Você está na página 1de 26

REDES DE INFORMAÇÃO: O PONTO DE CONTATO

DOS SERVIÇOS E UNIDADES DE INFORMAÇÃO NO


BRASIL

Maria Inês Tomaél

Resumo
Os serviços e as unidades de informação, or-
ganizados em rede, exercem uma função es-
sencial nos processos da gestão da informa-
ção, desde a aquisição, organização, dissemi-
nação até a obtenção da informação pelo usu-
ário final. Com o objetivo de levantar a partici-
pação dos serviços e unidades de informação
em redes, no Brasil, procedemos a um levan-
tamento, em que consultamos, especialmente,
os sites das principais bibliotecas universitárias
que resultou em um mapeamento das redes
presentes no Brasil. Identificamos a participa-
ção brasileira em 41 redes, que foram catego-
rizadas de acordo com sua função. A categoria
que detém o maior número de redes é a de
informação especializada, porém encontramos,
também, redes de compatibilização da infor-
mação, redes de serviços de informação, redes
de processamento de informação e redes de
informação digital. A participação em rede au-
menta os ativos institucionais e informacionais
e na sociedade contemporânea são, cada vez
mais, a base para o fortalecimento de ações.

Palavras-Chave
Redes de Informação, Serviços Cooperativos,
Serviços e Unidades de Informação.

1 INTRODUÇÃO formação concretizam a Sociedade da In-


Temos acesso à informação a todo o formação, na qual as redes são recursos
momento; mesmo sem esforço nosso a estratégicos para o desenvolvimento cientí-
informação chega até nós por meio dos fico e tecnológico.
relacionamentos que mantemos ou pela
As alianças se tornam cada vez mais
mídia. A informação e o conhecimento e-
indispensáveis para o desenvolvimento de
xercem um papel que tem grande influên-
práticas comuns que vão facilitar e redi-
cia nas atividades econômicas, sociais e
mensionar o contexto informacional em
culturais, e aliados às tecnologias da in-

Inf.Inf., Londrina, v. 10, n. 1/2, jan./dez. 2005


Redes de informação: o ponto de contato dos serviços e unidades de informação... Maria Inês Tomaél

que estamos inseridos. Enfim, a participa- de bibliotecas universitárias2, de renome


ção em redes, mais que uma necessidade, nacional; após, fizemos uma pesquisa no
é hoje imprescindível para podermos de- site de busca Google3 analisando as 50
senvolver serviços e produtos em sintonia primeiras indicações, para quatro pesqui-
com o ambiente informacional que nos cer- sas distintas4, a saber: rede informação;
ca e cresce a cada dia. redes informação; “redes de informação”;
“rede de informação”, pesquisando apenas
O relacionamento e a cooperação são
páginas do Brasil.
inerentes ao ser humano; em todas as ati-
vidades e áreas do conhecimento, a for- O levantamento no site das bibliote-
mação de redes está fortalecendo as par- cas universitárias e no Google foi feito nos
tes envolvidas, reduzindo os custos das meses de maio e junho de 2004. Todas as
operações e diminuindo o tempo gasto em redes identificadas foram cadastradas e as
cada fase do processo. indicações de outras redes, a partir das

A abordagem da literatura nacional estabelecidas inicialmente, também foram

sobre a participação dos serviços e unida- pesquisadas. Nos casos em que houve
dúvida quanto às informações sobre as
des de informação em redes, ultimamente,
redes, consultamos, por e-mail, a pessoa
tem sido dispersa e incompleta, dificultan-
do a visão geral. Por isso sentimos neces- mais indicada no âmbito da rede em ques-
tão, para responder a dúvidas específicas.
sidade de proceder a um levantamento
para reunir informações a respeito das re- Com esse levantamento conseguimos
des de informação. Assim com o objetivo identificar a participação brasileira em 41
de conhecer a participação dos serviços e redes que, de alguma forma, envolvem
unidades de informação, no Brasil, em re- serviços e unidades de informação. É im-
des, realizamos um levantamento, visando portante destacar que todas as redes des-
mapear essas redes e identificá-las. critas neste trabalho foram consideradas
como tais por alguma das organizações
Os procedimentos para o levanta-
mento da inserção dos serviços e unidades pesquisadas.

de informação em redes sucederam con-


forme as seguintes etapas: inicialmente
consultamos o site de 35 bibliotecas de UFRA, UFRGS, UFRJ, UFRN, UFPE, UFRR,
UFRRJ, UFS, UFSC, UFScar, UFSJ, UFSM, UFU,
universidades federais1 e outros cinco sites UFV.
2
USP, UNESP, UNICAMP, UNB, UEL.
3
http://www.google.com.br
4
Analisamos 200 indicações do Google, as 50 pri-
1
UFAC, UFAL, UFBA, UFC, UFCG, UFES, UFF, meiras de cada pesquisa, tendo sido grande a repe-
UFG, UFJF, UFLA, UFMA, UFMG, UFMS, UFMT, tição de sites. A maioria dos temas recuperados
UFOP, UFPA, UFPB, UFPE, UFPEL, UFPI, UFPR, tratava de redes de computadores.

Inf.Inf., Londrina, v. 10, n. 1/2, jan./dez. 2005


Redes de informação: o ponto de contato dos serviços e unidades de informação... Maria Inês Tomaél

Apresentamos, inicialmente, alguns culadas a serviços e unidades de informa-


conceitos que embasam as redes de in- ção, têm um papel determinante em todo o
formação e em seguida as categorizamos processo da gestão da informação, desde
com respaldo na literatura e nas redes i- a aquisição, organização, disseminação,
dentificadas por este trabalho. E finalmen- recuperação até a obtenção da informação
te, relacionamos as redes que têm a parti- pelo usuário final.
cipação brasileira, identificando, principal- Muitos são os termos empregados
mente, suas funções básicas e seus servi- para conceituar e denominar as redes, co-
ços e produtos. mo: serviços cooperativos, parcerias, com-
partilhamento e consórcio. A literatura ora
2 REDES DE INFORMAÇÃO os aborda como sinônimos ora destaca
Redes de informação reúnem pesso-
algumas peculiaridades que justificam uma
as e organizações para o intercâmbio de
distinção entre eles. Estamos considerando
informações, ao mesmo tempo em que
como redes, para efeito deste estudo, to-
contribuem para a organização de produtos
dos esses termos, visto que sua aplicação,
e a operacionalização de serviços que sem
seus objetivos e suas funções estão sem-
a participação mútua, não seriam possí-
pre relacionados ao desenvolvimento de
veis.
uma atividade que deve proporcionar bene-
O tema rede está sendo abordado pe- fícios comuns aos seus integrantes.
la literatura em todas as suas facetas. A
De acordo com essa demarcação,
Internet é uma dessas redes que está sen-
uma rede de informação é tradicionalmente
do ponto focal de estudos e inserção na
um grupo de unidades e serviços de infor-
vida cotidiana das pessoas, há quase uma
mação voltado para um interesse comum,
década. No âmbito empresarial as redes
que pode ser a compilação de uma base
de organizações, que buscam inovação,
de dados, um sistema cooperativo de cata-
competências e ampliação de mercado,
logação, entre outras atividades, sendo seu
também têm seu espaço. Mas o momento
ponto focal o compartilhamento de recur-
parece ser das redes sociais – redes de
sos e a cooperação em serviços e produ-
relacionamento – as quais, apesar de se-
tos. Enfim, é um arranjo formal que reúne
rem estudadas desde a década de 1970,
várias organizações engajadas para a con-
agora estão sendo consideradas como re-
secução de objetivos comuns, buscando a
curso estratégico organizacional.
troca de informações, materiais e/ou servi-
Aproveitando recursos provenientes ços (KATZ, 1997, v.2, p.61).
dessas redes, as redes de informação vin-

Inf.Inf., Londrina, v. 10, n. 1/2, jan./dez. 2005


Redes de informação: o ponto de contato dos serviços e unidades de informação... Maria Inês Tomaél

Nessa mesma linha, mas abordando demos generalizar as observações de


outros aspectos, Vieira (1994, p.29) define Packer para outras redes, pois é visível a
rede como “[...] um conjunto de sistemas adoção de novos recursos nos últimos a-
de informação e/ou comunicação – des- nos, como uma condição de sobrevivência
centralizados, intercomunicantes, formados das próprias redes.
por unidades funcionais independentes,
Em relação a essa proposição,
com serviços e funções inter-relacionados
Mcgarry (1999, p.122) acredita que “A for-
– cuja interação é presidida por acordos de
mação de redes é uma das mais importan-
cooperação e adoção de normas comuns”.
tes questões com que se defronta a comu-
Reiterando essas asserções, Guin- nidade bibliotecária e de informação”. E
chat e Menou (1994, p.340) ressaltam a isso é facilitado pelos recursos da tecnolo-
legitimidade das redes, assegurando: “Es- gia da informação, que incidem diretamen-
tas redes devem ser formalizadas para que te em todos os processos informacionais,
seus objetivos, como a repartição de tare- desde sua criação e gestão até seu uso,
fas e a multiplicação dos recursos, sejam estabelecendo-se novas formas de relacio-
atingidos plenamente. Isto significa o esta- namento entre os serviços e unidades de
belecimento de um acordo entre os partici- informação e os seus usuários, modifican-
pantes e a definição de procedimentos co- do seus produtos e integrando-os a outros.
muns”. De acordo com esses argumentos,
Os recursos da tecnologia da infor-
Lozano (2004) observa que a configuração
mação auxiliam o desenvolvimento de pro-
de redes de unidades de informação se
cessos formando bases estruturais e incor-
constrói tendo como base um acordo de
porando serviços e produtos na Internet,
cooperação e sua principal finalidade é o
utilizando sua infra-estrutura para consoli-
intercâmbio de informações.
dar suas atividades. A Internet intensificou
Referindo-se especificamente à Rede o compartilhamento da informação, fomen-
Brasileira de Informação em Ciências da tando novas redes de informação, o que
Saúde, Packer (2000) destaca o cresci- acarretou o desenvolvimento de bibliotecas
mento e o aprimoramento dos participantes virtuais, digitais e eletrônicas em coopera-
“[...] tanto individualmente como em rede. ção, bem como o compartilhamento de re-
Por um lado, através da incorporação dos cursos para a formação e o desenvolvi-
progressos ocorridos nas ciências da in- mento de coleções.
formação e nas tecnologias de informação
Com efeito, uma vez presentes, esses
e, por outro lado, respondendo às novas
recursos facilitam o acesso à informação
demandas de informação em saúde”. Po-
atualizada e relevante, propósito latente

