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BOATOS E FILMES ALIMENTAM EXPECTATIVAS DO FIM DOMUNDO em 2012

Na internet os boatos mais recentes do fim do mundo entrelaçam uma complexa trama de supostas provas e
evidências que levam a crer que o fim dos tempos será no dia 21 de dezembro de 2012 , que corresponde ao
o fim do calendário Maia.

A civilização pré-colombiana surgiu no México há mais de três mil anos, e é conhecida por suas habilidades
astronômicas, incluindo a divisão do calendário em 365 dias e a previsão de eventos como eclipses.

Uma das casuas dessa destruição prevista nos atuais boatos espalhados na internet seria Nibiru, também
chamado de Planeta X, um corpo celeste que teria sido descoberto pelos sumérios. O impacto com a Terra
seria precisamente na data em que o calendário Maia termina– e o fato estaria sido mantido em segredo pelo
governo.

Uma outra causa é a que é relatada no filme “2012- o ano da profecia” a de Roland Emmerich, que já havia
espalhado sofrimento pela Terra na forma de alienígenas e geleiras em “Independence Day” e “O Dia Depois
de Amanhã”. No novo filme, um alinhamento entre o Sol e o centro da galáxia levaria a nossa estrela a
entrar em furiosa atividade, liberarando enormes quantidades de uma elusiva partícula atômica chamada
neutrino.

Muitas pessoas estão entrando em pânico e na internet Muitos sites estão vendendo livros e fitas sobre
Nibiru ou mesmo kits "de sobrevivência

De alguma forma, os neutrinos se transmutariam em outras partículas e aqueceriam o núcleo da Terra. A


crosta do planeta perderia então sua rigidez e começaria a desmoronar. Los Angeles seria tragada pelo
oceano. O supervulcão caldeira sob o parque de Yellowstone (EUA) explodiria, cobrindo o continente norte-
americano de cinzas negras. Ondas gigantescas engoliriam até o Himalaia, onde os governantes do planeta
construíram secretamente uma frota de arcas para 400 mil pessoas escolhidas para sobreviver ao cataclisma.

O Los Angeles Times de 16 de outubro também realizou um relatório sobre a fraude de


2012. Reporter John Johnson cita Ed Krupp, diretor de Griffith de Los Angeles
Observatory, em sua reportagem de capa na edição de novembro da Sky & Telescope
desmascaramento de 2012 previsões. Johnson também contactou a Sony Pictures sobre o
Instituto para os falsos Continuidade. Um porta-voz, Steve Elzer, lhe disse: "Nós
acreditamos que os consumidores entendam que a publicidade está a promover um filme de
ficção".

David Morrison
NAI Senior Scientist
19 de outubro de 2009
rrecadando impressionantes US$ 225 milhões pelo mundo. Isso faz dele a quinta melhor abertura de
um longa-metragem de todos os tempos. Se for considerar que ele não é uma sequência, isso o
coloca no primeiro lugar do ranking.

Esse povo da América Central acreditava em ciclos recorrentes de criação e destruição


e pensavam em termos de eras que duravam cerca de 1.040 anos. Para eles, nós
estamos vivendo na quarta era do sol - sendo que, antes da criação do homem
moderno, existiram três eras anteriores, destruídas por grandes cataclismas. A
primeira era teria sido destruída pela água, depois de chover sem parar, coincidindo
com o mito do dilúvio. O segundo mundo teria sido destruído pelo vento e o terceiro
pelo fogo. O quarto mundo, o que nós vivemos hoje, de acordo com as profecias do
rei-profeta Maia Pacal Votan, será destruído pela fome, depois de uma chuva de
sangue e fogo. Talvez não por acaso, a tumba desse rei, encontrada em 1952, fique
em uma das mais belas e importantes ruínas desta civilização: a cidade de Palenque,
localizada justamente em Chiapas, estado onde os descendentes dos Maias formaram
o EZLN (Exército Zapatista de Libertação Nacional) e se insurgiram, em 1994, depois
de séculos de humilhação e pobreza.

