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O que muda com o novo código estadual do meio ambiente no Rio Grande do Sul ?

Em 9 de janeiro de 2020 o Estado do Rio Grande do Sul passou a ter um novo Código Estadual do Meio Ambiente,
revogando a Lei n. 11.520/00 e outras normas.

Considerando que foram alterados centenas de dispositivos, elaboramos uma tabela comparativa entre a nova lei e o
antigo código com comentários sobre cada alteração, com objetivo de proporcionar a melhor compreensão das mudanças,
que já estão em vigor.

Este material foi elaborado para uso nas rotinas do escritório, mas está disponibilizado no site
www.direitoambiental.com/codigors, para livre reprodução, total ou parcial, com citação da fonte.

Eventual comentário, por favor nos envie pelo email mauricio@mauriciofernandes.adv.br para aperfeiçoamentos.

Esperamos que o material seja útil para todos interessados.

Maurício Fernandes e Rodrigo Birkhan Puente

Tabela elaborada pelo escritório Maurício Fernandes Advocacia Ambiental, sob responsabilidade dos advogados
Maurício Fernandes e Rodrigo Birkhan Puente.
www.mauriciofernandes.adv.br
Tabela comparativa entre a Lei Estadual/RS n. 15.434/2020 e a Lei 11.520/00

Lei RS 15434/2020 Lei 11520/00 Obs


TÍTULO I TÍTULO I Não houve alteração.
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Todos têm direito ao meio ambiente Art. 1º - Todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao Estado, aos municípios, à impondo-se ao Estado, aos municípios, à
coletividade e aos cidadãos o dever de defendê- coletividade e aos cidadãos o dever de defendê-
lo, preservá-lo e conservá-lo para as gerações lo, preservá-lo e conservá-lo para as gerações
presentes e futuras, garantindo- se a proteção presentes e futuras, garantindo-se a proteção
dos ecossistemas e o uso racional dos recursos dos ecossistemas e o uso racional dos recursos
ambientais, de acordo com o presente Código. ambientais, de acordo com a presente Lei.
Art. 2º Para os fins previstos neste Código, TÍTULO II DOS CONCEITOS Não houve alteração.
entende-se por:
Art. 14 - Para os fins previstos nesta Lei entende-
se por:
I - águas residuárias: qualquer despejo ou I - águas residuárias: qualquer despejo ou Não houve alteração.
resíduo líquido com potencialidade de causar resíduo líquido com potencialidade de causar
poluição; poluição;
II - aquífero: água subterrânea estabelecida em Sem referência no Código revogado
uma formação suficientemente porosa de rocha
permeável, capaz de armazenar e fornecer
quantidades significativas de água;
III - área rural consolidada por supressão de Sem referência no Código revogado Conceito previsto no art. 3º, IV da Lei n.
vegetação nativa com atividades 12651/12.
agrossilvipastoris: área de imóvel rural com
ocupação antrópica preexistente a 22 de julho
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de 2008, com edificações, benfeitorias ou
atividades agrossilvipastoris, admitida, neste
último caso, a adoção do regime de pousio;

IV - área rural consolidada por supressão de Sem referência no Código revogado Conceito previsto no Decreto Estadual n.
vegetação nativa para uso alternativo do solo: 52.431/15, art. 5º, I.
área com ocupação antrópica preexistente a 22
de julho de 2008, em que houve o corte, a
destruição, o desenraizamento, a dessecação, a
desvitalização por qualquer meio, ou qualquer
outra prática que promova a conversão do uso
do solo, com a exclusão das espécies nativas do
ambiente, com a finalidade de introduzir
edificações, benfeitorias ou atividades
agrossilvipastoris, admitida, neste último caso, a
adoção do regime de pousio;

V - áreas alagadiças: áreas ou terrenos que se VI - - áreas alagadiças: áreas ou terrenos que Não houve alteração.
encontram temporariamente saturados de água encontram-se temporariamente saturados de
decorrente das chuvas, devido à má drenagem; água decorrente das chuvas, devido à má
drenagem;

VI - Áreas de Preservação Permanente – APP: IX - áreas de preservação permanente: áreas de Conceito previsto no art. 3º, II da Lei n. 12651/12.
áreas protegidas, cobertas ou não por expressiva significação ecológica amparadas Observe-se que o código revogado exigia
vegetação nativa, com a função ambiental de por legislação ambiental vigente, considerando- EIA/RIMA para intervenção em APP´s, o que não
preservar os recursos hídricos, a paisagem, a se totalmente privadas a qualquer regime de é mais necessário.
estabilidade geológica e a biodiversidade, exploração direta ou indireta dos Recursos
facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger Naturais, sendo sua supressão apenas admitida
o solo e assegurar o bem-estar das populações com prévia autorização do órgão ambiental
humanas; competente quando for necessária à execução
de obras, planos, atividades, ou projetos de
utilidade pública ou interesse social, após a
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realização de Estudo Prévio de Impacto
Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto
Ambiental (RIMA);

VII - áreas de remanescente de vegetação Sem referência no Código revogado


nativa: áreas cobertas por vegetação nativa dos
tipos florestal, campestre, ou qualquer outra
fisionomia vegetal, sem ocupação antrópica
preexistente a 22 de julho de 2008;

VIII - áreas de uso especial: áreas com atributos X -- áreas de uso especial: são áreas com Não houve alteração.
especiais de valor ambiental e cultural, atributos especiais de valor ambiental e cultural,
protegidas por instrumentos legais ou não, nas protegidas por instrumentos legais ou não, nas
quais o Estado poderá estabelecer normas quais o Poder Público poderá estabelecer
específicas de utilização, para garantir a sua normas específicas de utilização, para garantir
conservação; sua conservação;

IX - - áreas degradadas: áreas que sofreram VIII - - áreas degradadas: áreas que sofreram Não houve alteração.
processo de degradação; processo de degradação;

X - áreas especiais de controle da qualidade do XI -- áreas especiais de controle da qualidade do Não houve alteração.
ar: porções de uma ou mais regiões de controle, ar: são porções de uma ou mais regiões de
onde poderão ser adotadas medidas especiais, controle, onde poderão ser adotadas medidas
com vista à manutenção da integridade da especiais, visando à manutenção da integridade
atmosfera; da atmosfera;

XI - atividade sustentável: todo Sem referência no Código revogado


empreendimento capaz de gerar externalidades
positivas nos campos econômico e ambiental,
cujo reconhecido valor para a economia do
Estado do Rio Grande do Sul decorra, sem
prejuízo de outros elementos, da utilização
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racional dos recursos naturais para o
desempenho da técnica produtiva, sendo
possível, via regulamento do Conselho Estadual
do Meio Ambiente, a dispensa da exigência de
licenciamento ambiental;
XII - auditorias ambientais: instrumentos de XIII - - auditorias ambientais: são instrumentos Conceito aperfeiçoado.
gestão e controle ambiental que compreendem de gerenciamento que compreendem uma
uma avaliação objetiva, independente, avaliação objetiva, sistemática, documentada e
sistemática, documentada e periódica do periódica da performance de atividades e
desempenho ambiental de atividades e processos destinados à proteção ambiental,
empreendimentos, com vista à obtenção de visando a otimizar as práticas de controle e
evidência das práticas de controle ambiental verificar a adequação da política ambiental
adotadas, atendimento aos requisitos legais executada pela atividade auditada;
aplicáveis e a adequação da política ambiental
executada pela atividade auditada;
XIII - banhados: ecossistemas úmidos XIV - - banhados: extensões de terras Conceito aperfeiçoado.
caracterizados por solos hidromórficos normalmente saturadas de água onde se
naturalmente alagados ou saturados de água de desenvolvem fauna e flora típicas;
forma periódica, excluídas as situações
efêmeras, onde se desenvolvem fauna e flora
típicas, com características e peculiaridades
definidas em regulamento;

XIV - classes de uso: conjunto de três tipos de XV - - Classes de Uso: o conjunto de três tipos Não houve alteração.
classificação de usos pretendidos para o de classificação de usos pretendidos para o
território do Estado, de modo a implementar território do Estado do Rio Grande do Sul, de
uma política de prevenção de deterioração modo a implementar uma política de prevenção
significativa da qualidade do ar; de deterioração significativa da qualidade do ar;

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XV - conservação: utilização dos recursos XVI - - conservação: utilização dos recursos Não houve alteração.
naturais em conformidade com o manejo naturais em conformidade com o manejo
ecológico; ecológico;

XVI - - conservação do solo: conjunto de ações XVII - conservação do solo: o conjunto de ações Não houve alteração.
que visam à manutenção de suas características que visam à manutenção de suas características
físicas, químicas e biológicas, e, físicas, químicas e biológicas, e
consequentemente, a sua capacidade produtiva, conseqüentemente, à sua capacidade
preservando-o como recurso natural produtiva, preservando-o como recurso natural
permanente; permanente;

XVII - degradação: processo que consiste na XVII - degradação: processo que consiste na Não houve alteração.
alteração das características originais de um alteração das características originais de um
ambiente, sejam elas de natureza física, química ambiente, comprometendo a biodiversidade;
ou biológica, comprometendo a biodiversidade;
XVIII - desenvolvimento sustentável: XIX - desenvolvimento sustentável: Não houve alteração.
desenvolvimento que satisfaz as necessidades desenvolvimento que satisfaz as necessidades
presentes, sem comprometer a capacidade das presentes, sem comprometer a capacidade das
gerações futuras de suprir as suas próprias gerações futuras de suprir as suas próprias
necessidades; necessidades;

XIX - ecossistema: conjunto formado por todos Sem referência no Código revogado
os fatores bióticos e abióticos que atuam
simultaneamente sobre determinada área
geográfica;
XX- ecótono: região resultante de contato entre Sem referência no Código revogado
dois ou mais ambientes distintos e constituem
áreas de transição ambiental, que se
caracterizam por serem integrados por espécies
destes distintos ambientes ou espécies
endêmicas destas áreas;

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XXI - espaços territoriais especialmente Sem referência no Código revogado O fundamento legal dos “espaços territoriais
protegidos: espaços territoriais urbanos ou especialmente protegidos” está previsto
rurais de valor ambiental e cultural a serem constitucionalmente. Trata-se de um gênero que
especialmente protegidos, definidos pelo Poder abrange várias espécies destes “espaços”, como
Público em instrumentos legais; APP´s, Reserva Legal e Unidades de Conservação.

CF: Art. 225.


§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito,
incumbe ao Poder Público: (...) III - definir, em
todas as unidades da Federação, espaços
territoriais e seus componentes a serem
especialmente protegidos, sendo a alteração e a
supressão permitidas somente através de lei,
vedada qualquer utilização que comprometa a
integridade dos atributos que justifiquem sua
proteção;
XXII - espécie exótica: aquela com ocorrência XX - - espécie exótica: espécie que não é nativa Conceito alterado.
fora de sua distribuição natural; da região considerada;

XXIII - espécie nativa: espécie própria de uma XXI - espécie nativa: espécie própria de uma Não houve alteração significativa.
região onde ocorre naturalmente; região onde ocorre naturalmente; o mesmo que
autóctone;
XXIV - Estado: pessoa jurídica de direito público Sem referência no Código revogado
pertencente à Federação, referindo-se ao
Estado do Rio Grande do Sul e os Municípios
nele sediados, devendo ser respeitadas as
competências constitucional e legalmente
fixadas em relação a cada qual;
XXV - fauna: o conjunto de espécies animais; XXIII - fauna: o conjunto de espécies animais; Não houve alteração.
XXVI - fauna doméstica: espécies cujas Sem referência no Código revogado
características biológicas, comportamentais e
fenotípicas foram alteradas por meio de
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processos tradicionais e sistematizados de
manejo e melhoramento zootécnico, tornando-
as em estreita dependência do homem,
podendo apresentar fenótipo variável e
diferente da espécie que as originou;
XXVII - fauna exótica: espécies cuja distribuição Sem referência no Código revogado
geográfica original não inclui o território
brasileiro e suas águas jurisdicionais, ainda que
introduzidas, pelo homem ou
espontaneamente, em ambiente natural,
inclusive as espécies asselvajadas e excetuadas
as migratórias;
XXVIII - fauna silvestre: espécies nativas, Sem referência no Código revogado
migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou
terrestres, que tenham todo ou parte de seu
ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do
território brasileiro, ou águas jurisdicionais
brasileiras;
XXIX - fauna silvestre nativa: espécies Sem referência no Código revogado
autóctones, migratórias e quaisquer outras,
aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou
parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos
limites do território do Estado;

XXX - Federação: união indissolúvel dos Estados Sem referência no Código revogado
e Municípios e do Distrito Federal, regida pela
Constituição da República Federativa do Brasil
de 1988, devendo ser respeitadas a harmonia e
a autonomia de cada ente federado, nos termos
da referida norma;
XXXI - flora: conjunto de espécies vegetais; XXIV - flora: conjunto de espécies vegetais;

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XXXII - floresta: associação de espécies vegetais XXV - floresta: associação de espécies vegetais Não houve alteração.
arbóreas nos diversos estágios sucessionais, arbóreas nos diversos estágios sucessionais, onde
onde coexistem outras espécies da flora e da coexistem outras espécies da flora e da fauna,
fauna, que variam em função das condições que variam em função das condições climáticas e
climáticas e ecológicas; ecológicas;
XXXIII - fonte de poluição e fonte poluidora: XXVI - fonte de poluição e fonte poluidora: toda e Não houve alteração.
toda e qualquer atividade, instalação, processo, qualquer atividade, instalação, processo,
operação ou dispositivo, móvel ou não, que operação ou dispositivo, móvel ou não, que
independentemente de seu campo de aplicação independentemente de seu campo de aplicação
induzam, produzam e gerem ou possam induzam, produzam e gerem ou possam produzir
produzir e gerar a poluição do meio ambiente; e gerar a poluição do meio ambiente;
XXXIV - lençol freático: superfície que delimita a Sem referência no Código revogado
zona de saturação e a zona de aeração do
aquífero, na qual a água está em contato com o
ar e sujeita à pressão atmosférica;

XXXV - licença ambiental: ato administrativo XXVII - licença ambiental: instrumento da Política O novo conceito afastou o caráter precário da
decorrente de procedimento administrativo Estadual de Meio Ambiente, decorrente do licença ambiental, contido no conceito revogado.
pelo qual o órgão ambiental competente exercício do Poder de Polícia Ambiental, cuja Doutrinariamente, a licença ambiental pode ser
licencia a localização, a concepção, a instalação, natureza jurídica é autorizatória; compreendida como ato vinculado ou
a operação, a alteração e a ampliação de discricionário. Filiámo-nos à corrente que
empreendimentos e atividades utilizadoras de entende tratar-se de ato sui generis, pois embora
recursos ambientais, consideradas efetiva ou possa ser revogada em casos específicos (ex.
potencialmente poluidoras ou daquelas que, desastres), merece o caráter vinculado por
sob qualquer forma, possam causar degradação ocasião da expedição da LO, quando existente a
ambiental, considerando as disposições legais e LI, o mesmo em relação à LI quando existente a
regulamentares e as normas técnicas aplicáveis LP. Entendemos que a LP é precária.
ao caso;
XXXVI - manejo ecológico: utilização dos XXVIII - manejo ecológico: utilização dos Conceito alterado. O código revogado incluía no
ecossistemas conforme os critérios ecológicos ecossistemas conforme os critérios ecológicos conceito de manejo a recuperação ambiental,
buscando a conservação e a otimização do uso buscando a conservação e a otimização do uso enquanto o código atual a conservação.
dos recursos naturais de forma sustentável,
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visando à conservação de biodiversidade e de dos recursos naturais e a correção dos danos
funções ecossistêmicas; verificados no meio ambiente;
XXXVII - marismas: ecossistemas úmidos Sem referência no Código revogado
litorâneos que ocorrem em terrenos baixos,
sujeitos à ação das marés, com vegetação
predominantemente herbácea e típica de
ambientes estuarinos;

XXXVIII - mata atlântica: bioma cujas XXIX - mata atlântica: formações florestais e Conceito atualizado para adotar a legislação
delimitação, proteção e utilização são ecossistemas associados inseridos no domínio federal.
disciplinadas por legislação federal específica; Mata Atlântica: Floresta Ombrófila Densa ou
Mista, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta
Decidual, restingas e campos de altitudes;
XXXIX - meio ambiente: conjunto de condições, XXX - meio ambiente: o conjunto de condições, Não houve alteração.
elementos, leis, influências e interações de elementos, leis, influências e interações de
ordem física, química, biológica, social e cultural ordem física, química, biológica, social e cultural
que permite, abriga e rege a vida em todas as que permite, abriga e rege a vida em todas as
suas formas; suas formas;
XL - melhoramento do solo: conjunto de ações XXXI - melhoramento do solo: o conjunto de Não houve alteração.
que visam ao aumento de sua capacidade ações que visam ao aumento de sua capacidade
produtiva por meio da modificação de suas produtiva através da modificação de suas
características físicas, químicas e biológicas, sem características físicas, químicas e biológicas, sem
que sejam comprometidos seus usos futuros e que sejam comprometidos seus usos futuros e os
os recursos naturais com ele relacionados; recursos naturais com ele relacionado;
XLI - nascentes: afloramento natural do lençol XXXII - nascentes: ponto ou área no solo ou numa Conceito alterado.
freático em condições de perenidade ou rocha de onde a água flui naturalmente para a O conceito adotado pelo código é diferente da lei
intermitência, e que dá início a um curso de superfície do terreno ou para uma massa de federal:
água; água; “XVII - nascente: afloramento natural do lençol
freático que apresenta perenidade e dá início a
um curso d’água;”
O conceito da Lei Federal foi inclusive objeto de
análise de constitucionalidade pela ADI n. 4903.
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Ao ampliar o conceito, fazendo inserir a
“intermitência” o Estado do RS assume
obrigações de eventual indenização de áreas cujo
uso seja impedido pela lei estadual.
XLII - padrão de qualidade do ar: um dos XXXIV - padrões primários de qualidade do ar: Conceito alterado.
instrumentos de gestão da qualidade do ar, são as concentrações de poluentes que,
determinado como valor de concentração de ultrapassadas, poderão afetar a saúde da
um poluente específico na atmosfera, associado população;
a um intervalo de tempo de exposição, para que
o meio ambiente e a saúde da população sejam
preservados em relação aos riscos de danos
causados pela poluição atmosférica;
XLIII - padrões de emissão ou limites de XXXIII - padrões de emissão ou limites de Não houve alteração.
emissão: quantidades máximas de poluentes emissão: são as quantidades máximas de
permissíveis de lançamentos; poluentes permissíveis de lançamentos;
XLIV - pampa: bioma, que no Brasil ocorre Sem referência no Código revogado
exclusivamente no Estado do Rio Grande do Sul,
composto por formações campestres, arbóreo-
arbustiva e florestal, com predominância de
campos nativos;
XLV - patrimônio genético: conjunto de seres vivos XXXVI - patrimônio genético: conjunto de seres Não houve alteração.
que integram os diversos ecossistemas de uma vivos que integram os diversos ecossistemas de
região; uma região;

XLVI - poluente: toda e qualquer forma de XXXVII - poluente: toda e qualquer forma de Não houve alteração.
matéria ou energia que, direta ou indiretamente, matéria ou energia que, direta ou
cause ou possa causar poluição do meio indiretamente, cause ou possa causar poluição
ambiente; do meio ambiente;

XLVII - poluentes atmosféricos: quaisquer formas XXXVIII - poluentes atmosféricos: entende-se Não houve alteração.
de matéria ou energia com intensidade e em como poluente atmosférico qualquer forma de

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quantidade, concentração, tempo ou matéria ou energia com intensidade e em
características em desacordo com os níveis quantidade, concentração, tempo ou
estabelecidos, e que tornem ou possam tornar o características em desacordo com os níveis
ar: a) impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde; b) estabelecidos, e que tornem ou possam tornar o
inconveniente ao bem-estar público; c) danoso ar: a) impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde; b)
aos materiais, à fauna e à flora; ou d) prejudicial inconveniente ao bem-estar público; c) danoso
à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às aos materiais, à fauna e flora; d) prejudicial à
atividades normais da comunidade; segurança, ao uso e gozo da propriedade e às
atividades normais da comunidade;

XLVIII – poluição: toda e qualquer alteração dos XXXIX - poluição: toda e qualquer alteração dos Não houve alteração.
padrões de qualidade e da disponibilidade dos padrões de qualidade e da disponibilidade dos
recursos ambientais e naturais, resultante de recursos ambientais e naturais, resultantes de
atividades ou de qualquer forma de matéria ou atividades ou de qualquer forma de matéria ou
energia que, direta ou indiretamente, mediata ou energia que, direta ou indiretamente, mediata
imediatamente: ou imediatamente:
a) prejudique a saúde, a segurança e o bem- a) prejudique a saúde, a segurança e o bem-
estar das populações ou que possam vir a estar das populações ou que possam vir a
comprometer seus valores culturais; comprometer seus valores culturais;
b) crie condições adversas às atividades sociais e b)criem condições adversas às atividades sociais
econômicas; e econômicas;
c) afete desfavoravelmente a biota; c) afetem desfavoravelmente a biota;
d) comprometa as condições estéticas e d)comprometam as condições estéticas e
sanitárias do meio ambiente; sanitárias do meio ambiente;
e) altere desfavoravelmente o patrimônio e) alterem desfavoravelmente o patrimônio
genético e cultural (histórico, arqueológico, genético e cultural (histórico, arqueológico,
paleontológico, turístico, paisagístico e paleontológico, turístico, paisagístico e
artístico); artístico);
f) lance matérias ou energia em desacordo com f) lancem matérias ou energia em desacordo
os padrões ambientais estabelecidos; com os padrões ambientais estabelecidos;
g) crie condições inadequadas de uso do meio
g)criem condições inadequadas de uso do meio
ambiente para fins públicos, domésticos,
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agropecuários, industriais, comerciais, ambiente para fins públicos, domésticos,
recreativos e outros; agropecuários, industriais, comerciais,
recreativos e outros;

XLIX - poluidor: a pessoa física ou jurídica, de XL - poluidor: a pessoa física ou jurídica, de Não houve alteração.
direito público ou privado, responsável direta ou direito público ou privado, responsável direta
indiretamente por atividade causadora de ou indiretamente por atividade causadora de
degradação ambiental; degradação ambiental;
L - pousio: prática de interrupção temporária de Sem referência no Código revogado Conceito previsto no art. 3º, XXIV da Lei n.
atividades ou usos agrícolas, pecuários ou 12651/12.
silviculturais, por no máximo 5 (cinco) anos, para
possibilitar a recuperação da capacidade de uso
ou da estrutura física do solo;
LI - praia: área coberta e descoberta XLI - praia: área coberta e descoberta Não houve alteração.
periodicamente pelas águas, acrescida da faixa periodicamente pelas águas, acrescida da faixa
subsequente de material detrítico, tal como subseqüente de material detrítico, tal como
areias, cascalhos, seixos e pedregulhos, até o areias, cascalhos, seixos e pedregulhos, até o
limite onde se inicie a vegetação natural, ou, em limite onde se inicie a vegetação natural, ou, em
sua ausência, onde comece um outro sua ausência, onde comece um outro
ecossistema; ecossistema;
LII - preservação: manutenção de um XLII - preservação: manutenção de um Não houve alteração significativa.
ecossistema em sua integridade, eliminando dele ecossistema em sua integridade, eliminando do
ou evitando nele qualquer interferência humana, mesmo ou evitando nele qualquer interferência
salvo aquelas destinadas a possibilitar ou auxiliar humana, salvo aquelas destinadas a possibilitar
a própria preservação; ou auxiliar a própria preservação;

LIII - processo ecológico: qualquer mecanismo ou XLIII - processos ecológicos: qualquer Não houve alteração.
processo natural, físico ou biológico que ocorre mecanismo ou processo natural, físico ou
em ecossistemas; biológico que ocorre em ecossistemas;
LIV - recuperação do solo: conjunto de ações que XLIV - recuperação do solo: o conjunto de ações Não houve alteração.
visam ao restabelecimento das características que visam ao restabelecimento das

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físicas, químicas e biológicas do solo, tornando-o características físicas, químicas e biológicas do
novamente apto à utilização agrosilvopastoril; solo, tornando-o novamente apto à utilização
agrossilvipastoril;
LV - recurso mineral: concentração ou depósito XLVI - recurso mineral: elemento ou composto Não houve alteração significativa.
na crosta da Terra, de material natural, sólido, químico formado, em geral, por processos
em tal quantidade e tal teor e/ou tais qualidades inorgânicos, o qual tem uma composição
que, uma vez pesquisado, exibe parâmetros química definida e ocorre naturalmente,
mostrando, de modo razoável, que seu podendo ser aproveitado economicamente;
aproveitamento pode ser factível na atualidade
ou no futuro;
LVI - recurso não renovável: recurso que não é XLVII - recurso não-renovável: recurso que não é Não houve alteração.
regenerado após o uso, tais como recursos regenerado após o uso, tais como recursos
minerais que se esgotam; minerais que se esgotam;

LVII - recurso natural: qualquer recurso XLVIII - recurso natural: qualquer recurso Não houve alteração significativa.
ambiental que pode ser utilizado pelo homem, ambiental que pode ser utilizado pelo homem. O
sendo que o recurso será renovável ou não na recurso será renovável ou não na dependência
dependência da exploração e/ou de sua da exploração e/ou de sua capacidade de
capacidade de reposição; reposição;

LVIII - recurso renovável: recurso que pode ser XLIX - recurso renovável: recurso que pode ser Não houve alteração significativa.
regenerado, ou seja, recurso que se renova por regenerado. Tipicamente recurso que se renova
reprodução, tais como recurso biológico, por reprodução, tais como recurso biológico,
vegetação, proteína animal; vegetação, proteína animal;

LIX - recursos ambientais: a atmosfera, as águas L - recursos ambientais: os componentes da Conceito aperfeiçoado.
interiores, superficiais e subterrâneas, os biosfera necessários à manutenção do equilíbrio
estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os e da qualidade do meio ambiente associada à
elementos da biosfera, a fauna e a flora; qualidade de vida e à proteção do patrimônio
cultural (histórico, arqueológico, paleontológico,
artístico, paisagístico e turístico), passíveis ou
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não de utilização econômica;

LX - regiões de controle da qualidade do ar: áreas LI - Regiões de Controle da Qualidade do Ar: são Não houve alteração.
físicas do território do Estado do Rio Grande do áreas físicas do território do Estado do Rio
Sul, dentro das quais poderão haver políticas Grande do Sul, dentro das quais poderão haver
diferenciadas de controle da qualidade do ar, em políticas diferenciadas de controle da qualidade
função de suas peculiaridades geográficas, do ar, em função de suas peculiaridades
climáticas e geração de poluentes atmosféricos, geográficas, climáticas e geração de poluentes
visando à manutenção de integridade da atmosféricos, visando à manutenção de
atmosfera; integridade da atmosfera;

LXI - rejeitos: resíduos sólidos que, depois de Sem referência no Código revogado. Conceito previsto na Lei n. 12.305/10, art. 3º,
esgotadas todas as possibilidades de tratamento inciso XV.
e recuperação por processos tecnológicos
disponíveis e economicamente viáveis, não
apresentem outra possibilidade que não a
disposição final ambientalmente adequada;

LXII - resíduos sólidos: material, substância, Sem referência no Código revogado.


objeto ou bem descartado resultante de
atividades humanas em sociedade, a cuja
destinação final se procede, se propõe a
proceder ou se está obrigado a proceder, nos
estados sólido ou semi-sólido, bem como gases
contidos em recipientes e líquidos cujas
particularidades tornem inviável o seu
lançamento na rede pública de esgotos ou em
corpos d’água, ou exijam para isso soluções
técnica ou economicamente inviáveis em face da
melhor tecnologia disponível;

LXIII - responsabilidade compartilhada pelo ciclo Sem referência no Código revogado.


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de vida dos produtos: conjunto de atribuições
individualizadas e encadeadas dos fabricantes,
importadores, distribuidores e comerciantes,
dos consumidores e dos titulares dos serviços
públicos de limpeza urbana e de manejo dos
resíduos sólidos, para minimizar o volume de
resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como
para reduzir os impactos causados à saúde
humana e à qualidade ambiental decorrentes do
ciclo de vida dos produtos;

LXIV - reutilização: processo de aproveitamento Sem referência no Código revogado.


dos resíduos sólidos sem sua transformação
biológica, física ou físico-química, observadas as
condições e os padrões estabelecidos pelos
órgãos competentes do Sistema Nacional do
Meio Ambiente – SISNAMA – e, se couber, do
Sistema Nacional de Vigilância Sanitária – SNVS –
e do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária – SUASA;

LXV - Unidade de Conservação – UC: espaço LIII - Unidades de Conservação (UCs): são Conceito previsto na Lei n. 9.985/00, art. 2º,
territorial e seus recursos ambientais, incluindo porções do ambiente de domínio público ou inciso I.
as águas jurisdicionais, com características privado, legalmente instituídas pelo Poder
naturais relevantes, legalmente instituído pelo Público, destinadas à preservação ou
Estado, com objetivos de conservação e limites conservação como referencial do respectivo
definidos, sob regime especial de administração, ecossistema;
ao qual se aplicam garantias adequadas de
proteção;

LXVI - uso adequado do solo: adoção de um LIV - uso adequado do solo: a adoção de um Não houve alteração significativa.
conjunto de práticas, técnicas e procedimentos conjunto de práticas, técnicas e procedimentos
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com vista à recuperação, à conservação ou ao com vista à recuperação, conservação e
melhoramento do solo, atendendo a sua função melhoramento do solo agrícola, atendendo a
socioeconômica e ambiental. função sócio-econômica e ambiental de
estabelecimentos agrícolas da região e do
Estado;

II - animais autóctones: aqueles representativos Conceitos que foram revogados pela nova lei.
da fauna nativa do Rio Grande do Sul; Para identificar o conceito de Várzea, como fora
III - animais silvestres: todas as espécies, revogado, deverá ser considerado o previsto na
terrestres ou aquáticas, representantes da Lei Federa 12651/12, art. 3º, “XXI - várzea de
fauna autóctone e migratória de uma região ou inundação ou planície de inundação: áreas
país; marginais a cursos d’água sujeitas a enchentes e
IV - área em vias de saturação: é a inundações periódicas;”
porção de uma Região de Controle ou de uma
Área Especial de Controle da Qualidade do Ar
cuja tendência é de atingimento de um ou mais
padrões de qualidade do ar, primário ou
secundário;
V - área saturada: é a porção de uma Região de
Controle ou de uma Área Especial de Controle
da Qualidade do Ar em que um ou mais padrões
de qualidade do ar - primário ou secundário -
estiver ultrapassado;
VI - áreas de conservação: são áreas
delimitadas, segundo legislação pertinente,
que restringem determinados regimes de
utilização segundo os atributos e capacidade
suporte do ambiente;
VII - áreas sujeitas à inundação:
áreas que equivalem às várzeas, vão até a cota
máxima de extravasamento de um corpo

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d'água em ocorrência de máxima vazão em
virtude de grande pluviosidade;
VIII - espécies silvestres não-
autóctones: todas aquelas cujo âmbito de
distribuição natural não se inclui nos limites
geográficos do Rio Grande do Sul;
XXV - padrões secundários de
qualidade do ar: são as concentrações de
poluentes abaixo das quais se prevê o mínimo
efeito adverso sobre o bem-estar da
população, assim como o mínimo dano à fauna,
à flora, aos materiais e ao meio ambiente em
geral;
XLV - recurso: qualquer componente do
ambiente que pode ser utilizado por um
organismo, tais como alimento, solo, mata,
minerais;
LII - solo agrícola: todo o solo que tenha aptidão
para utilização agrossilvipastoril não localizado
em área de preservação permanente;
LV - várzea: terrenos baixos e mais ou menos
planos que se encontram junto às margens de
corpos d'água;
LVI - vegetação: flora característica de uma
região;
LVII - zonas de transição: são áreas de
passagem entre dois ou mais ecossistemas
distintos, que se caracterizam por
apresentarem características específicas no
que se refere às comunidades que as
compõem;

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LVIII - zoológicos: instituições especializadas na
manutenção e exposição de animais silvestres
em cativeiro ou semi-cativeiro, que
preencherem os requisitos definidos na forma
da lei.
Art. 3º Para garantir um ambiente Art. 2º - Para garantir um ambiente Não houve alteração significativa.
ecologicamente equilibrado que assegure a ecologicamente equilibrado que assegure a Destaca-se que a Lei Complementar n. 140/11,
qualidade de vida, são direitos do cidadão, qualidade de vida, são direitos do cidadão, no art. 8º VII atribui competência ao estado para
entre outros: entre outros: “organizar e manter, com a colaboração dos
I - acesso aos bancos públicos de informação I - acesso aos bancos públicos de informação órgãos municipais competentes, o Sistema
sobre a qualidade e a disponibilidade das sobre a qualidade e disponibilidade das Estadual de Informações sobre Meio Ambiente”.
unidades e dos recursos ambientais; unidades e recursos ambientais;
II - acesso às informações sobre os impactos II - acesso às informações sobre os impactos
ambientais de projetos e atividades ambientais de projetos e atividades
potencialmente prejudiciais à saúde e à potencialmente prejudiciais à saúde e à
estabilidade do meio ambiente; estabilidade do meio ambiente;
III - acesso à educação ambiental, como III - acesso à educação ambiental;
elemento essencial e permanente da educação IV - acesso aos monumentos
estadual, em caráter formal e não formal; naturais e áreas legalmente protegidas,
IV - acesso às Unidades de Conservação e demais guardada à consecução do objetivo de
áreas legalmente protegidas de domínio público, proteção;
resguardada a consecução do seu objetivo de V - opinar, na forma da lei, no caso de
proteção; e projetos e atividades potencialmente
V - opinar, na forma da lei, no caso de projetos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, sobre
e de atividades potencialmente prejudiciais à sua localização e padrões de operação.
saúde e ao meio ambiente, sobre sua localização
e padrões de operação. Parágrafo único - O Poder Público deverá dispor
Parágrafo único. O Estado deverá dispor de de bancos de dados públicos eficientes e
bancos de dados públicos eficientes e inteligíveis inteligíveis com vista a garantir os princípios
com vista a garantir os direitos previstos neste deste artigo, além de instituir o Sistema
artigo, além de instituir o Sistema Estadual de Estadual de Informações Ambientais.

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Informações Ambientais.

Art. 4º Todos são responsáveis pela manutenção Art. 3º - Todas as pessoas, físicas e jurídicas, O artigo 4º, dando nova redação ao revogado art.
de um meio ambiente sadio que propicie devem promover e exigir medidas que garantam 3º traz a exigência de reparação integral do dano,
qualidade de vida para as presentes e futuras a qualidade do meio ambiente, da vida e da o que não é a forma mais adequada, pois há
gerações, sendo as pessoas físicas e jurídicas diversidade biológica no desenvolvimento de sua situações em que mostra-se impossível o retorno
responsáveis pela reparação integral dos danos atividade, assim como corrigir ou fazer corrigir, às ao status quo ante, como , p. ex., nos casos de
que causarem ao meio ambiente, assim como suas expensas, os efeitos da atividade danos à fauna. Neste sentido, adota-se a
corrigir ou fazer corrigir, às suas expensas, os degradadora ou poluidora por elas cumulação da obrigação de fazer ou não fazer
efeitos da atividade degradadora ou poluidora desenvolvidas. com pecúnia.
por elas desenvolvidas. A jurisprudência do STJ está firmada no sentido
§ 1º - É dever de todo cidadão informar ao Poder de que a necessidade de reparação integral da
§ 1º É dever de todo cidadão informar ao Estado Público sobre atividades poluidoras ou lesão causada ao meio ambiente
sobre atividades poluidoras ou degradadoras de degradadoras que tiver conhecimento, sendo-lhe
permite a cumulação de obrigações de fazer,
que tiver conhecimento, sendo-lhe garantido o garantido o sigilo de sua identidade, quando
não fazer e de indenizar. Cito precedentes da
sigilo de sua identidade, quando assim o desejar. assim o desejar.
Primeira e da Segunda Turmas: REsp
1.328.753/MG, Rel. Ministro Herman Benjamin,
§ 2º O Estado responderá às denúncias, quando § 2º - O Poder Público responderá às denúncias
Segunda Turma, DJe 3.2.
solicitado pelo denunciante, no prazo de 45 no prazo de até 30 (trinta) dias.
(quarenta e cinco) dias, podendo ser prorrogado 2015; REsp 605.323/MG, Rel. Ministro José
por igual período, uma única vez. § 3º - O Poder Público garantirá a todo o cidadão Delgado, Rel. p/ acórdão Ministro Teori Albino
que o solicitar a informação a respeito da Zavascki, Primeira Turma, DJ 17.10.2005; REsp
§ 3º O Estado garantirá a todo cidadão que o situação e disponibilidade dos recursos 625.249/PR, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira
solicitar a informação a respeito da situação e ambientais, enquadrando-os conforme os Turma, DJ 31.8.2006; REsp 1.178.294/MG, Rel.
disponibilidade dos recursos ambientais, parâmetros e limites estipulados na legislação e Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda
observados os parâmetros e limites estipulados normas vigentes. Turma, DJe 10.9.2010; AgRg nos EDcl no Ag
na Lei Federal nº 12.527, de 18 de novembro de 1.156.486/PR, Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima,
2011. § 4º - A divulgação dos níveis de qualidade dos Primeira Turma, DJe 27.4.2011; REsp.
recursos ambientais deverá ser acompanhada da 1.669.185/RS; AgRg no REsp. 1.526.946/RN; EREsp
§ 4º A divulgação dos níveis de qualidade dos indicação qualitativa e quantitativa das principais 1410698 / MG.
recursos ambientais deverá ser acompanhada da causas de poluição ou degradação. Resta, contudo, o desafio de identificar o valor
indicação qualitativa e quantitativa das adequado de alguma indenização pecuniária.
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principais causas de poluição ou degradação. § 5º - Os efeitos da atividade degradadora ou Atualmente, a valoração do dano ambiental não
poluidora serão corrigidos às expensas de quem encontra discurso uníssimo. AS diferentes teorias
lhes der causa. e métodos que podem ser utilizados (EMERGIA,
VERDI, etc) distoam muito entre si, não raro
chegando a valores absolutamente elevados.
Assim, tema a ser aprimorado é a valoração do
dano ambiental.
Em relação aos parágrafo, o texto não traz
alterações significativas e ratifica a Lei federal do
acesso às informações ambientais, que fora
publicada após o código revogado (Lei Federal nº
12.527/11).
O §5º revogado materializa o princípio do
poluidor-pagador e, embora um avanço para
época, atualmente não faria diferença mantê-lo
ou não no texto, visto que tal regra resta
consolidada no direito ambiental pátrio.
Art. 5º É obrigação do Estado, sempre que Art. 4º - É obrigação do Poder Público, sempre Sem alterações significativas.
solicitado e respeitado o sigilo industrial, divulgar que solicitado e respeitado o sigilo industrial,
informações referentes a processos e divulgar informações referentes a processos e
equipamentos vinculados à geração e ao equipamentos vinculados à geração e ao
lançamento de poluentes para o meio ambiente, lançamento de poluentes para o meio ambiente,
bem como os riscos ambientais decorrentes de bem como os seus riscos ambientais decorrentes
empreendimentos públicos ou privados. de empreendimentos públicos ou privados.

Parágrafo único. O respeito ao sigilo industrial Parágrafo único - O respeito ao sigilo industrial
deverá ser solicitado e comprovado deverá ser solicitado e comprovado pelo
pelointeressado. interessado

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Art. 6º O Estado manterá atualizadas e Art. 5º - O Poder Público publicará, anualmente, Embora nunca tenha sido adotado o art. 5º de
disponíveis informações técnicas relativas à um relatório sobre a situação ambiental do forma sistemática, o art. 6º não deve trazer
qualidade ambiental na rede mundial de Estado. prejuízos ao objetivo da norma.
computadores.

Art. 7º O Estado compatibilizará as políticas de Art. 6º - O Poder Público compatibilizará as O caput não teve alterações significativas.
crescimento econômico e social às de proteção políticas de crescimento econômico e social às de O §1º revogado remetia qualquer atividade capaz
do meio ambiente, tendo como finalidade o proteção do meio ambiente, tendo como de alterar a qualidade do ambiente ao
desenvolvimento integrado, harmônico e finalidade o desenvolvimento integrado, licenciamento. O atual §1º remete ao CONSEMA.
sustentável. harmônico e sustentável. A Lei Complementar 140/11 não coloca aos
Conselhos Estaduais tal competência. A regra
§ 1º O Conselho Estadual do Meio Ambiente § 1º - Não poderão ser realizadas ações ou federal outorga aos estados a competência
definirá as atividades sujeitas a licenciamento atividades suscetíveis de alterar a qualidade do residual, pois define a forma de competência
ambiental. ambiente sem licenciamento. para licenciar em nível federal (art. 7º) e a
municipal (art. 9º), deixando para os estados o
§ 2º - As ações ou atividades poluidoras ou que não é do município ou da união (art. 8º).
§ 2º Os empreendimentos ou as atividades degradadoras serão limitadas pelo Poder Público Vide incisos XIII, XIV e XV nos artigos citados.
poluidoras ou degradadoras serão limitadas pelo visando à recuperação das áreas em O §2º restou mantido e o novo §3º consolida o
Estado visando à recuperação das áreas em desequilíbrio ambiental. princípio da prevenção já previsto no revogado
desequilíbrio ambiental. art. 8º.
Art. 8º - As atividades de qualquer natureza
§ 3º As atividades de qualquer natureza deverão deverão ser dotadas de meios e sistemas de
ser dotadas de meios e de sistemas de segurança segurança contra acidentes que possam pôr em
contra acidentes que possam pôr em risco a vida risco a saúde pública ou o meio ambiente.
ou o meio ambiente.
Art. 7º - A utilização dos recursos ambientais com Artigo não mantido no atual código. Registre-se
fins econômicos, dependerá de autorização do que a norma não é autoaplicável, pois exige lei
órgão competente, na forma da lei. regulamentadora.
A iniciativa é positiva e visa renumerar o titular
Parágrafo único - Ficarão a cargo do do domínio utilizado, tais como eventos em
empreendedor os custos necessários à parques.
recuperação e à manutenção dos padrões de
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qualidade ambiental.
Art. 8º O interesse comum terá prevalência Art. 9º - O interesse comum terá prevalência Caput sem alterações.
sobre o privado, no uso, na exploração, na sobre o privado, no uso, na exploração, na O parágrafo único acrescido visa expressamente
preservação e na conservação dos recursos preservação e na conservação dos recursos “evitar radicalismos” na interpretação e aplicação
ambientais, respeitados os direitos inerentes à ambientais. das normas. Em suma, significa uma ampla
propriedade privada, ao sigilo industrial e às possibilidade de defesa ao particular, em especial
técnicas produtivas. considerando o art. 13.