Inf.Inf., Londrina, v. 10, n. 1/2, jan./dez. 2005


Redes de informação: o ponto de contato dos serviços e unidades de informação... Maria Inês Tomaél

das redes de informação, para as quais - Elaboração de produtos cooperati-


vos;
estão direcionadas suas ações e proces-
- Reunião de recursos;
sos, em prol dos objetivos centrais das re-
- Treinamento e capacitação;
des.
- Catalogação cooperativa;
Para compreender melhor as redes - Consórcios para aquisição.
de informação, é importante conhecer seus Os motivos que determinam a criação
objetivos centrais que, para Rowley (1994, das redes de serviços e unidades de infor-
p.285), permanecem constantes desde o mação são variados e constituem o cerne
início da década de 1970. das diferentes redes que têm contribuído
- mostrar o conteúdo de um gran- para a ciência, a tecnologia e a educação,
de número de bibliotecas ou de um
que só podem ser mais bem compreendi-
grande número de publicações,
principalmente por meio do acesso das se inseridas dentro de seu contexto
a bases de dados catalográficos,
com o emprego de interfaces de histórico.
catálogos em linha de acesso pú-
blico;
2.1 Evolução
- fazer com que os recursos mos-
trados nessas bases de dados ca- As redes para serviços e unidades de
talográficos se tornem disponíveis
informação, segundo Silva (1986, p.213),
para bibliotecas e usuários, onde e
quando sejam necessários; foram criadas em vista das deficiências e
- compartilhar custos e esforços limitações de suas coleções, assim “a coo-
despendidos na criação de bases
de dados catalográficos, por meio peração foi a solução encontrada [...] para
do intercâmbio de registros e ativi-
dades correlatas.
suprir as demandas de seus usuários, am-

Resgatando a essência contida nos pliar os recursos informacionais e raciona-

objetivos explicitados, podemos destacar: lizar os recursos financeiros”.

conteúdo informacional, acesso à informa- A cooperação entre bibliotecas já e-


ção, disponibilidade de registros bibliográfi- xiste desde o início do século 20, mais pre-
cos, redução de custos e esforços, inter- cisamente, o empréstimo entre bibliotecas.
câmbio de informações. Esses elementos Elkington e Massie (1999), fazendo uma
essenciais se harmonizam com os motivos comparação entre os serviços de emprés-
mais comuns para o estabelecimento de timos entre as bibliotecas dos Estados U-
redes de informação, enfatizados por Lo- nidos e as do Reino Unido, apresentam a
zano (2004): evolução desse serviço, marcando seu ini-

- Empréstimo entre bibliotecas; cio em 1916. Nessa época, afirmam os

- Organização de eventos; autores, as bibliotecas já participavam de


programas cooperativos formais e infor-

Inf.Inf., Londrina, v. 10, n. 1/2, jan./dez. 2005


Redes de informação: o ponto de contato dos serviços e unidades de informação... Maria Inês Tomaél

mais de empréstimo. A comunicação era que foi fundada em 1967, para o desenvol-
feita por cartas enviadas por um mensagei- vimento da catalogação cooperativa.
ro que freqüentemente levava semanas ou Elkington e Massie (1999) destacam a
até meses para que todo o ciclo fosse RLIN e a OCLC como redes que inovaram
completado e mesmo assim os pesquisa- e que abriram muitos caminhos para a co-
dores ficavam satisfeitos. operação de serviços e unidades de infor-

Os serviços cooperativos foram evolu- mação.

indo tornando-se mais sofisticados com o Entretanto, Lozano (2004) esclarece


passar do tempo, principalmente após a que a primeira instituição que estruturou
adoção de padrões de cooperação. A cata- uma rede de informação mundial baseada
logação cooperativa que teve seu início na cooperação foi a Agência Internacional
determinado pelo envio dos registros bibli- de Energia Atômica (IAEA – International
ográficos, por mensageiros, para serem Atomic Energy Agency – com sede em Vi-
completados por outra biblioteca, evoluiu; ena – Áustria), através do Sistema Interna-
com o passar do tempo foram substituídos cional de Informação Nuclear (International
pelo uso do microfilme e atualmente o in- Nuclear Information System – INIS), que
tercâmbio é feito por formato eletrônico. começou a operar no ano de 1970, tendo

Mais tarde, em 1975, foi fundada a como principal motivação a produção e a

Research Libraries Group (RLG)5, que ti- disseminação de uma base de dados bibli-

nha como principal missão dar suporte ao ográfica com registros do mundo todo, so-

compartilhamento de recursos entre biblio- bre a aplicação pacífica da ciência e tecno-

tecas. Atualmente é uma organização in- logia nuclear. No Brasil, seu representante

ternacional que atua no âmbito da bibliote- é o Centro de Informações Nucleares (CIN)

conomia, arquivologia e museologia, traba- da Comissão Nacional de Energia Nuclear

lhando para criar soluções na gestão e a- (CNEN).

cesso à informação. A Research Libraries Uma outra rede mundial, descrita por
Information Network (RLIN), vinculada à Lozano, que também teve início na década
RLG, teve uma importante atuação no âm- de 1970, mais precisamente em 1975, foi a
bito das redes, para a expansão e consoli- AGRIS (Agricultural Information System) –
dação de produtos e serviços em parceri- Sistema Internacional de Informação para
as. Outro organismo importante, até hoje, Ciência e Tecnologia Agrícola, da Organi-
no âmbito dos serviços cooperativos, é a zação das Nações Unidas para a Alimen-
On-line Computer Library Center (OCLC) tação e para a Agricultura (FAO – Food

5
and Agriculture Organization of the United
http://www.rlg.org/

Inf.Inf., Londrina, v. 10, n. 1/2, jan./dez. 2005


Redes de informação: o ponto de contato dos serviços e unidades de informação... Maria Inês Tomaél

Nations), com sede em Roma. Para se es- – Medline, a partir de 1971. E o Dialog In-
tabelecer teve aporte da INIS/IAEA e por formation Services foi o primeiro maior sis-
isso, os sistemas de suas bases de dados, tema de recuperação on-line de informação
nas décadas e 1970 e 1980, eram simila- do mundo – banco de dados, com impor-
res, e, eram-no também seus padrões e tantes bases de dados.
procedimentos, isto porque a AGRIS usou Na América Latina, as redes mais an-
inicialmente os mesmos da INIS, com pe- tigas foram criadas por organismos inter-
quenas modificações.
nacionais, principalmente com o apoio do
A primeira base de dados de informa- Consejo de Investigaciones e Información
ção bibliográfica on-line, acessível publi- en Desarrollo (CIID), o Quadro 1 apresenta
camente, foi a MEDLARS (Medical Litera- estas redes.
ture Analysis and Retrieval System) on-line

Nome da Rede Organismo Provedor Data da Área Temática


criação
Centro Latino-Americano e do Organização Pan-americana de 1967 Saúde
Caribe de Informação em Ci- Saúde (OPAS)
ências da Saúde (BIREME)
Sistema Interamericano de Instituto Interamericano de Coo- 1972 Agricultura
Información Agrícola peração para a Agricultura
(AGRINTER) (IICA/OEA)
Documentos sobre Población Comissão Econômica para Amé- 1976 População
en America Latina y el Caribe – rica Latina e para o Caribe
DOCPAL (CEPAL)
Red Panamericana de Infor- Organização Pan-americana de 1979 Engenharia sani-
mación en Salud Ambiental Saúde (OPAS) tária
(REPIDISCA)
Red de Información para el Asociación Latinoamericana de 1979 Instituições finan-
Financiamiento del Desarrollo Instituciones Financieras para el ceiras
(RIALIDE) Desarrollo (ALIDE)
Sistema de Información para Comissão Econômica para Amé- 1979 Planejamento na
ala Planificación en América rica Latina e para o Caribe América Latina
Latina y el Caribe (INFOPLAN) (CEPAL)
Red Latinoamericana de Infor- Centro de Comercio Internacional 1981 Comércio e De-
mación Comercial (RELIC) del United Nations Conference on senvolvimento
Trade and Development
(UNCTAD/GATT)
Red Regional de CLACSO Consejo Latinoamericano de 1984 Ciências Sociais
Ciencias Sociales (CLACSO)
Rede de Informação e Docu- Centro Latinoamericano de Admi- 1986 Administração
mentação Latino Americana nistración para el Desarrollo Pública
em Administração Pública (CLAD)
(REDLAP)
Fonte: Lozano (2004).
Quadro 1 – Redes de informação latino-americanas que receberam apoio da CIID

O marco inicial das redes no Brasil 1978), com a catalogação cooperativa,


mas é só a partir da década de 1980 que
parece ter sido em 1942 (BARBOSA,

Inf.Inf., Londrina, v. 10, n. 1/2, jan./dez. 2005


Redes de informação: o ponto de contato dos serviços e unidades de informação... Maria Inês Tomaél

despontou o maior número de redes e es- mos observar as redes brasileiras da dé-
tendeu-se a participação em redes regio- cada de 1940 até o ano de 1982.
nais e internacionais. No Quadro 2 pode-

