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O Que Muda Com o Novo Código Estadual Do Meio Ambiente No Rio Grande Do Sul PDF
O Que Muda Com o Novo Código Estadual Do Meio Ambiente No Rio Grande Do Sul PDF
Em 9 de janeiro de 2020 o Estado do Rio Grande do Sul passou a ter um novo Código Estadual do Meio Ambiente,
revogando a Lei n. 11.520/00 e outras normas.
Considerando que foram alterados centenas de dispositivos, elaboramos uma tabela comparativa entre a nova lei e o
antigo código com comentários sobre cada alteração, com objetivo de proporcionar a melhor compreensão das mudanças,
que já estão em vigor.
Este material foi elaborado para uso nas rotinas do escritório, mas está disponibilizado no site
www.direitoambiental.com/codigors, para livre reprodução, total ou parcial, com citação da fonte.
Eventual comentário, por favor nos envie pelo email mauricio@mauriciofernandes.adv.br para aperfeiçoamentos.
Tabela elaborada pelo escritório Maurício Fernandes Advocacia Ambiental, sob responsabilidade dos advogados
Maurício Fernandes e Rodrigo Birkhan Puente.
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Tabela comparativa entre a Lei Estadual/RS n. 15.434/2020 e a Lei 11.520/00
Art. 1º Todos têm direito ao meio ambiente Art. 1º - Todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao Estado, aos municípios, à impondo-se ao Estado, aos municípios, à
coletividade e aos cidadãos o dever de defendê- coletividade e aos cidadãos o dever de defendê-
lo, preservá-lo e conservá-lo para as gerações lo, preservá-lo e conservá-lo para as gerações
presentes e futuras, garantindo- se a proteção presentes e futuras, garantindo-se a proteção
dos ecossistemas e o uso racional dos recursos dos ecossistemas e o uso racional dos recursos
ambientais, de acordo com o presente Código. ambientais, de acordo com a presente Lei.
Art. 2º Para os fins previstos neste Código, TÍTULO II DOS CONCEITOS Não houve alteração.
entende-se por:
Art. 14 - Para os fins previstos nesta Lei entende-
se por:
I - águas residuárias: qualquer despejo ou I - águas residuárias: qualquer despejo ou Não houve alteração.
resíduo líquido com potencialidade de causar resíduo líquido com potencialidade de causar
poluição; poluição;
II - aquífero: água subterrânea estabelecida em Sem referência no Código revogado
uma formação suficientemente porosa de rocha
permeável, capaz de armazenar e fornecer
quantidades significativas de água;
III - área rural consolidada por supressão de Sem referência no Código revogado Conceito previsto no art. 3º, IV da Lei n.
vegetação nativa com atividades 12651/12.
agrossilvipastoris: área de imóvel rural com
ocupação antrópica preexistente a 22 de julho
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de 2008, com edificações, benfeitorias ou
atividades agrossilvipastoris, admitida, neste
último caso, a adoção do regime de pousio;
IV - área rural consolidada por supressão de Sem referência no Código revogado Conceito previsto no Decreto Estadual n.
vegetação nativa para uso alternativo do solo: 52.431/15, art. 5º, I.
área com ocupação antrópica preexistente a 22
de julho de 2008, em que houve o corte, a
destruição, o desenraizamento, a dessecação, a
desvitalização por qualquer meio, ou qualquer
outra prática que promova a conversão do uso
do solo, com a exclusão das espécies nativas do
ambiente, com a finalidade de introduzir
edificações, benfeitorias ou atividades
agrossilvipastoris, admitida, neste último caso, a
adoção do regime de pousio;
V - áreas alagadiças: áreas ou terrenos que se VI - - áreas alagadiças: áreas ou terrenos que Não houve alteração.
encontram temporariamente saturados de água encontram-se temporariamente saturados de
decorrente das chuvas, devido à má drenagem; água decorrente das chuvas, devido à má
drenagem;
VI - Áreas de Preservação Permanente – APP: IX - áreas de preservação permanente: áreas de Conceito previsto no art. 3º, II da Lei n. 12651/12.
áreas protegidas, cobertas ou não por expressiva significação ecológica amparadas Observe-se que o código revogado exigia
vegetação nativa, com a função ambiental de por legislação ambiental vigente, considerando- EIA/RIMA para intervenção em APP´s, o que não
preservar os recursos hídricos, a paisagem, a se totalmente privadas a qualquer regime de é mais necessário.
estabilidade geológica e a biodiversidade, exploração direta ou indireta dos Recursos
facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger Naturais, sendo sua supressão apenas admitida
o solo e assegurar o bem-estar das populações com prévia autorização do órgão ambiental
humanas; competente quando for necessária à execução
de obras, planos, atividades, ou projetos de
utilidade pública ou interesse social, após a
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realização de Estudo Prévio de Impacto
Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto
Ambiental (RIMA);
VIII - áreas de uso especial: áreas com atributos X -- áreas de uso especial: são áreas com Não houve alteração.
especiais de valor ambiental e cultural, atributos especiais de valor ambiental e cultural,
protegidas por instrumentos legais ou não, nas protegidas por instrumentos legais ou não, nas
quais o Estado poderá estabelecer normas quais o Poder Público poderá estabelecer
específicas de utilização, para garantir a sua normas específicas de utilização, para garantir
conservação; sua conservação;
IX - - áreas degradadas: áreas que sofreram VIII - - áreas degradadas: áreas que sofreram Não houve alteração.
processo de degradação; processo de degradação;
X - áreas especiais de controle da qualidade do XI -- áreas especiais de controle da qualidade do Não houve alteração.
ar: porções de uma ou mais regiões de controle, ar: são porções de uma ou mais regiões de
onde poderão ser adotadas medidas especiais, controle, onde poderão ser adotadas medidas
com vista à manutenção da integridade da especiais, visando à manutenção da integridade
atmosfera; da atmosfera;
XIV - classes de uso: conjunto de três tipos de XV - - Classes de Uso: o conjunto de três tipos Não houve alteração.
classificação de usos pretendidos para o de classificação de usos pretendidos para o
território do Estado, de modo a implementar território do Estado do Rio Grande do Sul, de
uma política de prevenção de deterioração modo a implementar uma política de prevenção
significativa da qualidade do ar; de deterioração significativa da qualidade do ar;
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XV - conservação: utilização dos recursos XVI - - conservação: utilização dos recursos Não houve alteração.
naturais em conformidade com o manejo naturais em conformidade com o manejo
ecológico; ecológico;
XVI - - conservação do solo: conjunto de ações XVII - conservação do solo: o conjunto de ações Não houve alteração.
que visam à manutenção de suas características que visam à manutenção de suas características
físicas, químicas e biológicas, e, físicas, químicas e biológicas, e
consequentemente, a sua capacidade produtiva, conseqüentemente, à sua capacidade
preservando-o como recurso natural produtiva, preservando-o como recurso natural
permanente; permanente;
XVII - degradação: processo que consiste na XVII - degradação: processo que consiste na Não houve alteração.
alteração das características originais de um alteração das características originais de um
ambiente, sejam elas de natureza física, química ambiente, comprometendo a biodiversidade;
ou biológica, comprometendo a biodiversidade;
XVIII - desenvolvimento sustentável: XIX - desenvolvimento sustentável: Não houve alteração.
desenvolvimento que satisfaz as necessidades desenvolvimento que satisfaz as necessidades
presentes, sem comprometer a capacidade das presentes, sem comprometer a capacidade das
gerações futuras de suprir as suas próprias gerações futuras de suprir as suas próprias
necessidades; necessidades;
XIX - ecossistema: conjunto formado por todos Sem referência no Código revogado
os fatores bióticos e abióticos que atuam
simultaneamente sobre determinada área
geográfica;
XX- ecótono: região resultante de contato entre Sem referência no Código revogado
dois ou mais ambientes distintos e constituem
áreas de transição ambiental, que se
caracterizam por serem integrados por espécies
destes distintos ambientes ou espécies
endêmicas destas áreas;
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XXI - espaços territoriais especialmente Sem referência no Código revogado O fundamento legal dos “espaços territoriais
protegidos: espaços territoriais urbanos ou especialmente protegidos” está previsto
rurais de valor ambiental e cultural a serem constitucionalmente. Trata-se de um gênero que
especialmente protegidos, definidos pelo Poder abrange várias espécies destes “espaços”, como
Público em instrumentos legais; APP´s, Reserva Legal e Unidades de Conservação.
XXIII - espécie nativa: espécie própria de uma XXI - espécie nativa: espécie própria de uma Não houve alteração significativa.
região onde ocorre naturalmente; região onde ocorre naturalmente; o mesmo que
autóctone;
XXIV - Estado: pessoa jurídica de direito público Sem referência no Código revogado
pertencente à Federação, referindo-se ao
Estado do Rio Grande do Sul e os Municípios
nele sediados, devendo ser respeitadas as
competências constitucional e legalmente
fixadas em relação a cada qual;
XXV - fauna: o conjunto de espécies animais; XXIII - fauna: o conjunto de espécies animais; Não houve alteração.
XXVI - fauna doméstica: espécies cujas Sem referência no Código revogado
características biológicas, comportamentais e
fenotípicas foram alteradas por meio de
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processos tradicionais e sistematizados de
manejo e melhoramento zootécnico, tornando-
as em estreita dependência do homem,
podendo apresentar fenótipo variável e
diferente da espécie que as originou;
XXVII - fauna exótica: espécies cuja distribuição Sem referência no Código revogado
geográfica original não inclui o território
brasileiro e suas águas jurisdicionais, ainda que
introduzidas, pelo homem ou
espontaneamente, em ambiente natural,
inclusive as espécies asselvajadas e excetuadas
as migratórias;
XXVIII - fauna silvestre: espécies nativas, Sem referência no Código revogado
migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou
terrestres, que tenham todo ou parte de seu
ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do
território brasileiro, ou águas jurisdicionais
brasileiras;
XXIX - fauna silvestre nativa: espécies Sem referência no Código revogado
autóctones, migratórias e quaisquer outras,
aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou
parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos
limites do território do Estado;
XXX - Federação: união indissolúvel dos Estados Sem referência no Código revogado
e Municípios e do Distrito Federal, regida pela
Constituição da República Federativa do Brasil
de 1988, devendo ser respeitadas a harmonia e
a autonomia de cada ente federado, nos termos
da referida norma;
XXXI - flora: conjunto de espécies vegetais; XXIV - flora: conjunto de espécies vegetais;
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XXXII - floresta: associação de espécies vegetais XXV - floresta: associação de espécies vegetais Não houve alteração.
arbóreas nos diversos estágios sucessionais, arbóreas nos diversos estágios sucessionais, onde
onde coexistem outras espécies da flora e da coexistem outras espécies da flora e da fauna,
fauna, que variam em função das condições que variam em função das condições climáticas e
climáticas e ecológicas; ecológicas;
XXXIII - fonte de poluição e fonte poluidora: XXVI - fonte de poluição e fonte poluidora: toda e Não houve alteração.
toda e qualquer atividade, instalação, processo, qualquer atividade, instalação, processo,
operação ou dispositivo, móvel ou não, que operação ou dispositivo, móvel ou não, que
independentemente de seu campo de aplicação independentemente de seu campo de aplicação
induzam, produzam e gerem ou possam induzam, produzam e gerem ou possam produzir
produzir e gerar a poluição do meio ambiente; e gerar a poluição do meio ambiente;
XXXIV - lençol freático: superfície que delimita a Sem referência no Código revogado
zona de saturação e a zona de aeração do
aquífero, na qual a água está em contato com o
ar e sujeita à pressão atmosférica;
XXXV - licença ambiental: ato administrativo XXVII - licença ambiental: instrumento da Política O novo conceito afastou o caráter precário da
decorrente de procedimento administrativo Estadual de Meio Ambiente, decorrente do licença ambiental, contido no conceito revogado.
pelo qual o órgão ambiental competente exercício do Poder de Polícia Ambiental, cuja Doutrinariamente, a licença ambiental pode ser
licencia a localização, a concepção, a instalação, natureza jurídica é autorizatória; compreendida como ato vinculado ou
a operação, a alteração e a ampliação de discricionário. Filiámo-nos à corrente que
empreendimentos e atividades utilizadoras de entende tratar-se de ato sui generis, pois embora
recursos ambientais, consideradas efetiva ou possa ser revogada em casos específicos (ex.
potencialmente poluidoras ou daquelas que, desastres), merece o caráter vinculado por
sob qualquer forma, possam causar degradação ocasião da expedição da LO, quando existente a
ambiental, considerando as disposições legais e LI, o mesmo em relação à LI quando existente a
regulamentares e as normas técnicas aplicáveis LP. Entendemos que a LP é precária.
ao caso;
XXXVI - manejo ecológico: utilização dos XXVIII - manejo ecológico: utilização dos Conceito alterado. O código revogado incluía no
ecossistemas conforme os critérios ecológicos ecossistemas conforme os critérios ecológicos conceito de manejo a recuperação ambiental,
buscando a conservação e a otimização do uso buscando a conservação e a otimização do uso enquanto o código atual a conservação.
dos recursos naturais de forma sustentável,
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visando à conservação de biodiversidade e de dos recursos naturais e a correção dos danos
funções ecossistêmicas; verificados no meio ambiente;
XXXVII - marismas: ecossistemas úmidos Sem referência no Código revogado
litorâneos que ocorrem em terrenos baixos,
sujeitos à ação das marés, com vegetação
predominantemente herbácea e típica de
ambientes estuarinos;
XXXVIII - mata atlântica: bioma cujas XXIX - mata atlântica: formações florestais e Conceito atualizado para adotar a legislação
delimitação, proteção e utilização são ecossistemas associados inseridos no domínio federal.
disciplinadas por legislação federal específica; Mata Atlântica: Floresta Ombrófila Densa ou
Mista, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta
Decidual, restingas e campos de altitudes;
XXXIX - meio ambiente: conjunto de condições, XXX - meio ambiente: o conjunto de condições, Não houve alteração.
elementos, leis, influências e interações de elementos, leis, influências e interações de
ordem física, química, biológica, social e cultural ordem física, química, biológica, social e cultural
que permite, abriga e rege a vida em todas as que permite, abriga e rege a vida em todas as
suas formas; suas formas;
XL - melhoramento do solo: conjunto de ações XXXI - melhoramento do solo: o conjunto de Não houve alteração.
que visam ao aumento de sua capacidade ações que visam ao aumento de sua capacidade
produtiva por meio da modificação de suas produtiva através da modificação de suas
características físicas, químicas e biológicas, sem características físicas, químicas e biológicas, sem
que sejam comprometidos seus usos futuros e que sejam comprometidos seus usos futuros e os
os recursos naturais com ele relacionados; recursos naturais com ele relacionado;
XLI - nascentes: afloramento natural do lençol XXXII - nascentes: ponto ou área no solo ou numa Conceito alterado.
freático em condições de perenidade ou rocha de onde a água flui naturalmente para a O conceito adotado pelo código é diferente da lei
intermitência, e que dá início a um curso de superfície do terreno ou para uma massa de federal:
água; água; “XVII - nascente: afloramento natural do lençol
freático que apresenta perenidade e dá início a
um curso d’água;”
O conceito da Lei Federal foi inclusive objeto de
análise de constitucionalidade pela ADI n. 4903.
