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All content following this page was uploaded by Marly Monteiro de Carvalho on 26 October 2016.
INOVAÇÃO
Estratégias e comunidades de conhecimento
São Paulo
Editora Atlas S.A. – 2009
Bibliografia.
ISBN 978-85-224-5443-3
09-00662 CDU-658.001
Prefácio, ix
1 Inovação: conceitos, 1
1.1 Introdução, 1
1.2 O conceito de inovação, 2
1.3 Tipologias de inovação, 5
1.3.1 O grau de novidade da inovação, 6
1.3.2 Novo para quem?, 14
1.4 Inovação-aberta (open innovation) versus inovação-fechada
(close innovation), 18
Questões para discussão, 24
Este livro chega num momento oportuno, especial, por que passa o setor
de inovação no Brasil, dada a importância e valorização que esta disciplina tem
despertado entre os acadêmicos, managers e practicioners em competitividade
sustentável das organizações.
A obra, além de contemplar temas relevantes com clareza, método e
profundidade, tem na originalidade sua característica mais marcante. Com
base em um levantamento teórico considerável, em que os principais autores,
especializados no assunto, foram visitados, construiu-se um modelo singular
baseado em três construtos, devidamente explorado: estratégia, localidade e
cooperação. O resultado foi uma surpreendente visão da capacidade inovadora
de duas localidades – São Carlos e Campinas – selecionadas para formarem a
amostra de estudo deste livro.
Foi possível, assim, constituir um profícuo e agregado trabalho de pesquisa
que mostrou a importância da inovação como elemento indutor da competitivi-
dade das organizações de bases tecnológicas. Como conclusão, merece destaque
a confirmação de que a amostra foi constituída por empresas inovadoras, que
adotam mecanismos de cooperação, mas que a localidade no caso, ainda, gera
poucas externalidades.
Para se chegar até aqui, um longo trabalho de pesquisa foi elaborado – não
poderia ser diferente!
A autora, pesquisadora notória com ampla participação na comunidade
científica do país, tem construído uma carreira sólida na Universidade de São
a) O que é inovação?
b) Quais as principais tipologias de inovação?
c) O que é inovação-aberta (open innovation)?
1.1 Introdução
perceber a diversidade rica e complexa que compõe nosso mundo, que é tão
difícil de ser decifrada.
Entender esse mundo de diversidades tornou-se um fator de extrema im-
portância para a inovação. Johansson (2006) argumenta que a criatividade
resulta da interação entre culturas e disciplinas distintas, que, ao se intercep-
tarem, geram ideias inovadoras, ao que chamou de efeito Medici, em alusão a
um período muito rico para as artes e ciência na Florença da era Medici. Nesse
período, poetas, pintores, cientistas e filósofos de diversas partes do mundo
conviviam em Florença, criando um ambiente de diversidade em que o cho-
que de culturas e de multidisciplinaridade gerou uma espiral de inovação. De
Masi (2003) também comenta esse período e destaca que, para construir um
ambiente inovador, não basta ter a capacidade de produzir gênios, mas ter a
capacidade de atraí-los.
Prahalad (2002) argumenta que no mundo atual vivemos sob a égide dos
países desenvolvidos, aplicando modelos preconcebidos, e perdendo a riqueza
e a diversidade que residem na base da pirâmide. É preciso beber dessa fonte
de inovação.
O Brasil, junto com países como Rússia, Índia, China e África do Sul (South
Africa), grupo chamado de BRICS, pode ajudar a trazer um novo olhar para a
diversidade e riqueza que representam os países da base da pirâmide e cons-
truir inovação a partir de novos paradigmas.
Ao longo deste livro, vamos discutir conceitos que suportam a inovação e
apresentar casos que nos ajudem a refletir sobre as escolhas de paradigmas de
inovação que assumimos, por vezes sem questionar. É preciso inovar também
o processo de inovação.
Começamos neste capítulo com uma discussão do conceito de inovação e
suas várias facetas.
# de
Descrição Autores
tipos
Discussão:
• Utilizando as tipologias discutidas nessa seção, classifique as inova-
ções apresentadas neste boxe.
