de uma grande mesa com a linha do
horizonte de Chicago como pano de fundo, penetrando com a alma
pulsando poder.
Ele me olhou nos olhos. Calor irradiava pelo seu corpo e cercava
o meu. Ele não era um homem, era uma força da natureza. Uma menina
inteligente teria medo, pelo menos seria cautelosa. Mas mais uma vez,
quando vejo este homem, a única coisa que eu sentia era antecipação.
Ele estava deixando claro que meu controle não se aplicava aqui.
Eu estava em seu território. À sua mercê. Sua para fazer o que ele queria.
Ele decidiu como me tratar.
— Você está drogado? Você não pode apenas exigir coisas das
pessoas e esperar que elas façam o que você quer.
— Você me quer.
Eu balancei a cabeça.
— Responda-me.
— Sim.
— Por quê?
— Vermelho?
— Está tensa.
— Eu discordo.
Segurando meu cabelo, ele forçou para que eu pudesse olhar para
ele. Eu senti o seu poder sobre mim. Seu olhar percorreu meu corpo. Ele
podia ver o quanto duro os meus mamilos estavam e os arrepios na minha
pele?
Aceitar.
Pertencer.
Controlar.
Adam Kinkade.
Eu estava com o nível dos olhos no seu pau, ele estava duro e
lutando contra suas calças azuis escuras. Qual seria a sensação dele na
minha mão? Qual seria o gosto? Como se lesse os pensamentos, direto da
minha mente, ele abriu o zíper de suas calças. Meus olhos fixaram-se na
sua ação.
Ele ficou parado. Eu sabia que ele estava esperando para ver se
eu iria dizer. Mas eu não faria isso.
Eu não tinha ideia do que estava fazendo. Indo de nunca ter visto
um pênis, para tocá-lo e muito menos colocar um na minha boca, foi um
grande salto. Mas era o que eu queria. Queria.
— Nós vamos fazer isso Katelyn, mas eu não estou acima para
trabalhar isso.
Ele queria trabalhar para mim? Isso me fez querer alisar. Naquele
momento, eu estava de joelhos, seu domínio me assumindo, mas eu me
sentia mais no controle do que eu tive nos últimos anos. Porque ele me
queria.
Isso era algo diferente. Eu confiava nele para me ler. Ele tinha
feito um bom trabalho até agora, para descobrir os meus pensamentos e
linguagem corporal. O desejo de sugá-lo profundo e difícil aumentou.
Tantas novas emoções que não faziam sentido e que entrou em conflito um
com outro formaram bolhas no meu cérebro.
Ele não disse uma palavra. Em vez disso, ele empurrou seu pau
em minha boca. Eu alegremente aceitei. Ele segurou a parte de trás da
minha cabeça em uma mão e começou a empurrar para dentro e para fora.
A posição que ele tomou foi clara. Ele estava fodendo-me.
— Eu não podia...
Ficou claro que era isso agora. Ele tinha dito que ele não estava
acima de trabalhar para mim. Se eu queria mais dele, ele ia me fazer
trabalhar para ele de volta. Era tudo ou nada.
— E sobre o complexo?
Ele já tinha virado as costas para mim e estava olhando para fora
da janela. — Bom dia, Katelyn.
Ele queria uma resposta. Sim ou não. O que significava que ele
me queria ainda. Ele também deixou claro que eu tinha que dar o próximo
passo. A expressão em seu rosto antes que ele me dispensasse ficou
esculpida em minha memória. Ele parecia quase ferido, como se ele
achasse que eu tinha feito uma escolha ativa para explodi-lo fora, só para
realmente matá-lo mais tarde.
— A que horas?
Não seria a primeira vez que uma festa tivesse acabado tarde e
Brian e Megan tinham dormindo no quarto de hóspedes. Eu, no entanto,
sempre quis voltar para casa, é por isso que odiava não ter meu carro aqui.
Os meus amigos sabiam muito sobre o meu passado, mas ainda me
assustavam as tendências pervertidas do meu tio, para mim.