Data da
Redes Função na época da criação Criação
SIC – Serviço de Intercâmbio de Catalogação, do Catalogação Cooperativa 1942-1973
DASP
CCN – Catálogo Coletivo Nacional de Publica- Formação de um catálogo cole- 1954
ções Seriadas tivo
Projeto CALCO (Catalogação Legível por Com- Projeto para implantação da 1973
putador) – formato baseado em MARC Catalogação Cooperativa no
Brasil
Rede Brasileira de Informação em Ciência da Serviço de Indexação e Resu- ≅1973
saúde – BIREME mos
COMUT – Programa de Comutação Bibliográfica Fornecimento de cópias de 1980
documentos
Rede Bibliodata CALCO – Atualmente Rede Bi- Catalogação cooperativa 1982
bliodata

Quadro 2 - Principais redes no Brasil até a década de 1980


bilitem o desenvolvimento de ações coa-
Apenas uma das redes apresentadas
dunadas, integrando diferentes organiza-
no Quadro 2 se extinguiu, a SIC, as outras
ções sob objetivos comuns.
continuam a desenvolver as funções para
as quais foram criadas, em alguns casos O uso de normas e padrões na des-
ampliado-as. crição dos materiais informacionais é es-

Algumas organizações foram deter- sencial para os serviços e unidades de in-


formação que queiram estar inseridos no
minantes para a criação e crescimento das
contexto da cooperação nacional e interna-
redes no Brasil. Destacamos os trabalhos
do Instituto Brasileiro de Informação Cientí- cional. A possibilidade de exportar/importar
registros os insere num patamar globaliza-
fica e Tecnológica (IBICT); do Centro Lati-
do, em que se pode considerar parte do
no-Americano e do Caribe em Ciências da
Saúde (BIREME); e da Fundação Getúlio todo.

Vargas (FGV), que são atuantes até hoje. Os padrões para importação e expor-
tação de registros são descritos pelas nor-
2.2 Normas e Padrões mas ISO 2709 e ANSI Z39.2, que se cons-
A inserção dos serviços e unidades tituem em elementos básicos para a coo-
de informação no âmbito das redes requer peração (ZAHER, 2004).
a adoção de normas e padrões que possi-

Inf.Inf., Londrina, v. 10, n. 1/2, jan./dez. 2005


Redes de informação: o ponto de contato dos serviços e unidades de informação... Maria Inês Tomaél

Além dessas normas, Zaher ressalta vê um caminho de ida e volta de MARC 21


a importância do uso do MARC 21 para para MARC em XML, sem prejuízos.
cooperação, que possibilita a gravação de
O desenvolvimento desses formatos,
registros bibliográficos, de autoridade e de
principalmente sua interação por meio de
fundos de todo o tipo de materiais. Ressal-
ferramentas e protocolos em XML, permite
ta, também, a adoção das regras de cata-
maior intercâmbio de registros em MARC
logação do AACR2 (Anglo American Cata-
21. O uso dessas ferramentas possibilitou,
loguing Rules) – código de catalogação
conforme expõe McCallum (2004), uma
anglo americano –, para a cooperação.
transformação na Biblioteca do Congresso
O formato MARC (Machine Readable Americano, permitindo a pesquisa e a re-
Cataloging) tem como função central o in- cuperação de informação entre computa-
tercâmbio de dados catalográficos, tornan- dores, operando em rede, por meio do pro-
do compatíveis diferentes sistemas de in- tocolo de comunicação Z39.50 e do SRW
formação e possibilitando o compartilha- (Search and Retrieve Web Service). A par-
mento de recursos e a aquisição de regis- tir de então pôde ser feito o intercâmbio em
tros bibliográficos. vários formatos, incluindo MARC 21,

O MARC 21 baseia-se na estrutura de MARCXML, MODS, (Metadata Object Des-

formato ISO 2709, norma reconhecida cription Standard) e Dublin Core.

mundialmente. Para McCallum (2004), a O formato MODS constitui-se uma


estrutura do MARC 21, que também é usa- norma para descrição de objetos em meta-
da para o UNIMARC e para muitos outros dados, desenvolvida para suprir uma ne-
formatos similares, é e será importante, cessidade do formato XML, e o formato
ainda, por muitos anos. Atualmente, afirma Dublin Core trata de um conjunto básico de
a autora, muitos protocolos para registro elementos de metadados empregados na
bibliográfico estão surgindo com uma es- descrição de recursos eletrônicos, visando
trutura inteiramente baseada em XML (eX- facilitar a sua recuperação.
tensible Markup Language), isto é, já estão
A aplicação de normas e padrões em
adequados para seu uso na Internet. Em
ambientes cooperativos está atrelada à
resposta a essa necessidade, nesses últi-
evolução processual do compartilhamento
mos anos, têm sido desenvolvidas estrutu-
e da alta qualidade do resultado final que é
ras alternativas para os elementos de da-
a razão de ser dos diferentes tipos de rede.
dos em MARC 21. O mais importante, se-
gundo McCallum, é o MARCXML que pro-

Inf.Inf., Londrina, v. 10, n. 1/2, jan./dez. 2005


Redes de informação: o ponto de contato dos serviços e unidades de informação... Maria Inês Tomaél

3 CATEGORIZAÇÃO DAS REDES DE De acordo com a função das redes,


INFORMAÇÃO
Guinchat e Menou (1994, p.340) as distin-
O escopo e a abrangência de uma
guem categorizando-as em diferentes tipos
rede é que a distingue e a tipifica. Encon-
que, segundo eles, podem ser combinados
tramos redes categorizadas: pela sua es-
entre si.
pecialidade; pelo seu produto/serviço; pelo
- redes especializadas em funções
ambiente em que processa as informações documentais, como a aquisição, o
tratamento de documento (catalo-
– como o virtual; pelo seu âmbito - espaço gação, classificação, análise e in-
em que atua – nacional, regional, interna- dexação), e a difusão (empréstimo,
comutação bibliográfica, difusão se-
cional; entre outras categorizações. letiva da informação e serviço de
pergunta e resposta);
Alguns tipos de redes, que também - redes que integram as unidades
participantes em um sistema de in-
podem ser denominadas de redes de in- formação único que cobre todas as
formação, estão presentes em universida- funções documentais. [...]
- redes enciclopédicas ou redes es-
des e em comunidades científicas, sem ter, pecializadas em uma disciplina ou
em um ramo de atividade, nas
necessariamente, a parceria de um serviço quais todas as unidades de infor-
ou uma unidade de informação, tais como: mação associam-se para apoiar-se
mutuamente ou para harmonizar
listas de discussão, comunidades virtuais, seus serviços e seus produtos;
- redes especializadas a serviço de
ciberfóruns e outros recursos de comuni- uma categoria particular de usuá-
cação e compartilhamento possibilitados rios, como as pequenas empresas
ou os produtores de café, por e-
pela Internet, que não são objeto de estudo xemplo.
deste trabalho, que têm seu foco nas redes
A especialização tem papel determi-
formais de informação em que participam
nante na tipologia proposta pelos autores;
serviços e unidades de informação, apesar
aparece em três dos quatro tipos categori-
de muitas das redes de informação, arrola-
zados, empregada distintamente, a saber:
das nesta pesquisa, as utilizarem como
a) função da rede, mais propriamente pelos
recurso para a comunicação entre seus
serviços desenvolvidos; b) especialidade –
membros.
disciplina; c) usuário dos serviços/produtos
Para compreendermos melhor a ca- da rede.
tegorização das redes de informação apre-
Diferentemente de Guinchat e Menou,
sentamos as abordagens de Guinchat e
Katz (1997, v.2, p.61) categoriza as redes
Menou (1994), Katz (1997) e Vieira (1994),
de serviço em dois tipos: rede comercial
denominando-as e descrevendo-as pelas
que visa lucro e a rede que não visa lucro.
suas funções e suas características.
Uma processa a informação, enquanto a

Inf.Inf., Londrina, v. 10, n. 1/2, jan./dez. 2005


Redes de informação: o ponto de contato dos serviços e unidades de informação... Maria Inês Tomaél

outra comunica dados para seus usuários. que subsidia os processos de catalogação,
Alguns sistemas combinam ambas. além de outros serviços que compreendem

As redes que não visam lucro são o empréstimo entre bibliotecas e a aquisi-

denominadas pelo autor de redes bibliográ- ção.

