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A PASSAGEIRA

CLANDESTINA
AUTORA
Sandra Aymone

COORDENAÇÃO EDITORIAL
Camila Bellenzani
Maria Fernanda Moscheta

COLABORADORES
Ana Maria de Marchi
Ariane Oliveira dos Santos
Cibele Helena Salvaterra
Cristiana Cassanelli
Isabela Botaro
Luciana Ferreira
Maria Eugênia Sosa
Patrícia del Pilar Samur San Martin
Telma Ramos

ILUSTRAÇÕES
Pierre Trabbold

REVISÃO DE TEXTO
Francisco José Couto Mais tarde, Serginho lembrou-se de perguntar:
DIAGRAMAÇÃO – Iuri, você acabou não contando por que motivo veio ao passado desta vez! Qual era sua
Linea Creativa missão, afinal?
REALIZAÇÃO Iuri respondeu, meio sem graça:
Fundação EDUCAR DPaschoal
www.educardpaschoal.org.br – Não tinha missão nenhuma. Meu pai proibiu viagens ao passado para não desperdiçar
(19) 3728-8129 combustível. Só poderei vir quando houver um motivo muito forte.
– Ué, então você desobedeceu ao seu pai? – estranhou Julinho.
– O pior é que não! Eu estava só limpando o cronomóvel e não vi quando essa danadinha
Todos os livros da Fundação EDUCAR são distribuídos gratuitamente
em escolas públicas, instituições e bibliotecas. entrou. Foi ela que acionou o programa de viagem no tempo!
Esta obra foi impressa em cartão royal 250g/m2 (capa) e couché 145 g/m2 Todos olharam espantados para a “danadinha”, que fez a maior cara de inocente...
(miolo), na Gráfica e Editora Modelo Ltda., no ano de 2004, com tiragem de
5.000 exemplares.

Todos na Vila do Jaguari gostavam de ter água, mas não preservavam o rio. Ana e sua turma decidiram fazer um
protesto, chamando a atenção de todos, que se conscientizaram e pensaram melhor no que estavam fazendo.
Ana Caroline Vieira Guimarães - 12 anos 27
O TEMPO E O ESPAÇO
Os nomes dos personagens Iuri e Valentina, as crianças que viajam no tempo, são uma
homenagem ao primeiro homem e à primeira mulher que realizaram viagens no espaço.
Em abril de 1961, o cosmonauta russo Yuri Gagarin voou na órbita do nosso planeta e
disse a frase que ficou famosa: “A Terra é azul!”. Sua nave se chamava Vostok 1. Em
junho de 1963, Valentina Tereshkova, também russa, cumpriu sua missão na Vostok 6.
Quando chegou a hora da despedida, Carolina disse a Iuri:
– Se o seu pai começar a lhe dar bronca, diga que a viagem foi útil para a Valentina
aprender a parar de desperdiçar! Ela até já se comprometeu a ensinar tudo aos seus
coleguinhas!
A PASSAGEIRA
Enquanto isso, Valentina não parava de abraçar e beijar mil vezes cada um de seus novos CLANDESTINA
amigos. Iuri, que já tinha se despedido, ficou impaciente:
– Chega menina! Desse jeito vai gastar todos os seus beijos!
Mas dona Célia a defendeu:
– Deixe disso, Iuri! Beijo e carinho são coisas que a gente pode dar à vontade, sem medo
de desperdiçar! História criada em colaboração
com as crianças do Grupo DPaschoal

Thalyta Generoso Silva - 12 anos

Depois de ver um pouco de televisão, eu vou dormir. Mas antes passo no banheiro para escovar os dentes.
Uso pasta, escova e...? Água de novo! Aí percebemos que desde que levantamos até irmos deitar usamos
muita água, por isso temos que economizar.
28 Mylena Ferreira Lopes - 11 anos
Apesar de ser domingo, Julinho acordou cedo. Naquela semana, seu pai havia trazido para
casa dois grandes recipientes de metal, dizendo que ia usá-los para armazenar água da
chuva. Explicou:
– A água tratada que sai das torneiras não deve ser desperdiçada! Ela passa por vários
processos complicados para ficar limpinha e saudável, e muitas vezes é usada em atividades
que nem aproveitam todo esse tratamento.
– Quais? – quis saber Julinho.

Letícia Queiroz da Silva - 10 anos

Todos rolavam de rir com as idéias malucas da menina, que ainda insistiu:
– Ah, já sei! É a dos Três Porquinhos! O Lobo desperdiçou toda a palha quando assoprou a
casinha!
Luciana resolveu contar.
– É a história da Cigarra e da Formiga! A Formiga trabalhava e economizava alimento para
o inverno. A Cigarra não guardava nada, só cantava, e se deu mal...
– É mesmo! – concordou Iuri, que conhecia essa fábula.

Se para viver é preciso economizar, eu não vou desperdiçar e vou falar para as Papai e mamãe me ensinaram que não devemos ter o olho maior do que a barriga; devemos colocar no prato somente
pessoas fazerem o mesmo, porque quero viver até ficar velhinha e ser vovó. o que vamos comer. Eles sempre mostram que enquanto eu estou comendo, há muitas pessoas que estão com fome.
4 Nayara Cristina da Silva - 7 anos Karina Signorette de Melo - 8 anos 25
– É a da Branca de Neve! Ela – Limpar o chão, molhar as plantas e lavar o carro, por exemplo, são atividades em que a
desperdiçou a maçã comendo só água não precisa ser tratada. É por isso que eu trouxe esses latões. Vamos juntar água da
um pedacinho! – E depois: – Não, chuva e usá-la para essas coisas! Além de não desperdiçarmos, vamos fazer economia,
não, é a de João e o Pé de Feijão! porque a água da chuva é de graça!
A mãe dele desperdiçou os feijões Julinho gostou da idéia e se encarregou de tomar conta dos latões, tirando a tampa deles
jogando tudo pela janela! sempre que chovesse e depois tampando-os de novo, para não dar chance à dengue.
Na noite anterior, a chuva tinha sido das grandes, e o menino estava ansioso para ver se os
latões tinham enchido.