Segundo a cronologia Maia, a era atual começou em 10 de agosto de 3113 a . C., data
que marca o Nascimento de Vênus, e deve terminar em 21 de dezembro de 2012,
quando esta estrela "morrerá" simbolicamente, ou melhor, segundo o Skiglobe
(programa de computador que indica o movimento astronômico), desaparecerá por
traz do horizonte ocidental, no mesmo instante em que as Plêiades nascerão a leste.

Importante dentro do calendário Maia, essa data fechará um ciclo de cerca de 5.125
anos e dá pano para manga de inúmeros prognósticos. Os adeptos das visões mais
catastróficas acham que essa data marcará o fim do mundo, o juízo final e coisas afins.
Outros, como o jornalista e crítico de arte Alberto Beuttenmüller, consideram que essa
data marcará o fim de um tipo de mundo, o que por definição pode ser várias coisas: o
fim da hegemonia dos Estados Unidos, o fim do trabalho como nós conhecemos hoje, o
fim do dinheiro, e até mesmo catástrofres naturais. "O tempo dos Maias não era
imediatista. As transformações não vão acontecer de uma hora para outra. Elas já vêm
acontecendo desde 1988", diz Beuttenmüller, autor de A Serpente Emplumada, da
editora Ground, segundo romance de uma trilogia dedicada às profecias Maias. Para
ele, a queda abrupta do regime soviético, em 1989, pode ser resultado desse
fenômeno. "Depois de tantas batalhas, o comunismo acabou quase que por decreto.
Para impor aquele governo, mataram tanto e, de repente, parece que decidiram
simplesmente parar de brincar de comunismo", diz.

Beutenmüller compartilha da hipótese de Maurice M. Cotterell - um dos autores do


livro As Profecias Maias, da Editora Nova Era - de que todo esse processo que, para ele
terá seu ápice em 2013, será provocado pelo sol.

INFLUENCIA DO SOL

De fato, sabemos que a vida na Terra depende da luz solar, mas o sol transmite para
cá muito mais do que luz. Ele irradia também raios cósmicos através do espectro
eletromagnético. Estes potentes raios têm o poder de transformar átomos e poderiam
matar toda a vida na terra, se não existisse um escudo protetor na atmosfera.
Embora, apesar dos rombos na camada de ozônio, eles ainda não destruam, esses
raios provocam reações nucleares na atmosfera. Eles transformam os átomos de
nitrogênio que a compõem, em uma forma mais pesada de carbono, cujo peso fica 14
(C14), ao invés dos 12 (C 12) normais. Embora comporte-se como o carbono comum,
que existe em profusão na atmosfera e é importante para a vida, o C 14 é radioativo.
Em alguns momentos de alta atividade solar, que geram muitas manchas no sol, essa
radiação solar diminui. Em outros, onde há menos atividade do sol, e menos manchas,
essa irradiação solar aumenta. Ao determinar a regularidade dos ciclos de
aparecimento e desaparecimento de manchas, Cotterell deu-se conta de que todos os
momentos de apogeu de alguma grande civilização coincidiram com o aumento de
atividades das manchas solares, e o declínio, com uma inversão solar.

Desta maneira, o declínio da Civilização Maia, cujas belas cidades foram


inexplicavelmente abandonadas no século IX, poderia ter alguma vinculação com o
fato de que o campo magnético solar e as manchas solares se inverteram exatamente
nesta época. O fenômeno provocou infertilidade e mutações genéticas na Terra e teve
efeitos mais severos nas regiões equatoriais. Segundo Beutenmüller, um dos filhos do
rei-profeta Pacal, dono da famosa tumba encontrada em Palenque, nasceu com seis
dedos em cada mão.