ficas ou de serviços bibliográficos. Essas O outro tipo de rede comercial, apre-


redes podem ser regionais, estaduais, na- sentada por Katz, é a de processamento e
cionais ou ainda internacionais e possibili- distribuição da informação. Nessa rede a
tam acesso a catálogos de várias bibliote- informação é vendida para indivíduos ou
cas ao mesmo tempo (catálogos coletivos) para organizações, são comerciais e visam
ou ao catálogo de uma biblioteca em espe- lucro. Entre as exemplificadas pelo autor
cial. As redes, em questão, provêem servi- está o Dialog Information Services.
ços diversos para tratamento e recupera- O Dialog Information Services8, com
ção da informação, como os que respon-
centenas de bases de dados, é o melhor
dem a questões de referência em que se serviço on-line conhecido. É líder mundial
buscam, localizam e completam informa-
no provimento de serviços on-line para or-
ções. As maiores redes bibliográficas des-
ganizações que procuram vantagens com-
sa categoria, segundo o autor, são a Onli-
petitivas, incorporando bases de dados das
ne Computer Library Center (OCLC) e a
áreas: negócios, ciência, engenharia, fi-
Research Libraries Information Network
nanças e direito.
(RLIN).
Incluímos nessa categoria, também, o
A OCLC6 é uma organização dedica-
STN International9 - Scientific & Technical
da à pesquisa e à organização de serviços
Information Network, rede de informação
bibliotecários, com o propósito de promo- científica e tecnológica que é produzida
ver o acesso à informação do mundo todo cooperativamente, por FIZ Karlsruhe - A-
a custos reduzidos. Participam dessa rede lemanha, pelo American Chemical Society
mais de 50 mil bibliotecas em 84 países e (ACS) por meio do Chemical Abstracts
territórios por todo o mundo, usando servi- Service (CAS) – Columbus – Ohio – Esta-
ços da rede para localizar, adquirir, catalo-
dos Unidos, e pelo Japan Science and Te-
gar, emprestar e preservar materiais biblio- chnology Corporation (JST) – Tókio – Ja-
gráficos.
pão, há cerca de 15 anos e provê serviços
A RLIN7 é um sistema de informação de informação para o mundo todo, disponi-
bibliográfico disponível internacionalmente bilizando um banco de dados, com mais de

6 8
http://www.oclc.org http://www.dialog.com
7 9
http://www.rlg.org/rlin.html http://www.stn-international.de

Inf.Inf., Londrina, v. 10, n. 1/2, jan./dez. 2005


Redes de informação: o ponto de contato dos serviços e unidades de informação... Maria Inês Tomaél

200 bases, nas áreas de: energia, física, Vieira destaca a participação brasilei-
matemática, química, ciência, tecnologia e ra nas redes internacionais dessa categoria
medicina. que são: ISDS (International Serials Data

Uma outra distinção dos tipos de re- System), atualmente denominada Rede

des que merece destaque é a de Vieira ISSN – International Standard Serial Num-

(1994, p.31-51) que categoriza as redes ber – (ISSN Network), e RITLA (Red de

em três grupos consoantes com as funções Información Tecnológica Latino-america-

a que se propõem: na).

a) Redes de comunicação de dados: As nacionais que mereceram desta-

“consistem em um conjunto de computado- que da autora são: Bibliodata, rede de ca-

res conectados por recursos da telemática, talogação cooperativa, gerida pela Funda-

para o transporte de dados e mensagens ção Getúlio Vargas; Comut (Programa de

entre dois pontos distantes interligados”. Comutação Bibliográfica), sediado no

Os serviços mais utilizados nestas redes IBICT, proporciona acesso ao documento

são: correio eletrônico, transferência de primário; CCN que tem como objetivo

arquivo/software, chat, listas de discussões compilar uma base de dados que disponibi-

e WWW. Essa categorização não está vin- lize informações referente às coleções de

culada diretamente à abordagem de redes periódicos nacionais e estrangeiros de to-

de informação que nos propusemos a es- das as bibliotecas cooperantes.

tudar e apresentar neste trabalho, mas cer- c) Redes de informação especializada


tamente constitui-se um recurso imprescin- a usuários, “dedicam-se ao fornecimento
dível para elas. de informações (dados bibliográficos, fac-

b) Redes de serviços e de apoio insti- tuais, cadastrais, etc.) e documentos dire-

tucional a sistemas de informação, “tem tamente ao usuário final”. O acesso a es-

como objetivo colaborar no desenvolvimen- sas redes é feito através de sistemas on-

to de padrões comuns, na organização dos line.

registros bibliográficos e no intercâmbio (de Segundo Vieira, as principais redes


dados e documentos) entre bibliotecas ou internacionais de informações especializa-
centros de informação”. Exemplos desse das que têm a participação brasileira são:
tipo de rede são representados pela cata- AGRIS; Infoterra, INIS, MEDLARS e
logação cooperativa e pelo empréstimo REPIDISCA. Citamos, aqui, as que foram
entre bibliotecas. contempladas no levantamento que deu
origem a este trabalho.

Inf.Inf., Londrina, v. 10, n. 1/2, jan./dez. 2005


Redes de informação: o ponto de contato dos serviços e unidades de informação... Maria Inês Tomaél

Quanto às nacionais, Vieira seciona o de organização da informação, subsidiando


mercado em três grupos: a) segmento téc- sistemas de gerenciamento de coleções.
nico-científico – cientistas, tecnólogos e
Redes de Serviços de Informação
gestores de Ciência e Tecnologia. b) seg-
(RSI): pertencem a essa categoria redes
mento industrial-empresarial – empresários
constituídas por serviços e unidades de
e industriais de pequeno e médio porte. c)
informação que prestam serviços recípro-
segmento leigo alternativo – cidadãos lei-
cos e para clientes isolados ou para comu-
gos, pequenos agricultores e administrado-
nidades específicas, envolvendo suas co-
res municipais: informações sobre tecnolo-
leções e seus especialistas nesse esforço.
gias alternativas.
Algumas utilizam produtos resultantes das
A conjunção dos tipos de redes apre- redes de processamento da informação,
sentados, aliados à análise das identifica- como instrumentos para a consecução de
das por este trabalho, nos permitiu fazer suas atividades.
uma nova categorização que resultou em
Redes de Informação Especializada
cinco tipos de redes:
(RIE): fazem parte dessa categoria redes
Redes de Compatibilização da In- que tratam de um ramo específico, dentro
formação (RCI): incluem serviços e unida- de uma área do conhecimento, e desen-
des de informação que reúnem seus catá- volvem atividades diferenciadas, o maior
logos formando catálogos coletivos. O pro- número, dessas redes, opera na organiza-
duto resultante do trabalho cooperativo é ção da informação, principalmente por
multidisciplinar e consolida a principal fun- meio dos serviços de indexação e resu-
ção da rede. Usualmente são utilizados mos, mas há redes que tratam, prioritaria-
para a localização de documentos. mente, do intercâmbio de cópias de docu-
mentos. Habitualmente, disponibilizam ba-
Redes de Processamento da Infor-
mação (RPI): compreendem as redes que ses de dados bibliográficas como produto

organizam a informação, envolvendo pro- final da rede.

cessos de descrição e indexação da infor- Redes de Informação Digital (RID):


mação – como a catalogação cooperativa – distinguem-se por utilizarem amplamente
, normalmente disponibilizam catálogos os recursos da Internet. Na maior parte dos
coletivos ou bases de dados bibliográficas casos apresenta a informação propriamen-
multidisciplinares. Sua principal função es- te, não apenas sua indicação.
tá direcionada a apoiar os serviços e uni-
dades de informação em suas atividades

Inf.Inf., Londrina, v. 10, n. 1/2, jan./dez. 2005


Redes de informação: o ponto de contato dos serviços e unidades de informação... Maria Inês Tomaél

4 REDES DE INFORMAÇÃO NO Nessa categoria estão inseridas três


BRASIL10
redes nacionais, uma regional e duas in-
Por meio de 40 sites na Internet de
ternacionais.
bibliotecas universitárias e pela análise das
a) Redes Nacionais
primeiras 50 indicações do Google, para − Catálogo Coletivo Nacional de Publica-
quatro pesquisas distintas, identificamos 41 ções Seriadas (CCN) - Multidisciplinar11
o Ação central: União de catálogos.
redes que têm a participação de serviços e Produto: Catálogo Coletivo
unidades de informação do Brasil. o Possibilita a reunião de catálogos de
publicações periódicas, nacionais e
Dessas 41 redes, três atuam em âm- estrangeiras, das principais bibliote-
cas do Brasil, em um catálogo cole-
bito estadual; 10 regionalmente, principal-
tivo de acesso público. Tem o objeti-
mente na América Latina e no Caribe; 20 vo de difundir, identificar e localizar
as “publicações seriadas em C&T,
atingem toda a nação – redes nacionais –
nacionais e estrangeiras, existentes
e oito têm alcance internacional. no país”; estabelecer políticas de
aquisição cooperativa; e padronizar
A partir das cinco categorizações de- entradas.
finidas neste trabalho - redes de compatibi- − Catálogo Coletivo de Normas Técnicas -
Multidisciplinar12
lização da informação (RCI); redes de pro- o Ação central: União de catálogos.
Produto: Catálogo Coletivo
cessamento da informação (RPI); redes de
o Rede cooperativa formada por biblio-
serviços de informação (RSI); redes de tecas brasileiras que culmina em
uma base de dados bibliográfica que
informação especializada (RIE); redes de
contém normas técnicas nacionais e
informação digital (RID) - classificamos as estrangeiras. Tem o objetivo de dis-
seminar normas técnicas disponíveis
redes identificadas por este estudo, pela
nas bibliotecas que integram a rede.
sua principal motivação. − Rede Compartilhada do Sistema Per-
gamum – Multidisciplinar13
o Ação central: União de catálogos.
4.1 Redes de Compatibilização da In- Produto: Catálogo Coletivo.
formação (RCI) o O pergamum é um sistema de ge-
A compatibilização de catálogos re- renciamento de bibliotecas. Seu ob-
jetivo é “Aproveitar as principais i-
sulta em catálogos coletivos que, além de déias de cada instituição a fim de
serem agentes do controle bibliográfico e manter o software atualizado e atu-
ante no mercado, tornando-o capaz
da recuperação da informação, são pode- de gerenciar qualquer tipo de docu-
rosos instrumentos para serviços de obten- mento”, atendendo todo tipo de bi-
blioteca.
ção e organização de documentos.