Leonardo Henrique A. de Souza - 2 anos

Jessica Caroline Hoas - 10 anos

Há muitos anos atrás havia uma cidade chamada Feliz. As pessoas, acostumadas a ter fartura,
gastavam água em abundância, deixavam todas as luzes da casa ligadas e não poupavam comida. João é um pequeno produtor do interior. O que sobra de verduras e frutas, ele vende na cidade e reparte com os
Um certo dia acordaram e o país estava em crise... mais pobres. Lá tem uma mina e ele toma muito cuidado com ela. Ele tem também tambores de lixo e material reciclável.
24 Franciele G. dos Reis - 12 anos Thauane Silva Leal - 8 anos 5
Quando chegou ao quintal, no entanto, a surpresa foi grande! Luciana teve uma idéia:
Os latões estavam tombados, e sobre eles tinha aterrissado uma nave que Julinho – Lembrei de uma história bem
conhecia muito bem: era o cronomóvel, a nave capaz de viajar no tempo, que pertencia a conhecida que mostra como o
Iuri, o menino do futuro. desperdício pode prejudicar a
Apesar da frustração de ver toda a água derramada, Julinho ficou supercontente! Fazia um gente! Quem adivinha qual é?
ano que não via Iuri. Ele vivia aqui mesmo, na Terra, mas no ano 2254, e às vezes voltava ao Todos se puseram a pensar, mas
passado. Numa dessas viagens, tinha conhecido Julinho e seus amigos Serginho, Carolina e estava difícil. Valentina deu as
Luciana. opiniões mais absurdas. Disse:

Danielle Mauricio Miano - 7 anos

Vitor Silva Schwendler - 10 anos

Desde meus seis anos de idade, meu avô do coração me pergunta: “Você é das que fazem
Vamos ajudar o mundo a se cuidar acontecer, ou espera acontecer?” E eu respondo: “Eu sou das que fazem acontecer”.
sem desperdiçar e sim economizar Cada um de nós, juntos ou sozinho, pode agir tentando proteger a vida.
6 Vitor Mendes do Amaral - 9 anos Marcella Cristina Cicala Magalhães - 10 anos 23
Carolina falou: Iuri saiu tão zangado do cronomóvel, que nem percebeu a presença de Julinho. Falou para
– Olhem que incrível essa alguém que estava no interior da nave:
frase que eu encontrei numa – Então foi você, né, sua xereta? Viu o que fez? Mexeu onde não devia e quase quebrou
revista: “Se no almoço e no meu cronomóvel! Quem mandou entrar aí?
jantar você deixar 50 gramas Em seguida, foi saindo uma menininha com expressão envergonhada, que respondeu:
de alimento no prato, em 1 ano
– Eu sabia que você não ia querer me levar pra passear, por isso entrei escondida...
terá desperdiçado 36 quilos e
meio de alimentos. Essa Julinho se aproximou, dizendo:
quantidade é suficiente para – E aí? Não fala mais com velhos amigos?
alimentar 91 crianças com
uma refeição de 400 gramas”. Rosaine Maximino Barros - 9 anos

Pedro Botelho C. Oliveira - 11 anos

Nessa turma tem uma menina muito esperta que mobiliza os moradores a separar o lixo. O lixo que dá para reciclar, Tem crianças que não se dão conta do desperdício; colocam comida no prato e não conseguem comer,
ela leva para a escola, e com o resto ela ensina a fazer adubo orgânico para hortas e jardins. deixam a TV ligada para as paredes, tomam banho de 30 minutos ou até mais.
22 Aline Martines Ortegoza - 8 anos Suellen Carolina Vilela - 12 anos 7
Quando Iuri viu Julinho, ficou contentíssimo e os dois se abraçaram com força. O menino – Falando em porcentagem,
do futuro disse: sei uma também. – disse
– Desculpe pela aterrissagem desastrada no seu quintal. Mas só agora descobri uma Julinho. – 35% do lixo
passageira clandestina que andou acionando comandos sem que eu visse. – E mostrando a produzido na cidade de São
menina, apresentou: – Essa é Valentina, minha priminha abelhuda... Paulo, por exemplo, são
materiais que poderiam ser
Valentina já tinha perdido a expressão tímida. Disse “oi” a Julinho e já foi caminhando com
reciclados, como papéis,
desembaraço na direção da casa, olhando em volta com curiosidade.
vidros, latinhas e plásticos.
– Que astronáutico! – exclamou. – Só vi uma casa assim antes no museu! Quer dizer, se as pessoas
separassem e encaminhassem
isso para a reciclagem, haveria
Luiz Fernando Barbosa Passos - 6 anos
35% menos lixo!

Pedro Benatti - 7 anos

Na minha escola tem reciclagem de lixo e na aula de Artes eu pego garrafas de plástico, rolo de Cada um se preocupando, e os colegas conscientizando,
papel higiênico, tampinha de garrafa de metal e transformo tudo isso em arte para mim. desperdício não haverá e nada a nós e aos outros faltará!
8 Hugo Calles Tavares - 10 anos Caroline Dallacorte - 12 anos 21
– Vocês sabiam que 97% da As duas crianças foram muito bem recebidas pelos pais de Julinho. A mãe do menino,
água que existe no mundo é dona Célia, convidou-os para o café da manhã. Iuri agradeceu e disse que tinham acabado
salgada? E que dos 3% de de almoçar em sua casa, e a viagem tinha sido bem rápida, portanto não estavam com fome.
água doce, mais da metade Valentina discordou. Sentou à mesa e pediu de tudo: chocolate com leite, pão de queijo,
está nas geleiras? A água que bolacha, torradas, mingau... Tomou um golinho do leite, deu uma mordidinha em cada
pode ser usada pelas alimento e nem tocou no mingau. Dando-se por satisfeita, levantou da mesa. Iuri falou:
pessoas é só 1% do total! –
– Não disse? Sabia que ela não estava com fome.
falou Serginho.
Dona Célia teve que jogar as sobras no lixo.