A campainha tocou.
— Divirta-se. — Sorri para Brian antes de caminhar em direção à
porta de entrada. Abri a grande porta. O ar frio me bateu, mas uma chama
quente explodiu na minha corrente sanguínea.
Meu peito apertou. Não por causa de suas palavras, mas por
causa da maneira como ele disse. Ele falou como se o ar tivesse acabado de
atingir seus pulmões.
Ele beijou minha mão. O gesto era íntimo, como se ele estivesse
me elogiando. Estranho, já que eu estava certa de que Adam Kinkade não
fazia sexo com emoção. Não que nós tivéssemos feito sexo, tecnicamente.
— Adam Kinkade.
— Não.
— Ok, bem, por que você não me conta sobre o seu dia. Você se
divertiu na casa de Gavin?
— Ah, é?
— Promete?
— É claro.
— Está tudo bem. Estou feliz que seja você. — Meus lábios
tremeram ligeiramente. — Eu não queria demorar tanto tempo.
Oh, meu Deus! Ele sorriu! Mais do que eu já tinha visto. Seu
sorriso chegou aos seus olhos e lhe deu um charme pueril. Eu gostei desse
lado dele. O lado humano. O poder e dominação ainda estavam lá, mas
havia algo mais profundo. Muitas crianças que cresceram sendo devolvidas
ao redor do sistema, tiveram problemas com o controle e um senso
distorcido de estabilidade. Não era um mistério que ser um filho adotivo
desempenhou um papel em seu comportamento. Mas havia algo mais. Algo
quase quebrado que parecia estar enterrado dentro dele. Algo que me
chamou atenção. Eu queria cavar esse lado de Adam e agarrar firmemente.
— Não toque nela. Nunca. — A voz de Adam era tão calma que a
ameaça causou arrepios na espinha. Eddie mostrou os dentes e fez um
barulho estranho antes de tomar outro gole de sua bebida e ir embora,
resmungando alguma coisa.
— O que foi isso? — Adam latiu, como se estivesse com raiva de
mim pela abordagem de Eddie.
Lentamente, ele ergueu a mão, seus olhos nos meus. Parecia que
ele estava prestes a fazer mágica ou algo assim. Ele ficou lá por um
momento, o dedo pairando do meu nariz para minha bochecha.
— Às vezes?
A voz de Tim tocou para fora. Ele estava contando uma piada e
todos riram. Eu não queria estar lá, mas eu queria ter certeza que Simon
ficou dormindo, porque sua babá não viria até a manhã. Se ele tivesse outro
sonho ruim, só teria pais bêbados para lidar com eles. Eu daria um pouco
mais de tempo, mas eu precisava de algum espaço da casa.
Olhei para ele. Essa palavra perseguição, ele havia deixado claro
antes, era algo que ele nunca fez.
— Sim, eu acho.
Joguei outro olhar para ele. — Será que você se divertiu esta
noite?
— É um rosto bonito.
Calor correu para o meu rosto. Ele era persuasivo, mas eu não
queria que esta noite, que esta vez com ele, fosse contaminado por
pensamentos do meu passado.
Nós não falamos mais nada. Era como se nós dois estivéssemos
com medo de cavar mais fundo. Eu queria saber tudo sobre Adam Kinkade.
Havia tanto do homem que ninguém parecia saber. No entanto, cada vez
que eu fazia uma pergunta, eu sabia que ele estaria em mim com a sua
própria.
— Sim, eu gostaria.
Debati se devia dizer que era virgem, mas decidi que não. Esta
não foi uma conquista, ou de alguma forma, culpa dele ou minha, o fato é
que não era. Isso ia ser sexo. Funcional. Um meio para um fim. Eu poderia
fazer isso e sair na outra extremidade bem. Então este obstáculo na minha
vida terá sido conquistado e espero ser capaz de lidar com esses tipos de
sentimentos com mais controle.