10
As informações apresentadas do item 4.1 ao item
4.5, foram compiladas a partir das informações
disponíveis nos sites das redes e das organizações
11
membros e as URLs (Universal Resource Locator) http://www.ibict.br/ccn/inicio.htm
12
consultadas estão indicadas no decorrer da apre- http://cin.cnen.gov.br/catalogos/busca/busca.html
13
sentação das redes. http://www.pergamum.pucpr.br

Inf.Inf., Londrina, v. 10, n. 1/2, jan./dez. 2005


Redes de informação: o ponto de contato dos serviços e unidades de informação... Maria Inês Tomaél

b) Rede Regional que visa facilitar e agilizar os processos de


− Catálogo Coletivo de Anais de Eventos
descrição bibliográfica de forma cooperati-
– Multidisciplinar14
o Ação central: união de catálogos. va, tornando esses processos e o inter-
Produto: Catálogo coletivo.
câmbio de registros possíveis, através da
o Rede cooperativa consolidada em
um catálogo bibliográfico que con- adoção de normas e padrões que os pos-
tém todo tipo de anais de eventos
sibilitam de fato.
realizados no Brasil e na América
Latina, em diversas áreas do conhe- Essa categoria compreende três re-
cimento. Seu objetivo é disseminar
anais de eventos por meio da base des, duas nacionais e uma internacional.
de dados anais.
a) Redes Nacionais
c) Redes Internacionais − Rede Bibliodata - Multidisciplinar17
− WorldCat – Multidisciplinar15 o Ação central: Catalogação coopera-
o Ação central: união de catálogos. tiva. Produto: catálogo coletivo.
Produto: Catálogo coletivo. o Rede formada por bibliotecas brasi-
o A rede WorldCat forma a maior base leiras. Tem como principal função a
de dados bibliográfica do gênero do catalogação cooperativa. Seu objeti-
mundo, promovendo a união de ca- vo é “Desenvolver e manter o Catá-
tálogos de milhares de bibliotecas logo Coletivo da Rede, desenvolver
membros do OCLC. Serve de base metodologias e instrumentos para a
para muitos serviços da OCLC. Tem catalogação cooperativa, gerando
o objetivo de servir de instrumento subsídios para o compartilhamento
para catalogadores da rede OCLC. de serviços e recursos entre as insti-
− Rede ISSN – International Standard Se- tuições participantes”.
rial Number – (ISSN Network) – Multi- − Consórcio Eletrônico de Bibliotecas -
disciplinar16 Multidisciplinar18
o Ação central: Controle de publica- o Ação central: Catalogação coopera-
ções seriadas. Produto: Catálogo co- tiva.
letivo. o Criado em 1999, para o intercâmbio
o Organização intergovernamental, im- de registros bibliográficos, pela In-
plantada em 1974. O ISSN – Núme- ternet, das bases da Fundação Bi-
ro Internacional Normalizado para blioteca Nacional, disponíveis no si-
Publicações Seriadas – identifica o te: http://www.bn.br. Tem como ob-
título de uma publicação seriada; é jetivo “Apoiar o desenvolvimento
aceito internacionalmente. Tem o dos projetos de automação biblio-
objetivo de “Apoiar o controle biblio- gráfica no Brasil, permitindo às bi-
gráfico mundial de publicações seri- bliotecas, através do compartilha-
adas, facilitando o acesso aos regis- mento dos recursos de catalogação
tros e controlando a atribuição do on-line da Biblioteca Nacional, a
ISSN”. formação de bases de dados locais
ou de redes de bases regionais”.
4.2 Redes de Processamento da Infor-
mação (RPI) b) Rede Internacional
− Program for Cooperative Cataloging –
O que move as redes agrupadas nes- PCC (Programa de Catalogação Coo-
sa categoria é a catalogação cooperativa,
14
http://cin.cnen.gov.br/catalogos/busca/busca.html
15 17
http://www.oclc.org/worldcat/default.htm http://www.fgv.br/bibliodata
16 18
http://www.issn.org:8080/English/pub/network http://consorcio.bn.br/consorcio/

Inf.Inf., Londrina, v. 10, n. 1/2, jan./dez. 2005


Redes de informação: o ponto de contato dos serviços e unidades de informação... Maria Inês Tomaél

perativa) – Multidisciplinar19 – NACO / empresas, que fornecem, principalmente,


Library of Congress – EUA (cooperação
serviços de informação tecnológica. Estas
técnica de manutenção de base de da-
dos de padronização internacional de compreendem uma rede estadual, duas
autoria)
nacionais e uma regional.
o Ação central: Catalogação coopera-
tiva. Produto: Catálogo de autorida-
de.
4.3.1 Serviços e Unidades de Informa-
o Programa de cooperação internacio-
ção
nal, excelente indicador de coopera-
ção em catalogação, que visa ex- Poucas são as bibliotecas que con-
pandir o acesso a registros bibliográ- seguem atender seus usuários servindo-se
ficos, possibilitando a rapidez e o
baixo custo da catalogação median- apenas de suas coleções. Rodrigues
te o emprego de padrões aceitos in- (2004), fazendo referência ao Brasil, co-
ternacionalmente. Objetivo: “Aumen-
tar e agilizar, por meio de ações co- menta a baixa disponibilidade de documen-
operativas, a disponibilidade de re- tos nas bibliotecas, devido a restrições fi-
gistros bibliográficos e de autorida-
des, produzindo catálogos a serem nanceiras. Para o autor, a falta de qualida-
usados e compartilhados em outras de de muitos acervos é suprida pela utili-
instituições, a um custo controlado”.
zação conjunta de acervos de diferentes
4.3 Redes de Serviços de Informação bibliotecas e serviços de informação de
(RSI)
forma cooperativa.
Essa categoria contém redes que
prestam apoio a serviços e unidades de O serviço de comutação bibliográfica
informação, principalmente por meio dos permite a um usuário ou a uma organiza-
serviços de empréstimo entre bibliotecas e ção/biblioteca a obtenção de cópias de do-
comutação. Inserem-se nessa categoria, cumentos que não detém em sua bibliote-
também, as redes que dão apoio às micro- ca.
empresas e as pequenas empresas, de- a) Redes Estaduais
senvolvendo serviços de informação que − Compartilhamento Entre Bibliotecas de
Instituições de Ensino Superior do Es-
promovam a inovação e a competitividade tado do Rio de Janeiro – Multidiscipli-
empresarial. nar20
o Ação central: Intercâmbio de docu-
Primeiramente apresentamos as re- mentos.
o Intercâmbio do acervo das bibliote-
des que apóiam os serviços e unidades de cas das instituições públicas e priva-
informação, que abrangem duas redes es- das e instituições de ensino e pes-
quisa (associadas). Objetivo: Pro-
taduais, uma regional e uma internacional. mover o intercâmbio para o uso dos
Em seguida identificamos as redes que acervos e do conhecimento científi-
co, tecnológico e acadêmico entre
apóiam às microempresas e as pequenas as instituições participantes. “Esta-
19
http://authorities.loc.gov/cgi-
20
bin/Pwebrecon.cgi?DB=local&PAGE=First http://www.ndc.uff.br/compartilhamento/

Inf.Inf., Londrina, v. 10, n. 1/2, jan./dez. 2005


Redes de informação: o ponto de contato dos serviços e unidades de informação... Maria Inês Tomaél

belecer relações com organizações técnico, médico e humano, em mui-


e entidades nacionais e internacio- tas línguas.
nais que possam fornecer recursos”.
− CRUESP/Bibliotecas – Multidisciplinar21 4.3.2 Empresas
o Ação central: Intercâmbio de docu-
a) Rede Estadual
mentos. Produto: Catálogo coletivo.
− RITEC – Rede de Inovação e Tecnolo-
o Compartilhamento de informação
gia do Paraná - Multidisciplinar25
mediante reunião dos sistemas de
o Ação central: Apoio a inovação e a
bibliotecas da USP, UNICAMP e
competitividade industrial. Serviço:
UNESP, tendo como serviços princi-
Resposta Técnica.
pais: o acesso a bases de dados pe-
o Rede que tem como foco o setor
lo Portal de Pesquisa22. Objetivo:
produtivo, contempla a informação
“Criar condições para o funciona-
tecnológica e a extensão tecnológi-
mento sistêmico das bibliotecas [...]
ca. Constituindo-se um programa de
e a otimização dos recursos desti-
atendimento às demandas tecnoló-
nados às Bibliotecas, a fim de ofere-
gicas das empresas paranaenses.
cer suporte ao desenvolvimento do
Objetivo: Subsidiar informações tec-
ensino e pesquisa”.
nológicas às microempresas e às
b) Rede Regional pequenas empresas paranaenses.
− Programa de Comutação Bibliográfica –
b) Redes Nacionais
Comut - Multidisciplinar23
− RETEC – Rede SENAI/IEL de Tecnolo-
o Ação central: Intercâmbio de docu-
gia – Multidisciplinar26
mentos.
o Ação central: Apoio à inovação e a
o O Comut é uma rede estruturada pa-
competitividade industrial. Serviços:
ra o fornecimento de cópias de do-
Informação e Extensão tecnológica.
cumentos como: periódicos, teses,
o A rede iniciou suas atividades na
anais de congressos, e partes de ou-
Bahia, em 2001, e atualmente vem
tros documentos. Dentre os objeti-
sendo replicada para: Distrito Fede-
vos do Comut ressaltamos o de “Fa-
ral, Minas Gerais, Paraná, Ceará e
cilitar o acesso ao documento reque-
Amazonas, isto é, a rede é constituí-
rido nas tarefas de pesquisa, ensino
da por unidades estaduais. Objetivo:
e gerenciamento independentemen-
Disponibilizar o acesso à informação
te de sua localização”.
e ao conhecimento aos microempre-
c) Rede Internacional sários e aos pequenos empresários,
− British Library – Document Supply para fortalecer seu crescimento e
Centre – BLDSC (Comutação Inter- sua competitividade industrial.
nacional) – Multidisciplinar24 − Sistema Brasileiro de Resposta Técnica
o Ação central: Intercâmbio de docu- – SBRT – Multidisciplinar27
mentos. Produto: Catálogo coletivo. o Ação central: Apoio a inovação e a
o Fornecimento de documentos e ser- competitividade industrial. Serviço:
viço de empréstimo entre bibliote- Resposta técnica.
cas, provavelmente é o maior servi- o Resposta técnica é um serviço es-
ço de comutação do mundo. Tem pecializado que, por meio da literatu-
como suporte a coleção da Bibliote- ra técnico-científica e de especialis-
ca Britânica que cobre todos os as- tas, propõe soluções para diferentes
pectos do conhecimento científico, tipos de questões empresariais. O
objetivo da rede é buscar soluções
21
http://bibliotecas-cruesp.usp.br/search.html
22
Ver a rede “Portal de Pesquisa” categorizada em
25
Redes de Informação Digital (RID) http://spert.ritec.tecpar.br/
23 26
http://200.214.187.5:8080/comut/do/index?op=filtroForm http://www.retec.org.br
24 27
http://www.bl.uk/services/document/dsc.html http://sbrt.ibict.br/