Diogo Thomás C. Pinheiro - 10 anos

Gabriele Cândido de Souza - 12 anos

Desde cedo eu aprendi com meus pais a dar valor para tudo o que eu tenho. Na escola, falo para Era uma vez uma menina que deixou a torneira aberta e foi ao mercado. Quando voltou, não tinha mais nenhuma
meus colegas não deixarem resto de comida no prato, porque isso não é inteligente. gota de água. Daquele dia em diante, ela diz para todo o mundo essa frase: “Quem não desperdiça, tem”.
20 Yara Caroline Pan - 9 anos Carolina Soares Medeiros - 11 anos 9
Num minuto, Valentina já estava examinando os aparelhos da casa. Colocou um CD para – E o desperdício de papel
tocar, ligou a tevê, o ventilador, o computador, o liquidificador, o aspirador de pó e até um não é o único que prejudica a
secador de cabelos que encontrou. Acendeu todas as luzes, apesar do dia ensolarado. Os natureza! – continuou Iuri. –
meninos iam atrás desligando tudo, porque ela não parava nem um minuto em cada lugar. Trouxemos uma porção de
Julinho brincou: desenhos e redações de
– Já sei o que sua priminha vai ser quando crescer. Desequilíbrio ecológico! crianças sobre isso. Quer ver?

Os dois caíram na risada. Valentina ficou curiosa e


logo respondeu:
Quando Valentina resolveu mexer na máquina de lavar roupa, dona Célia interferiu:
– Quero!
Enquanto mostravam os
trabalhos, os meninos faziam
Nicole Vieira de M. Vasques - 5 anos
comentários:

Nathalia Beatriz de Oliveira - 3 anos

Meu pai nasceu num sítio, no interior do Paraná. Seus brinquedos eram improvisados. Brincava de peteca, Pedro é um fazendeiro muito rico. Ele pensa que com tanto dinheiro, não precisa economizar. Pedro, não desperdice
subir em árvores, pular corda etc. Hoje se gasta muito, até o que não se tem, para comprar brinquedos. tanto assim, economizar tudo o que temos é bom para o nosso bolso e para nossa vida.
10 Tiago Ferreira - 12 anos Alessandro de Almeida Melo - 8 anos 19
– Valentina, você sabia que para fabricar papel é preciso cortar árvores?
– É mesmo? – espantou-se ela. – Lá onde eu moro tem muito menos árvores que aqui.
Acho que quase todas já viraram papel...
– Pois é. – disse Carolina. – Se todo mundo desperdiçar papel como você está fazendo,
logo não vai sobrar mais nenhuma árvore no planeta.
Valentina olhou envergonhada para a pilha de papéis amassados.

– Querida, que tal tomar um banho? É bom para descansar da viagem.


A menina gostou da idéia.
Julinho e Iuri resolveram aproveitar os minutos de sossego e telefonaram para Luciana,
combinando um encontro na casa dela. Serginho e Carolina também foram avisados.
Dona Célia esperou meia hora e, ao ouvir o chuveiro ainda ligado, bateu na porta do
banheiro. Quando entrou, viu que Valentina nem tinha tirado a roupa. Enquanto a água corria,
ela brincava de fazer espuma com o sabonete na pia. Além disso, tinha colocado creme
dental até o cabo em todas as escovas de dente que encontrou!
Olhando muito séria para a mãe de Julinho, disse:
Juan Lucas B. Paiato - 4 anos
– Que pena! O sabonete acabou! Arranja mais pra mim?

Aprendi na escola que se não economizarmos água hoje, no futuro sofreremos com a falta dela. Era uma vez uma família que desperdiçava tudo. No final do mês, o pai ficava muito bravo porque as
E água é vida para nós. contas de água e luz ficavam muito caras e não sobrava dinheiro para nada.
18 Marcela de Sousa - 7 anos Tales Alexandre dos Santos Silva - 6 anos 11
Depois dos abraços e beijos, e da enorme alegria de estarem novamente reunidos, Julinho Quando chegaram, encontraram Valentina no meio de uma enorme pilha de papéis
contou aos amigos que Iuri tinha trazido, sem querer, uma passageira do barulho... amassados. Para distraí-la depois do banho, dona Célia tinha sugerido que ela fosse
Após ouvir tudo o que a menina tinha aprontado nesse pouco tempo, Luciana comentou: desenhar um pouco. Como nunca ficava satisfeita com seus rabiscos, amassava os papéis
quase em branco, um atrás do outro.
– Que coisa! No futuro não ensinam as crianças a evitar desperdício? Será que sempre vai
ter gente que coloca no prato mais comida do que consegue comer? Ao ver o primo de volta com os amigos, Valentina largou tudo no chão e quis conhecê-los.
Depois de dar-lhe um beijo, Serginho disse:

Pâmela Vitória Soler - 3 anos

Julia Rodrigues Piva - 1 ano

Que esse problema possa acabar algum dia é o que todo mundo espera também. Certo dia Julia e suas irmãs resolveram fazer uma competição para ver quem demorava menos no banho. Nessa simples
Que as lágrimas de fome possam se tornar grandes sorrisos de alegria. competição, economizaram mais de 1200 litros de água. Imagine se cada um de nós fizesse a sua parte!
12 Patrick de Menezes Almeida - 7 anos Isabella Cirello Alves - 12 anos 17
– Achei legal esse trabalho, Carolina acrescentou:
Carolina! Pensar sobre isso é – Da primeira vez que você
mais uma forma de ajudar a esteve aqui, contou que na sua
humanidade a ter um mundo época, daqui a 250 anos, a
melhor no futuro! Se falarmos natureza do nosso planeta quase
sobre formas de evitar o não existia mais. Isso aconteceu
desperdício a muitas pessoas, porque existem seres humanos
estaremos fazendo mais um que acham normal desperdiçar
bem ao nosso amigo que veio tudo o que ela nos oferece:
do futuro e a todas as pessoas alimentos, água, energia,
que virão depois de nós... materiais e muitas outras
– Que lindo isso que você coisas... Quem usa o que tem
Igor Amorim Pereira - 6 anos disse! – exclamou Carolina, sem controlar, acaba sem nada. Janaina Bueno de Godoi - 11 anos

comovida.

Murilo Pereira dos Santos - 5 anos Rúbia Suelen Amorim - 11 anos

Eu e o meu irmão estamos aprendendo a economizar. Como? Procurando ajudar nossos pais, Meu pai me ensinou que nunca podemos desperdiçar nada. Tomar banho rápido e sem brincadeira,
reciclando, economizando energia, cuidando do nosso próprio futuro. acender a luz só se for necessário e a televisão também.
16 Thaynara Barcelos da Rocha - 8 anos Guilherme Alves da Silva - 8 anos 13
Serginho concordou e lembrou: – Tenho uma idéia! – disse Serginho.
– Carolina, você não estava organizando um mural sobre isso com a sua turma da escola? – Vamos pegar esses desenhos e
– É mesmo! – lembrou a menina. – Foi um trabalho de Ciências. Fizemos textos e textos e mostrar para a Valentina?
desenhos muito bacanas. Gostei tanto que pedi à professora para guardar comigo. Está tudo Talvez vendo o que outras crianças
aqui em casa! pensam sobre o desperdício, ela
mude de atitude com mais facilidade!
Todos gostaram da sugestão e
Carolina foi pegar em seu armário a
pasta com os trabalhos.
Enquanto se dirigiam à casa de
Julinho, Luciana comentou:

Daniel Gomes Januario Jr. - 3 anos

Eduardo Augusto de Almeida - 8 anos Erick Nery Alves - 8 anos


João Paulo Botelho C. Oliveira - 8 anos

João, a esposa e os filhos não se importavam com nada, só queriam vida boa. Achavam que seriam ricos
para sempre e então desperdiçaram tudo. Que pena! Quanta gente carente poderiam ter ajudado! Se todos nós economizarmos, nunca irá sobrar, mas também nunca irá faltar; sempre teremos o que precisarmos.
14 Eduarda Remelinge da Silva Pinto - 9 anos Pâmela Raíssa Gomes Carleto - 11 anos 15
Serginho concordou e lembrou: – Tenho uma idéia! – disse Serginho.
– Carolina, você não estava organizando um mural sobre isso com a sua turma da escola? – Vamos pegar esses desenhos e
– É mesmo! – lembrou a menina. – Foi um trabalho de Ciências. Fizemos textos e textos e mostrar para a Valentina?
desenhos muito bacanas. Gostei tanto que pedi à professora para guardar comigo. Está tudo Talvez vendo o que outras crianças
aqui em casa! pensam sobre o desperdício, ela
mude de atitude com mais facilidade!
Todos gostaram da sugestão e
Carolina foi pegar em seu armário a
pasta com os trabalhos.
Enquanto se dirigiam à casa de
Julinho, Luciana comentou:

Daniel Gomes Januario Jr. - 3 anos

Eduardo Augusto de Almeida - 8 anos Erick Nery Alves - 8 anos


João Paulo Botelho C. Oliveira - 8 anos

João, a esposa e os filhos não se importavam com nada, só queriam vida boa. Achavam que seriam ricos
para sempre e então desperdiçaram tudo. Que pena! Quanta gente carente poderiam ter ajudado! Se todos nós economizarmos, nunca irá sobrar, mas também nunca irá faltar; sempre teremos o que precisarmos.
14 Eduarda Remelinge da Silva Pinto - 9 anos Pâmela Raíssa Gomes Carleto - 11 anos 15
– Achei legal esse trabalho, Carolina acrescentou:
Carolina! Pensar sobre isso é – Da primeira vez que você
mais uma forma de ajudar a esteve aqui, contou que na sua
humanidade a ter um mundo época, daqui a 250 anos, a
melhor no futuro! Se falarmos natureza do nosso planeta quase
sobre formas de evitar o não existia mais. Isso aconteceu
desperdício a muitas pessoas, porque existem seres humanos
estaremos fazendo mais um que acham normal desperdiçar
bem ao nosso amigo que veio tudo o que ela nos oferece:
do futuro e a todas as pessoas alimentos, água, energia,
que virão depois de nós... materiais e muitas outras
– Que lindo isso que você coisas... Quem usa o que tem
Igor Amorim Pereira - 6 anos disse! – exclamou Carolina, sem controlar, acaba sem nada. Janaina Bueno de Godoi - 11 anos

comovida.

