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Centro cirúrgico

Bariátrico
CAROLYNE MATTOS
MIQUEIAS SANTANA
Bariátrica
A cirurgia bariátrica é um procedimento indicado para tratar
casos de obesidade grave*. Ela ficou conhecida como
“redução do estômago” porque muda a forma original do órgão
e reduz sua capacidade de receber alimentos, dificultando a
absorção de um número exagerado de calorias.
*A obesidade é o excesso de gordura no corpo, em quantidade
que provoque prejuízos à saúde. É uma enfermidade com
variadas causas, dentre elas:

– ingestão excessiva de alimentos;


– falta de atividade física;
– tendência genética;
– problemas hormonais.
Uma pessoa não operada tem espaço para consumir
aproximadamente de 1 litro a 1,5 litro de alimentos. Já um
estômago pós-bariátrica tem capacidade para 25 ml a 200 ml
(equivalente a um copo americano). A cirurgia afeta ainda a
produção do hormônio da saciedade, o que diminui a vontade
de comer, mas a redução da capacidade é a principal
responsável pelo emagrecimento.

A cirurgia bariátrica é recomendada para indivíduos obesos


com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 40, por
exemplo, uma pessoa de 1,70 metro e 116 quilos ou pessoas
que tenham IMC acima de 35, por exemplo, uma pessoa de
1,70 metro e 102 quilos que tenha doenças associadas, como
diabetes, colesterol alto, hipertensão, hérnia de disco,
esteatose hepática (gordura no fígado), entre outras.
Atualmente, as técnicas mais utilizadas são:

– Sleeve ou manga: é o método que retira parte do estômago sem alterar o intestino.
Normalmente é recomendada para pacientes que apresentem um quadro menos grave de
obesidade.

– Método de bypass: nesse método o estômago é reduzido com cortes ou grampos e é


feita uma alteração no intestino para reconectá-lo à parte do estômago que irá permanecer
funcional.

No Brasil, o método de bypass é realizado em 70% das cirurgias, sendo o mais praticado
no Sistema Único de Saúde (SUS).
A bariátrica costuma ser um procedimento seguro, mas é preciso seguir os
cuidados pós-cirurgia para evitar complicações e efeitos colaterais.

O que interfere mais no pós-cirúrgico é o modo como a cirurgia é realizada, que


pode ser de duas formas:

– laparoscopia: por meio de um pequeno orifício no abdômen;


– aberta: através de um corte de 30 centímetros.

No pré-operatório, o paciente deve realizar uma série de exames, como


endoscopia digestiva, ultrassom abdominal e exames laboratoriais, além de
passar em consulta com os profissionais obrigatórios: cirurgião, cardiologista,
endocrinologista, psicólogo, nutricionista e fisioterapeuta.
By-pass gástrico
Qual a origem?
Em 1966, o cirurgião EDWARD E. MASON, da
Universidade de Iowa, desenvolveu o bypass gástrico. O
médico utilizou grampos cirúrgicos para criar uma partição
entre o estômago superior, de forma a reduzir a ingestão
de alimentos. A nova técnica iniciou uma nova fase da
CIRURGIA DA BARIÁTRICA. Em 1982, EDWARD E.
MASON foi o primeiro a utilizar o plano vertical para a
redução da cavidade gástrica. Foi proposta uma banda de
reforço na abertura distal da nova cavidade, com o objetivo
de evitar o seu alargamento e a dilatação da cavidade.
Essa técnica passou a ser conhecida como gastroplastia
vertical com bandagem. Nos últimos anos, foi proposto o
uso de um anel de contenção, para diminuir a velocidade
de esvaziamento gástrico. Alguns estudos mostraram que a
perda de peso obtida ao longo de períodos maiores que
dois anos foi insatisfatória.
O que é a Cirurgia Bariátrica Video-laparoscópia?

A cirurgia bariátrica videolaparoscópica é um procedimento


minimamente invasivo, não existindo a necessidade de grandes
cortes no paciente.

Ela é realizada utilizando um aparelho chamado laparoscópio. Nele,


existe uma microcâmera, que é inserida dentro do paciente e
permite ao médico visualizar todas as suas ações.
As imagens da câmera são transmitidas para uma televisão ou um
um monitor cirúrgico.
O processo da cirurgia é simples. São feitos pequenos furos de 0,5
a 1,2 cm, cada um, para a introdução dos instrumentos cirúrgicos.
São necessários objetos para realizar o corte, pinças, além de uma
fonte de luz para observar o interior do organismo.
O que é a Cirurgia Bariátrica Video-laparoscópia?

As cicatrizes geralmente são bem pequenas, medindo menos de 3 cm. Por isso a
recuperação da cirurgia bariátrica por videolaparoscopia é mais rápida.

Após a cirurgia, o paciente geralmente fica internado por 2 dias.

Em procedimentos convencionais, no caso as cirurgias abertas, o cirurgião chega


a realizar um corte de 10 a 20 cm e o pós-operatório é mais demorado.
Como funciona o método by-pass gástrico
Existem dois tipos de técnicas bariátricas:

Restritivas: baseia-se na diminuição do reservatório gástrico, levando a uma saciedade mais


rapidamente. Exemplos são a banda gástrica ajustável, balão gástrico e Sleeve (gastroplastia vertical
em “manga”)
‍Mistas: disabsortivas (menor caminho pelo intestino delgado, absorvendo menos os nutrientes) +
restritivas.
Predominantemente disabsortivas: exclusão de grande parte da alça intestinal. Estão caindo em desuso,
pois podem levar a alto grau de desnutrição. Exemplos: Scopinaro e Duodenal Switch.
Predominantemente restritiva: exclui pequena porção do intestino delgado, e o estômago, que possui
geralmente volume de 1000 ml (podendo aumentar durante ingesta), é diminuído para cerca de 15-20
ml, aproximadamente meia xícara.
O Bypass é uma técnica mista predominantemente restritiva, que é realizada por meio do
grampeamento cirúrgico da pequena curvatura do estômago, em que uma nova bolsa estomacal
(“pouch”) é formada e posteriormente anastomosada ao jejuno.