• Pense em alguns produtos de consumo que estão sendo introduzi-
dos no mercado e que podem mudar drasticamente os hábitos de
consumo atuais. Elenque as dificuldades que serão enfrentadas por
esse produto para a criação de um novo mercado.
Inovação
Não
inovação
Máxima Intermediária Mínima
Produto
Tecnologicamente
Processo de produção
novo
Processo de entrega
Inovação
TPP
Produto
Significativamente
aprimorado Processo de produção
tecnologicamente
Processo de entrega
Nenhuma
mudança
Não é significativa sem
Produto
inovação novidade ou
outras melhorias
criativas
Processo de produção
Processo de entrega
Puramente
organizacional
Vale destacar que nessa versão ainda não eram consideradas as inovações de
marketing e organizacionais. Além disso, posteriormente, foram incluídos três
conceitos para a originalidade das inovações: nova para o mercado, nova para
o mundo e inovações capazes de provocar rupturas (OECD, 1999, p. 24).
Similar preocupação apresentam Griffin e Page (1996) ao estruturar uma
matriz que relaciona o tipo de desenvolvimento com a grau de novidade, para
a empresa e para o mercado, como ilustra a Figura 1.2.
melhorias em acréscimo à
produtos linha existente
reduções
baixa de custos reposicionamento
baixa alta
Complexidade
Arranjo
Inovação Inovação
de mercado de mercado Sistema
radical incremental
Montagem
Inédito Plataforma Derivativo Tecnologia
Urgência
No caso 1.2, “O novo cartão postal de São Paulo: a Ponte Estaiada Oc-
tavio Frias de Oliveira”, procura-se discutir a tênue fronteira entre o que é e
o que não é inovação. Quantas vezes você já ouviu a frase “tudo o que podia
ser inventado já o foi”; uma das pessoas que curiosamente disse essa frase foi
Charles H. Duell, em 1899, nada menos que o encarregado do escritório de
patente dos EUA.
de 10 cm, o que demanda grande precisão, pois as hastes não podem se to-
car, e a estrutura está sujeita à ação do vento, à variação de temperatura e
a um fluxo de 4 mil veículos por hora em cada pista.
Outros aspectos também tornaram a execução da obra bastante com-
plexa. A ponte está localizada na marginal do rio Pinheiros, uma das prin-
cipais vias da cidade de São Paulo, cujo trânsito já é caótico, mesmo sem
obras. Além disso, estão situadas na região uma das linhas de trem da Com-
panhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), uma linha de transmissão
de energia elétrica e uma rede de tubulações da Empresa Metropolitana de
Água e Energia, que abastecem uma parcela significativa da cidade. Outro
conflito ocorrido foi com os moradores das favelas da av. Jornalista Roberto
Marinho, que precisaram ser removidos.
Portanto, não é difícil abstrair a dificuldade de gerenciar essa obra, na
qual circularam em momentos de pico aproximadamente 700 trabalhadores.
Fonte: Adaptado de Almeida (2008); Folha de S. Paulo (2008); Valor (2008); Walther
et al. (1999); Wikipédia (2008).
Discussão:
Fronteira da
empresa
O mercado
Projetos de
pesquisa
Pesquisa Desenvolvimento
Pode-se observar na Figura 1.4 que todo o ciclo de inovação ocorre dentro
das fronteiras da organização.
A inovação-fechada funcionou para muitas empresas líderes em inovação,
mas no final do século XX alguns indícios de mudança de paradigma da ino-
vação-fechada para a inovação-aberta começaram a aparecer.
Além dessas bases, a Google está com uma versão beta de busca de pa-
tentes que pode ser acessada no seguinte endereço: <http://www.google.
com/patents>.
Fronteira
da empresa
Novo
mercado
O mercado
Projetos de atual
pesquisa
Pesquisa Desenvolvimento
Inovação-fechada Inovação-aberta
Para lucrar com P&D, devemos conceber, P&D externo pode criar o valor significativo;
desenvolver e comercializar. P&D interno é necessário para reivindicar
alguma parcela desse valor.
Se criamos mais e melhores ideias do que Se fizermos o melhor uso de ideias externas e
outros competidores na indústria, nós internas, nós venceremos.
venceremos.
