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REDUÇÃO DE CUSTOS

INTRODUÇÃO

No atual mundo globalizado, de abertura de mercado, das quedas de barreiras alfandegárias e da


formação de blocos econômicos, aliados à lei da oferta e da procura, da livre iniciativa e da
economia perfeita, a competitividade dos produtos fica mais do que nunca atrelada ao seu custo
final. Daí a enorme importância de se investir em programas voltados a reduzir os custos de
produção.
As organizações precisam encarar os novos tempos e a nova realidade na disputa com os
concorrentes, adequando seu perfil às exigências atuais dos consumidores.
1.    História
    A contabilidade de custos surgiu junto com a Revolução Industrial, como tentativa de se
elaborar um inventário disponível em um determinado período operacional, no qual se procurava
identificar o valor dos produtos fabricados e vendidos. Naquela época as empresas apresentavam
processos de produção muito semelhantes aos processos artesanais, e compunham sua matriz de
custos basicamente com matérias-primas e mão-de-obra, que eram sem dúvida os mais relevantes.
    Os novos custos apareceram, com o desenvolvimento, e o emprego cada vez mais intensivo das
máquinas no processo de produção, tornando-se bem mais complexos os métodos para medi-los.
A complexidade desses métodos contábeis, capazes de solucionar cada vez com mais rapidez os
custos de fabricação, foi que deu origem à contabilidade de custos.
    Desde a Revolução Industrial, a contabilidade de custos sofreu uma evolução considerável,
devido à necessidade de realinhamento de seus objetivos e à expansão do campo de atuação.
    A partir da I Guerra Mundial, com o incremento do processo produtivo, e o conseqüente
aumento da concorrência entre empresas e a escassez de recursos, surgiu a necessidade de
aperfeiçoar os mecanismos de planejamento e controle das empresas. Nesse sentido, as
informações de custos, desde que devidamente apresentadas em relatórios, seriam um grande
subsídio para o controle e planejamento empresarial. Diante de tal fato, a contabilidade de custos
tornou-se um grande sistema de informações gerenciais.
    É importante ressaltar a colaboração dada pelos sistemas de processamento eletrônico de dados
à contabilidade de custos, pois estes permitiram fazer apurações com uma velocidade altíssima e
sem margem de erro, aumentando a confiabilidade dos resultados obtidos.
2. Conceito
        A partir dessa pesquisa, tivemos ciência de que não existe um conceito universal para a
palavra custo. Ainda sim,  conforme alguns autores, podemos dizer que custo é o valor de bens e
serviços consumidos na produção de outros bens ou serviços.
        Reduzir custos, passa a ser de extrema importância dentro de uma organização, onde este
deve acontecer, não somente em crises emergenciais, mas sim os programas de redução de custos
devem tornar-se parte da empresa, sendo avaliado e monitorado frequentemente.

2.    Programas de Redução de Custos


Segundo teóricos, uma empresa pode conseguir vantagem competitiva sustentável por meio de
custos ou diferenciação. Porém, mesmo quando a opção é a diferenciação, os custos não podem
ser esquecidos.
A implantação de redução de custos pode ser feita de duas maneiras: espontânea e compulsória.

2.1 Espontânea
Visa manter ou conseguir uma vantagem competitiva. Não é necessário nenhum sinal de crise
atingir a empresa.
    2.2 Compulsória
    Geralmente é implantada diante de uma crise financeira e seu foco é a sobrevivência da
empresa.
    Neste caso, quando se fala em redução de custos, a primeira opção a ser tomada, geralmente é a
demissão de colaboradores. O que nem sempre é viável, pois algumas vezes a ação adotada em
uma redução não resolve o problema, apenas o acoberta. Cedo ou tarde, os problemas aparecem
em proporções maiores. O segredo é “saber fazer” e não simplesmente “fazer”.

3.    Fatores que aumentam a competitividade via redução de custos


A visualização de novas estratégias que visam reduzir custos se dá através das variáveis que direta
ou indiretamente influenciam na produção, sendo assim possível, a empresa criar seu diferencial
agregando valor ao seu produto.
Vários fatores podem resultar em aumento de competitividade via redução de custos. Entre eles
destacam-se:
a)    Poder de barganha: Representa a capacidade da empresa em negociar preços e condições com
seus fornecedores. É preciso contar com várias opções, para não ficar dependente de apenas um
ou dois, tanto em função de preços e condições de pagamento como em função de prazos de
entrega e pontualidade. O surgimento de novas empresas do ramo e as vantagens que elas
poderiam oferecer, também não deve ser ignorado. Porém, não se devem realizar negócios antes
de uma avaliação prévia de qualidade e compatibilidade dos produtos oferecidos;

b)    Aplicação de tecnologia avançada: Significa manter seus equipamentos com o que há de
melhor no mercado e, contando com bens de capital de alto nível, aumentar sua produção com
qualidade e menor emprego de mão-de-obra, ou seja, “produzir mais com menos”. O ganho em
escala sobre os custos fixos se farão sentir rapidamente no custo final do produto;

c)    Acesso às matérias-primas: Deve ser descomplicado e sem grandes burocracias, o que pode
resultar em uma boa redução de despesas com logística e transporte;

d)     Aquisição de insumos: Para  as empresas que operam em larga escala as maiores compras de
insumos sempre significam preços melhores que os conseguidos pelos concorrentes mais
modestos. Porém, todas as empresas são beneficiadas quando mantém seus estoques em níveis
que garantam a produção por um bom período. Ao se definir os níveis ideais desses estoques bem
como os de suas reposições, não se deve subestimar a possibilidade da obsolescência ou
degeneração das matérias-primas ou da própria queda da demanda. Nem se pode superestimar a
capacidade financeira da empresa em arcar com os compromissos assumidos com reposições de
estoque. Definir os níveis máximos de seus estoques usando como base as vendas futuras já
contratadas é uma boa idéia;

e)    Recursos Humanos: Investir na concessão de benefícios e em cursos de especialização é uma


garantia de maior satisfação profissional e de  mais motivação aos seus colaboradores. Tudo isso
resultando em ganhos significativos para  empresa, com aumento de produtividade e redução dos
custos com uma menor rotatividade.

