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Entrevista Ok
Entrevista Ok
VITÓRIA
2021
EDILANE DE BARROS CARVALHO, GLEICIANE, GUILHERME SANTOS,
VANUSA, VIVIANE
VITÒRIA
2021
ENTREVISTA
INSTITUIÇÃO:
O Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória – HSCMV é um hospital geral, de
caráter filantrópico, que agrega atividades de ensino, pesquisa e assistência. Está
localizado na cidade de Vitória, capital do Espírito Santo. Seu horário de
funcionamento semanal de 8:00 ás 17:00 horas.
SITUAÇÃO FAMILIAR:
A mãe desempregada
O pai havia acabado de falecer, mas estava desempregado há cinco meses quando
faleceu.
Família paga aluguel e recebem Bolsa Família.
EXPOSIÇÃO DO CASO – VIA RELATO DA ATENDIDA:
No Pronto-Socorro, o médico informa a Sr. Marlene sobre o falecimento de José
Barbosa. Como explica a assistente social Elaine Maia, o médico tem a função de
explicar a condição em que o paciente chegou até o local e os procedimentos que
foram realizados para reverter a situação. Em seguida, a assistente social entra em
cena, oferecendo apoio para a família.
A assistente social relata que o senhor entrou com um problema cardíaco grave, os
médicos e residentes estavam bem envolvidos e trataram o caso dele como
reversível, não poupando esforços para reanima-lo. A psicóloga e os médicos
estavam chorando, porque investiram muito no paciente e não conseguiram salvá-lo.
A Assistente social teve que acalmar os médicos para depois falar com a esposa do
paciente, “foram duas cargas: atender a equipe e a esposa, que estava sozinha”,
relatou.
Durante o atendimento no âmbito hospitalar de alta complexidade a assistente
social atendeu D. Marlene de 45 anos, mãe de quatro filhos com faixa etária de 12,
8, 5 e 2 anos de idade.
A senhora apresentava-se em lagrimas incessantes, na sala da assistente social na
qual o atendimento foi efetuado de porta fechada, começou a relatar que seu esposo
acabou de falecer e estava muito preocupada pois não tinha condições de fazer um
enterro digno, nem mesmo havia condições de comprar um caixão, e que nem
sabia como iria sustentar os filhos dali em diante.
A assistente social realizou a abordagem com cuidado, segurou a mão da esposa
que estava bem aflita, tranquilizou, intensificou o conforto, se colocou à disposição
para sanar dúvidas e dar orientação, se fez presente e realizou a escuta orientando-
a sobre as providências a serem tomadas, principalmente aquelas nas quais os
prazos se esgotam: pensão entre outras.
Sinalizou os seguintes encaminhamentos necessários, onde a equipe de saúde fez
intervenção sendo responsáveis pelos cuidados pós-morte com a família.
A Assistente Social executou o agendamento de consulta pós-óbito ambulatorial,
depois cumpriu Visita de pós-óbito e Telefonema de condolências, aproveitando
para oferecer um momento de acolhida. “Para as famílias, esse é um momento que
favorece o fechamento de um ciclo, composto muitas vezes por desgaste de energia
psíquica e de longo tempo de suas vidas, carecendo de um ritual de passagem para
o retorno a vida social”, cita a profissional. A Assistente Social encorajou a mesma e
a família, mostrando à importância de não apenas contabilizar as perdas, mas,
sobretudo, os ganhos e as perspectivas de futuro, onde encerrou encaminhando a
mesma para o CRAS em que é ofertado o Serviço de Proteção e Atendimento
Integral à família (PAIF), que é um trabalho social com famílias, de caráter
continuado, com a finalidade de fortalecer a função protetiva das famílias, prevenir a
ruptura de seus vínculos, promover seu acesso e usufruto de direitos e contribuir na
melhoria de sua qualidade de vida. Na qual o CRAS concede benefícios eventuais,
como auxílio funeral, natalidade, cursos de capacitação, oficinas motivacionais,
cesta de alimentos, entre outros. Finalizando assim a escuta inicial pós- óbito.