Murilo Pereira dos Santos - 5 anos Rúbia Suelen Amorim - 11 anos

Eu e o meu irmão estamos aprendendo a economizar. Como? Procurando ajudar nossos pais, Meu pai me ensinou que nunca podemos desperdiçar nada. Tomar banho rápido e sem brincadeira,
reciclando, economizando energia, cuidando do nosso próprio futuro. acender a luz só se for necessário e a televisão também.
16 Thaynara Barcelos da Rocha - 8 anos Guilherme Alves da Silva - 8 anos 13
Depois dos abraços e beijos, e da enorme alegria de estarem novamente reunidos, Julinho Quando chegaram, encontraram Valentina no meio de uma enorme pilha de papéis
contou aos amigos que Iuri tinha trazido, sem querer, uma passageira do barulho... amassados. Para distraí-la depois do banho, dona Célia tinha sugerido que ela fosse
Após ouvir tudo o que a menina tinha aprontado nesse pouco tempo, Luciana comentou: desenhar um pouco. Como nunca ficava satisfeita com seus rabiscos, amassava os papéis
quase em branco, um atrás do outro.
– Que coisa! No futuro não ensinam as crianças a evitar desperdício? Será que sempre vai
ter gente que coloca no prato mais comida do que consegue comer? Ao ver o primo de volta com os amigos, Valentina largou tudo no chão e quis conhecê-los.
Depois de dar-lhe um beijo, Serginho disse:

Pâmela Vitória Soler - 3 anos

Julia Rodrigues Piva - 1 ano

Que esse problema possa acabar algum dia é o que todo mundo espera também. Certo dia Julia e suas irmãs resolveram fazer uma competição para ver quem demorava menos no banho. Nessa simples
Que as lágrimas de fome possam se tornar grandes sorrisos de alegria. competição, economizaram mais de 1200 litros de água. Imagine se cada um de nós fizesse a sua parte!
12 Patrick de Menezes Almeida - 7 anos Isabella Cirello Alves - 12 anos 17
– Valentina, você sabia que para fabricar papel é preciso cortar árvores?
– É mesmo? – espantou-se ela. – Lá onde eu moro tem muito menos árvores que aqui.
Acho que quase todas já viraram papel...
– Pois é. – disse Carolina. – Se todo mundo desperdiçar papel como você está fazendo,
logo não vai sobrar mais nenhuma árvore no planeta.
Valentina olhou envergonhada para a pilha de papéis amassados.

– Querida, que tal tomar um banho? É bom para descansar da viagem.


A menina gostou da idéia.
Julinho e Iuri resolveram aproveitar os minutos de sossego e telefonaram para Luciana,
combinando um encontro na casa dela. Serginho e Carolina também foram avisados.
Dona Célia esperou meia hora e, ao ouvir o chuveiro ainda ligado, bateu na porta do
banheiro. Quando entrou, viu que Valentina nem tinha tirado a roupa. Enquanto a água corria,
ela brincava de fazer espuma com o sabonete na pia. Além disso, tinha colocado creme
dental até o cabo em todas as escovas de dente que encontrou!
Olhando muito séria para a mãe de Julinho, disse:
Juan Lucas B. Paiato - 4 anos
– Que pena! O sabonete acabou! Arranja mais pra mim?

Aprendi na escola que se não economizarmos água hoje, no futuro sofreremos com a falta dela. Era uma vez uma família que desperdiçava tudo. No final do mês, o pai ficava muito bravo porque as
E água é vida para nós. contas de água e luz ficavam muito caras e não sobrava dinheiro para nada.
18 Marcela de Sousa - 7 anos Tales Alexandre dos Santos Silva - 6 anos 11
Num minuto, Valentina já estava examinando os aparelhos da casa. Colocou um CD para – E o desperdício de papel
tocar, ligou a tevê, o ventilador, o computador, o liquidificador, o aspirador de pó e até um não é o único que prejudica a
secador de cabelos que encontrou. Acendeu todas as luzes, apesar do dia ensolarado. Os natureza! – continuou Iuri. –
meninos iam atrás desligando tudo, porque ela não parava nem um minuto em cada lugar. Trouxemos uma porção de
Julinho brincou: desenhos e redações de
– Já sei o que sua priminha vai ser quando crescer. Desequilíbrio ecológico! crianças sobre isso. Quer ver?

Os dois caíram na risada. Valentina ficou curiosa e


logo respondeu:
Quando Valentina resolveu mexer na máquina de lavar roupa, dona Célia interferiu:
– Quero!
Enquanto mostravam os
trabalhos, os meninos faziam
Nicole Vieira de M. Vasques - 5 anos
comentários:

Nathalia Beatriz de Oliveira - 3 anos

Meu pai nasceu num sítio, no interior do Paraná. Seus brinquedos eram improvisados. Brincava de peteca, Pedro é um fazendeiro muito rico. Ele pensa que com tanto dinheiro, não precisa economizar. Pedro, não desperdice
subir em árvores, pular corda etc. Hoje se gasta muito, até o que não se tem, para comprar brinquedos. tanto assim, economizar tudo o que temos é bom para o nosso bolso e para nossa vida.
10 Tiago Ferreira - 12 anos Alessandro de Almeida Melo - 8 anos 19
– Vocês sabiam que 97% da As duas crianças foram muito bem recebidas pelos pais de Julinho. A mãe do menino,
água que existe no mundo é dona Célia, convidou-os para o café da manhã. Iuri agradeceu e disse que tinham acabado
salgada? E que dos 3% de de almoçar em sua casa, e a viagem tinha sido bem rápida, portanto não estavam com fome.
água doce, mais da metade Valentina discordou. Sentou à mesa e pediu de tudo: chocolate com leite, pão de queijo,
está nas geleiras? A água que bolacha, torradas, mingau... Tomou um golinho do leite, deu uma mordidinha em cada
pode ser usada pelas alimento e nem tocou no mingau. Dando-se por satisfeita, levantou da mesa. Iuri falou:
pessoas é só 1% do total! –
– Não disse? Sabia que ela não estava com fome.
falou Serginho.
Dona Célia teve que jogar as sobras no lixo.