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Ao ampliar o conceito, fazendo inserir a
“intermitência” o Estado do RS assume
obrigações de eventual indenização de áreas cujo
uso seja impedido pela lei estadual.
XLII - padrão de qualidade do ar: um dos XXXIV - padrões primários de qualidade do ar: Conceito alterado.
instrumentos de gestão da qualidade do ar, são as concentrações de poluentes que,
determinado como valor de concentração de ultrapassadas, poderão afetar a saúde da
um poluente específico na atmosfera, associado população;
a um intervalo de tempo de exposição, para que
o meio ambiente e a saúde da população sejam
preservados em relação aos riscos de danos
causados pela poluição atmosférica;
XLIII - padrões de emissão ou limites de XXXIII - padrões de emissão ou limites de Não houve alteração.
emissão: quantidades máximas de poluentes emissão: são as quantidades máximas de
permissíveis de lançamentos; poluentes permissíveis de lançamentos;
XLIV - pampa: bioma, que no Brasil ocorre Sem referência no Código revogado
exclusivamente no Estado do Rio Grande do Sul,
composto por formações campestres, arbóreo-
arbustiva e florestal, com predominância de
campos nativos;
XLV - patrimônio genético: conjunto de seres vivos XXXVI - patrimônio genético: conjunto de seres Não houve alteração.
que integram os diversos ecossistemas de uma vivos que integram os diversos ecossistemas de
região; uma região;
XLVI - poluente: toda e qualquer forma de XXXVII - poluente: toda e qualquer forma de Não houve alteração.
matéria ou energia que, direta ou indiretamente, matéria ou energia que, direta ou
cause ou possa causar poluição do meio indiretamente, cause ou possa causar poluição
ambiente; do meio ambiente;
XLVII - poluentes atmosféricos: quaisquer formas XXXVIII - poluentes atmosféricos: entende-se Não houve alteração.
de matéria ou energia com intensidade e em como poluente atmosférico qualquer forma de
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quantidade, concentração, tempo ou matéria ou energia com intensidade e em
características em desacordo com os níveis quantidade, concentração, tempo ou
estabelecidos, e que tornem ou possam tornar o características em desacordo com os níveis
ar: a) impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde; b) estabelecidos, e que tornem ou possam tornar o
inconveniente ao bem-estar público; c) danoso ar: a) impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde; b)
aos materiais, à fauna e à flora; ou d) prejudicial inconveniente ao bem-estar público; c) danoso
à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às aos materiais, à fauna e flora; d) prejudicial à
atividades normais da comunidade; segurança, ao uso e gozo da propriedade e às
atividades normais da comunidade;
XLVIII – poluição: toda e qualquer alteração dos XXXIX - poluição: toda e qualquer alteração dos Não houve alteração.
padrões de qualidade e da disponibilidade dos padrões de qualidade e da disponibilidade dos
recursos ambientais e naturais, resultante de recursos ambientais e naturais, resultantes de
atividades ou de qualquer forma de matéria ou atividades ou de qualquer forma de matéria ou
energia que, direta ou indiretamente, mediata ou energia que, direta ou indiretamente, mediata
imediatamente: ou imediatamente:
a) prejudique a saúde, a segurança e o bem- a) prejudique a saúde, a segurança e o bem-
estar das populações ou que possam vir a estar das populações ou que possam vir a
comprometer seus valores culturais; comprometer seus valores culturais;
b) crie condições adversas às atividades sociais e b)criem condições adversas às atividades sociais
econômicas; e econômicas;
c) afete desfavoravelmente a biota; c) afetem desfavoravelmente a biota;
d) comprometa as condições estéticas e d)comprometam as condições estéticas e
sanitárias do meio ambiente; sanitárias do meio ambiente;
e) altere desfavoravelmente o patrimônio e) alterem desfavoravelmente o patrimônio
genético e cultural (histórico, arqueológico, genético e cultural (histórico, arqueológico,
paleontológico, turístico, paisagístico e paleontológico, turístico, paisagístico e
artístico); artístico);
f) lance matérias ou energia em desacordo com f) lancem matérias ou energia em desacordo
os padrões ambientais estabelecidos; com os padrões ambientais estabelecidos;
g) crie condições inadequadas de uso do meio
g)criem condições inadequadas de uso do meio
ambiente para fins públicos, domésticos,
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agropecuários, industriais, comerciais, ambiente para fins públicos, domésticos,
recreativos e outros; agropecuários, industriais, comerciais,
recreativos e outros;
XLIX - poluidor: a pessoa física ou jurídica, de XL - poluidor: a pessoa física ou jurídica, de Não houve alteração.
direito público ou privado, responsável direta ou direito público ou privado, responsável direta
indiretamente por atividade causadora de ou indiretamente por atividade causadora de
degradação ambiental; degradação ambiental;
L - pousio: prática de interrupção temporária de Sem referência no Código revogado Conceito previsto no art. 3º, XXIV da Lei n.
atividades ou usos agrícolas, pecuários ou 12651/12.
silviculturais, por no máximo 5 (cinco) anos, para
possibilitar a recuperação da capacidade de uso
ou da estrutura física do solo;
LI - praia: área coberta e descoberta XLI - praia: área coberta e descoberta Não houve alteração.
periodicamente pelas águas, acrescida da faixa periodicamente pelas águas, acrescida da faixa
subsequente de material detrítico, tal como subseqüente de material detrítico, tal como
areias, cascalhos, seixos e pedregulhos, até o areias, cascalhos, seixos e pedregulhos, até o
limite onde se inicie a vegetação natural, ou, em limite onde se inicie a vegetação natural, ou, em
sua ausência, onde comece um outro sua ausência, onde comece um outro
ecossistema; ecossistema;
LII - preservação: manutenção de um XLII - preservação: manutenção de um Não houve alteração significativa.
ecossistema em sua integridade, eliminando dele ecossistema em sua integridade, eliminando do
ou evitando nele qualquer interferência humana, mesmo ou evitando nele qualquer interferência
salvo aquelas destinadas a possibilitar ou auxiliar humana, salvo aquelas destinadas a possibilitar
a própria preservação; ou auxiliar a própria preservação;
LIII - processo ecológico: qualquer mecanismo ou XLIII - processos ecológicos: qualquer Não houve alteração.
processo natural, físico ou biológico que ocorre mecanismo ou processo natural, físico ou
em ecossistemas; biológico que ocorre em ecossistemas;
LIV - recuperação do solo: conjunto de ações que XLIV - recuperação do solo: o conjunto de ações Não houve alteração.
visam ao restabelecimento das características que visam ao restabelecimento das
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físicas, químicas e biológicas do solo, tornando-o características físicas, químicas e biológicas do
novamente apto à utilização agrosilvopastoril; solo, tornando-o novamente apto à utilização
agrossilvipastoril;
LV - recurso mineral: concentração ou depósito XLVI - recurso mineral: elemento ou composto Não houve alteração significativa.
na crosta da Terra, de material natural, sólido, químico formado, em geral, por processos
em tal quantidade e tal teor e/ou tais qualidades inorgânicos, o qual tem uma composição
que, uma vez pesquisado, exibe parâmetros química definida e ocorre naturalmente,
mostrando, de modo razoável, que seu podendo ser aproveitado economicamente;
aproveitamento pode ser factível na atualidade
ou no futuro;
LVI - recurso não renovável: recurso que não é XLVII - recurso não-renovável: recurso que não é Não houve alteração.
regenerado após o uso, tais como recursos regenerado após o uso, tais como recursos
minerais que se esgotam; minerais que se esgotam;
LVII - recurso natural: qualquer recurso XLVIII - recurso natural: qualquer recurso Não houve alteração significativa.
ambiental que pode ser utilizado pelo homem, ambiental que pode ser utilizado pelo homem. O
sendo que o recurso será renovável ou não na recurso será renovável ou não na dependência
dependência da exploração e/ou de sua da exploração e/ou de sua capacidade de
capacidade de reposição; reposição;
LVIII - recurso renovável: recurso que pode ser XLIX - recurso renovável: recurso que pode ser Não houve alteração significativa.
regenerado, ou seja, recurso que se renova por regenerado. Tipicamente recurso que se renova
reprodução, tais como recurso biológico, por reprodução, tais como recurso biológico,
vegetação, proteína animal; vegetação, proteína animal;
LIX - recursos ambientais: a atmosfera, as águas L - recursos ambientais: os componentes da Conceito aperfeiçoado.
interiores, superficiais e subterrâneas, os biosfera necessários à manutenção do equilíbrio
estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os e da qualidade do meio ambiente associada à
elementos da biosfera, a fauna e a flora; qualidade de vida e à proteção do patrimônio
cultural (histórico, arqueológico, paleontológico,
artístico, paisagístico e turístico), passíveis ou
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não de utilização econômica;
LX - regiões de controle da qualidade do ar: áreas LI - Regiões de Controle da Qualidade do Ar: são Não houve alteração.
físicas do território do Estado do Rio Grande do áreas físicas do território do Estado do Rio
Sul, dentro das quais poderão haver políticas Grande do Sul, dentro das quais poderão haver
diferenciadas de controle da qualidade do ar, em políticas diferenciadas de controle da qualidade
função de suas peculiaridades geográficas, do ar, em função de suas peculiaridades
climáticas e geração de poluentes atmosféricos, geográficas, climáticas e geração de poluentes
visando à manutenção de integridade da atmosféricos, visando à manutenção de
atmosfera; integridade da atmosfera;
LXI - rejeitos: resíduos sólidos que, depois de Sem referência no Código revogado. Conceito previsto na Lei n. 12.305/10, art. 3º,
esgotadas todas as possibilidades de tratamento inciso XV.
e recuperação por processos tecnológicos
disponíveis e economicamente viáveis, não
apresentem outra possibilidade que não a
disposição final ambientalmente adequada;
LXV - Unidade de Conservação – UC: espaço LIII - Unidades de Conservação (UCs): são Conceito previsto na Lei n. 9.985/00, art. 2º,
territorial e seus recursos ambientais, incluindo porções do ambiente de domínio público ou inciso I.
as águas jurisdicionais, com características privado, legalmente instituídas pelo Poder
naturais relevantes, legalmente instituído pelo Público, destinadas à preservação ou
Estado, com objetivos de conservação e limites conservação como referencial do respectivo
definidos, sob regime especial de administração, ecossistema;
ao qual se aplicam garantias adequadas de
proteção;
LXVI - uso adequado do solo: adoção de um LIV - uso adequado do solo: a adoção de um Não houve alteração significativa.
conjunto de práticas, técnicas e procedimentos conjunto de práticas, técnicas e procedimentos
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com vista à recuperação, à conservação ou ao com vista à recuperação, conservação e
melhoramento do solo, atendendo a sua função melhoramento do solo agrícola, atendendo a
socioeconômica e ambiental. função sócio-econômica e ambiental de
estabelecimentos agrícolas da região e do
Estado;
II - animais autóctones: aqueles representativos Conceitos que foram revogados pela nova lei.
da fauna nativa do Rio Grande do Sul; Para identificar o conceito de Várzea, como fora
III - animais silvestres: todas as espécies, revogado, deverá ser considerado o previsto na
terrestres ou aquáticas, representantes da Lei Federa 12651/12, art. 3º, “XXI - várzea de
fauna autóctone e migratória de uma região ou inundação ou planície de inundação: áreas
país; marginais a cursos d’água sujeitas a enchentes e
IV - área em vias de saturação: é a inundações periódicas;”
porção de uma Região de Controle ou de uma
Área Especial de Controle da Qualidade do Ar
cuja tendência é de atingimento de um ou mais
padrões de qualidade do ar, primário ou
secundário;
V - área saturada: é a porção de uma Região de
Controle ou de uma Área Especial de Controle
da Qualidade do Ar em que um ou mais padrões
de qualidade do ar - primário ou secundário -
estiver ultrapassado;
VI - áreas de conservação: são áreas
delimitadas, segundo legislação pertinente,
que restringem determinados regimes de
utilização segundo os atributos e capacidade
suporte do ambiente;
VII - áreas sujeitas à inundação:
áreas que equivalem às várzeas, vão até a cota
máxima de extravasamento de um corpo
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d'água em ocorrência de máxima vazão em
virtude de grande pluviosidade;
VIII - espécies silvestres não-
autóctones: todas aquelas cujo âmbito de
distribuição natural não se inclui nos limites
geográficos do Rio Grande do Sul;
XXV - padrões secundários de
qualidade do ar: são as concentrações de
poluentes abaixo das quais se prevê o mínimo
efeito adverso sobre o bem-estar da
população, assim como o mínimo dano à fauna,
à flora, aos materiais e ao meio ambiente em
geral;
XLV - recurso: qualquer componente do
ambiente que pode ser utilizado por um
organismo, tais como alimento, solo, mata,
minerais;
LII - solo agrícola: todo o solo que tenha aptidão
para utilização agrossilvipastoril não localizado
em área de preservação permanente;
LV - várzea: terrenos baixos e mais ou menos
planos que se encontram junto às margens de
corpos d'água;
LVI - vegetação: flora característica de uma
região;
LVII - zonas de transição: são áreas de
passagem entre dois ou mais ecossistemas
distintos, que se caracterizam por
apresentarem características específicas no
que se refere às comunidades que as
compõem;
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LVIII - zoológicos: instituições especializadas na
manutenção e exposição de animais silvestres
em cativeiro ou semi-cativeiro, que
preencherem os requisitos definidos na forma
da lei.