INFLUENCIA NA FERTILIDADE

Os Maias adoravam o sol como deus da fertilidade. Segundo Maurice Cotterell, há


várias evidências de que o sistema endócrino das mulheres privadas de sol durante
grandes períodos sofrem grandes alterações, afetando severamente a produção de
estrogênio e progesterona, hormônios vinculados à fertilidade e à menstruação, e a
produção de melatonina, o hormônio da "sincronização", vinculado ao biorritmo

Provando essa teoria, há um artigo publicado na revista New Scientist, em junho de


1989, sobre a dependência endócrina em função da radiação solar. Stefania Follini,
uma projetista de interiores, passou quatro meses em uma caverna no Novo México.
Seu dia tinha a duração de 35 horas, intercalado com períodos de sono de
aproximadamente dez horas. Ela perdeu 7, 7 kg e houve interrupção de seu ciclo
menstrual. Follini também pensou ter passado somente dois, e não quatro meses,
dentro da caverna.

Além das deformações genéticas e da alteração na fertilidade feminina, as atividades


das manchas solares também podem ter causado uma pequena era glacial que
provocou uma grande seca na região dos Maias, ocasionada pela redução do volume
de água evaporada dos mares.

Uma das provas de que os Maias sabiam dessas alterações na irradiação solar é o
calendário sagrado Maia, de 260 dias, cujo fim de ciclo se relaciona exatamente com a
superposição dos campos solar e equatorial do sol.

Além disso, cálculos demonstram que o ciclo de manchas solares é de 68.302 dias, e
que após 20 ciclos (20 x 68.302= 1.366.040 dias) o campo magnético da lâmina
neutra solar se inclina. A Terra tenta alinhar seu eixo magnético com o do sol e
também se inclina - o que pode causar catástrofes de dimensões gigantescas no nosso
planeta.

Ernst Förstemann, funcionário da biblioteca de Dresden (Alemanha) que em 1880


estudou um dos códices Maias guardados nesta biblioteca - o Dresden Codex - achava
que a cadeia de dias organizada pelo calendário sagrado não correspondia a nenhum
ritmo celeste - embora também lhe chamasse atenção o número 1.366.560 e a
chamada "data de nascimento de Vênus", então fixada em 10 de agosto de 3113 a. C..
Cotterell, no entanto, observou que contando o número 1.366.560 a partir do início do
calendário Maia, chegaremos perto do ano de 627 - segundo ele, o centro exato do
desvio magnético solar e período de baixa atividade das manchas solares, que teria
causado o declínio Maia. Esse estudioso concluiu que o planeta Vênus deve ter sido
monitorado justamente para auxiliar o acompanhamento dos ciclos de manchas
solares, porque esperavam a reversão após 20 ciclos, como de fato aconteceu, embora
com uma certa diferença de dias: 1.366.040 é o cálculo científico e 1.366.560 o cálculo
dos Maias, feito a partir do acompanhamento da trajetória do planeta Vênus. Essa
mudança de direção do campo magnético solar, que acontece cinco vezes em cada
ciclo cósmico, é o que, para muitos, abalará o eixo da Terra, que ficará sujeita a
terremotos, enchentes, incêndios e erupções vulcânicas. O próximo fim de ciclo
ocorrerá em 2012, quando começará o quinto mundo, considerado muito perigoso
pelos Maias. Na realidade, esse ciclo já começou em 1988, considerado por Argüelles o
primeiro ano da profecia. A partir de 2012 essa profecia ficará mais intensa, mais
eficaz. Mas não precisamos necessariamente embarcar nas previsões de Cotterell, que
acha que a humanidade não escapará de enfrentar enormes cataclismas. Para o físico
Stephen Hawking, a humanidade é a responsável - e não irá cumprir mais mil anos se
o planeta continuar aquecendo como vem ocorrendo.

Com catástrofes ou não, começamos a entender que a chamada adoração ao Sol, tal
como é atribuída aos antigos Maias, era, na realidade, o reconhecimento de que o Sol
transmitia a eles muito mais do que luz e calor.

Mudança de calendário

Professor de estética e história da arte, o norte-americano José Argüelles passou a


infância no México, e desde muito jovem foi atraído ao estudo da cultura Maia, mais
precisamente de seu calendário sagrado, o Tzolkin.