Parágrafo único. As normas restritivas e


regulamentações serão interpretadas e editadas
respeitando a necessidade e proporcionalidade
em sentido estrito.
Art. 9º Os órgãos e as entidades integrantes da Art. 10 - Os órgãos e entidades integrantes da Sem alterações.
administração pública estadual deverão administração direta e indireta do Estado
colaborar com os órgãos ambientais do Estado deverão colaborar com os órgãos ambientais do
quando da solicitação de recursos humanos, Estado quando da solicitação de recursos
técnicos, materiais e logísticos. humanos, técnicos, materiais e logísticos.

Art. 10. O órgão ambiental competente deverá Art. 11 - O órgão ambiental competente deverá Sem alterações significativas.
coletar, processar, analisar, armazenar e divulgar coletar, processar, analisar, armazenar e,
dados e informações referentes ao meio obrigatoriamente, divulgar dados e informações
ambiente, de acordo com o que dispõe a referentes ao meio ambiente.
legislação pertinente de acesso à informação
Art. 11. Os órgãos, as instituições e as entidades Art. 12 - Os órgãos, instituições e entidades Sem alterações significativas.
públicas ou privadas, bem como as pessoas públicas ou privadas, bem como as pessoas
físicas ou jurídicas, ficam obrigados a remeter físicas ou jurídicas, ficam obrigados a remeter
sistematicamente ao órgão ambiental sistematicamente ao órgão ambiental
competente, nos termos em que forem competente, nos termos em que forem
solicitados, os dados e as informações solicitados, os dados e as informações
necessários às ações de monitoramento necessários às ações de vigilância ambiental.
ambiental.

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Art. 12. Compete ao Estado adotar políticas para Art. 13 - Compete ao Poder Público criar Sem alterações significativas.
a proteção e a recuperação dos processos estratégias visando à proteção e à recuperação
ecológicos essenciais para a reprodução e dos processos ecológicos essenciais para a
manutenção do meio ambiente equilibrado e da reprodução e manutenção da vida.
qualidade de vida
Art. 13. A fiscalização deverá ter natureza Artigo que define diretriz de atuação da
prioritariamente orientadora, quando a fiscalização. Não obriga o fiscal e apenas orientar,
atividade ou situação, por sua natureza, pois deixa claro a necessidade de
comportar grau de risco compatível com esse compatibilidade dessa conduta. Acredita-se que
procedimento. não deverá mais haver autuação para infrações já
sanadas por ocasião de sua identificação pela
fiscalização. Com mais razão quando o infrator
comunica o órgão ambiental da ocorrência
infracional e, no mesmo ato, sua correção.
TÍTULO II TÍTULO III Os instrumentos do CEMA, sempre foram em
DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA ESTADUAL DO DOS INSTRUMENTOS número demasiadamente significativo. Enquanto
MEIO AMBIENTE DA POLÍTICA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE a Lei Federal da Política Nacional do Meio
CAPÍTULO I CAPÍTULO I Ambiente traz poucos instrumentos em relação
DOS INSTRUMENTOS E DO PLANEJAMENTO DOS INSTRUMENTOS ao CEMA, não significa dizer que a quantidade de
instrumentos gerará maior qualidade na gestão
Art. 14. São instrumentos da Política Art. 15 - São instrumentos da Política ambiental.
Estadual do Meio Ambiente, dentre outros: Estadual do Meio Ambiente, dentre outros: De outro modo, os instrumentos são diretrizes
I.- acordos, convênios, consórcios e outros (Vide Lei n.º 13.913/12) importantes para os gestores ambientais. Bem
mecanismos associativos para gestão de I.- os Fundos Ambientais; aplicados todos esses instrumentos, ter-se-á uma
recursos ambientais; II.- o Plano Estadual de Preservação e eficaz política ambiental.
II.- análise de riscos; Restauração dos Processos Ecológicos,
III.- avaliação de impactos ambientais; Manejo Ecológico das Espécies e
IV.- fiscalização; Ecossistemas;
V.- audiências públicas; III.- Sistema Estadual de Unidades de
VI.- auditoria ambiental; Conservação (SEUC);

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VII.- cadastro ambiental rural; IV.- o Zoneamento Ecológico;
VIII.- cadastro técnico estadual de atividades V.- o Cadastro Técnico Rural e o Sistema
potencialmente poluidoras; Estadual de Informações Ambientais;
IX.- educação ambiental; VI.- os comitês de bacias hidrográficas, os planos
X.- estímulos e incentivos; de preservação de mananciais, a outorga de
XI.- fundos ambientais; uso, derivação e tarifação de recursos
XII.- licenciamento ambiental, revisão e sua hídricos;
renovação e autorização; VII.- o zoneamento das diversas atividades
XIII.- lista de espécies da fauna silvestre e da produtivas ou projetadas;
flora nativa ameaçadas de extinção; VIII.- a avaliação de impactos ambientais;
XIV.- padrões de qualidade ambiental; IX.- a análise de riscos;
XV.- pesquisa e monitoramento ambiental; X.- a fiscalização;
XVI.- plano(s) e programa(s) de conservação, XI.- a educação ambiental;
recuperação e uso sustentável dos recursos XII.- o licenciamento ambiental, revisão e sua
ambientais; renovação e autorização;
XVII.- Plano Estadual de Resíduos Sólidos; XIII.- os acordos, convênios, consórcios e outros
XVIII.- Plano Estadual de Saneamento; mecanismos associativos de gerenciamento
XIX.- Programa Estadual de Gerenciamento de recursos ambientais;
Costeiro; XIV.- audiências públicas;
XX.- sanções administrativas; XV.- as sanções;
XXI.- Sistema Estadual de Gestão Integrada de XVI.- pesquisa e monitoramento ambiental;
Monitoramento e Alerta de Desastres; XVII.- auditoria ambiental;
XXII.- Sistema Estadual de Recursos Hídricos; XVIII.- os padrões de qualidade ambiental.
XXIII.- Sistema Estadual de Unidades de
Conservação ‒ SEUC;
XXIV.- Sistemas de Informações Ambientais do
Estado;
XXV.- zoneamento ecológico-econômico e
demais zoneamentos específicos
aprovados por regulamentação específica;
XXVI.- gerenciamento de áreas potencialmente
contaminadas, contaminadas e
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reabilitadas;
XXVII.- gerenciamento de risco tecnológico;
XXVIII.- plano de emergência para episódios
críticos de poluição do ar.
CAPÍTULO II O art. 16 revogado definia diretriz relevante em
DO PLANEJAMENTO termos de planejamento ambiental,
resguardando critérios específicos para
Art. 16 - Os programas governamentais de implementação de programas governamentais de
âmbito estadual ou municipal destinados à desenvolvimento, notadamente através de
recuperação econômica, incentivo à produção participação e de medidas mitigadoras e
ou exportação, desenvolvimento industrial, compensatórias.
agropecuário ou mineral, geração de energia e Em relação ao parágrafo único, por força de lei
outros que envolvam múltiplos federal ainda vigente, não deverá ser alterada a
empreendimentos e intervenções no meio prática de amplos debates por ocasião da
ambiente, em especial aqueles de grande elaboração de planos diretores e planos de bacia.
abrangência temporal ou espacial, deverão
obrigatoriamente incluir avaliação prévia das
repercussões ambientais, inclusive com a
realização de audiências públicas, em toda sua
área de influência e a curto, médio e longo
prazos, indicando as medidas mitigadoras e
compensatórias respectivas e os responsáveis
por sua implementação.

Art. 15. O planejamento ambiental tem por Parágrafo único - Incluem-se entre os
objetivos: programas referidos no "caput" deste artigo os Artigo aprimorado e atualizado.
I - implementar a Política Estadual do Meio planos diretores municipais, planos de bacia
Ambiente; hidrográfica e planos de desenvolvimento
II - articular os aspectos ambientais dos vários regional.
planos, programas e ações previstos na
Constituição do Estado e na legislação, em Art. 17 - O planejamento ambiental tem por
especial relacionados com: objetivos:
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a) localização industrial; I - produzir subsídios à formulação da Política
b) manejo do solo agrícola; Estadual de Controle do Meio Ambiente;
c) uso dos recursos minerais; II - articular os aspectos ambientais dos vários
d) aproveitamento dos recursos energéticos; planos, programas e ações previstas na
e) aproveitamento dos recursos hídricos; Constituição do Estado, em especial
f) saneamento básico; relacionados com:
g) gerenciamento costeiro; a) localização industrial;
h) desenvolvimento das regiões metropolitanas, b) manejo do solo agrícola;
aglomerações e microrregiões; c) uso dos recursos minerais;
i) patrimônio cultural, estadual, especialmente d) aproveitamento dos recursos
os conjuntos urbanos e sítios de valor ecológico; energéticos;
j) proteção preventiva à saúde; e) aproveitamento dos recursos
k) desenvolvimento científico e tecnológico; hídricos;
l) conservação e recuperação de florestas e f) saneamento básico;
demais formas de vegetação nativa; g) reflorestamento;
m) prevenção de desastres e recuperação de
h) gerenciamento costeiro;
áreas afetadas por desastres naturais e
i) desenvolvimento das regiões metropolitanas,
antrópicos; e
aglomerações e microrregiões;
III plano de contingência ambiental;
j) patrimônio cultural, estadual, especialmente
IV - elaborar planos para as Unidades de
os conjuntos urbanos e sítios valor ecológico;
Conservação, espaços territoriais especialmente
protegidos ou para áreas com problemas
l) proteção preventiva à saúde;
ambientais específicos; m) desenvolvimento científico e
tecnológico.
V - elaborar programas especiais com vista à
integração das ações com outros sistemas de
III - elaborar planos para as
gestão e áreas da administração direta e indireta
Unidades de Conservação, espaços territoriais
do Estado, da União e dos municípios,
especialmente protegidos ou para áreas com
especialmente saneamento básico, recursos
problemas ambientais específicos;
hídricos, saúde e desenvolvimento urbano e
IV - elaborar programas especiais
regional;
com vista à integração das ações com outros
VI - estabelecer, com apoio dos órgãos técnicos
sistemas de gestão e áreas da administração
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competentes, as condições e os critérios para direta e indireta do Estado, União e municípios,
definir e implementar o Zoneamento Ecológico- especialmente saneamento básico, recursos
Econômico do Estado; hídricos, saúde e desenvolvimento urbano e
VII - prover a manutenção, preservação e regional;
recuperação da qualidade físico-química e V - estabelecer, com apoio dos
biológica dos recursos ambientais; órgãos técnicos competentes, as condições e
VIII - criar, demarcar, garantir critérios para definir e implementar o
e manter as Unidades de Conservação, áreas de Zoneamento Ambiental do Estado;
sítios históricos, arqueológicos, espeleológicos, VI - prover a manutenção,
de patrimônio cultural, artístico e paisagístico e preservação e recuperação da qualidade físico-
de ecoturismo; química e biológica dos recursos ambientais;
IX - incluir os aspectos ambientais no
VII - criar, demarcar, garantir e
planejamento da matriz energética do Estado;
manter as Unidades de Conservação, áreas de
X - reavaliar a política de transportes do Estado,
sítios históricos, arqueológicos, espeleológicos,
adequando-a aos objetivos da política ambiental;
de patrimônio cultural artístico e paisagístico e
e
de ecoturismo;
XI - estimular a proteção ambiental por meio de
VIII - incluir os aspectos ambientais
incentivos, como por meio de Pagamento por
no planejamento da matriz energética do
Serviços Ambientais ‒ PSA.
Estado; IX - reavaliar a política de transportes
do Estado, adequando-a aos objetivos da
Política Ambiental.

Art. 16. O planejamento ambiental terá como Art. 18 - O planejamento ambiental terá como Sem alterações significativas.
unidades de referência as bacias hidrográficas e unidades de referência as bacias hidrográficas e
será executado pelo Sistema Estadual de será executado pelo Sistema Estadual de
Proteção Ambiental ‒ SISEPRA ‒, por intermédio Proteção Ambiental - SISEPRA, através dos
dos seguintes instrumentos: seguintes instrumentos:
I - gestão do equilíbrio entre a oferta e a I - gerenciamento das bacias hidrográficas;
demanda de água nas bacias hidrográficas II - institucionalização dos comitês de bacias,
previstas no Sistema de Gerenciamento dos cujas propostas deverão ser embasadas na
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Recursos Hídricos do Estado cujos critérios de participação e discussão com as comunidades
composição serão regulamentados; atingidas e beneficiadas;
II - compatibilização dos planos regionais de III - compatibilização dos planos regionais de
desenvolvimento com as diretrizes ambientais desenvolvimento com as diretrizes ambientais
da região, emanadas do Conselho Estadual do da região, emanadas do Conselho Estadual do
Meio Ambiente ‒ CONSEMA; e Meio Ambiente - CONSEMA;
III - realização do diagnóstico ambiental e IV - realização do diagnóstico ambiental e
Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado, a Zoneamento Ambiental do Estado.
ser implantado por lei específica.
Parágrafo único - Os Planos Diretores Municipais
Parágrafo único. Os Planos Diretores Municipais deverão atender aos dispositivos previstos neste
deverão atender aos dispositivos previstos neste Código.
Código.
Art. 17. O Comitê de Planejamento Energético do Art. 19 - O Conselho Estadual de Energia Sem alterações significativas.
Estado – COPERGS ‒ promoverá reavaliação e (CENERGS) e o Conselho Estadual de Meio
redimensionamento da matriz energética do Ambiente (CONSEMA) promoverão reavaliação
Estado, nos termos do art. 162 da Constituição e redimensionamento completos da matriz
do Estado, dando ênfase especial às estratégias energética do Estado, nos termos do artigo 162
de conservação de energia e minimização de da Constituição Estadual, dando ênfase
desperdícios. especial às estratégias de conservação de
energia e minimização de desperdícios.
Parágrafo único. O COPERGS deverá submeter
suas deliberações ao CONSEMA sempre que as
políticas propostas envolverem aproveitamento
energético de recursos naturais.

Art. 18. O planejamento da matriz energética do Art. 20 - O planejamento da matriz energética


Estado priorizará a pesquisa e a implementação do Estado priorizará a pesquisa e
de opções de energia alternativa descentralizada implementação de opções de energia
e renovável. alternativa descentralizada e renovável.

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Art. 21 - Compete ao Poder Público estabelecer Artigo que respaldava iniciativas de qualidade de
níveis de luminosidade e aeração adequados vida revogado.
para os espaços internos e externos, garantindo
a saúde, conforto e bem estar da população.

Art. 19. O órgão estadual competente instituirá Relevante artigo que materializa a
um sistema estadual de informações ambientais implementação de dispositivos previstos no
no SISEPRA, com o objetivo de: código.
I - reunir, integrar, dar consistência e
disponibilizar dados e informações de interesse
ambiental;
II - sistematizar indicadores sobre a qualidade, a
isponibilidade, o uso e a conservação dos
recursos ambientais e da biodiversidade;
III - informar as causas de degradação
ambiental, a presença de substâncias
potencialmente danosas, as mudanças
climáticas, bem como os níveis de poluição e as
situações de risco existentes no Estado do Rio
Grande do Sul;
IV - fornecer subsídios para o planejamento e o
gerenciamento dos recursos ambientais, da
biodiversidade, das mudanças climáticas e da
ecoeficiência.

Parágrafo único. Os dados e as informações


produzidos por entidades privadas ou por
organizações não governamentais, com a
participação de recursos públicos, deverão ser
disponibilizados ao Sistema Estadual de
Informações Ambientais, sem ônus para o Poder
Público.
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CAPÍTULO II CAPÍTULO III O tema “incentivos” infelizmente é árido no
DOS ESTÍMULOS E INCENTIVOS DOS ESTÍMULOS E INCENTIVOS direito ambiental brasileiro. Embora desde 1981
conste na Lei da Política Nacional do Meio
Art. 20. O Estado fomentará a proteção do meio Art. 22 - O Poder Público fomentará a proteção ambiente (art. 2º, VI; art. 9º, V; art. 13), sempre
ambiente por meio de incentivos e mecanismos do meio ambiente e a utilização sustentável dos viu-se mais a aplicabilidade de punições do que
econômicos e a utilização sustentável dos recursos ambientais através da criação de incentivos. A legislação conduz o gestor público
recursos ambientais. linhas especiais de crédito no seu sistema ambiental para incentivar atividades e práticas
financeiro, apoio financeiro, creditício, técnico positivas ao ambiente, no entanto na prática isso
Art. 21. O Pagamento por Serviços Ambientais e operacional, contemplando o financiamento não ocorre.
será disciplinado por regulamento, sendo de do desenvolvimento da pesquisa ambiental, No presente capítulo foi incluído o Pagamento
natureza voluntária, mediante a qual um execução de obras de saneamento, atividades pelos Serviços Ambientais (PSA), o que é positivo.
pagador de serviços ambientais transfere a um que desenvolvam programas de educação Mas, na prática dificilmente se viabilizará um
provedor desses serviços recursos financeiros ou ambiental, criação e manutenção de Unidades programa de PSA sem a implementação da
outra forma de remuneração, nas condições de Conservação, privilegiando também, na cobrança pelo uso dos recursos hídricos (previsto
acertadas, respeitadas as disposições legais e esfera pública ou privada: (Vide Lei n.º na Política Estadual e da Federal, desde 1994 e
regulamentares pertinentes. 13.913/12) 1997 respectivamente), algo sem previsão do Rio
I - as universidades, os centros de pesquisa, as Grande do Sul.
Art. 22. O Poder Público Estadual poderá entidades profissionais, as entidades técnico- O próprio Código Florestal Federal (Lei 12651/12)
fomentar a proteção do meio ambiente e a científicas, a iniciativa privada e as entidades prevê incentivos para recuperação de áreas
utilização sustentável dos recursos ambientais ambientalistas legalmente constituídas, em degradas, mas não passa de um texto legal sem
por meio da criação de linhas especiais de crédito especial as que visem à proteção da biota nativa implicação na vida das pessoas.
no seu sistema financeiro. e as de educação e pesquisa; A revogação do art. 24 deve ser avaliada com
II - a produção e produtos que não afetam o cautela, pois embora não se desconheça tratar
Art. 23. O Poder Público Estadual poderá criar meio ambiente e a saúde pública; de texto extremamente abrangente, a Lei da
mecanismos de compensação financeira aos Política Nacional do Meio Ambiente traz diretriz
III - a manutenção dos ecossistemas;
municípios que possuam espaços territoriais semelhante como punição ao infrator (art. 14, III)
IV - a manutenção e recuperação de
especialmente protegidos e como tal e obrigam as entidades e órgãos de
áreas de preservação permanente e de reserva
reconhecidos pelo órgão estadual competente. financiamento e incentivos governamentais
legal;
condicionarem a aprovação crédito ao
V- o desenvolvimento de pesquisa e utilização cumprimento das regras ambientais (art. 12).
de energias alternativas renováveis, de baixo
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impacto e descentralizadas; Algo que já está previsto inclusive em resolução
VI - a racionalização do do Banco Central.
aproveitamento de água e energia; Observe-se que o Código Florestal Federal (art.
VII - o incentivo à utilização de 78-A) condiciona a concessão de crédito rural ao
matéria-prima reciclável, tanto na produção CAR. Outras normas também vinculam o
agrícola, quanto na industrial; financiador ao dano ambiental (Lei de
VIII - o incentivo à produção de Zoneamento Industrial, n. 6.803/80 art. 12; Lei nº
materiais que possam ser reintegrados ao ciclo 11.105/05, art. 2º, § 4º; Lei nº 12.305/10, nos art.
de produção; 16, 18 e 43; Resolução CMN 3.545/2008, etc. O
IX - o desenvolvimento de pesquisas STJ possui julgados que repetem o disposto no
tecnológicas de baixo impacto; REsp n. 650728/SC, acerca da ampla
X- os proprietários de áreas destinadas à responsabilidade solidária e objetiva em se
preservação, e que por isso não serão tratando de danos ambientais.
consideradas ociosas. Em relação ao revogado art. 25, sua exclusão do
ordenamento jurídico estadual pode
Art. 23 - Fica o Poder Executivo autorizado a desincentivar o aprimoramento de políticas
firmar convênios com as universidades públicas ambientai locais.
e privadas localizadas no território do Estado,
prefeituras municipais, cooperativas,
sindicatos, associações e outras entidades, no
sentido de auxiliarem na preservação do
ambiente natural e na orientação de entidades
de agricultores e pecuaristas sobre as
queimadas em geral.

Art. 24 - Fica proibido o acesso a financiamento


por bancos estaduais e fundos especiais de
desenvolvimento àquelas empresas e órgãos
públicos cuja situação não estiver plenamente
regularizada diante desta Lei, seu regulamento
e demais legislações relacionadas com a defesa

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do meio ambiente.

Parágrafo único - Ficam excluídos da proibição


de que trata este artigo, os financiamentos
relativos a projetos que objetivem à
implantação ou à regularização dos princípios
das normas referidas no "caput" e da Política
Estadual do Meio Ambiente.

Art. 25 - A liberação de recursos do Estado ou


de entidades financeiras estaduais somente
efetivar-se-á àqueles municípios que
cumprirem toda a legislação ambiental e
executem, na sua localidade, a Política Estadual
do Meio Ambiente.

§ 1º - Exclui-se do "caput" deste artigo os


municípios que comprovadamente buscam
adequar-se à legislação ambiental e à Política
Estadual do Meio Ambiente, bem como
implantá- las em suas localidades.

§ 2º - São excluídas das exigências deste artigo


as transferências constitucionais de receitas
aos municípios.

Art. 26 - O Poder Público Estadual criará


mecanismos de compensação financeira aos
municípios que possuam espaços territoriais
especialmente protegidos e como tal
reconhecidos pelo órgão estadual competente.

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CAPÍTULO III CAPÍTULO IV Sem alterações.
DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Art. 24. Compete ao Poder Público promover a Art. 27 - Compete ao Poder Público promover a
educação ambiental em todos os níveis de sua educação ambiental em todos os níveis de sua
atuação e a conscientização da sociedade para a atuação e a conscientização da sociedade para a
preservação, conservação e recuperação do preservação, conservação e recuperação do
meio ambiente, considerando: meio ambiente, considerando:
I - a educação ambiental sob o ponto de vista I - a educação ambiental sob o ponto de vista
interdisciplinar; interdisciplinar;
II - o fomento, junto a todos os segmentos da II - o fomento, junto a todos os segmentos da
sociedade, da conscientização ambiental; sociedade, da conscientização ambiental;
III - a necessidade das instituições III - a necessidade das instituições
governamentais estaduais e municipais de governamentais estaduais e municipais de
realizarem ações conjuntas para o planejamento realizarem ações conjuntas para o
e a execução de projetos de educação ambiental, planejamento e execução de projetos de
respeitando as peculiaridades locais e regionais; educação ambiental, respeitando as
IV - o veto à divulgação de propaganda danosa ao
peculiaridades locais e regionais;
meio ambiente e à saúde pública;
IV - o veto à divulgação de propaganda danosa
V - capacitação dos recursos humanos para a
ao meio ambiente e à saúde pública;
operacionalização da educação ambiental, com
V - capacitação dos recursos humanos para a
vista ao pleno exercício da cidadania.
operacionalização da educação ambiental, com
vistas ao pleno exercício da cidadania.
§ 1º A promoção da conscientização ambiental
prevista neste artigo dar-se-á por meio da
§ 1º - A promoção da conscientização ambiental
educação formal, não formal e informal.
prevista neste artigo dar-se-á através da
educação formal, não-formal e informal.
§ 2º Os órgãos executivos do SISEPRA divulgarão,
mediante publicações e outros meios, planos,
§ 2º - Os órgãos executivos do Sistema Estadual
programas, pesquisas e projetos de interesse
de Proteção Ambiental - SISEPRA divulgarão,
ambiental objetivando ampliar a conscientização
mediante publicações e outros meios, os planos,
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popular a respeito da importância da proteção programas, pesquisas e projetos de interesse
do meio ambiente. ambiental objetivando ampliar a
conscientização popular a respeito da
importância da proteção do meio ambiente.

CAPÍTULO IV CAPÍTULO V Sem alterações significativas.


DO ESTUDO CIENTÍFICO E DA DO ESTUDO CIENTÍFICO E DA COLETA O novo art. 26 simplifica o acesso ao estudo em
COLETA casos específicos, o que é positivo.
Art. 28 - A coleta, o transporte e o estudo de
Art. 25. A coleta, o transporte e o estudo de animais silvestres só serão permitidos com fins
fauna silvestre requerem autorização prévia do exclusivamente científico e didático, visando ao
órgão ambiental competente, em conformidade seu conhecimento e conseqüente proteção, em
com a legislação. conformidade com a legislação, desde que
devidamente licenciada.
Art. 26. Ficam dispensadas de autorização as
seguintes atividades, exceto quando realizadas Art. 29 - Os pesquisadores estrangeiros
em Unidade de Conservação ou cavidade apresentados pelo país de origem e autorizados
natural subterrânea: para pesquisa no Brasil em conformidade com
I - observação e gravação de imagem ou som; e a legislação, poderão receber licenças
II - coleta e transporte de fezes, regurgitações, temporárias de coleta, preenchidos os
pelos, penas e dentes, quando não envolver a requisitos legais, sempre às expensas do
captura de espécime. licenciado.

Art. 27. A coleta e o transporte de flora nativa Art. 30 - As licenças de coleta não são válidas
para fins científicos, visando ao seu para as espécies raras que necessitem cuidados
conhecimento e consequente proteção, requer especiais, ou cuja sobrevivência esteja
autorização prévia do órgão ambiental ameaçada nos limites do território estadual e
competente, em conformidade com a legislação. nacional.

Art. 28. A coleta, o transporte e o estudo de Parágrafo único - O manuseio dos espécimes
fósseis serão fiscalizados pelo órgão ambiental referidos neste artigo somente será permitido
competente, em conformidade com a legislação, para fins de pesquisa que venha
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respeitadas as competências da União. comprovadamente em benefício da
sobrevivência da espécie em questão,
Art. 29. Os pesquisadores estrangeiros mediante licença especial a ser concedida pela
apresentados pelo país de origem e autorizados autoridade competente.
para pesquisa no Brasil em conformidade com a
legislação específica de acesso a recursos Art. 31 - Amostras e exemplares das espécies
genéticos poderão receber licenças temporárias coletadas por cientistas nacionais e
de coleta, preenchidos os requisitos legais, estrangeiros, deverão ser depositadas em
sempre às expensas do licenciado. coleção científica do órgão estadual
competente ou noutro reconhecido por este,
Art. 30. A coleta para as espécies constantes em localizadas no território estadual, bem como
listas oficiais de espécies ameaçadas de extinção deverá ser apresentado ao órgão concedente
só será autorizada pelo órgão competente para da autorização um relatório de suas atividades.
fins de pesquisa que venha comprovadamente
em benefício da sobrevivência da espécie em Art. 32 - O Poder Executivo Estadual
questão, mediante justificativa da necessidade regulamentará, com base nos princípios e
de coleta. diretrizes emanados desta Lei, a coleta para fins
didáticos.
Art. 31. Amostras e exemplares das espécies
coletadas por cientistas nacionais e estrangeiros Art. 33 - A utilização indevida da licença de
deverão ser depositadas em coleção científica do coleta implicará cassação da mesma, sem
órgão estadual competente ou noutro prejuízo das demais sanções cabíveis.
reconhecido por este, localizadas no território
estadual, bem como deverá ser apresentado ao Art. 34 - A realização de pesquisa e coleta em
órgão concedente da autorização um relatório áreas públicas ou privadas, deverá estar
de suas atividades. precedida de licença emitida pelas autoridades
responsáveis e pelos proprietários das mesmas.
Art. 32. A utilização indevida da licença de coleta
implicará cassação da licença, sem prejuízo das Art. 35 - O Poder Público manterá um cadastro
demais sanções cabíveis. das instituições e pesquisadores que se
dediquem ao estudo, coleta e manutenção da
Art. 33. O Estado poderá manter um cadastro fauna e flora silvestre.
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de instituições e pesquisadores que se
dediquem ao estudo, à coleta e à manutenção
da fauna e flora silvestre.

CAPÍTULO V CAPÍTULO VI Sobre o tema Unidades de Conservação,


DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO importante colocar que o código revogado,
embora publicado em 3 de agosto de 2000, ou
Art. 34. É dever do Estado: Art. 36 - É dever do Poder Público: seja depois da Lei Federal n. 9.985 em 18 de julho
I - promover a política de criação, de I - manter o Sistema Estadual de Unidades de de 2000, que trata do assunto de forma geral, foi
implantação, de valorização e de utilização Conservação - SEUC e integrá-lo de forma elaborado antes da norma federal.
das Unidades de Conservação no Estado; harmônica ao Sistema Nacional de Unidades Isso gerou, durante todos esses anos de vigência
II - criar e implementar Unidades de de Conservação; um descompasso entre a lei do RS e o restante
Conservação Estaduais ‒ UCs ‒, bem como II - dotar o SEUC de recursos humanos e do país.
promover e fomentar a criação, a implantação orçamentários específicos para o O principal artigo que demonstra essa
e a manutenção das Unidades de Conservação cumprimento dos seus objetivos; necessidade de revisão da Lei estadual de 2000
municipais e particulares; era o art. 55, parágrafo único, (já revogado) que
III - criar e implantar as Unidades de
III - incentivar e coordenar a pesquisa previa: “quando se tratar de licenciamento de
Conservação (UCs) de domínio público, bem
científica, os estudos, o monitoramento, as empreendimentos e atividades localizados em
como incentivar a criação das Unidades de
atividades de educação e interpretação até 10km (dez quilômetros) do limite da Unidade
Conservação municipais e de domínio privado.
ambiental nas Unidades de Conservação; de Conservação deverá também ter autorização
- manter o SEUC e integrá-lo ao Sistema do órgão administrador da mesma.” Esse
IV Art. 37 - O conjunto de UCs, federais,
Nacional de Unidades de Conservação; e dispositivo, na prática conferia zona de
estaduais, municipais e particulares já
amortecimento para APA´s, o que pela lei federal
V - dotar o SEUC de recursos humanos e existentes no Estado, assim como aquelas que
não existia.
orçamentários específicos para o venham a ser criadas, constituirão o Sistema
De qualquer forma, a novo código traz maior
cumprimento dos seus objetivos. Estadual de Unidades de Conservação - SEUC,
simetria com a regra geral nacional e, embora
integrado ao Sistema Estadual de Proteção
possa o Estado (conforme art. 24 da CF) legislar
Art. 35. O SEUC é constituído pelo conjunto de Ambiental - SISEPRA.
de forma suplementar, é importante que haja
Unidades de Conservação federais, estaduais,
uma legislação mais simétrica e harmônica.
municipais e particulares criadas no território Art. 38 - O SEUC será composto por um órgão
do Estado. coordenador, um órgão executor e pelos
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órgãos estaduais, municipais e entidades, O novo art. 39 confere competência ao
Art. 36. O SEUC será composto por um órgão públicas ou privadas, responsáveis pela CONSEMA para aprovar regulamento que
coordenador, um órgão executor e pelos administração das UCs. definirá exigências para criação de UC´s.
órgãos estaduais, municipais e entidades, O prazo mínimo para revisão do plano de manejo
públicas ou privadas, responsáveis pela Art. 39 - Compete ao órgão executor do SEUC: foi dispensado, não mais obrigatoriamente a
administração das UCs. I - elaboração de um Cadastro Estadual de cada cinco anos.
Unidades de Conservação contendo os dados O art. 42, §3 é de validade duvidosa, pois
Art. 37. As competências dos órgãos executor principais de cada um; segundo a CF, se há necessidade de criação de
e coordenador do SEUC serão disciplinadas II - estabelecer critérios para criação de novas espaços territoriais especialmente protegidos
por regulamento. Unidades de Conservação conforme legislação (art. 225, §1º, III) veda “qualquer utilização que
vigente; comprometa a integridade dos atributos que
Art. 38. As UCs integrantes do SEUC serão III - coordenar e avaliar a justifiquem sua proteção.”
reunidas em categorias de manejo com implantação do Sistema (SEUC); § 3º As ZAs de Unidades de Conservação
características distintas, conforme os IV - elaborar e publicar instituídas por município não poderão incidir em
objetivos e caráter de proteção dos seus plurianualmente o Plano de Sistema de território de outro município.
atributos naturais e culturais, definidas em Unidades de Conservação do Estado. O art. 45 abre possibilidade de concessão de
legislação específica. UC´s, o que é altamente positivo e recomendável
Art. 40 - As UCs integrantes do SEUC serão (vide nossa manifestação no link :
Art. 39. As UCs serão criadas por lei, sendo reunidas em categorias de manejo com https://direitoambiental.com/concessao-de-
prioritária a criação daquelas que contiverem características distintas, conforme os objetivos parques-para-valorizar-e-qualificar/ ).
ecossistemas ainda não representados no e caráter de proteção dos seus atributos No demais, a matéria, então com previsões
SEUC, ou em iminente perigo de eliminação naturais e culturais, definidas em legislação legais, é remetida a regulamento.
ou degradação, ou, ainda, pela ocorrência de específica.
espécies endêmicas ou ameaçadas de
extinção e não poderão ser suprimidas ou Parágrafo único - O enquadramento das UCs
diminuídas em suas áreas, exceto por meio de em categorias de manejo será baseado em
lei. critérios técnico-científicos e submetido a
reavaliações periódicas, podendo ser criadas
§ 1º A criação de uma Unidade de novas categorias.
Conservação deve ser precedida de estudos
técnicos e de consulta pública que permitam Art. 41 - As UCs serão criadas por ato do Poder
identificar a localização, a dimensão e os
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limites mais adequados para a unidade, Público em obediência à legislação vigente e
conforme se dispuser em regulamento não poderão ser suprimidas ou diminuídas em
aprovado pelo Conselho Estadual do Meio suas áreas, exceto através de lei, nem
Ambiente. utilizadas para fins diversos daqueles para os
quais foram criadas, sendo prioritária a criação
§ 2º No processo de consulta de que trata o § daquelas que contiverem ecossistemas ainda
1.º deste artigo, o Estado é obrigado a não representados no SEUC, ou em iminente
fornecer informações adequadas e inteligíveis perigo de eliminação ou degradação, ou,
à população local e a outras partes ainda, pela ocorrência de espécies endêmicas
interessadas. ou ameaçadas de extinção.

§ 3º O Estado, ao propor a criação e ampliação Art. 42 - Cada UC, dentro de sua categoria,
de Unidade de Conservação, deverá disporá sempre de um Plano de Manejo, no
demonstrar claramente a previsão e alocação qual será definido o zoneamento da unidade e
de recursos humanos e orçamento, bem sua utilização, sendo vedadas quaisquer
como indicar fontes de recursos futuras para alterações, atividades ou modalidades
sua manutenção e regularização fundiária. estranhas ao respectivo plano.
§ 1º - O Plano de Manejo de cada UC deverá
Art. 40. As Unidades de Conservação deverão estar elaborado em no máximo 3 (três) anos
dispor de um Plano de Manejo, no qual será após a sua criação.
definido o zoneamento da unidade e sua
utilização. § 2º - O Plano de Manejo deverá ser revisto a
cada 5 (cinco) anos ou em qualquer tempo
§ 1º O Plano de Manejo de cada UC deve ser respeitando seus princípios básicos.
elaborado em no máximo 5 (cinco) anos após
a sua criação. Art. 43 - A pesquisa científica no interior das
UCs será autorizada pelo órgão administrador,
visando ao conhecimento sobre a
§ 2º O Plano de Manejo de cada UC poderá ser
biodiversidade e demais atributos preservados
revisado a qualquer momento.
e a conseqüente adequação dos Planos de
Manejo, não podendo colocar em risco a
Art. 41. As Unidades de Conservação de
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proteção integral deverão dispor de um sobrevivência das suas populações.
conselho consultivo, sendo permitido
conselho deliberativo apenas na Reserva de Art. 44 - As atividades de educação ambiental
Desenvolvimento Sustentável e Reserva nas UCs somente serão desenvolvidas
Extrativista. mediante autorização e supervisão do órgão
Administrador das referidas UCs, devendo ser
Art. 42. As Unidades de Conservação, exceto desenvolvidas em todas as categorias de
Área de Proteção Ambiental e Reserva manejo.
Particular do Patrimônio Natural, devem
possuir uma Zona de Amortecimento – ZA – e, Art. 45 - A visitação pública só será permitida
quando conveniente, corredores ecológicos. no interior das UCs dotadas de infra- estrutura
adequada e nas categorias que a permitam,
§ 1º O órgão responsável pela administração ficando restritas áreas previstas no Plano de
da unidade estabelecerá normas específicas Manejo.
regulamentando a ocupação e o uso dos
recursos da ZA e dos corredores ecológicos de Art. 46 - O Estado deverá destinar,
uma Unidade de Conservação. anualmente, recursos orçamentários
específicos para a implantação, manutenção e
§ 2º Os limites da ZA e dos corredores uso adequado das UCs públicas estaduais.
ecológicos e as respectivas normas de que
trata o § 1.º poderão ser definidas no ato de Art. 47 - Os órgãos integrantes do SEUC
criação da unidade ou posteriormente. poderão receber recursos ou doações
provenientes de organizações privadas,
§ 3º As ZAs de Unidades de Conservação empresas públicas ou de pessoas físicas ou
instituídas por município não poderão incidir jurídicas.
em território de outro município.
Art. 48 - Os recursos obtidos com a cobrança
Art. 43. A pesquisa científica no interior das de ingressos, com a utilização das instalações e
UCs será autorizada pelo órgão responsável dos serviços das UCs, somente poderão ser
pela administração, visando ao conhecimento aplicados na implantação, manutenção ou nas
sobre a biodiversidade e demais atributos atividades das Ucs pertencentes ao SEUC.
preservados e à consequente adequação dos
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Planos de Manejo, não podendo colocar em Art. 49 - Nas Unidades de Conservação
risco a sobrevivência das suas populações. Estaduais é proibido qualquer atividade ou
empreendimento, público ou privado, que
Art. 44. As atividades de educação ambiental danifique ou altere direta ou indiretamente a
nas UCs devem ser estimuladas pelo Poder flora, a fauna, a paisagem natural, os valores
Público e podem ser desenvolvidas em culturais e os ecossistemas, salvo aquelas
qualquer das categorias de proteção integral definidas para cada categoria de manejo.
ou de uso sustentável, desde que autorizadas
pelo órgão responsável pela respectiva Art. 50 - Deverá ser criado um Serviço Especial
administração e de acordo com o Plano de de Fiscalização nas UCs, com atribuições
Manejo sempre que este existir. específicas, de maneira a fazer cumprir a
legislação vigente para essas áreas, podendo
Art. 45. A visitação pública será permitida no ainda serem firmados convênios com outras
interior das UCs dotadas de infraestrutura entidades que prestem auxílio à execução
adequada e nas categorias que a permitam, dessa atividade.
ficando restrita às áreas previstas no Plano de
Manejo.

§ 1º Para a consecução do objeto referido no


“caput” deste artigo, serão permitidas a
cobrança de ingresso, a utilização e a
construção de instalações nas UCs.
§ 2º A aquisição de ingressos para o acesso às
UCs deverá ser facilitada, notadamente com o
uso das modernas tecnologias de informação
e por meio da rede mundial de computadores.

§ 3º A exploração da UCs na forma


disciplinada pelo “caput” e pelo § 1.º deste
artigo poderá ser feita por instituições
públicas ou privadas, mediante previsão

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expressa em contrato, convênio ou outro
instrumento legalmente admitido.

§ 4º Fica autorizado o Estado do Rio Grande


do Sul a explorar, direta ou indiretamente, o
uso das UCs referidas no “caput” deste artigo.

Art. 46. O Estado deverá destinar,


anualmente, recursos orçamentários
específicos para implantação, manutenção e
uso adequado das UCs públicas estaduais.

Art. 47. Os órgãos integrantes do SEUC


poderão receber recursos ou doações
provenientes de organizações privadas, de
empresas públicas ou de pessoas físicas ou
jurídicas.

Art. 48. No interior das Unidades de


Conservação de Proteção Integral é proibido
qualquer atividade ou empreendimento,
público ou privado, que danifique ou altere
direta ou indiretamente a flora, a fauna, a
paisagem natural, os valores culturais e os
ecossistemas, salvo aqueles necessários à sua
implementação e manutenção ou à
consecução de seus objetivos de criação,
conforme a categoria e Plano de Manejo.

Art. 49. A realização de eventos em Unidades


de Conservação dependerá de prévia
autorização do órgão responsável pela
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respectiva unidade, exceto Área de Proteção
Ambiental.

Art. 50. Deverá ser criado um Plano


Operacional de Controle nas UCs, com
atribuições específicas de fiscalização, de
maneira a fazer cumprir a proteção e a
repressão aos crimes ambientais, podendo
ainda ser firmados convênios com outras
entidades que prestem auxílio à execução
dessa atividade.

CAPÍTULO VII A revogação deste capítulo retira do


DAS ÁREAS DE USO ESPECIAL ordenamento jurídico estadual importante
instrumento de preservação de casos específicos.
Art. 51 - Além das áreas integrantes do Sistema Por exemplo, em Porto Alegre há o Decreto n.
Estadual de Unidades de Conservação, são 11.292/12 que preserva os chamados “túneis
também objeto de especial proteção: verdes”, reconhecendo-os como “área de uso
I - as áreas adjacentes às Unidades de especial” conforme este artigo revogado.
Conservação; As áreas de uso especial é uma opção às rígidas
II - as áreas reconhecidas pela Organização das regras das APP´s, conferindo alguma forma de
Nações Unidas para a Educação, Ciência e proteção em casos específicos.
Cultura (UNESCO) como Reservas da Biosfera;
III - os bens tombados pelo Poder Público;
IV - as ilhas fluviais e lacustres;
V - as fontes hidrominerais;
VI - as áreas de interesse ecológico, cultural,
turístico e científico, assim definidas pelo Poder
Público;
VII - os estuários, as lagunas, os
banhados e a planície costeira;
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VIII - as áreas de formação vegetal
defensivas à erosão de encostas ou de
ambientes de grande circulação biológica.

Parágrafo único - Em função das características


específicas de cada uma dessas áreas, o órgão
competente estabelecerá exigências e
restrições de uso.

Art. 52 - Para o entorno das Unidades de


Conservação serão estabelecidas pelo Conselho
Estadual do Meio Ambiente (CONSEMA) normas
específicas para a sua utilização, recuperação e
conservação ambiental.

Art. 53 - As áreas reconhecidas como Reserva da


Biosfera terão seu zoneamento e
disciplinamento estabelecidos pelos órgãos
competentes.

Art. 54 - Toda e qualquer área de preservação


permanente ou de reserva legal será
considerada de relevante interesse social e não
ociosa.