Art. 3º Para garantir um ambiente Art. 2º - Para garantir um ambiente Não houve alteração significativa.
ecologicamente equilibrado que assegure a ecologicamente equilibrado que assegure a Destaca-se que a Lei Complementar n. 140/11,
qualidade de vida, são direitos do cidadão, qualidade de vida, são direitos do cidadão, no art. 8º VII atribui competência ao estado para
entre outros: entre outros: “organizar e manter, com a colaboração dos
I - acesso aos bancos públicos de informação I - acesso aos bancos públicos de informação órgãos municipais competentes, o Sistema
sobre a qualidade e a disponibilidade das sobre a qualidade e disponibilidade das Estadual de Informações sobre Meio Ambiente”.
unidades e dos recursos ambientais; unidades e recursos ambientais;
II - acesso às informações sobre os impactos II - acesso às informações sobre os impactos
ambientais de projetos e atividades ambientais de projetos e atividades
potencialmente prejudiciais à saúde e à potencialmente prejudiciais à saúde e à
estabilidade do meio ambiente; estabilidade do meio ambiente;
III - acesso à educação ambiental, como III - acesso à educação ambiental;
elemento essencial e permanente da educação IV - acesso aos monumentos
estadual, em caráter formal e não formal; naturais e áreas legalmente protegidas,
IV - acesso às Unidades de Conservação e demais guardada à consecução do objetivo de
áreas legalmente protegidas de domínio público, proteção;
resguardada a consecução do seu objetivo de V - opinar, na forma da lei, no caso de
proteção; e projetos e atividades potencialmente
V - opinar, na forma da lei, no caso de projetos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, sobre
e de atividades potencialmente prejudiciais à sua localização e padrões de operação.
saúde e ao meio ambiente, sobre sua localização
e padrões de operação. Parágrafo único - O Poder Público deverá dispor
Parágrafo único. O Estado deverá dispor de de bancos de dados públicos eficientes e
bancos de dados públicos eficientes e inteligíveis inteligíveis com vista a garantir os princípios
com vista a garantir os direitos previstos neste deste artigo, além de instituir o Sistema
artigo, além de instituir o Sistema Estadual de Estadual de Informações Ambientais.
Tabela elaborada pelo escritório Maurício Fernandes Advocacia Ambiental, sob responsabilidade dos advogados
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Informações Ambientais.
Art. 4º Todos são responsáveis pela manutenção Art. 3º - Todas as pessoas, físicas e jurídicas, O artigo 4º, dando nova redação ao revogado art.
de um meio ambiente sadio que propicie devem promover e exigir medidas que garantam 3º traz a exigência de reparação integral do dano,
qualidade de vida para as presentes e futuras a qualidade do meio ambiente, da vida e da o que não é a forma mais adequada, pois há
gerações, sendo as pessoas físicas e jurídicas diversidade biológica no desenvolvimento de sua situações em que mostra-se impossível o retorno
responsáveis pela reparação integral dos danos atividade, assim como corrigir ou fazer corrigir, às ao status quo ante, como , p. ex., nos casos de
que causarem ao meio ambiente, assim como suas expensas, os efeitos da atividade danos à fauna. Neste sentido, adota-se a
corrigir ou fazer corrigir, às suas expensas, os degradadora ou poluidora por elas cumulação da obrigação de fazer ou não fazer
efeitos da atividade degradadora ou poluidora desenvolvidas. com pecúnia.
por elas desenvolvidas. A jurisprudência do STJ está firmada no sentido
§ 1º - É dever de todo cidadão informar ao Poder de que a necessidade de reparação integral da
§ 1º É dever de todo cidadão informar ao Estado Público sobre atividades poluidoras ou lesão causada ao meio ambiente
sobre atividades poluidoras ou degradadoras de degradadoras que tiver conhecimento, sendo-lhe
permite a cumulação de obrigações de fazer,
que tiver conhecimento, sendo-lhe garantido o garantido o sigilo de sua identidade, quando
não fazer e de indenizar. Cito precedentes da
sigilo de sua identidade, quando assim o desejar. assim o desejar.
Primeira e da Segunda Turmas: REsp
1.328.753/MG, Rel. Ministro Herman Benjamin,
§ 2º O Estado responderá às denúncias, quando § 2º - O Poder Público responderá às denúncias
Segunda Turma, DJe 3.2.
solicitado pelo denunciante, no prazo de 45 no prazo de até 30 (trinta) dias.
(quarenta e cinco) dias, podendo ser prorrogado 2015; REsp 605.323/MG, Rel. Ministro José
por igual período, uma única vez. § 3º - O Poder Público garantirá a todo o cidadão Delgado, Rel. p/ acórdão Ministro Teori Albino
que o solicitar a informação a respeito da Zavascki, Primeira Turma, DJ 17.10.2005; REsp
§ 3º O Estado garantirá a todo cidadão que o situação e disponibilidade dos recursos 625.249/PR, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira
solicitar a informação a respeito da situação e ambientais, enquadrando-os conforme os Turma, DJ 31.8.2006; REsp 1.178.294/MG, Rel.
disponibilidade dos recursos ambientais, parâmetros e limites estipulados na legislação e Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda
observados os parâmetros e limites estipulados normas vigentes. Turma, DJe 10.9.2010; AgRg nos EDcl no Ag
na Lei Federal nº 12.527, de 18 de novembro de 1.156.486/PR, Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima,
2011. § 4º - A divulgação dos níveis de qualidade dos Primeira Turma, DJe 27.4.2011; REsp.
recursos ambientais deverá ser acompanhada da 1.669.185/RS; AgRg no REsp. 1.526.946/RN; EREsp
§ 4º A divulgação dos níveis de qualidade dos indicação qualitativa e quantitativa das principais 1410698 / MG.
recursos ambientais deverá ser acompanhada da causas de poluição ou degradação. Resta, contudo, o desafio de identificar o valor
indicação qualitativa e quantitativa das adequado de alguma indenização pecuniária.
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principais causas de poluição ou degradação. § 5º - Os efeitos da atividade degradadora ou Atualmente, a valoração do dano ambiental não
poluidora serão corrigidos às expensas de quem encontra discurso uníssimo. AS diferentes teorias
lhes der causa. e métodos que podem ser utilizados (EMERGIA,
VERDI, etc) distoam muito entre si, não raro
chegando a valores absolutamente elevados.
Assim, tema a ser aprimorado é a valoração do
dano ambiental.
Em relação aos parágrafo, o texto não traz
alterações significativas e ratifica a Lei federal do
acesso às informações ambientais, que fora
publicada após o código revogado (Lei Federal nº
12.527/11).
O §5º revogado materializa o princípio do
poluidor-pagador e, embora um avanço para
época, atualmente não faria diferença mantê-lo
ou não no texto, visto que tal regra resta
consolidada no direito ambiental pátrio.
Art. 5º É obrigação do Estado, sempre que Art. 4º - É obrigação do Poder Público, sempre Sem alterações significativas.
solicitado e respeitado o sigilo industrial, divulgar que solicitado e respeitado o sigilo industrial,
informações referentes a processos e divulgar informações referentes a processos e
equipamentos vinculados à geração e ao equipamentos vinculados à geração e ao
lançamento de poluentes para o meio ambiente, lançamento de poluentes para o meio ambiente,
bem como os riscos ambientais decorrentes de bem como os seus riscos ambientais decorrentes
empreendimentos públicos ou privados. de empreendimentos públicos ou privados.
Parágrafo único. O respeito ao sigilo industrial Parágrafo único - O respeito ao sigilo industrial
deverá ser solicitado e comprovado deverá ser solicitado e comprovado pelo
pelointeressado. interessado
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Art. 6º O Estado manterá atualizadas e Art. 5º - O Poder Público publicará, anualmente, Embora nunca tenha sido adotado o art. 5º de
disponíveis informações técnicas relativas à um relatório sobre a situação ambiental do forma sistemática, o art. 6º não deve trazer
qualidade ambiental na rede mundial de Estado. prejuízos ao objetivo da norma.
computadores.
Art. 7º O Estado compatibilizará as políticas de Art. 6º - O Poder Público compatibilizará as O caput não teve alterações significativas.
crescimento econômico e social às de proteção políticas de crescimento econômico e social às de O §1º revogado remetia qualquer atividade capaz
do meio ambiente, tendo como finalidade o proteção do meio ambiente, tendo como de alterar a qualidade do ambiente ao
desenvolvimento integrado, harmônico e finalidade o desenvolvimento integrado, licenciamento. O atual §1º remete ao CONSEMA.
sustentável. harmônico e sustentável. A Lei Complementar 140/11 não coloca aos
Conselhos Estaduais tal competência. A regra
§ 1º O Conselho Estadual do Meio Ambiente § 1º - Não poderão ser realizadas ações ou federal outorga aos estados a competência
definirá as atividades sujeitas a licenciamento atividades suscetíveis de alterar a qualidade do residual, pois define a forma de competência
ambiental. ambiente sem licenciamento. para licenciar em nível federal (art. 7º) e a
municipal (art. 9º), deixando para os estados o
§ 2º - As ações ou atividades poluidoras ou que não é do município ou da união (art. 8º).
§ 2º Os empreendimentos ou as atividades degradadoras serão limitadas pelo Poder Público Vide incisos XIII, XIV e XV nos artigos citados.
poluidoras ou degradadoras serão limitadas pelo visando à recuperação das áreas em O §2º restou mantido e o novo §3º consolida o
Estado visando à recuperação das áreas em desequilíbrio ambiental. princípio da prevenção já previsto no revogado
desequilíbrio ambiental. art. 8º.
Art. 8º - As atividades de qualquer natureza
§ 3º As atividades de qualquer natureza deverão deverão ser dotadas de meios e sistemas de
ser dotadas de meios e de sistemas de segurança segurança contra acidentes que possam pôr em
contra acidentes que possam pôr em risco a vida risco a saúde pública ou o meio ambiente.
ou o meio ambiente.
Art. 7º - A utilização dos recursos ambientais com Artigo não mantido no atual código. Registre-se
fins econômicos, dependerá de autorização do que a norma não é autoaplicável, pois exige lei
órgão competente, na forma da lei. regulamentadora.
A iniciativa é positiva e visa renumerar o titular
Parágrafo único - Ficarão a cargo do do domínio utilizado, tais como eventos em
empreendedor os custos necessários à parques.
recuperação e à manutenção dos padrões de
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qualidade ambiental.
Art. 8º O interesse comum terá prevalência Art. 9º - O interesse comum terá prevalência Caput sem alterações.
sobre o privado, no uso, na exploração, na sobre o privado, no uso, na exploração, na O parágrafo único acrescido visa expressamente
preservação e na conservação dos recursos preservação e na conservação dos recursos “evitar radicalismos” na interpretação e aplicação
ambientais, respeitados os direitos inerentes à ambientais. das normas. Em suma, significa uma ampla
propriedade privada, ao sigilo industrial e às possibilidade de defesa ao particular, em especial
técnicas produtivas. considerando o art. 13.
Art. 10. O órgão ambiental competente deverá Art. 11 - O órgão ambiental competente deverá Sem alterações significativas.
coletar, processar, analisar, armazenar e divulgar coletar, processar, analisar, armazenar e,
dados e informações referentes ao meio obrigatoriamente, divulgar dados e informações
ambiente, de acordo com o que dispõe a referentes ao meio ambiente.
legislação pertinente de acesso à informação
Art. 11. Os órgãos, as instituições e as entidades Art. 12 - Os órgãos, instituições e entidades Sem alterações significativas.
públicas ou privadas, bem como as pessoas públicas ou privadas, bem como as pessoas
físicas ou jurídicas, ficam obrigados a remeter físicas ou jurídicas, ficam obrigados a remeter
sistematicamente ao órgão ambiental sistematicamente ao órgão ambiental
competente, nos termos em que forem competente, nos termos em que forem
solicitados, os dados e as informações solicitados, os dados e as informações
necessários às ações de monitoramento necessários às ações de vigilância ambiental.
ambiental.
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Art. 12. Compete ao Estado adotar políticas para Art. 13 - Compete ao Poder Público criar Sem alterações significativas.
a proteção e a recuperação dos processos estratégias visando à proteção e à recuperação
ecológicos essenciais para a reprodução e dos processos ecológicos essenciais para a
manutenção do meio ambiente equilibrado e da reprodução e manutenção da vida.
qualidade de vida
Art. 13. A fiscalização deverá ter natureza Artigo que define diretriz de atuação da
prioritariamente orientadora, quando a fiscalização. Não obriga o fiscal e apenas orientar,
atividade ou situação, por sua natureza, pois deixa claro a necessidade de
comportar grau de risco compatível com esse compatibilidade dessa conduta. Acredita-se que
procedimento. não deverá mais haver autuação para infrações já
sanadas por ocasião de sua identificação pela
fiscalização. Com mais razão quando o infrator
comunica o órgão ambiental da ocorrência
infracional e, no mesmo ato, sua correção.
TÍTULO II TÍTULO III Os instrumentos do CEMA, sempre foram em
DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA ESTADUAL DO DOS INSTRUMENTOS número demasiadamente significativo. Enquanto
MEIO AMBIENTE DA POLÍTICA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE a Lei Federal da Política Nacional do Meio
CAPÍTULO I CAPÍTULO I Ambiente traz poucos instrumentos em relação
DOS INSTRUMENTOS E DO PLANEJAMENTO DOS INSTRUMENTOS ao CEMA, não significa dizer que a quantidade de
instrumentos gerará maior qualidade na gestão
Art. 14. São instrumentos da Política Art. 15 - São instrumentos da Política ambiental.
Estadual do Meio Ambiente, dentre outros: Estadual do Meio Ambiente, dentre outros: De outro modo, os instrumentos são diretrizes
I.- acordos, convênios, consórcios e outros (Vide Lei n.º 13.913/12) importantes para os gestores ambientais. Bem
mecanismos associativos para gestão de I.- os Fundos Ambientais; aplicados todos esses instrumentos, ter-se-á uma
recursos ambientais; II.- o Plano Estadual de Preservação e eficaz política ambiental.