Bom. O plano era bom e tinha um propósito. Mas isso não seria
doce e gentil, porque no momento em que abrandou, comecei a pensar
demais em como me sentiria quando Adam partisse. Como eu iria lidar
com os se-quando-que, quando desaparecesse completamente da minha
vida. Ele não era o tipo de homem que poderia ser contido em um
relacionamento de longo prazo. As inúmeras fotos dele com mulheres
aleatórias eram um indicador evidente disso.
— Faça uso de suas mãos agora, porque em breve você não será
capaz de fazer.
— Deixe-me ver.
Eu fiz.
E eu tinha pensado que sua boca nos meus seios foi incrível? Isto
foi alucinante. Ele enfiou a língua profundamente. Eu arqueei meus
quadris, buscando mais dele.
Seu peso cima de mim. Músculo duro cercado por pele firme e
macio.
— Pronto?
— Sim.
Eu me senti usada.
Inútil.
Vazia.
A única parte boa sobre essa coisa toda, foi que eu parecia ser
capaz de lidar decentemente com tudo. Quando minha mãe tinha estado
deprimida, ela não saía da cama ou até mesmo ia ao chuveiro.
— Eu odeio ver você assim. Eu o odeio por ter feito isso com
você.
— Ele não fez nada para mim. — Nada que eu não tivesse
permitido. Eu não tinha dito a Megan toda a história, optando por uma vaga
história, Adam e eu tivemos relações sexuais, ele saiu de manhã, e eu não
ouvi falar dele desde então.
— Ele não te ligou no dia seguinte. Que tipo de homem faz isso?
— Você está indo muito bem, Kate. Não deixe que isso a leve de
volta para baixo. Mantenha em cima.
Adam...
Coloquei meu copo agora vazio no bar e sai para frente, onde
Megan tinha dito que estaria.
Eu balancei a cabeça.
— Eu sei.
Ela apertou minha mão. — Vou para casa de Brian e vou ficar
por lá essa noite, por isso não me espere.
Eu queria lutar. Para ser louca e dizer-lhe que ele não tinha poder
sobre mim, mesmo que ele tivesse.
— Como o inferno...
— Você quer conversar, pode falar aqui então? - Ele chegou mais
perto, empurrando toda sua arrogância masculina no meu espaço pessoal.
— Eu posso ver nos seus olhos que tem muito mais que você
quer dizer para mim.
— Água.
— Essas duas coisas estão muito longe do que eu sinto por você.
— Seus olhos perfuraram os meus. — Você está no controle de natalidade?
— O que aconteceu entre nós foi muito mais do que foder. - Sua
respiração se espalhou sobre a minha testa. — E sim, eu corri. Porque eu
não sabia o que diabos você tinha feito para mim.
— Eu fiz para você? — Eu olhei para ele com toda a raiva que eu
sentia. Ele foi o único que me afetou!
— Manipulá-la?
— Isto não é apenas sobre sexo, Adam. Essa proeza com a minha
cara. O que foi isso?
Louca.
— Eu sei. Eu vi isso.
— Você não é nem mesmo a mãe dele, mas você se importa com
ele. Eu sabia o quanto você queria sair daquela casa, mas você não iria sair
até que você estivesse certa de que ele estava dormindo. Você ficou
enquanto sua própria mãe e pai faziam companhia a conhecidos aleatórios
durante toda a noite. Será que sua mãe saberia se algo tivesse acontecido
com ele?
Eu dei de ombros.
Ele sorriu. — Mulher, você não tem ideia do poder que você tem.
— Deus, sim!
— Adam?
Seus olhos estavam abertos, presos nos meus, mas eu não acho
que ele me viu. Suas sobrancelhas franzidas.
Parte de mim estava tão feliz de ouvir que ele não compartilhava
sua cama com uma mulher qualquer. A outra parte estava preocupada com
o que eu tinha acabado de presenciar. Eu sabia por experiência própria que
o que se esconde no meio da noite e na parte de trás de suas memórias mais
escuras, ainda pode nos assombrar.