Para ele, o ano de 2012 não será assim tão sombrio. Em seu livro O Fator Maia, da
Editora Cultrix, Argüelles explica que chegamos agora ao último ciclo de ativação
galáctica, que na matemática perfeita dos Maias irá de 1992 a 2012, ano que assinala
para a humanidade o início de um período de regeneração, com o surgimento de
tecnologias não-materialistas e ecologicamente harmônicas.

A partir de seus estudos, Argüelles propõe que a humanidade comece a agir em


sincronia com o centro da nossa galáxia, trocando o calendário gregoriano pelo
calendário das 13 luas. Sua proposta de calendário é inspirado no calendário solar
Maia, o Haab. Com 365 e mais cinco dias aziagos, o Haag é o calendário mais próximo
do nosso ano solar moderno de 365,25 dias.
O Haab compreendia dois períodos distintos:
O Tun = 360 dias divididos em 18 meses de 20 dias
O Xma Kaba Kin = 5 dias (considerados azarados)

Atualmente, no calendário gregoriano, temos que acrescentar um dia no mês de


fevereiro a cada quatro anos para mantermos nossos registros de tempo conforme o
período solar. Os "anos bissextos" compensam as discrepâncias anuais de 4 x 0,25,
acumuladas entre cada ajuste "bissexto". Não se tem notícia que tal compensação
tenha sido efetuada pelos Maias. Argüelles também propõe que as pessoas passem a
adotar um calendário lunar, composto por 13 meses de 28 dias cada. Esse calendário
formará um ano de 364 dias. Para completar 365, Argüelles propõe que exista um dia
"0", sem nome ou data, que seria dedicado à meditação. A premissa para a proposta
do Calendário das 13 Luas é que, na visão de Argüelles, o calendário gregoriano
constitui uma freqüência de tempo artificial que seria a responsável pela alienação do
homem da natureza e pela criação de uma civilização materialista dominada pelo
dinheiro e pelas máquinas. Para ele, a mudança de calendário redirecionará a
humanidade para a freqüência de tempo da natureza, que é representada pelo
biologicamente preciso calendário de 28 dias e 13 luas. De fato, a proposta dele é
adequada ao ciclo lunar, pois cada ano solar possui 13 luas, cujo ciclo dura em média
28 dias. Além disso, ao contrário da crença corrente, uma mulher não fica grávida por
nove meses e sim por nove luas.

A proposta de Argüelles também tem um sentido profético. Ele acredita que só


mudando nosso calendário é que nós conseguiremos parar as atrocidades morais e o
abuso do meio ambiente que hoje em dia vem sendo cometido em nome do
desenvolvimento econômico. Empenhado em fazer com que o mundo adote seu
calendário de 13 luas, Argüelles e a mulher, Lloydine, já chegaram até a visitar o Papa
João Paulo II e o então secretário-geral da ONU, Boutros Boutros-Ghali, com essa
proposta. Para eles, a mudança de calendário trará um período de paz e a harmonia
para planeta. "Nós não podemos realmente esperar ter um novo milênio sem ter um
novo tempo, e nós não podemos ter um novo tempo a não ser que tenhamos um novo
calendário", diz Argüelles.

Resposta:

As crenças apocalípticas de tradição judeu-cristã, explica Aveni, se situam nesta última, já que respondem a
um conceito linear do tempo.

Por outro lado, os maias concebiam o tempo em grandes ciclos que terminam e iniciam com mudanças
significativas nos períodos de transição.

Vem daí o temor associado com o final de um ciclo e o começo de outro, como antecipam os maias para o fim
de 2012.

No entanto, Aveni explica que as inscrições maias ligadas à profecia deveriam ser compreendidas mais como
um mecanismo para preservar o poder político e a estabilidade que como uma previsão literal.
Sete mitos sobre o fim do mundo em 2012

Mito 1
Previsão maia do fim do mundo em 2012

.O calendário maia não termina em 2012, como alguns afirmaram, e esse povo antigo nunca
considerou tal ano como o tempo do fim do mundo, dizem arqueólogos. Mas 21 de
dezembro de 2012,"é a época em que o maior ciclo do calendário maia - 1.872.000 dias ou
5.125,37 anos - acaba e um novo ciclo começa", disse Anthony Aveni, especialista em
povo maia e arqueoastrônomo da Universidade Colgate em Hamilton, Nova York.