II.- análise de riscos; Restauração dos Processos Ecológicos,
III.- avaliação de impactos ambientais; Manejo Ecológico das Espécies e
IV.- fiscalização; Ecossistemas;
V.- audiências públicas; III.- Sistema Estadual de Unidades de
VI.- auditoria ambiental; Conservação (SEUC);
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VII.- cadastro ambiental rural; IV.- o Zoneamento Ecológico;
VIII.- cadastro técnico estadual de atividades V.- o Cadastro Técnico Rural e o Sistema
potencialmente poluidoras; Estadual de Informações Ambientais;
IX.- educação ambiental; VI.- os comitês de bacias hidrográficas, os planos
X.- estímulos e incentivos; de preservação de mananciais, a outorga de
XI.- fundos ambientais; uso, derivação e tarifação de recursos
XII.- licenciamento ambiental, revisão e sua hídricos;
renovação e autorização; VII.- o zoneamento das diversas atividades
XIII.- lista de espécies da fauna silvestre e da produtivas ou projetadas;
flora nativa ameaçadas de extinção; VIII.- a avaliação de impactos ambientais;
XIV.- padrões de qualidade ambiental; IX.- a análise de riscos;
XV.- pesquisa e monitoramento ambiental; X.- a fiscalização;
XVI.- plano(s) e programa(s) de conservação, XI.- a educação ambiental;
recuperação e uso sustentável dos recursos XII.- o licenciamento ambiental, revisão e sua
ambientais; renovação e autorização;
XVII.- Plano Estadual de Resíduos Sólidos; XIII.- os acordos, convênios, consórcios e outros
XVIII.- Plano Estadual de Saneamento; mecanismos associativos de gerenciamento
XIX.- Programa Estadual de Gerenciamento de recursos ambientais;
Costeiro; XIV.- audiências públicas;
XX.- sanções administrativas; XV.- as sanções;
XXI.- Sistema Estadual de Gestão Integrada de XVI.- pesquisa e monitoramento ambiental;
Monitoramento e Alerta de Desastres; XVII.- auditoria ambiental;
XXII.- Sistema Estadual de Recursos Hídricos; XVIII.- os padrões de qualidade ambiental.
XXIII.- Sistema Estadual de Unidades de
Conservação ‒ SEUC;
XXIV.- Sistemas de Informações Ambientais do
Estado;
XXV.- zoneamento ecológico-econômico e
demais zoneamentos específicos
aprovados por regulamentação específica;
XXVI.- gerenciamento de áreas potencialmente
contaminadas, contaminadas e
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reabilitadas;
XXVII.- gerenciamento de risco tecnológico;
XXVIII.- plano de emergência para episódios
críticos de poluição do ar.
CAPÍTULO II O art. 16 revogado definia diretriz relevante em
DO PLANEJAMENTO termos de planejamento ambiental,
resguardando critérios específicos para
Art. 16 - Os programas governamentais de implementação de programas governamentais de
âmbito estadual ou municipal destinados à desenvolvimento, notadamente através de
recuperação econômica, incentivo à produção participação e de medidas mitigadoras e
ou exportação, desenvolvimento industrial, compensatórias.
agropecuário ou mineral, geração de energia e Em relação ao parágrafo único, por força de lei
outros que envolvam múltiplos federal ainda vigente, não deverá ser alterada a
empreendimentos e intervenções no meio prática de amplos debates por ocasião da
ambiente, em especial aqueles de grande elaboração de planos diretores e planos de bacia.
abrangência temporal ou espacial, deverão
obrigatoriamente incluir avaliação prévia das
repercussões ambientais, inclusive com a
realização de audiências públicas, em toda sua
área de influência e a curto, médio e longo
prazos, indicando as medidas mitigadoras e
compensatórias respectivas e os responsáveis
por sua implementação.
Art. 15. O planejamento ambiental tem por Parágrafo único - Incluem-se entre os
objetivos: programas referidos no "caput" deste artigo os Artigo aprimorado e atualizado.
I - implementar a Política Estadual do Meio planos diretores municipais, planos de bacia
Ambiente; hidrográfica e planos de desenvolvimento
II - articular os aspectos ambientais dos vários regional.
planos, programas e ações previstos na
Constituição do Estado e na legislação, em Art. 17 - O planejamento ambiental tem por
especial relacionados com: objetivos:
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a) localização industrial; I - produzir subsídios à formulação da Política
b) manejo do solo agrícola; Estadual de Controle do Meio Ambiente;
c) uso dos recursos minerais; II - articular os aspectos ambientais dos vários
d) aproveitamento dos recursos energéticos; planos, programas e ações previstas na
e) aproveitamento dos recursos hídricos; Constituição do Estado, em especial
f) saneamento básico; relacionados com:
g) gerenciamento costeiro; a) localização industrial;
h) desenvolvimento das regiões metropolitanas, b) manejo do solo agrícola;
aglomerações e microrregiões; c) uso dos recursos minerais;
i) patrimônio cultural, estadual, especialmente d) aproveitamento dos recursos
os conjuntos urbanos e sítios de valor ecológico; energéticos;
j) proteção preventiva à saúde; e) aproveitamento dos recursos
k) desenvolvimento científico e tecnológico; hídricos;
l) conservação e recuperação de florestas e f) saneamento básico;
demais formas de vegetação nativa; g) reflorestamento;
m) prevenção de desastres e recuperação de
h) gerenciamento costeiro;
áreas afetadas por desastres naturais e
i) desenvolvimento das regiões metropolitanas,
antrópicos; e
aglomerações e microrregiões;
III plano de contingência ambiental;
j) patrimônio cultural, estadual, especialmente
IV - elaborar planos para as Unidades de
os conjuntos urbanos e sítios valor ecológico;
Conservação, espaços territoriais especialmente
protegidos ou para áreas com problemas
l) proteção preventiva à saúde;
ambientais específicos; m) desenvolvimento científico e
tecnológico.
V - elaborar programas especiais com vista à
integração das ações com outros sistemas de
III - elaborar planos para as
gestão e áreas da administração direta e indireta
Unidades de Conservação, espaços territoriais
do Estado, da União e dos municípios,
especialmente protegidos ou para áreas com
especialmente saneamento básico, recursos
problemas ambientais específicos;
hídricos, saúde e desenvolvimento urbano e
IV - elaborar programas especiais
regional;
com vista à integração das ações com outros
VI - estabelecer, com apoio dos órgãos técnicos
sistemas de gestão e áreas da administração
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competentes, as condições e os critérios para direta e indireta do Estado, União e municípios,
definir e implementar o Zoneamento Ecológico- especialmente saneamento básico, recursos
Econômico do Estado; hídricos, saúde e desenvolvimento urbano e
VII - prover a manutenção, preservação e regional;
recuperação da qualidade físico-química e V - estabelecer, com apoio dos
biológica dos recursos ambientais; órgãos técnicos competentes, as condições e
VIII - criar, demarcar, garantir critérios para definir e implementar o
e manter as Unidades de Conservação, áreas de Zoneamento Ambiental do Estado;
sítios históricos, arqueológicos, espeleológicos, VI - prover a manutenção,
de patrimônio cultural, artístico e paisagístico e preservação e recuperação da qualidade físico-
de ecoturismo; química e biológica dos recursos ambientais;
IX - incluir os aspectos ambientais no
VII - criar, demarcar, garantir e
planejamento da matriz energética do Estado;
manter as Unidades de Conservação, áreas de
X - reavaliar a política de transportes do Estado,
sítios históricos, arqueológicos, espeleológicos,
adequando-a aos objetivos da política ambiental;
de patrimônio cultural artístico e paisagístico e
e
de ecoturismo;
XI - estimular a proteção ambiental por meio de
VIII - incluir os aspectos ambientais
incentivos, como por meio de Pagamento por
no planejamento da matriz energética do
Serviços Ambientais ‒ PSA.
Estado; IX - reavaliar a política de transportes
do Estado, adequando-a aos objetivos da
Política Ambiental.
Art. 16. O planejamento ambiental terá como Art. 18 - O planejamento ambiental terá como Sem alterações significativas.
unidades de referência as bacias hidrográficas e unidades de referência as bacias hidrográficas e
será executado pelo Sistema Estadual de será executado pelo Sistema Estadual de
Proteção Ambiental ‒ SISEPRA ‒, por intermédio Proteção Ambiental - SISEPRA, através dos
dos seguintes instrumentos: seguintes instrumentos:
I - gestão do equilíbrio entre a oferta e a I - gerenciamento das bacias hidrográficas;
demanda de água nas bacias hidrográficas II - institucionalização dos comitês de bacias,
previstas no Sistema de Gerenciamento dos cujas propostas deverão ser embasadas na
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Recursos Hídricos do Estado cujos critérios de participação e discussão com as comunidades
composição serão regulamentados; atingidas e beneficiadas;
II - compatibilização dos planos regionais de III - compatibilização dos planos regionais de
desenvolvimento com as diretrizes ambientais desenvolvimento com as diretrizes ambientais
da região, emanadas do Conselho Estadual do da região, emanadas do Conselho Estadual do
Meio Ambiente ‒ CONSEMA; e Meio Ambiente - CONSEMA;
III - realização do diagnóstico ambiental e IV - realização do diagnóstico ambiental e
Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado, a Zoneamento Ambiental do Estado.
ser implantado por lei específica.
Parágrafo único - Os Planos Diretores Municipais
Parágrafo único. Os Planos Diretores Municipais deverão atender aos dispositivos previstos neste
deverão atender aos dispositivos previstos neste Código.
Código.
Art. 17. O Comitê de Planejamento Energético do Art. 19 - O Conselho Estadual de Energia Sem alterações significativas.
Estado – COPERGS ‒ promoverá reavaliação e (CENERGS) e o Conselho Estadual de Meio
redimensionamento da matriz energética do Ambiente (CONSEMA) promoverão reavaliação
Estado, nos termos do art. 162 da Constituição e redimensionamento completos da matriz
do Estado, dando ênfase especial às estratégias energética do Estado, nos termos do artigo 162
de conservação de energia e minimização de da Constituição Estadual, dando ênfase
desperdícios. especial às estratégias de conservação de
energia e minimização de desperdícios.
Parágrafo único. O COPERGS deverá submeter
suas deliberações ao CONSEMA sempre que as
políticas propostas envolverem aproveitamento
energético de recursos naturais.
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Art. 21 - Compete ao Poder Público estabelecer Artigo que respaldava iniciativas de qualidade de
níveis de luminosidade e aeração adequados vida revogado.
para os espaços internos e externos, garantindo
a saúde, conforto e bem estar da população.
Art. 19. O órgão estadual competente instituirá Relevante artigo que materializa a
um sistema estadual de informações ambientais implementação de dispositivos previstos no
no SISEPRA, com o objetivo de: código.
I - reunir, integrar, dar consistência e
disponibilizar dados e informações de interesse
ambiental;
II - sistematizar indicadores sobre a qualidade, a
isponibilidade, o uso e a conservação dos
recursos ambientais e da biodiversidade;
III - informar as causas de degradação
ambiental, a presença de substâncias
potencialmente danosas, as mudanças
climáticas, bem como os níveis de poluição e as
situações de risco existentes no Estado do Rio
Grande do Sul;
IV - fornecer subsídios para o planejamento e o
gerenciamento dos recursos ambientais, da
biodiversidade, das mudanças climáticas e da
ecoeficiência.
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do meio ambiente.
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CAPÍTULO III CAPÍTULO IV Sem alterações.
DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Art. 24. Compete ao Poder Público promover a Art. 27 - Compete ao Poder Público promover a
educação ambiental em todos os níveis de sua educação ambiental em todos os níveis de sua
atuação e a conscientização da sociedade para a atuação e a conscientização da sociedade para a
preservação, conservação e recuperação do preservação, conservação e recuperação do
meio ambiente, considerando: meio ambiente, considerando:
I - a educação ambiental sob o ponto de vista I - a educação ambiental sob o ponto de vista
interdisciplinar; interdisciplinar;
II - o fomento, junto a todos os segmentos da II - o fomento, junto a todos os segmentos da
sociedade, da conscientização ambiental; sociedade, da conscientização ambiental;
III - a necessidade das instituições III - a necessidade das instituições
governamentais estaduais e municipais de governamentais estaduais e municipais de
realizarem ações conjuntas para o planejamento realizarem ações conjuntas para o
e a execução de projetos de educação ambiental, planejamento e execução de projetos de
respeitando as peculiaridades locais e regionais; educação ambiental, respeitando as
IV - o veto à divulgação de propaganda danosa ao
peculiaridades locais e regionais;
meio ambiente e à saúde pública;
IV - o veto à divulgação de propaganda danosa
V - capacitação dos recursos humanos para a
ao meio ambiente e à saúde pública;
operacionalização da educação ambiental, com
V - capacitação dos recursos humanos para a
vista ao pleno exercício da cidadania.
operacionalização da educação ambiental, com
vistas ao pleno exercício da cidadania.
§ 1º A promoção da conscientização ambiental
prevista neste artigo dar-se-á por meio da
§ 1º - A promoção da conscientização ambiental
educação formal, não formal e informal.
prevista neste artigo dar-se-á através da
educação formal, não-formal e informal.
§ 2º Os órgãos executivos do SISEPRA divulgarão,
mediante publicações e outros meios, planos,
§ 2º - Os órgãos executivos do Sistema Estadual
programas, pesquisas e projetos de interesse
de Proteção Ambiental - SISEPRA divulgarão,
ambiental objetivando ampliar a conscientização
mediante publicações e outros meios, os planos,
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popular a respeito da importância da proteção programas, pesquisas e projetos de interesse
do meio ambiente. ambiental objetivando ampliar a
conscientização popular a respeito da
importância da proteção do meio ambiente.
Art. 27. A coleta e o transporte de flora nativa Art. 30 - As licenças de coleta não são válidas
para fins científicos, visando ao seu para as espécies raras que necessitem cuidados
conhecimento e consequente proteção, requer especiais, ou cuja sobrevivência esteja
autorização prévia do órgão ambiental ameaçada nos limites do território estadual e
competente, em conformidade com a legislação. nacional.