Meu coração derreteu e ele caiu no meu corpo. Com seus lábios
fundidos aos meus, ele nos trouxe tanto ao clímax, que chegamos a ver o
nascer do sol sobre o centro de Chicago.
Eu sorri e respondi.
— Tudo bem?
— Espere, por que você disse estar arrependida? Você não fez
nada.
— Mas ele está falando comigo hoje, então isso é um bom sinal.
— Talvez.
— Sim.
— Tudo bem.
Capítulo 11
— Oh meu Deus de todas as coisas quentes!
— Isso é demais.
Mexi as mãos.
— Você é uma boa amiga, eu só... Acho que vou deixá-lo solto.
Eu balancei a cabeça.
— Mãos a obra! Isso vai ser divertido. Oh, e nós faremos seus
olhos com sombra negra para um olhar esfumado.
— Você também.
Esta noite seria divertida, disse a mim mesma, esta noite seria
divertida.
Olhei para ele sabendo do que ele estava falando, mas não podia
deixar de provocá-lo.
— Bom saber.
Eu suspirei profundamente.
— Ah, com certeza vou, só não agora o hotel fica à direita da rua,
além disso - lambi meus lábios e enlacei seu olhar. — Eu só precisava tirar
o excesso de meu batom.
Ele franziu a testa e olhou para baixo, bem perto da base, tinha
uma marca de batom vermelho, que cercava a circunferência de seu pênis.
Ele sorriu e olhou para mim quando ele colocou-se novamente
em suas calças.
Fazia sentido que Adam tivesse uma queda por esta organização,
já que ele havia passado por isso, ele mesmo.
— Olá.
— Uma o quê?
— Você sabe, um daquelas vadias que Adam dormiu uma vez e
nunca mais soube sobre ele.
— Nada.
— Então o que é?
Respirou fundo.
Mais uma vez, eu não sabia o que fazer ou como me sentir e, isso
foi me desgastando, toda a minha energia estava sendo consumida apenas
tentando manter o equilíbrio, e tentar ter um relacionamento de qualquer
espécie com Adam, não era como pisar em ovos, era como caminhar sobre
ovos.
— E quanto a você?
— Fazer o quê?
Não era que eu não queria, a última vez que tinha feito, tinha
saído fora toda a minha maquiagem, claro eu provavelmente pareceria um
desastre de trem na parte da manhã, mas assim que fosse para casa a
primeira coisa era o chuveiro.
Ele pegou minha mão eu tremia e não tinha nada a ver com o
frio, e entrei debaixo do chuveiro, com os olhos ainda permanente em mim,
a água caia em torno dele, o homem era um deus, seus olhos ardiam contra
o suave brilho da luz, seu cabelo preto pendurado úmido em torno de sua
testa e orelhas, a pele bronzeada e os músculos do abdômen foram
esculpidas por gotas de água deslizando, para baixo em seu corpo .Seus
ombros relaxaram, e ele foi lavado e eu nunca tinha visto um homem mais
bonito.
Calor irradiava, não era só a água, era ele, quase podia ouvir seu
cérebro correndo, ele obviamente queria saber qual era o meu problema.
Mas ele não falou, em vez disso, derramou shampoo no meu cabelo e
começou a ensaboar, seus dedos trabalharam meu couro cabeludo,
massageado em um estado letárgico. A pressão de seus dedos, seguido da
suavidade de suas unhas, causaram arrepios em toda a minha pele, ele
deixou a água enxaguar a espuma, em seguida correu condicionador através
dos fios.
— Você tem o cabelo mais bonito que eu já vi.
Fechei meus olhos, sabia a imagem que ele estava vendo, minha
pele rosa cheia de cicatrizes, da minha têmpora para o meu queixo até o
meu pescoço, como um caminho.
Ele traçou um dedo ao longo da linha das cicatrizes e eu fechei
minhas pálpebras com mais força, queria que isso acabasse, ele tinha visto
agora, tudo de mim. Cicatrizada e completamente apavorada.
— U... unhas.