CAPÍTULO VI CAPÍTULO VIII Enquanto o código revogado dedicava 30


DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL dispositivos, entre caput´s, parágrafos e incisos,
o atual traz 60, demonstrando a importância que
Art. 51. A localização, construção, instalação, Art. 55 - A construção, instalação, ampliação, é dada ao tema “licenciamento”.
ampliação, reforma, recuperação, alteração, reforma, recuperação, alteração, operação e Um “código”, diferentemente de outra lei, pode
operação e desativação de empreendimentos, desativação de estabelecimentos, obras e ser mais programático, deixando para
obras e atividades utilizadoras de recursos atividades utilizadoras de recursos ambientais regulamentos questões mais operacionais. O
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ambientais ou consideradas efetivas ou ou consideradas efetivas ou potencialmente legislador optou por trazer para o texto
potencialmente poluidoras, bem como capazes, poluidoras, bem como capazes, sob qualquer codificado o máximo de diretrizes sobre
sob qualquer forma, de causar degradação forma, de causar degradação ambiental, licenciamento. Exatamente o dobro do código
ambiental, dependerão de prévio licenciamento dependerão de prévio licenciamento do órgão anterior que, observe-se, também não poderia
do órgão ambiental competente, conforme ambiental competente, sem prejuízo de outras ser classificado como “programático”.
dispuser o Conselho Estadual do Meio Ambiente, licenças legalmente exigíveis.
sem prejuízo de outras licenças legalmente art. 51 x art. 55: A regra vigente outorgou
exigíveis. Parágrafo único - Quando se tratar de competência ao CONSEMA para definir quais
licenciamento de empreendimentos e atividades são passíveis de licenciamento
Art. 52. O licenciamento ambiental dependerá de atividades localizados em até 10km (dez ambiental. Segundo a Lei Complementar n.
autorização do órgão responsável pela quilômetros) do limite da Unidade de 140/11, art. 8º, inciso XIII, XIV e XV, a
administração de Unidades de Conservação Conservação deverá também ter autorização competência do estado é residual, ou seja, o que
quando se tratar de empreendimentos de do órgão administrador da mesma. não for licenciável pelo Município (definido pelo
significativo impacto ambiental, assim Conselho estadual, LC 140/11 art. 9º, XIII, XIV e
considerado pelo órgão ambiental competente, XV) ou pela União (LC 140/11, art. 7º, XIII, XIV e
com fundamento no Estudo Prévio de Impacto XV) cabe ao Estado. Segundo o Código haverá,
Ambiental ‒ EIA ‒ e no respectivo Relatório de então, uma tipologia das atividades a serem
Impacto Ambiental ‒ RIMA ‒, que se localizem ou licenciadas pelo Estado. Atualmente essa
que possam afetar Unidade de Conservação tipologia está na Resolução 372/18.
específica ou sua ZA.
Art. 52 x parágrafo único do art. 55 . A revogação
§ 1º O licenciamento de empreendimento de do parágrafo único do art. 55 era necessária, pois
significativo impacto ambiental, localizado numa estava em plena dissonância com o SNUC –
faixa de 3 (três) mil metros a partir do limite da Sistema Nacional de Unidades de Conservação,
UC, cuja ZA não esteja estabelecida, sujeitar-se-á notadamente por conferir efeitos de zona de
ao procedimento previsto no “caput” deste amortecimento às APAs.
artigo, com exceção de Reservas Particulares de
Patrimônio Natural ‒ RPPNs ‒, Áreas de Proteção Os parágrafos 1º e 2º trazem adequação à
Ambiental ‒ APAs ‒ e Áreas Urbanas legislação federal vigente, bem como segurança
Consolidadas. jurídica, pois, especificamente em relação ao §2º,
mostra-se adequado esclarecer que a autorização

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§ 2º A autorização prevista no “caput” deste deve se dar uma única vez, por ocasião da LP e
artigo será exigível para a emissão da primeira não a cada renovação.
licença ambiental e quando houver ampliação de
medida-porte do empreendimento ou atividade
licenciada.

Art. 53. Nos processos de licenciamento O art. 53 retira o caráter autorizatório do órgão
ambiental de empreendimentos não sujeitos a gestor da UC, dando-se ciência nos casos
EIA/RIMA, o órgão ambiental licenciador deverá elencados.
dar ciência ao órgão responsável pela Tal situação modifica a postura então adotada e
administração da UC, quando o suprime a necessidade de manifestação positiva,
empreendimento: pela ciência.
I - puder causar impacto direto em UC;
II - estiver localizado na sua ZA; ou
III - estiver localizado no limite de até 2 (dois) mil
metros da UC, cuja ZA não tenha sido
estabelecida no prazo de até 5 (cinco) anos a
partir da data da publicação deste Código.

Art. 54. O órgão ambiental competente, no Art. 56 - O órgão ambiental competente, no A previsão legal das etapas do licenciamento
exercício de sua competência de controle, exercício de sua competência de controle, ambiental, divididas em LP, LI e LO consta na
expedirá, com base em manifestação técnica expedirá, com base em manifestação técnica resolução CONAMA 237/97, art. 8º.
obrigatória, as seguintes licenças: obrigatória, as seguintes licenças: A Política Nacional do Meio Ambiente (Lei n.
I - Licença Prévia ‒ LP ‒, na fase preliminar, de I - Licença Prévia (LP), na fase preliminar, de 6.938/81) ou a Lei Complementar n. 140/11 não
planejamento do empreendimento ou da planejamento do empreendimento ou vinculam os órgãos ambientais a tais etapas.
atividade, contendo requisitos básicos a serem atividade, contendo requisitos básicos a serem Importante colocar que a LU, a LOR e a LAC
atendidos, nas fases de localização, instalação e atendidos, nas fases de localização, instalação (incisos IV, V e VI) são importantes instrumentos
operação, observadas as diretrizes do e operação, observadas as diretrizes do que poderiam ser tratados em regulamento, se
planejamento e zoneamento ambientais e planejamento e zoneamento ambientais e assim desejasse o legislador. Entretanto, não se
demais legislações pertinentes, atendidos os demais legislações pertinentes, atendidos os nega que a codificação da matéria traz robustez
planos municipais, estaduais e federais, de uso e planos municipais, estaduais e federais, de uso jurídica à regra.

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ocupação do solo; e ocupação do solo; A Licença por Adesão e Compromisso (LAC) é
II - Licença de Instalação ‒ LI ‒, autorizando o II - Licença de Instalação (LI), autorizando o uma iniciativa importante e utilizada como trunfo
início da implantação do empreendimento ou da início da implantação do empreendimento ou político para aprovação do código, prometendo
atividade, de acordo com as condições e atividade, de acordo com as condições e desburocratizar e agilizar o licenciamento
restrições da LP e, quando couber, as restrições da LP e, quando couber, as ambiental no Estado.
especificações constantes no Projeto Executivo especificações constantes no Projeto
aprovado, e atendidas as demais exigências do Executivo aprovado, e atendidas as demais A LAC já é utilizada em alguns Estados da
órgão ambiental; exigências do órgão ambiental; federação e municípios. O STF, por ocasião do
III - Licença de Operação ‒ LO ‒, autorizando, III - Licença de Operação (LO), julgamento da Ação Direta de
após as verificações necessárias, o início do autorizando, após as verificações necessárias, Inconstitucionalidade n. 4615 em setembro de
empreendimento ou da atividade e, quando o início do empreendimento ou atividade e, 2019 (https://direitoambiental.com/stf-lei-
couber, o funcionamento dos equipamentos de quando couber, o funcionamento dos estadual-que-cria-licenca-ambiental-por-
controle de poluição exigidos, de acordo com o equipamentos de controle de poluição autodeclaracao-e-constitucional/), reconheceu a
previsto nas LP e LI, e atendidas as demais exigidos, de acordo com o previsto na LP e LI e competência legal do Estado para legislar sobre
exigências do órgão ambiental competente; atendidas as demais exigências do órgão essa autorização autodeclaratória, com posterior
IV - Licença Única ‒ LU ‒, autorizando atividades ambiental competente. conferência, como uma declaração de imposto
específicas que por sua natureza ou de renda.
peculiaridade poderão ter as etapas de
procedimento licenciatório unificadas; De qualquer forma, a LAC consiste em um rito
V - Licença de Operação e Regularização ‒ LOR ‒ simplificado que, bem utilizado, pode constituir
, regularizando o empreendimento ou a atividade um avanço e a inversão da lógica atual de
que se encontra em operação e que não cumpriu “monitorar processo e não as licenças” para
o rito ordenado e sucessivo dos pedidos de “licenciar rapidamente e monitorar a atividade”.
licenciamento ambiental, ou, que por razão
diversa, não obteve regularidade nos prazos Evidente que tal rito não é aplicável para todas
adequados, avaliando suas condições de atividades e exige o permanente monitoramento
instalação e funcionamento e permitindo a das atividades licenciáveis, devendo haver uma
continuidade de sua operação mediante regulamentação específica.
condicionantes de controle ambiental e sem
prejuízo das penalidades previstas; A legislação ambiental é rígida para quem burla
VI - Licença Ambiental por Compromisso ‒ LAC ‒ processos e informações em procedimentos
ambientais, mas precisa ser aplicada. Isso vale
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, procedimento eletrônico autorizando a para os conselhos de classe, que devem aplicar
localização, a instalação e a operação da § 1º - As licenças expedidas serão válidas por suas normas internas para banir profissionais que
atividade ou do empreendimento, mediante prazo determinado, entre 1 (um) e 5 (cinco) lesam preceitos legais e o próprio ambiente
Declaração de Adesão e Compromisso ‒ DAC ‒ do anos, de acordo com o porte e o potencial (vide, por exemplo o art. 69A da Lei n. 9.605/98).
empreendedor aos critérios, pré-condições, poluidor da atividade, critérios definidos pelo
documentos, requisitos e condicionantes órgão ambiental e fixados normativamente
ambientais estabelecidos pela autoridade pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente. Novamente o Código outorga competência ao
licenciadora e respeitadas as disposições § 2º - As licenças indicadas nos incisos deste CONSEMA para definir as atividades passíveis de
definidas pelo Conselho Estadual do Meio artigo poderão ser expedidas sucessiva ou LAC. A versão final do Código, aprovada e
Ambiente. isoladamente, conforme a natureza, sancionada, não fixou o cabimento.
características e fase do empreendimento ou
§ 1º O Conselho Estadual do Meio Ambiente atividade. Os demais parágrafos vigentes adotam as regras
estabelecerá os empreendimentos e as federais já em vigor.
atividades que serão licenciados na forma § 3º - Poderá ser admitido um único processo Destaque para o prazo de validade das licenças,
prevista nos incisos IV e VI do “caput” deste de licenciamento ambiental para pequenos que era de 5 anos e passa para 10 anos.
artigo. empreendimentos e atividades similares e
vizinhos ou para aqueles integrantes de planos O §7º e o § 10º do artigo 54 são repetidos.
§ 2º As licenças indicadas nos incisos I, II e III do de desenvolvimento aprovados, previamente, Carecia um veto. Ambos repetem o disposto na
“caput” deste artigo poderão ser expedidas de pelo órgão competente, desde que definida a Lei Complementar n. 140/11, art. 14, §4º.
forma sucessiva, aglutinadas ou isoladamente, responsabilidade legal pelo conjunto de
conforme a natureza, características e fase do empreendimentos ou atividades.
empreendimento ou da atividade.

§ 3º Poderá ser admitido um único processo de


licenciamento ambiental para pequenos
empreendimentos e atividades similares e
vizinhos ou para aqueles integrantes de planos
de desenvolvimento aprovados, previamente,
pelo órgão competente, desde que definida a
responsabilidade legal pelo conjunto de
empreendimentos ou atividades.

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§ 4º O Conselho Estadual do Meio Ambiente
poderá estabelecer outras formas de licença,
observadas a natureza, características e
peculiaridades da atividade ou do
empreendimento e, ainda, a compatibilização do
processo de licenciamento com as etapas de
planejamento, implantação e operação.

§ 5º As licenças expedidas serão válidas pelos


prazos determinados em normativa nacional a
qual observará a natureza técnica da atividade.

§ 6º O Estado poderá elaborar norma supletiva e


complementar aos padrões relacionados com o
meio ambiente, observados os que forem
estabelecidos pelo órgão nacional competente.

§ 7º A renovação de licenças ambientais deve ser


requerida com antecedência mínima de 120
(cento e vinte) dias da expiração de seu prazo de
validade, fixado na respectiva licença, ficando
este automaticamente prorrogado até a
manifestação definitiva do órgão ambiental
competente.

§ 8º Para a concessão da licença de que trata o


inciso VI do “caput” deste artigo será exigido do
solicitante que firme a DAC, documento a ser
apresentado no procedimento de licenciamento
ambiental por adesão e compromisso, com
informações técnicas sobre a instalação e
operação de atividade ou empreendimento e a
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identificação e a caracterização dos impactos
ambientais e das medidas preventivas,
mitigadoras e compensatórias, conforme
definido pelo Conselho Estadual do Meio
Ambiente.

§ 9º A licença indicada no inciso VI do “caput”


não poderá ser expedida nas hipóteses que
envolvam a conversão de áreas de
remanescentes de ambientes naturais, a
intervenção em Áreas de Preservação
Permanente e atividades sujeitas a EIA/RIMA.

§ 10. As licenças ambientais, cuja renovação for


protocolada com antecedência mínima de 120
(cento e vinte) dias da expiração de seu prazo de
validade, fixado na respectiva licença, ficam
automaticamente prorrogadas até a
manifestação definida do órgão competente
ambiental.

Art. 55. O órgão ambiental competente poderá Art. 57 - O órgão ambiental competente Sem alterações, com exceção da necessária
estabelecer prazos de análise diferenciados para poderá estabelecer prazos de análise previsão específica para a LAC (§3º).
cada modalidade de licença em função das diferenciado para cada modalidade de licença
peculiaridades da atividade ou do (LP, LI e LO) em função das peculiaridades da
empreendimento, bem como para a formulação atividade ou empreendimento, bem como
e exigências complementares, desde que para a formulação e exigências
observado o prazo máximo de 6 (seis) meses a complementares, desde que observado o
contar do protocolo do requerimento até seu prazo máximo de 6 (seis) meses a contar do ato
deferimento ou indeferimento, ressalvados os de protocolar o requerimento até seu
casos em que houver EIA/RIMA ou audiência deferimento ou indeferimento, ressalvados os
pública, quando o prazo será de até 12 (doze) casos em que houver EIA/RIMA ou audiência
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meses. pública, quando o prazo será de até 12 (doze)
meses.
§ 1º A contagem do prazo previsto no “caput”
deste artigo será suspensa durante a elaboração § 1º - A contagem do prazo previsto no "caput"
dos estudos ambientais complementares, deste artigo será suspensa durante a
preparação de esclarecimento pelo elaboração dos estudos ambientais
empreendedor ou suspensão do processo complementares ou preparação de
devidamente justificado e a pedido do esclarecimento pelo empreendedor.
interessado.
§ 2º - Os prazos estipulados no "caput"
§ 2º Os prazos estipulados no “caput” deste poderão ser alterados desde que justificados e
artigo poderão ser alterados desde que com a concordância do empreendedor e do
justificados e com a concordância do órgão ambiental competente.
empreendedor e do órgão ambiental
competente.

§ 3º Não se aplicam os prazos previstos para


licenciamento neste Código à LAC, que terá rito
próprio e com expedição da licença
imediatamente após satisfazer todos os
requisitos previstos em regramento.

Art. 56. As pessoas jurídicas que possuam Trata-se de inovação na legislação estadual.
certificação conforme norma nacional ou Registre-se que por ocasião do desenvolvimento
internacional e que não tenham contra si ou seus das atividades como secretario na Secretaria do
sócios sanções administrativas ambientais Meio Ambiente de Porto Alegre, Maurício
transitadas em julgado nos últimos 5 (cinco) anos Fernandes, co-autor deste material, encaminhou
ou, nos casos de pessoas físicas e jurídicas, para instâncias competentes minuta de norma no
tenham boas práticas de proteção e conservação mesmo sentido. Não se tem notícias de
ambiental certificadas pelo órgão ambiental acolhimento até a publicação deste material.
estadual competente terão prazos diferenciados Imperioso reconhecer que as certificações
voluntárias privadas são tão ou mais exigentes
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para análise de processos de obtenção e/ou que uma licença ambiental. Resta a dúvida em
renovação de licenças ambientais. relação à necessidade da empresa ou seus sócios
não tiverem sofrido sanções ambientais, pois tal
§ 1º As disposições previstas no “caput” deste critério estará sempre sob controle do próprio
artigo serão regulamentadas pelo Estado. órgão público. Uma autodenúncia por acidente
involuntário poderá gerar uma sanção e, embora
§ 2º Na hipótese do “caput” deste artigo, o prazo a empresa possa adotar todas práticas
máximo para atendimento quanto à LP será de 3 adequadas para corrigir a infração, ainda assim
(três) meses a contar do protocolo do terá o mesmo tratamento de uma que é infratora
requerimento, ressalvados os casos em que contumaz.
houver EIA/RIMA e/ou audiência pública, quando Resta aguardar a regulamentação.
o prazo máximo será de 6 (seis) meses.
Em relação aos prazos para análise das licenças, a
§ 3º Os prazos máximos para atendimento do regra nacional é de seis meses (e com EIA/RIMA
disposto no “caput” deste artigo na LI serão de 3 12meses) e o código foi ousado. Importante
(três) meses a contar do protocolo do colocar que o descumprimento de tais prazos
requerimento. levará, a requerimento da parte interessada, o
processo ao IBAMA, por fruto instauração da
§ 4º Os prazos máximos para atendimento do competência supletiva, com fulcro na
disposto no “caput” deste artigo na LO serão de determinação legal contida na Lei Complementar
30 (trinta) dias a contar do protocolo do n. 140/11, art. 14, §3º.
requerimento.
No §7º novamente o código traz competência ao
§ 5º A contagem dos prazos previstos nos §§ 2.º, Consema, no sentido de ratificar a certificação
3.º e 4.º deste artigo será suspensa durante a ambiental.
elaboração dos estudos ambientais
complementares, preparação de esclarecimento
pelo empreendedor ou suspensão do processo
devidamente justificado e a pedido do
interessado.

§ 6º Os prazos previstos nos §§ 2.º, 3.º e 4.º deste


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artigo poderão ser alterados desde que
justificados e com a concordância do
empreendedor e do órgão ambiental
competente.

§ 7º A certificação mencionada no “caput” deste


artigo deverá ser ratificada pelo Conselho
Estadual de Meio Ambiente para ter validade
perante o licenciamento ambiental.

Art. 57. Para cumprimento dos prazos definidos Prevê a possibilidade de contratar consultoria
neste Código, o órgão ambiental competente para analisar licenças.
poderá contratar pessoas físicas ou jurídicas Contudo a Lei Complementar n. 140/11 prevê
capacitadas ou realizar convênios, parcerias ou que órgão ambiental capacitado “aquele que
outros instrumentos de cooperação, sendo sua a possui técnicos próprios ou em consórcio,
responsabilidade de ratificar os resultados devidamente habilitados e em número
obtidos dos objetos contratados. compatível com a demanda das ações
administrativas” (art. 5º).
Defende-se que ao invés de contratualizar com
outras instituições, seja considerada em grau
mais elevado a Responsabilidade Técnica do
responsável pelo licenciamento, devidamente
contratado pelo empreendedor e fiscalizado
pelos conselhos de classe.
Frise-se que o art. 69A da Lei n. 9.605/98 prevê
como crime, a burla efetuada no processo
ambiental pelo RT.

Art. 58. O empreendedor deverá atender à Art. 58 - O empreendedor deverá atender à Sem alterações.
solicitação de esclarecimentos e solicitação de esclarecimentos e
complementações, formuladas pelo órgão complementações, formuladas pelo órgão
ambiental competente, dentro do prazo máximo ambiental competente, dentro do prazo
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de 120 (cento e vinte) dias, a contar do máximo de 4 (quatro) meses, a contar do
recebimento da respectiva notificação. recebimento da respectiva notificação.

§ 1º O prazo estipulado no “caput” deste artigo Parágrafo único - O prazo estipulado no


poderá ser prorrogado por igual período, desde "caput" poderá ser prorrogado, desde que
que justificado e com a concordância do justificado e com a concordância do
empreendedor e do órgão ambiental empreendedor e do órgão ambiental
competente. competente.

§ 2º O órgão ambiental competente poderá


regrar prazos específicos quando os estudos
solicitados dependerem de órgãos
intervenientes ou estudos sazonais ou a serem
licitados, bem como as sanções ao não
atendimento às solicitações referidas no “caput”.

§ 3º O não cumprimento do prazo estipulado


neste artigo acarretará o arquivamento da
solicitação de licença ambiental, sem restituição
dos valores pagos ao órgão licenciador. Art. 59 - O não-cumprimento dos prazos
estipulados nos artigos 57 e 58,
Art. 59. O não cumprimento dos prazos respectivamente, sujeitará o licenciamento à
estipulados nos arts. 55 e 56 deste Código ação do órgão que detenha competência para
sujeitará o licenciamento à ação e execução do atuar supletivamente e o empreendedor ao
órgão que detenha competência para atuar arquivamento de seu pedido de licença.
supletivamente.

Art. 60. Tanto o deferimento quanto o Art. 60 - Tanto o deferimento quanto o A alteração adotada pelo novo código neste
indeferimento das licenças ambientais deverão indeferimento das licenças ambientais ponto diz respeito à punição do servidor público.
basear-se em parecer técnico que deverá fazer deverão basear-se em parecer técnico A nova regra restringiu a punição administrativa
parte do corpo da decisão. específico obrigatório, que deverá fazer parte e o direito de regresso ao agente somente na
do corpo da decisão. hipótese de dolo ou de erro grosseiro.
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§ 1º As responsabilidades técnica, administrativa Trata-se de situação adequada, pois a
e civil de parecer técnico conclusivo visando à Parágrafo único. As responsabilidades técnica, banalização da punição pessoal do servidor gera
emissão de licenças ambiental, florestal ou administrativa e judicial sobre o conteúdo de efeito contrário e, ao invés de punir o que
outorga de água será exclusiva do órgão parecer técnico conclusivo visando à emissão comete erros deliberados, acaba por prejudicar
licenciador, garantido o direito de regresso ao de licenças ambiental, florestal ou outorga de todo o sistema de licenciamento, na medida em
agente, neste último caso somente na hipótese água, por parte dos órgãos ambientais, será que os riscos da profissão colocam acabam sendo
de dolo ou de erro grosseiro. exclusiva de cada um destes, garantido o maiores do que deveriam, gerando um ambiente
direito de regresso. (Incluído pela Lei n.º de medo onde poucos assumem encargos
§ 2º As responsabilidades técnica, administrativa 13.914/12) rotineiros.
e civil sobre o conteúdo de parecer técnico Vide art. 103 e art. 220.
conclusivo, que remetam a estudos
apresentados pelo empreendedor, visando à
emissão de licenças ambiental, florestal ou
outorga de água, bem como a garantia de
alcançar os resultados planejados no controle da
poluição durante a fase de operação, é do
empreendedor na pessoa de seu representante
legal e de seu responsável técnico, devidamente
habilitado e com Anotação de Responsabilidade
Técnica ‒ ART.

Art. 61. Ao interessado no empreendimento ou Art. 61 - Ao interessado no empreendimento Artigo que adequadamente foi mantido e
na atividade cuja solicitação de licença ambiental ou atividade cuja solicitação de licença notadamente aperfeiçoado.
tenha sido indeferida dar-se-á prazo para ambiental tenha sido indeferida, dar-se-á, nos
interposição de recurso, conforme termos do regulamento, prazo para
regulamentação. interposição de recurso, a ser julgado pela
autoridade competente licenciadora da
atividade.
Art. 62. O órgão ambiental competente, diante Art. 62 - O órgão ambiental competente, Artigos que adequadamente foram mantidos e
das alterações ambientais ocorridas em diante das alterações ambientais ocorridas em notadamente aperfeiçoados.
determinada área, deverá exigir dos determinada área, deverá exigir dos No art. 64 de ambos, há modificação na forma de
responsáveis pelos empreendimentos ou responsáveis pelos empreendimentos ou exigência de reassentamento, pois até então a LI
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atividades já licenciados as adaptações ou atividades já licenciados, as adaptações ou não era emitida sem o reassentamento, agora
correções necessárias a evitar ou diminuir, correções necessárias a evitar ou diminuir, não há essa vedação, embora um plano deva ser
dentro das possibilidades técnicas dentro das possibilidades técnicas apresentado por ocasião da LP.
comprovadamente disponíveis, os impactos comprovadamente disponíveis, os impactos
negativos sobre o meio ambiente decorrentes da negativos sobre o meio ambiente decorrentes
nova situação. da nova situação.

Art. 63. A regularidade perante os órgãos Art. 63 - Serão consideradas nulas as eventuais
ambientais competentes deve ser exigida em licitações para a realização de obras públicas
licitações para a contratação de serviços e obras dependentes de licenciamento ambiental que
públicas sujeitos a licenciamento ambiental. não estiverem plenamente regularizadas
perante os órgãos ambientais.
Art. 64. Os empreendimentos que acarretarem
no deslocamento de populações humanas Art. 64 - Os empreendimentos que
apresentarão, para obtenção de LP, um acarretarem no deslocamento de populações
programa de reassentamento, constando etapas humanas para outras áreas terão na sua
a serem cumpridas em cronograma pré- Licença Prévia (LP), como condicionante para
estabelecido. obtenção de Licença de Instalação (LI), a
resolução de todas as questões atinentes a
§ 1º Para obtenção de LI, deverão ser esse deslocamento, em especial a
apresentados os projetos relativos à execução do desapropriação e o reassentamento.
programa de reassentamento, com suas
respectivas ARTs ou outro documento que venha
a substituí-lo, se for o caso.

§ 2º Durante a vigência da LI, todas as questões


relativas aos reassentamentos, deslocamentos
e/ou desapropriações deverão ser validadas
pelos envolvidos (empreendedor, populações
afetadas e órgão licenciador), sendo essa
condição determinante para emissão da LO.

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Art. 65 - Iniciada a implantação ou operação de Artigos revogados.
empreendimentos ou atividades antes da Entende-se que tais dispositivos conferiam maior
expedição das respectivas licenças, o efetividade para gestão ambiental.
responsável pela outorga destas deverá, sob
pena de responsabilidade funcional,
comunicar o fato às entidades financiadoras
desses empreendimentos, sem prejuízo das
demais sanções previstas nesta lei e demais
legislações.

Art. 66 - O órgão ambiental competente, sem


prejuízo das demais sanções cabíveis,
determinará, sempre que necessário, a
redução das atividades geradoras de poluição,
para manter a operação do empreendimento
ou atividade nas condições admissíveis ao
meio.

Art. 65. Os empreendimentos ou as atividades Art. 67 - Os empreendimentos ou atividades Sem alterações significativas.
com início da implantação ou da operação antes com início da implantação ou operação antes Perdeu-se a oportunidade de afastar o marco
deste Código, sem licenciamento ambiental deste Código, consideradas efetiva ou temporal previsto no caput, no sentido de
válido, consideradas efetiva ou potencialmente potencialmente poluidoras, deverão solicitar o considerar apenas as atividades em operação
poluidoras, deverão solicitar o licenciamento licenciamento ambiental segundo a fase em antes do código. Aquele que opera sem licença
ambiental segundo a fase em que se encontram, que se encontram, de acordo com o artigo 56, após o código deve ter o mesmo tratamento.
de acordo com o art. 54 deste Código, ficando ficando sujeitas às infrações e penalidades
sujeitas às infrações e penalidades deste Código desta Lei e seu regulamento, e sem prejuízo O §2º do art. 65 traz importante instrumento que
e seu regulamento, e sem prejuízo das sanções das sanções impostas anteriormente. poderá ser implementado.
impostas anteriormente.
Parágrafo único - Mesmo superadas as fases
§ 1º Mesmo superadas as fases de Licença Prévia de Licença Prévia (LP) e Licença de Instalação
e de Licença de Instalação, ficam tais (LI) ficam tais empreendimentos ou atividades
empreendimentos ou atividades sujeitos ao sujeitos ao atendimento às exigências e
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atendimento das exigências e critérios critérios estabelecidos pelo órgão ambiental
estabelecidos pelo órgão ambiental competente competente quanto aos aspectos de
quanto aos aspectos de localização e localização e implantação, além dos que serão
implantação, além dos que serão estabelecidos estabelecidos para o seu funcionamento e que
para o seu funcionamento e que constarão da constarão da Licença de Operação (LO).
Licença de Operação e Regularização.

§ 2º O Estado poderá implantar programa de


regularização ambiental quanto ao
licenciamento sem prejuízo das atividades e
desde que não comprometam o meio ambiente,
tudo conforme regulamento.

Art. 66. A expedição das licenças previstas no art. Art. 68 - A expedição das licenças previstas no Artigo sem alterações significativas.
54 deste Código fica sujeita ao pagamento dos artigo 56 fica sujeita ao pagamento de valores
custos de licenciamento ao órgão ambiental de ressarcimento, ao órgão ambiental De acordo com o artigo 77 do Código Tributário
competente, dos custos operacionais e de análise competente, dos custos operacionais e de Nacional, taxa é um tributo “que tem como fato
do licenciamento ambiental. análise do licenciamento ambiental. gerador o exercício regulador do poder de
polícia, ou a utilização efetiva e potencial, de
Parágrafo único. O pagamento dos custos de Parágrafo único - O ressarcimento dos custos serviço público específico e divisível”.
licenciamento dar-se-á no ato de solicitação da de licenciamento se dará no ato de solicitação Nenhum órgão ambiental brasileiro já publicou
licença e não garante ao interessado a concessão da licença e não garante ao interessado a uma planilha de custos operacionais. Em regra, as
da licença. concessão da mesma. taxas do licenciamento são fixadas considerando
o orçamento do órgão ou baseada,
especialmente em relação aos órgãos locais
ambiental, na tabela do órgão estadual.
Tema a ser aperfeiçoado.

Art. 67. Caberá aos municípios o licenciamento Art. 69 - Caberá aos municípios o Artigo atualizado.
ambiental dos empreendimentos e atividades: licenciamento ambiental dos Atribuições do Consema ampliadas.
I - que causem ou possam causar impacto empreendimentos e atividades consideradas
ambiental, conforme tipologia definida pelo como de impacto local, bem como aquelas que
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Conselho Estadual de Meio Ambiente, lhe forem delegadas pelo Estado por
considerados os critérios de porte, potencial instrumento legal ou convênio.
poluidor e natureza da atividade;
II - localizados em Unidades de Conservação Parágrafo único - O órgão ambiental
instituídas pelo município, exceto em Áreas de competente proporá, em razão da natureza,
Proteção Ambiental; e característica e complexidade, a lista de
III - que lhe forem delegadas pelo Estado por tipologias dos empreendimentos ou atividades
instrumento legal ou convênio. consideradas como de impacto local, ou quais
deverão ser aprovados pelo Conselho Estadual
Parágrafo único. Os órgãos ambientais do Meio Ambiente.
competentes proporão, em razão da natureza,
característica e complexidade, a lista de
tipologias dos empreendimentos ou das
atividades, os quais deverão ser aprovados pelo
Conselho Estadual do Meio Ambiente.

Art. 68. Cabe ao Conselho Estadual de Meio


Ambiente regulamentar os procedimentos a
serem adotados para a manifestação dos
intervenientes nos processos de licenciamento
ambiental, respeitadas as legislações e
Convenções Internacionais vigentes.

Art. 70 - Dar-se-á publicidade aos Artigo revogado que trazia eficácia à gestão
licenciamentos conforme a legislação federal, ambiental. Embora o próprio código preveja a
ao regulamento desta Lei e determinações do disponibilização de informações em outro
Conselho Estadual do Meio Ambiente. capítulo, este artigo específico sobre o
licenciamento tem sua relevância.
CAPÍTULO VII CAPÍTULO IX O caput, como deveria, espelha a regra
DO ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO DO ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO AMBIENTAL constitucional (art. 225, §1º, IV).
AMBIENTAL
Art. 71 - O licenciamento para a construção,
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Art. 69. O licenciamento para localização, instalação, ampliação, alteração e operação de No §1º perdeu-se a oportunidade de aprimorar a
construção, instalação, ampliação, alteração e empreendimentos ou atividades utilizadoras de competência do CONSEMA, pois da forma como
operação de empreendimentos ou atividades recursos ambientais considerados de a redação revogada e a atual estão, ao CONSEMA
utilizadoras de recursos ambientais significativo potencial de degradação ou é vedado avaliar a deliberação do órgão
considerados de significativo potencial de poluição, dependerá da apresentação do Estudo ambiental competente. Dito de outra forma,
impacto ambiental, dependerá da apresentação Prévio de Impacto Ambiental (EIA) e do poderia a FEPAM definir em norma as atividades
do EIA e do respectivo RIMA, ao qual se dará respectivo Relatório de Impacto Ambiental passíveis de EIA/RIMA. Contudo, se o legislador
publicidade, pelo órgão ambiental competente, (RIMA), ao qual se dará publicidade, pelo órgão definiu tal competência “normativa” ao
garantida a realização de audiência pública e ambiental competente, garantida a realização Conselho, que este tenha competência para
demais modalidades de participação pública, de audiência pública, quando couber. elencar as atividades e não apenas publicar a
quando couber, conforme regulamentação. definição da FEPAM.
§ 1º - A caracterização dos empreendimentos ou
§ 1º A caracterização dos empreendimentos ou atividades como de significativo potencial de A revogação do parágrafo único do art. 72 do
das atividades como de significativo potencial de degradação ou poluição dependerá, para cada código revogado não deverá trazer prejuízos,
degradação ou poluição dependerá, para cada um de seus tipos, de critérios a serem definidos pois a previsão de publicação na internet adotada
um de seus tipos, de critérios a serem definidos pelo órgão ambiental competente e fixados (art. 70) certamente é ainda mais eficiente.
pelo órgão ambiental competente e fixados normativamente pelo Conselho Estadual do
normativamente pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente, respeitada a legislação federal.
Meio Ambiente, respeitada a legislação federal.
§ 2º - Baseado nos critérios a que se refere o
§ 2º Baseado nos critérios a que se refere o "caput" deste artigo, o órgão ambiental
“caput” deste artigo, o órgão ambiental competente deverá realizar uma avaliação
competente deverá realizar uma avaliação preliminar dos dados e informações exigidos do
preliminar dos dados e informações exigidos do interessado para caracterização do
interessado para caracterização do empreendimento ou atividade, a qual
empreendimento ou da atividade, a qual determinará, mediante parecer técnico, a
determinará, mediante parecer técnico, a necessidade ou não da elaboração do EIA/RIMA,
necessidade ou não da elaboração do EIA/RIMA, que deverá fazer parte do corpo da decisão.
que deverá fazer parte do corpo da decisão.
Art. 72 - Quando determinada a necessidade de
Art. 70. Quando determinada a necessidade de realização de Estudo Prévio de Impacto
realização de EIA/RIMA pelo órgão ambiental Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto
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competente, as solicitações de licenciamento, Ambiental (RIMA) pelo órgão ambiental
em quaisquer de suas modalidades, suas competente, as solicitações de licenciamento,
renovações e a respectiva concessão das licenças em quaisquer de suas modalidades, suas
serão objeto de publicação no sítio virtual do renovações e a respectiva concessão das
órgão ambiental competente, na rede mundial licenças, serão objeto de publicação no Diário
de computadores. Oficial do Estado e em periódico de grande
circulação regional e local.

Parágrafo único - Sempre que for determinada a


apresentação do Estudo Prévio de Impacto
Ambiental (EIA) e quando este for recebido no
órgão ambiental competente, dar-se-á ciência
ao Ministério Público e à entidade
representativa das Organizações Não-
Governamentais (ONG's).

Art. 71. O EIA deverá atender à legislação, em Art. 73 - O Estudo Prévio de Impacto Ambiental O atual código adotou postura legislativa mais
especial os princípios e objetivos deste Código, (EIA), além de atender à legislação, em especial programática, remetendo ao futuro regulamento
seu regulamento e os expressos na Lei da Política os princípios e objetivos desta Lei e seu detalhes importantes que o legislador do código
Nacional do Meio Ambiente. regulamento e os expressos na Lei da Política revogado preferiu codificar.
Nacional do Meio Ambiente, obedecerá as Resta aguardar o regulamento.
Art. 72. O EIA e o RIMA serão realizados por seguintes diretrizes gerais:
equipe multidisciplinar habilitada, que será I - contemplar todas as alternativas
responsável técnica, administrativa e civilmente tecnológicas e de localização do
pelos resultados apresentados, não podendo empreendimento, confrontando-as com a
assumir o compromisso de obter o licenciamento hipótese de sua não execução;
do empreendimento. II - identificar e avaliar sistematicamente os
impactos ambientais gerados nas fases de
Art. 73. Serão de responsabilidade do implantação, operação e desativação do
proponente do projeto todas as despesas e os empreendimento;
custos referentes à realização do EIA/RIMA e da III - definir os limites da área geográfica a ser
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audiência pública. direta ou indiretamente afetada pelos impactos,
denominada área de influência do
Art. 74. O RIMA refletirá as conclusões do EIA. empreendimento, considerando, em todos os
casos, a microrregião sócio-geográfica e a bacia
§ 1º O RIMA deve ser apresentado de forma hidrográfica na qual se localiza;
objetiva e adequada à sua compreensão pelo IV - considerar os planos e programas
público, contendo informações em linguagem governamentais e não-governamentais,
acessível a todos os segmentos da população, propostos e em implantação na áreas de
ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e influência do projeto, e sua compatibilidade;
demais técnicas de comunicação visual, de modo V - estabelecer os programas de
que se possam entender as vantagens e monitoramento e auditorias necessárias para as
desvantagens do projeto e todas as fases de implantação, operação e desativação
consequências ambientais de sua do empreendimento;
implementação. VI - avaliar os efeitos diretos e indiretos sobre a
saúde humana;
§ 2º O RIMA deverá apresentar estrita e
VII - citar a fonte de todas as
inequívoca correspondência a todos os itens do
informações relevantes.
EIA e respectivo conteúdo, bem como conter
detalhamento da metodologia utilizada para
§ 1º - Ao determinar a execução do Estudo
coletar e analisar dados.
Prévio de Impacto Ambiental (EIA), o órgão
ambiental competente fixará as diretrizes
§ 3º O RIMA deverá conter sumário executivo
adicionais que, pelas peculiaridades do projeto
sintetizando os principais pontos relevantes, do
e características ambientais da área, forem
ponto de vista ambiental, os quais poderão ser
julgadas necessárias, inclusive os prazos para
confrontados e consultados na íntegra do EIA.
conclusão e análise dos estudos.
Art. 75. O EIA/RIMA será acessível ao público,
§ 2º - O estudo da alternativa de não execução
respeitada a matéria referente ao sigilo
do empreendimento, etapa obrigatória do EIA,
industrial, assim expressamente caracterizado a
deverá incluir discussão sobre a possibilidade de
pedido do empreendedor e fundamentado pelo
serem atingidos os mesmos objetivos
órgão licenciador.
econômicos e sociais pretendidos ou alegados

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Art. 76. Ao estar à disposição dos interessados o pelo empreendimento sem sua execução.
RIMA, por meio da rede mundial de
computadores, o órgão ambiental competente Art. 74 - Os Estudos Prévios de Impacto
determinará prazo, nunca inferior a 30 (trinta) Ambiental (EIA/RIMA) de empreendimentos
dias, para recebimento de apontamentos a destinados à geração de energia deverão incluir
serem feitos pelos órgãos públicos e demais alternativas de obtenção de energia utilizável
interessados. por programas de conservação energética.

Art. 75 - O Estudo Prévio de Impacto Ambiental


(EIA) relatará o desenvolvimento das seguintes
atividades técnicas:
I - diagnóstico ambiental da área de influência
do projeto, completa descrição e análise dos
recursos ambientais e suas interações, tais
como existem, de modo a caracterizar a situação
ambiental da área, antes da implantação do
projeto, considerando:
a) o meio físico - o subsolo, as águas, o ar e o
clima, destacando os recursos minerais, a
topografia, os tipos e aptidões de solo, os corpos
d'água, o regime hidrológico, as correntes
marinhas, as correntes atmosféricas;
b) o meio biológico e os ecossistemas naturais -
a fauna e a flora, destacando as espécies
indicadoras da qualidade ambiental, de valor
científico e econômico, raras e ameaçadas de
extinção e as áreas de preservação permanente;
c) o meio sócio-econômico - o uso e ocupação
do solo, os usos da água e a sócio- economia,
destacando os sítios e monumentos
arqueológicos, históricos e culturais da

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comunidade, as relações de dependência entre
a sociedade local e os recursos ambientais e a
potencial utilização futura desses recursos,
incluindo descrição da repercussão social da
redução ou perda de recursos naturais por
efeito do empreendimento, bem como a sua
avaliação de custo- benefício.
II - análise dos impactos ambientais do
empreendimento e de suas alternativas, através
de identificação, previsão de magnitude e
interpretação da importância dos prováveis
impactos positivos e negativos (benéficos e
adversos), diretos e indiretos, imediatos e a
médio e longo prazos, temporários e
permanentes, seu grau de reversibilidade, suas
propriedades cumulativas e sinérgicas, a
distribuição dos ônus e benefícios sociais;
III - definição das medidas mitigadoras e
compensatórias dos impactos negativos, entre
elas os equipamentos de controle e sistemas de
tratamento de despejos, avaliando a eficiência
de cada uma delas;
IV - elaboração dos programas de
acompanhamento e monitoramento dos
impactos positivos e negativos, indicando os
fatores e parâmetros a serem considerados,
parâmetros e freqüências de investigações e
análises e indicação sobre as fases do
empreendimento às quais se destinam, ou seja,
implantação, operação ou desativação.

Parágrafo único - Ao determinar o Estudo Prévio


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de Impacto Ambiental (EIA), o órgão ambiental
competente, fornecerá as instruções adicionais
que se fizerem necessárias, pelas peculiaridades
do projeto ou características ambientais das
áreas.
Art. 76 - O Estudo Prévio de Impacto Ambiental
(EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)
serão realizados por equipe multidisciplinar
habilitada, cadastrada no órgão ambiental
competente, não dependente direta ou
indiretamente do proponente do projeto e que
será responsável tecnicamente pelos resultados
apresentados, não podendo assumir o
compromisso de obter o licenciamento do
empreendimento.

§ 1º - A empresa executora do EIA/RIMA não


poderá prestar serviços ao empreendedor,
simultaneamente, quer diretamente, ou por
meio de subsidiária ou consorciada, quer como
projetista ou executora de obras ou serviços
relacionados ao mesmo empreendimento
objeto do Estudo Prévio de Impacto Ambiental
(EIA).

§ 2º - Não poderá integrar a equipe


multidisciplinar executora do EIA/RIMA técnicos
que prestem serviços, simultaneamente, ao
empreendedor.

Art. 77 - Serão de responsabilidade do

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proponente do projeto todas as despesas e
custos referentes à realização do Estudo Prévio
de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de
Impacto Ambiental (RIMA) e audiência pública,
além do fornecimento ao órgão ambiental
competente de, pelo menos, 5 (cinco) cópias.