Art. 28. A coleta, o transporte e o estudo de Parágrafo único - O manuseio dos espécimes
fósseis serão fiscalizados pelo órgão ambiental referidos neste artigo somente será permitido
competente, em conformidade com a legislação, para fins de pesquisa que venha
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respeitadas as competências da União. comprovadamente em benefício da
sobrevivência da espécie em questão,
Art. 29. Os pesquisadores estrangeiros mediante licença especial a ser concedida pela
apresentados pelo país de origem e autorizados autoridade competente.
para pesquisa no Brasil em conformidade com a
legislação específica de acesso a recursos Art. 31 - Amostras e exemplares das espécies
genéticos poderão receber licenças temporárias coletadas por cientistas nacionais e
de coleta, preenchidos os requisitos legais, estrangeiros, deverão ser depositadas em
sempre às expensas do licenciado. coleção científica do órgão estadual
competente ou noutro reconhecido por este,
Art. 30. A coleta para as espécies constantes em localizadas no território estadual, bem como
listas oficiais de espécies ameaçadas de extinção deverá ser apresentado ao órgão concedente
só será autorizada pelo órgão competente para da autorização um relatório de suas atividades.
fins de pesquisa que venha comprovadamente
em benefício da sobrevivência da espécie em Art. 32 - O Poder Executivo Estadual
questão, mediante justificativa da necessidade regulamentará, com base nos princípios e
de coleta. diretrizes emanados desta Lei, a coleta para fins
didáticos.
Art. 31. Amostras e exemplares das espécies
coletadas por cientistas nacionais e estrangeiros Art. 33 - A utilização indevida da licença de
deverão ser depositadas em coleção científica do coleta implicará cassação da mesma, sem
órgão estadual competente ou noutro prejuízo das demais sanções cabíveis.
reconhecido por este, localizadas no território
estadual, bem como deverá ser apresentado ao Art. 34 - A realização de pesquisa e coleta em
órgão concedente da autorização um relatório áreas públicas ou privadas, deverá estar
de suas atividades. precedida de licença emitida pelas autoridades
responsáveis e pelos proprietários das mesmas.
Art. 32. A utilização indevida da licença de coleta
implicará cassação da licença, sem prejuízo das Art. 35 - O Poder Público manterá um cadastro
demais sanções cabíveis. das instituições e pesquisadores que se
dediquem ao estudo, coleta e manutenção da
Art. 33. O Estado poderá manter um cadastro fauna e flora silvestre.
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de instituições e pesquisadores que se
dediquem ao estudo, à coleta e à manutenção
da fauna e flora silvestre.
§ 3º O Estado, ao propor a criação e ampliação Art. 42 - Cada UC, dentro de sua categoria,
de Unidade de Conservação, deverá disporá sempre de um Plano de Manejo, no
demonstrar claramente a previsão e alocação qual será definido o zoneamento da unidade e
de recursos humanos e orçamento, bem sua utilização, sendo vedadas quaisquer
como indicar fontes de recursos futuras para alterações, atividades ou modalidades
sua manutenção e regularização fundiária. estranhas ao respectivo plano.
§ 1º - O Plano de Manejo de cada UC deverá
Art. 40. As Unidades de Conservação deverão estar elaborado em no máximo 3 (três) anos
dispor de um Plano de Manejo, no qual será após a sua criação.
definido o zoneamento da unidade e sua
utilização. § 2º - O Plano de Manejo deverá ser revisto a
cada 5 (cinco) anos ou em qualquer tempo
§ 1º O Plano de Manejo de cada UC deve ser respeitando seus princípios básicos.
elaborado em no máximo 5 (cinco) anos após
a sua criação. Art. 43 - A pesquisa científica no interior das
UCs será autorizada pelo órgão administrador,
visando ao conhecimento sobre a
§ 2º O Plano de Manejo de cada UC poderá ser
biodiversidade e demais atributos preservados
revisado a qualquer momento.
e a conseqüente adequação dos Planos de
Manejo, não podendo colocar em risco a
Art. 41. As Unidades de Conservação de
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proteção integral deverão dispor de um sobrevivência das suas populações.
conselho consultivo, sendo permitido
conselho deliberativo apenas na Reserva de Art. 44 - As atividades de educação ambiental
Desenvolvimento Sustentável e Reserva nas UCs somente serão desenvolvidas
Extrativista. mediante autorização e supervisão do órgão
Administrador das referidas UCs, devendo ser
Art. 42. As Unidades de Conservação, exceto desenvolvidas em todas as categorias de
Área de Proteção Ambiental e Reserva manejo.
Particular do Patrimônio Natural, devem
possuir uma Zona de Amortecimento – ZA – e, Art. 45 - A visitação pública só será permitida
quando conveniente, corredores ecológicos. no interior das UCs dotadas de infra- estrutura
adequada e nas categorias que a permitam,
§ 1º O órgão responsável pela administração ficando restritas áreas previstas no Plano de
da unidade estabelecerá normas específicas Manejo.
regulamentando a ocupação e o uso dos
recursos da ZA e dos corredores ecológicos de Art. 46 - O Estado deverá destinar,
uma Unidade de Conservação. anualmente, recursos orçamentários
específicos para a implantação, manutenção e
§ 2º Os limites da ZA e dos corredores uso adequado das UCs públicas estaduais.
ecológicos e as respectivas normas de que
trata o § 1.º poderão ser definidas no ato de Art. 47 - Os órgãos integrantes do SEUC
criação da unidade ou posteriormente. poderão receber recursos ou doações
provenientes de organizações privadas,
§ 3º As ZAs de Unidades de Conservação empresas públicas ou de pessoas físicas ou
instituídas por município não poderão incidir jurídicas.
em território de outro município.
Art. 48 - Os recursos obtidos com a cobrança
Art. 43. A pesquisa científica no interior das de ingressos, com a utilização das instalações e
UCs será autorizada pelo órgão responsável dos serviços das UCs, somente poderão ser
pela administração, visando ao conhecimento aplicados na implantação, manutenção ou nas
sobre a biodiversidade e demais atributos atividades das Ucs pertencentes ao SEUC.
preservados e à consequente adequação dos
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Planos de Manejo, não podendo colocar em Art. 49 - Nas Unidades de Conservação
risco a sobrevivência das suas populações. Estaduais é proibido qualquer atividade ou
empreendimento, público ou privado, que
Art. 44. As atividades de educação ambiental danifique ou altere direta ou indiretamente a
nas UCs devem ser estimuladas pelo Poder flora, a fauna, a paisagem natural, os valores
Público e podem ser desenvolvidas em culturais e os ecossistemas, salvo aquelas
qualquer das categorias de proteção integral definidas para cada categoria de manejo.
ou de uso sustentável, desde que autorizadas
pelo órgão responsável pela respectiva Art. 50 - Deverá ser criado um Serviço Especial
administração e de acordo com o Plano de de Fiscalização nas UCs, com atribuições
Manejo sempre que este existir. específicas, de maneira a fazer cumprir a
legislação vigente para essas áreas, podendo
Art. 45. A visitação pública será permitida no ainda serem firmados convênios com outras
interior das UCs dotadas de infraestrutura entidades que prestem auxílio à execução
adequada e nas categorias que a permitam, dessa atividade.
ficando restrita às áreas previstas no Plano de
Manejo.
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expressa em contrato, convênio ou outro
instrumento legalmente admitido.
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§ 2º A autorização prevista no “caput” deste deve se dar uma única vez, por ocasião da LP e
artigo será exigível para a emissão da primeira não a cada renovação.
licença ambiental e quando houver ampliação de
medida-porte do empreendimento ou atividade
licenciada.
Art. 53. Nos processos de licenciamento O art. 53 retira o caráter autorizatório do órgão
ambiental de empreendimentos não sujeitos a gestor da UC, dando-se ciência nos casos
EIA/RIMA, o órgão ambiental licenciador deverá elencados.
dar ciência ao órgão responsável pela Tal situação modifica a postura então adotada e
administração da UC, quando o suprime a necessidade de manifestação positiva,
empreendimento: pela ciência.
I - puder causar impacto direto em UC;
II - estiver localizado na sua ZA; ou
III - estiver localizado no limite de até 2 (dois) mil
metros da UC, cuja ZA não tenha sido
estabelecida no prazo de até 5 (cinco) anos a
partir da data da publicação deste Código.
Art. 54. O órgão ambiental competente, no Art. 56 - O órgão ambiental competente, no A previsão legal das etapas do licenciamento
exercício de sua competência de controle, exercício de sua competência de controle, ambiental, divididas em LP, LI e LO consta na
expedirá, com base em manifestação técnica expedirá, com base em manifestação técnica resolução CONAMA 237/97, art. 8º.
obrigatória, as seguintes licenças: obrigatória, as seguintes licenças: A Política Nacional do Meio Ambiente (Lei n.
I - Licença Prévia ‒ LP ‒, na fase preliminar, de I - Licença Prévia (LP), na fase preliminar, de 6.938/81) ou a Lei Complementar n. 140/11 não
planejamento do empreendimento ou da planejamento do empreendimento ou vinculam os órgãos ambientais a tais etapas.
atividade, contendo requisitos básicos a serem atividade, contendo requisitos básicos a serem Importante colocar que a LU, a LOR e a LAC
atendidos, nas fases de localização, instalação e atendidos, nas fases de localização, instalação (incisos IV, V e VI) são importantes instrumentos
operação, observadas as diretrizes do e operação, observadas as diretrizes do que poderiam ser tratados em regulamento, se
planejamento e zoneamento ambientais e planejamento e zoneamento ambientais e assim desejasse o legislador. Entretanto, não se
demais legislações pertinentes, atendidos os demais legislações pertinentes, atendidos os nega que a codificação da matéria traz robustez
planos municipais, estaduais e federais, de uso e planos municipais, estaduais e federais, de uso jurídica à regra.
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ocupação do solo; e ocupação do solo; A Licença por Adesão e Compromisso (LAC) é
II - Licença de Instalação ‒ LI ‒, autorizando o II - Licença de Instalação (LI), autorizando o uma iniciativa importante e utilizada como trunfo
início da implantação do empreendimento ou da início da implantação do empreendimento ou político para aprovação do código, prometendo
atividade, de acordo com as condições e atividade, de acordo com as condições e desburocratizar e agilizar o licenciamento
restrições da LP e, quando couber, as restrições da LP e, quando couber, as ambiental no Estado.
especificações constantes no Projeto Executivo especificações constantes no Projeto
aprovado, e atendidas as demais exigências do Executivo aprovado, e atendidas as demais A LAC já é utilizada em alguns Estados da
órgão ambiental; exigências do órgão ambiental; federação e municípios. O STF, por ocasião do
III - Licença de Operação ‒ LO ‒, autorizando, III - Licença de Operação (LO), julgamento da Ação Direta de
após as verificações necessárias, o início do autorizando, após as verificações necessárias, Inconstitucionalidade n. 4615 em setembro de
empreendimento ou da atividade e, quando o início do empreendimento ou atividade e, 2019 (https://direitoambiental.com/stf-lei-
couber, o funcionamento dos equipamentos de quando couber, o funcionamento dos estadual-que-cria-licenca-ambiental-por-
controle de poluição exigidos, de acordo com o equipamentos de controle de poluição autodeclaracao-e-constitucional/), reconheceu a
previsto nas LP e LI, e atendidas as demais exigidos, de acordo com o previsto na LP e LI e competência legal do Estado para legislar sobre
exigências do órgão ambiental competente; atendidas as demais exigências do órgão essa autorização autodeclaratória, com posterior
IV - Licença Única ‒ LU ‒, autorizando atividades ambiental competente. conferência, como uma declaração de imposto
específicas que por sua natureza ou de renda.
peculiaridade poderão ter as etapas de
procedimento licenciatório unificadas; De qualquer forma, a LAC consiste em um rito
V - Licença de Operação e Regularização ‒ LOR ‒ simplificado que, bem utilizado, pode constituir
, regularizando o empreendimento ou a atividade um avanço e a inversão da lógica atual de
que se encontra em operação e que não cumpriu “monitorar processo e não as licenças” para
o rito ordenado e sucessivo dos pedidos de “licenciar rapidamente e monitorar a atividade”.
licenciamento ambiental, ou, que por razão
diversa, não obteve regularidade nos prazos Evidente que tal rito não é aplicável para todas
adequados, avaliando suas condições de atividades e exige o permanente monitoramento
instalação e funcionamento e permitindo a das atividades licenciáveis, devendo haver uma
continuidade de sua operação mediante regulamentação específica.
condicionantes de controle ambiental e sem
prejuízo das penalidades previstas; A legislação ambiental é rígida para quem burla
VI - Licença Ambiental por Compromisso ‒ LAC ‒ processos e informações em procedimentos
ambientais, mas precisa ser aplicada. Isso vale
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, procedimento eletrônico autorizando a para os conselhos de classe, que devem aplicar
localização, a instalação e a operação da § 1º - As licenças expedidas serão válidas por suas normas internas para banir profissionais que
atividade ou do empreendimento, mediante prazo determinado, entre 1 (um) e 5 (cinco) lesam preceitos legais e o próprio ambiente
Declaração de Adesão e Compromisso ‒ DAC ‒ do anos, de acordo com o porte e o potencial (vide, por exemplo o art. 69A da Lei n. 9.605/98).
empreendedor aos critérios, pré-condições, poluidor da atividade, critérios definidos pelo
documentos, requisitos e condicionantes órgão ambiental e fixados normativamente
ambientais estabelecidos pela autoridade pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente. Novamente o Código outorga competência ao
licenciadora e respeitadas as disposições § 2º - As licenças indicadas nos incisos deste CONSEMA para definir as atividades passíveis de
definidas pelo Conselho Estadual do Meio artigo poderão ser expedidas sucessiva ou LAC. A versão final do Código, aprovada e
Ambiente. isoladamente, conforme a natureza, sancionada, não fixou o cabimento.
características e fase do empreendimento ou
§ 1º O Conselho Estadual do Meio Ambiente atividade. Os demais parágrafos vigentes adotam as regras
estabelecerá os empreendimentos e as federais já em vigor.
atividades que serão licenciados na forma § 3º - Poderá ser admitido um único processo Destaque para o prazo de validade das licenças,
prevista nos incisos IV e VI do “caput” deste de licenciamento ambiental para pequenos que era de 5 anos e passa para 10 anos.
artigo. empreendimentos e atividades similares e
vizinhos ou para aqueles integrantes de planos O §7º e o § 10º do artigo 54 são repetidos.
§ 2º As licenças indicadas nos incisos I, II e III do de desenvolvimento aprovados, previamente, Carecia um veto. Ambos repetem o disposto na
“caput” deste artigo poderão ser expedidas de pelo órgão competente, desde que definida a Lei Complementar n. 140/11, art. 14, §4º.
forma sucessiva, aglutinadas ou isoladamente, responsabilidade legal pelo conjunto de
conforme a natureza, características e fase do empreendimentos ou atividades.
empreendimento ou da atividade.