4.    Sustentabilidade e redução de custo


O foco atual da maioria das empresas é desenvolver uma cadeia de
fornecimento sustentável que seja suficientemente robusta para manter-se por
conta própria e melhorar de fato o meio ambiente  e também  principalmente
sobre redução de custos através da redução de resíduos, venda de
componentes recicláveis e reaproveitamento subprodutos, como a borracha ou
plástico para criar um novo produto. Para uma empresa grande, isso pode
significar milhões de dólares em economias anuais. O entendimento de que
quaisquer custos oriundos dessa aplicação e das mudanças para o novo
conceito de sustentabilidade são, na verdade, investimentos em lucratividade e
em redução de custos operacionais futuros. Pois, arrumando a própria casa é
que o empresário começará a notar que seus gastos com a manutenção e a
operação da empresa e das rotinas diárias de operação baixarão sensivelmente
e esta economia, obviamente, se reverterá em aumento dos lucros e dos
dividendos gerados por sua empresa. A realidade que move as empresas que
querem saber como aplicar a sustentabilidade internamente é muito simples: A
empresa que não se adequar à nova realidade e as exigências de um mercado
cada vez mais ativista e inquisidor; estará fora do mercado e será devorada pela
concorrência. Sustentabilidade também é uma grande fonte de inovação e
redução de custos porque inspira as pessoas a fazerem muito mais e melhor
com menos. Hoje e no futuro.
5.    Ecoeficiência
A ecoeficiência é alcançada mediante o fornecimento de bens e serviços a
preços competitivos que satisfaçam  as necessidades  humanas e tragam
qualidade de vida, ao mesmo tempo em que reduz progressivamente o impacto
ambiental e o consumo de recursos ao longo do ciclo de vida, a um  nível, no
mínimo, equivalente à capacidade de sustentação estimada da Terra. Um
sistema ecoeficiente é aquele que consegue produzir mais e melhor, otimizando
a utilização de recursos e gerando menores quantidades de resíduos,
respeitando o trabalhador e a comunidade onde as atividades de inserem.

Princípios da Ecoeficiência:
- redução da quantidade de material utilizado nos bens e serviços;                       - redução da
intensidade de energia utilizada nos bens e serviços;                       - redução da dispersão de
material tóxico;                                                              - apoio à
reciclagem;                                                                                             - - maximização do uso
sustentável dos recursos naturais;                                           - extensão da durabilidade dos
produtos;                                                                                 - aumento do nível de bens e
serviços.                                                                             
    A ecoeficiência baseia-se na idéia de que a redução de materiais e energia por unidade de
produto ou serviço aumenta a competitividade da empresa, ao mesmo tempo em que reduz as
pressões sobre o meio ambiente, seja como fonte de recurso, seja como depósito de resíduos. Isto
significa que as empresas podem melhorar seu desempenho econômico e ambiental através da
redução da entrada de materiais, água e energia, por unidade de produção. O uso mais racional dos
recursos produtivos impacta a competitividade,criando, na prática, a conciliação entre a
preservação ambiental e a atividade econômica.

Os benefícios da ecoeficiência são:


a) redução de custos pela otimização do uso de materiais e energia, processos mais eficientes e
redução da disposição de resíduos.
b) produtos desenvolvidos através de processos inovadores e criativos;
c) abertura de novos mercados;
d) melhoria da imagem da organização e/ou marca;
e) incremento da fidelidade de clientes;
f) atração de financiamento e investimento, particularmente de instituições conscientes.
g) melhoria do nível de motivação dos empregados;
h) redução de riscos;
i) melhoria das comunicações internas e externas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
        Nos atuais cenários emergidos pela competitividade devido a globalização, é importantíssimo
total controle sobre custos empresariais, focando na satisfação dos clientes e alta qualidade nos
produtos e/ou serviços.
        Os programas de redução de custos precisam ser mais estratégicos, melhor divulgados aos
funcionários da empresa, monitorados e mensurados, além de sempre apoiados pelos níveis
hierárquicos mais altos.
        Não basta discutir apenas redução de custos e aplicar programas sem saber de onde se vem e
onde se quer chegar com isso.
        O princípio da economia nos diz que sempre é necessário gastar menos e ganhar mais, sendo
o primeiro passo da produtividade.
        Rever ou reduzir custos passa a ser primordial, uma vez que o mercado se tornou muito ágil e
mutável, e as empresas que não souber acompanhar tal cenário, darão lugar a empresas mais
modernas e vencedoras.
        Um ditado muito comum entre os empresários de sucesso: “Custos são como unhas,
precisamos cortá-las toda semana”.

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