Inf.Inf., Londrina, v. 10, n. 1/2, jan./dez. 2005


Redes de informação: o ponto de contato dos serviços e unidades de informação... Maria Inês Tomaél

para problemas tecnológicos apre- o Ação central: Serviço de indexação


sentados pelo setor produtivo, pro- e resumos. Produto: Biblioteca virtu-
movendo o acesso ao conhecimento al.
e contribuindo para a transferência o Possibilita o acesso à informação,
de tecnologia. para o ensino, pesquisa e práticas
c) Rede Regional psicológicas, visando o desenvolvi-
− RITLA – Rede de Informação Tecnoló- mento da Psicologia no Brasil. Obje-
gica Latino-Americana (em inglês a si- tivo: “Operar de forma integrada,
gla é LATIN) – Multidisciplinar28 buscando o compartilhamento de re-
o Ação central: apoio à pequena e mi- cursos e a cooperação de esforços,
croempresa. Produto: Infra-estrutura com vistas à promoção do acesso e-
de informação. ficiente e eqüitativo à informação e
o Organismo internacional intergover- ao documento ao profissional e es-
namental criado em 1983 no campo tudioso da Psicologia, independente
de ação do Sistema Econômico La- da região do País”.
tino-Americano – SELA. Objetivo: − Rede Brasileira de Informação em Ci-
Impulsionar o desenvolvimento da ências da Saúde30 - Ciências da Saú-
informação, por meio da cooperação de31.
científica e tecnológica, na América o Ação central: Serviço de indexação
Latina e no Caribe, apoiando infra- e resumos. Produto: Biblioteca virtu-
estruturas e sistemas de informação al.
dos estados membros. o Desenvolve um trabalho cooperativo
no Brasil, há mais de 30 anos, pro-
4.4 Redes de Informação Especializada vendo o acesso à informação técni-
(RIE) co-científica para pesquisadores e
profissionais da área da saúde. Ob-
São redes que atuam no âmbito da
jetivo: “Promover o acesso eqüitativo
informação especializada, em campos es- à informação em saúde”.
− Rede de Bibliotecas na Área de enge-
pecíficos do conhecimento, em que a maio-
nharia – REBAE – Engenharia32.
ria delas se dedica aos serviços de indexa- o Ação central: Serviço de indexação
e resumos. Produto: Diretório de ba-
ção e resumos que produzem as bases de
ses de dados.
dados, mas há, também, redes que desen- o Rede de cooperação na área de En-
genharia. Tem como atribuição iden-
volvem: empréstimo entre bibliotecas, co-
tificar, reunir e organizar informa-
mutação, bases cadastrais, instrumentos ções na área de engenharia visando
a cooperação. Objetivo: “Facilitar o
terminológicos, entre outros.
acesso à informação e ao documen-
Participam dessa categoria seis redes to, no Brasil e exterior”.
− Rede Nacional de Informações em Sa-
nacionais, sete regionais e quatro interna- úde – RNIS – Ciências da Saúde33.
cionais. o Ação central: Apoio à gestão em sa-
úde. Produto: Cadastro de institui-
a) Redes Nacionais ções.
− Rede Brasileira de Bibliotecas da Área
de Psicologia – ReBAP – Psicologia29. 30
Informações baseadas nos sites
http://www.bireme.br, http://saudepublica.bvs.br e
no texto de Packer (2000).
31
http://www.bireme.br
28 32
http://www.ritla.net/ http://www.cnptia.embrapa.br/biblio/rebae/
29 33
http://www.bvs-psi.org.br/rebap http://www.datasus.gov.br/rnis/datasus.htm

Inf.Inf., Londrina, v. 10, n. 1/2, jan./dez. 2005


Redes de informação: o ponto de contato dos serviços e unidades de informação... Maria Inês Tomaél

o Utiliza a Internet para integrar muni- ducation Consortium – ISTEC – Enge-


cípios brasileiros, possibilitando o nharia36.
acesso e o intercâmbio de informa- o Ação central: Intercâmbio de docu-
ções em saúde. Objetivo: “Integrar e mentos. Produto: Catálogo coletivo.
disseminar as informações de saúde o Consórcio, patrocinado pelo ISTEC,
no país e contribuir para a melhoria para o intercâmbio de documentos
da gestão, do controle social, do entre bibliotecas ibero-americanas,
planejamento e da pesquisa de ges- desenvolvido pela Universidade do
tores, agentes e usuários do Siste- Novo México (EUA). Objetivo: Pos-
ma Único de Saúde (SUS)”. sibilitar o intercâmbio de documen-
− Sistema Brasileiro de Documentação e tos, pela Internet, para a promoção
Informação Desportiva – SIBRADID – científica e tecnológica dos países
Esporte e Educação Física34. membros.
o Ação central: Serviço de indexação − Red Latinoamericana de Información Y
e resumo. Produtos: Bases de da- Documentación en Educación –
37
dos. REDUC – Educação .
o Seu principal propósito é a formação o Ação central: Serviço de indexação
de bases de dados cooperativa, vi- e resumo. Produto: Bases de dados.
sando o acesso e a obtenção de in- o Informação especializada em áreas
formações disponíveis nos centros temáticas prioritárias da educação
cooperantes. Seu objetivo é “promo- latino-americana. Objetivo: Vincular
ver e disseminar o uso das informa- o conhecimento em educação com
ções contidas nas Bases de Dados as ações e os processos de tomada
do Sistema, possibilitando a presta- de decisões, procurando contribuir
ção de serviços de acesso a docu- para a melhoria da qualidade e efici-
mentos através da Comutação Bibli- ência da educação dos países da
ográfica”. região.
− RENIMA – Rede Nacional de Informa- − Serviço Cooperativo de Acesso ao Do-
ção sobre Meio Ambiente – Meio Ambi- cumento da Biblioteca Virtual em Saúde
ente35. - SCAD – Ciências da Saúde38.
o Ação central: Serviço de indexação o Serviço de comutação de fotocópias
e resumo. Produtos: Bases de da- de documentos, no qual as bibliote-
dos. cas cooperantes disponibilizam suas
o Criada em 1993 para fortalecer as coleções para outras unidades da
unidades participantes através da rede. Objetivo: “Prover o acesso a
capacitação de recursos humanos, documentos da área de Ciências da
mobiliário e acervo bibliográfico. Ob- Saúde, exclusivamente para fins a-
jetivo: “Dar suporte informacional às cadêmicos e de pesquisa”.
atividades técnico-científicas e in- − Latin American Periodicals Tables of
dustriais e apoiar o processo de ges- Contents – LAPTOC – Ciências Sociais
tão ambiental”. e Humanas39.
b) Redes Regionais o Ação central: Serviço de indexação
− Interligação de Bibliotecas para Troca e resumos. Produto: Base de dados
de Documentos – LIGDOC – do Ibero- bibliográfica.
American Science and Technology E-

36
http://www.istec.org/
http://www.usp.br/sibi/sobre/ligdoc.htm
http://www.bibl.ita.cta.br/ligdoc.html
37
http://www.reduc.cl/homereduc.nsf/?open
34 38
http://www.sibradid.eef.ufmg.br http://scad.bvs.br/html/pt/home.html
35 39
http://www2.ibama.gov.br/~cnia/renima.htm http://lanic.utexas.edu/project/arl/laptoc.html