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§ 4º O Conselho Estadual do Meio Ambiente
poderá estabelecer outras formas de licença,
observadas a natureza, características e
peculiaridades da atividade ou do
empreendimento e, ainda, a compatibilização do
processo de licenciamento com as etapas de
planejamento, implantação e operação.
Art. 55. O órgão ambiental competente poderá Art. 57 - O órgão ambiental competente Sem alterações, com exceção da necessária
estabelecer prazos de análise diferenciados para poderá estabelecer prazos de análise previsão específica para a LAC (§3º).
cada modalidade de licença em função das diferenciado para cada modalidade de licença
peculiaridades da atividade ou do (LP, LI e LO) em função das peculiaridades da
empreendimento, bem como para a formulação atividade ou empreendimento, bem como
e exigências complementares, desde que para a formulação e exigências
observado o prazo máximo de 6 (seis) meses a complementares, desde que observado o
contar do protocolo do requerimento até seu prazo máximo de 6 (seis) meses a contar do ato
deferimento ou indeferimento, ressalvados os de protocolar o requerimento até seu
casos em que houver EIA/RIMA ou audiência deferimento ou indeferimento, ressalvados os
pública, quando o prazo será de até 12 (doze) casos em que houver EIA/RIMA ou audiência
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meses. pública, quando o prazo será de até 12 (doze)
meses.
§ 1º A contagem do prazo previsto no “caput”
deste artigo será suspensa durante a elaboração § 1º - A contagem do prazo previsto no "caput"
dos estudos ambientais complementares, deste artigo será suspensa durante a
preparação de esclarecimento pelo elaboração dos estudos ambientais
empreendedor ou suspensão do processo complementares ou preparação de
devidamente justificado e a pedido do esclarecimento pelo empreendedor.
interessado.
§ 2º - Os prazos estipulados no "caput"
§ 2º Os prazos estipulados no “caput” deste poderão ser alterados desde que justificados e
artigo poderão ser alterados desde que com a concordância do empreendedor e do
justificados e com a concordância do órgão ambiental competente.
empreendedor e do órgão ambiental
competente.
Art. 56. As pessoas jurídicas que possuam Trata-se de inovação na legislação estadual.
certificação conforme norma nacional ou Registre-se que por ocasião do desenvolvimento
internacional e que não tenham contra si ou seus das atividades como secretario na Secretaria do
sócios sanções administrativas ambientais Meio Ambiente de Porto Alegre, Maurício
transitadas em julgado nos últimos 5 (cinco) anos Fernandes, co-autor deste material, encaminhou
ou, nos casos de pessoas físicas e jurídicas, para instâncias competentes minuta de norma no
tenham boas práticas de proteção e conservação mesmo sentido. Não se tem notícias de
ambiental certificadas pelo órgão ambiental acolhimento até a publicação deste material.
estadual competente terão prazos diferenciados Imperioso reconhecer que as certificações
voluntárias privadas são tão ou mais exigentes
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para análise de processos de obtenção e/ou que uma licença ambiental. Resta a dúvida em
renovação de licenças ambientais. relação à necessidade da empresa ou seus sócios
não tiverem sofrido sanções ambientais, pois tal
§ 1º As disposições previstas no “caput” deste critério estará sempre sob controle do próprio
artigo serão regulamentadas pelo Estado. órgão público. Uma autodenúncia por acidente
involuntário poderá gerar uma sanção e, embora
§ 2º Na hipótese do “caput” deste artigo, o prazo a empresa possa adotar todas práticas
máximo para atendimento quanto à LP será de 3 adequadas para corrigir a infração, ainda assim
(três) meses a contar do protocolo do terá o mesmo tratamento de uma que é infratora
requerimento, ressalvados os casos em que contumaz.
houver EIA/RIMA e/ou audiência pública, quando Resta aguardar a regulamentação.
o prazo máximo será de 6 (seis) meses.
Em relação aos prazos para análise das licenças, a
§ 3º Os prazos máximos para atendimento do regra nacional é de seis meses (e com EIA/RIMA
disposto no “caput” deste artigo na LI serão de 3 12meses) e o código foi ousado. Importante
(três) meses a contar do protocolo do colocar que o descumprimento de tais prazos
requerimento. levará, a requerimento da parte interessada, o
processo ao IBAMA, por fruto instauração da
§ 4º Os prazos máximos para atendimento do competência supletiva, com fulcro na
disposto no “caput” deste artigo na LO serão de determinação legal contida na Lei Complementar
30 (trinta) dias a contar do protocolo do n. 140/11, art. 14, §3º.
requerimento.
No §7º novamente o código traz competência ao
§ 5º A contagem dos prazos previstos nos §§ 2.º, Consema, no sentido de ratificar a certificação
3.º e 4.º deste artigo será suspensa durante a ambiental.
elaboração dos estudos ambientais
complementares, preparação de esclarecimento
pelo empreendedor ou suspensão do processo
devidamente justificado e a pedido do
interessado.
Art. 57. Para cumprimento dos prazos definidos Prevê a possibilidade de contratar consultoria
neste Código, o órgão ambiental competente para analisar licenças.
poderá contratar pessoas físicas ou jurídicas Contudo a Lei Complementar n. 140/11 prevê
capacitadas ou realizar convênios, parcerias ou que órgão ambiental capacitado “aquele que
outros instrumentos de cooperação, sendo sua a possui técnicos próprios ou em consórcio,
responsabilidade de ratificar os resultados devidamente habilitados e em número
obtidos dos objetos contratados. compatível com a demanda das ações
administrativas” (art. 5º).
Defende-se que ao invés de contratualizar com
outras instituições, seja considerada em grau
mais elevado a Responsabilidade Técnica do
responsável pelo licenciamento, devidamente
contratado pelo empreendedor e fiscalizado
pelos conselhos de classe.
Frise-se que o art. 69A da Lei n. 9.605/98 prevê
como crime, a burla efetuada no processo
ambiental pelo RT.
Art. 58. O empreendedor deverá atender à Art. 58 - O empreendedor deverá atender à Sem alterações.
solicitação de esclarecimentos e solicitação de esclarecimentos e
complementações, formuladas pelo órgão complementações, formuladas pelo órgão
ambiental competente, dentro do prazo máximo ambiental competente, dentro do prazo
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de 120 (cento e vinte) dias, a contar do máximo de 4 (quatro) meses, a contar do
recebimento da respectiva notificação. recebimento da respectiva notificação.
Art. 60. Tanto o deferimento quanto o Art. 60 - Tanto o deferimento quanto o A alteração adotada pelo novo código neste
indeferimento das licenças ambientais deverão indeferimento das licenças ambientais ponto diz respeito à punição do servidor público.
basear-se em parecer técnico que deverá fazer deverão basear-se em parecer técnico A nova regra restringiu a punição administrativa
parte do corpo da decisão. específico obrigatório, que deverá fazer parte e o direito de regresso ao agente somente na
do corpo da decisão. hipótese de dolo ou de erro grosseiro.
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§ 1º As responsabilidades técnica, administrativa Trata-se de situação adequada, pois a
e civil de parecer técnico conclusivo visando à Parágrafo único. As responsabilidades técnica, banalização da punição pessoal do servidor gera
emissão de licenças ambiental, florestal ou administrativa e judicial sobre o conteúdo de efeito contrário e, ao invés de punir o que
outorga de água será exclusiva do órgão parecer técnico conclusivo visando à emissão comete erros deliberados, acaba por prejudicar
licenciador, garantido o direito de regresso ao de licenças ambiental, florestal ou outorga de todo o sistema de licenciamento, na medida em
agente, neste último caso somente na hipótese água, por parte dos órgãos ambientais, será que os riscos da profissão colocam acabam sendo
de dolo ou de erro grosseiro. exclusiva de cada um destes, garantido o maiores do que deveriam, gerando um ambiente
direito de regresso. (Incluído pela Lei n.º de medo onde poucos assumem encargos
§ 2º As responsabilidades técnica, administrativa 13.914/12) rotineiros.
e civil sobre o conteúdo de parecer técnico Vide art. 103 e art. 220.
conclusivo, que remetam a estudos
apresentados pelo empreendedor, visando à
emissão de licenças ambiental, florestal ou
outorga de água, bem como a garantia de
alcançar os resultados planejados no controle da
poluição durante a fase de operação, é do
empreendedor na pessoa de seu representante
legal e de seu responsável técnico, devidamente
habilitado e com Anotação de Responsabilidade
Técnica ‒ ART.
Art. 61. Ao interessado no empreendimento ou Art. 61 - Ao interessado no empreendimento Artigo que adequadamente foi mantido e
na atividade cuja solicitação de licença ambiental ou atividade cuja solicitação de licença notadamente aperfeiçoado.
tenha sido indeferida dar-se-á prazo para ambiental tenha sido indeferida, dar-se-á, nos
interposição de recurso, conforme termos do regulamento, prazo para
regulamentação. interposição de recurso, a ser julgado pela
autoridade competente licenciadora da
atividade.
Art. 62. O órgão ambiental competente, diante Art. 62 - O órgão ambiental competente, Artigos que adequadamente foram mantidos e
das alterações ambientais ocorridas em diante das alterações ambientais ocorridas em notadamente aperfeiçoados.
determinada área, deverá exigir dos determinada área, deverá exigir dos No art. 64 de ambos, há modificação na forma de
responsáveis pelos empreendimentos ou responsáveis pelos empreendimentos ou exigência de reassentamento, pois até então a LI
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atividades já licenciados as adaptações ou atividades já licenciados, as adaptações ou não era emitida sem o reassentamento, agora
correções necessárias a evitar ou diminuir, correções necessárias a evitar ou diminuir, não há essa vedação, embora um plano deva ser
dentro das possibilidades técnicas dentro das possibilidades técnicas apresentado por ocasião da LP.
comprovadamente disponíveis, os impactos comprovadamente disponíveis, os impactos
negativos sobre o meio ambiente decorrentes da negativos sobre o meio ambiente decorrentes
nova situação. da nova situação.
Art. 63. A regularidade perante os órgãos Art. 63 - Serão consideradas nulas as eventuais
ambientais competentes deve ser exigida em licitações para a realização de obras públicas
licitações para a contratação de serviços e obras dependentes de licenciamento ambiental que
públicas sujeitos a licenciamento ambiental. não estiverem plenamente regularizadas
perante os órgãos ambientais.
Art. 64. Os empreendimentos que acarretarem
no deslocamento de populações humanas Art. 64 - Os empreendimentos que
apresentarão, para obtenção de LP, um acarretarem no deslocamento de populações
programa de reassentamento, constando etapas humanas para outras áreas terão na sua
a serem cumpridas em cronograma pré- Licença Prévia (LP), como condicionante para
estabelecido. obtenção de Licença de Instalação (LI), a
resolução de todas as questões atinentes a
§ 1º Para obtenção de LI, deverão ser esse deslocamento, em especial a
apresentados os projetos relativos à execução do desapropriação e o reassentamento.
programa de reassentamento, com suas
respectivas ARTs ou outro documento que venha
a substituí-lo, se for o caso.
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Art. 65 - Iniciada a implantação ou operação de Artigos revogados.
empreendimentos ou atividades antes da Entende-se que tais dispositivos conferiam maior
expedição das respectivas licenças, o efetividade para gestão ambiental.
responsável pela outorga destas deverá, sob
pena de responsabilidade funcional,
comunicar o fato às entidades financiadoras
desses empreendimentos, sem prejuízo das
demais sanções previstas nesta lei e demais
legislações.
Art. 65. Os empreendimentos ou as atividades Art. 67 - Os empreendimentos ou atividades Sem alterações significativas.
com início da implantação ou da operação antes com início da implantação ou operação antes Perdeu-se a oportunidade de afastar o marco
deste Código, sem licenciamento ambiental deste Código, consideradas efetiva ou temporal previsto no caput, no sentido de
válido, consideradas efetiva ou potencialmente potencialmente poluidoras, deverão solicitar o considerar apenas as atividades em operação
poluidoras, deverão solicitar o licenciamento licenciamento ambiental segundo a fase em antes do código. Aquele que opera sem licença
ambiental segundo a fase em que se encontram, que se encontram, de acordo com o artigo 56, após o código deve ter o mesmo tratamento.
de acordo com o art. 54 deste Código, ficando ficando sujeitas às infrações e penalidades
sujeitas às infrações e penalidades deste Código desta Lei e seu regulamento, e sem prejuízo O §2º do art. 65 traz importante instrumento que
e seu regulamento, e sem prejuízo das sanções das sanções impostas anteriormente. poderá ser implementado.
impostas anteriormente.
Parágrafo único - Mesmo superadas as fases
§ 1º Mesmo superadas as fases de Licença Prévia de Licença Prévia (LP) e Licença de Instalação
e de Licença de Instalação, ficam tais (LI) ficam tais empreendimentos ou atividades
empreendimentos ou atividades sujeitos ao sujeitos ao atendimento às exigências e
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atendimento das exigências e critérios critérios estabelecidos pelo órgão ambiental
estabelecidos pelo órgão ambiental competente competente quanto aos aspectos de
quanto aos aspectos de localização e localização e implantação, além dos que serão
implantação, além dos que serão estabelecidos estabelecidos para o seu funcionamento e que
para o seu funcionamento e que constarão da constarão da Licença de Operação (LO).
Licença de Operação e Regularização.
Art. 66. A expedição das licenças previstas no art. Art. 68 - A expedição das licenças previstas no Artigo sem alterações significativas.
54 deste Código fica sujeita ao pagamento dos artigo 56 fica sujeita ao pagamento de valores
custos de licenciamento ao órgão ambiental de ressarcimento, ao órgão ambiental De acordo com o artigo 77 do Código Tributário
competente, dos custos operacionais e de análise competente, dos custos operacionais e de Nacional, taxa é um tributo “que tem como fato
do licenciamento ambiental. análise do licenciamento ambiental. gerador o exercício regulador do poder de
polícia, ou a utilização efetiva e potencial, de
Parágrafo único. O pagamento dos custos de Parágrafo único - O ressarcimento dos custos serviço público específico e divisível”.
licenciamento dar-se-á no ato de solicitação da de licenciamento se dará no ato de solicitação Nenhum órgão ambiental brasileiro já publicou
licença e não garante ao interessado a concessão da licença e não garante ao interessado a uma planilha de custos operacionais. Em regra, as
da licença. concessão da mesma. taxas do licenciamento são fixadas considerando
o orçamento do órgão ou baseada,
especialmente em relação aos órgãos locais
ambiental, na tabela do órgão estadual.