Durante o solstício de inverno de 2012, encerra-se a era atual do calendário da Grande


Contagem, que começava no que os maias viam como o último período da criação do
mundo: 11 de agosto de 3114 a.C. Os maias escreveram essa data, que precedeu sua
civilização em milhares de anos, como o Dia Zero, ou 13.0.0.0.0.

Em dezembro de 2012, a longa era termina e o complicado calendário cíclico volta ao Dia
Zero, iniciando outro grande ciclo.

"A ideia é que o tempo se renova, que o mundo se renova novamente - muitas vezes após
um período de estresse - da mesma forma que renovamos o tempo no dia de Ano Novo ou
mesmo na segunda-feira de manhã", disse Aveni, autor de "The End of Time: The Maya
Mystery of 2012."

Quanto ao fim do calendário estar ligado ao fim do mundo, ele faz uma comparação: o calendário de mesa de
qualquer pessoa termina muito antes de 21 de dezembro de 2012 – ele acaba em 31 de dezembro de 2009.
Mas ninguém interpreta isso como uma previsão do Armageddon – é apenas o começo de um novo ano

Mito 2 sobre 2012


Continentes em ruptura vão destruir a civilização
Em algumas profecias do fim do mundo em 2012, a Terra passar por um "deslocamento de
pólos".

A crosta e o manto do planeta irão de repente se deslocar, girando em torno do núcleo


externo de ferro líquido da Terra como a casca de uma laranja gira em torno de sua
suculenta fruta.

"2012", o filme, imagina um deslocamento polar previsto pelos maias, desencadeado por
uma força gravitacional extrema sobre o planeta, graças a um raro alinhamento galáctico" -
e por uma radiação solar massiva que desestabiliza o centro da Terra ao aquecê-lo.

A ruptura de oceanos e continentes despeja cidades no mar, arrasta palmeiras para os pólos
e gera terremotos, tsunamis, erupções vulcânicas e outros desastres.
Resposta:

Os cientistas descartam cenários tão drásticos, mas alguns pesquisadores têm especulado
que um deslocamento mais sutil poderia ocorrer, por exemplo, se a distribuição de massa
sobre ou dentro do planeta mudasse radicalmente, devido a, digamos, o derretimento das
calotas polares.

O geólogo da Universidade de Princeton Adam Maloof, que estudou extensivamente os


deslocamentos polares, disse que a evidência magnética nas rochas confirma que os
continentes passaram por um rearranjo drástico, mas o processo levou milhões de anos -
lento o bastante para a humanidade não sentir o movimento.

Mito 3 sobre 2012


Alinhamento galáctico revela perdição
Alguns acreditam que 2012 irá se encerrar com um "alinhamento galáctico", que ocorrerá
pela primeira vez em 26.000 anos.

Nesse cenário, o trajeto do sol pelo céu pareceria cruzar o que, da Terra, é visto como o
ponto médio da nossa galáxia, a Via Láctea, que em boas condições de observação aparece
como uma faixa de neblina no céu noturno.

Alguns temem que esse alinhamento de alguma forma exponha a Terra a poderosas e
desconhecidas forças galácticas que irão precipitar o seu fim - talvez através de um
"deslocamento polar" ou movimento do supermassivo buraco negro do coração da nossa
galáxia.

Outros veem o suposto evento sob uma luz positiva, como o prenúncio do despertar de uma
nova era na consciência humana.

Resposta: Morrison, da Nasa, tem uma visão diferente. "Não existe nenhum 'alinhamento
galáctico' em 2012", ele disse, "ou pelo menos nada fora do comum."

Ele explicou que um tipo de "alinhamento" ocorre durante todos os solstícios de inverno,
quando o sol, visto da Terra, aparece no céu próximo do que parece ser o ponto médio da
Via Láctea.