Bypass gástrico em Y de Roux


Cesar Roux foi o cirurgião pioneiro nessa técnica, em que se cria o desvio do estômago para a alça
jejunal, deixando um formato parecido com a letra Y
Como é montada uma sala cirúrgica
A montagem da sala cirúrgica inclui ainda a
disponibilização de insumos básicos como luvas
estéreis, luvas de procedimentos, agulhas, seringas,
equipos, escovas para degermação, micropore e
esparadrapo, soluções antissépticas, soros, fios
cirúrgicos, manopla, cubas, recipientes para
anatomopatológico, compressas estéreis, lap. e aventais
estéreis e instrumentais e dispositivos médicos
específicos de acordo com cada cirurgia (exemplo: caixa
básica, sondas e drenos, lâminas de bisturi, caixa de
instrumentais de acordo com a especialidade médica,
etc).Outros itens na montagem da sala cirúrgica são a
verificação e inspeção dos materiais e instrumentais
como: data de validade, integridade de embalagem e
indicadores de esterilização
Estrutura física da sala de cirurgia

Paredes:

• cantos arredondadas;

• revestimento de material resistente;

• superfície lisa e lavável.

Piso:

• resistente ao uso de água e desinfetantes.

• Não poroso e de superfície lisa e de fácil


limpeza
Estrutura física da sala de cirurgia
Ventilação

Ar como via de transmissão de bactérias e fonte de contaminação


Fonte de microrganismos: pessoas na sala cirúrgica

• Gotículas de ar expirado

• Descamação de cels. Da pele

• Partículas transportadas nos sapatos

• Função de exaustão: remoção de odores, calor e gases anestésicos


voláteis

• Controle bacteriológico

• Filtragem do ar:

• Retirar e impedir entrada de partículas contaminantes

• Troca de ar a cada 10-20 x / hora


Estrutura física da sala de cirurgia

ILUMINAÇÃO

• A iluminação artificial da sala de cirurgia é feita por


intermédio da

luz geral de teto, com lâmpada fluorescente e luz direta.


Equipamentos de uma sala de operação
Equipamentos de uma sala de operação
1. Equipamentos fixos: • Aspirador de secreções;

• Foco central; • Foco auxiliar; Equipe que atua no cc

• Negatoscópio; • Banco giratório; • Equipe cirúrgica;


• Balde inoxidável com rodízio;
• Sistema de canalização de ar e gases; • Anestesia;
• Suportes: de braço, hamper
• Suporte de soro fixo; • Equipe de enfermagem;
• Escada de dois degraus;
• Ar condicionados • Equipe de higiene,
2. Equipamentos móveis: • Aparelhos monitores;
• Equipe Administrativa.
• Mesa cirúrgica e acessórios; • Carro ou mesa para material estéreis;

• Aparelho de anestesia; • Equipamentos utilizados para ajuda no


posicionamento do
• Mesas auxiliares;
paciente: coxins de espuma ou areia de
• Bisturi elétrico; diferentes tamanhos e talas.
Instrumentais cirúrgicos by-pass

Clipador
O CLIPADOR é um aplicador de
clipes endoscópico, no
procedimento de cirurgias. Suas
partes fixas e móveis são
produzidas e metal de grande
resistência (aço inoxidável 304 e
420 BC) e com dimensional
controlado, o que minimiza o atrito,
garantindo precisão e mantendo-se
a robustez por toda sua vida útil.
Instrumentais cirúrgicos by-pass

Tesoura laparoscopia
A tesoura laparoscópica monopolar
indiana Ace destina-se à utilização
em procedimentos laparoscópicos
envolvendo corte e coagulação.
Instrumentais cirúrgicos by-pass

Pinça maryland
A Pinça Maryland de Dissecção é
um instrumento cirúrgico manual.
Possui boca de 5 mm de largura e
comprimento total de 36 cm. É uma
pinça sem cremalheira, ou seja, não
possui dentes que permitem o
travamento da abertura.
Instrumentais cirúrgicos by-pass

Aspirador
Os aspiradores cirúrgicos são
equipamentos destinados à
execução de drenagens ou à
aspiração de secreções e
substâncias líquidas do organismo
do paciente. A utilização do
aspirador cirúrgico se dá em
centros cirúrgicos, Unidades de
Terapia Intensiva (UTI’s), clínicas e
ambulatórios
Instrumentais cirúrgicos by-pass

Trocatter 10mm
Indicado para a punção da parede
abdominal, sua finalidade é
estabelecer o acesso cirúrgico
(porta de entrada) para a inserção
de outros instrumentos cirúrgicos
em cirurgias minimamente
invasivas.
Instrumentais cirúrgicos by-pass

Agulha de veress
A Agulha de Veress SMART tem
como finalidade estabelecer
pneumoperitônio em procedimentos
laparoscópicos.
Muito obrigado
Pela atenção e paciência.

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