Art. 78 - O Relatório de Impacto Ambiental


(RIMA) refletirá as conclusões do Estudo Prévio
de Impacto Ambiental (EIA) e conterá, no
mínimo:
I - os objetivos e justificativas do projeto, sua
relação e compatibilidade com as políticas
setoriais, planos e programas públicos;
II - a descrição do projeto e suas alternativas
tecnológicas e locacionais, especificando para
cada uma delas, nas fases de construção e
operação, a área de influência, as matérias
primas e mão-de-obra, as fontes de energia, os
processos e técnicas operacionais, os prováveis
efluentes, emissões, resíduos e perdas de
energia, os empregos diretos e indiretos a
serem gerados, planos e programas públicos;
III - a síntese dos resultados dos estudos de
diagnóstico ambiental da área de influência do
projeto;
IV - a descrição dos prováveis impactos
ambientais da implantação e operação da
atividade, considerando o projeto, suas
alternativas, os horizontes de tempo de
incidência dos impactos e indicando os

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métodos, técnicas e critérios adotados para sua
identificação, quantificação e interpretação;
V - a caracterização da qualidade ambiental
futura da área de influência, comparando as
diferentes situações de adoção do projeto e
suas alternativas, bem como com a hipótese de
sua não realização;
VI - a descrição do efeito esperado das medidas
mitigadoras previstas em relação aos impactos
negativos, mencionado aqueles que não
puderem ser evitados, e o grau de alteração
esperado;
VII - o programa de monitoramento
e acompanhamento dos impactos;
VIII - recomendações quanto a
alternativa mais favorável (conclusões e
comentários de ordem geral).

§ 1º - O Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)


deve ser apresentado de forma objetiva e
adequada a sua compreensão pelo público,
contendo informações em linguagem acessível a
todos os segmentos da população, ilustradas
por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais
técnicas de comunicação visual, de modo que se
possam entender as vantagens e desvantagens
do projeto e todas as conseqüências ambientais
de sua implementação.
§ 2º - O RIMA deverá apresentar estrita e
inequívoca correspondência a todos os itens do
EIA e respectivo conteúdo.

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Art. 79 - O EIA/RIMA será acessível ao público,
respeitada a matéria versante sobre o sigilo
industrial, assim expressamente caracterizado a
pedido do empreendedor e fundamentado pelo
órgão licenciador, permanecendo neste cópias à
disposição dos interessados, inclusive durante o
período de análise técnica.

Art. 80 - Ao colocar à disposição dos


interessados o Relatório de Impacto Ambiental
(RIMA), através de edital no Diário Oficial do
Estado e em um periódico de grande circulação,
regional e local, o órgão ambiental competente
determinará prazo, nunca inferior a 45
(quarenta cinco) dias, para recebimento dos
comentários a serem feitos pelos órgãos
públicos e demais interessados.

Art. 81 - Poderá ser invalidado o EIA/RIMA e,


portanto, sustado o processo de licenciamento,
no caso de descumprimento das exigências dos
artigos 72 a 80 e ainda nas seguintes situações:
I - descoberta, por decorrência de obras e
serviços executados pelo empreendedor na
área de influência do empreendimento, de
novas características ambientais relevantes,
caso em que as atividades serão suspensas até
ser aprovada a pertinente complementação do
EIA/RIMA;
II - ausência de eqüidade, uniformidade
metodológica e grau de aprofundamento
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equivalente no estudo das diferentes
alternativas locacionais e tecnológicas.

Art. 82 - Nos empreendimentos ou atividades


em implantação ou operação que
comprovadamente causem ou possam causar
significativa degradação ambiental deverá ser
exigida avaliação dos respectivos impactos
ambientais.

Art. 83 - O EIA poderá ser examinado,


complementarmente ao RIMA, pelas entidades
legalmente constituídas interessadas no mesmo
período previsto para o exame público do RIMA.

Parágrafo único - Os prazos para manifestações


dos interessados, suas repercussões nas
eventuais audiências públicas e os termos das
petições de exame do EIA serão definidos no
regulamento desta Lei.

CAPÍTULO VIII CAPÍTULO X O código revogado previa audiência pública em


DAS AUDIÊNCIAS PÚBLICAS DAS AUDIÊNCIAS PÚBLICAS diversas situações, ao passo que o código vigente
restringiu ao licenciamento de atividades sujeitas
Art. 77. O órgão ambiental competente Art. 84 - O órgão ambiental convocará ao EIA/RIMA.
convocará audiências públicas, nos termos audiências públicas, nos termos desta Lei e Por exemplo, a previsão de realização de
deste Código e demais legislações, para demais legislações, nos seguintes casos, dentre audiência pública quando o Ministério Público,
avaliação do impacto ambiental de outros: 50 pessoas ou uma ONG assim o requerer não
empreendimentos ou atividades utilizadoras de I - para avaliação do impacto ambiental de mais possui previsão legal.
recursos ambientais considerados de empreendimentos, caso em que a audiência
significativo potencial de degradação ou pública será etapa do licenciamento prévio, nos
poluição, caso em que a audiência pública termos do inciso I do artigo 85;
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constituirá etapa do licenciamento prévio. II - para a apreciação das repercussões O atual código remeteu a regulamento maiores
ambientais de programas governamentais de detalhes sobre o ato, em opção legislativa
Art. 78. A convocação e a condução das âmbito estadual, regional ou municipal; distinta do código revogado.
audiências públicas obedecerão aos III - para a discussão de propostas de Objetivos
seguintes preceitos: de Qualidade Ambiental e de enquadramento
de águas interiores.
I - divulgação da convocação no sítio virtual do
órgão ambiental licenciador, com Parágrafo único - Nos caso de audiências
antecedência públicas para o licenciamento ambiental de
mínima de 45 (quarenta e cinco) dias; empreendimentos e atividades não sujeitas ao
II - garantia de manifestação a todos os EIA/RIMA, os procedimentos para sua
interessados devidamente inscritos; divulgação e realização serão regrados pelo
III - garantia de tempo suficiente para órgão ambiental competente.
manifestação dos interessados que oferecerem Art. 85 - A convocação e a condução das
aportes técnicos inéditos à discussão; audiências públicas obedecerão aos seguintes
IV - não votação do mérito do preceitos:
empreendimento do EIA/RIMA, restringindo-se I - obrigatoriedade de convocação, pelo órgão
a finalidade das audiências à escuta pública; ambiental, mediante petição encaminhada por
V - comparecimento obrigatório de no mínimo 1 (uma) entidade legalmente
representante do órgão licenciador, bem como constituída, governamental ou não, por 50
de representantes do empreendedor que (cinqüenta) pessoas ou pelo Ministério Público
tenham pleno conhecimento do conteúdo em Federal ou Estadual;
discussão; e II - divulgação da convocação no Diário Oficial
VI - desdobramento em 3 (três) etapas, sendo a do Estado e em periódicos de grande circulação
primeira para abertura do evento e exposição em todo o Estado e na área de influência do
de fatos relevantes do processo administrativo, empreendimento, com antecedência mínima de
a segunda para exposição das teses do 30 (trinta) dias e correspondência registrada aos
empreendedor e da equipe multidisciplinar ou solicitantes;
consultora e a terceira para opiniões do público III - garantia de manifestação a todos os
a serem debatidas, bem como resposta às interessados devidamente inscritos;
questões levantadas. IV - garantia de tempo suficiente para

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manifestação dos interessados que oferecerem
Parágrafo único. O órgão ambiental aportes técnicos inéditos à discussão;
competente definirá, em regulamento próprio, V - não votação do mérito do empreendimento
o Regimento Interno das audiências públicas, o do EIA/RIMA, restringindo-se a finalidade das
qual, após aprovação pelo Conselho Estadual audiências à escuta pública;
de Meio Ambiente, deverá reger os eventos. VI - comparecimento obrigatório de
representantes dos órgãos licenciadores, da
equipe técnica analista e da equipe
multidisciplinar autora do EIA/RIMA, sob pena
de nulidade;
VII - desdobramento em duas
etapas, sendo a primeira para serem expostas as
teses do empreendedor, da equipe
multidisciplinar ou consultora e as opiniões do
público e a segunda sessão para serem
apresentadas e debatidas as resposta às
questões levantadas.

§ 1º - O órgão ambiental competente definirá,


em regulamento próprio, o Regimento Interno
das audiências públicas, o qual, após aprovação
pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente,
deverá reger os eventos.

§ 2º - No caso de haver solicitação de audiência


Pública na forma do inciso I deste artigo e na
hipótese de o órgão ambiental não realizá-la ou
não concluí-la, a licença concedida não terá
validade.

CAPÍTULO IX CAPÍTULO XI Sem alterações significativas.

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DO MONITORAMENTO DO MONITORAMENTO

Art. 79. O Estado manterá, no âmbito de seu Art. 86 - O Estado manterá, no âmbito de seu
Sistema Estadual de Informações Ambientais, Sistema Estadual de Informações Ambientais,
todos os dados disponíveis sobre recursos todos os dados disponíveis sobre recursos
ambientais e fontes poluidoras, infratores, ambientais e fontes poluidoras, infratores,
cadastros e licenças fornecidas, entre outros, de cadastros e licenças fornecidas, entre outros,
forma atualizada, inteligível e prontamente de forma atualizada, inteligível e prontamente
acessível a instituições públicas e privadas e acessível a instituições públicas e privadas e
membros da comunidade interessados em membros da comunidade interessados em
planejamento, gestão, pesquisa ou uso do meio planejamento, gestão, pesquisa ou uso do
ambiente. meio ambiente. (Vide Lei nº 12.995/08)

§ 1º Os órgãos competentes exigirão das fontes § 1º - Os órgãos competentes exigirão das


poluidoras e dos utilizadores de recursos fontes poluidoras e dos utilizadores de
naturais, licenciados, a execução do auto recursos naturais, a execução do
monitoramento dos efluentes líquidos, das automonitoramento físico, químico, biológico
emissões atmosféricas, dos resíduos sólidos e e toxicológico e integrarão os respectivos
das substâncias de interesse ou contaminantes, dados ao Sistema de Informações Ambientais,
salvo os casos isentados por resolução do órgão de acordo com regulamento próprio.
ambiental competente.
§ 2º - As análises exigidas para a execução do
§ 2º As atividades de amostragem e análise automonitoramento somente poderão ser
exigidas para a execução do auto executadas por laboratórios aceitos pelo órgão
monitoramento somente poderão ser ambiental competente.
executadas por laboratórios cadastrados no
órgão ambiental estadual. § 3º - O Poder Público instituirá o Programa de
Controle de Qualidade de Análises Ambientais,
§ 3º O Estado instituirá o Programa de Controle intra e interlaboratorial, o qual será
de Qualidade de Análises Ambientais, intra e coordenado pelo órgão ambiental.
interlaboratorial, o qual será coordenado pelo
órgão ambiental estadual competente. Art. 87 - As instituições de ensino e pesquisa
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que detenham dados sobre contaminação
Art. 80. As instituições de ensino e pesquisa que ambiental, agravos à saúde humana por efeito
detenham dados sobre contaminação ambiental, da poluição e similares, deverão cedê-las ao
agravos à saúde humana por efeito da poluição e órgão ambiental a fim de integrarem o Sistema
similares, deverão cedê-las ao órgão ambiental a Estadual de Informações Ambientais. (Vide Lei
fim de integrarem o Sistema Estadual de nº 12.995/08)
Informações Ambientais.
Parágrafo único - Os dados referidos no
Parágrafo único. Os dados referidos no “caput” "caput", produzidos por instituições públicas
deste artigo, produzidos por instituições públicas ou privadas com recursos públicos, serão
ou privadas com recursos públicos, serão cedidos repassados sem ônus.
sem ônus.
CAPÍTULO X CAPÍTULO XII Enquanto o código revogado definia a
DAS AUDITORIAS AMBIENTAIS DAS AUDITORIAS AMBIENTAIS necessidade de auditoria para toda atividade de
elevado potencial poluidor ou complexidade, o
Art. 81. O órgão ambiental licenciador pode Art. 88 - Toda a atividade de elevado potencial vigente conferiu ao órgão ambiental tal
exigir, mediante recomendação em parecer poluidor ou processo de grande complexidade ou discricionariedade.
técnico e para atividades de alto impacto ainda de acordo com o histórico de seus O §2º do art. 83 inova ao considerar o SGA
poluidor, a qualquer tempo, auditoria ambiental problemas ambientais, deverá realizar auditorias validado como substituto da auditoria, o que é
de atividades ou empreendimentos licenciáveis a ambientais periódicas, às expensas e absolutamente adequado, pelas razões já
serem definidos pelo Conselho Estadual do Meio responsabilidade de quem lhe der causa. expostas em outros capítulos.
Ambiente, sem prejuízo de outras exigências
legais. Parágrafo único - Para outras situações não
caracterizadas no "caput" deste artigo, poderão
Art. 82. A finalidade das auditorias ambientais é ser exigidas auditorias ambientais, a critério do
servir de instrumento de auxílio à fiscalização e órgão ambiental competente.
ao controle do órgão ambiental competente
sobre o empreendimento, na avaliação da
implementação dos programas ambientais, de
controle, compensação e monitoramento
ambiental, bem como atendimento aos
requisitos legais aplicáveis, inclusive verificando
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as oportunidades de melhoria para a promoção
da prevenção da poluição. Art. 89 - O relatório da auditoria ambiental, no
prazo determinado pelo órgão ambiental, servirá
§ 1º O relatório da auditoria ambiental, no prazo de base para a renovação da LO do
determinado pelo órgão ambiental, servirá de empreendimento ou atividade, garantido o acesso
base para a renovação da LO do público ao mesmo.
empreendimento ou atividade, garantido o
acesso público ao mesmo.

§ 2º As atividades que possuem sistema de


gestão ambiental certificada por entidades
credenciadas pelo Sistema Brasileiro de
Certificação Ambiental poderão utilizar esta
certificação para o atendimento à exigência
disposta no art. 81 deste Código, desde que o Art. 90 - A auditoria ambiental será realizada por
escopo da auditoria e seu relatório incluam a equipe multidisciplinar habilitada, cadastrada no
avaliação dos Programas Ambientais e dos órgão ambiental competente, não dependente
condicionantes das licenças emitidas. direta ou indiretamente do proponente do
empreendimento ou atividade e que será
Art. 83. A auditoria ambiental será realizada por responsável tecnicamente pelos resultados
equipe multidisciplinar habilitada, cadastrada no apresentados.
órgão ambiental competente, não dependente
direta ou indiretamente do proponente do
empreendimento ou atividade, que não tenha
grau de parentesco com o empreendedor, e que
será responsável tecnicamente pelos resultados
apresentados.

Parágrafo único. A composição da equipe


multidisciplinar deve ser alterada, no mínimo, a
cada 4 (quatro) anos.

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Art. 84. No caso dos auditores ambientais Art. 91 - Serão de responsabilidade do proponente
constatarem uma situação de risco ambiental do empreendimento ou atividade todas as
iminente, de dano ou de irregularidade despesas e custos referentes à realização da
normativa, eles devem notificar imediatamente o auditoria ambiental, além do fornecimento ao
responsável da atividade ou empreendimento, órgão ambiental competente de pelo menos 5
registrar este fato em seu relatório e dar (cinco) cópias.
conhecimento ao órgão fiscalizador.
Art. 94 - Não haverá descontinuidade nas
Art. 85. Será de responsabilidade do proponente renovações da Licença de Operação do
do empreendimento ou da atividade todas as empreendimento ou atividade durante a análise
despesas e os custos referentes à realização da da auditoria ambiental, até a emissão do parecer
auditoria ambiental, além do fornecimento ao técnico final do mesmo, salvo na constatação de
órgão ambiental competente de toda a dano ambiental.
documentação, a qual pode ser encaminhada de
forma eletrônica. Art. 95 - No caso de negligência, imperícia,
imprudência, falsidade ou dolo na realização da
Art. 86. Não haverá descontinuidade nas auditoria, o auditor não poderá continuar
renovações da LO do empreendimento ou da exercendo sua função no Estado, por prazos que
atividade durante a análise da auditoria serão definidos em regulamento próprio.
ambiental, até a emissão do parecer técnico final
do mesmo, salvo na constatação de dano Art. 96 - O período entre cada auditoria ambiental
ambiental. não deverá ser superior a 3 (três) anos,
dependendo da natureza, porte, complexidade
Art. 87. No caso de negligência, imperícia, das atividades auditadas e da importância e
imprudência, falsidade ou dolo na realização da urgência dos problemas ambientais detectados.
auditoria, o auditor não poderá continuar
exercendo sua função no Estado, por prazos que
serão definidos em regulamento próprio.

Art. 88. O período entre cada auditoria


ambiental será aquele fixado nas licenças Art. 97 - As auditorias ambientais deverão
ambientais. contemplar:
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I - levantamento e coleta de dados disponíveis
Parágrafo único. Dependendo da natureza, do sobre a atividade auditada;
porte, da complexidade das atividades auditadas II - inspeção geral, incluindo entrevistas com
e da importância e urgência dos problemas diretores, assistentes técnicos e operadores da
ambientais detectados, os prazos poderão ser atividade auditada;
reduzidos, conforme decisão motivada do órgão III - verificação entre outros, das matérias-
ambiental competente. primas, aditivos e sua composição, geradores de
energia, processo industrial, sistemas e
Art. 89. As auditorias ambientais serão equipamentos de controle de poluição
regulamentadas por resolução do Conselho (concepção, dimensionamento, manutenção,
Estadual do Meio Ambiente, devendo definir, no operação e monitoramento), planos e sistemas de
mínimo: controle de situações de emergência e risco, os
I - as atividades e os empreendimentos sujeitos subprodutos, resíduos e despejos gerados da
a auditoria ambiental; atividade auditada;
II - a metodologia e abrangência das auditorias IV - elaboração de relatório contendo a
ambientais; compilação dos resultados, análise dos mesmos,
III - o conteúdo dos relatórios de auditorias proposta de plano de ação visando a adequação
ambientais; da atividade às exigências legais e a proteção ao
IV - a qualificação e responsabilidades das meio ambiente.
auditorias ambientais.
Art. 98 - As auditorias ambientais dos
empreendimentos ou atividades utilizadoras de
recursos ambientais licenciados através do
EIA/RIMA, além de atender à legislação, em
especial os princípios e objetivos desta lei e seu
regulamento e os expressos na Lei de Política
Nacional de Meio Ambiente, deverá conter as
seguintes atividades técnicas:
I - confrontar os impactos ambientais gerados
na implantação e operação da atividade com os
previstos no EIA/RIMA, considerando o

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diagnóstico ambiental da área de influência do
projeto e seus efeitos no meio físico, biológico,
nos ecossistemas naturais e meio sócio-
econômico;
II - reavaliar os limites da área geográfica
realmente afetada pela atividade e comparar com
os previstos no EIA/RIMA;
III - relacionar o desenvolvimento econômico da
área de influência do projeto, considerando os
planos e programas governamentais realmente
implementados, os benefícios e ônus gerados pela
atividade e os impactos ambientais negativos e
positivos;
IV - identificar os impactos ambientais não
previstos no EIA/RIMA, ou a sua tendência de
ocorrência, especificando os agentes causadores e
suas interações;
V - apresentar estudo comparativo do
monitoramento realizado no período, com os
impactos ambientais previstos no EIA/RIMA,
considerando a eficiência das medidas
mitigadoras implantadas e as realmente obtidas;
VI - apresentar cronograma de ações corretivas e
preventivas de controle ambiental, e se couber,
projetos de otimização dos equipamentos de
controle e sistemas de tratamento, com o seu
respectivo dimensionamento, eficiência e forma
de monitoramento com os parâmetros a serem
considerados.

§ 1º - Ao determinar a execução da auditoria

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ambiental, o órgão ambiental competente poderá
fixar diretrizes adicionais que, pelas
peculiaridades do projeto e características
ambientais da área, forem julgadas necessárias.

§ 2º - A primeira auditoria ambiental dos


empreendimentos ou atividades referidos no
"caput" deste artigo deverá ser realizada no prazo
máximo de 5 (cinco) anos após a emissão da
primeira LO, sem prejuízo às demais exigências do
órgão ambiental competente.
Art. 92 - Respeitado o sigilo industrial, assim Dispositivos revogados.
solicitado e demonstrado pelo interessado, a Artigo revogado que trazia eficácia à gestão
auditoria ambiental será acessível ao público. Suas ambiental. Embora o próprio código preveja a
cópias permanecerão a disposição dos disponibilização de informações em outro
interessados, na biblioteca do órgão ambiental capítulo, este artigo específico sobre o auditorias
competente, inclusive durante o período de ambientais tem sua relevância.
análise técnica. Qualquer interessado, com base no artigo 92,
possuía acesso à auditoria. Se quer crer que as
Art. 93 - O órgão ambiental colocará à disposição atuais regras de acesso às informações,
dos interessados o relatório de auditoria notadamente as que dizem respeitos as questões
ambiental, através de edital no jornal oficial do difusas e coletivas suprem a previsão dos arts. 92
Estado, e em um periódico de grande circulação e 93, motivo pelo qual não deverá haver
regional. prejuízos.

CAPÍTULO XI CAPÍTULO XIII Sem alterações significativas.


DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES Espelha o art. 70 da Lei n. 9.605/98.
A inovação está no §4º, que previu a
Art. 90. Considera-se infração administrativa Art. 99 - Constitui infração administrativa possibilidade, mediante regulamento, de
ambiental toda ação ou omissão que viole as ambiental, toda ação ou omissão que importe converter valores pecuniários em bens, obras e
regras jurídicas de uso, gozo, promoção, na inobservância dos preceitos desta Lei, de serviços. Resta aguardar o regulamento. O risco
proteção e recuperação do meio ambiente. seus regulamentos e das demais legislações de tal prática é fomentar uma “indústria de
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ambientais. multas” para viabilizar financeiramente as
§ 1º Qualquer pessoa, constatando infração § 1º - Qualquer pessoa constatando infração necessidades do Estado.
ambiental, poderá dirigir representação às ambiental poderá dirigir representação às Note-se que o §3º do art. 102 revogado (§ 3º - A
autoridades ambientais, para efeito do autoridades ambientais, para efeito do multa simples pode ser convertida em serviços
exercício do seu poder de polícia. exercício do seu poder de polícia. de preservação, melhoria e recuperação da
qualidade do meio ambiente.) colocava que a
§ 2º A autoridade ambiental que tiver § 2º - A autoridade ambiental que tiver conversão seria em prol da qualidade do
conhecimento de infração ambiental é reconhecimento de infração ambiental é ambiente, enquanto a nova redação abre espaço
obrigada a promover a sua apuração imediata, obrigada a promover a sua apuração imediata, para investimento no próprio órgão ambiental.
mediante processo administrativo próprio, sob mediante processo administrativo próprio, sob Tal prática não é vedada juridicamente, mas
pena de corresponsabilidade. pena de co-responsabilidade. exige critérios bem definidos.
O §4º substitui também o §5º do art. 102
§ 3º As infrações ambientais serão apuradas § 3º - As infrações ambientais serão apuradas revogado, que previa a conversão em programas
em processo administrativo próprio, em processo administrativo próprio, de educação ambiental.
assegurado o direito de ampla defesa e o assegurado o direito de ampla defesa e o Vide art. 110.
contraditório, observadas as disposições deste contraditório, observadas as disposições desta
Código. Lei.

§ 4º As multas simples e diárias, impostas por


infração à legislação ambiental poderão, na
forma de regulamento, ser convertidas para o
custeio de serviços, bens e obras de interesse
ambiental, conforme decisão técnica da
autoridade competente.

Art. 91. Aquele que causar dano ao meio Art. 100 - Aquele que direta ou indiretamente O fato da exclusão do termo “indiretamente” e
ambiente será responsabilizado causar dano ao meio ambiente será “culpa ou dolo” mostra-se importante na esfera
administrativamente, sem prejuízo das responsabilizado administrativamente, administrativa, pois de fato o conceito de
responsabilidades cíveis e criminais, nos termos independente de culpa ou dolo, sem prejuízo poluidor, previsto no art. 3º, IV da Lei n. 6938/81
da legislação. das sanções cíveis e criminais. (que prevê como poluidor quem indiretamente
contribuir para a degradação ambiental
Art. 101 - Responderá pelas infrações cumulado com a previsão de responsabilidade
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ambientais quem, por qualquer modo as objetiva do art. 14, §1º) é aplicável na esfera cível
cometer, concorrer para a sua prática ou dela ambiental.
se beneficiar. Na esfera administrativa deve vigorar a
responsabilidade subjetiva, com demonstração
de conduta culposa ou dolosa. (vide:
https://direitoambiental.com/tag/responsabilida
de-administrativa-ambiental/).
Vide artigo 101 do código.
Art. 92. As infrações às disposições deste Art. 102 - As infrações às disposições desta Lei, O rol de sanções não foi alterado. Segue previsão
Código, seus regulamentos, às normas, seus regulamentos, às normas, critérios, federal, inclusive (art. 72 da Lei n. 9605/98).
critérios, parâmetros e padrões estabelecidos parâmetros e padrões estabelecidos em
em decorrência dele e das demais legislações decorrência dela e das demais legislações O 2º, ao prever a hipótese de aplicação da sanção
ambientais, serão punidas com as seguintes ambientais, serão punidas com as seguintes de advertência remeteu ao regulamento. Cabe
sanções: sanções: destacar que a reincidência inviabiliza a
I - advertência; I - advertência; advertência o que, de fato, é uma escolha do
II - multa simples; II - multa simples; legislador. Contudo, é importante que o
III - multa diária; III - multa diária; regulamento assuma de vez que a advertência
IV - apreensão dos animais, produtos e IV - apreensão dos animais, produtos e seja efetivamente utilizada, pois o que se tem
subprodutos da fauna e flora, instrumentos, subprodutos da fauna e flora, instrumentos, visto é que a sanção de multa é aplicada sem a
petrechos, equipamentos ou veículos de petrechos, equipamentos ou veículos de prévia e necessária advertência.
qualquer natureza utilizados na infração; qualquer natureza utilizados na infração; No art. 72, §3º da Lei 9605/98 deixa claro que a
V - destruição ou inutilização do produto; V- destruição ou inutilização do produto; multa será aplicada depois da advertência. O art.
VI - suspensão de venda e fabricação do VI - suspensão de venda e fabricação do 13 deste código traz a diretriz de que nas ações
produto; produto; fiscais não serão priorizadas as multas e,
VII - embargo de obra ou atividade;
VII - embargo de obra ou atividade; considerando que a advertência também é uma
VIII- demolição de obra; espécie de sanção, deve ser implementada.
VIII - demolição de obra;
IX - suspensão parcial ou total das atividades;
IX - suspensão parcial ou total das
e Os §§3º ao 6º não trazem alterações
atividades;
X - restritiva de direitos. significativas.
X - restritiva de direitos.
Os demais §§ regulam os casos, genericamente,
§ 1º - Se o infrator cometer, simultaneamente,
em que as demais sanções deverão ser aplicadas.
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duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas,
§ 1º Se o infrator cometer, simultaneamente, 2 cumulativamente, as sanções a elas O §9º substitui o art. 104 revogado.
(duas) ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cominadas.
cumulativamente, as sanções a elas cominadas.
§ 2º - A advertência será aplicada pela
§ 2º A advertência será aplicada aos infratores inobservância das disposições desta Lei e da
não reincidentes, nas infrações de menor legislação em vigor, ou de preceitos
lesividade, conforme dispuser em regulamento. regulamentares, sem prejuízos das demais
sanções previstas neste artigo.

§ 3º - A multa simples pode ser convertida em


serviços de preservação, melhoria e
recuperação da qualidade do meio ambiente.
§ 3º A multa diária será aplicada sempre que o
cometimento da infração se prolongar no § 4º - A multa diária será aplicada sempre que
tempo. o cometimento da infração se prolongar no
tempo.

§ 5º - As penalidades de multa aplicadas a


infratores não reincidentes poderão ser
substituídas, a critério da autoridade coatora,
§ 4º A sanção de apreensão terá como objeto
pela execução de programas e ações de
animais, produtos e subprodutos da fauna e da
educação ambiental destinadas a área afetada
flora, produtos e subprodutos da prática da
pelas infrações ambientais que originaram as
infração, instrumentos, petrechos,
multas, desde que os valores se equivalham e
equipamentos e veículos de qualquer natureza
que haja aprovação dos programas e ações
que:
pelo órgão autuante.
I - sejam de posse não autorizada ou ilícita;
II - apresentem alterações em suas
§ 6º - A apreensão e destruição referidas nos
características que indiquem a destinação para
incisos IV e V do "caput" obedecerá o disposto
a prática de atividades ilícitas; ou
no artigo 103 desta Lei.
III - forem objeto de uso reiterado em atividade

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ilícita. § 7º - As sanções indicadas nos incisos VI a IX
serão aplicadas, quando o produto, a obra, a
§ 5º As sanções indicadas nos incisos VI a IX do atividade ou o estabelecimento não estiverem
“caput” deste artigo serão aplicadas quando o obedecendo as prescrições legais ou
produto, a obra, a atividade ou o regulamentares.
estabelecimento não estiverem obedecendo às
prescrições legais ou regulamentares. § 8º - As sanções restritivas de direito são:
I - suspensão de registro, licença ou
§ 6º As sanções restritivas de direito são: autorização;
I - suspensão de registro, licença ou II - cancelamento de registro, licença ou
autorização; autorização;
II - cancelamento de registro, licença ou III - perda ou suspensão da participação
autorização; em linha de financiamento em
III - perda ou suspensão da participação em estabelecimentos oficiais de crédito;
linha de financiamento em estabelecimentos IV - proibição de contratar com a
oficiais de crédito; e Administração Pública, pelo período de até 3
IV - proibição de contratar com a (três) anos.
Administração Pública, pelo período de até 3
(três) anos.

§ 7º Os custos resultantes dos incisos IV, V, VII


e VIII previstos no “caput” deste artigo serão
ressarcidos pelo infrator após encerrado o
processo administrativo, quando comprovada a
prática da infração.

§ 8º A penalidade prevista no inciso IX do


“caput” deste artigo será imposta nos casos de
perigo à saúde pública ou grave risco ao meio
ambiente, podendo, também, ser aplicada a
critério da autoridade competente, nos casos
de infração continuada.
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§ 9º A determinação da demolição de obra de
que trata o inciso VIII do “caput” deste artigo
será de competência da autoridade ambiental a
partir da efetiva constatação, pelo agente
autuante, da gravidade do dano decorrente da
infração.

Art. 93. As sanções de apreensão, destruição ou Art. 103 - A apreensão, destruição ou Sem alterações significativas. A matéria regida
inutilização, referidas nos incisos IV e V do inutilização, referidas nos incisos IV e V do pelo inciso VII revogado está contida no
“caput” do art. 92 deste Código, obedecerão ao artigo 102 desta Lei, obedecerão ao seguinte: parágrafo único.
seguinte: I - os animais, produtos, subprodutos, O inciso VIII prevê a possibilidade de
I - os animais, produtos, subprodutos, instrumentos, petrechos, equipamentos, “perdimento”. O art. 134, V do Decreto Federal
instrumentos, petrechos, equipamentos, veículos e embarcações de pesca, objeto de n. 6.514/08 prevê: “V - os demais petrechos,
veículos e embarcações de pesca, objetos de infração administrativa, serão apreendidos, equipamentos, veículos e embarcações descritos
infração administrativa, serão apreendidos, lavrando-se os respectivos termos; no inciso IV do art. 72 da Lei nº 9.605, de
lavrando-se os respectivos termos; II - os animais apreendidos terão a seguinte 1998, poderão ser utilizados pela administração
II - os animais apreendidos terão a seguinte destinação: quando houver necessidade, ou ainda vendidos,
destinação: a) libertados em seu habitat natural, após doados ou destruídos, conforme decisão
a) libertados em seu “habitat” natural, verificação da sua adaptação as condições de motivada da autoridade ambiental;”. Importante
após verificação da sua adaptação às vida silvestre; observar que a lei federal que respalda a
condições de vida silvestre; b) entregues a jardins zoológicos, fundações apreensão dos veículos não prevê o que consta
b) entregues a empreendimentos de ambientalistas ou entidades assemelhadas, na sua regulamentação, no sentido do
fauna silvestre e exótica autorizados, desde que fiquem sob a responsabilidade de perdimento. Consta genericamente no art. 25 o
fundações ambientalistas ou entidades técnicos habilitados; ou parágrafo 5º - Os instrumentos utilizados na
assemelhadas, desde que fiquem sob a c) na impossibilidade de atendimento prática da infração serão vendidos, garantida a
responsabilidade de técnicos habilitados; ou imediato das condições previstas nas alíneas sua descaracterização por meio da reciclagem.
c) na impossibilidade de atendimento anteriores, o órgão ambiental autuante .Assim, o Rio Grande do Sul, com o código
imediato das condições previstas nas alíneas poderá confiar os animais a fiel depositário na aprovado, respalda mediante lei em sentido
“a” e “b” deste inciso, o órgão ambiental forma da legislação vigente, até estrito a previsão legal necessária para que o
autuante poderá confiar os animais a fiel implementação dos termos antes infrator perca seu patrimônio, em especial
depositário na forma da legislação vigente, até embarcações e veículos. É importante observar
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implementação dos termos antes mencionados. que o tema é polêmico e, mesmo se se
mencionados; III - os produtos e subprodutos perecíveis considerar juridicamente válido o perdimento,
III - os produtos e subprodutos perecíveis ou a madeira apreendidos pela fiscalização este deverá ser restrito aos veículos e
ou a madeira apreendidos pela fiscalização serão avaliados e doados pela autoridade embarcações que efetivamente tenham sido
serão doados pela autoridade competente a competente as instituições científicas, desenvolvidos para a prática da infração.
instituições científicas, hospitalares, penais, hospitalares, penais, militares, públicas e Cita-se como exemplo um pescador amador que,
militares, públicas e outras com fins outras com fins beneficentes, bem como as nos belos e inóspitos confins da praia do
beneficentes, bem como a comunidades comunidades carentes, lavrando-se os Hermenegildo, pesca uma espécie proibida,
carentes, sendo que, no caso de produtos da respectivos termos, sendo que, no caso de cometendo a infração ambiental. Descabe à
fauna não perecíveis, os mesmos serão produtos da fauna não perecíveis, os mesmos fiscalização apreender seu veículo, deixando-o a
destruídos ou doados a instituições científicas, serão destruídos ou doados a instituições pé distante da civilização, pois o automóvel não
culturais ou educacionais; científicas, culturais ou educacionais; contribui para infração. A regulamentação
IV - os produtos e subprodutos de que IV - os produtos e subprodutos de que poderá evitar os excessos.
tratam os incisos I, II e III deste artigo, não tratam os incisos anteriores, não retirados Importante analisar o Tema 405 do STJ (REsp
retirados pelo beneficiário no prazo pelo beneficiário no prazo estabelecido no 1133965 BA, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL
estabelecido no documento de doação, sem documento de doação, sem justificativa, serão MARQUES, PRIMEIRA
justificativa, serão objeto de nova doação ou objeto de nova doação ou leilão, a critério do SEÇÃO, julgado em 25/04/2018, DJe 11/05/2018).
leilão, a critério do órgão ambiental, revertendo órgão ambiental, revertendo os recursos O Decreto 3179/99, revogado pelo Decreto
os recursos arrecadados para a preservação ou arrecadados para a preservação ou melhoria 6514/08 previa a possibilidade de liberação do
melhoria da qualidade do meio ambiente, da qualidade do meio ambiente, correndo os veículo apreendido com o oferecimento da
correndo os custos operacionais de depósito, custos operacionais de depósito, remoção, defesa, e neste sentido o STJ se manifestou. Frise-
remoção, transporte, beneficiamento e demais transporte, beneficiamento e demais encargos se que tal situação somente tem validade na
encargos legais à conta do beneficiário; legais a conta do beneficiário; vigência do decreto já revogado, mas o acórdão é
V - os equipamentos, os petrechos e os rico em orientações, inclusive quando a infração
demais instrumentos utilizados na prática da também constitui crime, situação em que há ritos
infração serão vendidos pelo órgão específicos para o perdimento.
responsável pela apreensão, garantida a sua
V - os equipamentos, os petrechos e os descaracterização por meio da reciclagem;
demais instrumentos utilizados na prática da VI - caso os instrumentos a que se refere o
infração serão vendidos pelo órgão responsável inciso anterior tenham utilidades para uso nas
pela apreensão, garantida a sua atividades dos órgão ambientais e de
descaracterização por meio da reciclagem;
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VI - caso os equipamentos, os petrechos e entidades científicas, culturais, educacionais,
os demais instrumentos a que se refere o inciso hospitalares, penais, militares, públicas e
V deste artigo possam ser utilizados por órgãos outras entidades com fins beneficentes, serão
ambientais e entidades científicas, culturais, doados a estas, após previa avaliação do órgão
educacionais, hospitalares, penais, militares, responsável pela apreensão;
públicas e outras entidades com fins VII - tratando-se de apreensão de
beneficentes, serão doados, correndo os custos substâncias ou produtos tóxicos, perigosos ou
operacionais de depósito, remoção, transporte, nocivos a saúde humana ou ao meio ambiente,
beneficiamento e demais encargos legais à as medidas a serem adotadas, seja destinação
conta do beneficiário; final ou destruição, serão determinadas pelo
VII - tratando-se de apreensão de órgão competente e correrão as expensas do
substâncias ou produtos tóxicos, perigosos ou infrator;
nocivos à saúde humana ou ao meio ambiente,
as medidas a serem adotadas, seja destinação VIII - os veículos e as embarcações utilizados
final ou destruição, serão determinadas pelo na prática da infração, apreendidos pela
órgão competente e correrão às expensas do autoridade competente, somente serão
infrator; liberados após o cumprimento da penalidade
que vier a ser imposta, podendo ser os bens
VIII - após decisão, transitada em julgado confiados a fiel depositário na forma da
na esfera administrativa, que confirme o auto legislação vigente, até implementação dos
de infração, os veículos e as embarcações termos antes mencionados, a critério da
utilizados na prática da infração, apreendidos autoridade competente;
pela autoridade competente, não mais IX - fica proibida a transferência a
retornarão ao infrator, poderão ser destruídos, terceiros, a qualquer título, dos animais,
utilizados pela administração pública, doados produtos, subprodutos, instrumentos,
ou vendidos, garantida a sua descaracterização, petrechos, equipamentos, veículos e
neste último caso, por meio da reciclagem embarcações, de que trata este artigo, salvo na
quando o instrumento puder ser utilizado na hipótese de autorização da autoridade
prática de novas infrações; e competente;
X - a autoridade competente encaminhará
cópia dos termos de que trata este artigo ao
IX - mediante a autorização da autoridade Ministério Público, para conhecimento.
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competente, é permitida a transferência a
terceiros, a qualquer título, dos animais,
produtos, subprodutos, instrumentos,
petrechos, equipamentos, veículos e
embarcações de que trata este artigo.

Parágrafo único. Os veículos e as embarcações


utilizados na prática da infração ficarão
apreendidos pela autoridade competente
durante o processamento do auto de infração.

Art. 104 - A determinação da demolição de Vide §9º do art. 92 do código vigente.


obra de que trata o inciso VIII, do art. 102 desta
lei, será de competência da autoridade
ambiental, a partir da efetiva constatação pelo
agente autuante da gravidade do dano
decorrente da infração.

Art. 94. O valor da multa de que trata este Art. 105 - Os valores das multas de que trata A UPF´s é um índice estadual de correção. Em
Capítulo será fixado no regulamento deste esta Lei, serão fixados em regulamento e 2020, uma UPF é R$20,2994.
Código e corrigido periodicamente, com base corrigidos periodicamente, com base nos Assim, a multa ambiental possui um valor
nos índices estabelecidos na legislação índices estabelecidos na legislação pertinente, mínimo de R$50,75 a R$101.497.000,00.
pertinente, sendo o mínimo de 2,5 (dois vírgula sendo o mínimo de R$ 50,00 (cinqüenta reais) O valor da multa máxima foi dobrado.
cinco) Unidades Padrão Fiscal ‒ UPF’s ‒ e o e o máximo de R$ 50.000.000,00 (cinqüenta É importante colocar que os R$ 50.000.000,00
máximo de 5.000.000 (cinco milhões) de UPF’s, milhões de reais). (cinqüenta milhões de reais) previstos em agosto
ou outra unidade que venha a substituí-la. de 2000, acaso tivessem sido corrigidos,
equivaleriam a mais de cento e sessenta milhões
§ 1º O não recolhimento do valor da multa, na de reais.
forma e nos prazos especificados, implicará
inscrição do respectivo débito na dívida ativa e Merece destaque a inovação trazida com o
a sua posterior cobrança judicial, sem prejuízo código no sentido de que, enquanto o infrator
da correspondente inclusão no Cadastro exerce seu constitucional direito de defesa, a
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Informativo dos Créditos não Quitados de multa é corrigida, inclusive com incidência de
Órgãos e Entidades Estaduais – CADIN/RS ‒, juros, correção e demais encargos. Tal prática
bem como em Cadastros de Proteção ao merece especial atenção, pois só há falar em
Crédito. consolidação de sanção de multa com o trânsito
em julgado administrativo.
§ 2º As multas estarão sujeitas à atualização, Neste ponto, há espaço fértil para discussões.
desde a lavratura do auto de infração até o seu A inscrição nos órgãos de proteção ao crédito
efetivo pagamento, pelos critérios de correção, tem sido utilizada pelas fazendas públicas e o
de juros e com a incidência dos demais judiciário reconhece a legalidade de tal prática,
encargos aplicados aos créditos tributários embora absolutamente lesiva ao particular.
estaduais. O conteúdo dos §§1º e 2º do art. 94 são
repetidos no §2º do art. 114.
Art. 95. A multa terá por base a unidade, Art. 106 - A multa terá por base a unidade, Sem alterações.
hectare, metro cúbico, quilograma ou outra hectare, metro cúbico, quilograma ou outra
medida pertinente, de acordo com o objeto medida pertinente, de acordo com o objeto
jurídico lesado. jurídico lesado.
Art. 96. Para a imposição e gradação da Art. 107 - Para a imposição e gradação da Sem alterações.
penalidade, a autoridade competente penalidade a autoridade competente
observará: observará:
I - a gravidade do fato, tendo em vista os I - a gravidade do fato, tendo em vista os
motivos da infração e suas consequências para motivos da infração e suas conseqüências para
a saúde pública e para o meio ambiente; a saúde pública e para o meio ambiente;
II - os antecedentes do infrator quanto ao II - os antecedentes do infrator quanto ao
cumprimento da legislação de interesse cumprimento da legislação de interesse
ambiental; ambiental;
III - circunstâncias atenuantes ou agravantes; e III - circunstâncias atenuantes ou
IV - a situação econômica do infrator, no caso agravantes;
de multa. IV - a situação econômica do infrator, no
caso de multa.