Eu balancei a cabeça.
Eu balancei a cabeça
— Você é a única pessoa que chegou tão perto de mim sem ser
violento.
— Eu sei.
Ele fez uma careta como se eu tivesse lhe dado um tapa no rosto.
Ele olhou para minha cara como se ele estivesse olhando uma
Utopia.
— Você está mais perto da minha fraqueza que você pensa.
— Obrigado por ter vindo ficar com Simon hoje. — Tim disse
vasculhando os papéis em sua mesa. — Preciso fechar essa venda e Grace
está fora nas compras, ela vai buscá-lo em cerca de uma hora.
Sua mesa estava entre nós, ele se inclinou para frente com os
dentes cerrados.
— Que diabos você está fazendo com ele afinal? Você percebe
que ele namora modelos, certo? — Tentei não deixar que ele me atingisse.
— O que acha que um cara como ele quer com você?
— Você pensa que Adam está me usando para chegar até você de
alguma forma? Adam não precisa se esconder atrás de ninguém. — Bufei e
me virei para sair.
— Você nem sabe nada sobre ele, o cara é instável, tem grandes
questões malditas.
— Oh? Você sabia que o seu próprio padrasto o chutou para a rua
porque Adam quase o matou?
Kink.
— Bem, olá.
— Bom.
A linha ficou muda e assim fez a minha respiração, o que quer
que estivesse acontecendo não era bom, as palavras de Tim repetindo na
minha cabeça. “Adam Kinkade namora modelos ... O que ele vê em você
...”
— Sente-se.
— Negócios?
Ele olhou para mim, obviamente não ia dizer nada até que eu me
sentasse, então eu fiz, ele se inclinou para frente, todo poderoso e
dominador, me olhando como se eu tivesse apenas insultado a sua avó.
— Sim, é por isso que estou mais orientado do que nunca para
expurgar essa parte de merda da cidade.
Página após página documentando cada vez que eu tinha ido para
o hospital com ferimentos, em seguida havia as fotos...
— Impossível. — Afirmou.
— Sim, eu posso.
— Adam, nunca lhe ocorreu que eu não quero falar sobre isso,
porque não é divertido para mim?
— Eu não sei como você pode cuidar de alguém que fez isso com
você, mas eu com certeza não vou. — Seus olhos eram mais escuros que eu
já tinha visto, sua respiração estava vindo mais rápido, Adam Kinkade
estava irado.
Eu respirei fundo e tentei dar um passo para trás, não estava
acostumada a ser a única a ter calma em uma situação, mas agora parecia
que eu não tinha escolha.
Tudo o que foi trabalhado e para quê? Para mim? À sua maneira
ele estava me protegendo, a tentativa de me salvar de algo que já tinha
acontecido, a raiva crua escoou dele, eu reconheci porque eu havia sentido
durante maioria da minha infância. Mas eu era uma adulta agora e com isso
veio à responsabilidade.
A verdade.
— Depois que sua mãe morreu... Você viveu com ele por dois
anos antes de ir para o orfanato.
— Sim. Eu fiz.
— Adam, nada vai mudar o que sinto por você. — Estendi a mão
para ele, mas ele se afastou.
Ele deixou claro que ele não me quer agora. Talvez nunca mais
depois disso.
Deve ter sido assim que Adam sentiu, quando descobriu sobre
minha mãe, que ela tinha causado toda aquela cicatriz no meu rosto.
Ok, então isso pode ter sido parecido com o que eu estava
pensando.
— Kate, você não é ela. Você não está doente do jeito que ela
está. Sua mãe teve essa doença toda a sua vida. Você é uma mulher de
sangue-frio, inteligente. Você nunca fez mal a ninguém. Você tem que
parar de fugir de si mesma e começar a confiar nisso.
Megan olhou entre nós dois e disse: — Eu estou indo para o meu
quarto.
Ele fechou a porta atrás dele e em duas etapas, com suas pernas
longas, ele quebrou a distância entre nós. Ele passou os braços em volta de
mim e me puxou para ele. Meus pés saíram do chão. Seu casaco de lã fria
fez cócegas em meu nariz quando ele me abraçou apertado.