Tema a ser aperfeiçoado.
Art. 67. Caberá aos municípios o licenciamento Art. 69 - Caberá aos municípios o Artigo atualizado.
ambiental dos empreendimentos e atividades: licenciamento ambiental dos Atribuições do Consema ampliadas.
I - que causem ou possam causar impacto empreendimentos e atividades consideradas
ambiental, conforme tipologia definida pelo como de impacto local, bem como aquelas que
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Conselho Estadual de Meio Ambiente, lhe forem delegadas pelo Estado por
considerados os critérios de porte, potencial instrumento legal ou convênio.
poluidor e natureza da atividade;
II - localizados em Unidades de Conservação Parágrafo único - O órgão ambiental
instituídas pelo município, exceto em Áreas de competente proporá, em razão da natureza,
Proteção Ambiental; e característica e complexidade, a lista de
III - que lhe forem delegadas pelo Estado por tipologias dos empreendimentos ou atividades
instrumento legal ou convênio. consideradas como de impacto local, ou quais
deverão ser aprovados pelo Conselho Estadual
Parágrafo único. Os órgãos ambientais do Meio Ambiente.
competentes proporão, em razão da natureza,
característica e complexidade, a lista de
tipologias dos empreendimentos ou das
atividades, os quais deverão ser aprovados pelo
Conselho Estadual do Meio Ambiente.
Art. 70 - Dar-se-á publicidade aos Artigo revogado que trazia eficácia à gestão
licenciamentos conforme a legislação federal, ambiental. Embora o próprio código preveja a
ao regulamento desta Lei e determinações do disponibilização de informações em outro
Conselho Estadual do Meio Ambiente. capítulo, este artigo específico sobre o
licenciamento tem sua relevância.
CAPÍTULO VII CAPÍTULO IX O caput, como deveria, espelha a regra
DO ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO DO ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO AMBIENTAL constitucional (art. 225, §1º, IV).
AMBIENTAL
Art. 71 - O licenciamento para a construção,
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Art. 69. O licenciamento para localização, instalação, ampliação, alteração e operação de No §1º perdeu-se a oportunidade de aprimorar a
construção, instalação, ampliação, alteração e empreendimentos ou atividades utilizadoras de competência do CONSEMA, pois da forma como
operação de empreendimentos ou atividades recursos ambientais considerados de a redação revogada e a atual estão, ao CONSEMA
utilizadoras de recursos ambientais significativo potencial de degradação ou é vedado avaliar a deliberação do órgão
considerados de significativo potencial de poluição, dependerá da apresentação do Estudo ambiental competente. Dito de outra forma,
impacto ambiental, dependerá da apresentação Prévio de Impacto Ambiental (EIA) e do poderia a FEPAM definir em norma as atividades
do EIA e do respectivo RIMA, ao qual se dará respectivo Relatório de Impacto Ambiental passíveis de EIA/RIMA. Contudo, se o legislador
publicidade, pelo órgão ambiental competente, (RIMA), ao qual se dará publicidade, pelo órgão definiu tal competência “normativa” ao
garantida a realização de audiência pública e ambiental competente, garantida a realização Conselho, que este tenha competência para
demais modalidades de participação pública, de audiência pública, quando couber. elencar as atividades e não apenas publicar a
quando couber, conforme regulamentação. definição da FEPAM.
§ 1º - A caracterização dos empreendimentos ou
§ 1º A caracterização dos empreendimentos ou atividades como de significativo potencial de A revogação do parágrafo único do art. 72 do
das atividades como de significativo potencial de degradação ou poluição dependerá, para cada código revogado não deverá trazer prejuízos,
degradação ou poluição dependerá, para cada um de seus tipos, de critérios a serem definidos pois a previsão de publicação na internet adotada
um de seus tipos, de critérios a serem definidos pelo órgão ambiental competente e fixados (art. 70) certamente é ainda mais eficiente.
pelo órgão ambiental competente e fixados normativamente pelo Conselho Estadual do
normativamente pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente, respeitada a legislação federal.
Meio Ambiente, respeitada a legislação federal.
§ 2º - Baseado nos critérios a que se refere o
§ 2º Baseado nos critérios a que se refere o "caput" deste artigo, o órgão ambiental
“caput” deste artigo, o órgão ambiental competente deverá realizar uma avaliação
competente deverá realizar uma avaliação preliminar dos dados e informações exigidos do
preliminar dos dados e informações exigidos do interessado para caracterização do
interessado para caracterização do empreendimento ou atividade, a qual
empreendimento ou da atividade, a qual determinará, mediante parecer técnico, a
determinará, mediante parecer técnico, a necessidade ou não da elaboração do EIA/RIMA,
necessidade ou não da elaboração do EIA/RIMA, que deverá fazer parte do corpo da decisão.
que deverá fazer parte do corpo da decisão.
Art. 72 - Quando determinada a necessidade de
Art. 70. Quando determinada a necessidade de realização de Estudo Prévio de Impacto
realização de EIA/RIMA pelo órgão ambiental Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto
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competente, as solicitações de licenciamento, Ambiental (RIMA) pelo órgão ambiental
em quaisquer de suas modalidades, suas competente, as solicitações de licenciamento,
renovações e a respectiva concessão das licenças em quaisquer de suas modalidades, suas
serão objeto de publicação no sítio virtual do renovações e a respectiva concessão das
órgão ambiental competente, na rede mundial licenças, serão objeto de publicação no Diário
de computadores. Oficial do Estado e em periódico de grande
circulação regional e local.
Art. 71. O EIA deverá atender à legislação, em Art. 73 - O Estudo Prévio de Impacto Ambiental O atual código adotou postura legislativa mais
especial os princípios e objetivos deste Código, (EIA), além de atender à legislação, em especial programática, remetendo ao futuro regulamento
seu regulamento e os expressos na Lei da Política os princípios e objetivos desta Lei e seu detalhes importantes que o legislador do código
Nacional do Meio Ambiente. regulamento e os expressos na Lei da Política revogado preferiu codificar.
Nacional do Meio Ambiente, obedecerá as Resta aguardar o regulamento.
Art. 72. O EIA e o RIMA serão realizados por seguintes diretrizes gerais:
equipe multidisciplinar habilitada, que será I - contemplar todas as alternativas
responsável técnica, administrativa e civilmente tecnológicas e de localização do
pelos resultados apresentados, não podendo empreendimento, confrontando-as com a
assumir o compromisso de obter o licenciamento hipótese de sua não execução;
do empreendimento. II - identificar e avaliar sistematicamente os
impactos ambientais gerados nas fases de
Art. 73. Serão de responsabilidade do implantação, operação e desativação do
proponente do projeto todas as despesas e os empreendimento;
custos referentes à realização do EIA/RIMA e da III - definir os limites da área geográfica a ser
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audiência pública. direta ou indiretamente afetada pelos impactos,
denominada área de influência do
Art. 74. O RIMA refletirá as conclusões do EIA. empreendimento, considerando, em todos os
casos, a microrregião sócio-geográfica e a bacia
§ 1º O RIMA deve ser apresentado de forma hidrográfica na qual se localiza;
objetiva e adequada à sua compreensão pelo IV - considerar os planos e programas
público, contendo informações em linguagem governamentais e não-governamentais,
acessível a todos os segmentos da população, propostos e em implantação na áreas de
ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e influência do projeto, e sua compatibilidade;
demais técnicas de comunicação visual, de modo V - estabelecer os programas de
que se possam entender as vantagens e monitoramento e auditorias necessárias para as
desvantagens do projeto e todas as fases de implantação, operação e desativação
consequências ambientais de sua do empreendimento;
implementação. VI - avaliar os efeitos diretos e indiretos sobre a
saúde humana;
§ 2º O RIMA deverá apresentar estrita e
VII - citar a fonte de todas as
inequívoca correspondência a todos os itens do
informações relevantes.
EIA e respectivo conteúdo, bem como conter
detalhamento da metodologia utilizada para
§ 1º - Ao determinar a execução do Estudo
coletar e analisar dados.
Prévio de Impacto Ambiental (EIA), o órgão
ambiental competente fixará as diretrizes
§ 3º O RIMA deverá conter sumário executivo
adicionais que, pelas peculiaridades do projeto
sintetizando os principais pontos relevantes, do
e características ambientais da área, forem
ponto de vista ambiental, os quais poderão ser
julgadas necessárias, inclusive os prazos para
confrontados e consultados na íntegra do EIA.
conclusão e análise dos estudos.
Art. 75. O EIA/RIMA será acessível ao público,
§ 2º - O estudo da alternativa de não execução
respeitada a matéria referente ao sigilo
do empreendimento, etapa obrigatória do EIA,
industrial, assim expressamente caracterizado a
deverá incluir discussão sobre a possibilidade de
pedido do empreendedor e fundamentado pelo
serem atingidos os mesmos objetivos
órgão licenciador.
econômicos e sociais pretendidos ou alegados
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Art. 76. Ao estar à disposição dos interessados o pelo empreendimento sem sua execução.
RIMA, por meio da rede mundial de
computadores, o órgão ambiental competente Art. 74 - Os Estudos Prévios de Impacto
determinará prazo, nunca inferior a 30 (trinta) Ambiental (EIA/RIMA) de empreendimentos
dias, para recebimento de apontamentos a destinados à geração de energia deverão incluir
serem feitos pelos órgãos públicos e demais alternativas de obtenção de energia utilizável
interessados. por programas de conservação energética.
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comunidade, as relações de dependência entre
a sociedade local e os recursos ambientais e a
potencial utilização futura desses recursos,
incluindo descrição da repercussão social da
redução ou perda de recursos naturais por
efeito do empreendimento, bem como a sua
avaliação de custo- benefício.
II - análise dos impactos ambientais do
empreendimento e de suas alternativas, através
de identificação, previsão de magnitude e
interpretação da importância dos prováveis
impactos positivos e negativos (benéficos e
adversos), diretos e indiretos, imediatos e a
médio e longo prazos, temporários e
permanentes, seu grau de reversibilidade, suas
propriedades cumulativas e sinérgicas, a
distribuição dos ônus e benefícios sociais;
III - definição das medidas mitigadoras e
compensatórias dos impactos negativos, entre
elas os equipamentos de controle e sistemas de
tratamento de despejos, avaliando a eficiência
de cada uma delas;
IV - elaboração dos programas de
acompanhamento e monitoramento dos
impactos positivos e negativos, indicando os
fatores e parâmetros a serem considerados,
parâmetros e freqüências de investigações e
análises e indicação sobre as fases do
empreendimento às quais se destinam, ou seja,
implantação, operação ou desativação.
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proponente do projeto todas as despesas e
custos referentes à realização do Estudo Prévio
de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de
Impacto Ambiental (RIMA) e audiência pública,
além do fornecimento ao órgão ambiental
competente de, pelo menos, 5 (cinco) cópias.
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métodos, técnicas e critérios adotados para sua
identificação, quantificação e interpretação;
V - a caracterização da qualidade ambiental
futura da área de influência, comparando as
diferentes situações de adoção do projeto e
suas alternativas, bem como com a hipótese de
sua não realização;
VI - a descrição do efeito esperado das medidas
mitigadoras previstas em relação aos impactos
negativos, mencionado aqueles que não
puderem ser evitados, e o grau de alteração
esperado;
VII - o programa de monitoramento
e acompanhamento dos impactos;
VIII - recomendações quanto a
alternativa mais favorável (conclusões e
comentários de ordem geral).
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Art. 79 - O EIA/RIMA será acessível ao público,
respeitada a matéria versante sobre o sigilo
industrial, assim expressamente caracterizado a
pedido do empreendedor e fundamentado pelo
órgão licenciador, permanecendo neste cópias à
disposição dos interessados, inclusive durante o
período de análise técnica.
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manifestação dos interessados que oferecerem
Parágrafo único. O órgão ambiental aportes técnicos inéditos à discussão;
competente definirá, em regulamento próprio, V - não votação do mérito do empreendimento
o Regimento Interno das audiências públicas, o do EIA/RIMA, restringindo-se a finalidade das
qual, após aprovação pelo Conselho Estadual audiências à escuta pública;
de Meio Ambiente, deverá reger os eventos. VI - comparecimento obrigatório de
representantes dos órgãos licenciadores, da
equipe técnica analista e da equipe
multidisciplinar autora do EIA/RIMA, sob pena
de nulidade;
VII - desdobramento em duas
etapas, sendo a primeira para serem expostas as
teses do empreendedor, da equipe
multidisciplinar ou consultora e as opiniões do
público e a segunda sessão para serem
apresentadas e debatidas as resposta às
questões levantadas.
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DO MONITORAMENTO DO MONITORAMENTO
Art. 79. O Estado manterá, no âmbito de seu Art. 86 - O Estado manterá, no âmbito de seu
Sistema Estadual de Informações Ambientais, Sistema Estadual de Informações Ambientais,
todos os dados disponíveis sobre recursos todos os dados disponíveis sobre recursos
ambientais e fontes poluidoras, infratores, ambientais e fontes poluidoras, infratores,
cadastros e licenças fornecidas, entre outros, de cadastros e licenças fornecidas, entre outros,
forma atualizada, inteligível e prontamente de forma atualizada, inteligível e prontamente
acessível a instituições públicas e privadas e acessível a instituições públicas e privadas e
membros da comunidade interessados em membros da comunidade interessados em
planejamento, gestão, pesquisa ou uso do meio planejamento, gestão, pesquisa ou uso do
ambiente. meio ambiente. (Vide Lei nº 12.995/08)
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Art. 84. No caso dos auditores ambientais Art. 91 - Serão de responsabilidade do proponente
constatarem uma situação de risco ambiental do empreendimento ou atividade todas as
iminente, de dano ou de irregularidade despesas e custos referentes à realização da
normativa, eles devem notificar imediatamente o auditoria ambiental, além do fornecimento ao
responsável da atividade ou empreendimento, órgão ambiental competente de pelo menos 5
registrar este fato em seu relatório e dar (cinco) cópias.
conhecimento ao órgão fiscalizador.