Diogo Thomás C. Pinheiro - 10 anos

Gabriele Cândido de Souza - 12 anos

Desde cedo eu aprendi com meus pais a dar valor para tudo o que eu tenho. Na escola, falo para Era uma vez uma menina que deixou a torneira aberta e foi ao mercado. Quando voltou, não tinha mais nenhuma
meus colegas não deixarem resto de comida no prato, porque isso não é inteligente. gota de água. Daquele dia em diante, ela diz para todo o mundo essa frase: “Quem não desperdiça, tem”.
20 Yara Caroline Pan - 9 anos Carolina Soares Medeiros - 11 anos 9
Quando Iuri viu Julinho, ficou contentíssimo e os dois se abraçaram com força. O menino – Falando em porcentagem,
do futuro disse: sei uma também. – disse
– Desculpe pela aterrissagem desastrada no seu quintal. Mas só agora descobri uma Julinho. – 35% do lixo
passageira clandestina que andou acionando comandos sem que eu visse. – E mostrando a produzido na cidade de São
menina, apresentou: – Essa é Valentina, minha priminha abelhuda... Paulo, por exemplo, são
materiais que poderiam ser
Valentina já tinha perdido a expressão tímida. Disse “oi” a Julinho e já foi caminhando com
reciclados, como papéis,
desembaraço na direção da casa, olhando em volta com curiosidade.
vidros, latinhas e plásticos.
– Que astronáutico! – exclamou. – Só vi uma casa assim antes no museu! Quer dizer, se as pessoas
separassem e encaminhassem
isso para a reciclagem, haveria
Luiz Fernando Barbosa Passos - 6 anos
35% menos lixo!

Pedro Benatti - 7 anos

Na minha escola tem reciclagem de lixo e na aula de Artes eu pego garrafas de plástico, rolo de Cada um se preocupando, e os colegas conscientizando,
papel higiênico, tampinha de garrafa de metal e transformo tudo isso em arte para mim. desperdício não haverá e nada a nós e aos outros faltará!
8 Hugo Calles Tavares - 10 anos Caroline Dallacorte - 12 anos 21
Carolina falou: Iuri saiu tão zangado do cronomóvel, que nem percebeu a presença de Julinho. Falou para
– Olhem que incrível essa alguém que estava no interior da nave:
frase que eu encontrei numa – Então foi você, né, sua xereta? Viu o que fez? Mexeu onde não devia e quase quebrou
revista: “Se no almoço e no meu cronomóvel! Quem mandou entrar aí?
jantar você deixar 50 gramas Em seguida, foi saindo uma menininha com expressão envergonhada, que respondeu:
de alimento no prato, em 1 ano
– Eu sabia que você não ia querer me levar pra passear, por isso entrei escondida...
terá desperdiçado 36 quilos e
meio de alimentos. Essa Julinho se aproximou, dizendo:
quantidade é suficiente para – E aí? Não fala mais com velhos amigos?
alimentar 91 crianças com
uma refeição de 400 gramas”. Rosaine Maximino Barros - 9 anos

Pedro Botelho C. Oliveira - 11 anos

Nessa turma tem uma menina muito esperta que mobiliza os moradores a separar o lixo. O lixo que dá para reciclar, Tem crianças que não se dão conta do desperdício; colocam comida no prato e não conseguem comer,
ela leva para a escola, e com o resto ela ensina a fazer adubo orgânico para hortas e jardins. deixam a TV ligada para as paredes, tomam banho de 30 minutos ou até mais.
22 Aline Martines Ortegoza - 8 anos Suellen Carolina Vilela - 12 anos 7
Quando chegou ao quintal, no entanto, a surpresa foi grande! Luciana teve uma idéia:
Os latões estavam tombados, e sobre eles tinha aterrissado uma nave que Julinho – Lembrei de uma história bem
conhecia muito bem: era o cronomóvel, a nave capaz de viajar no tempo, que pertencia a conhecida que mostra como o
Iuri, o menino do futuro. desperdício pode prejudicar a
Apesar da frustração de ver toda a água derramada, Julinho ficou supercontente! Fazia um gente! Quem adivinha qual é?
ano que não via Iuri. Ele vivia aqui mesmo, na Terra, mas no ano 2254, e às vezes voltava ao Todos se puseram a pensar, mas
passado. Numa dessas viagens, tinha conhecido Julinho e seus amigos Serginho, Carolina e estava difícil. Valentina deu as
Luciana. opiniões mais absurdas. Disse:

Danielle Mauricio Miano - 7 anos

Vitor Silva Schwendler - 10 anos

Desde meus seis anos de idade, meu avô do coração me pergunta: “Você é das que fazem
Vamos ajudar o mundo a se cuidar acontecer, ou espera acontecer?” E eu respondo: “Eu sou das que fazem acontecer”.
sem desperdiçar e sim economizar Cada um de nós, juntos ou sozinho, pode agir tentando proteger a vida.
6 Vitor Mendes do Amaral - 9 anos Marcella Cristina Cicala Magalhães - 10 anos 23
– É a da Branca de Neve! Ela – Limpar o chão, molhar as plantas e lavar o carro, por exemplo, são atividades em que a
desperdiçou a maçã comendo só água não precisa ser tratada. É por isso que eu trouxe esses latões. Vamos juntar água da
um pedacinho! – E depois: – Não, chuva e usá-la para essas coisas! Além de não desperdiçarmos, vamos fazer economia,
não, é a de João e o Pé de Feijão! porque a água da chuva é de graça!
A mãe dele desperdiçou os feijões Julinho gostou da idéia e se encarregou de tomar conta dos latões, tirando a tampa deles
jogando tudo pela janela! sempre que chovesse e depois tampando-os de novo, para não dar chance à dengue.
Na noite anterior, a chuva tinha sido das grandes, e o menino estava ansioso para ver se os
latões tinham enchido.