— Adam?
— Pare.
Por enquanto...
— E eu ganhei a sua?
Ele olhou para mim por um longo tempo. Era uma pergunta
capciosa. Nós dois sabíamos disso.
Ele riu e seus lábios deslizaram nos meus. — Claro que você
quer.
Segurei-lhe o pulso, acalmando seus movimentos e tentando
recuperar o meu foco. — Eu quero dizer, Adam. Eu preciso de você. Todo
você. Dói quando estamos separados. Às vezes eu acho que você me
colocou sob algum tipo de vodu, mas... Eu preciso de você todo de volta.
Sua voz era rouca, mas seus olhos eram claros e brilharam na
escuridão. Eu sentei lá, seu pau quente pressionando contra o meu clitóris.
Eu timidamente deslizei para cima, em seguida, de volta para baixo,
esfregando aquela haste de aço contra o meu ponto mais sensível. Fogo
correu da minha nuca até os dedos dos pés.
Ele apalpou meus quadris, eu moí com mais força contra ele.
Minhas mãos voaram para seu peito. Esses músculos rígidos flexionados
sob minhas mãos, e eu adorava a sensação deste homem poderoso debaixo
de mim. Eu estava tão perto. Fechei os olhos para deixar o orgasmo me
ultrapassar, mas ele me acalmou antes que eu entrasse em erupção.
— Leve-me. — Eu sussurrei.
Ele beijou meu nariz, meu rosto e minhas pálpebras. — Bom dia,
amor.
Claro que ele tem. Aquele lugar era maior do que o meu
apartamento.
— Oh, tudo bem. — Eu não quero que ele vá. Bem, eu nunca
queria que ele fosse. Mas aquela nuvem cinza de dúvidas e insegurança que
pairava sobre mim estava levantando. Todo dia melhorava um pouco.
Minha autoestima estava florescendo e eu tinha que agradecer ao Adam por
isso.
“Eu sempre tenho tempo suficiente para você. Se você vir agora
eu ficaria mais do que feliz em demonstrar meu afeto. Tenho tido o
desejo do mel todo o dia...”
“Você é insaciável.”
“Você fica tão bem sem suas calças e eu quis dizer cada
palavra.”
— Você gostou?
Ele deu de ombros e me beijou. Isso era louco. Ele era louco. E
eu estava rindo como uma tola.
Mas por outro lado, estava realmente animada para cavar e ver
que coisas más que ele tinha comprado. No final, a lingerie seria apreciado
por ele também, né? Eu não podia esperar para brincar e jogar com ele
vestindo apenas que cinta-liga e corpete correspondente.
Ele me levou para uma mesa reservada na seção VIP. Nós fomos
cercados por sombras e cintilações de luz irradiada a partir do teto e
patinava em todo o clube, mantido o tempo com aquela música. O lugar
estava lotado. Embora nós nos sentássemos a uma boa distância da ação da
pista de dança, eu ainda podia ver as pessoas se amassando e seus corpos
juntos a balançar. Alguns movimentos foram mais exóticos do que os
outros.
— Sim. — Eu respirei.
— Sim. — Eu concordei.
— Ei, Adam!
— A... Igualmente.
— Delicioso. — Eu disse.
Nenhuma resposta.
Eu ri. Nosso bate papo sexy fez meu caminho para casa voar. Eu
peguei as chaves da minha bolsa, abri o ferrolho e abri a porta. A casa
estava escura. Ouvi uma maldição. Um homem.
— Megan?
— Megan?
Adam olhou para mim, depois para Megan, então para mim
novamente.
— Obrigada.
— Sim.
— E eu sou mais que feliz quando estou com você. Pare de correr
e arranjar desculpas. Eu quero que você more comigo. Eu não vou deixar
nada acontecer com você.
— Você vai ficar comigo esta noite? Por favor. Minha cabeça
dói. Eu só quero que você se fique perto de mim.