Art. 97. Para o efeito do disposto no inciso III Art. 108 - Para o efeito do disposto no inciso Sem alterações.

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do art. 96 deste Código, serão atenuantes as III, do artigo 107, serão atenuantes as As 4 atenuantes foram mantidas e, no artigo
seguintes circunstâncias: seguintes circunstâncias: seguinte, as agravantes ampliadas de 10 para 22.
I - menor grau de compreensão e I - menor grau de compreensão e escolaridade
escolaridade do infrator; do infrator;
II - arrependimento eficaz do infrator II - arrependimento eficaz do infrator
manifestado pela espontânea reparação do manifestado pela espontânea reparação do
dano ou limitação da degradação ambiental dano ou limitação da degradação ambiental
causada; causada;
III - comunicação imediata do infrator às III - comunicação imediata do infrator às
autoridades competentes, em relação a perigo autoridades competentes, em relação a perigo
iminente de degradação ambiental; e iminente de degradação ambiental;
IV - colaboração com os agentes IV - colaboração com os agentes
encarregados da fiscalização e do controle encarregados da fiscalização e do controle
ambiental. ambiental.

Art. 98. Para o efeito do disposto no inciso III Art. 109 - Para o efeito do disposto no inciso Os incisos revogados estão mantidos na redação
do art. 96 deste Código, serão agravantes as III, do artigo 107, serão agravantes as atual.
seguintes circunstâncias: seguintes circunstâncias: O código, contudo, ampliou em mais 12
I - a reincidência; I - a reincidência; hipóteses que agravarão eventual sanção a ser
II - a extensão e gravidade da degradação II - a extensão e gravidade da degradação aplicada.
ambiental quantificada pelos critérios de risco ambiental; Registre-se que os incisos XXII, XXI, XX, X, V e VI
à saúde humana, destruição da flora e fauna; III - a infração atingir um grande número não devem ser cumuláveis, pois de fora
III - a infração atingir um grande número de de vidas humanas; diferente, todos tratam de uma situação, que é a
vidas humanas, direitos difusos ou IV - danos permanentes a saúde humana; lesão a algum bem ambiental protegido.
transindividuais; V - a infração atingir área sob proteção
IV - a infração causar danos permanentes à legal;
saúde humana; VI - a infração ter ocorrido em Unidades de
V - a infração atingir área sob proteção legal Conservação;
e/ou especialmente protegida; VII - impedir ou causar dificuldades ou
VI - a infração ter ocorrido em Unidades de embaraço à fiscalização;
Conservação;
VIII - utilizar-se, o infrator, da condição de
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VII - impedir ou causar dificuldades ou agente público para a prática de infração;
embaraço à fiscalização; IX - tentativa de se eximir da
VIII- o autor da infração se utilizar da condição responsabilidade atribuindo-a a outrem;
de agente público para a prática de infração; X - ação sobre espécies raras, endêmicas,
IX - o autor da infração tentar se eximir da
vulneráveis ou em perigo de extinção.
responsabilidade, atribuindo a causa do dano
a
outrem;
X - a ação sobre espécies raras, endêmicas,
ameaçadas, vulneráveis ou em perigo de
extinção ou em período defeso;

XI - ter o agente cometido a infração para


obter vantagem pecuniária;
XII - concorrendo para danos à propriedade
alheia;
XIII - atingindo áreas urbanas ou quaisquer
assentamentos humanos;
XIV - em domingos ou feriados;
XV - à noite;
XVI - em épocas de seca ou inundações;
XVII - com o emprego de métodos cruéis
para abate ou captura de animais;
XVIII - mediante fraude ou abuso de
confiança;
XIX - no interesse de pessoa jurídica
mantida, total ou parcialmente, por verbas
públicas ou beneficiada por incentivos fiscais;
XX - atingindo sítios de reprodução de
espécies da fauna nativa, ou atingindo suas
rotas migratórias;
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XXI - atingindo área de especial interesse
cultural ou paisagístico; e
XXII - atingindo fisionomias de vegetação
parque de espinilho, butiazais e matas de pau-
ferro.

Art. 99. Para a imposição e gradação da O disposto neste artigo não estava previstos no
penalidade ambiental de multa, a autoridade Código revogado, mas baseou-se na também
competente observará a situação econômica revogada Lei nº 11.877, de 26 de dezembro de
do infrator, reduzindo seus valores nos casos 2002.
em que for verificada situação de
vulnerabilidade econômica.

§ 1º Para caracterização da situação


econômica do infrator, serão considerados os
seguintes aspectos:
I - tamanho do empreendimento ou do
estabelecimento rural próprio afetado pela
infração;
II - renda familiar monetária bruta anual
do infrator, excluídos os benefícios
recebidos do Sistema Público de Seguridade
Social;
III - composição do núcleo familiar do
infrator;
IV - valor dos bens móveis e imóveis
possuídos pelo infrator; e;
V - acesso do infrator ao crédito oficial e aos
bens e serviços públicos.

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§ 2º As informações relativas à situação
econômica do infrator poderão ser
apresentadas quando da apresentação de
defesa do autuado.
§ 3º É considerado vulnerável economicamente
o infrator que apresente 2 (duas) ou mais das
seguintes condições:
I - possuir ou ocupar empreendimento
ou estabelecimento rural afetado pela infração
com área total inferior a 4 (quatro) módulos
fiscais definidos na legislação em vigor;
II - possuir renda familiar monetária
bruta anual inferior a 12 (doze) vezes o Piso
Salarial definido pela legislação estadual,
excluídos os benefícios recebidos do Sistema
Público de Seguridade Social;
III - obtiver sua renda familiar
predominantemente da atividade econômica
relacionada à infração;
IV - destinar sua produção vinculada à
infração predominantemente para a
subsistência do núcleo familiar;
V - utilizar, na atividade vinculada à
infração, exclusivamente o trabalho do próprio
núcleo familiar empreendedor, sem emprego
de trabalhadores assalariados, mesmo que
eventuais ou informais;
VI - compuser núcleo familiar formado
majoritariamente por menores de 16
(dezesseis) anos, mulheres maiores de 55
(cinquenta e cinco) anos e homens maiores de

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60 (sessenta) anos;
VII - compuser núcleo familiar formado por
pessoas portadoras de necessidades especiais;
VIII - possuir bens móveis e imóveis no
valor total inferior a 10 (dez) vezes o valor da
multa;
IX - não utilizar, individualmente ou em grupo,
recursos ao amparo do crédito rural oficial; e
X - não ter acesso regular, individualmente ou
em grupo, aos serviços públicos de saúde,
educação, saneamento, eletrificação,
assistência técnica e extensão rural.

§ 4º Ao infrator em situação de
vulnerabilidade econômica será aplicada
preferencialmente a conversão ou a
substituição da penalidade de multa em
serviços de preservação, melhoria e
recuperação da qualidade do meio ambiente
nos termos deste Código.

Art. 100. O cometimento de nova infração Art. 110 - Constitui reincidência a prática de Sem alterações significativas. Segue a regra
ambiental pelo mesmo infrator, no período de 3 nova infração ambiental cometida pelo federal prevista no art. 11 do Decreto 6514/08,
(três) anos, contados da lavratura de auto de mesmo agente no período de 3 (três) anos, embora a regra federal defina 5 anos de prazo,
infração anterior devidamente confirmado no classificada como: enquanto o código traz 3.
julgamento, implica: I - específica: cometimento de infração da
I - aplicação da multa em triplo, no caso de mesma natureza; ou Os §§ seguintes trazem ritos a serem observados
cometimento da mesma infração; ou II - genérica: o cometimento de infração pela administração pública.
II - aplicação da multa em dobro, no caso de ambiental de natureza diversa.
cometimento de infração distinta.
Parágrafo único - No caso de reincidência
§ 1º O agravamento será apurado no específica ou genérica, a multa a ser imposta
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procedimento da nova infração, do qual se fará pela prática da nova infração terá seu valor
constar, por cópia, o auto de infração anterior e aumentado ao triplo a ao dobro,
o julgamento que o confirmou. respectivamente.

§ 2º Antes do julgamento da nova infração, a


autoridade ambiental deverá verificar a
existência de auto de infração anterior
confirmado em julgamento, para fins de
aplicação do agravamento da nova penalidade.

§ 3º Após o julgamento da nova infração, não


será efetuado o agravamento da penalidade.

§ 4º Constatada a existência de auto de infração


anteriormente confirmado em julgamento, a
autoridade ambiental deverá:
I - agravar a pena conforme disposto no
“caput” deste artigo;
II - notificar o autuado para que se manifeste
sobre o agravamento da penalidade no prazo de
10 (dez) dias; e
III - julgar a nova infração considerando o
agravamento da penalidade.

§ 5º O disposto no § 3.º deste artigo não se


aplica para fins de majoração do valor da multa,
conforme previsto neste Código.

Art. 101. Sem obstar a aplicação das penalidades Art. 111 - Sem obstar a aplicação das Sem alterações significativas.
previstas neste Código, o infrator, penalidades previstas nesta Lei, o infrator, Vide artigo 91 do código.
independentemente da existência de culpa, é independente da existência de culpa, e
obrigado a reparar os danos causados ao meio obrigado reparar os danos causados ao meio
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ambiente por sua atividade. ambiente por sua atividade.

§ 1º Sem prejuízo das responsabilidades cíveis, § 1º - Sem prejuízo das sanções cíveis, penais e
penais e administrativas, e da responsabilidade administrativas, e da responsabilidade em
em relação a terceiros, fica obrigado o agente relação a terceiros, fica obrigado o agente
causador do dano ambiental a avaliá-lo, causador do dano ambiental a avaliá-lo,
recuperá-lo, corrigi-lo e monitorá-lo, nos prazos recuperá- lo, corrigí-lo e monitorá-lo, nos
e condições fixados pela autoridade competente. prazos e condições fixados pela autoridade
competente.
§ 2º Se o responsável pela recuperação do meio
ambiente degradado não o fizer no tempo § 2º - Se o responsável pela recuperação do
aprazado pela autoridade competente, deverá o meio ambiente degradado, não o fizer no
Estado fazê-lo com recursos fornecidos pelo tempo aprazado pela autoridade competente,
responsável ou as suas próprias expensas, sem deverá o Poder Público fazê-lo com recursos
prejuízo da cobrança administrativa ou judicial fornecidos pelo responsável ou a suas próprias
de todos os custos e despesas incorridos na expensas, sem prejuízo da cobrança
recuperação. administrativa ou judicial de todos os custos e
despesas incorridos na recuperação.
Art. 102. Além das penalidades que lhe forem
impostas, o infrator será responsável pelo Art. 112 - Além das penalidades que lhe forem
ressarcimento à administração pública das impostas, o infrator será responsável pelo
despesas que esta vier a fazer em caso de perigo ressarcimento a administração pública das
iminente à saúde pública ou ao meio ambiente. despesas que esta vier a fazer em caso de
perigo iminente a saúde pública ou ao meio
ambiente.
Art. 103. O servidor público que por erro Art. 113 - O servidor público que culposa ou Artigo alterado em ponto específico para excluir
grosseiro ou dolosamente concorra para a dolosamente concorra para a prática de da punição ao servidor a conduta culposa
prática de infração às disposições deste Código e infração às disposições desta Lei e de seu ordinária.
de seu regulamento, ou que facilite o seu regulamento, ou que facilite o seu Alteração adequada.
cometimento, fica sujeito às cominações cometimento, fica sujeito as cominações Vide artigo 60 e 220.
administrativas e penais cabíveis, inclusive à administrativas e penais cabíveis, inclusive a
perda do cargo, sem prejuízo da obrigação perda do cargo, sem prejuízo da obrigação
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solidária com o autor de reparar o dano solidária com o autor de reparar o dano
ambiental a que deu causa. ambiental a que deu causa.

.CAPÍTULO XII Dispositivos inseridos no Código que visam”


DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS prevenir a ocorrência de novas infrações,
resguardar a recuperação ambiental e garantir o
Art. 104. Constatada a infração ambiental, o resultado prático do processo administrativo.”
agente autuante poderá adotar as seguintes É importante regulamentar a conduta do agente
medidas administrativas: autuador responsável pela fiscalização para
I - apreensão; conferir segurança jurídica ao autuante e
II - embargo de obra ou atividade e suas autuado.
respectivas áreas;
III - suspensão de venda ou fabricação de O §5º é por demais adequado e importante, pois
produto; evita abusos de, por exemplo, embargas toda
IV - suspensão parcial ou total de atividades; uma obra se apenas uma parte estiver sobre APP.
V - destruição ou inutilização dos produtos, Se um tanque de um posto de combustíveis
subprodutos e instrumentos da infração; e estiver vazando, não caberá a interdição de toda
atividade.
VI - demolição. Frise-se que a legislação, ao mencionar “embargo
§ 1º As medidas de que trata este artigo têm de obra ou atividade” igualou os termos
como objetivo prevenir a ocorrência de novas interdição (utilizado em atividades) e embargo
infrações, resguardar a recuperação ambiental e (utilizado em obras), para fins práticos.
garantir o resultado prático do processo O §6º bem andou ao conferir cautela no caso de
administrativo. ações do poder público que são irreversíveis.
O parágrafo único repete o previsto na legislação
§ 2º A aplicação de tais medidas será lavrada em federal (Decreto 6514/08, parágrafo único do art.
formulário próprio, sem emendas ou rasuras que 104).
comprometam sua validade, e deverá conter, Os artigos 106 e 107 trazem segurança jurídica ao
além da indicação dos respectivos dispositivos autuado e autuador.
legais e regulamentares infringidos, os motivos
que ensejaram o agente autuante a assim
proceder.
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§ 3º Os animais, os produtos e os subprodutos de
qualquer natureza serão objeto de apreensão,
salvo impossibilidade justificada.

§ 4º Os instrumentos, os equipamentos, os
petrechos e os veículos utilizados para a prática
da infração serão apreendidos nos casos
previstos neste Código.

§ 5º O embargo de obra ou atividade restringir-


se-á aos locais onde efetivamente caracterizou-
se a infração ambiental, não alcançando as
demais atividades realizadas em áreas não
embargadas da propriedade ou posse ou não
correlacionadas com a infração.

§ 6º A demolição de obra, edificação ou


construção não habitada e utilizada diretamente
para a infração ambiental dar-se-á
excepcionalmente no ato da fiscalização nos
casos em que se constatar que a ausência da
demolição importa em iminente risco de
agravamento do dano ambiental ou de graves
riscos à saúde.

Art. 105. A autoridade ambiental, mediante


decisão fundamentada que demonstre a
existência de interesse público relevante, poderá
autorizar o uso do bem apreendido nas
hipóteses em que não houver outro meio
disponível para a consecução da respectiva ação
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fiscalizatória.

Parágrafo único. Os veículos de qualquer


natureza que forem apreendidos poderão ser
utilizados pela administração pública estadual
para realizar o deslocamento do material
apreendido até local adequado ou para
promover a recomposição do dano ambiental.

Art. 106. Os bens, os animais, os produtos, os


subprodutos, os instrumentos, os
equipamentos, os petrechos ou os veículos
apreendidos deverão ficar sob a guarda do órgão
ou da entidade responsável pela fiscalização,
podendo, excepcionalmente, ser confiados a fiel
depositário até o julgamento do procedimento
administrativo.

§ 1º Nos casos de anulação, de cancelamento ou


de revogação da apreensão, o órgão ou a
entidade ambiental responsável pela apreensão
restituirá o bem, o animal, o produto, o
subproduto, o instrumento, o equipamento, o
petrecho e o veículo no estado em que se
encontrar ou, na impossibilidade de fazê-lo,
indenizará o proprietário pelo valor de avaliação
consignado no Termo de Apreensão.

§ 2º O depósito poderá ser confiado a órgãos e a


entidades de caráter ambiental, beneficente,
científico, cultural, educacional, hospitalar, penal
e militar ou ao próprio autuado, na qualidade de
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depositário fiel, desde que a posse dos bens não
traga risco de utilização em novas infrações.

Art. 107. Os órgãos de fiscalização ambiental,


suas autoridades e seus agentes poderão, para a
respectiva atuação, convocar e solicitar o apoio
de qualquer força policial, caso necessário,
resguardando- se as devidas cautelas e não
ensejando abuso ou excesso de poder.

CAPÍTULO XIII Art. 114 - Através do Termo de Compromisso Opta-se por chamar de “acordos ambientais” os
DO TERMO DE COMPROMISSO AMBIENTAL Ambiental (TCA), firmado entre o órgão compromissos diversos que um particular poderá
ambiental e o infrator, serão ajustadas as assumir com o Poder Público, seja perante o MP
Art. 108. Por meio do Termo de Compromisso condições e obrigações a serem cumpridas ou perante o órgão ambiental.
Ambiental ‒ TCA ‒, firmado entre o órgão pelos responsáveis pelas fontes de degradação O código, ao manter e aprimorar regras do
ambiental e o infrator, serão ajustadas as ambiental, visando a cessar os danos e chamado TCA, enobrece este importantíssimo
condições e obrigações a serem cumpridas pelos recuperar o meio ambiente. mecanismo de efetividade da política ambiental.
responsáveis pelas fontes de degradação De nada adianta discutir multas ou sanções se,
ambiental, visando a cessar os danos e a § 1º - No Termo de Compromisso Ambiental no caso de degradação do ambiente, não houver
recuperar o meio ambiente. deverá constar obrigatoriamente a penalidade a mais rápida e efetiva recuperação (seja pela
para o caso de descumprimento da obrigação regeneração, reparação ou compensação).
§ 1º No TCA, deverá constar obrigatoriamente a assumida. Também é verdade que nem o órgão público
penalidade para o caso de descumprimento da nem o particular tem exatamente ciência das
obrigação assumida, além do pagamento § 2º - Cumpridas integralmente as obrigações regras que um acordo ambiental deve observar.
integral da multa decorrente da infração. assumidas pelo infrator, a multa poderá ser Espera-se que nessa nova norma, mais acordos
reduzida em até 90% (noventa por cento) do sejam firmados.
§ 2º Cumpridas integralmente as obrigações valor atualizado monetariamente. A regra até então vigente utilizava-se da redução
assumidas pelo infrator, a multa poderá ser em 90% da multa, conforme o Decreto n.
reduzida em até 90% (noventa por cento) do § 3º - Na hipótese de interrupção do 3179/99, revogado em 2008 pelo Decreto 6514.
valor atualizado monetariamente, conforme cumprimento das obrigações de cessar e Aliás, o Decreto 6514/08 já fora alterado outras 3
dispuser regulamento, devendo o restante do corrigir a degradação ambiental, quer seja por vezes, motivo pelo qual ratifica o depósito de
valor ser pago por ocasião da firmatura do termo decisão da autoridade ambiental ou por culpa
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de que trata o “caput” deste artigo. do infrator. confiança de que a regra ora prevista traga a
popularização deste instrumento.
§ 3º Na hipótese de interrupção do cumprimento § 4º - Os valores apurados nos §§ 3º e 4º serão Importante colocar que descabe ao órgão
das obrigações de cessar ou corrigir a recolhidos ao Fundo Estadual competente, no ambiental negar um acordo, pois se o particular
degradação ambiental, acordada conforme o prazo de 5 (cinco) dias do recebimento da busca a recuperação do dano, não é lícito ao
“caput” deste artigo, será aplicada a penalidade notificação. poder público negar isso. Diante disso, o art. 109,
prevista no § 1.º deste artigo. quando prevê que a multa “poderá” ser
convertida, na verdade deve ser interpretado
§ 4º Os valores apurados nos §§ 1.º e 3.º deste como “deverá”.
artigo serão recolhidos ao fundo estadual Ademais o Código de Processo Civil aplica-se (art.
competente, no prazo de 5 (cinco) dias do 15) subsidiariamente aos processos
recebimento da notificação. administrativos e a “conciliação” é um princípio
geral do processo.
Art. 109. A multa poderá ser convertida em
serviços de preservação, melhoria e recuperação Em relação ao art. 110, embora no capítulo do
da qualidade do meio ambiente e programas e Termo de Compromisso Ambiental, não diz
ações de educação ambiental, a critério do órgão relação com o art. 108.
ambiental, mediante TCA, nos termos do art. 108 O artigo 110 mantém os preceitos contidos no
deste Código. artigo §5º do art. 102 revogado.
Vide art. 90, §4º e comentários.
Art. 110. As penalidades de multa aplicadas a
infratores não reincidentes poderão ser
substituídas, a critério da autoridade coatora,
pela execução de programas e ações de
educação ambiental destinadas à área afetada
pelas infrações ambientais que originaram as
multas, desde que os valores se equivalham e
que haja aprovação dos programas e ações pelo
órgão autuante.

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CAPÍTULO XIV CAPÍTULO XIV Dispositivo alterado, visando atualizar e ampliar a
DOS PROCEDIMENTOS DOS PROCEDIMENTOS instrução processual por ocasião do poder de
Art. 115 - O procedimento administrativo de polícia.
Art. 111. As infrações à legislação ambiental penalização do infrator inicia com a lavratura do
serão apuradas em procedimento administrativo auto de infração.
próprio, sendo iniciado com a lavratura de auto
de infração, que poderá ser instruído ou estar
acompanhado de Relatório de Vistoria ou de
fiscalização do Auto de Constatação, do Termo
de Notificação, da informação técnica ou da
denúncia, bem como dos demais Termos
Próprios lavrados em decorrência das infrações,
conforme regulamentação.
Parágrafo único. O procedimento e a tramitação
de expediente administrativo a que se refere o
“caput” deste artigo não impedem a propositura
de medidas judiciais pela autoridade ambiental
sempre que as medidas administrativas
adotadas com fulcro no Poder de Polícia
Ambiental se mostrem insuficientes para
garantir a cessação e a recuperação dos danos
ambientais.

Art. 116 - O auto de infração será lavrado pela O Poder de Polícia que a administração pública
autoridade ambiental que a houver constatado, detém deve ser exercido observando a estrita
na sede da repartição competente ou no local legalidade.
em que foi verificada a infração, devendo A ausência das exigências mínimas que um auto
conter: de infração deve conter traduz insegurança
I - nome do infrator, seu domicílio e/ou jurídica e nulidades insanáveis, posto que prazos
residência, bem como os demais elementos de defesa, descrições da conduta infracional e
necessários a sua qualificação e identificação outras exigências ora revogadas devem ser
civil; observadas e previstas em lei.
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II - local, data e hora da infração;
III - descrição da infração e menção do
dispositivo legal transgredido;
IV - penalidade a que está sujeito o infrator e o
respectivo preceito legal que autoriza sua
imposição;
V - notificação do autuado;
VI - prazo para o recolhimento da multa;
VII - prazo para o oferecimento de defesa e a
interposição de recurso.
Art. 112. A constatação é o ato pelo qual o O auto de constatação não é substituível pelo
servidor público registra de forma completa, auto de infração. Tal prática fere o devido
clara e objetiva os fatos que possam constituir processo legal.
infração administrativa ambiental. Ademais, diversas infrações ambientais exigem,
para sua perfectibilização a elaboração de auto
Parágrafo único. Se o servidor público for de constatação.
competente para a lavratura de autos de Como exemplo, cita-se o Decreto 6514/08, art.
infração, poderá lavrar diretamente aquele ato, 62, parágrafo único.
não sendo obrigatória a lavratura prévia de Auto
de Constatação.
Art. 113. O infrator será notificado para ciência Art. 117 - O infrator será notificado para ciência Alterações pertinentes.
da infração: da infração:
I - pessoalmente, por representante legal ou I - pessoalmente;
por preposto; II - pela via postal, por meio do aviso de
II - pelo correio ou por via postal, com Aviso de recebimento;
Recebimento ‒ AR; III - por edital, se estiver em lugar incerto ou
III - por edital, se estiver em lugar incerto ou não sabido.
não sabido, ou ainda se não for encontrado no
endereço indicado. § 1º - Se o infrator for autuado pessoalmente e
se recusar a exarar ciência, deverá essa
§ 1º Se o infrator for autuado pessoalmente e se circunstância ser mencionada expressamente

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recusar a exarar ciência, deverá essa pela autoridade que efetuou a lavratura do auto
circunstância ser mencionada expressamente de infração.
pela autoridade que efetuou a lavratura do auto
de infração. § 2º - O edital referido no inciso III deste artigo,
será publicado uma única vez, na imprensa
§ 2º O edital referido no inciso III do “caput” oficial, considerando-se efetivada a autuação 5
deste artigo será publicado uma única vez na (cinco) dias após a publicação.
imprensa oficial, considerando-se efetivada a
autuação 5 (cinco) dias após a publicação.

§ 3º Encaminhada a notificação ao endereço da


sede, representação ou filial da pessoa jurídica,
considera-se ela notificada.

Art. 114. O autuado por infração ambiental Art. 118 - O autuado por infração ambiental Art. 114, I. Destaca-se a previsão de redução da
poderá: poderá: multa aplicada pela metade se o autuado
I - no caso das multas, optar pelo pagamento I - apresentar defesa, no prazo de 20 (vinte) renunciar ao direito de ampla defesa previsto
integral do seu valor, à vista, podendo ter seu dias, a contar da ciência do auto de infração, ao constitucionalmente.
montante reduzido em 50% (cinquenta por órgão responsável pela autuação, para Ora, o pagamento imediato sujeitará o infrator à
cento), momento em que o processo é extinto; julgamento; condição de reincidente e retirará do mesmo
II - apresentar defesa, no prazo de 20 (vinte) II - interpor recurso, no prazo de 20 (vinte) quaisquer possibilidades de firmar acordo onde a
dias, a contar da ciência do auto de infração; e dias, a contar da notificação da decisão do reparação e a redução da multa poderão se fazer
III - interpor recurso, no prazo de 20 (vinte) dias, julgamento, à autoridade máxima do órgão presente. Como ficará a reparação, se o processo
a contar da notificação da decisão do julgamento. autuante; será extinto. Também é importante alertar de
III - recorrer, em última instância que o autuado, ao pagar a multa acata a
§ 1º No caso do inciso I do “caput” deste artigo, administrativa, ao CONSEMA, em casos acusação que lhe fora imposta e isso poderá
o pagamento deve ser feito em até 10 (dez) dias especiais, por este disciplinados. gerar consequências na esfera cível.
úteis após a notificação de que trata o art. 113 Além disso, a indústria da multa e o desvio de
deste Código, sob pena de renúncia a tal direito, Parágrafo único - As defesas e os recursos finalidade são preocupação da sociedade e do
não podendo ele ser exercido em outro interpostos das decisões não terão efeito poder público, que deverá observar
momento. suspensivo, exceto nas penalidades dispostas no cautelarmente qualquer medida. Como as multas
variam entre aproximados R$50,00 e
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§ 2º As multas estarão sujeitas à atualização, incisos II, III, V e VIII do artigo 102, mas nunca R$167.000.000,00 (vide artigo 94), corre-se o
desde a lavratura do auto de infração até o seu impedindo a imediata exigibilidade do risco de que a multa seja aplicada no dobro do
efetivo pagamento, pelos critérios de correção, cumprimento da obrigação de reparação do que eventualmente deveria. Soma-se ainda o
de juros e com a incidência dos demais encargos dano ambiental. fato de que o desconto sem condicionar à
aplicados aos créditos tributários estaduais, sem obrigação de reparação (através de
prejuízo da sua inscrição em dívida ativa, Art. 119 - Quando aplicada a pena de multa, acordo/compromisso) incentiva a sensação de
cobrança judicial e inscrição em cadastros de esgotados os recursos administrativos, o impunidade.
proteção ao crédito. infrator será notificado para efetuar o
pagamento no prazo de 5 (cinco) dias, contados O conteúdo do §2º do art. 114 é o mesmo que o
§ 3º Os demais atos, prazos, competência para da data do recebimento da notificação, contido nos §§1º e 2º do art. 94.
julgamento e instâncias do procedimento recolhendo o respectivo valor ao fundo estadual
administrativo serão disciplinados no competente.
regulamento deste Código.
§ 1º - A notificação para pagamento da multa
§ 4º É condição indispensável ao conhecimento será feita mediante registro postal ou por meio
e processamento da defesa do autuado que seja de edital publicado na imprensa oficial, quando
indicado, na referida manifestação, o endereço não localizado o infrator.
eletrônico ou físico para o qual serão remetidas § 2º - As multas não pagas
todas e quaisquer comunicações processuais. administrativamente, findado o prazo descrito
no "caput" deste artigo, serão inscritas na
§ 5º O envio das comunicações processuais ao dívida ativa do Estado, para posterior cobrança
endereço indicado presume de modo absoluto a judicial.
ciência do autuado ou do interessado do
conteúdo da comunicação.

§ 6º É ônus do autuado informar nos autos do


processo eventual modificação do seu endereço
eletrônico ou físico.

§ 7º Não é extinto o dever de recuperação


ambiental pelo pagamento da multa, ainda que
na forma do § 1º deste artigo.
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§ 8º Deverá ser garantida a participação de
representantes da sociedade civil organizada na
última instância de julgamento dos recursos
administrativos, conforme regulamentação.
Art. 115. Quando aplicada a pena de multa, Art. 119 - Quando aplicada a pena de multa, Sem alterações significativas.
esgotados os recursos administrativos, o infrator esgotados os recursos administrativos, o
será notificado para efetuar o pagamento no infrator será notificado para efetuar o
prazo de 5 (cinco) dias úteis, contados da data do pagamento no prazo de 5 (cinco) dias, contados
recebimento da notificação, recolhendo o da data do recebimento da notificação,
respectivo valor ao fundo estadual competente. recolhendo o respectivo valor ao fundo estadual
competente.
§ 1º A notificação para pagamento da multa será
feita mediante o envio de comunicação ao § 1º - A notificação para pagamento da multa
endereço fornecido pelo autuado na forma do § será feita mediante registro postal ou por meio
5.º do art. 114 deste Código. de edital publicado na imprensa oficial, quando
não localizado o infrator.
§ 2º Na hipótese de não ser oferecida defesa, a
comunicação de que trata o “caput” deste artigo § 2º - As multas não pagas
será feita por meio de registro postal ou por administrativamente, findado o prazo descrito
meio de edital publicado na imprensa oficial, no "caput" deste artigo, serão inscritas na
quando não localizado o infrator. dívida ativa do Estado, para posterior cobrança
judicial.
§ 3º As multas não pagas administrativamente,
findado o prazo descrito no “caput” deste artigo,
serão inscritas na dívida ativa do Estado, para
posterior cobrança judicial.

TÍTULO III TÍTULO IV O novo código optou por remeter a legislações


DA GESTÃO DOS RECURSOS NATURAIS E DA GESTÃO DOS RECURSOS NATURAIS E específicas o tema sobre água e saneamento.
DA QUALIDADE AMBIENTAL DA QUALIDADE AMBIENTAL
CAPÍTULO I CAPÍTULO I
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DA ÁGUA E DO SANEAMENTO DA ÁGUA E DO SANEAMENTO

Art. 116. As questões ambientais envolvendo os Art. 120 - As águas, consideradas nas diversas
usos da água e o saneamento básico serão fases do ciclo hidrológico, constituem um bem
definidas nas legislações específicas que tratam natural indispensável à vida e às atividades
dos temas humanas, dotado de valor econômico em virtude
de sua limitada e aleatória disponibilidade
temporal e espacial, e que, enquanto bem público
de domínio do Estado, deve ser por este gerido,
em nome de toda a sociedade, tendo em vista seu
uso racional sustentável.

Parágrafo único - Nos termos da Constituição


Federal, as águas superficiais localizadas no
território do Rio Grande do Sul não pertencentes
à União, bem como as águas subterrâneas, são de
domínio do Estado.
Art. 121 - Em conformidade com o disposto na
Constituição Estadual, mormente o artigo 171, o
gerenciamento das águas pelo Poder Público
Estadual será levado a cabo pelo Sistema Estadual
de Recursos Hídricos – SERH, com base numa
Política Estadual de Recursos Hídricos,
obedecendo aos seguintes preceitos:
I – a proteção das águas superficiais e
subterrâneas contra ações que possam
comprometer seu uso sustentável e o propósito
de obtenção de melhoria gradativa e irreversível
da qualidade das águas hoje degradadas;
II – a preservação e conservação dos ecossistemas
aquáticos e dos recursos naturais conexos às
águas;
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III – a utilização racional das águas superficiais e
subterrâneas assegurando o prioritário
abastecimento das populações humanas e
permitindo a continuidade e desenvolvimento das
atividades econômicas;
IV – a adoção da bacia hidrográfica como unidade
básica de planejamento e intervenção,
considerando o ciclo hidrológico na sua
integridade;
V – a participação de usuários, comunidades,
órgãos públicos, organizações educacionais e
científicas em colegiados de poder decisório na
gestão do SERH;
VI – a orientação e educação dos usuários acerca
do uso racional e sustentável e do gerenciamento
dos recursos hídricos;
VII – a divulgação sistemática dos dados de
monitoramento qualitativo, quantitativo, bem
como dos planos da bacia hidrográfica e planos
estaduais de recursos hídricos; VIII – a articulação
intersetorial e interinstitucional compatibilizando
as políticas incidentes;
IX – a reversão da cobrança pelo uso da água para
as respectivas bacias.

Art. 122 - São instrumentos para gerenciamento


dos recursos hídricos:
I – os planos de bacias hidrográficas e planos
estaduais de recursos hídricos;
II – a outorga, tarifação e cobrança de uso da água;
III – enquadramento dos recursos hídricos,
aprovado pelo órgão ambiental competente;
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IV – o monitoramento da qualidade e quantidade;
V – o licenciamento e a fiscalização;
VI – sistema de informações;
VII – compensações aos municípios.
Art. 117. Nos processos de outorga e Art. 123 - Nos processos de outorga e A norma manteve a redação do código anterior.
licenciamento de utilizações de águas superficiais licenciamento de utilizações de águas superficiais
ou subterrâneas, deverão ser obrigatoriamente ou subterrâneas deverão ser obrigatoriamente
considerados pelos órgãos competentes: considerados pelos órgãos competentes:
I - as prioridades de uso estabelecidas na I - as prioridades de uso estabelecidas na
legislação vigente; legislação vigente;
II - a comprovação de que a utilização não causará II - a comprovação de que a utilização não causará
poluição em níveis superiores aos estipulados pela poluição em níveis superiores aos estipulados pela
legislação vigente ou desperdício das águas; III - a legislação vigente ou desperdício das águas;
manutenção de vazões mínimas à jusante das III - a manutenção de vazões mínimas à jusante
captações de águas superficiais, nos termos do das captações de águas superficiais, nos termos
regulamento deste Código;e do Regulamento deste Código;
IV - a manutenção de níveis históricos médios IV - A manutenção de níveis históricos médios
adequados para a manutenção da vida aquática e adequados para a manutenção da vida aquática e
o abastecimento público, no caso de lagos, lagoas, o abastecimento público, no caso de lagos, lagoas,
banhados, águas subterrâneas e aquíferos em banhados, águas subterrâneas e aqüíferos em
geral. geral.
Art. 118. O ponto de lançamento de efluente Art. 124 - O ponto de lançamento de efluente A norma manteve a redação do código anterior.
industrial em cursos hídricos será industrial em cursos hídricos será
obrigatoriamente situado à montante da captação obrigatoriamente situado à montante da captação
de água do mesmo corpo d’água utilizado pelo de água do mesmo corpo d'água utilizado pelo
agente de lançamento, ressalvados os casos de agente de lançamento, ressalvados os casos de
impossibilidade técnica, que deverão ser impossibilidade técnica, que deverão ser
justificados perante o órgão licenciador. justificados perante o órgão licenciador.
Parágrafo único. O somatório da emissão de Parágrafo único - O somatório da emissão de
efluentes pelos empreendimentos ou atividades efluentes pelos empreendimentos ou
não poderá ultrapassar a capacidade global de atividades, não poderá ultrapassar a capacidade
suporte dos corpos d’água. global de suporte dos corpos d'água.
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Art. 119. Para efeitos de aplicação das disposições Art. 125 - Para efeitos de aplicação das disposições A norma manteve a redação do código anterior.
deste Código referentes à outorga, licenciamento, deste Código referentes a outorga, licenciamento,
autorização, monitoramento, fiscalização, estudo, autorização, monitoramento, fiscalização, estudo,
planejamento e outras atividades de competência planejamento e outras atividades de competência
do Estado na gestão das águas, os recursos vivos do Poder Público na gestão das águas, os recursos
dos corpos d’água naturais e os ecossistemas vivos dos corpos d'água naturais e os ecossistemas
diretamente influenciados por este serão diretamente influenciados por este serão
considerados partes integrantes das águas. considerados partes integrantes das águas.

Art. 120. As propostas de enquadramento de Art. 126 - As propostas de enquadramento de A norma manteve a estrutura com pequenas
águas interiores em classes de uso elaboradas águas interiores em classes de uso elaboradas alterações na redação.
pelos órgãos competentes deverão ser divulgadas pelos órgãos competentes deverão ser
e discutidas com a comunidade e entidades amplamente divulgadas e discutidas com a
públicas ou privadas interessadas, antes de sua comunidade e entidades públicas ou privadas
homologação final. interessadas, antes de sua homologação final.
Art. 121. O Estado manterá Sistema de Previsão, Art. 127 - O Poder Público manterá Sistema de A norma manteve a estrutura com pequenas
Prevenção, Alerta e Combate aos Incidentes e Previsão, Prevenção, Alerta e Combate aos alterações na redação.
Acidentes Hidrológicos e Ecológicos, tais como incidentes e acidentes hidrológicos e ecológicos,
secas, cheias, derrames de substâncias tóxicas, tais como secas, cheias, derrames de substâncias
radiações e outros, garantindo a ampla tóxicas, radiações e outros, garantindo a ampla
informação, prioritariamente às comunidades informação, prioritariamente às comunidades
atingidas, sobre seus efeitos e desdobramento. atingidas, sobre seus efeitos e desdobramento.
Art. 122. O órgão ambiental competente deverá Art. 128 - O órgão ambiental competente deverá A norma manteve a redação do código anterior.
considerar como prioritário, obrigatoriamente, considerar, obrigatoriamente, em seus processos
em seus processos de licenciamento, os efeitos de licenciamento, os efeitos que a captação de
que a captação de água ou o despejo de resíduos água ou o despejo de resíduos possam ter sobre
possam ter sobre mananciais utilizados para o mananciais utilizados para o abastecimento
abastecimento público de água potável. público de água potável, considerado como
Parágrafo único. Para a salvaguarda do prioritário.
abastecimento público poderão ser levadas em Parágrafo único - Para a salvaguarda do
abastecimento público deverão ser levadas em
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conta as manifestações dos respectivos conta as manifestações dos respectivos
colegiados competentes. colegiados competentes.
Art. 123. Nenhum descarte de resíduo poderá Art. 129 - Nenhum descarte de resíduo poderá A norma manteve a redação do código anterior.
conferir ao corpo receptor características capazes conferir ao corpo receptor características capazes
de causar efeitos letais ou alteração de de causar efeitos letais ou alteração de
comportamento, reprodução ou fisiologia da vida. comportamento, reprodução ou fisiologia da vida.
Art. 124. É proibida a utilização de organismos Art. 130 - É proibida a utilização de organismos A norma manteve a redação do código anterior.
vivos de qualquer natureza na despoluição de vivos de qualquer natureza na despoluição de
corpos d’água naturais sem prévio estudo de corpos d'água naturais sem prévio estudo de
viabilidade técnica e impacto ambiental e sem viabilidade técnica e impacto ambiental e sem
autorização do órgão ambiental. autorização do órgão ambiental.
Art. 125. A diluição de efluentes de uma fonte Art. 131 - A diluição de efluentes de uma fonte A norma manteve a redação do código anterior.
poluidora por meio da importação intencional de poluidora por meio da importação intencional de
águas não poluídas de qualquer natureza, águas não poluídas de qualquer natureza,
estranhas ao processo produtivo da fonte estranhas ao processo produtivo da fonte
poluidora, não será permitida para fins de poluidora, não será permitida para fins de
atendimento a padrões de lançamento final em atendimento a padrões de lançamento final em
corpos d’água naturais. corpos d'água naturais.
Art. 126. É proibida a disposição direta de Art. 132 - É proibida a disposição direta de A norma manteve a redação do código anterior.
poluentes e resíduos de qualquer natureza em poluentes e resíduos de qualquer natureza em
condições de contato direto com corpos d’água condições de contato direto com corpos d'água
naturais, superficiais ou subterrâneas, em regiões naturais superficiais ou subterrâneas, em regiões
de nascentes ou em poços e perfurações ativas ou de nascentes ou em poços e perfurações ativas ou
abandonadas, mesmo secas. abandonadas, mesmo secas.
Art. 127. Os poços jorrantes e quaisquer Art. 133 - Os poços jorrantes e quaisquer A norma manteve a redação do código anterior.
perfurações de solo que coloquem a superfície do perfurações de solo que coloquem a superfície do
terreno em comunicação com aquíferos ou com o terreno em comunicação com aqüíferos ou com o
lençol freático deverão ser equipados com lençol freático deverão ser equipados com
dispositivos de segurança contra vandalismo, dispositivos de segurança contra vandalismo,
contaminação acidental ou voluntária e contaminação acidental ou voluntária e
desperdícios, nos termos do regulamento. desperdícios, nos termos do regulamento.