Leonardo Henrique A. de Souza - 2 anos

Jessica Caroline Hoas - 10 anos

Há muitos anos atrás havia uma cidade chamada Feliz. As pessoas, acostumadas a ter fartura,
gastavam água em abundância, deixavam todas as luzes da casa ligadas e não poupavam comida. João é um pequeno produtor do interior. O que sobra de verduras e frutas, ele vende na cidade e reparte com os
Um certo dia acordaram e o país estava em crise... mais pobres. Lá tem uma mina e ele toma muito cuidado com ela. Ele tem também tambores de lixo e material reciclável.
24 Franciele G. dos Reis - 12 anos Thauane Silva Leal - 8 anos 5
Apesar de ser domingo, Julinho acordou cedo. Naquela semana, seu pai havia trazido para
casa dois grandes recipientes de metal, dizendo que ia usá-los para armazenar água da
chuva. Explicou:
– A água tratada que sai das torneiras não deve ser desperdiçada! Ela passa por vários
processos complicados para ficar limpinha e saudável, e muitas vezes é usada em atividades
que nem aproveitam todo esse tratamento.
– Quais? – quis saber Julinho.

Letícia Queiroz da Silva - 10 anos

Todos rolavam de rir com as idéias malucas da menina, que ainda insistiu:
– Ah, já sei! É a dos Três Porquinhos! O Lobo desperdiçou toda a palha quando assoprou a
casinha!
Luciana resolveu contar.
– É a história da Cigarra e da Formiga! A Formiga trabalhava e economizava alimento para
o inverno. A Cigarra não guardava nada, só cantava, e se deu mal...
– É mesmo! – concordou Iuri, que conhecia essa fábula.

Se para viver é preciso economizar, eu não vou desperdiçar e vou falar para as Papai e mamãe me ensinaram que não devemos ter o olho maior do que a barriga; devemos colocar no prato somente
pessoas fazerem o mesmo, porque quero viver até ficar velhinha e ser vovó. o que vamos comer. Eles sempre mostram que enquanto eu estou comendo, há muitas pessoas que estão com fome.
4 Nayara Cristina da Silva - 7 anos Karina Signorette de Melo - 8 anos 25
Mesmo antes de acabarem de ver tudo, perceberam que Valentina era esperta e que só se
comportava de forma errada porque ninguém tinha tido uma boa conversa com ela. A
menina entendeu bem depressa que, em nossos pequenos atos do dia-a-dia, podemos ficar
atentos e fazer a nossa parte pela preservação do planeta. Como? Não deixando a luz acesa
Cuidando dos
em cômodos vazios, não lavando calçada com a mangueira, não deixando a torneira aberta Recursos Naturais
enquanto escovamos os dentes, não jogando materiais recicláveis no lixo comum... e mais Solidariedade, respeito ao semelhante, ao diferente, ao meio ambiente e à
um milhão de coisas que vamos descobrindo à medida que mudamos de atitude. coletividade são atitudes que construímos, principalmente, nas situações
vividas em nossa vida cotidiana. Por isso, a família, a escola, o bairro são tão
importantes como contextos para o aprendizado e para o exercício dos valores.
O Concurso “Desenhe, Pinte, Conte” foi criado pela DPaschoal/Fundação
EDUCAR com o objetivo de contribuir com essa troca de informações e
experiências entre adultos e crianças, no que se refere às questões da
atualidade. Entre essas questões, “O Desperdício” foi escolhido como tema da
OÃREV ONREVNI
edição 2004 do concurso.
Sem perceber, às vezes nos acostumamos a muitos atos de desperdício em
casa, no trabalho, na sociedade. A conseqüência mais imediata do desperdício
é a econômica, pois pagamos por algo que não estamos usando, e certamente
esse dinheiro poderia ser empregado em algo útil. Mas o que causa maior
preocupação são as conseqüências que esse tipo de atitude pode acarretar a
médio e longo prazo. É preciso ter consciência de que corremos o risco de
assistir ao esgotamento das reservas de água doce do planeta, além de ver o
lixo crescer de tal forma que, um dia, não haverá mais espaço físico para ele.
LIXO
LIXO RECICLÁVEL Para criar as obras artísticas - desenhos e textos - necessárias à sua
NICO
ORGÂ
participação no concurso, as crianças foram levadas a refletir sobre as diversas
formas de desperdício e sobre as atitudes corretas a assumir. Como sempre, a
PI
LHA
S
atuação dos pais foi de grande importância, informando e incentivando seus
filhos.
Mais uma vez, parabenizamos a todos pela qualidade dos trabalhos
apresentados, que mostrou o envolvimento e a profunda compreensão da
importância desse tema. Ficam aqui nossos sinceros agradecimentos.

Fundação EDUCAR DPaschoal

Quando o homem passa na minha casa, minha mãe entrega tudo o que tem para reciclar. Eu acho isso
muito legal porque ajudamos a natureza e também ajudamos o homem a sustentar a família dele.
26 Jessyca Pummer Silvestre Leite - 7 anos
AUTORA
Sandra Aymone

COORDENAÇÃO EDITORIAL
Camila Bellenzani
Maria Fernanda Moscheta

COLABORADORES
Ana Maria de Marchi
Ariane Oliveira dos Santos
Cibele Helena Salvaterra
Cristiana Cassanelli
Isabela Botaro
Luciana Ferreira
Maria Eugênia Sosa
Patrícia del Pilar Samur San Martin
Telma Ramos