Para Chesbrough (2002), alguns casos são paradigmáticos destes dois tipos
de inovação. A inovação-fechada pode ser exemplificada pela empresa Xerox
Compania
Nodal
Comunidade de
consumidores
1. Defina inovação.
2. Qual é a distinção entre invenção e inovação?
3. Quais são as tipologias segundo o grau de novidade?
4. Apresente exemplos de inovação utilizando o modelo do diamante de
Shenhar et al. (2005) e desenhe o diagrama.
2.1 Introdução
Capital (pré-1900)
“incorporação de produção passadas”
Capital Humano
(SCHULTZ, 1961; BECKER, 1962)
“incorporação de recursos de pessoas”
Capital Social
(BOURDIEU, 1980; COLEMAN, 1988; BURT, 1992)
“incorporação de recursos de transações”
O conceito de valor deriva desse conjunto das atividades, que são inde-
pendentes, mas conectadas, configurando uma cadeia de valor (value chain),
que é composta de dois grupos: atividade-meio e atividade-fim. As ativida-
des-meio, ou suporte, são a infraestrutura empresarial, o gerenciamento de
recursos humanos, o desenvolvimento de tecnologias e a aquisição de insumos.
Já as atividades-fim ou primárias ligadas ao fluxo de produtos são a logística
interna, as operações, a logística externa, o marketing e vendas e, finalmente,
a prestação de serviços, conforme a Figura 2.2.
Atividades- Infraestrutura
meio empresarial
Gerenciamento de
recursos humanos
Desenvolvimento
de tecnologias
Aquisição de
insumos
Atividades-fim Margem
Toda indústria
Região de risco
Segmento particular
Enfoque
Diferenciação Custo
Vantagem competitiva
ção Posição
ncia
ere única
dif
Prêmio de preço
Preço
Preço
Empresa
Microsoft’s OS MySpace
Google YouTube
Captação de valor
Ecossistema
comunidade de
consumidores
competências
incluindo
Rede de
Rede de
experiências
Experiência
personalizada
Locus da competência
expandida
Empresa
Rede de
suprimento
Experiência
Integração integrada
de sistemas
Cadeia de
A empresa e
sua base de
suprimento
suprimento
Locus da inovação
emergentes
Otimizar a execução
Incremental
Fechada Aberta
troca de arquivos, bem como dispor de uma vasta gama de softwares, o que
os faz gravitar em torno da arquitetura predominante.
É natural que esse movimento competitivo tenha alterado toda a cadeia
de valor dessa indústria. A geração de valor concentrou-se no desenvolvi-
mento e produção dos processadores e do sistema operacional, na produ-
ção de equipamentos para fabricação de memórias DRAM (Dynamic Ran-
dom Acess Memory) e nos produtores de cabeças de leitura e gravação dos
hard disks (ver Figura 2.8).
IBM
PC Designer Compaq
Celestica
Montadoras/CEM Solectron
Sistema
Processador DRAMs Disk Drives
operacional
Samsung Quantum
Intel Micron Technology
Microsoft... AMD...
Cabeças e
Equipamentos
discos
Applied
material
Discussão:
o
çã os
Aumento de
n iza óci
rentabilidade ga eg
Or ltin
u
m
Start-up
Novo modelo VALOR PERÍMETRO
de negócios
ESTRATÉGIA
Vantagem Alargamento do
competitiva escopo estratégico
IMITAÇÃO
(+)
Retardatário Líder
Forçado a se Visionário
Pressão para inovar
Seguidor Apostador
Adota com impacto Oportunista, convive
comprovado e baixo e ocupa posições
investimento
(–)
Estratégia do Estratégia do
oceano vermelho oceano azul
Custo
Oceano
azul
Valor para o
comprador
Primazia implícita das atividades primárias sob Atividades de suporte têm mais importância,
as atividades de suporte. agregando valor diretamente via criatividade
humana.
Reflete prioridades de investimento de capital Recursos humanos são mais importantes que
em plantas e equipamentos. capital.