Astrólogos podem se entusiasmar com alinhamentos, Morrison disse. "Mas a realidade é


que os alinhamentos não são de interesse para a ciência. Eles não significam nada", ele
disse. Eles não modificam a força gravitacional, a radiação solar, as órbitas planetárias, ou
qualquer coisa que tenha impacto na vida da Terra.

Mas a especulação sobre alinhamentos não é surpreendente, ele afirma. "Fenômenos


astronômicos comuns são imbuídos de um senso de ameaça por pessoas que já acreditam
que o mundo vai acabar."
Em relação aos alinhamentos galácticos, David Stuart, especialista em povo maia da
Universidade do Texas, escreve em seu blog que "nenhum texto ou arte dos antigos maias
faz referência a qualquer coisa do tipo."

Astrônomos maias construíram observatórios e, através da observação dos céus noturnos e


usando a matemática, aprenderam a prever com precisão eclipses e outros fenômenos
celestiais. Aveni observa que a data de início do atual ciclo foi provavelmente associada a
uma passagem do zênite solar, quando o sol cruza diretamente sobre nossas cabeças, e sua
data de término cairá no solstício de dezembro, talvez intencionalmente.

Essas escolhas, ele disse, podem indicar que o calendário maia está ligado aos ciclos
sazonais de agricultura, centrais para a sobrevivência dos povos antigos.

Mito 4 sobre 2012


O Planeta X está em rota de colisão com a Terra
Alguns dizem que ele está por aí: um misterioso planeta X, também conhecido como
Nibiru, em rota de colisão com a Terra - ou pelo menos a caminho de uma passagem de
raspão destruidora.

Dizem que uma colisão direta iria destruir a Terra. Mesmo uma passagem de raspão, alguns
temem, poderia gerar uma chuva de asteróides de impacto mortal, arremessados em nossa
direção pelo turbilhão gravitacional do planeta.

Será que esse planeta desconhecido realmente poderia estar vindo em nossa direção em
2012, mesmo passando de raspão?

Resposta:

Bem, não. "Não há objeto nenhum por aí", disse Morrison, o astrobiólogo da Nasa. "Essa
provavelmente é a coisa mais clara a se dizer."

As origens dessa teoria na verdade antecedem o amplo interesse em 2012. Popularizado em


parte por uma mulher que alega receber mensagens de extraterrestres, o fim do mundo
relacionado a Nibiru foi originalmente previsto para 2003.

"Se houvesse um planeta ou uma anã marrom ou qualquer objeto que fosse estar no interior
do sistema solar daqui a três anos, os astrônomos o teriam estudado na última década e ele
seria visível a olho nu hoje." "Não há nada."

Mito 5 sobre 2012


Tempestades solares irão devastar a Terra
Em alguns cenários de desastre para 2012, nosso sol irá produzir erupções letais de
labaredas solares, que aumentarão o calor sobre os terráqueos.

A atividade solar cresce e diminui segundo aproximadamente ciclos de 11 anos. Grandes


labaredas podem de fato danificar as comunicações e outros sistemas da Terra, mas os
cientistas não têm indicações de que o sol, pelo menos no curto prazo, irá lançar
tempestades fortes o suficiente para fritar o planeta.

Resposta:

O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade (22 anos se você incluir a mudança de
polaridade magnética que leva 22 anos para retornar para a mesma configuração). Isto não
é estritamente periódico, no entanto. O valor máximo da última atividade foi em 2001-2,
levando a uma expectativa do próximo máximo em 2012-13. O Sol tem sido anormalmente
calmo dos últimos dois anos, e muitos cientistas agora antecipar um máximo
excepcionalmente fraco em 2013. Mas ninguém sabe exatamente, não podemos prever
exatamente quando ocorrerá o pico ou o quão forte ela será. É ainda mais difícil de prever
grandes erupções solares individuais ou ejeções de massa coronal. Um dos maiores ciclos
no século 20 ocorreu em 1958 durante o Ano Geofísico Internacional... Quanto ao perigo
de grandes explosões solares, a ameaça seria real o suficiente para os astronautas no espaço
profundo, e também é possível danificar os componentes eletrônicos de satélites. Mas não
temos qualquer astronautas além da órbita baixa da Terra, e a maioria dos satélites são
protegidos contra explosões solares. Resta uma pequena chance de derrubar redes elétricas,
mas nós temos tomado medidas para minimizar esse risco de modo que os danos à um
sistema não se espalhou para os outros. Mas, em qualquer caso, nenhuma tempestade solar
pode causar danos à vida na Terra!