ILUSTRAÇÕES
Pierre Trabbold

REVISÃO DE TEXTO
Francisco José Couto Mais tarde, Serginho lembrou-se de perguntar:
DIAGRAMAÇÃO – Iuri, você acabou não contando por que motivo veio ao passado desta vez! Qual era sua
Linea Creativa missão, afinal?
REALIZAÇÃO Iuri respondeu, meio sem graça:
Fundação EDUCAR DPaschoal
www.educardpaschoal.org.br – Não tinha missão nenhuma. Meu pai proibiu viagens ao passado para não desperdiçar
(19) 3728-8129 combustível. Só poderei vir quando houver um motivo muito forte.
– Ué, então você desobedeceu ao seu pai? – estranhou Julinho.
– O pior é que não! Eu estava só limpando o cronomóvel e não vi quando essa danadinha
Todos os livros da Fundação EDUCAR são distribuídos gratuitamente
em escolas públicas, instituições e bibliotecas. entrou. Foi ela que acionou o programa de viagem no tempo!
Esta obra foi impressa em cartão royal 250g/m2 (capa) e couché 145 g/m2 Todos olharam espantados para a “danadinha”, que fez a maior cara de inocente...
(miolo), na Gráfica e Editora Modelo Ltda., no ano de 2004, com tiragem de
5.000 exemplares.

Todos na Vila do Jaguari gostavam de ter água, mas não preservavam o rio. Ana e sua turma decidiram fazer um
protesto, chamando a atenção de todos, que se conscientizaram e pensaram melhor no que estavam fazendo.
Ana Caroline Vieira Guimarães - 12 anos 27
Quando chegou a hora da despedida, Carolina disse a Iuri:
– Se o seu pai começar a lhe dar bronca, diga que a viagem foi útil para a Valentina
aprender a parar de desperdiçar! Ela até já se comprometeu a ensinar tudo aos seus
coleguinhas!
A PASSAGEIRA
Enquanto isso, Valentina não parava de abraçar e beijar mil vezes cada um de seus novos CLANDESTINA
amigos. Iuri, que já tinha se despedido, ficou impaciente:
– Chega menina! Desse jeito vai gastar todos os seus beijos!
Mas dona Célia a defendeu:
– Deixe disso, Iuri! Beijo e carinho são coisas que a gente pode dar à vontade, sem medo
de desperdiçar! História criada em colaboração
com as crianças do Grupo DPaschoal

Thalyta Generoso Silva - 12 anos

Depois de ver um pouco de televisão, eu vou dormir. Mas antes passo no banheiro para escovar os dentes.
Uso pasta, escova e...? Água de novo! Aí percebemos que desde que levantamos até irmos deitar usamos
muita água, por isso temos que economizar.
28 Mylena Ferreira Lopes - 11 anos
O TEMPO E O ESPAÇO
Os nomes dos personagens Iuri e Valentina, as crianças que viajam no tempo, são uma
homenagem ao primeiro homem e à primeira mulher que realizaram viagens no espaço.
Em abril de 1961, o cosmonauta russo Yuri Gagarin voou na órbita do nosso planeta e
disse a frase que ficou famosa: “A Terra é azul!”. Sua nave se chamava Vostok 1. Em
junho de 1963, Valentina Tereshkova, também russa, cumpriu sua missão na Vostok 6.
Mesmo antes de acabarem de ver tudo, perceberam que Valentina era esperta e que só se
comportava de forma errada porque ninguém tinha tido uma boa conversa com ela. A
menina entendeu bem depressa que, em nossos pequenos atos do dia-a-dia, podemos ficar
atentos e fazer a nossa parte pela preservação do planeta. Como? Não deixando a luz acesa
Cuidando dos
em cômodos vazios, não lavando calçada com a mangueira, não deixando a torneira aberta Recursos Naturais
enquanto escovamos os dentes, não jogando materiais recicláveis no lixo comum... e mais Solidariedade, respeito ao semelhante, ao diferente, ao meio ambiente e à
um milhão de coisas que vamos descobrindo à medida que mudamos de atitude. coletividade são atitudes que construímos, principalmente, nas situações
vividas em nossa vida cotidiana. Por isso, a família, a escola, o bairro são tão
importantes como contextos para o aprendizado e para o exercício dos valores.
O Concurso “Desenhe, Pinte, Conte” foi criado pela DPaschoal/Fundação
EDUCAR com o objetivo de contribuir com essa troca de informações e
experiências entre adultos e crianças, no que se refere às questões da
atualidade. Entre essas questões, “O Desperdício” foi escolhido como tema da
OÃREV ONREVNI
edição 2004 do concurso.
Sem perceber, às vezes nos acostumamos a muitos atos de desperdício em
casa, no trabalho, na sociedade. A conseqüência mais imediata do desperdício
é a econômica, pois pagamos por algo que não estamos usando, e certamente
esse dinheiro poderia ser empregado em algo útil. Mas o que causa maior
preocupação são as conseqüências que esse tipo de atitude pode acarretar a
médio e longo prazo. É preciso ter consciência de que corremos o risco de
assistir ao esgotamento das reservas de água doce do planeta, além de ver o
lixo crescer de tal forma que, um dia, não haverá mais espaço físico para ele.
LIXO
LIXO RECICLÁVEL Para criar as obras artísticas - desenhos e textos - necessárias à sua
NICO
ORGÂ
participação no concurso, as crianças foram levadas a refletir sobre as diversas
formas de desperdício e sobre as atitudes corretas a assumir. Como sempre, a
PI
LHA
S
atuação dos pais foi de grande importância, informando e incentivando seus
filhos.
Mais uma vez, parabenizamos a todos pela qualidade dos trabalhos
apresentados, que mostrou o envolvimento e a profunda compreensão da
importância desse tema. Ficam aqui nossos sinceros agradecimentos.

Fundação EDUCAR DPaschoal

Quando o homem passa na minha casa, minha mãe entrega tudo o que tem para reciclar. Eu acho isso
muito legal porque ajudamos a natureza e também ajudamos o homem a sustentar a família dele.
26 Jessyca Pummer Silvestre Leite - 7 anos
A PASSAGEIRA
CLANDESTINA

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