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Parágrafo único. As perfurações desativadas Parágrafo único - As perfurações desativadas
deverão ser adequadamente tamponadas pelos deverão ser adequadamente tamponadas pelos
responsáveis, ou na impossibilidade da responsáveis, ou na impossibilidade da
identificação destes, pelos proprietários dos identificação destes, pelos proprietários dos
terrenos onde estiverem localizadas. terrenos onde estiverem localizadas.
Art. 128. Incumbe ao Estado manter programas Art. 134 - Incumbe ao Poder Público manter O caput do artigo mantém a mesma estrutura,
permanentes de proteção das águas programas permanentes de proteção das águas contudo foram inseridos dois parágrafos (§ 5º e
subterrâneas, visando ao seu aproveitamento subterrâneas, visando ao seu aproveitamento no § 8º).
sustentável e a privilegiar a adoção de medidas sustentável, e a privilegiar a adoção de medidas
preventivas em todas as situações de ameaça preventivas em todas as situações de ameaça
potencial à sua qualidade. potencial a sua qualidade.
§ 1º Os órgãos competentes deverão utilizar § 1º - Os órgãos competentes deverão utilizar
recursos técnicos eficazes e atualizados para o recursos técnicos eficazes e atualizados para o
cumprimento das disposições do “caput” deste cumprimento das disposições do "caput",
artigo, mantendo-os organizados e disponíveis mantendo-os organizados e disponíveis aos
aos interessados. interessados.
§ 2º A vulnerabilidade dos lençóis d’água § 2º - A vulnerabilidade dos lençóis d'água
subterrâneos será prioritariamente considerada subterrâneos será prioritariamente considerada
na escolha da melhor alternativa de localização de na escolha da melhor alternativa de localização de
empreendimentos de qualquer natureza empreendimentos de qualquer natureza
potencialmente poluidores dos aquíferos e lençóis potencialmente poluidores das águas
d’água. subterrâneas.
§ 3º Os programas referidos no “caput” deste § 3º - Os programas referidos no "caput" deverão,
artigo deverão, onde houver Planos de Bacia onde houver planos de Bacia Hidrográfica,
Hidrográfica e Planos de Saneamento, constituir constituir subprogramas destes, considerando o
subprogramas destes, considerando o ciclo ciclo hidrológico na sua integralidade.
hidrológico na sua integralidade, ou se perfazer § 4º - Toda a pessoa jurídica pública ou privada, ou
uma integração entre eles. física, que perfurar poço profundo no território
§ 4º Toda pessoa jurídica pública ou privada, ou estadual, deverá providenciar seu cadastramento
física, que perfurar poço profundo no território junto aos órgãos competentes, mantendo
estadual deverá providenciar seu cadastramento completas e atualizadas as respectivas
junto aos órgãos competentes, mantendo informações.
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completas e atualizadas as respectivas § 5º - Os municípios deverão manter seu próprio
informações. cadastro atualizado de poços profundos e de
§ 5º O cadastramento referido no § 4.º deste poços rasos perfurados sob sua responsabilidade
artigo deverá ser comprovado para fins de ou interveniência direta ou indireta.
licenciamento ambiental, ou para atividade de § 6º - Nas áreas urbanas e de alta concentração
comércio ou serviço que utilize água subterrânea. industrial deverão ser delimitadas e cadastradas
§ 6º Os municípios deverão manter seu próprio as áreas de proteção de poços utilizados para
cadastro atualizado de poços profundos e de abastecimento público.
poços rasos perfurados sob sua responsabilidade
ou interveniência direta ou indireta.
§ 7º Nas áreas urbanas e de alta concentração
industrial, deverão ser delimitadas e cadastradas
as áreas de proteção de poços utilizados para
abastecimento público.
§ 8º A definição de poços rasos e poços
profundos constará em regulamento expedido
pelo órgão estadual competente.
Art. 129. Nas regiões de recursos hídricos Art. 135 - Nas regiões de recursos hídricos A norma manteve a redação do código anterior.
escassos, a implantação de loteamentos, projetos escassos a implantação de loteamentos, projetos
de irrigação e colonização, distritos industriais e de irrigação e colonização, distritos industriais e
outros empreendimentos que impliquem intensa outros empreendimentos que impliquem intensa
utilização de águas subterrâneas ou utilização de águas subterrâneas ou
impermeabilização de significativas porções de impermeabilização de significativas porções de
terreno deverá ser feita de forma a preservar ao terreno, deverá ser feita de forma a preservar ao
máximo o ciclo hidrológico original, a ser máximo o ciclo hidrológico original, a ser
observado no processo de licenciamento. observado no processo de licenciamento.
§ 1º Nas regiões sujeitas à intrusão salina, é § 1º - Nas regiões sujeitas a intrusão salina será
obrigatória a adoção de medidas preventivas de obrigatória a adoção de medidas preventivas de
longo prazo contra esse fenômeno, às expensas longo prazo contra esse fenômeno, às expensas
dos empreendedores. dos empreendedores.

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§ 2º As disposições do “caput” deste artigo § 2º - As disposições do "caput" aplicam-se a
aplicam-se a Programas de Desenvolvimento Programas de Desenvolvimento Urbano
Urbano Municipais. municipais.
Art. 130. Na elaboração de Planos Diretores, Art. 136 - Na elaboração de Planos Diretores e O caput da norma manteve a mesma estrutura,
Planos de Saneamento Básico e outros outros instrumentos de planejamento urbano contudo foi parcialmente alterada a redação do
instrumentos de planejamento urbano, deverão deverão ser indicados: inciso I, que trata da delimitação de ocorrência de
ser indicadas: I - a posição dos lençóis de águas subterrâneas águas subterrâneas. Bem como, a norma ganhou
I - a delimitação de ocorrência de águas vulneráveis; um segundo parágrafo que trata da obrigação de
subterrâneas; e II - as áreas reservadas para o tratamento e o adequação dos instrumentos do caput aos planos
II - as áreas reservadas para o tratamento e o destino final das águas residuárias e dos resíduos de bacias.
destino final das águas residuárias e dos resíduos sólidos, quando couber.
sólidos, quando couber. Parágrafo único - O órgão ambiental deverá
§ 1º O órgão ambiental competente deverá manifestar-se sobre as áreas reservadas
manifestar-se sobre as áreas reservadas mencionadas no inciso II deste artigo, observada a
mencionadas no inciso II do “caput” deste artigo, legislação vigente.
observada a legislação vigente.
§ 2º Os instrumentos mencionados no “caput”
deste artigo deverão ser compatíveis com os
Planos de Bacia Hidrográfica
Art. 131. Todos os esgotos deverão ser tratados Art. 137 - Todos os esgotos deverão ser tratados O caput da norma manteve a mesma estrutura,
previamente quando lançados no meio ambiente. previamente quando lançados no meio ambiente. porém foram inseridos três parágrafos. O segundo
§ 1º Todas as edificações situadas em logradouros Parágrafo único - Todos os prédios situados em regulamenta a possibilidade de soluções
que disponham de redes coletoras de esgotos logradouros que disponham de redes coletoras de individuais de abastecimento de água e de
sanitários deverão ser obrigatoriamente ligados a esgotos sanitários deverão ser obrigatoriamente afastamento e destinação final do esgoto. Já o
elas, às expensas dos proprietários, excetuando- ligados a elas, às expensas dos proprietários, terceiro disciplina casos de delegação do serviço
se da obrigatoriedade prevista no “caput” deste excetuando-se da obrigatoriedade prevista no de saneamento. E o quarto, trata da competência
artigo apenas as situações de impossibilidade "caput" apenas as situações de impossibilidade municipal para o tratamento de esgoto, inclusive
técnica, que deverão ser justificadas perante os técnica, que deverão ser justificadas perante os explicita a possibilidade de delegação o serviço.
órgãos competentes. órgãos competentes.
§ 2º Serão admitidas soluções individuais de
abastecimento de água e de afastamento e
destinação final dos esgotos sanitários,
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observadas as normas editadas pela entidade
reguladora e pelos órgãos responsáveis pelas
políticas ambiental, sanitária e de recursos
hídricos.
§ 3º É de responsabilidade da concessionária, no
caso de ser delegado o serviço público de
saneamento, promover ações de efetivação das
ligações intradomiciliares.
§ 4º O município é responsável, podendo delegar
à concessionária, por aprovar os projetos das
soluções individuais de tratamento de esgoto
sanitário, devendo manter um cadastro municipal
atualizado e exigir do particular a comprovação da
manutenção, nas atividades que não estão
sujeitas a licenciamento ambiental, a fim de
manter a qualidade ambiental.
Art. 132. A utilização da rede de esgotos pluviais Art. 138 - A utilização da rede de esgotos pluviais A norma manteve a mesma estrutura, com
para o transporte e afastamento de esgotos para o transporte e afastamento de esgotos exceção da inserção do inciso V, que prevê a
sanitários somente será permitida mediante sanitários somente será permitida mediante possibilidade de adoção da rede de esgotos
licenciamento pelo órgão ambiental competente licenciamento pelo órgão ambiental e pluviais para transporte de esgotos sanitários em
e cumpridas as seguintes exigências: cumpridas as seguintes exigências: estado bruto, desde que previsto no plano
I - será obrigatório o tratamento prévio ao I - será obrigatório o tratamento prévio ao municipal como alternativa provisória.
lançamento dos esgotos na rede; lançamento dos esgotos na rede; Ao trazer a rede mista para adequação legal,
II - o processo de tratamento deverá ser II - o processo de tratamento deverá ser acredita-se tratar de desincentivo ao
dimensionado, implantado, operado e dimensionado, implantado, operado e aprimoramento do saneamento ambiental no
conservado conforme critérios e normas conservado conforme critérios e normas Estado.
estabelecidas pelos órgãos municipais e estaduais estabelecidas pelos órgãos municipais e estaduais
competentes ou, na inexistência destes, conforme competentes ou, na inexistência destes, conforme
as normas da Associação Brasileira de Normas as normas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas ‒ ABNT; Técnicas (ABNT);
III - qualquer que seja o processo de tratamento III - qualquer que seja o processo de tratamento
adotado, deverão ser previamente definidos adotado, deverão ser previamente definidos
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todos os critérios e procedimentos necessários ao todos os critérios e procedimentos necessários ao
seu correto funcionamento, em especial: seu correto funcionamento, em especial:
a) localização; localização, responsabilidade pelo projeto,
b) responsabilidade pelo projeto; operação, controle e definição do destino final dos
c) operação; e resíduos sólidos gerados no processo;
d) controle e definição do destino final dos IV - as bocas de lobo e outras singularidades da
resíduos sólidos gerados no processo; rede condutora da mistura de esgotos deverão
IV - as bocas de lobo e outras singularidades da possuir dispositivos que minimizem o contato
rede condutora da mistura de esgotos deverão direto da população com o líquido transportado.
possuir dispositivos que minimizem o contato
direto da população com o líquido transportado; e
V- em regiões urbanas cujo adensamento e/ou
tipo de solo inviabilizem tecnicamente a
implantação de soluções individuais de
esgotamento sanitário, a rede de esgotos pluviais
poderá ser utilizada para transporte de esgotos
sanitários em estado bruto até a estação de
tratamento de esgoto, desde que essa situação
esteja prevista no plano de saneamento municipal
como alternativa provisória, com planejamento
para a solução técnica, econômica e
ambientalmente definitiva.
Art. 133. A utilização das redes de esgoto pluviais, Art. 139 - A utilização das redes de esgoto pluviais, Não houve alteração.
cloacais ou mistas para lançamento de efluentes cloacais ou mistas para lançamento de efluentes
industriais “in natura” ou semi-tratados só será industriais "in natura" ou semi-tratados, só será
permitida mediante licenciamento pelo órgão permitida mediante licenciamento pelo órgão
ambiental e cumpridas as seguintes exigências: ambiental e cumpridas as seguintes exigências:
I - as redes deverão estar conectadas a um sistema I - as redes deverão estar conectadas a um sistema
adequado de tratamento e disposição final; e adequado de tratamento e disposição final;
II - os despejos deverão estar isentos de materiais II - os despejos deverão estar isentos de materiais
ou substâncias tóxicas, inflamáveis, interferentes ou substâncias tóxicas, inflamáveis, interferentes
ou inibidoras dos processos de tratamento, ou inibidoras dos processos de tratamento,
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danificadoras das instalações das redes ou danificadoras das instalações das redes ou
sistemas de tratamento, produtoras de odores ou sistemas de tratamento, produtoras de odores ou
obstrutoras de canalizações, seja por ação direta, obstrutoras de canalizações, seja por ação direta,
seja por combinação com o líquido transportado. seja por combinação com o líquido transportado

Art. 134. O Estado deverá prever critérios e Art. 140 - O Poder Público deverá prever critérios Não houve alteração.
normas para o gerenciamento dos resíduos e normas para o gerenciamento dos resíduos
semilíquidos e pastosos, nos termos deste Código semilíquidos e pastosos, nos termos deste Código
ou da legislação vigente sobre resíduos sólidos, ou da legislação vigente sobre resíduos sólidos,
quando couber, e respectivos regulamentos. quando couber, e respectivos regulamentos.

Art. 135. Os responsáveis por incidentes ou Art. 141 - Os responsáveis por incidentes ou Não houve alteração.
acidentes que envolvam imediato ou potencial acidentes que envolvam imediato ou potencial
risco aos corpos d’água superficiais ou risco aos corpos d'água superficiais ou
subterrâneos ficam obrigados a comunicar esses subterrâneos ficam obrigados a comunicar esses
eventos, tão logo deles tenham conhecimento, ao eventos, tão logo deles tenham conhecimento, ao
órgão ambiental e também ao órgão encarregado órgão ambiental e também ao órgão encarregado
do abastecimento público de água que possuir do abastecimento público de água que possuir
captação de água na área passível de captação de água na área passível de
comprometimento. comprometimento.
Parágrafo único. O não cumprimento das Parágrafo único - O não-cumprimento das
disposições do “caput” deste artigo será disposições do "caput" será considerado infração
considerado infração grave para fins de aplicação grave para fins de aplicação das penalidades
das penalidades previstas neste Código, sem previstas neste Código, sem prejuízo das sanções
prejuízo das sanções penais cabíveis. penais cabíveis.
Art. 136. Nos projetos de licenciamento Art. 142 - Nos projetos de licenciamento Não houve alteração.
ambiental de obra, quando couber, deverão ser ambiental de qualquer obra deverão ser
obrigatoriamente indicadas fontes de utilização obrigatoriamente indicadas fontes de utilização
de água subterrânea. de água subterrânea.
CAPÍTULO II DO SOLO CAPÍTULO II DO SOLO A norma manteve a mesma redação, apenas
Art. 137. Na utilização do solo, para quaisquer Art. 143 - A utilização do solo, para quaisquer fins, alterou a ordem dos parágrafos.
fins, deverão ser adotadas técnicas, processos e far-se-á através da adoção de técnicas, processos
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métodos que visem à sua conservação, melhoria e e métodos que visem a sua conservação e
recuperação, observadas as características melhoria e recuperação, observadas as
geomorfológicas, físicas, químicas, biológicas, características geo-morfológicas, físicas, químicas,
ambientais e suas funções socioeconômicas. biológicas, ambientais e suas funções sócio-
§ 1º A utilização do solo compreenderá seu econômicas.
manejo, cultivo, parcelamento e ocupação. § 1º - O Poder Público, Municipal ou Estadual,
§ 2º O Estado do Rio Grande do Sul e os através dos órgãos competentes, e conforme
municípios, por meio dos órgãos competentes, e regulamento, elaborará planos e estabelecerá
conforme regulamento, elaborarão planos e normas, critérios, parâmetros e padrões de
estabelecerão normas, critérios, parâmetros e utilização adequada do solo, cuja inobservância,
padrões de utilização adequada do solo, cuja caso caracterize degradação ambiental,
inobservância, caso caracterize degradação sujeitando os infratores às penalidades previstas
ambiental, sujeitará os infratores às penalidades nesta Lei e seu regulamento, bem como a
previstas nesta Lei e seu regulamento, bem como exigência de adoção de todas as medidas e
a exigência de adoção de todas as medidas e práticas necessárias à recuperação da área
práticas necessárias à recuperação da área degradada.
degradada. § 2º - A utilização do solo compreenderá seu
manejo, cultivo, parcelamento e ocupação.
Art. 138. O planejamento do uso adequado do Art. 144 - O planejamento do uso adequado do A norma manteve a mesma estrutura, mas inseriu
solo e a fiscalização de sua observância por parte solo e a fiscalização de sua observância por parte o parágrafo único, estabelecendo a necessidade
do usuário é responsabilidade do Estado e dos do usuário é responsabilidade dos governos de articulação dos entes com a política nacional de
municípios. estadual e municipal. proteção e defesa civil..
Parágrafo único. Os entes federados
mencionados no “caput” deste artigo deverão se
articular com a Política Nacional de Proteção e
Defesa Civil.
CAPÍTULO III DA UTILIZAÇÃO E CONSERVAÇÃO DO CAPÍTULO III DA UTILIZAÇÃO E CONSERVAÇÃO DO
AR AR
Art. 139. A atmosfera é um bem ambiental Art. 145 - A atmosfera é um bem ambiental
indispensável à vida e às atividades humanas, cuja indispensável à vida e às atividades humanas, IDEM
conservação é obrigação de todos, sob a gerência sendo sua conservação uma obrigação de todos,
do Estado, em nome da sociedade. sob a gerência do Estado em nome da sociedade.
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Art. 140. A gestão dos recursos atmosféricos será Art. 146 - A gestão dos Recursos Atmosféricos será Sem alterações significativas.
realizada com a adoção de ações gerenciais realizada por Regiões de Controle da Qualidade do
específicas e diferenciadas, se necessário, de Ar e por Áreas Especiais, com a adoção de ações
modo a buscar o equilíbrio entre as atividades gerenciais específicas e diferenciadas, se
vinculadas ao desenvolvimento socioeconômico e necessário, de modo a buscar o equilíbrio entre as
à manutenção da integridade da atmosfera, e atividades vinculadas ao desenvolvimento sócio-
compreenderá: econômico e a manutenção da integridade da
I - o monitoramento da qualidade do ar; atmosfera, onde esta gestão compreenderá:
II - o licenciamento e o controle das fontes I - o controle da qualidade do ar;
poluidoras atmosféricas fixas e móveis; II - o licenciamento e o controle das fontes
III - a vigilância e a execução de ações preventivas poluidoras atmosféricas fixas e móveis;
e corretivas; III - a vigilância e a execução de ações preventivas
IV - a adoção de medidas específicas de redução e corretivas;
da poluição, diante de episódios críticos de IV - a adoção de medidas específicas de redução
poluição atmosféricas; e da poluição, diante de episódios críticos de
V - a execução de ações integradas aos Programas poluição atmosféricas;
Nacionais de Controle da Qualidade do Ar, dentre V - a execução de ações integradas aos Programas
outros. Nacionais de Controle da Qualidade do Ar, dentre
§ 1º A manutenção da integridade da atmosfera outros.
depende da verificação simultânea de diversos §1º - A manutenção da integridade da atmosfera
condicionantes, tais como: depende da verificação simultânea de diversos
I - dos padrões de qualidade do ar e dos padrões condicionantes, tais como:
de emissão aplicados às fontes poluidoras; I - dos padrões de qualidade do ar e dos padrões
II - do equilíbrio biofísico das espécies e dos de emissão aplicados às fontes
materiais com os níveis de poluentes na poluidoras;
atmosfera, dentre outros; e II - de indicadores de precipitação de poluentes;
III - da dispersão e deposição de poluentes III - do equilíbrio biofísico das espécies e dos
atmosféricos. materiais com os níveis de poluentes na
§ 2º O somatório das emissões atmosféricas atmosfera, dentre outros. (Renumerado pela Lei
poluentes não poderá ultrapassar a capacidade nº 11.947/03)
global de suporte da qualidade do ar.
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§ 2º - O somatório das emissões atmosféricas
poluentes não poderá ultrapassar a capacidade
global de suporte da qualidade do ar em cada uma
das Regiões de Controle da Qualidade do Ar e das
Áreas Especiais. (Incluído pela Lei n° 11.947/03)
Art. 141. O órgão planejador de meio ambiente Art. 147 - Compete ao Poder Público: A redação revogada atribuía responsabilidades
do Estado deverá: I - estabelecer e garantir a manutenção dos aos municípios, pois determinada que competia
I - garantir a realização do monitoramento padrões de qualidade do ar, capazes de proteger “ao poder público” de forma ampla. A atual
sistemático da qualidade do ar; a saúde e o bem-estar da população, permitir o redação restringiu o zelo pela qualidade do ar
II - elaborar a implementação dos Planos de desenvolvimento equilibrado da flora e da fauna e apenas ao Estado.
Controle da Poluição Atmosférica; evitar efeitos adversos nos materiais e
III - estabelecer limites máximos de emissão e de estabelecimentos privados e públicos;
condicionamento para o lançamento de poluentes II - garantir a realização do monitoramento
na atmosfera, considerando as condições de sistemático da qualidade do ar, dos estudos de
dispersão de poluentes atmosféricos da região, a diagnóstico e planejamento de ações de
densidade de emissões existentes, as diferentes gerenciamento da qualidade do ar, com base na
tipologias de fontes poluidoras e os padrões de definição das Regiões e Áreas Especiais de
qualidade do ar a serem mantidos; Controle da Qualidade do Ar, dotando os órgãos
IV - realizar ações de fiscalização dos limites públicos de proteção ambiental das condições e
máximos de emissão e as condições de infra-estrutura necessárias;
lançamento de poluentes atmosféricos III - definir as Regiões e Áreas Especiais de
estabelecidos exigindo, se necessário, o Controle da Qualidade do Ar, bem como suas
monitoramento de emissões, às expensas do Classes de Uso, como estratégia de
agente responsável pelo lançamento; V - implementação de uma política de prevenção à
desenvolver e atualizar inventário de emissões de deterioração significativa da qualidade do ar e
poluentes atmosféricos, com base em instrumento de priorização e direcionamento das
informações solicitadas aos responsáveis por ações preventivas e corretivas para a utilização e
atividades potencialmente causadoras de conservação do ar;
emissões de poluentes atmosféricos e de IV - elaborar e coordenar a implementação dos
entidades públicas ou privadas detentoras de Planos de Controle da Poluição Atmosférica para
informações necessárias à realização deste as Regiões e Áreas Especiais de Controle da
inventário;
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VI - definir metodologias de monitoramento de Qualidade do Ar, objetivando a plena realização
poluentes na atmosfera e nas fontes de emissão; das ações preventivas e corretivas;
VII - incentivar a realização de estudos e pesquisas V - estabelecer limites máximos de emissão e de
voltadas à melhoria do conhecimento da condicionamento para o lançamento de poluentes
atmosfera, o desenvolvimento de tecnologias na atmosfera, considerando as Classes de Uso, as
minimizadoras da geração de emissões condições de dispersão de poluentes atmosféricos
atmosféricas e do impacto das atividades sobre a da região, a densidade de emissões existentes, as
qualidade do ar; diferentes tipologias de fontes poluidoras e os
VIII - divulgar sistematicamente os níveis de padrões de qualidade do ar a serem mantidos;
qualidade do ar e os Relatórios de Avaliação da VI - realizar ações de fiscalização dos limites
Qualidade do Ar; máximos de emissão e as condições de
IX - estabelecer os níveis de qualidade do ar, e lançamento de poluentes atmosféricos
elaborar por legislação específica um Plano de estabelecidos exigindo, se necessário, o
Emergência para Episódios Críticos de Poluição do monitoramento de emissões, às expensas do
Ar, visando a prevenir grave e iminente risco à agente responsável pelo lançamento;
saúde da população. VII - desenvolver e atualizar inventário de
emissões de poluentes atmosféricos, com base
em informações solicitadas aos responsáveis por
atividades potencialmente causadoras de
emissões de poluentes atmosféricos e de
entidades públicas ou privadas detentoras de
informações necessárias à realização deste
inventário;
VIII - estabelecer programas e definir
metodologias de monitoramento de poluentes na
atmosfera, nas fontes de emissão e de seus
efeitos;
IX - incentivar a realização de estudos e pesquisas
voltadas à melhoria do conhecimento da
atmosfera, o desenvolvimento de tecnologias
minimizadoras da geração de emissões

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atmosféricas e do impacto das atividades sobre a
qualidade do ar;
X - divulgar sistematicamente os níveis de
qualidade do ar, os resultados dos estudos
visando ao planejamento de ações voltadas à
conservação do ar e demais informações
correlatas;
XI - estabelecer os Níveis de Qualidade do Ar e
elaborar Plano de Emergência para Episódios
Críticos de Poluição do Ar, visando a prevenir
grave e iminente risco à saúde da
população.
Art. 148 - Serão estabelecidas Regiões de Controle Dispositivos revogados.
da Qualidade do Ar, visando à gestão dos recursos
atmosféricos.

Art. 149 - Ficam estabelecidas as Classes de Uso


pretendidas para o território do Rio Grande do Sul,
visando a implementar uma política de prevenção
de deterioração significativa da qualidade do ar:
I – Área Classe I: são assim classificadas todas as
áreas de preservação, lazer e turismo, tais como
Unidades de Conservação, estâncias
hidrominerais e hidrotermais – nacionais,
estaduais e municipais – onde deverá ser mantida
a qualidade do ar em nível o mais próximo possível
do verificado sem a intervenção antropogênica;
II – Área Classe II: são assim classificadas todas as
áreas não classificadas como I ou III;
III – Área Classe III: são assim classificadas todas as
áreas que abrigam Distritos Industriais criados por
legislação própria.
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Art. 150 - Através de legislação específica será
criado o Plano de Emergência para Episódios
Críticos de Poluição do Ar, visando à adoção de
providências dos Governos Estadual e Municipal,
assim como de entidades privadas, públicas e da
comunidade em geral, com o objetivo de prevenir
grave e iminente risco à saúde da população.
Art. 142. É vedado a todo proprietário, Art. 151 - É vedado a todo o proprietário, A norma optou por retirar o inciso III que
responsável, locador ou usuário de qualquer responsável, locador ou usuário de qualquer estabelecida a restrição para emissões em áreas
forma, de empresa, empreendimentos, máquina, forma, de empresa, empreendimentos, máquina, classe I ou II. Essa divisão foi abolida no atual
veículo, equipamento e sistema combinado, veículo, equipamento e sistema combinado, código.
emitir poluentes atmosféricos ou combinações emitir poluentes atmosféricos ou combinações
destes: destes:
I - em desacordo com as qualidades, condições e I - em desacordo com as qualidades, condições e
limites máximos fixados pelo órgão ambiental limites máximos fixados pelo órgão ambiental
competente, conforme legislação pertinente; competente;
II - em concentrações e em duração tais que sejam II - em concentrações e em duração tais que sejam
ou possam tender a ser prejudiciais ou afetar ou possam tender a ser prejudiciais ou afetar
adversamente a saúde humana. adversamente a saúde humana;
III - em concentrações e em duração tais que
sejam prejudiciais ou afetar adversamente o bem-
estar humano, a vida animal, a vegetação ou os
bens materiais, em Áreas Classe I ou II.
Art. 152 - Toda empresa, empreendimento, Dispositivos revogados.
máquina, veículo, equipamento e sistema
combinado existente, localizado em Áreas Classe
II, mesmo em conformidade com a legislação
ambiental, que estiver interferindo no bem-estar
da população, pela geração de poluentes
atmosféricos, adotará todas as medidas de
controle de poluição necessárias para evitar tal
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malefício, não podendo ampliar sua capacidade
produtiva ou sua esfera de ação sem a adoção
desta medida de controle.

Art. 153 - As fontes emissoras de poluentes


atmosféricos, em seu conjunto, localizadas em
área de Distrito Industrial, classificada como
Classe III, deverão lançar seus poluentes em
quantidades e condições tais que:
I – não ocasionem concentrações, ao nível do
solo, superiores aos padrões primários de
qualidade do ar, dentro dos limites geográficos
do Distrito Industrial;
II – não ocasionem concentrações, ao nível do
solo, superiores aos padrões secundários de
qualidade do ar, fora dos limites geográficos do
Distrito Industrial.
CAPÍTULO IV CAPÍTULO IV Não houve alteração.
DA FLORA E DA VEGETAÇÃO DA FLORA E DA VEGETAÇÃO
Art. 143. A vegetação nativa, assim como as Art. 154 - A vegetação nativa, assim como as
espécies da flora que ocorrem naturalmente no espécies da flora que ocorrem naturalmente no
território estadual, elementos necessários do território estadual, elementos necessários do
meio ambiente e dos ecossistemas, são meio ambiente e dos ecossistemas, são
considerados bens de interesse comum a todos e considerados bens de interesse comum a todos e
ficam sob a proteção do Estado, sendo seu uso, ficam sob a proteção do Estado, sendo seu uso,
manejo e proteção regulados por este Código e manejo e proteção regulados por esta Lei e
demais documentos legais pertinentes. demais documentos legais pertinentes.
Art. 144. Consideram-se Áreas de Preservação Art. 155 - Consideram-se de preservação A norma estadual optou por remeter a norma
Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para permanente, além das definidas em legislação, as federal, incluindo os banhados e marismas.
efeitos desta Lei, aquelas normatizadas pela áreas, a vegetação nativa e demais formas de Contudo o seu parágrafo único excetuou os
legislação federal, bem como as áreas definidas vegetação situadas: reservatórios artificiais de água.
como banhados e marismas. I - ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água;
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Parágrafo único. Não será exigida Área de II - ao redor das lagoas, lagos e de reservatórios O art. 2º, XIII traz o conceito de banhado,
Preservação Permanente no entorno de d'água naturais ou artificiais; remetendo ao regulamento.
reservatórios artificiais de água que não decorram III - ao redor das nascentes, ainda que Em relação ao parágrafo único, a norma estadual
de barramento ou represamento de cursos d’água intermitentes, incluindo os olhos d'água, qualquer adotou o Código Florestal, Lei 12651/12 (art. 4º,
naturais. que seja a sua situação topográfica; §1º) que afasta exigência de Área de Preservação
IV - no topo de morros, montes, montanhas e Permanente no entorno de reservatórios
serras e nas bordas de planaltos, tabuleiros artificiais de água que não decorram de
e chapadas; barramento ou represamento de cursos d’água
V - nas encostas ou parte destas cuja inclinação naturais. A matéria foi validade pelo STF nos
seja superior a 45 (quarenta e cinco) julgamentos da ADC 42 e da ADI 4903.
graus;
VI - nos manguezais, marismas, nascentes e
banhados;
VII - nas restingas;
VIII - nas águas estuarinas que ficam sob regime
de maré;
IX - nos rochedos à beira-mar e dentro deste;
X - nas dunas frontais, nas de margem de lagoas e
nas parcial ou totalmente vegetada.
§ 1º - A delimitação das áreas referidas neste
artigo obedecerá os parâmetros
estabelecidos na legislação federal pertinente até
regulamentação em nível estadual.
§ 2º - No caso de degradação de área de
preservação permanente, poderá ser feito
manejo visando a sua recuperação com espécies
nativas, segundo projeto técnico aprovado pelo
órgão competente.
Art. 145. Ato do Chefe do Poder Executivo poderá Art. 156 - O Poder Público poderá declarar de A norma manteve a possibilidade do poder
declarar de preservação permanente ou de uso preservação permanente ou de uso especial a público declarar de preservação permanente ou
especial a vegetação e as áreas destinadas a: vegetação e as áreas destinadas a: se uso especial, com base em ato do chefe do
I - proteger o solo da erosão; I - proteger o solo da erosão; poder executivo.
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II - formar faixas de proteção ao longo de rodovias, II - formar faixas de proteção ao longo de rodovias, Destaca-se que o capítulo das áreas de “uso
ferrovias e dutos; ferrovias e dutos; especial” (art. 51 da lei revogada) foi revogado.
III - proteger sítios de excepcional beleza ou de III- proteger sítios de excepcional beleza ou de
valor científico, histórico, cultural e ecológico; valor científico, histórico, cultural e ecológico;
IV - asilar populações da fauna e flora ameaçadas IV - asilar populações da fauna e flora ameaçadas
ou não de extinção, bem como servir de pouso ou ou não de extinção, bem como servir
reprodução de espécies migratórias; de pouso ou reprodução de espécies migratórias;
V - assegurar condições de bem-estar público; V - assegurar condições de bem-estar público;
VI - proteger paisagens notáveis; VI - proteger paisagens notáveis;
VII - preservar e conservar a biodiversidade; e VII - preservar e conservar a biodiversidade;
VIII - proteger as zonas de contribuição de VIII - proteger as zonas de contribuição de
nascentes nascentes.
Art. 146. Na utilização dos recursos da flora, serão Art. 157 - Na utilização dos recursos da flora serão Não houve alteração.
considerados os conhecimentos científicos de considerados os conhecimentos ecológicos de
modo a se alcançar sua exploração racional e modo a se alcançar sua exploração racional e
sustentável, evitando-se a degradação, a sustentável, evitando-se a degradação e
destruição da vegetação e o comprometimento destruição da vegetação e o comprometimento
do ecossistema dela dependente. do ecossistema dela dependente.

Art. 158 - O Estado manterá e destinará recursos Artigos revogados.


necessários para os órgãos de pesquisa e de
fiscalização dos recursos naturais.
Art. 159 - Os municípios criarão e manterão
Unidades de Conservação para a proteção dos
recursos ambientais, conforme legislação
específica.
Art. 147. O Estado promoverá a elaboração de Art. 160 - O Estado, através dos órgãos Amplia regras para cadastro e divulgação das
listas de espécies da flora nativa, cuja competentes, fará e manterá atualizado o espécies ameaçadas, inserindo nos parágrafos a
sobrevivência esteja sendo ameaçada nos limites cadastro da flora, em especial das espécies nativas
forma de divulgação e a prévia consulta pública.
do território estadual. ameaçadas de extinção.
§ 1º As listas referidas no “caput” deste artigo
deverão ser divulgadas por intermédio de ato
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específico do Chefe do Poder Executivo e
publicadas no sítio eletrônico do órgão
responsável devendo ser amplamente divulgadas
à sociedade e mantidas atualizadas, contendo
medidas necessárias à sua proteção.
§ 2º A publicação e as alterações das listas serão
precedidas de consulta pública.
Art. 148. Qualquer espécie ou determinados Art. 161 - Qualquer espécie ou determinados Não houve alteração no caput.
exemplares da flora, isolados ou em conjunto, exemplares da flora, isolados ou em A previsão do parágrago único é pertinente para
poderão ser declarados imunes ao corte e à conjunto, poderão ser declarados imunes ao regras hipóteses em que eventual declaração de
exploração por motivo de sua localização, corte, exploração ou supressão, mediante ato da imunidade deva ser revista ao longo do tempo.
raridade, beleza, importância para a fauna ou autoridade competente, por motivo de sua
condição de porta-semente em consonância com localização, raridade, beleza, importância para a
a legislação pertinente. fauna ou condição de porta-semente.
Parágrafo único. A supressão de espécies imunes
ao corte será admitida em caso de obras ou
atividades de utilidade pública e/ou em caso de
exemplares que apresentem potencial risco ou
dano ao patrimônio público ou privado, em ato do
órgão ambiental competente.
Art. 149. A utilização de recursos provenientes de
Art. 162 - A utilização de recursos provenientes de O novo código simplificou a norma suprimindo a
flora nativa será feita de acordo com projeto que
floresta ou outro tipo de vegetação lenhosa nativa parte final, e adequando a parte inicial.
assegure manejo sustentável do recurso. será feita de acordo com projeto que assegure
manejo sustentado do recurso, através do sistema
de regime jardinado, de acordo com o Código
Florestal do Estado.
Art. 150. Na construção de quaisquer obras, Art. 163 - Na construção de quaisquer obras, Alterou de impossível para inviável, possibilitando
públicas ou privadas, devem ser tomadas medidas públicas ou privadas, devem ser tomadas medidas o juízo econômico da alteração da vegetação em
para evitar a destruição ou degradação da para evitar a destruição ou degradação da intervenções com impacto na vegetação.
vegetação original, ou, onde isto for vegetação original, ou, onde isto for impossível, é
comprovadamente inviável, é obrigatória a obrigatória a implementação de medidas

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implementação de medidas compensatórias compensatórias que garantam a conservação de
definidas em regulamento. áreas significativas desta vegetação.
Art. 151. A exploração, o transporte, o depósito, Art. 164 - A exploração, transporte, depósito e Não houve alteração significativa.
a comercialização e o beneficiamento de produtos comercialização, beneficiamento e consumo de
florestais da flora nativa dependerão de prévia produtos florestais e da flora nativa, poderá ser
autorização do órgão ambiental competente, feita por pessoas físicas ou jurídicas desde que
salvo situações já previstas na legislação devidamente registradas no órgão competente e
com o controle e fiscalização deste.
CAPÍTULO V CAPÍTULO V Não houve alteração significativa.
DA FAUNA SILVESTRE E EXÓTICA DA FAUNA SILVESTRE O inciso XXVIII do art. 2º inseriu a fauna migratória
Art. 152. As espécies da fauna silvestre nativa, Art. 165 - As espécies de animais silvestres no conceito de fauna silvestre nativa.
bem como seus ninhos, abrigos, criadouros autóctones do Estado do Rio Grande do Sul, bem
naturais, “habitats” e ecossistemas necessários à como os migratórios, em qualquer fase do seu
sua sobrevivência são bens públicos de uso desenvolvimento, seus ninhos, abrigos,
restrito, sendo sua utilização a qualquer título ou criadouros naturais, "habitats" e ecossistemas
sob qualquer forma estabelecida pelo presente necessários à sua sobrevivência, são bens públicos
Código. de uso restrito, sendo sua utilização a qualquer
título ou sob qualquer forma, estabelecida pela
presente lei.
Art. 153. A política sobre a fauna silvestre do Art. 166 - A política sobre a fauna silvestre do Não houve alteração.
Estado tem por fim a sua preservação e a sua Estado tem por fim a sua preservação e a sua
conservação com base nos conhecimentos conservação com base nos conhecimentos
taxonômicos, biológicos e científicos. taxonômicos, biológicos e ecológicos.
Art. 154. Em relação à fauna silvestre estadual, Art. 167 - Compete ao Poder Público em relação a A norma adota a mesma redação das obrigações,
compete ao Estado: fauna silvestre do Estado: mas restringe ao Estado a competência, e não ao
I - facilitar e promover o desenvolvimento e a I - facilitar e promover o desenvolvimento e Poder Público.
difusão de pesquisas e tecnologias; difusão de pesquisas e tecnologias;
II - instituir programas de estudo da fauna II - instituir programas de estudo da fauna
silvestre, considerando as características sócio- silvestre, considerando as características sócio-
econômicas e ambientais das diferentes regiões econômicas e ambientais das diferentes regiões
do Estado; do Estado, inclusive efetuando um controle
estatístico;
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III - estabelecer programas de educação formal e III - estabelecer programas de educação formal e
informal, visando à formação de consciência informal, visando à formação de consciência
ecológica quanto à necessidade da preservação e ecológica quanto a necessidade da preservação e
conservação do patrimônio faunístico; conservação do patrimônio faunístico;
IV - incentivar os proprietários de terras à IV - incentivar os proprietários de terras à
manutenção de ecossistemas que beneficiam a manutenção de ecossistemas que beneficiam
sobrevivência e o desenvolvimento da fauna a sobrevivência e o desenvolvimento da fauna
silvestre; silvestre autóctone;
V - criar e manter Refúgios de Fauna visando à V - criar e manter Refúgios de Fauna visando a
proteção de áreas importantes para a preservação proteção de áreas importantes para a preservação
de espécies da fauna silvestre; de espécies da fauna silvestre autóctone,
VI - fomentar a criação e manutenção de residentes ou migratórias;
empreendimentos de uso e manejo de fauna que VI - instituir programas de proteção à fauna
recebem, tratam, mantêm e reabilitam animais silvestre;
silvestres vivos provenientes de apreensões, VII - identificar e monitorar a fauna silvestre,
conflitos ou entregas voluntárias; espécies raras ou endêmicas e ameaçadas de
VII - identificar e monitorar a fauna silvestre, extinção, objetivando sua proteção e
espécies raras ou endêmicas e ameaçadas de perpetuação;
extinção, objetivando sua proteção e VIII - manter banco de dados sobre a fauna
perpetuação; VIII - manter banco de dados sobre silvestre;
a fauna silvestre; IX - manter cadastro de pesquisadores, criadores
IX - manter cadastro de pesquisadores, criadores e comerciantes que de alguma forma utilizem os
e comerciantes que, de alguma forma, utilizem os recursos faunísticos do Estado;
recursos faunísticos do Estado; X - manter coleções científicas museológicas e "in
X - fomentar a manutenção de coleções científicas vivo" de animais representativos da fauna
museológicas e “in vivo” de animais silvestre regional, assim como proporcionar
representativos da fauna silvestre regional, assim condições de pesquisa e divulgação dos resultados
como proporcionar condições de pesquisa e da mesma sobre este acervo;
divulgação dos resultados da pesquisa sobre este XI - exercer o poder de polícia em ações
acervo; e relacionadas a fauna silvestre no território
estadual, quer em áreas públicas ou privadas.

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XI - exercer o poder de polícia em ações
relacionadas à fauna silvestre no território
estadual, em áreas públicas ou privada.
Art. 168 - São instrumentos da política sobre a Dispositivo revogado.
fauna silvestre:
I – a pesquisa sobre a fauna;
II – a educação ambiental;
III – o zoneamento ecológico;
IV – o incentivo à preservação faunística;
V – o monitoramento e a fiscalização dos recursos
faunísticos;
VI – a legislação florestal do Estado do Rio Grande
do Sul;
VII – as listas de animais silvestres com espécies
raras ou ameaçadas de extinção e endêmicas;
VIII – programas de recuperação e manutenção
dos “habitats” necessários à sobrevivência da
fauna;
IX – as Unidades de Conservação;
X – o licenciamento ambiental.
Art. 155. O Estado promoverá a elaboração de Art. 169 - O Poder Público promoverá a Amplia regras para cadastro e divulgação das
listas de espécies da fauna silvestre nativa, cuja elaboração de listas de espécies da fauna espécies ameaçadas, inserindo nos parágrafos a
sobrevivência esteja sendo ameaçada nos limites silvestres autóctone, que necessitem cuidados forma de divulgação e a prévia consulta pública.
do território estadual. especiais, ou cuja sobrevivência esteja sendo
§ 1º As listas referidas no “caput” deste artigo ameaçada nos limites do território estadual.
deverão ser divulgadas por intermédio de ato Parágrafo único - As listas referidas no "caput"
específico do Chefe do Poder Executivo e deste artigo deverão ser divulgadas na sociedade
publicadas no sítio eletrônico do órgão e mantidas atualizadas com publicação oficial
responsável devendo ser amplamente divulgadas periódica e caráter máximo bienal, contendo
à sociedade e mantidas atualizadas, contendo medidas necessárias a sua proteção.
medidas necessárias à sua proteção.

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§ 2º A publicação e as alterações das listas serão
precedidas de consulta pública.
Art. 156. É proibido utilização, perseguição, Art. 170 - É proibida a utilização, perseguição, Não houve alteração significativa.
destruição, caça, pesca, apanha, captura, coleta, destruição, caça, pesca, apanha, captura, coleta,
extermínio, depauperação, mutilação, extermínio, depauperação, mutilação e
manutenção em cativeiro e em semi-cativeiro de manutenção em cativeiro e em semi-cativeiro de
exemplares da fauna silvestre, bem como o seu exemplares da fauna silvestre, por meios diretos
comércio e de seus produtos e subprodutos, a ou indiretos, bem como o seu comércio e de seus
menos que autorizado na forma da lei. produtos e subprodutos, a menos que autorizado
na forma da lei.
Art. 157. É proibido introdução, transporte, posse Art. 171 - É proibida a introdução, transporte, A norma manteve a mesma estrutura apenas
e utilização de espécies da fauna silvestre e posse e utilização de espécies de animais trocou os termos, tendo utilizado exótica.
exótica no Estado, salvo as autorizadas pelo órgão silvestres não-autóctones no Estado, salvo as
estadual competente ou as previstas em autorizadas pelo órgão estadual competente, com
legislação, com rigorosa observância à integridade rigorosa observância à integridade física, biológica
física, biológica e sanitária dos ecossistemas, e sanitária dos ecossistemas, pessoas, culturas e
pessoas, culturas e animais do território do animais do território Rio-grandense.
Estado. § 1º - No caso de autorização legal, os animais
§ 1º No caso de autorização, os animais devem devem ser obrigatoriamente mantidos em regime
ser obrigatoriamente mantidos em regime de de cativeiro, proibido seu repasse a terceiros sem
cativeiro, proibido seu repasse a terceiros sem autorização prévia.
autorização prévia. § 2º - Quando aplicável, será exigido EIA/RIMA na
§ 2º Quando aplicável, será exigido EIA/RIMA na forma da lei.
forma da lei. § 3º - Cumpridos os requisitos deste artigo e após
§ 3º Cumpridos os requisitos deste artigo e após parecer favorável da Autoridade Científica, será
parecer favorável da autoridade competente, será emitida licença específica e individual para cada
emitida licença específica e individual para cada caso.
caso.