Inf.Inf., Londrina, v. 10, n. 1/2, jan./dez. 2005


Redes de informação: o ponto de contato dos serviços e unidades de informação... Maria Inês Tomaél

o Base de dados disponível na Web o Ação central: Serviço de indexação


que provê o acesso aos sumários de e resumos. Produto: Base de dados
mais de 800 periódicos, principal- bibliográfica.
mente nas Ciências Sociais e Hu- o A base de dados bibliográfica INIS é
manas publicados na América Lati- o principal produto do sistema coo-
na, propiciando seu acesso por meio perativo. O acesso à base para o
das bibliotecas cooperantes. Objeti- Brasil é propiciado pela CNEN, que
vo: Propiciar o acesso a informações é o representante do Brasil no INIS.
de periódicos latino-americanos. − Infoterra – The Global Environmental
− Rede Pan-Americana de Informação Information Exchange Network – Meio
em Saúde Ambiental – REPIDISCA – Ambiente43.
Meio ambiente. o Ação central: Serviço de indexação
o Ação central: Serviço de indexação e resumos. Produto: bases de da-
e resumos. Produto: Bases de da- dos.
dos. o Rede mundial para intercâmbio de
o Seu foco centra-se na seleção e a- informação ambiental científica e
nálise de materiais bibliográficos, técnica. Objetivo: Disponibilizar infor-
como: pesquisas, informes técnicos, mação e fortalecer os centros coor-
teses, anais de eventos, normas denadores nacionais, reorganizando
técnicas, vídeos programas de com- seus ambientes informacionais.
putador, e materiais didáticos. No − AGRIS – Agricultural Information Sys-
Brasil o coordenador é o Bireme. tem – Agricultura44.
Objetivo: Difundir informação na á- o Ação central: Serviço de indexação
rea de especialidade. e resumos. Produto: Bases de da-
− Sistema Latino-Americano e do Caribe dos.
de Informação em Ciências da Saúde – o Sistema cooperativo internacional de
Ciências da Saúde40. informação para a ciência e tecnolo-
o Ação central: Serviço de indexação gia agrícola. Foi criado pela FAO em
e resumos. Produto: Bases de da- 1974. Tem como objetivo facilitar a
dos. troca de informação e possibilitar o
o Criação cooperativa de bases de acesso à literatura mundial em agri-
dados locais, nacionais e regionais. cultura.
Objetivo: Contribuir para o controle − MEDLARS - Medical Literature Analysis
bibliográfico e para a disseminação and Retrieval System – Ciências Médi-
da literatura médica da região. cas45.
− Sistema de Información y Documenta- o Ação central: Serviço de indexação
ción Agropecuario de las Américas - e resumos. Produto: Bases de da-
SIDALC – Agropecuária41. dos.
o Ação central: Serviço de indexação o Sistema de processamento e recu-
e resumos. Produto: Bases de da- peração da informação médica, bio-
dos. médica, odontológica, enfermagem,
o Tem como objetivo facilitar a troca veterinária e ciências afins. Seu ob-
de informação e possibilitar o acesso jetivo é organizar e disponibilizar in-
à literatura agropecuária da América formação em Ciências Médicas.
Latina e do Caribe.
c) Redes Internacionais
− International Nuclear Information Sys-
tem - INIS – Energia Nuclear42.
40 43
http://www.bireme.br http://www.unep.org/infoterra
41 44
http://orton.catie.ac.cr http://www.fao.org/agris
42 45
http://cin.cnen.gov.br/inis-brasil/ http://www.nlm.nih.gov/

Inf.Inf., Londrina, v. 10, n. 1/2, jan./dez. 2005


Redes de informação: o ponto de contato dos serviços e unidades de informação... Maria Inês Tomaél

4.5 Redes de Informação Digital (RID) rior através do fomento a pós-


graduação”.
Estão classificadas nessa categoria
− Portal da Pesquisa – Multidisciplinar48.
redes que processam e reúnem a informa- o Ação central: Acesso a bases de
ção disponível na Internet, além de redes dados. Produto: Bases de dados.
o Produzido pela “DotLib Informação
que possibilitam o acesso ao texto comple- profissional”
to da informação científica e tecnológica. (http://www.dotlib.com.br/), empresa
especializada no fornecimento de
Incluímos nessa categoria, também, redes bases de dados e publicações ele-
que promovem a reunião personalizada de trônicas para o setor acadêmico e de
pesquisa. Objetivo: Criar bibliotecas
bases de dados, bibliográficas ou de texto virtuais e websites personalizados
completo, de acordo como interesse do de acordo com o interesse da institu-
ição conveniada.
usuário. As sete redes aqui agrupadas são − Programa Prossiga - Portal de ICT -
todas nacionais. Prossiga – Multidisciplinar49.
o Ação central: Acesso à informação
− Biblioteca Digital Brasileira – BDB – na Internet. Produto: Portal de In-
Multidisciplinar46. formação científica e tecnológica.
o Ação central: texto completo. Produ- o Atua na área de ICT, criando meios
to: Biblioteca digital. de acesso à informação brasileira.
o Sistema cooperativo que funciona in- Objetivo: “promover a criação e o
tegralmente na Internet e se propõe uso de serviços de informação na In-
a integrar diversos repositórios de in- ternet voltados para as áreas priori-
formação digital em um único portal. tárias do Ministério da Ciência e
Objetivo: Estar atento às exigências Tecnologia, assim como estimular o
e necessidades de serviços de in- uso de veículos eletrônicos de co-
formação inovadores. “Contribuir pa- municação pelas comunidades des-
ra aumentar o acesso aos documen- sas áreas”.
tos eletrônicos que sejam de inte- − Páginas Brasileiras – Multidisciplinar50.
resse para o desenvolvimento das o Ação central: Acesso à informação
atividades técnicas e cientificas, as- na Internet. Produtos: Localizador.
sim como para os demais setores o Portal de informações brasileiras em
importantes para o desenvolvimento Ciência, Tecnologia e Educação, in-
econômico e social do país, tais co- tegrado ao Programa Prossiga. Está
mo o de educação e o produtivo”. presente nos estados brasileiros a-
− Portal de Periódicos da CAPES – Portal través de instituições parceiras que
Brasileiro da Informação Científica – colaboram na reunião e disponibili-
Multidisciplinar47. zação das informações pertinentes a
o Ação central: Texto completo. Pro- sua área geográfica. Tem como ob-
duto: Portal de periódicos. jetivo localizar informações em sites,
o Serviço oferecido pela CAPES que que não estejam contempladas nos
possibilita o acesso imediato a ba- sistemas formais de informação em
ses de dados referenciais e a textos Ciência, Tecnologia e Educação.
completos de artigos da produção − RENAI – Rede Nacional de Informa-
científica. Objetivo: “Promover a ele- ções sobre Investimento – Economia51.
vação da qualidade do ensino supe-
48
http://www.portaldapesquisa.com.br/databases/sites
49
http://www.prossiga.br/
46
http://www.ibict.br/bdb/inicio.htm http://www.prossiga.br/informacaoct/
47 50
http://www.periodicos.capes.gov.br/ http://www.prossiga.br/paginasbrasileiras/

Inf.Inf., Londrina, v. 10, n. 1/2, jan./dez. 2005


Redes de informação: o ponto de contato dos serviços e unidades de informação... Maria Inês Tomaél

o Ação central: Acesso à informações veis na Internet; Apoio informacional à ino-


na Internet. Produto: Portal de infor-
vação e à competitividade industrial.
mações.
o Tem como foco a atividade de inves- Para executar essas funções, as re-
timento no Brasil e seu objetivo
constitui-se em disponibilizar infor- des de informação estão pondo em prática
mações direcionadas a investidores, seus objetivos, que se constituem em alvos
entidades de fomento do desenvol-
vimento, órgãos de pesquisa, orga- a serem atingidos, por meio das ações im-
nismos públicos, etc. plementadas pelas redes. Analisando os
− Cadê Jur – Direito52.
o Ação central: Informação na Internet. objetivos das redes verificamos que eles
Produto: Portal de informação. estão concentrados em quatro dimensões.
o Portal jurídico que possibilita a loca-
lização de advogados, escritórios de Na primeira dimensão encontramos
advocacia, estudantes de direito, objetivos relacionados ao acesso à infor-
magistrado, membros do ministério
público, peritos, professores e pro- mação dispersa em diferentes materiais
dutos e serviços da área jurídica. informacionais e localidades, e consistem
Tem o objetivo de promover o inter-
câmbio de informações, proporcio- em: Identificar e localizar materiais infor-
nando a troca de experiências. macionais; Promover o intercâmbio de in-
formações; Impulsionar o acesso à infor-
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
mação e ao conhecimento; Facilitar a ob-
As redes de informação no Brasil es-
tenção de informações disponíveis na In-
tão consolidando ações que se concentram
ternet.
em funções que vão desde as tradicionais,
como já se fazia no início do século 20, até Na segunda, os objetivos referem-se
as essencialmente produzidas em ambien- ao controle e organização da informação,
te virtual. As principais ações/atividades que contribuem no controle bibliográfico e
das redes concentram-se em: Intercâmbio na adoção e no desenvolvimento de ins-
de materiais informacionais (empréstimo trumentos de organização da informação e
entre bibliotecas; comutação de cópias de consistem em: Propiciar o acesso aos re-
documentos e arquivos); União de catálo- gistros bibliográficos; Criar metodologias e
gos; Catalogação cooperativa; Serviço de instrumentos para organização da informa-
indexação e resumos; Acesso ao texto ção; Ser instrumento de controle bibliográ-
completo de documentos em Ciência e fico; Produzir catálogos coletivos; Facilitar
Tecnologia; Acesso a informações disponí- e desenvolver os processos e fluxos da
organização da informação; Intercambiar
registros bibliográficos; Desenvolver meca-
51
http://sistemasweb.desenvolvimento.gov.br/INVES nismos de organização das informações
TIMENTO_WEB
52
http://www.cadejur.com.br/ disponíveis na Internet.