— Eu não sei o que fiz para ela ficar tão zangada. Eu tinha mais
medo quando ela me prendia e cravava as unhas na minha garganta. — Um
soluço quebrou no fundo do meu peito. Eu nunca disse nada disso em voz
alta.
Seu rosto era como uma pedra. — Havia uma coisa preta na
parede.
— Parece que você é a única que joga, e não quer ceder. Eu dei a
você e Megan muito dinheiro.
Ele deu um passo para trás. — Então você não sente nada por
mim?
O calor deixou meu rosto. O que eu sentia por Adam não era
nada, era tudo. Eu não sei se era a dor de cabeça ou o bombardeio de toda
esta nova informação, mas eu estava exasperada.
Brian estavam juntos a muito mais tempo do que Adam e eu, mas ele não
fazia nenhum movimento para levar o seu relacionamento para o próximo
nível.
— Você está bem? - Perguntei.
Eu balancei a cabeça.
Sim, ele tem, mas eu sabia o que ele realmente estava querendo.
Ele queria o controle total. Não mais me ver correr ou questionar. Porém,
entregar-me a ele, exigiria minha alma.
Ele olhava para mim quando desatou a fita. O papel de seda caiu,
deixando um frasco de vidro em suas mãos.
Ele examinou. — Com o que é isso está cheio?
— Abra e descubra.
Ele fez, e quando tirou a tampa completamente, ele tirou uma das
centenas de pequenos corações vermelhos de papel que eu tinha cortado.
— Não diga coisas que você não pode tomar de volta. — Ele
Corri meus dedos por seu cabelo. —Eu quero dizer, Adam. Eu te
amo muito. De uma forma que eu nunca, ou jamais, amei alguém.
Eu sorri para Emma. — Sim. Acho que vamos para algum lugar
chique para jantar. Eu gostaria que você pudesse se juntar a nós.
vocês desta noite e, me tornar Miss Terceira rodada. Além disso, eu vou
levar Adam para almoçar amanhã, para comemorar. — Emma sorriu para
mim como se soubesse de um segredo que eu não estava ciente. — Oooh! -
Ela gritou, e apontou para os manequins, do outro lado da rua. — Esse é o
vestido que você tem que vestir esta noite!
Adam para comprar o que você quiser. E... — Ela procurou em sua bolsa e
tirou um cartão American Express preto. — Ele me deu o seu cartão de
crédito.
— Porque, pela primeira vez, Adam não está andando por ai, com
a sombra da desgraça atrás dele, e é por sua causa. Você mudou ... ele..
— Seja o que for, você pode me dizer, Meg. — Fiz um gesto para
— Não era um ladrão. Era o Tim. Ele veio porque ele disse que
queria falar sobre o que tinha acontecido entre nós. Primeiro ele disse que
queria deixar Grace para ficar comigo. Eu disse a ele que o beijo foi um
erro, que eu não queria que ele deixasse sua esposa e que eu não tinha
sentimentos por ele. Aí toda a sua atitude mudou. Ele começou a gritar
comigo. Disse que, se eu tivesse mantido o meu namorado satisfeito, em
primeiro lugar, ele não teria que foder a mulher de outro homem. —
Megan estava tremendo. — Então, quando Tim ouviu você entrar pela
porta, ele se assustou e correu.
— Oh, Deus, Meg. Eu sinto muito que ele disse isso. Ele é um
idiota. — Eu sabia como ela se sentia por ser manipulado por Tim. Ele era
um homem miserável, vicioso, que queria arrastar todos para baixo com
ele. Abracei Megan apertado. Apenas pensar em Tim me enojava. Sabendo
que ele tinha tocado minha melhor amiga, uma das mais bonitas, a pessoa
mais doce do mundo, me enojava mais ainda. Ele havia se aproveitado
dela, bêbada e chateada. Então, ele tinha aparecido e a fez sofrer mais
ainda, em sua própria casa.
Eu balancei a cabeça.