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Art. 172- É vedada a introdução e o transporte de Dispositivos revogados.
espécies animais silvestres para locais onde não
ocorram naturalmente e a sua retirada sem a
autorização do órgão estadual competente.

Art. 173 - O transporte de animais silvestres no


Estado, ou para fora de seus limites, necessitará
licença prévia da autoridade competente, exceto
em caso previsto na legislação.
Art. 158. A autorização para construção de Art. 174 - A construção de quaisquer Não houve alteração significativa.
estruturas que resultem no barramento de cursos empreendimentos que provoquem interrupção
d’águas naturais perenes dependerá da adoção de de
medidas mitigadoras quanto aos efeitos sobre a qualquer natureza do fluxo de águas naturais só
fauna silvestre aquática. será permitida quando forem tomadas medidas
propostas por estudos que garantam a
reprodução das distintas espécies da fauna
aquática autóctone.
Parágrafo único - Para os empreendimentos já
existentes serão exigidos os estudos referidos no
"caput" para a renovação da LO.
Art. 159. Todas as derivações de águas Art. 175 - Todas as derivações de águas Não houve alteração.
superficiais deverão ser dotadas de dispositivos superficiais deverão ser dotadas de dispositivos
que evitem danos irreversíveis à fauna silvestre. que evitem danos irreversíveis à fauna silvestre.
Art. 160. O Estado autorizará o funcionamento Art. 176 - O Poder Executivo Estadual incentivará Importante colocar que o tema “fauna” era,
das diferentes categorias de empreendimentos e e regulamentará o funcionamento de Centros de quando da elaboração do código revogado, afeto
atividades de uso e manejo de fauna silvestre e Pesquisa e Triagem Animal, com a finalidade de ao IBAMA, sendo atualmente de competência
exótica no Estado. receber e albergar até sua destinação final, estadual, motivo pelo qual necessário constar no
§ 1º A captação e criação de empreendimentos animais silvestres vivos, provenientes de código tal assunto. Vide art. 8º, XVII, XVIII e XIX da
de fauna cujas categorias tenham a finalidade de apreensões ou doações. Lei Complementar n. 140/11.
receber, reabilitar e albergar animais silvestres O dispositivo traz novo enfrentamento do tema se
vivos provenientes de apreensões, conflitos ou comparado com o art. 176 revogado.
entregas voluntárias serão incentivadas.
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§ 2º Os órgãos integrantes do SISEPRA deverão
prestar auxílio ao atendimento dos animais
pertencentes à fauna silvestre nativa que
estiverem em situação de conflito ou de risco de
morte.
§ 3º O Estado poderá firmar parcerias e acordos
com entidades públicas e privadas para finalidade
de que estas recebam, reabilitem e alberguem
animais silvestres vivos, provenientes de
apreensões, conflitos ou entregas voluntárias.
Art. 161. Os animais silvestres da fauna nativa que Art. 177 - Os animais silvestres autóctones que Não houve alteração significativa.
estejam em desequilíbrio no ambiente natural estejam em desequilíbrio no ambiente natural
causando danos significativos à saúde pública e causando danos significativos à saúde pública e
animal, bem como à economia estadual, deverão animal e à economia estadual, deverão ser
ser manejados após estudo e recomendação do manejados após estudo e recomendação do órgão
órgão competente. competente.
Art. 162. A reintrodução e recomposição de Art. 178 - A reintrodução e recomposição de Não houve alteração.
populações de animais silvestres no Estado, populações de animais silvestres no Estado,
inclusive aqueles apreendidos pela fiscalização, só inclusive aqueles apreendidos pela fiscalização, só
poderão ser efetuadas com o aval do órgão poderão ser efetuadas com o aval do órgão
estadual competente. estadual competente.

Art. 163. O órgão competente regulamentará a Art. 179 - O órgão competente regulamentará a Não houve alteração significativa.
instalação de criadouros de fauna silvestre e instalação de criadouros de fauna silvestre
exótica, cumpridas as determinações emanadas autóctone, cumpridas as determinações
deste Código. emanadas desta legislação.
Parágrafo único - Constatado o beneficio à
sobrevivência da fauna silvestre, poderão ser
concedidos registros especiais para criação de
espécies raras cuja sobrevivência na natureza
esteja ameaçada.

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Art. 164. Poderá ser autorizada a criação de Art. 180 - Poderá ser autorizado o cultivo ou A norma altera a redação suprimindo o termo
espécies silvestres exóticas ou daquelas com criação de espécies silvestres não autóctones ao cultivo, mantendo apenas criação.
modificações genotípicas e fenotípicas fixadas por Estado, ou daquelas com modificações
força de criação intensiva em cativeiro, genotípicas e fenotípicas fixadas por força de
obedecidos os dispositivos legais, em ambiente criação intensiva em cativeiro, obedecidos os
rigorosamente controlado, comprovado seu dispositivos legais, em ambiente rigorosamente
benefício social, garantindo-se mecanismos que controlado, comprovado seu beneficio social,
impeçam sua interferência sobre o ambiente garantindo-se mecanismos que impeçam sua
natural, o ser humano e as espécies silvestres, interferência sobre o ambiente natural, o ser
cumpridos os requisitos sanitários concorrentes. humano e as espécies autóctones, cumpridos os
§ 1º As introduções e criações já realizadas requisitos sanitários concorrentes.
deverão adaptar-se aos princípios da legislação. § 1º - As introduções e criações já realizadas
§ 2º Nos casos em que for aplicável, será exigido deverão adaptar-se aos princípios da legislação.
EIA/RIMA. § 2º - Nos casos em que for aplicável, será exigido
EIA/RIMA.
Art. 165. Os animais, em qualquer estágio de seu Art. 181 - Os animais, em qualquer estágio de seu Não houve alteração significativa.
desenvolvimento, necessários à manutenção de desenvolvimento, necessários à manutenção de
populações cativas existentes em populações cativas existentes em zoológicos e
empreendimentos de uso e manejo de fauna criadouros devidamente legalizados, poderão ser
silvestre, devidamente legalizados, poderão ser capturados, cedidos por instituições congêneres,
capturados, cedidos por instituições congêneres, cedidos em depósitos pelo órgão ambiental, ou
cedidos em depósito pelo órgão ambiental, ou adquiridos de criadouros comerciais, mediante
adquiridos de criadouros comerciais, mediante licença expressa da autoridade competente,
licença expressa da autoridade competente, desde que isso não venha em detrimento das
desde que isso não venha em detrimento das populações silvestres ou da espécie em questão.
populações silvestres ou da espécie em questão.
Art. 166. Os animais nascidos nos criadouros Art. 182 - Os animais nascidos nos criadouros Não houve alteração.
comerciais e seus produtos poderão ser comerciais e seus produtos poderão ser
comercializados, tomadas as precauções para que comercializados, tomadas as precauções para que
isso não seja prejudicial à fauna silvestre nacional isso não seja prejudicial à fauna silvestre nacional
ou àquela protegida por tratados internacionais. ou àquela protegida por tratados internacionais.
CAPÍTULO VI CAPÍTULO VI Não houve alteração.
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DO PATRIMÔNIO AMBIENTAL ESTADUAL DO PATRIMÔNIO AMBIENTAL ESTADUAL
Art. 167. Os elementos constitutivos do Art. 183 - Os elementos constitutivos do
Patrimônio Ambiental Estadual são considerados Patrimônio Ambiental Estadual são considerados
bens de interesse comum a todos os cidadãos, bens de interesse comum a todos os cidadãos,
devendo sua utilização, sob qualquer forma, ser devendo sua utilização sob qualquer forma, ser
submetida às limitações que a legislação em geral, submetida às limitações que a legislação em geral,
e especialmente este Código, estabelecem. e especialmente esta lei, estabelecem.

Art. 168. O Estado fomentará a manutenção de Art. 184 - O Poder Público deverá manter bancos Não houve alteração significativa.
bancos de germoplasma que preservem amostras de germoplasma que preservem amostras
significativas do patrimônio genético do Estado, significativas do patrimônio genético do Estado,
em especial das espécies raras e das ameaçadas em especial das espécies raras e das ameaçadas
de extinção. de extinção.

CAPÍTULO VII CAPÍTULO VII Não houve alteração.


DO PATRIMÔNIO GENÉTICO DO PATRIMÔNIO GENÉTICO
Art. 169. Compete ao Estado a manutenção da Art. 185 - Compete ao Estado a manutenção da
biodiversidade pela garantia dos processos biodiversidade pela garantia dos processos
naturais que permitam a conservação dos naturais que permitam a conservação dos
ecossistemas ocorrentes no território estadual. ecossistemas ocorrentes no território estadual.

Art. 170. Para garantir a proteção de seu Art. 186 - Para garantir a proteção de seu Não houve alteração.
patrimônio genético, compete ao Estado: patrimônio genético compete ao Estado:
I - manter um sistema estadual de áreas I - manter um sistema estadual de áreas
protegidas representativo dos diversos protegidas representativo dos diversos
ecossistemas ocorrentes no seu território; e ecossistemas ocorrentes no seu território;
II - garantir a preservação de amostras dos II - garantir a preservação de amostras dos
diversos componentes de seu território genético e diversos componentes de seu território genético e
de seus habitantes. de seus habitantes.
CAPÍTULO VIII CAPÍTULO VIII Não houve alteração.
DO PATRIMÔNIO PALEONTOLÓGICO E DO PATRIMÔNIO PALEONTOLÓGICO E
ARQUEOLÓGICO ARQUEOLÓGICO
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Art. 171. Constitui patrimônio paleontológico e Art. 187 - Constitui patrimônio paleontológico e
arqueológico, estes definidos pela Constituição arqueológico, estes definidos pela Constituição e
Federal e legislação federal, o conjunto dos sítios legislação federais, o conjunto dos sítios e
e afloramentos paleontológicos de diferentes afloramentos paleontológicos de diferentes
períodos e épocas geológicas, e dos sítios períodos e épocas geológicas, e dos sítios
arqueológicos, pré-históricos e históricos de arqueológicos, pré-históricos e históricos de
diferentes idades, bem como todos os materiais diferentes idades, bem como todos os materiais
desta natureza, já pertencentes a coleções desta natureza, já pertencentes a coleções
científicas e didáticas dos diferentes museus, científicas e didáticas dos diferentes museus,
universidades e institutos de pesquisa, existentes universidades, institutos de pesquisa, existentes
no território estadual. no
território estadual.
Art. 172. Compete ao Estado a proteção ao Art. 188 - Compete ao Estado a proteção ao Não houve alteração significativa.
patrimônio paleontológico e arqueológico, patrimônio paleontológico e arqueológico,
objetivando sua manutenção, com fins científicos, objetivando a manutenção dos mesmos, com fins
culturais e socioeconômicos, impedindo sua científicos, culturais e sócio-econômicos
destruição na utilização ou exploração. impedindo sua destruição na utilização ou
exploração.
Art. 173. Para garantir a proteção de seu Art. 189 - Para garantir a proteção de seu Não houve alteração significativa.
patrimônio paleontológico e arqueológico, patrimônio paleontológico e arqueológico,
compete ao Estado: compete ao Estado:
I - proporcionar educação quanto à importância I - proporcionar educação quanto à importância
científica, cultural e socioeconômica deste científica, cultural e sócio-econômica deste
patrimônio; patrimônio;
II - criar Unidades de Conservação nas áreas II - criar Unidades de Conservação nas áreas
referidas no art. 171 deste Código e nos termos referidas no artigo 187;
previstos na legislação referente ao tema; III - prestar auxílio técnico e financeiro a museus e
III - prestar auxílio técnico e/ou financeiro a instituições científicas para adequada preservação
museus e instituições científicas para adequada do material fóssil e arqueológico;
preservação do material fóssil e arqueológico; e IV - cadastrar os sítios arqueológicos e
IV - cadastrar os sítios arqueológicos e paleontológicos e as áreas de sua provável
paleontológicos e as áreas de sua provável ocorrência, em todo o Território Estadual, dando
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ocorrência, em todo o território estadual, dando prioridade aos existentes em Unidades de
prioridade aos existentes em Unidades de Conservação.
Conservação.
Art. 174. O licenciamento ambiental de Art. 190 - Todo o empreendimento ou atividade Não houve alteração significativa.
empreendimentos localizados em áreas com que possa alterar o patrimônio paleontológico e
potencial paleontológico ou com presença de arqueológico, só poderá ser licenciado pelo órgão
bens culturais acautelados dependerá de competente após parecer de técnico habilitado.
autorização do órgão interveniente responsável.
CAPÍTULO IX CAPÍTULO IX A nova redação supriu o parágrafo único.
DO PARCELAMENTO DO SOLO DO PARCELAMENTO DO SOLO O conceito de parcelamento do solo está previsto
Art. 175. As normas para parcelamento do solo Art. 191 - As normas para parcelamento do solo na legislação específica.
urbano estabelecem diretrizes para implantação urbano estabelecem diretrizes para implantação
de loteamentos, desmembramentos e demais de loteamentos, desmembramentos e demais
formas que venham a caracterizar um formas que venham a caracterizar um
parcelamento, respeitando a legislação parcelamento.
pertinente. Parágrafo único - Constitui forma de
parcelamento do solo, para os efeitos desta Lei, a
instituição de condomínios por unidades
autônomas para construção de mais de uma
edificação sobre o terreno, na forma do
regulamento.
Art. 192 - Os parcelamentos urbanos ficam Dispositivo revogado.
sujeitos, dentre outros, aos seguintes quesitos:
I – adoção de medidas para o tratamento de
esgotos sanitários para lançamento no solo ou nos
cursos d’água, visando à compatibilização de suas
características com a classificação do corpo
receptor;
II – proteção das áreas de mananciais, assim como
suas áreas de contribuição imediata, observando
características urbanísticas apropriadas;

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III – que o município disponha de um plano
municipal de saneamento básico aprovado pelo
órgão ambiental competente, dentro de prazos e
requisitos a serem definidos em regulamento;
IV – o parcelamento do solo será permitido
somente sob prévia garantia hipotecária, dada ao
município, de 60% (sessenta por cento) da área
total de terras sobre o qual tenha sido o plano
urbanístico projetado.
Art. 176. Nos parcelamentos do solo, é Art. 193 - Nos parcelamentos do solo é obrigatória A nova redação inclui a obrigação de implantação
obrigatória a implantação de equipamentos a implantação de equipamentos para de escoamento das águas pluviais e iluminação
urbanos de escoamento das águas pluviais, abastecimento de água potável, esgotamento publica.
iluminação pública, esgotamento sanitário, pluvial e sanitário e o sistema de coleta de
abastecimento de água potável, energia elétrica resíduos
pública e domiciliar e vias de circulação. sólidos urbanos

Parágrafo único. A infraestrutura básica dos


parcelamentos situados nas zonas habitacionais
declaradas por lei como de interesse social ‒ ZHIS
‒ consistirá, no mínimo, de:
I - vias de circulação;
II - escoamento das águas pluviais;
III - rede para o abastecimento de água potável; e
IV - soluções para o esgotamento sanitário e para
a energia elétrica domiciliar
Art. 177. O parcelamento do solo de uso rural Art. 194 - O parcelamento do solo de uso rural Não houve alteração.
deverá atender, além das demais disposições deverá atender, além das demais disposições
legais, ao disposto neste Código. legais, ao disposto neste Código.
Parágrafo único. Considera-se parcelamento Parágrafo único - Considera-se parcelamento rural
rural a subdivisão de glebas em zonas rurais cujas a subdivisão de glebas em zonas rurais cujas
características não permitam, por simples características não permitam, por simples
subdivisão, transformarem-se em lotes urbanos. subdivisão, transformarem-se em lotes urbanos.
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Art. 178. Os assentamentos industriais, sua Art. 195 - Os assentamentos industriais, sua Não houve alteração.
localização e interação com as demais atividades, localização e interação com as demais atividades,
suas dimensões e processos produtivos suas dimensões e processos produtivos
correspondentes, atenderão às diretrizes correspondentes, atenderão às diretrizes
estabelecidas por lei, de conformidade com as estabelecidas por lei, de conformidade com as
finalidades de desenvolvimento econômico, social finalidades de desenvolvimento econômico, social
e estratégicos, tendo em vista: e estratégicos, tendo em vista:
I - os aspectos ambientais da área; I - os aspectos ambientais da área;
II - os impactos significativos; II - os impactos significativos;
III - as condições, os critérios, os padrões e os III - as condições, critérios, padrões e parâmetros
parâmetros definidos no planejamento e definidos no planejamento e
zoneamento ambientais; zoneamento ambientais;
IV - a organização espacial local e regional; IV - a organização espacial local e regional;
V - os limites de saturação ambiental; V - os limites de saturação ambiental;
VI - os efluentes gerados; VI - os efluentes gerados;
VII - a capacidade de corpo receptor; VII - a capacidade de corpo receptor;
VIII - a disposição dos resíduos industriais; e VIII - a disposição dos resíduos industriais;
IX - a infraestrutura urbana IX - a infra-estrutura urbana.
Art. 179. Não será permitido o parcelamento do O artigo veda o parcelamento do solo em locais de
solo em terrenos sujeitos a inundações, antes de ocorrência de inundações, sem que sejam
tomadas as providências para assegurar o tomadas medidas para garantir a drenagem da
escoamento das águas, providências essas que águas, não podendo gerar impactos em outros
não poderão gerar ou ampliar impactos a outros imóveis.
terrenos, e também não poderão implicar
investimentos públicos para implantação de
infraestrutura ou respectiva manutenção, salvo
regularizações de áreas ocupadas cuja
desocupação seja ainda mais onerosa para o
Poder Público.

CAPÍTULO X DA PROTEÇÃO DO SOLO AGRÍCOLA CAPÍTULO X DA PROTEÇÃO DO SOLO AGRÍCOLA Não houve alteração significativa.
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Art. 180. São consideradas de interesse público, Art. 196 - Consideram-se de interesse público, na
na exploração do solo agrícola, todas as medidas exploração do solo agrícola, todas as
que visem a: medidas que visem a:
I - manter, melhorar ou recuperar as I - manter, melhorar ou recuperar as
características biológicas, físicas e químicas do características biológicas, físicas e químicas do
solo; solo;
II - controlar a erosão em todas as suas formas; II - controlar a erosão em todas as suas formas;
III - evitar assoreamento de cursos de água e III - evitar assoreamento de cursos de água e
bacias de acumulação, bem como a poluição das bacias de acumulação e a poluição das águas
águas subterrâneas e superficiais; subterrâneas e superficiais;
IV - evitar processos de degradação, arenização e IV - evitar processos de degradação e
desertificação; "desertificação";
V - fixar dunas e taludes naturais ou artificiais; V - fixar dunas e taludes naturais ou artificiais;
VI - evitar o desmatamento de áreas impróprias VI - evitar o desmatamento de áreas impróprias
para a exploração agropastoril; para a exploração agropastoril;
VII - impedir a lavagem, o abastecimento de VII - impedir a lavagem, o abastecimento de
pulverizadores e a disposição de vasilhames e pulverizadores e a disposição de
resíduos de agrotóxicos diretamente no solo, nos vasilhames e resíduos de agrotóxicos diretamente
rios, seus afluentes e demais corpos d’água; no solo, nos rios, seus afluentes e demais
VIII - adequar a locação, construção e manutenção corpos d'água;
de barragens, estradas, canais de drenagem, VIII - adequar a locação, construção e manutenção
irrigação e diques aos princípios de barragens, estradas, canais de
conservacionistas; drenagem, irrigação e diques aos princípios
IX - promover o aproveitamento adequado e conservacionistas;
conservação das águas em todas as suas formas; e IX - promover o aproveitamento adequado e
X - impedir que sejam mantidas inexploradas ou conservação das águas em todas as suas
subutilizadas as terras com aptidão à exploração formas;
agrosilvopastoril, exceto os ecossistemas naturais X - impedir que sejam mantidas inexploradas ou
remanescentes, as Áreas de Preservação sub-utilizadas as terras com aptidão à
Permanente e as disposições previstas em lei, de exploração agrossilvipastoril, exceto os
acordo com o manejo sustentável. ecossistemas naturais remanescentes, as áreas de
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preservação permanente e as disposições
previstas em lei, de acordo com o manejo
sustentável.
Art. 181. É dever do Estado do Rio Grande do Sul Art. 197 - É dever dos governos do Estado e dos O § 3º da norma inova com a possibilidade de
e dos municípios estimular, incentivar e coordenar municípios estimular, incentivar e coordenar a conservação e recuperação do solo por meio de
a geração e difusão de tecnologias apropriadas à geração e difusão de tecnologias apropriadas à PSA.
recuperação e à conservação do solo, segundo a recuperação e à conservação do solo, segundo a O PSA é um importante instrumento mas que
sua capacidade de produção. sua capacidade de produção. exige recursos financeiros para existir. A maior
§ 1º Os órgãos públicos competentes deverão § 1º - Os órgãos públicos competentes deverão fonte de recursos é a cobrança pelo uso da água,
promover ações de divulgação de compensações promover ações de divulgação de compensações algo que no Rio Grande do Sul está previsto desde
financeiras à propriedade que execute ação de financeiras à propriedade que execute ação de 1994 com a publicação da Lei n. 10350, que dispõe
preservação ambiental. preservação ambiental. sobre a política estadual de recursos hídricos (art.
§ 2º O interesse público sempre prevalecerá no § 2º - O interesse público sempre prevalecerá no 32 e ss.)
uso, na recuperação e na conservação do solo e na uso, recuperação e conservação do solo e na
resolução de conflitos referentes à sua utilização resolução de conflitos referentes a sua utilização
independentemente das divisas ou limites de independentemente das divisas ou limites de
propriedades ou do fato de o usuário ser propriedades ou do fato do usuário ser
proprietário, arrendatário, meeiro, posseiro, proprietário, arrendatário, meeiro, posseiro,
parceiro, que faça uso da terra sob qualquer parceiro, que faça uso da terra sob qualquer
forma, mediante a adoção de técnicas, processos forma, mediante a adoção de técnicas, processos
e métodos referidos no “caput” deste artigo. e métodos referidos no "caput".
§ 3º A conservação e recuperação do solo
poderão ser feitas por meio de Pagamento por
Serviços Ambientais, o qual será disciplinado por
regulamento.
Art. 182. Todos os estabelecimentos Art. 198 - Todos os estabelecimentos A norma manteve a mesma estrutura da anterior,
agropecuários, privados ou públicos, ficam agropecuários, privados ou públicos, ficam contudo foi inserido os parágrafos primeiro, que
obrigados a receber as águas pluviais que escoam obrigados a receber as águas pluviais que escoam determinou a inexistência de dever de
nas estradas ou de estabelecimentos de terceiros, nas estradas ou de estabelecimentos de terceiros, indenização das áreas ocupadas pelos canais, e o
desde que tecnicamente conduzidas, podendo desde que tecnicamente conduzidas, podendo segundo, tendo o regrado a possibilidade de
estas águas atravessar tantos quantos estas águas atravessar tantos quantos responsabilização do usuário em caso de danos à
estabelecimentos se encontrarem à jusante, até estabelecimentos se encontrarem à jusante, até jusante.
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que estas águas sejam moderadamente que estas águas sejam moderadamente
absorvidas pelo solo ou seu excesso despejado em absorvidas pelo solo ou seu excesso despejado em
corpo receptor natural, de modo a atender à visão corpo receptor natural, de modo a atender à visão
coletiva das microbacias. coletiva das micro-bacias.
§ 1º Não haverá nenhum tipo de indenização pela
área ocupada pelos canais de escoamento
previsto neste artigo.
§ 2º O usuário à montante poderá ser
responsabilizado pelo não cumprimento das
normas técnicas caso ocorram danos à jusante,
pelo escoamento das águas e solo.
Art. 199 - O proprietário rural fica proibido de Dispositivos revogados.
ceder a sua propriedade para a exploração de
terceiros, a qualquer título, se esta estiver em
áreas declaradas pelo Poder Público como em
processo de desertificação ou avançado grau de
degradação, exceto quando o uso vise, mediante
projeto aprovado pela autoridade competente, à
recuperação da propriedade.
Parágrafo único - A autoridade competente
cancelará a licença concedida quando for
constatado o não-cumprimento das etapas
previstas no projeto referido no “caput”.

Art. 200 - A concessão de crédito oficial será


condicionada ao uso adequado do solo agrícola.
Parágrafo único - Em propriedades em processo
de “desertificação” ou avançado grau de
degradação ambiental é vedada a concessão de
crédito oficial, a não ser para recuperação das
áreas prejudicadas.

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Art. 201 - Todo usuário de solo agrícola é obrigado
a conservá-lo e recuperá-lo, mediante a adoção de
técnicas apropriadas.

Art. 183. Ao Estado e aos municípios compete: Art. 202 - Ao Poder Público Estadual e Municipal Não houve alteração significativa.
I - prover de meios e recursos necessários os compete:
órgãos e entidades que desenvolvam políticas de I - prover de meios e recursos necessários os
uso do solo agrícola, de acordo com este Código; órgãos e entidades que desenvolvam políticas de
II - cumprir e fazer cumprir todas as deliberações
uso do solo agrícola, de acordo com este Código;
do Sistema Estadual do Meio Ambiente no que se II - cumprir e fazer cumprir todas as deliberações
refere à utilização de quaisquer produtos que do Sistema Estadual do Meio Ambiente no que se
possam prejudicar as características do solo refere à utilização de quaisquer produtos que
agrícola; possam prejudicar as características do solo
III - coparticipar com a União de ações que agrícola;
venham ao encontro da Política de Uso do Solo, III - co-participar com o Governo Federal de ações
estabelecida neste Código; e que venham ao encontro da Política de Uso do
IV - elaborar planos regionais e municipais de uso
Solo, estabelecida neste Código;
adequado do solo. IV - elaborar planos regionais e municipais de uso
adequado do solo.
Art. 203 - As entidades públicas e empresas Dispositivo revogado.
privadas que utilizam o solo ou subsolo em áreas
rurais, só poderão funcionar se não causarem
prejuízo do solo agrícola por erosão,
assoreamento, contaminação, poluição, rejeitos,
depósitos e outros danos.
Art. 184. O planejamento, a construção e a Art. 204 - O planejamento, a construção e Não houve alteração.
preservação de rodovias, estradas federais, preservação de rodovias, estradas federais,
estaduais e municipais deverão ser realizadas de estaduais e municipais, deverão ser realizadas de
acordo com normas técnicas de preservação do acordo com normas técnicas de preservação do
solo agrícola e recursos naturais, respaldado em solo agrícola e recursos naturais, respaldado em
projeto ambiental. projeto ambiental.

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Art. 185. Fica vedada a utilização dos leitos e Art. 205 - Fica vedada a utilização dos leitos e Não houve alteração.
faixas de domínio de estradas e rodovias como faixas de domínio de estradas, rodovias, como
canais de escoadouro do excedente de águas canais de escoadouro do excedente de águas
advindas de estradas internas e divisas de imóveis advindas de estradas internas e divisas de imóveis
rurais. rurais.
Art. 186. É proibida a implantação de mecanismos Art. 206 - É proibida a implantação de mecanismos A norma alterou a redação para vedar as
que obstruam permanentemente a circulação de que obstruam a livre circulação de águas obstruções permanentes a circulação de águas
águas correntes naturais com vista ao uso restrito correntes naturais (rios, arroios etc), com vista ao correntes naturais.
para um ou mais empreendedores em prejuízo à uso restrito para um ou mais empreendedores em
coletividade. prejuízo à coletividade.

Art. 187. Na recomposição das áreas degradadas, Art. 207 - Na recomposição das áreas degradadas, Não houve alteração.
os proprietários rurais, quando couber, deverão os proprietários rurais deverão enriquecê-las,
enriquecê-las, preferencialmente, com espécies preferencialmente, com espécies nativas.
nativas.
Art. 188. Os produtos e substâncias não Art. 208 - Os produtos e substâncias não Não houve alteração.
regularizados, ainda que em vias de regularização, regularizados ou em vias de regularização não
não terão autorizados seu uso no território do terão autorizados sua importação e uso no
Estado. território do Estado.
Art. 209 - Deverão ser realizadas avaliações de Dispositivo revogado.
impactos ambientais antes da implantação de
quaisquer linhas especiais de crédito com vistas à
utilização de produtos ou metodologias
relacionadas com o setor rural.
CAPÍTULO XI CAPÍTULO XI Não houve alteração significativa.
DA MINERAÇÃO DA MINERAÇÃO O parágrafo primeiro vigente simplifica e adequa
Art. 189. Será objeto de licenciamento ambiental Art. 210 - Serão objeto de licença ambiental a a relação entre a licença ambiental e a pesquisa
a pesquisa com extração mineral antes da outorga pesquisa, a lavra e o beneficiamento de recursos mineral, isentando onde o produto não será
do respectivo título minerário pela União, a lavra minerais de qualquer natureza, inclusive a lavra utilizado.
ou o beneficiamento de recursos minerais de garimpeira, ficando seu responsável obrigado a
qualquer natureza, inclusive a lavara garimpeira, cumprir as exigências determinadas pelo órgão
nos casos regulados pelo Conselho Estadual do ambiental competente.
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Meio Ambiente, ficando seu responsável obrigado
a cumprir as exigências determinadas pelo órgão
ambiental.

§ 1º Ficam isentas do licenciamento ambiental as § 1º - Para a obtenção de licença de operação para


modalidades de pesquisa mineral que não a pesquisa mineral de qualquer natureza, o
envolvam o uso de Guia de Utilização. interessado deve apresentar o Plano de Pesquisa
com as justificativas cabíveis, bem como a
§ 2º Caso o empreendimento, inclusive os de avaliação dos impactos ambientais e as medidas
pesquisa a que se refere o § 1.º deste artigo, mitigadoras e compensatórias a serem adotadas.
envolva qualquer tipo de desmatamento, será § 2º - Caso o empreendimento envolva qualquer
exigida autorização do órgão público competente. tipo de desmatamento será exigida a autorização
do órgão público competente.
Art. 190. Para todo empreendimento mineiro, Art. 211 - Para todo o empreendimento mineiro, A nova redação da norma trouxe a possibilidade
independentemente da fase em que se encontra, independentemente da fase em que se encontra, de exigência de contratação de seguro ambiental
será exigido o Plano de Controle Ambiental, cujas será exigido o Plano de Controle Ambiental, cujas ou outra forma de garantia, no § 1º . Já no § 2º,
diretrizes serão estabelecidas pelo órgão diretrizes serão estabelecidas pelo órgão determinou que o CONSEMA definira quais
ambiental competente. ambiental competente. empreendimentos ou atividades consideradas de
§ 1º O órgão ambiental poderá exigir do significativo impacto ambiental poderão ser
interessado a contratação de seguro de objeto de contratação de seguro ou de outra
responsabilidade civil de riscos ambientais, ou garantia.
outra forma de garantia, conforme
regulamentação.
§ 2º O Conselho Estadual do Meio Ambiente
definirá quais os empreendimentos ou atividades
consideradas de significativo impacto ambiental
poderão ser objeto de contratação de seguro de
responsabilidade civil de riscos ambientais, ou
outra forma de garantia, conforme
regulamentação.
Art. 212 - A atividade de mineração não poderá ser Dispositivo revogado.
desenvolvida nos acidentes topográficos de valor
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ambiental, paisagístico, histórico, cultural,
estético e turístico, assim definidos pelos órgãos
competentes.
Art. 191. O concessionário do direito mineral e o Art. 213 - O concessionário do direito mineral e o Não houve alteração.
responsável técnico inadimplentes com o órgão responsável técnico inadimplentes com o órgão
ambiental no tocante a algum plano de controle ambiental no tocante a algum plano de controle
ambiental não poderão se habilitar a outro ambiental, não poderão se habilitar a outro
licenciamento. licenciamento.
Art. 192. O comércio e a indústria de Art. 214 - O comércio e indústria de transformação Não houve alteração.
transformação de qualquer produto mineral de qualquer produto mineral deverá exigir do
deverá exigir do concessionário a comprovação do concessionário a comprovação do licenciamento
licenciamento ambiental, sob pena de ser ambiental, sob pena de ser responsabilizado pelo
responsabilizado pelo órgão ambiental órgão ambiental competente.
competente.
Art. 193. Para fins de planejamento ambiental, o Art. 215 - Para fins de planejamento ambiental, o Não houve alteração.
Estado e os municípios efetuarão o registro, o Estado e os Municípios efetuarão o registro,
acompanhamento e a localização dos direitos de acompanhamento e localização dos direitos de
pesquisa e lavra mineral em seu território. pesquisa e lavra mineral em seu território.

Art. 216 - Os equipamentos de extração mineral Dispositivo revogado.


denominados “dragas” deverão ser licenciados
pelo órgão ambientai competente.
CAPÍTULO XII CAPÍTULO XII A norma teve pequenas alterações na redação,
DOS RESÍDUOS DOS RESÍDUOS mas permanecendo com o mesmo sentido,
Art. 194. A coleta, o armazenamento, o Art. 217 - A coleta, o armazenamento, o conduto foi inserido o § 3º que conferiu as
transporte, o tratamento e a disposição final de transporte, o tratamento e a disposição final de atividades de tratamento, recuperação e
resíduos sólidos sujeitar-se-ão à legislação e ao resíduos poluentes, perigosos, ou nocivos aproveitamento de resíduos para fins energéticos
processo de licenciamento perante o órgão sujeitar-se-ão à legislação e ao processo de o caráter de interesse público.
ambiental e processar-se-ão de forma e em licenciamento perante o órgão ambiental e
condições que não constituam perigo imediato ou processar-se-ão de forma e em condições que não
potencial para a saúde humana e o bem-estar constituam perigo imediato ou potencial para a
público, nem causem prejuízos ao meio ambiente.
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§ 1º A legislação pertinente deve priorizar saúde humana e o bem-estar público, nem
critérios que levem, pela ordem, a evitar, causem prejuízos ao meio ambiente.
minimizar, reutilizar, reciclar, tratar e, por fim, § 1º - O enfoque a ser dado pela legislação
dispor adequadamente os rejeitos. pertinente deve priorizar critérios que levem, pela
§ 2º O Estado deverá prever, nas suas diversas ordem, a evitar, minimizar, reutilizar, reciclar,
regiões, locais e condições de disposição final tratar e, por fim, dispor adequadamente os
ambientalmente adequada dos rejeitos referidos resíduos gerados.
no “caput” deste artigo, mantendo cadastro que § 2º - O Poder Público deverá prever, nas diversas
os identifique. regiões do Estado, locais e condições de
§ 3º As atividades de tratamento, recuperação, destinação final dos resíduos referidos no "caput"
aproveitamento para fins energéticos, deste artigo, mantendo cadastro que os
transformação e aproveitamento de resíduos identifique.
serão consideradas como de interesse público.
Art. 195. Compete ao gerador a responsabilidade Art. 218 - Compete ao gerador a responsabilidade Não houve alteração.
pelos resíduos produzidos, compreendendo as pelos resíduos produzidos, compreendendo as
etapas de acondicionamento, coleta, tratamento etapas de acondicionamento, coleta, tratamento
e destinação final. e destinação final.
§ 1º A terceirização de serviços de coleta, § 1º - A terceirização de serviços de coleta,
armazenamento, transporte, tratamento ou armazenamento, transporte, tratamento e
destinação final de resíduos e rejeitos não isenta destinação final de resíduos não isenta a
a responsabilidade do gerador pelos danos que responsabilidade do gerador pelos danos que
vierem a ser provocados. vierem a ser provocados.
§ 2º Cessará a responsabilidade do gerador de § 2º - Cessará a responsabilidade do gerador de
resíduos e de rejeitos somente quando estes, após resíduos somente quando estes, após
utilização por terceiro, sofrerem transformações utilização por terceiro, licenciado pelo órgão
que os descaracterizem como tais. ambiental, sofrer transformações que os
descaracterizem como tais.
Art. 196. São responsáveis pelo ciclo de vida dos Art. 219 - A segregação dos resíduos sólidos Atualiza dispositivos de forma pertinente,
produtos os fabricantes, importadores, domiciliares na origem, visando ao seu notadamente se se considerar que o código
distribuidores e comerciantes, os consumidores e reaproveitamento otimizado, é responsabilidade revogado foi publicado antes da Lei 12305/2010,
os titulares dos serviços públicos de limpeza de toda a sociedade e será gradativamente que criou a Política Nacional dos Resíduos Sólidos.
implantada pelo Estado e pelos municípios,
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urbana e de manejo dos resíduos sólidos, devendo mediante programas educacionais e projetos de A logística reversa é um mercado sustentável que
ser respeitadas as seguintes diretrizes: reciclagem. pode e deve ser implementado.
I - os consumidores são obrigados, sempre que
estabelecido sistema de coleta seletiva pelo plano
municipal de gestão integrada de resíduos sólidos
ou quando instituídos sistemas de logística
reversa, a acondicionar adequadamente e de
forma diferenciada os resíduos sólidos gerados e
a disponibilizar adequadamente os resíduos
sólidos reutilizáveis e recicláveis para coleta ou
devolução;
II - todos os envolvidos no processo produtivo são
obrigados a investir no desenvolvimento, na
fabricação e na colocação no mercado de
produtos que sejam aptos, após o uso pelo
consumidor, à reutilização, à reciclagem ou a
outra forma de destinação ambientalmente
adequada e/ou cuja fabricação e uso gerem a
menor quantidade de resíduos sólidos possível;
III - todos os envolvidos no processo produtivo
ficam obrigados, ainda, a divulgar informações
relativas às formas de evitar, reciclar e eliminar os
resíduos sólidos associados a seus respectivos
produtos, bem como ao recolhimento dos
produtos e dos resíduos remanescentes após o
uso, assim como sua subsequente destinação final
ambientalmente adequada, no caso de produtos
objeto de sistema de logística reversa;
IV - o Estado deverá articular de forma a:
a) adotar procedimentos para reaproveitar os
resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis

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oriundos dos serviços públicos de limpeza urbana
e de manejo de resíduos sólidos;
b) estabelecer sistemas de coleta seletiva;
c) articular medidas para viabilizar o retorno ao
ciclo produtivo dos resíduos sólidos reutilizáveis e
recicláveis oriundos dos serviços públicos de
limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos;
d) implantar o sistema de logística reversa caso
assim seja definido por acordo setorial ou termo
de compromisso, mediante a devida remuneração
pelo setor empresarial;
e) implantar sistema de compostagem para
resíduos sólidos orgânicos e articular com os
agentes econômicos e sociais formas de utilização
do composto produzido; e
f) dar disposição final ambientalmente adequada
aos resíduos e rejeitos oriundos dos serviços
públicos de limpeza urbana e de manejo de
resíduos sólidos.
Art. 197. Os Poderes Públicos, Estadual e Busca incentivar a coleta seletiva.
Municipal, fomentarão e implantarão programas
educacionais e projetos de aproveitamento da
parcela orgânica e de reciclagem.
Art. 198. Os produtos resultantes das unidades de Art. 220 - Os produtos resultantes das unidades de Não houve alteração.
tratamento de gases, águas, efluentes líquidos e tratamento de gases, águas, efluentes líquidos e
resíduos deverão ser caracterizados e resíduos deverão ser caracterizados e
classificados, sendo passíveis de projetos classificados, sendo passíveis de projetos
complementares que objetivem complementares que objetivem
reaproveitamento, tratamento e disposição final reaproveitamento, tratamento e destinação final
sob as condições referidas nos arts. 194 e 195 sob as condições referidas nos artigos 218 e 219.
deste Código.

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Art. 199. É vedado o transporte de resíduos para Art. 221 - É vedado o transporte de resíduos para O caput apresenta redação idêntica a norma
dentro ou fora dos limites geográficos do Estado dentro ou fora dos limites geográficos do Estado anterior, contudo foi inserido o parágrafo único
sem o prévio licenciamento do órgão ambiental. sem o prévio licenciamento do órgão ambiental. que remete à regulamentação pelo órgão
Parágrafo único. O órgão ambiental responsável licenciador.
pela fiscalização das atividades mencionadas no
“caput” deste artigo definirá os critérios para
atendimento do disposto em regulamentação
específica.
Art. 200. A recuperação de áreas degradadas pela Art. 222 - A recuperação de áreas degradadas pela Não houve alteração.
ação da disposição de resíduos é de inteira ação da disposição de resíduos é de inteira
responsabilidade técnica e financeira da fonte responsabilidade técnica e financeira da fonte
geradora ou, na impossibilidade de identificação geradora ou na impossibilidade de identificação
desta, do proprietário da terra responsável pela desta, do ex-proprietário ou proprietário da terra
degradação, cobrando-se destes os custos dos responsável pela degradação, cobrando-se destes
serviços executados quando realizados pelo os custos dos serviços executados quando
Estado em razão da eventual emergência de sua realizados pelo Estado em razão da eventual
ação. emergência de sua ação.
Art. 201. As indústrias produtoras, formuladoras Art. 223 - As indústrias produtoras, formuladoras O caput da norma manteve a mesma estrutura,
ou manipuladoras serão responsáveis, direta ou ou manipuladoras serão responsáveis, direta ou contudo foram inseridos três parágrafos para
indiretamente, pela destinação final das indiretamente, pela destinação final das regulamentar o previsto no caput.
embalagens de seus produtos, assim como dos embalagens de seus produtos, assim como dos Atualiza o tema que, desde 2010 possui política
restos e resíduos de produtos comprovadamente restos e resíduos de produtos comprovadamente nacional específica.
perigosos, inclusive os apreendidos pela ação perigosos, inclusive os apreendidos pela ação
fiscalizadora, com a finalidade de sua reutilização, fiscalizadora, com a finalidade de sua reutilização,
reciclagem ou inutilização, obedecidas as normas reciclagem ou inutilização, obedecidas as normas
legais vigentes. legais vigentes.
§ 1º Cabe aos respectivos responsáveis assegurar,
quando possível, que as embalagens sejam:
I - restritas em volume e peso às dimensões
requeridas à proteção do conteúdo e à
comercialização do produto;

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II - projetadas de forma a serem reutilizadas de
maneira tecnicamente viável e compatível com as
exigências aplicáveis ao produto que contêm; e
III - recicladas, se a reutilização não for possível.
§ 2º O regulamento disporá sobre os casos em
que, por razões de ordem técnica ou econômica,
não seja viável a aplicação do disposto no “caput”
deste artigo.
§ 3º É responsável pelo atendimento do disposto
neste artigo todo aquele que:
I - manufatura embalagens ou fornece materiais
para a fabricação de embalagens; e
II - coloca em circulação embalagens, materiais
para a fabricação de embalagens ou produtos
embalados, em qualquer fase da cadeia de
comércio.
Art. 224 - É vedada a produção, o transporte, a Dispositivo revogado.
comercialização e o uso de produtos químicos e
biológicos cujo princípio ou agente químico não
tenha sido autorizado no país de origem, ou que
tenha sido comprovado como nocivo ao meio
ambiente ou à saúde pública em qualquer parte
do território nacional.
Art. 202. No caso de apreensão ou detecção de Art. 225 - No caso de apreensão ou detecção de Não houve alteração
produtos comercializados irregularmente, o produtos comercializados irregularmente, o
transporte para seu recolhimento e a destinação transporte para seu recolhimento e destinação
adequada deverão ser avaliados e licenciados pelo adequada deverá ser avaliado e licenciado pelo
órgão ambiental. órgão ambiental
CAPÍTULO XIII Capítulo XV O bioma Pampa não era tratado no código
DOS BIOMAS MATA ATLÂNTICA E PAMPA DA MATA ATLÂNTICA revogado.