1. Organizações de pesquisas
internas e externas geram
uma variedade de opções
tecnológicas
2. O time de integração
investiga, seleciona e refina
as opções, fazendo uso de 3. O time trabalha com o
grande aparato pessoal de desenvolvimento
experimental e fornecedores para
completar a geração de um
produto ou processo
D
D
D
D
Produto
P1 P2 P3 P4
Tecnologia 1, T1
T6
T5
T2
T4
T7
T3
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9
Clientes
produtos finais
(end product)
unidades
de negócio
produtos essenciais
(core product)
competências essenciais
(core competencies)
a) O que é co-opetição?
b) Quais são as forças que regem a cooperação?
c) O que é governança e quais são as principais estruturas de governaça?
d) Qual o relacionamento entre cooperação e confiança?
e) Quais as principais tipologias de redes de cooperação?
3.1 Introdução
Fraco Forte
Desenvolvimento
Forma de governança
Produção Comercialização
Tipo de Coordenação
Inovação-inventor + 0 –
Inovação-laboratório – 0 +
Inovação-rede – + 0
Companhia
nodal
Comunidade de
consumidores
Fornecedores
Consumidor
individual
Discussão:
Tipo de Inovação
Autônoma Sistêmica
Existem
no Aliança com
Virtual
mercado cautela
Capacidades
Precisam
ser Aliança ou Bring in-house
desenvolvidas bring in-house
Incerteza
tecnológica
REDES Propensão
ao risco
Direitos de
propriedade Apropriação
intelectual incerta
garantidos
Aversão
ao risco
Produto padronizado
e tecnologia estável
dos ativos-chave, que agregam valor, podendo ou não haver uma empresa-líder
(CARVALHO et al., 2003).
Storper e Harrison (1991) propõem uma tipologia de rede com base no
grau de coordenação e tipo de governança entre os agentes. Em um conti-
nuum que vai da ausência de hierarquia à hierarquia plena emergem quatro
diferentes estruturas.
Em um extremo está a rede sem assimetrias (all ring – no core), cuja es-
trutura configura-se em uma relação entre iguais e sem qualquer espécie de
hierarquia (governança) entre os agentes.
Um dos tipos intermediários é a rede levemente assimétrica com empresa
coordenadora (core-ring with coordinating firm), cuja estrutura apresenta al-
gum grau de hierarquia, com leve assimetria entre os agentes participantes do
sistema, devido a certa influência sistemática de uma empresa coordenadora,
porém limitada e não determinante da sobrevivência das empresas participantes
do sistema. Os limites da empresa coordenadora residem na sua incapacida-
de de realizar as atividades que são realizadas pelos demais participantes do
sistema.
O segundo tipo intermediário é a rede assimétrica com empresa-líder (core-
ring with lead firm), cuja estrutura apresenta forte hierarquização, com assi-
metrias entre a empresa-líder e os demais agentes. Nesta estrutura, as ações
das outras empresas do sistema dependem das estratégias da líder, tendo sua
sobrevivência condicionada a ela.
No outro extremo, está a rede hierárquica (all core), em que a governança
é assumida por uma grande empresa verticalizada, quase não configurando
uma rede de empresas.
Comunidades do tipo 2:
Existentes entre a
organização e outras
empresas
Fora da organização
Compartilhando Articulando
e criando conhecimento
conhecimento tácito tácito por
por experiência espiral diálogo e
direta Tácito
Tácito reflexão
1 andando em
volta dentro 5 articulando
da companhia Socialização Externalização conhecimento
2 andando em tácito
volta fora da ambiente 6 traduzindo
companhia conhecimento
I
Explícito
ambiente
3 acumulando I tácito
conhecimentos I
Tácito
tácitos I I I
Grupo
Compartilhando
4 transferência I e criando
de I
conhecimento
conhecimento tácito
tácito
Internalização Combinação por experiência
direta
Tácito
Explícito
Aprendendo O
e adquirindo ambiente 7 reunindo e
G
novos G integrando
conhecimentos conhecimento
G G
tácitos na I Org explícito
prática 8 transferindo e
ambiente G difundindo
10 representando conhecimento
conhecimento explícito
explícito por 9 editando
ação e prática Explícito Explícito conhecimento
11 usando explícito
simulação e I = Indivíduo G = Grupo O = Organização
experimentos
Kadama (2002) sugere que para gerar inovação e criar valor através de
comunidades do conhecimento é preciso percorrer várias vezes o ciclo composto
por compartilhamento, inspiração, criação e acumulação, que se repete suces-
sivas vezes sempre evoluindo para um estágio amplificado de conhecimento,
por isso conduzindo a representação em espiral. No entanto, para amplificar
o conhecimento, a comunidade precisa gerar competências que são galgadas
em três degraus: compartilhamento, criação e renovação (ver Figura 3.6).