Filho? Olhei para Adam. Seu rosto estava trancado em gelo. Ele
não se mexeu. Não falou. Era como se tivesse sido atingido por uma arma
choque.
— Desculpe-me, mocinha?
Sua mandíbula se apertou com tanta força que eu pensei que ele
iria quebrar seus dentes. Ele não se moveu, mas, finalmente, o seu olhar
desbloqueou de seu transe e focou no meu rosto.
Medo.
Eu nunca tinha sentido isso com Adam antes.
Eu não iria afastá-lo. Não iria deixá-lo. O que quer que seus
demônios fossem, eu estaria certamente ao seu lado lutando contra eles.
Agarrei-o, esperando que ele pudesse sentir o meu amor e que eu estava lá.
Isso seria para eu tirar sua dor se pudesse.
Ele não cedeu. Ele continuou. Os sons que vinham com ele eram
mais parecidos com os de um animal do que de um homem. Cada vez mais
difícil, até que finalmente ele chegou. Ele gemeu como se tivesse lhe
causado dor.
Uma vez que chegamos voltado para casa, ele foi para seu
escritório e eu sabia que ele precisava de um tempo sozinho. Então eu dei a
ele. Eu tinha tomado um banho e tentei envolver o meu cérebro em torno
do que tinha acontecido. Eu sabia como eram as dores profundas do
passado. Como ela subia em você e sufocava qualquer raio de luz que você
tinha.
— Adam?
— Eu sei que é difícil para você, mas você não tem que enfrentar
isso sozinho. Podemos lidar com isso. Juntos. Se você precisar de mais
tempo, tudo bem, mas eu vou estar aqui, sempre, até você estiver pronto.
Ele deu outro passo. — Você deveria estar com medo de mim.
Ele estava bem na minha frente e olhou para minha cara. Seus
olhos se moveram do meu rosto para o meu pescoço, seguindo a linha de
cicatrizes que eu sabia que ele não podia ver, mas estavam todas lá. Nojo
apertou seu rosto como se ele tivesse chupado um limão.
— Sim, eu estou melhor. Pensei que você fosse ficar essa noite na
casa de Adam!
— V... você está bem? Você não parece chateada. — Disse eu,
tentando manter o tremor fora da minha voz.
— Não, Tim mencionou algo sobre ele ficar com a sua mãe por
alguns dias.
Isso foi bom. Tim era uma pobre desculpa para um ser humano,
mas sua mãe era uma senhora simpática. Para Simon seria bom ficar com
ela por um tempo até que esta confusão estivesse resolvida.
— Ok. — Eu sussurrei.
— Você não pode entrar aqui. Esta é a minha casa. V... Você me
disse para te deixar... Você não pode tirar isso de mim, também.
Fiz uma careta para ele com meus olhos crus. — Não. Eu não
estou bem. O que você está fazendo comigo? Você me jogou para fora da
sua casa, apenas para que você possa me perseguir na minha? — Eu
balancei a cabeça, as lágrimas começam a cair novamente. — Eu nunca vou
ter paz de você, eu vou?
Ele olhou para mim, uma carranca intensa dobrando sua
sobrancelha. — Não, você não vai. Porque eu nunca vou deixar você, e eu
nunca vou deixar você me deixar.
Sua voz soava tão longe. A única coisa que eu podia focar era a
pulsação lenta nos meus ouvidos. Com cada respiração, meu corpo ficou
mais fraco. Adam era a minha droga, e embora ele estivesse bem na minha
frente, eu sabia que eu deveria fugir ou sofrer a retirada. E seria doloroso.
Ele respirou fundo e deu vários passos para trás. — Eu sei que as
palavras não são suficientes. Eu teria chegado aqui mais cedo, mas eu tive
que acordar e perseguir o meu psiquiatra para conseguir isso, antes de
aparecer aqui. — Adam tirou um envelope de dentro do casaco de lã e me
entregou.
— Oh, Adam.
Fim
Trilogia Shattered
Joya Ryan