David Morrison
NAI Senior Scientist
3 de dezembro de 2009 afirmou Morrison, o astrônomo da Nasa. "Esperamos que esse
ciclo provavelmente não seja concluído em 2012, mas um ou dois anos depois."

Mito 6 sobre 2012


Os maias tinham previsões claras para 2012
Se os maias não esperavam o fim do mundo em 2012, o que exatamente eles previram para
esse ano?

Muitos estudiosos que se aprofundaram na evidência dispersa em monumentos maias


dizem que o império não deixou um registro claro prevendo que qualquer coisa específica
aconteceria em 2012.

Os maias retrataram de fato um desagradável - embora não datado - cenário do fim do


mundo, descrito na página final de um texto de aproximadamente 1100, conhecido como
Códice de Dresden. O documento descreve um mundo destruído pela enchente, um cenário
imaginado em muitas culturas e provavelmente vivenciado, em uma escala menos
apocalíptica, por povos antigos. Aveni, o arqueoastrônomo, disse que o cenário não deve
ser interpretado literalmente - mas como uma lição sobre o comportamento humano.
Resposta:

Ele associa os ciclos ao nosso próprio período de Ano Novo, quando a conclusão de uma
era é acompanhada por atividades frenéticas e estresse, seguidas de um período de
renascimento, quando muitas pessoas fazem uma reflexão e resolvem começar a viver de
uma maneira melhor. Na verdade, Aveni diz, os maias não eram muito chegados a
previsões.

"Toda a escala de registro do tempo é muito direcionada ao passado, não ao futuro", ele
disse. "O que é lido nesses monumentos da Longa Contagem são eventos que ligavam os
governantes maias a ancestrais e ao divino."

"Quanto mais você planta suas raízes no passado do tempo profundo, melhor você pode
argumentar que é legítimo", Aveni disse. "E acho que é por isso que esses governantes
maias usavam o tempo da Longa Contagem". "Não se trata de uma previsão fixa sobre o
que vai acontecer."

Mito 7 Inversão de rotação da terra

A inversão da rotação da Terra é impossível. Isso nunca aconteceu e nunca será. Há


movimentos lentos dos continentes (por exemplo, a Antártida era perto do equador de
centenas de milhões de anos atrás), mas isso é irrelevante para créditos de inversão dos
pólos de rotação. No entanto, muitos dos sites desastre puxar uma isca-e-mudança para
enganar as pessoas. Reivindicam uma relação entre a rotação e a polaridade magnética da
Terra, que muda de forma irregular com uma reversão magnética que ocorrem a cada
400.000 anos, em média. Tanto quanto sabemos, tal reversão magnética não causa nenhum
dano à vida na Terra. A reversão magnética é muito improvável que isso aconteça nos
próximos milénios, de qualquer maneira. Mas eles afirmam falsamente que uma reversão
magnética está chegando (em 2012) e que esta é a mesma, ou vai provocar uma inversão de
pólos de rotação. A linha inferior é: (um sentido de rotação) e polaridade magnética não
estão relacionados. (b) Não há nenhuma razão para esperar uma inversão de polaridade
magnética nos tempos mais próximos, ou de antecipar eventuais efeitos negativos sobre a
vida quando o faz, eventualmente, acontecer. © A mudança repentina no pólo de rotação
com conseqüências desastrosas, é impossível. Além disso, nada disso tem nada a ver com o
equador galáctico ou a qualquer outro absurdo sobre os alinhamentos que aparece em
muitos dos sites teoria da conspiração. O que sabemos é que não há extinções em massa ou
outras indicações de qualquer efeito sobre a biosfera no passado reversões magnéticas

(fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4110428-EI238,00-
Cientistas+derrubam+seis+mitos+sobre+o+fim+do+mundo.html )

o filme “2012”, dirigido por Roland Emmerich, que já havia espalhado sofrimento pela Terra na forma de
alienígenas e geleiras em “Independence Day” e “O Dia Depois de Amanhã”. No novo filme, um alinhamento
entre o Sol e o centro da galáxia levaria a nossa estrela a entrar em furiosa atividade, liberarando enormes
quantidades de uma elusiva partícula atômica chamada neutrino.