Realizações do negócio
Modo de
criação
I Compartilhamento II Inspiração
Ligação
interativa Modo de
IV Acúmulo III Criação compartilhamento
Criaç ão
Avanço das competências
Inovação no conhecimento da comunidade da comunidade
criativa
Redes
Forma de Aprendizado evolucionárias
adaptativa
Redes
retráteis
– reversíveis
estática
Redes
estacionárias
Frequência da interação
4.1 Introdução
lização dos mercados globais, não pode obliterar a necessidade de uma visão
estratégica de desenvolvimento local e de obtenção de vantagens competitivas,
não só no âmbito das empresas, mas também sistêmicas.
A proximidade geográfica aparece como indutor de externalidades por
aglomeração desde os estudos pioneiros de Marshall em 1920 que analisavam
os distritos industriais formados no final do século XIX (MARSHALL, 1984). No
entanto, no final do século XX, o tema assumiu lugar de destaque na literatura
devido ao sucesso competitivo de alguns países ou regiões, que não poderia
ser explicado apenas pela trajetória de desenvolvimento moldada pelas insti-
tuições públicas, que coordenam atores econômicos locais ou pela análise das
dimensões macroeconômicas. Vários autores destacaram a importância dos
relacionamentos inter e intrafirmas, coordenados por agentes privados, como
parâmetros essenciais para equacionar os determinantes locais da competitivi-
dade (Porter, 1998; Porter; Stern, 2001; Segenberger; Pyke, 1990;
Williamson, 1985).
Dada a complexidade deste fenômeno e o caráter multidisciplinar do tema,
ao longo dos anos o fenômeno da aglomeração tem despertado o interesse de
diversas áreas do conhecimento, como a geografia econômica, o desenvolvi-
mento regional, a estratégia competitiva e também a área de gestão da inova-
ção, entre outras. Como resultado desta diversidade de abordagens, existem
diferentes denominações e definições para esse fenômeno, tais como cluster,
aglomerados, sistemas/arranjos produtivos locais, entre outros.
Por outro lado, quando o foco é a concentração de empresas inovadoras, as
denominações mais utilizadas são clusters de alta tecnologia ou base tecnológica
ou ainda baseado em conhecimento, meios inovadores, além de haver sobrepo-
sição de conceitos com parques e pólos tecnológicos. Esse tipo de concentração
foi fundamental no desenvolvimento econômico das nações mais competitivas
(Porter, 1998; Porter; Stern, 2001). É notória a contribuição à economia
norte-americana das pequenas empresas inovadoras da Rota 128 e do Vale do
Silício. Bollinger et al. (1983) também destacam o efeito positivo deste tipo
de empresa na economia, em especial na inovação e na empregabilidade. Por
outro lado, pesquisadores como Porter e Stern (2001) ressaltam a dificuldade
que alguns países e regiões têm para inovar, como a América Latina e, em
especial o Brasil, que estão aquém do seu potencial de produção de inovações
tecnológicas, comparando-se com outros países em desenvolvimento da Ásia. Os
autores destacam que enquanto a taxa de crescimento do número de patentes
no Brasil cresceu apenas 2,62 comparando-se as décadas de 70 e 90, países
Forma de Inovações
Tipos de Principais
integração na institucionais e
indústrias líderes
cadeia organizacionais
indústria
Comercial
competitivo
escopo
geografia Regional
Interna de
empresa
segmento
Universidade Virtual
Orientação sobre
Assessoria na
disponibilidade e Orientação e
Acompanhamento busca de novas
formas de acesso Assessoria subsidio a serviços
Empresa gerencial por tecnologias e
aos recursos das jurídica de consultorias
consultores informações
entidades de em gestão
técnicas
fomento
Apoio e Cursos,
Cursos, seminários Acesso a
informações para seminários e Promoção
e treinamentos laboratórios e
Empresa a participação em treinamentos de encontros
de capacitação pesquisadores da
congressos, feiras de capacitação empresariais
gerencial universidade local
e eventos tecnológica
Discussão:
Norte:
• 4% das incubadoras 1
• 2% dos parques
3 4 2 5
1 3 3
Nordeste:
5 1
5 • 17% das incubadoras
12
10
• 14% dos parques
1
4
1 3 1
1 11
6
DE
1 6
5
26 9
5
Centro-oeste: 9
• 8% das incubadoras
62 4 27 5 Sudeste:
• 2% dos parques
• 35% das incubadoras
24 4 • 43% dos parques
17 4
Legenda: 82 8 Sul:
• 36% das incubadoras
• incubadoras
• 38% dos parques
• parques
5.1 Introdução
Contexto
macroeconômico e legal
Capacidade das
empresas e redes
Outros Sistema
organismos de
Clusters
de pesquisa
industriais
C&T
de inovação
Sistemas regionais
Instituições
de suporte
Sistema nacional
Condições de mercado de inovação Condições de mercado
Produtos Fatores
Capacidade inovadora
nacional
DESEMPENHO DO PAÍS
(Crescimento, geração de
empregos, competitividade)
4/5/2009 08:31:34
Sistemas de inovação 109
inovação. Além disso, Carlsson et al. (2002) argumentam ainda que as fronteiras
nacionais não estabelecem necessariamente um limite a esses sistemas.
