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UM VOCABULÁRIO PARA-TEMPORAL?
Se assim t e a p r a z , n ã o t e m e i f a l a r de t r ê s h i p ó s t a s e s
. . . q u e n ã o se fale de t r ê s h i p ó s t a s e s , se isso t e a p r a z , e q u e se c o n s e r v e
s ó u m a . C o m o n ã o s u s p e i t a r n e n h u m m a l , q u a n d o , conservando-se o sentido,
os t e r m o s d i s c o r d a m ?
. . .eles i n t e r p r e t a m b e m " h i p ó s t a s e " , m a s , q u a n d o e u a f i r m o p o s s u i r t a m b é m
a m e s m a d o u t r i n a q u eles, j u l g a m - m e h e r é t i c o ! P o r q u e eles se a f e r r a m
e
t ã o e x a c e r b a d a m e n t e a u m a s ó p a l a v r a ? D e b a i x o dessa e x p r e s s ã o a m b í g u a ,
q u e o c u l t a m eles? Se eles c r ê e m c o m o i n t e r p r e t a m , e u n ã o condeno o que
eles a d m i t e m ; se e u c r e i o c o m o eles p r ó p r i o s p r e t e n d e m p e n s a r , q u e m e
p e r m i t a m , e x p r i m i r c o m as m i n h a s p r ó p r i a s p a l a v r a s o m e u pensamen-
to;" ( V . bib.).
In Christo
persona = hypostasis = subsistentia — suppositum j
(5) Ainda que autores como Tollenaere tenham razão quando apontam a a n t í t e s e
existente entre o universalismo a que aspira um «Begriffssystem" e o parti-
eularismo das estruturas léxicas das diferentes l í n g u a s , a realidade comesi-
nha é que na consciência humana a realidade lingüística praticamente se
identifica com a realidade que exprime, c que justifica essas tentativas de
organização do universo em bases conceptuais, utilizando-se a sua única
veiculação possível — a língua. É claro que n ã o queremos defender um tipo
de esquema universal para toda e qualquer estrutura l i n g ü í s t i c a ; lembramos
apenas um dado inalienável da psicologia humana, fundamento imprescindí-
vel de qualquer experiência l i n g ü í s t i c a .
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por sua vez, tivera oooíoc como modelo (10). Por causa
da analogia gramatical entre substantia e CmóoTaoiç , os
latinos consideraram os dois termos como equivalentes. Ter-
tuliano ( I I s é c ) , Santo Hilário (IV s é c ) , Santo Agostinho
(IV e V séc), São Jerônimo (IV e V séc.) e Santo Isidoro de
Sevilha ( V I I séc), para citar alguns dos Padres Latinos, esta-
beleciam a sinonímia: hypostasis = essentia = substantia. E
São Jerônimo falando da essência divina, considera substan-
tia, essentia e natura (11) como termos equivalentes.
Os Gregos, por sua vez, falavam de três hipóstases, enten-
dendo ó u ó a x a o i ç diversamente de o ú o í a ( = essência
para eles) e não podiam aceitar as três personas dos latinos
na Trindade, por causa do entido que davam à palavra
TipÓOCOTCOV
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