De alguma forma, os neutrinos se transmutariam em outras partículas e aqueceriam o núcleo da Terra. A


crosta do planeta perderia então sua rigidez e começaria a desmoronar. Los Angeles seria tragada pelo
oceano. O supervulcão caldeira sob o parque de Yellowstone (EUA) explodiria, cobrindo o continente norte-
americano de cinzas negras. Ondas gigantescas engoliriam até o Himalaia, onde os governantes do planeta
construíram secretamente uma frota de arcas para 400 mil pessoas escolhidas para sobreviver ao cataclisma.

Essa é só uma das versões do apocalipse que circulam por aí. Em outras variações, um planeta chamado
Nibiru se chocaria conosco. Ou, então, o campo magnético da Terra desapareceria.

Existem centenas de livros dedicados a 2012, e milhões de sites na internet, dependendo da combinação de
“2012” com “dia do juízo final” que se digitar no Google. Todas, dizem os astrônomos, são “tolices,
pseudociência, ignorância completa sobre astronomia somada a um nível de paranoia semelhante ao do
filme “A Volta dos Mortos Vivos”, definiu Ed Krupp, diretor do Observatório Griffith, em Los Angeles, e
especialista em astronomia antiga, em um artigo publicado em novembro pela revista Sky & Telescope.

Além disso, há referências de inscrições maias datadas de antes e depois da atual Longa Contagem, assim
como o próximo dia 15 de abril ocorrerá depois do Ano Novo. Portanto, mantenha as prestações em dia.

Segundo ele, o boato de Nibiru teve sua origem com Zecharia Sitchin, autor de livros de ficção sobre as
antigas civilizações mesopotâmicas. Em algumas de suas obras, entre elas “The Twelfth Planet” publicado em
1976, ele afirma ter encontrado e traduzido documentos sumérios que identificavam o planeta orbitando o Sol
a cada 3.600 anos. Essas fábulas incluíam histórias de antigos astronautas que visitavam a Terra, vindos de
uma civilização alienígena chamada Anunnaki.

Em paralelo, uma auto-declarada psíquica chamada Nancy Lieder alegou ter um canal com os ETs. Ela
escreveu em seu site Zetatalk que os habitantes de um suposto planeta ao redor da estrela Zeta Reticuli a
avisaram de que a Terra corria perigo de ser atacada pelo Planeta X, ou Nibiru. A catástrofe foi inicialmente
prevista para maio de 2003, mas quando nada aconteceu, a data foi mudada para dezembro de 2012. 

Segundo Dr.Morison, apenas recentemente essas duas fábulas foram ligadas ao fim do calendário Maia, no
solstício de inverno de 2012.

O cientista esclarece também que as fotos ou evidências apresentadas na internet são falsas. Uma das
imagens mais populares do que seria Nibiru se trata, na verdade, de uma nebulosa de gás fora do sistema
solar fotografada pelo telescópio espacial Hubble.

Quanto aos Maias, Morison afirma que a sociedade realmente desenvolveu calendários bastante complexos,
mas que, apesar do interesse histórico que possamos ter, eles não se comparam a habilidade moderna de
contagem do tempo, ou à precisão dos calendários modernos. E, o mais importante: estes instrumentos não
podem prever o futuro.

Quanto ao fim do calendário estar ligado ao fim do mundo, ele faz uma comparação: o calendário de mesa de
qualquer pessoa termina muito antes de 21 de dezembro de 2012 – ele acaba em 31 de dezembro de 2009.
Mas ninguém interpreta isso como uma previsão do Armageddon – é apenas o começo de um novo ano.

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