Portanto, nas abordagens de sistemas tecnológicos, devido à sua complexi-
dade inerente, é necessária uma adequada definição do recorte metodológico
e da fronteira de análise. Estes autores propõem quatro premissas básicas:
CONDIÇÕES ESTRUTURAIS
As condições gerais e as instituições que estabelecem
a gama de oportunidades para inovação
FATORES DE TRANSFERÊNCIA
Fatores humanos, sociais e culturais que
influenciam a transferência de informações
às empresas e o aprendizado por elas
DÍNAMO DA INOVAÇÃO
Fatores dinâmicos que conformam
a inovação nas empresas
Ambiente Externo
governo
TRIÂNGULO
DE SÁBATO
infraestrutura
estrutura
científica e
produtiva
tecnológica
Legenda:
Intrarrelações
Inter-relações
Extrarrelações
Estado
Estado
Universidade Estado
Indústria Universidade
Indústria
Sofisticação
tecnológica
cumulativa
Capital humano e
recursos financeiros Qualidade
para a atividade das
de P&D conexões
Contexto de estratégia
e rivalidade
Comprometimento
Fatores (inputs) Condições
de recursos e de demanda
condicionais
políticas
adequadas
Indústria de suporte
Discussão:
P P P
3 3 3
Pesquisa A
C 4 C 4 C 4 Conhecimento
D 1 1 1
2 2 2
Mercado Invenção e/ou Projeto Revisão do Lançamento
potencial concepção de detalhado e projeto e no mercado e
projeto básico teste produção distribuição
Vale ainda destacar as setas (A) e (D) da Figura 5.6. A seta (A) pode re-
presentar tanto a utilização de inovações da empresa no âmbito da Pesquisa,
como, por exemplo, a utilização de máquinas e instrumentos nos laboratórios
de pesquisa; quanto à implementação de políticas de Pesquisa com vistas a
suprir demandas dos mercados ou, em um sentido mais amplo, da sociedade.
Já a seta D representa a Pesquisa como indutor do processo de inovação, ali-
mentando desde os estágios iniciais na concepção do novo conceito.
Em síntese, observa-se que a inovação, nesse modelo, é um caminho de
mão dupla e pode ser fomentado tanto no âmbito da empresa como da pes-
quisa, em diferentes fases do processo. Também não há uma hierarquia entre
o âmbito da Pesquisa como gerador de inovação, pois ela pode ser também
alavancada pela empresa e mercado.
Dessa forma, o modelo traduz o pensamento de vários autores, que en-
xergam a inovação como um processo interativo e multidirecional, como já
foi discutido no Capítulo 3.
Eij
Ei•
QLij = = Quociente locacional do setor i na região j
E•j
E••
O Manual de Oslo (OECD, 1997) enfatiza que existem duas famílias básicas
de indicadores: recursos dedicados a P&D e estatísticas de patentes.