Inf.Inf., Londrina, v. 10, n. 1/2, jan./dez. 2005


Redes de informação: o ponto de contato dos serviços e unidades de informação... Maria Inês Tomaél

Em uma dimensão baseada na dis- logias da informação, mas mesmo assim


seminação (terceira) os objetivos estão essas iniciativas precisam de maior articu-
alicerçados na difusão da informação e do lação e desenvolvimento para que de fato
conhecimento e estabelecem os meios e possamos atingir todas as áreas do conhe-
recursos para a propagação da informa- cimento. É necessário maior empenho e
ção, e constituem-se em: Desenvolver ser- capacitação profissional para empreen-
viços e produtos de informação a comuni- dermos ações que possam integrar mais e
dades específicas; Prestar subsídios infor- gerar maiores benefícios.
macionais às ações científicas, tecnológi-
A participação brasileira em rede ain-
cas e industriais; Agregar valor às informa-
da é pequena, a maior parte dos serviços e
ções disponíveis na Internet.
unidades de informação insere-se em re-
E na última dimensão, os objetivos ar- des tradicionais, que existem há cerca de
rolam a gestão das redes, o que significa 15 anos ou mais. Tais redes estão traba-
direcionar o processo de organização e lhando apoiadas em recursos tecnológicos
funcionamento das próprias redes, median- e em pessoal especializado e mantendo
te planejamento e organização de ações suas funções. Mas poucas redes estão
orientadas à cooperação e ao crescimento desenvolvendo ações alternativas e inova-
individual e coletivo, e consistem em: doras, em relação às mudanças que esta-
Compartilhar recursos e serviços de infor- mos presenciando na sociedade da infor-
mação; Implementar o uso de novas tecno- mação e do conhecimento em que esta-
logias e o desenvolvimento de ações e ins- mos inseridos.
trumentos que as utilizem; Automatizar co-
A partir da Internet, as redes passa-
leções bibliográficas; Diminuir custos, oti-
ram a utilizar seus recursos, modernizan-
mizando recursos; Agilizar processos, ca-
do-se e aproximando seus membros. Po-
pacitando pessoas e ganhando tempo; Im-
demos identificar as redes que a Internet
pulsionar o desenvolvimento da informação
modificou, redes essas que inovaram seus
em C&T; Criar mecanismos para o desen-
processos, adotando, por exemplo, forma-
volvimento de produtos e serviços persona-
tos XML e produzindo bibliotecas virtuais.
lizados.
E identificamos também redes que a Inter-
Pelos objetivos podemos observar net possibilitou. São as redes que a partir
que houve um avanço nas atividades das dos portais puderam organizar e fornecer
redes, que ultimamente contemplam espa- seus produtos e serviços e as que a partir
ços diferenciados – o real e o virtual –, e das informações disponíveis na própria
recursos e serviços coadunados às tecno- Internet estabeleceram e criaram recursos

Inf.Inf., Londrina, v. 10, n. 1/2, jan./dez. 2005


Redes de informação: o ponto de contato dos serviços e unidades de informação... Maria Inês Tomaél

informacionais. Das redes identificadas râmetros, identificamos características pre-


pelo levantamento que deu origem a este sentes nas redes tradicionais e nas redes
trabalho, estamos considerando redes que estão surgindo (Quadro 3), principal-
inovadoras as que a Internet possibilitou. mente no âmbito da Internet.

Apesar do pequeno número de redes


inovadoras, que trabalham com novos pa-

Funções Tradicionais Funções Inovadoras


Mudanças lentas e previsíveis Mudanças rápidas, dinâmicas e incertas
Processos complexos Processos simples
Foco em documentos Foco na informação
Seus serviços e produtos fornecem indica- Seus serviços e produtos fornecem a informa-
ções bibliográficas ção propriamente
Eqüidade Possibilita a personalização

Quadro 3 - Características das redes que mantêm funções tradicionais e das que mantêm
funções inovadoras

A inserção em rede é essencial para


GUINCHAT, Claire; MENOU, Michel. Intro-
que os serviços e as unidades de informa- dução geral às ciências e técnicas da in-
formação e documentação. 2.ed. Brasília:
ção cumpram seus propósitos e consigam IBICT, 1994.
trabalhar com informação, atendendo as
KATZ, William A. Introduction to reference
necessidades e expectativas de sua clien- work. 7.ed. New York: The MacGraw-Hill,
tela. O compartilhamento da informação e 1997. 2v.
a criação e implementação de parcerias LOZANO, Marta. Redes de información:
torna-se cada vez mais a base para o forta- conceptos e historia. In: SIMPOSIO
ELECTRÓNICO REDES DE
lecimento de ações que possibilitam efeti- BIBLIOTECAS: oportunidad para el cam-
vamente o acesso à informação nas dife- bio. Buenos Aires, 6 a 28 de maio de 2004.

rentes áreas do conhecimento. McCALLUM, Sally H. Metadata, protocol,


and identifier activities: Library of Congress
REFERÊNCIAS IFLA/CDNL Alliance for Bibliographic Stan-
dards Report. In: WORLD LIBRARY AND
BARBOSA, Alice Príncipe. Novos rumos da INFORMATION CONGRESS: IFLA Gen-
catalogação. Rio de Janeiro: BNG/Brasilart, eral Conference and Council, 70. Procee-
1978. dings… Buenos Aires, 22-27 Aug. 2004.
Disponível em:
ELKINGTON, Nancy E.; MASSIE, Dennis. <http://www.ifla.org/IV/ifla70/papers/024e-
The changing nature of international re- McCallum.pdf>. Acesso em: 16 ago. 2004.
source sharing: risks and benefits of col-
laboration. Interlending & Document Sup- MCGARRY, Kevin. O contexto dinâmico da
ply, v.27, n.4, p.148-153, 1999. informação: uma análise introdutória. Bra-
sília: Briquet de Lemos/Livros, 1999.

Inf.Inf., Londrina, v. 10, n. 1/2, jan./dez. 2005


Redes de informação: o ponto de contato dos serviços e unidades de informação... Maria Inês Tomaél

PACKER, Abel Laerte. O papel da rede


brasileira de Informação em Ciências da
Saúde na construção da biblioteca virtual Maria Inês Tomaél
em Saúde. In: REUNIÃO DA REDE Professora do Departamento de Ciência da
BRASILEIRA DE INFORMAÇÃO EM CI- Informação da Universidade Estadual de Lon-
ÊNCIAS DA SAÚDE, 8. Florianópolis, 25 drina. Mestre em Educação (UEL). Doutora em
de abril de 2000. Disponível em: Ciência da Informação (Escola de Ciência da
<http://www.bireme.br/bvs/snbu/snbu_doc. Informação – UFMG)
htm>. Acesso em: 15 jun. 2004. mitomael@uel.br

RODRIGUES, Ricardo. Programa de co-


mutação bibliográfica COMUT. In: WORLD
LIBRARY AND INFORMATION
CONGRESS: IFLA General Conference Title
and Council, 70. Proceedings… Buenos
Information Networks: The Contact Point of
Aires, 22-27 Aug. 2004. Disponível em: Information Services and Units in Brazil
<http://www.ifla.org/IV/ifla70/papers/150s-
Rodrigues.pdf>. Acesso em: 16 ago. 2004.
Abstract
ROWLEY, Jennifer. Informática para biblio- The information services and units, organized
tecas. Brasília: Briquet Lemos/Livros, 1994. in networks, perform a vital role in the informa-
Cap. 15, p.285-302. tion management processes, since the acquisi-
tion, organization, and dissemination, until the
SILVA, Edna Lúcia da. Compartilhamento information attainment by the final user. With
de recursos e o papel das redes de infor- the objective of raising the participation of the
mação. Revista de Biblioteconomia de Bra- information services and units in networks in
sília, Brasília,v.14, n.2, p.209-225, jul./dez. Brazil, it was carried out an investigation, in
1986. which were consulted, especially, the web sites
of the most important Brazilian university libra-
ries, which resulted in a mapping of the current
VIEIRA, Anna da Soledade. Redes de ICT
networks in Brazil. It was identified the Brazilian
e a participação brasileira. Brasília: IBICT, participation in 41 networks, which were cate-
1994. gorized according to their function. The cate-
gory with the largest number of networks is the
WEISZ, Joel; ROCO, Mihail C. Rede de specialized information; however, it was also
pesquisa em educação em engenharia nas found networks of information matching, net-
Américas. Rio de Janeiro: FINEP, 1996. works of information services, networks of in-
formation processing, and networks of digital
ZAHER, Célia Ribeiro. Consorcio electróni- information. The participation in a network in-
co de bibliotecas: um plan de cooperación creases the institutional and informational as-
bibliográfica. In: WORLD LIBRARY AND sets, and, in the contemporary society, it has
INFORMATION CONGRESS: IFLA Gen- become, more and more, the foundation for
eral Conference and Council, 70. Proceed- actions strengthening.
ings… Buenos Aires, 22-27 Aug. 2004.
Disponível em: Keywords
<http://www.ifla.org/IV/ifla70/papers/010s_t Information Networks, Cooperative Services,
rans-Ribeiro-Zaher.pdf>. Acesso em: 16 Information Services and Units
ago. 2004.

Inf.Inf., Londrina, v. 10, n. 1/2, jan./dez. 2005


Redes de informação: o ponto de contato dos serviços e unidades de informação... Maria Inês Tomaél

Título
Redes de Información: el Punto de Contacto de
los Servicios y Unidades de Información en
Brasil

Resumen
Los servicios y las unidades de información,
organizados en red, ejercen una función esen-
cial en los procesos de la gestión de la infor-
mación, desde la aquisición, organización, di-
seminación hasta la obtención de la informaci-
ón por el usuario final. Con el objetivo de levan-
tar la participación de los servicios y unidades
de información en redes, en Brasil, procede-
mos a un levantamiento, en que consultamos,
especialmente, los sites de las principales bi-
bliotecas universitárias que resultó en un ma-
peamento de las redes presentes en Brasil.
Identificamos la participación brasileña en 41
redes, que fueron categorizadas de acuerdo
con su función. La categoría que detiene el
mayor número de redes es la de información
especializada, mientras encontramos, también,
redes de compatibilización de la información,
redes de servicios de información, redes de
procesamiento de información y redes de in-
formación digital. La participación en red au-
menta los activos institucionales e informacio-
nales y en la sociedad contemporánea son,
cada vez más, la base para el fortalecimiento
de acciones.

Palabras Clave
Redes de Información, Servicios Coperativos,
Servicios y Unidades de Información

Inf.Inf., Londrina, v. 10, n. 1/2, jan./dez. 2005

Você também pode gostar