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Art. 203. O Bioma Pampa terá suas características
definidas em regulamento específico, que
detalhará aspectos de conservação.
Art. 204. A Reserva da Biosfera da Mata Atlântica Art. 233 - A Mata Atlântica é patrimônio nacional Dispositivo aprimorado.
é um modelo, adotado internacionalmente, de e estadual, e sua utilização far-se-á na forma da
gestão integrada, participativa e sustentável dos lei, dentro de condições que assegurem a
recursos naturais, com os objetivos básicos de preservação ou conservação do meio ambiente,
preservação da diversidade biológica, inclusive quanto ao uso de recursos naturais.
desenvolvimento de atividades de pesquisa,
monitoramento ambiental, educação ambiental, Art. 234 - O tombamento da Mata Atlântica é um
desenvolvimento sustentável e melhoria da instrumento que visa a proteger as formações
qualidade de vida das populações. vegetais inseridas no domínio da Mata Atlântica,
que constituem, em seu conjunto, patrimônio
Art. 205. O Bioma Mata Atlântica é considerado natural e cultural do Estado do Rio Grande do Sul,
patrimônio nacional e estadual, nos termos da com seus limites e usos estabelecidos em
legislação. legislação específica.

Art. 235 - A Reserva da Biosfera da Mata Atlântica


se constitui em instrumento de gestão territorial,
de importância mundial, voltada para a
conservação da diversidade biológica e cultural,
ao conhecimento científico e ao desenvolvimento
sustentável.
CAPÍTULO XIV Capítulo XVI Não houve alterações.
DO GERENCIAMENTO COSTEIRO DO GERENCIAMENTO COSTEIRO
Art. 206. A Zona Costeira é o espaço territorial Art. 236 - A Zona Costeira é o espaço territorial
especialmente protegido, objeto do Programa especialmente protegido, objeto do Programa
Estadual de Gerenciamento Costeiro com o fim de Estadual de Gerenciamento Costeiro com o fim de
planejar, disciplinar, controlar e fiscalizar as planejar, disciplinar, controlar e fiscalizar as
atividades, os empreendimentos e os processos atividades, empreendimentos e processos que
que causem ou possam causar degradação causem ou possam causar degradação ambiental,
ambiental, observada a legislação federal. observada a legislação federal.
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Art. 207. O espaço físico territorial objeto do Art. 237 - O espaço físico territorial objeto do Não houve alterações.
Programa Estadual de Gerenciamento Costeiro, Programa Estadual de Gerenciamento Costeiro,
denominado Zona Costeira do Rio Grande do Sul, denominado Zona Costeira do Rio Grande do Sul,
estende-se por 620km (seiscentos e vinte estende-se por 620 km (seiscentos e vinte
quilômetros) de costa, abrangendo todo o sistema quilômetros) de costa, abrangendo todo o sistema
lacustre/lagunar da Planície Costeira desde Torres lacustre/lagunar da planície costeira desde Torres
até o Chuí, sendo seu limite leste a isóbata de 50m até o Chuí, sendo seu limite leste a isóbata de 50m
(cinquenta metros) e tendo seu limite oeste, na (cinqüenta metros) e tendo seu limite oeste, na
porção norte definido pelo divisor de águas das porção norte definido pelo divisor de águas das
bacias hidrográficas atlânticas, e nas porções bacias hidrográficas Atlânticas, e nas porções
média e sul definido a partir da linha que liga os média e sul definido a partir da linha que liga os
pontos de alteração da declividade do leito dos pontos de alteração da declividade do leito dos
cursos d’água ao prepararem-se para penetrar na cursos d’água ao prepararem-se para penetrar na
Planície Costeira (“neckpoint”), considerando o planície costeira (neckpoint), considerando o
espaço territorial dos municípios que compõem espaço territorial dos municípios que compõe este
esse sistema e as características físico-regionais e sistema e as características físico-regionais e
sócio-econômicas a serem definidas nos sócio-econômicas a serem definidas nos
macrozoneamentos costeiros. macrozoneamentos costeiros.
Art. 208. Na Zona Costeira, deverão ser protegidas Art. 238 - O Programa Estadual de Gerenciamento O capítulo do GERCO com dispositivos revogados.
as seguintes áreas, onde somente serão Costeiro será conduzido dentro das disposições Resta aguardar regulamentação.
permitidos usos que garantam a sua conservação: definidas na Política Nacional de Gerenciamento
I - a zona de dunas frontais do Oceano Atlântico; Costeiro, na Política Nacional para os Recursos do
II - os campos de dunas móveis de significativos Mar e nas Políticas Nacional e Estadual de Meio
valor ecológico e paisagístico, assim definidos pelo Ambiente, com base nos seguintes princípios:
órgão estadual ambiental competente; I - compatibilização dos usos e atividades,
III - os capões de mata nativa ainda existentes na considerando a necessidade de preservação e
Planície Costeira, especialmente os localizados às conservação dos recursos naturais em níveis
margens de lagoas; satisfatórios, e as demandas produzidas pelas
IV - os banhados e várzeas utilizados atividades econômicas e os interesses de ordem
significativamente como áreas de alimentação, social;
reprodução, abrigo e refúgio para espécies de
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fauna nativa, assim definidos pela Fundação II - controle do uso e ocupação do solo,
Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz considerando os potenciais e restrições
Roessler ‒ FEPAM; ambientais em âmbito regional e local, visando à
V - as áreas cobertas por vegetação primária e compatibilização dos interesses locais com os
secundária em estágio médio e avançado de interesses regionais;
regeneração da Floresta Atlântica; III - garantia de amplo e livre acesso às praias
VI - as áreas onde ocorrem monumentos marítimas, lacustres e lagunares, bem como ao
históricos, artísticos e paisagísticos significativos, mar e às lagoas e lagunas;
assim definidos em lei; IV - defesa e restauração das áreas de interesse
VII - as áreas de sítios arqueológicos e ambiental, histórico, cultural, paisagístico e
paleontológicos antes da realização de arqueológico.
levantamento e classificação, e as áreas de sítios
arqueológicos que, após o levantamento, forem Art. 239 - O Gerenciamento Costeiro, atendendo
classificados como relevantes, conforme aos princípios estabelecidos no artigo anterior,
legislação pertinente; deverá atingir os seguintes objetivos:
VIII - as áreas que tenham a função de proteger I - planejar e gerenciar de forma integrada,
espécies da flora e fauna silvestres ameaçadas de descentralizada e participativa, as atividades
extinção; antrópicas na Zona Costeira;
IX - as áreas de drenagem naturais preferenciais II - compatibilizar os usos e atividades humanas
de maior importância, localizadas na Planície com a dinâmica dos ecossistemas costeiros para
Costeira, assim definidas pelo órgão estadual assegurar a melhoria da qualidade de vida e o
ambiental competente, e suas faixas marginais de equilíbrio ambiental;
largura mínima de 50m (cinquenta metros) III - garantir a manutenção dos ecossistemas
considerando o eixo preferencial de escoamento. naturais da zona costeira, assegurada através da
avaliação da capacidade de suporte ambiental, de
forma a garantir o uso racional desses recursos
pelas populações locais, em especial as
comunidades tradicionais;
IV - assegurar a recuperação das áreas
significativas e representativas dos ecossistemas
costeiros que se encontram alterados ou
degradados;
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V - controlar o uso, a ocupação do solo e
exploração dos recursos naturais em toda a Zona
Costeira;
VI - promover e incentivar a elaboração de planos
municipais de acordo com os princípios do
Gerenciamento Costeiro;
VII - compatibilizar as políticas e planos setoriais
de desenvolvimento para a Zona Costeira com os
princípios da Política Estadual de Meio Ambiente;
VIII - assegurar a preservação de ambientes já
protegidos por legislação existente e
representativos dentro da Política do Sistema de
Unidades de Conservação.

Art. 240 - Visando a dar cumprimento à Política


Estadual de Gerenciamento Costeiro serão
adotados os seguintes instrumentos:
I - Zoneamento Ecológico-Econômico;
II - Monitoramento;
III - Sistema de Informações;
IV - Planos de Gestão;
V - Licenciamento Ambiental.

Art. 241 - Na Zona Costeira deverão ser protegidas


as seguintes áreas, onde somente serão
permitidos usos que garantam a sua conservação:
I - a zona de dunas frontais do Oceano Atlântico;
II - os campos de dunas móveis de significativos
valor ecológico e paisagístico, assim definidos pelo
Órgão Estadual Ambiental competente;

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III - os capões de mata nativa ainda existentes na
Planície Costeira, especialmente os localizados às
margens de lagoas;
IV - os banhados e várzeas utilizados
significativamente como áreas de alimentação,
reprodução, abrigo e refúgio para espécies de
fauna nativa, assim definidos pela Fundação
Estadual de Proteção Ambiental -FEPAM;
V - as áreas cobertas por vegetação primária e
secundária em estágio médio e avançado de
regeneração da Floresta Atlântica;
VI - as áreas onde ocorrem monumentos
históricos, artísticos e paisagísticos significativos,
assim definidos em lei;
VII - as áreas de sítios arqueológicos e
paleontológicos antes da realização de
levantamento e classificação, e as áreas de sítios
arqueológicos que, após o levantamento, forem
classificados como relevantes, conforme
legislação pertinente;
VIII - as áreas que tenham a função de proteger
espécies da flora e fauna silvestres ameaçadas de
extinção;
IX - as áreas de drenagem naturais preferenciais
de maior importância, localizadas na Planície
Costeira, assim definidas peio Órgão Estadual
Ambiental competente, e suas faixas marginais de
largura mínima de 50m (cinqüenta metros)
considerando o eixo preferencial de escoamento.

Art. 242 - O Estado, através do órgão de Meio


Ambiente, manterá uma equipe permanente
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responsável pelos estudos e desenvolvimento de
atividades que visem à elaboração e produção de
informações referentes à Região Costeira, bem
como deverá manter em perfeito funcionamento
os colegiados legalmente criados para
deliberarem sobre as questões relativas ao
Programa Estadual de Gerenciamento Costeiro.

Art. 243 - Deverá ser garantida a qualidade,


quantidade e salinidade natural da água, em
condições que não ameacem a manutenção da
vida aquática e não venham acelerar processos de
eutrofização, permitindo a manutenção de usos
nobres, de acordo com o enquadramento dos
recursos hídricos.

Art. 244 - As praias são bens públicos de uso


comum do povo, sendo assegurado, sempre, livre
e franco acesso a elas e ao mar e as lagoas e
lagunas, em qualquer direção e sentido,
ressalvados os trechos considerados de interesse
da segurança nacional ou incluídos em áreas
protegidas por legislação específica.
§ 1º - Não será permitida a urbanização ou
qualquer forma de utilização do solo na Zona
Costeira que impeça ou dificulte o acesso
assegurado no "caput" deste artigo.
§ 2º - A regulamentação desta Lei determinará as
características e modalidades de acesso que
garantam o uso público das praias, do mar e das
lagoas e lagunas.

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§ 3º - Entende-se por praia a área coberta e
descoberta periodicamente pelas águas, acrescida
da faixa subseqüente de material detrítico, tal
como areias, cascalhos, seixos e pedregulhos, até
o limite onde se inicie a vegetação natural, ou, em
sua ausência, onde comece um outro
ecossistema.
§ 4º - As praias fluviais do Estado obedecerão aos
princípios previstos neste artigo.
CAPÍTULO XV CAPÍTULO XIII
DA POLUIÇÃO SONORA DA POLUIÇÃO SONORA
Art. 209. A emissão de sons, em decorrência de Art. 226 - A emissão de sons, em decorrência de Não houve alterações.
quaisquer atividades industriais, comerciais, quaisquer atividades industriais, comerciais,
sociais, recreativas ou outras que envolvam a sociais, recreativas ou outras que envolvam a
amplificação ou produção de sons intensos deverá amplificação ou produção de sons intensos deverá
obedecer, no interesse da saúde e do sossego obedecer, no interesse da saúde e do sossego
público, aos padrões, critérios, diretrizes e normas público, aos padrões, critérios, diretrizes e normas
estabelecidas pelos órgãos estaduais e municipais estabelecidas pelos órgãos estaduais e municipais
competentes, em observância aos programas competentes, em observância aos programas
nacionais em vigor. nacionais em vigor.
Art. 210. Consideram-se prejudiciais à saúde e ao Art. 227 - Consideram-se prejudiciais à saúde e ao A nova versão da norma suprimiu a possibilidade
sossego público os níveis de sons e ruídos sossego público os níveis de sons e ruídos de aplicação da norma mais restritiva.
superiores aos estabelecidos pelas normas superiores aos estabelecidos pelas normas
municipais e estaduais ou, na ausência destas, municipais e estaduais ou, na ausência destas,
pelas normas vigentes da ABNT, sem prejuízo da pelas normas vigentes da Associação Brasileira de
aplicação das normas dos órgãos federais de Normas Técnicas (ABNT), sem prejuízo da
trânsito e fiscalização do trabalho, quando aplicação das normas dos órgãos federais de
couber, aplicando-se sempre a mais restritiva. trânsito e fiscalização do trabalho, quando
couber,
aplicando-se sempre a mais restritiva.
Art. 211. Os órgãos municipais e estaduais Art. 228 - Os órgãos municipais e estaduais Não houve alterações.
competentes deverão, para fins de cumprimento competentes deverão, para fins de cumprimento
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deste Código e demais legislações, determinar deste Código e demais legislações, determinar
restrições a setores específicos de processos restrições a setores específicos de processos
produtivos, instalação de equipamentos de produtivos, instalação de equipamentos de
prevenção, limitações de horários e outros prevenção, limitações de horários e outros
instrumentos administrativos correlatos, instrumentos administrativos correlatos,
aplicando-os isolada ou combinadamente. aplicando-os isolada ou combinadamente.
Parágrafo único. Todas as providências previstas Parágrafo único - Todas as providências previstas
no “caput” deverão ser tomadas pelo no "caput" deverão ser tomadas pelo
empreendedor, às suas expensas, e deverão ser empreendedor, às suas expensas, e deverão ser
discriminadas nos documentos oficiais de discriminadas nos documentos oficiais de
licenciamento da atividade. licenciamento da atividade.
Art. 229 - A realização de eventos que causem Dispositivo revogado.
impactos de poluição sonora em Unidades de
Conservação e entorno dependerá de prévia
autorização do órgão responsável pela respectiva
Unidade.
Art. 212. Compete ao Poder Público: Art. 230 - Compete ao Poder Público: A norma manteve a mesma estrutura do Código
I - instituir regiões e sub-regiões de implantação I - instituir regiões e sub-regiões de implantação anterior, mas foi inserido o § 2º, que dispõe sobre
das medidas controladoras estabelecidas por este das medidas controladoras estabelecidas por este a comercialização e o uso de fogos de artifício e
Código e pela legislação federal vigente; Código e pela legislação federal vigente; artefatos pirotécnicos e dá outras providências.
II - divulgar à população matéria educativa e II - divulgar à população matéria educativa e
conscientizadora sobre os efeitos prejudiciais conscientizadora sobre os efeitos prejudiciais
causados pelo excesso de ruído; causados pelo excesso de ruído;
III - incentivar a fabricação e uso de máquinas, III - incentivar a fabricação e uso de máquinas,
motores, equipamentos e outros dispositivos com motores, equipamentos e outros dispositivos com
menor emissão de ruídos; menor emissão de ruídos;
IV - incentivar a capacitação de recursos humanos IV - incentivar a capacitação de recursos humanos
e apoio técnico e logístico para recebimento de e apoio técnico e logístico para recebimento de
denúncias e a tomada de providências de combate denúncias e a tomada de providências de combate
à poluição sonora, em todo o território estadual; à poluição sonora, em todo o território estadual;
V - estabelecer convênios, contratos e V - estabelecer convênios, contratos e
instrumentos afins com entidades que, direta ou instrumentos afins com entidades que, direta ou
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indiretamente, possam contribuir com o indiretamente, possam contribuir com o
desenvolvimento dos programas a atividades desenvolvimento dos programas a atividades
federais, estaduais ou municipais, de prevenção e federais, estaduais ou municipais, de prevenção e
combate à poluição sonora; combate à poluição sonora;
VI - ouvidas as autoridades e entidades científicas VI - ouvidas as autoridades e entidades científicas
pertinentes, submeter os programas à revisão pertinentes, submeter os programas à revisão
periódica, dando prioridade às ações preventivas. periódica, dando prioridade às ações preventivas.
§ 1º O Poder Público incentivará toda empresa Parágrafo único - O Poder Público incentivará toda
que estabelecer o Programa de Conservação empresa que estabelecer o Programa de
Auditiva. Conservação Auditiva.
§ 2º A infração aos arts. 1.º a 3.º da Lei n.º 15.364,
de 5 de novembro de 2019, sujeitará o infrator às
sanções do Capítulo XI do Título II desta Lei.
Art. 213. O transporte e o destino transitório de Define competência para o transporte do
fogos de artifício apreendidos será efetivado pelo produto.
Corpo de Bombeiros do Estado do Rio Grande do
Sul.
CAPÍTULO XVI CAPÍTULO XIV Não houve alterações.
DA POLUIÇÃO VISUAL DA POLUIÇÃO VISUAL
Art. 214. São objetivos do Sistema do Uso do Art. 231 - São objetivos do Sistema do Uso do
Espaço Visual entre outros: Espaço Visual entre outros:
I - ordenar a exploração ou utilização dos veículos I - ordenar a exploração ou utilização dos veículos
de divulgação; de divulgação;
II - elaborar e implementar normas para a II - elaborar e implementar normas para a
construção e instalação dos veículos de construção e instalação dos veículos de
divulgação; divulgação;
III - proteger a saúde, a segurança e o bem-estar III - a proteção da saúde, segurança e o bem-estar
da população; da população;
IV - estabelecer o equilíbrio entre o direito público IV - estabelecer o equilíbrio entre o direito público
e privado, visando ao bem da coletividade. e privado, visando ao bem da coletividade
Art. 215. A exploração ou utilização de veículos de Art. 232 - A exploração ou utilização de veículos de Não houve alterações.
divulgação presentes na paisagem e visíveis de divulgação presentes na paisagem e visíveis de
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locais públicos deverão possuir prévia autorização locais públicos deverão possuir prévia autorização
do órgão municipal competente e não poderão ser do órgão municipal competente e não poderão ser
mudados de locais sem o respectivo mudados de locais sem o respectivo
consentimento. consentimento.
§ 1º Para efeito desta Lei são considerados § 1º - Para efeito desta Lei são considerados
veículos de divulgação, ou simplesmente veículos, veículos de divulgação, ou simplesmente veículos,
quaisquer equipamentos de comunicação visual quaisquer equipamentos de comunicação visual
ou audiovisual utilizados para transmitir ou audiovisual utilizados para transmitir
externamente anúncios ao público, tais como externamente anúncios ao público, tais como:
tabuletas, placas e painéis, letreiros, painel tabuletas, placas e painéis, letreiros, painel
luminoso ou iluminado, faixas, folhetos e luminoso ou iluminado, faixas, folhetos e
prospectos, balões e boias, muro e fachadas de prospectos, balões e bóias, muro e fachadas de
edifícios, equipamentos de utilidade pública, edifícios, equipamentos de utilidade pública,
bandeirolas. bandeirolas.
§ 2º São considerados anúncios, quaisquer § 2º - São considerados anúncios, quaisquer
indicações executadas sobre veículos de indicações executadas sobre veículos de
divulgação presentes na paisagem, visíveis de divulgação presentes na paisagem, visíveis de
locais públicos, cuja finalidade seja promover locais públicos, cuja finalidade seja promover
estabelecimentos comerciais, industriais ou estabelecimentos comerciais, industriais ou
profissionais, empresas, produtos de qualquer profissionais, empresas, produtos de qualquer
espécie, ideias, pessoas ou coisas, classificando-se espécie, idéias, pessoas ou coisas, classificando-se
em anúncio orientador, anúncio promocional, em anúncio orientador, anúncio promocional,
anúncio institucional e anúncio misto. anúncio institucional e anúncio misto.
CAPÍTULO XVII Inovação do código.
DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS DE ESTIMAÇÃO O novo código estadual apresentou uma grande
Art. 216. É instituído regime jurídico especial para inovação na proteção dos animais domésticos de
os animais domésticos de estimação e estimação, em consonância com a Lei Estadual nº
reconhecida a sua natureza biológica e emocional 15.363 de 2019, que disciplinou a proteção
como seres sencientes, capazes de sentir jurídica dos animais no Rio Grande do Sul.
sensações e sentimentos de forma consciente. Cabe destacar que a norma tratou de excetuar os
Parágrafo único. Os animais domésticos de animais destinados as atividades agropecuárias,
estimação, que não sejam utilizados em
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atividades agropecuárias e de manifestações bem como aqueles destinados as manifestações
culturais reconhecidas em lei como patrimônio culturais.
cultural do Estado, possuem natureza jurídica “sui
generis” e são sujeitos de direitos
despersonificados, devendo gozar e obter tutela
jurisdicional em caso de violação, vedado o seu
tratamento como coisa.
Art. 217. São proibidos o extermínio, os maus
tratos, a mutilação e a manutenção de animais
domésticos de estimação em cativeiros ou
semicativeiro que se encontrem em condições
degradantes, insalubres ou inóspitas, sob pena
das sanções previstas nos arts. 92 e 93 desta Lei.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas sanções a
que se refere o “caput” deste artigo quem
abandona animais domésticos de estimação em
via ou praça pública, com intenção de pôr fim a
sua guarda.
CAPÍTULO XVIII Inovação do código.
DA AUTORIZAÇÃO PARA CONVERSÃO DO CAMPO Os dispositivos ora codificados foram inseridos no
NATIVO ordenamento jurídico estadual pelo Decreto n.
Art. 218. A supressão da vegetação nativa para 52.431/15 (art. 8º e ss).
uso alternativo do solo dependerá do Também adequou o tema aos preceitos do Código
cadastramento do imóvel no Cadastro Ambiental Florestal de 2012.
Rural ‒ CAR ‒ e de autorização prévia do órgão Importante mencionar que preceitos do citado
estadual competente do SISNAMA, conforme o Decreto estão sendo discutidos no Poder
disposto no art. 26 da Lei Federal n.º 12.651, de 25 Judiciário (ACP n. 001/1.15.0122787-5).
de maio de 2012.
§ 1º No Bioma Pampa, necessitam a autorização
prévia de que trata o “caput” deste artigo as
supressões para uso alternativo do solo nas áreas
rurais consolidadas por supressão de vegetação
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nativa com atividades pastoris e nas áreas de
remanescente de vegetação nativa.
§ 2º O órgão ambiental competente deverá
estabelecer prazos de análise para conceder
autorização da supressão da vegetação nativa
para uso alternativo do solo.
§ 3º A indicação da área de vegetação nativa a ser
suprimida para uso alternativo do solo é de
responsabilidade do produtor, devendo este
priorizar, para conversão, as áreas com a presença
de espécies herbáceas exóticas e, para
manutenção, as de remanescentes de vegetação
nativa e aquelas que permitam a formação de
corredores ecológicos entre as Áreas de Reserva
Legal e as Áreas de Preservação Permanente.

Art. 219. No Bioma Pampa, ficam dispensadas de


autorização do órgão estadual competente do
SISNAMA as seguintes atividades:
I - a introdução de espécies herbáceas forrageiras
de ciclo de vida anual ou perene na vegetação
nativa, desde que não caracterize supressão da
vegetação nativa para uso alternativo do solo;
II - a roçada ou o corte das partes aéreas da
vegetação herbácea campestre para fins de
redução de biomassa;
III - o descapoiramento da vegetação nativa
sucessora formada, principalmente, por espécies
pioneiras com até 3 (três) metros de altura, tais
como timbó (Ateleia glazioviana) espinilho
(Acácia caven), maricá (Mimosa bimucronata),
vassoura-vermelha (Dodonea viscosa), aroeiras
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(Schinus spp.), bracatinga (Mimosa scabrella) e
desde que:
a) seja realizado com o objetivo de manutenção da
vegetação campestre para a atividade pastoril;
b) não implique supressão de vegetação para uso
alternativo do solo;
c) não esteja a vegetação nativa sucessora
associada com formações secundárias; e
d) não seja efetuada sobre as áreas consideradas
de Preservação Permanente, de Reserva Legal e
de uso restrito;
IV - a atividade pastoril, em sistema extensivo,
sobre área de remanescente de vegetação nativa
ou área rural consolidada por supressão de
vegetação nativa com atividades pastoris, fora de
Área de Preservação Permanente e de Reserva
Legal, desde que não envolva supressão de
vegetação nativa para uso alternativo do solo; e
V - a atividade pastoril sobre área de
remanescente de vegetação nativa ou área rural
consolidada por supressão de vegetação nativa
com atividades pastoris, em Áreas de Preservação
Permanente e de Reserva Legal, desde que o
proprietário adote boas práticas ambientais e
tenha realizado a inscrição no CAR.
Parágrafo único. A atividade referida no inciso III
do “caput” deste artigo não importa em reposição
florestal.
DISPOSIÇÕES FINAIS O caput do art. 220 repete o constante nos artigos
Art. 220. No âmbito do exercício das 60 e 103.
competências ambientais estaduais, o agente
público responderá pessoalmente por suas
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decisões ou opiniões técnicas apenas em caso de
dolo ou erro grosseiro.
§ 1º Não se considera erro grosseiro a decisão ou
opinião baseada em jurisprudência ou doutrina,
ainda que não pacificadas, em orientação geral
ou, ainda, em interpretação razoável, mesmo que
não venha a ser posteriormente aceita por órgãos
de controle ou judiciais.
§ 2º A recomendação oriunda de órgãos de
fiscalização e controle deverá estar acompanhada
de laudos ou estudos técnicos firmados por
profissional competente, acompanhados de
Anotação de Responsabilidade Técnica ou
Anotação de Função Técnica, quando da sua
avaliação em processos administrativos.
Art. 221. Para eliminar irregularidade, incerteza O dispositivo objetiva assegurar o direito do
jurídica ou situação contenciosa na aplicação do particular firmar compromisso com o órgão
direito público, inclusive no caso de expedição de ambiental estadual para adequar situação incerta
licença, a autoridade administrativa poderá, após ou contenciosa.
oitiva do órgão jurídico e, quando for o caso, após
realização de consulta pública, e presentes razões
de relevante interesse geral, celebrar
compromisso com os interessados, observada a
legislação aplicável, o qual só produzirá efeitos a
partir de sua publicação oficial.
Parágrafo único. O compromisso referido no
“caput” deste artigo:
I - buscará solução jurídica proporcional,
equânime, eficiente e compatível com os
interesses gerais;

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II - não poderá conferir desoneração permanente
de dever ou condicionamento de direito
reconhecidos por orientação geral; e
III - deverá prever com clareza as obrigações das
partes, o prazo para seu cumprimento e as
sanções aplicáveis em caso de descumprimento.
Art. 222. As autoridades públicas devem atuar O disposto claramente tem o intuito de fortalecer
para aumentar a segurança jurídica na aplicação o devido processo administrativo, assegurando
das normas, inclusive por meio de regulamentos, que exista previsibilidade dos atos
súmulas administrativas, orientações gerais e administrativos.
respostas a consultas.
Parágrafo único. Consideram-se orientações
gerais as interpretações e especificações contidas
em atos públicos de caráter geral ou em
jurisprudência judicial ou administrativa
majoritária, e ainda as adotadas por prática
administrativa reiterada e de amplo
conhecimento público.

Art. 223. Na Lei nº 10.330, de 27 de dezembro de


1994, que dispõe sobre a organização do Sistema
Estadual de Proteção Ambiental, a elaboração,
implementação e controle da política ambiental
do Estado e dá outras providências, fica acrescido
o inciso X ao art. 6º, com a seguinte redação:
“Art. 6º .........................
........................................
X - proferir decisão aos recursos administrativos
de acordo com as competências que lhe forem
atribuídas.”.
Art. 224. Na Lei nº 14.961, de 13 de dezembro de Adequa a legislação vigente aos novos preceitos
2016, que dispõe sobre a Política Agrícola Estadual legais codificados.
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para Florestas Plantadas e seus Produtos, altera a
Lei nº 10.330, de 27 de dezembro de 1994, que
dispõe sobre a organização do Sistema Estadual
de Proteção Ambiental, a elaboração,
implementação e controle da política ambiental
do Estado e dá outras providências, e a Lei nº
9.519, de 21 de janeiro de 1992, que institui o
Código Florestal do Estado do Rio Grande do Sul e
dá outras providências, altera o inciso I do § 1º, o
§ 2º e inclui o § 4º, ambos do art. 14, com a
seguinte redação:
“Art. 14. ............................
............................................
§ 1º ...................................
I - os empreendimentos constantes na alínea “a”
dos incisos I e II do “caput” deste artigo estarão
isentos de licenciamento mediante cadastro
florestal;
............................................
§ 2º Os empreendimentos implantados e não
regularizados deverão se enquadrar nas regras
estabelecidas nesta Lei no prazo de até 4 (quatro)
anos, contados da publicação do decreto de
regulamentação desta Lei.
.............................................
§ 4º Nas propriedades de até 4 (quatro) módulos
fiscais, os empreendimentos constantes neste
artigo não serão computados para fins de maciço
e unidades de paisagem.”.
Art. 225. Os conselhos das Unidades de Adequa a legislação vigente aos novos preceitos
Conservação em desacordo com o previsto no art. legais codificados.

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41 deste Código ficam automaticamente
adequados às disposições do referido artigo.
Art. 226. O ressarcimento de custos previstos no Adequa a legislação vigente aos novos preceitos
art. 4º da Lei nº 9.077, de 4 de junho de 1990, e legais codificados.
regulamentações do Conselho Estadual do Meio
Ambiente, tem como fato gerador a prestação de
serviços pelo órgão ambiental estadual
competente pela análise prévia de licenças
ambientais, pareceres técnicos e outras atividades
de acordo com a legislação ambiental vigente.
§ 1º A expedição das licenças previstas no art. 54
deste Código fica sujeita ao pagamento do
ressarcimento de custos ao órgão ambiental
competente, objetivando cobrir os custos
operacionais e de análise ambiental.
§ 2º O ressarcimento dos custos de licenciamento
dar-se-á no ato de solicitação da licença e não
garante ao interessado a concessão.
§ 3º O ressarcimento de custos será
regulamentado pelo Conselho de Administração
da FEPAM, especialmente em relação ao
coeficiente de licenciamento e ao
estabelecimento de critérios para o ressarcimento
dos custos de licenciamento.
§ 4º Compete ao Conselho de Administração da
FEPAM autorizar a atualização dos valores,
realizar enquadramento de atividades e aprovar
descontos para atividades consideradas do setor
primário.
Art. 227. Para fins de aplicação da presente Lei, Adequa a legislação vigente aos novos preceitos
são adotadas as delimitações e conceitos legais codificados.
estabelecidos no mapa referido no art. 2º da Lei
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Federal nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006, e
considerando os seguintes conceitos:
I - campo antrópico: vegetação de campo formada
em áreas originais de floresta, devido à
intervenção humana e ações para uma maior
produtividade de espécies forrageiras,
principalmente com a introdução de espécies
nativas ou exóticas, não considerada
remanescente de campo de altitude;
II - vegetação primária: vegetação de máxima
expressão local, com grande diversidade
biológica, sendo os efeitos das ações antrópicas
mínimos, a ponto de não afetar significativamente
suas características originais de estrutura e de
espécies;
III - vegetação secundária ou em regeneração:
vegetação resultante dos processos naturais de
sucessão, após supressão total ou parcial da
vegetação primária por ações antrópicas ou
causas naturais, podendo ocorrer espécies
remanescentes da vegetação primária.
§ 1º Considera-se ainda vegetação primária de
campo de altitude a vegetação de máxima
expressão local ainda que não esteja associada à
grande diversidade biológica, devido às
características locais de clima, relevo, solo e
vegetação adjacente.
§ 2º Remanescentes de campo de altitude
submetidos a corte parcial e recorrente da parte
aérea por processo de pastoreio não se
enquadram como vegetação primária.

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Art. 228. Não se caracteriza como remanescente Adequa a legislação vigente aos novos preceitos
de vegetação de campos de altitude a existência legais codificados.
de espécies ruderais nativas ou exóticas em áreas
já ocupadas com agricultura, cidades, pastagens e
florestas plantadas ou outras áreas desprovidas
de vegetação nativa, ressalvado o disposto no art.
5º da Lei Federal nº 11.428/06.
Art. 229. Serão objeto de consulta pública, A norma torna obrigatório a existência de consulta
previamente à publicação pelo Conselho Estadual pública para criação ou alteração de atos
do Meio Ambiente e pelos órgãos de fiscalização normativos que imponham obrigações de ordem
ambiental do Estado do Rio Grande do Sul, a técnica, excetuando as normas de matéria
criação ou alteração de atos normativos que administrativa.
imponham obrigações de ordem técnica às
atividades sujeitas a licenciamento ambiental,
inclusive quanto à determinação de padrões de A norma poderia ter previsto também a
emissão e qualidade ambiental, sendo necessidade de revisão e condensação das
disponibilizada a respectiva minuta na rede normas administrativas, como foi feito pela União
mundial de computadores, em sítio específico, no Decreto nº 10.139 de 2019.
quando do início da consulta pública.
§ 1º A consulta pública é instrumento de apoio à
tomada de decisão por meio do qual a sociedade
é consultada previamente, mediante envio de
críticas, sugestões e contribuições feitas por
quaisquer interessados, sobre as minutas
referidas no “caput”.
§ 2º São dispensadas de consulta pública os atos
normativos de matéria administrativa.
Art. 230. Na atividade aeroagrícola em Unidades O dispositivo inova ao trazer a regulamentação da
de Conservação de uso sustentável somente serão aplicação de agrotóxicos por aviação,
admitidos a pulverização de produtos e defensivos apresentando diversas regras para o exercício da
fitossanitários, mediante a utilização de alta atividade.
tecnologia embarcada de aplicação de defensivos
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agrícolas permitidos, a fim de otimizar a eficiência Tal regramento traz segurança jurídica para os
no controle do alvo biológico e evitar perdas envolvidos.
ocasionadas por deriva, devendo observar que:
I - somente poderão ser empregadas aeronaves
homologadas para utilização em serviços aéreos
especializados, certificadas pela autoridade
aeronáutica;
II - a aeronave prestadora de serviços de
pulverização de produtos e defensivos
fitossanitários deve estar previamente cadastrada
junto ao órgão estadual de agricultura;
III - os equipamentos de dispersão, aspersão e
pulverização, utilizados nas aeronaves, deverão
ser de modelos aprovados pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA –,
e sua instalação deverá ser aprovada pela Agência
Nacional de Aviação Civil – ANAC;
IV - para efeito de segurança operacional, a
aplicação aeroagrícola fica restrita à área a ser
tratada, respeitando as diretrizes da legislação
federal que rege a aviação agrícola;
V - cumprir os polígonos de exclusão da aplicação
aérea para cada Unidade de Conservação de uso
sustentável, definidos por ato de Estado, e a
vedação de aplicação aérea de agrotóxicos em
áreas situadas a uma distância mínima de:
a) 500m (quinhentos metros) de povoações,
cidades, vilas, bairros, de mananciais de captação
de água para abastecimento de população;
b) 250m (duzentos e cinquenta metros) de
recursos hídricos; 500m (quinhentos metros) de
águas superficiais para abastecimento público,
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povoações, cidades, vilas, bairros, moradias
isoladas e agrupamentos de animais;
VI - as aeronaves agrícolas, que contenham
produtos químicos, ficam proibidas de sobrevoar
as áreas povoadas, as moradias e os
agrupamentos humanos, ressalvados os casos de
controle de vetores, observadas as normas legais
pertinentes;
VII - as aeronaves aeroagrícolas devem:
a) ser equipadas com tecnologia de embarcação
como: DGPS, “lightbar”, fluxômetro, válvula “by-
pass”, válvulas de segurança individuais;
b) estar cadastradas no Sistema Nacional de
Documentação da Aviação Agrícola – SISVAG;
c) capacitar os operadores para a realização da
pulverização nos limites de segurança e em
condições meteorológicas adequadas para evitar
deriva;
d) estar com a atividade aeroagrícola previamente
licenciada junto ao órgão ambiental competente.
Art. 231. Os municípios serão incentivados a O dispositivo tem como objetivo unificar os
utilizar o sistema estadual eletrônico e virtual para processos de controle e fiscalização ambiental
processamento das licenças e demais atos
relativos à fiscalização ambiental.
Art. 232. Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.
Dispositivos revogados:

LEI Nº 9.519, DE 21 DE JANEIRO DE 1992.


Institui o Código Florestal do Estado do Rio Grande
do Sul e dá outras providências.

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Art. 6º - As florestas nativas e demais formas de
vegetação natural de seu interior são
consideradas bens de interesse comum, sendo
proibido o corte e a destruição parcial ou total
dessas formações sem autorização prévia do
órgão florestal competente.

Art. 7º - A autorização para a exploração das


Art. 233. Ficam revogados o florestas nativas somente será concedida através
de sistema de manejo em regime jardinado,
art. 6º; art. 7º; parágrafo único do art. 8º; art. 9º; (Capítulo V, artigo 42, inciso XVI), não sendo
art. 11; art. 13; art. 19; art. 22; art. 23; art. 33; art. permitido o corte raso, havendo a
34; art. 38; art. 40 e o art. 41 da Lei nº 9.519, de obrigatoriedade de reposição nos termos desta
21 de janeiro de 1992; Lei

Art. 8º - (...) Parágrafo único - A reposição de que


trata este artigo, vedado o plantio de exóticas em
meio às nativas, será feita mediante o plantio de,
o art. 20 da Lei nº 10.330, de 27 de dezembro no mínimo, 1/3 (um terço) de essências nativas
1994; dentro do imóvel explorado, podendo o restante
ser em outro imóvel do mesmo ou diverso
proprietário ou empresa, com a devida
comprovação no órgão competente.
a Lei nº 11.520, de 3 de agosto de 2000;
Art. 9º - Na hipótese do artigo 8º, 20% (vinte por
a Lei nº 11.877, de 26 de dezembro de 2002; cento) da área com floresta nativa constituirá
reserva florestal, imune ao corte, sendo vedada a
e a Lei nº 12.995, de 24 de junho de 2008. alteração de sua destinação no caso de
transmissão a qualquer título ou
desmembramento da área.

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§ 1º - A reserva florestal deverá ser perfeitamente
definida e delimitada no Plano de Manejo
Florestal em função das características peculiares
de cada propriedade.
§ 2º - Nas propriedades cuja vegetação de
preservação permanente ultrapassar a
40%(quarenta por cento) da área total da
propriedade, fica dispensada a reserva florestal
prevista neste artigo.

Art. 11 - Não poderão ser cortados indivíduos


representativos de espécies que apresentarem,
no inventário florestal, abundância absoluta e
freqüência absoluta inferiores aos valores médios
determinados para a espécie na formação
florestal inventaria.

Art 13 – VETADO (O código revogou um artigo


vetado... sic).

Art. 19 - A comercialização ou venda de lenha e a


produção de carvão vegetal só será permitida a
partir de florestas plantadas ou provenientes de
subprodutos oriundos de florestas nativas
manejadas conforme estabelecido no artigo 7º
desta Lei.

Art. 22 - A autorização para a utilização dos


recursos florestais fica condicionada ao
cumprimento desta Lei e à quitação de débitos
oriundos de infrações florestais, comprovadas
através de certidão negativa de dívidas florestais.
Tabela elaborada pelo escritório Maurício Fernandes Advocacia Ambiental, sob responsabilidade dos advogados
Maurício Fernandes e Rodrigo Birkhan Puente.
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Art. 23 - É proibida a supressão parcial ou total das
matas ciliares e da vegetação de preservação
permanente definida em lei e reserva florestal do
artigo 9º desta Lei, salvo quando necessário à
execução de obras, planos ou projetos de
utilidade pública ou interesse social, mediante a
elaboração prévia da EIA-RIMA e licenciamento do
órgão competente e Lei própria.
Parágrafo único - A supressão da vegetação de
que trata este artigo deverá ser compensada com
a preservação de ecossistema semelhante em
área que garanta a evolução e a ocorrência de
processos ecológicos.

Art. 33 - Fica proibido, em todo o Estado do Rio


Grande do Sul, o corte das espécies nativas de
figueira, do gênero ficus e das corticeiras do
gênero erytrina.

Art. 34 - Fica proibido o corte de exemplares de


algarrobo (prosopis nigra) e inhanduvá (prosopis
affinis), em todo o território do Rio Grande do Sul,
com fundamento no artigo 14, alínea b, do Código
Florestal Federal.

Art. 38 - Ficam proibidos, por prazo


indeterminado, o corte e a respectiva exploração
da vegetação nativa da Mata Atlântica, cuja área
será delimitada pelo Poder Executivo.
Tabela elaborada pelo escritório Maurício Fernandes Advocacia Ambiental, sob responsabilidade dos advogados
Maurício Fernandes e Rodrigo Birkhan Puente.
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Art. 40 - O Estado deverá, através do órgão
florestal competente, em conjunto com outras
instituições públicas e privadas promover, com
espécies nativas da mesma região fitofisionômica,
a arborização das rodovias estaduais.

Art. 41 - As infrações ao disposto nesta Lei


importarão nas seguintes sanções: (...)

LEI Nº 10.330, DE 27 DE DEZEMBRO DE 1994.


Dispõe sobre a organização do Sistema Estadual
de Proteção Ambiental, a elaboração,
implementação e controle da política ambiental
do Estado e dá outras providências.

Art. 20 - São instrumentos da Política Estadual do


Meio Ambiente: (...)

LEI Nº 11.877, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2002.


(publicada no DOE nº 249, de 27 de dezembro de
2002) Dispõe sobre a imposição e gradação da
penalidade ambiental e dá outras providências.

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