Entretanto, existem alguns problemas envolvidos no uso de patentes. Pavitt
(1988) destaca a dificuldade de mapear as atividades de software utilizando
patentes como indicador. Já Carlsson et al. (2002) alertam que o sistema de
classificação de patente americano, por exemplo, não está estruturado sempre
em torno das áreas específicas do conhecimento, sendo frequentes as classes
baseadas funcionalmente. Os autores citam exemplos das classes de patente
forno elétrico e equipamento médico, que podem incluir produtos baseados em
tecnologias muito diferentes. Corrobora desta visão Rickne (2001), que no caso
dos biomateriais não encontrou nenhuma classe de patente específica.
Holmén e Jacobsson (1998) advertem para outro aspecto interessante: a
detenção de patente não necessariamente reflete conhecimento profundo em
um particular campo do conhecimento. Estes autores fazem distinção entre
firmas que aplicam a tecnologia e aquelas que desenvolvem a tecnologia. Além
disso, os autores argumentam que as patentes refletem o conhecimento para
desenvolver uma tecnologia em particular, por exemplo, a tecnologia de micro-
onda, que pode ser encontrada em muitas classes de patente. Pavitt (1998)
argumenta ainda que a propensão a patentes varia de firma para firma.
Rickne (2001) destaca que os problemas com as medidas são grandes,
sobretudo quando o objeto de estudo é um grupo de tecnologias novas e ba-
seadas em ciência, como biomateriais, estudado pelo autor, que é classificado
como um subconjunto do campo da biomedicina. O autor sugere um conjunto
de medidas, que devem ser utilizadas de forma combinada, conforme ilustra
o Quadro 5.1.
Porter e Stern (2001) também propõem indicadores para cada um dos ma-
croelementos do modelo de capacidade inovadora nacional. Para o macroelemento
infraestrutura para a inovação, os indicadores utilizados são: o número de cientis-
tas e engenheiros empregados, os gastos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D),
a porcentagem do PIB destinada ao ensino superior, a eficácia da proteção ao
capital intelectual e a abertura da economia ao comércio internacional. Contudo,
os indicadores do macroelemento de formação de cluster e qualidade dos relacio-
namentos são mais difíceis de medir, recorrendo-se a indicadores indiretos. Para
formação de cluster, os indicadores utilizados são: a parcela dos gastos em P&D
financiada pelo setor privado e o grau de especialização tecnológica. Finalmente,
o terceiro macroelemento qualidade dos relacionamentos os autores sugerem a
utilização de indicadores indiretos, como a parcela dos gastos em P&D utilizada
em universidades e redes de capital de risco (venture capital).
6,7 artigos
por patente
EUA
Taiwan Japão Suécia Suíça
Finlândia
Alemanha Israel
No patentes por milhões de habitantes
Hungria
África do Sul Chipre Estônia
Malásia Costa Rica República Tcheca
Argentina Croácia Grécia
Arábia
Venezuela
1 Saudita São Paulo Rússia Portugal
México Chile
República Panamá Brasil Jamaica Eslováquia
Dominicana Letônia
Ucrânia
6.1 Introdução
• Fluxo informal de
informações técnico-
científicas
• Presença de mercados
financeiros com cultura
em avaliação de negócios
Fatores de sucesso
tecnológicos
• Poder de compra
do governo e grandes
empresas
Ausência de mecanismos
de estabilidade de
emprego
Fonte: Elaborado com base em SEBRAE/MG (1997); Bollinger; Utterback (1983); Torko-
mia (1992); Carvalho et al. (2000).
Centros de capacitação
Faixa de pessoal ocupado
Empresas de consultoria
Concorrentes
Fornecedores
Clientes
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
inovadora, é preciso ter esse intento, é preciso buscar formas de gerar vanta-
gem competitiva, quer pelo caminho da inovação aberta ou fechada, mas é
preciso navegar nos oceanos azuis e competir pelo futuro. Para se aprofundar
no assunto, retorne ao Capítulo 2.
ade Inovadora
cid Lo
apa ca
C
l
Estratégia
Co
nc
ão
en
aç
tr
aç
er
ão
op
Co
(a, a, a)
(C)
Concentração (Cp)
Cooperação
(C)
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Discussão:
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Nome:
CPF: Sexo: Masc. Fem.
Data de Nascimento: Est. Civil: Solteiro Casado
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