Art. 94 - Não haverá descontinuidade nas
Art. 85. Será de responsabilidade do proponente renovações da Licença de Operação do
do empreendimento ou da atividade todas as empreendimento ou atividade durante a análise
despesas e os custos referentes à realização da da auditoria ambiental, até a emissão do parecer
auditoria ambiental, além do fornecimento ao técnico final do mesmo, salvo na constatação de
órgão ambiental competente de toda a dano ambiental.
documentação, a qual pode ser encaminhada de
forma eletrônica. Art. 95 - No caso de negligência, imperícia,
imprudência, falsidade ou dolo na realização da
Art. 86. Não haverá descontinuidade nas auditoria, o auditor não poderá continuar
renovações da LO do empreendimento ou da exercendo sua função no Estado, por prazos que
atividade durante a análise da auditoria serão definidos em regulamento próprio.
ambiental, até a emissão do parecer técnico final
do mesmo, salvo na constatação de dano Art. 96 - O período entre cada auditoria ambiental
ambiental. não deverá ser superior a 3 (três) anos,
dependendo da natureza, porte, complexidade
Art. 87. No caso de negligência, imperícia, das atividades auditadas e da importância e
imprudência, falsidade ou dolo na realização da urgência dos problemas ambientais detectados.
auditoria, o auditor não poderá continuar
exercendo sua função no Estado, por prazos que
serão definidos em regulamento próprio.
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diagnóstico ambiental da área de influência do
projeto e seus efeitos no meio físico, biológico,
nos ecossistemas naturais e meio sócio-
econômico;
II - reavaliar os limites da área geográfica
realmente afetada pela atividade e comparar com
os previstos no EIA/RIMA;
III - relacionar o desenvolvimento econômico da
área de influência do projeto, considerando os
planos e programas governamentais realmente
implementados, os benefícios e ônus gerados pela
atividade e os impactos ambientais negativos e
positivos;
IV - identificar os impactos ambientais não
previstos no EIA/RIMA, ou a sua tendência de
ocorrência, especificando os agentes causadores e
suas interações;
V - apresentar estudo comparativo do
monitoramento realizado no período, com os
impactos ambientais previstos no EIA/RIMA,
considerando a eficiência das medidas
mitigadoras implantadas e as realmente obtidas;
VI - apresentar cronograma de ações corretivas e
preventivas de controle ambiental, e se couber,
projetos de otimização dos equipamentos de
controle e sistemas de tratamento, com o seu
respectivo dimensionamento, eficiência e forma
de monitoramento com os parâmetros a serem
considerados.
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ambiental, o órgão ambiental competente poderá
fixar diretrizes adicionais que, pelas
peculiaridades do projeto e características
ambientais da área, forem julgadas necessárias.
Art. 91. Aquele que causar dano ao meio Art. 100 - Aquele que direta ou indiretamente O fato da exclusão do termo “indiretamente” e
ambiente será responsabilizado causar dano ao meio ambiente será “culpa ou dolo” mostra-se importante na esfera
administrativamente, sem prejuízo das responsabilizado administrativamente, administrativa, pois de fato o conceito de
responsabilidades cíveis e criminais, nos termos independente de culpa ou dolo, sem prejuízo poluidor, previsto no art. 3º, IV da Lei n. 6938/81
da legislação. das sanções cíveis e criminais. (que prevê como poluidor quem indiretamente
contribuir para a degradação ambiental
Art. 101 - Responderá pelas infrações cumulado com a previsão de responsabilidade
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ambientais quem, por qualquer modo as objetiva do art. 14, §1º) é aplicável na esfera cível
cometer, concorrer para a sua prática ou dela ambiental.
se beneficiar. Na esfera administrativa deve vigorar a
responsabilidade subjetiva, com demonstração
de conduta culposa ou dolosa. (vide:
https://direitoambiental.com/tag/responsabilida
de-administrativa-ambiental/).
Vide artigo 101 do código.
Art. 92. As infrações às disposições deste Art. 102 - As infrações às disposições desta Lei, O rol de sanções não foi alterado. Segue previsão
Código, seus regulamentos, às normas, seus regulamentos, às normas, critérios, federal, inclusive (art. 72 da Lei n. 9605/98).
critérios, parâmetros e padrões estabelecidos parâmetros e padrões estabelecidos em
em decorrência dele e das demais legislações decorrência dela e das demais legislações O 2º, ao prever a hipótese de aplicação da sanção
ambientais, serão punidas com as seguintes ambientais, serão punidas com as seguintes de advertência remeteu ao regulamento. Cabe
sanções: sanções: destacar que a reincidência inviabiliza a
I - advertência; I - advertência; advertência o que, de fato, é uma escolha do
II - multa simples; II - multa simples; legislador. Contudo, é importante que o
III - multa diária; III - multa diária; regulamento assuma de vez que a advertência
IV - apreensão dos animais, produtos e IV - apreensão dos animais, produtos e seja efetivamente utilizada, pois o que se tem
subprodutos da fauna e flora, instrumentos, subprodutos da fauna e flora, instrumentos, visto é que a sanção de multa é aplicada sem a
petrechos, equipamentos ou veículos de petrechos, equipamentos ou veículos de prévia e necessária advertência.
qualquer natureza utilizados na infração; qualquer natureza utilizados na infração; No art. 72, §3º da Lei 9605/98 deixa claro que a
V - destruição ou inutilização do produto; V- destruição ou inutilização do produto; multa será aplicada depois da advertência. O art.
VI - suspensão de venda e fabricação do VI - suspensão de venda e fabricação do 13 deste código traz a diretriz de que nas ações
produto; produto; fiscais não serão priorizadas as multas e,
VII - embargo de obra ou atividade;
VII - embargo de obra ou atividade; considerando que a advertência também é uma
VIII- demolição de obra; espécie de sanção, deve ser implementada.
VIII - demolição de obra;
IX - suspensão parcial ou total das atividades;
IX - suspensão parcial ou total das
e Os §§3º ao 6º não trazem alterações
atividades;
X - restritiva de direitos. significativas.
X - restritiva de direitos.
Os demais §§ regulam os casos, genericamente,
§ 1º - Se o infrator cometer, simultaneamente,
em que as demais sanções deverão ser aplicadas.
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duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas,
§ 1º Se o infrator cometer, simultaneamente, 2 cumulativamente, as sanções a elas O §9º substitui o art. 104 revogado.
(duas) ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cominadas.
cumulativamente, as sanções a elas cominadas.
§ 2º - A advertência será aplicada pela
§ 2º A advertência será aplicada aos infratores inobservância das disposições desta Lei e da
não reincidentes, nas infrações de menor legislação em vigor, ou de preceitos
lesividade, conforme dispuser em regulamento. regulamentares, sem prejuízos das demais
sanções previstas neste artigo.
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ilícita. § 7º - As sanções indicadas nos incisos VI a IX
serão aplicadas, quando o produto, a obra, a
§ 5º As sanções indicadas nos incisos VI a IX do atividade ou o estabelecimento não estiverem
“caput” deste artigo serão aplicadas quando o obedecendo as prescrições legais ou
produto, a obra, a atividade ou o regulamentares.
estabelecimento não estiverem obedecendo às
prescrições legais ou regulamentares. § 8º - As sanções restritivas de direito são:
I - suspensão de registro, licença ou
§ 6º As sanções restritivas de direito são: autorização;
I - suspensão de registro, licença ou II - cancelamento de registro, licença ou
autorização; autorização;
II - cancelamento de registro, licença ou III - perda ou suspensão da participação
autorização; em linha de financiamento em
III - perda ou suspensão da participação em estabelecimentos oficiais de crédito;
linha de financiamento em estabelecimentos IV - proibição de contratar com a
oficiais de crédito; e Administração Pública, pelo período de até 3
IV - proibição de contratar com a (três) anos.
Administração Pública, pelo período de até 3
(três) anos.
Art. 93. As sanções de apreensão, destruição ou Art. 103 - A apreensão, destruição ou Sem alterações significativas. A matéria regida
inutilização, referidas nos incisos IV e V do inutilização, referidas nos incisos IV e V do pelo inciso VII revogado está contida no
“caput” do art. 92 deste Código, obedecerão ao artigo 102 desta Lei, obedecerão ao seguinte: parágrafo único.
seguinte: I - os animais, produtos, subprodutos, O inciso VIII prevê a possibilidade de
I - os animais, produtos, subprodutos, instrumentos, petrechos, equipamentos, “perdimento”. O art. 134, V do Decreto Federal
instrumentos, petrechos, equipamentos, veículos e embarcações de pesca, objeto de n. 6.514/08 prevê: “V - os demais petrechos,
veículos e embarcações de pesca, objetos de infração administrativa, serão apreendidos, equipamentos, veículos e embarcações descritos
infração administrativa, serão apreendidos, lavrando-se os respectivos termos; no inciso IV do art. 72 da Lei nº 9.605, de
lavrando-se os respectivos termos; II - os animais apreendidos terão a seguinte 1998, poderão ser utilizados pela administração
II - os animais apreendidos terão a seguinte destinação: quando houver necessidade, ou ainda vendidos,
destinação: a) libertados em seu habitat natural, após doados ou destruídos, conforme decisão
a) libertados em seu “habitat” natural, verificação da sua adaptação as condições de motivada da autoridade ambiental;”. Importante
após verificação da sua adaptação às vida silvestre; observar que a lei federal que respalda a
condições de vida silvestre; b) entregues a jardins zoológicos, fundações apreensão dos veículos não prevê o que consta
b) entregues a empreendimentos de ambientalistas ou entidades assemelhadas, na sua regulamentação, no sentido do
fauna silvestre e exótica autorizados, desde que fiquem sob a responsabilidade de perdimento. Consta genericamente no art. 25 o
fundações ambientalistas ou entidades técnicos habilitados; ou parágrafo 5º - Os instrumentos utilizados na
assemelhadas, desde que fiquem sob a c) na impossibilidade de atendimento prática da infração serão vendidos, garantida a
responsabilidade de técnicos habilitados; ou imediato das condições previstas nas alíneas sua descaracterização por meio da reciclagem.
c) na impossibilidade de atendimento anteriores, o órgão ambiental autuante .Assim, o Rio Grande do Sul, com o código
imediato das condições previstas nas alíneas poderá confiar os animais a fiel depositário na aprovado, respalda mediante lei em sentido
“a” e “b” deste inciso, o órgão ambiental forma da legislação vigente, até estrito a previsão legal necessária para que o
autuante poderá confiar os animais a fiel implementação dos termos antes infrator perca seu patrimônio, em especial
depositário na forma da legislação vigente, até embarcações e veículos. É importante observar
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implementação dos termos antes mencionados. que o tema é polêmico e, mesmo se se
mencionados; III - os produtos e subprodutos perecíveis considerar juridicamente válido o perdimento,
III - os produtos e subprodutos perecíveis ou a madeira apreendidos pela fiscalização este deverá ser restrito aos veículos e
ou a madeira apreendidos pela fiscalização serão avaliados e doados pela autoridade embarcações que efetivamente tenham sido
serão doados pela autoridade competente a competente as instituições científicas, desenvolvidos para a prática da infração.
instituições científicas, hospitalares, penais, hospitalares, penais, militares, públicas e Cita-se como exemplo um pescador amador que,
militares, públicas e outras com fins outras com fins beneficentes, bem como as nos belos e inóspitos confins da praia do
beneficentes, bem como a comunidades comunidades carentes, lavrando-se os Hermenegildo, pesca uma espécie proibida,
carentes, sendo que, no caso de produtos da respectivos termos, sendo que, no caso de cometendo a infração ambiental. Descabe à
fauna não perecíveis, os mesmos serão produtos da fauna não perecíveis, os mesmos fiscalização apreender seu veículo, deixando-o a
destruídos ou doados a instituições científicas, serão destruídos ou doados a instituições pé distante da civilização, pois o automóvel não
culturais ou educacionais; científicas, culturais ou educacionais; contribui para infração. A regulamentação
IV - os produtos e subprodutos de que IV - os produtos e subprodutos de que poderá evitar os excessos.
tratam os incisos I, II e III deste artigo, não tratam os incisos anteriores, não retirados Importante analisar o Tema 405 do STJ (REsp
retirados pelo beneficiário no prazo pelo beneficiário no prazo estabelecido no 1133965 BA, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL
estabelecido no documento de doação, sem documento de doação, sem justificativa, serão MARQUES, PRIMEIRA
justificativa, serão objeto de nova doação ou objeto de nova doação ou leilão, a critério do SEÇÃO, julgado em 25/04/2018, DJe 11/05/2018).
leilão, a critério do órgão ambiental, revertendo órgão ambiental, revertendo os recursos O Decreto 3179/99, revogado pelo Decreto
os recursos arrecadados para a preservação ou arrecadados para a preservação ou melhoria 6514/08 previa a possibilidade de liberação do
melhoria da qualidade do meio ambiente, da qualidade do meio ambiente, correndo os veículo apreendido com o oferecimento da
correndo os custos operacionais de depósito, custos operacionais de depósito, remoção, defesa, e neste sentido o STJ se manifestou. Frise-
remoção, transporte, beneficiamento e demais transporte, beneficiamento e demais encargos se que tal situação somente tem validade na
encargos legais à conta do beneficiário; legais a conta do beneficiário; vigência do decreto já revogado, mas o acórdão é
V - os equipamentos, os petrechos e os rico em orientações, inclusive quando a infração
demais instrumentos utilizados na prática da também constitui crime, situação em que há ritos
infração serão vendidos pelo órgão específicos para o perdimento.
responsável pela apreensão, garantida a sua
V - os equipamentos, os petrechos e os descaracterização por meio da reciclagem;
demais instrumentos utilizados na prática da VI - caso os instrumentos a que se refere o
infração serão vendidos pelo órgão responsável inciso anterior tenham utilidades para uso nas
pela apreensão, garantida a sua atividades dos órgão ambientais e de
descaracterização por meio da reciclagem;
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VI - caso os equipamentos, os petrechos e entidades científicas, culturais, educacionais,
os demais instrumentos a que se refere o inciso hospitalares, penais, militares, públicas e
V deste artigo possam ser utilizados por órgãos outras entidades com fins beneficentes, serão
ambientais e entidades científicas, culturais, doados a estas, após previa avaliação do órgão
educacionais, hospitalares, penais, militares, responsável pela apreensão;
públicas e outras entidades com fins VII - tratando-se de apreensão de
beneficentes, serão doados, correndo os custos substâncias ou produtos tóxicos, perigosos ou
operacionais de depósito, remoção, transporte, nocivos a saúde humana ou ao meio ambiente,
beneficiamento e demais encargos legais à as medidas a serem adotadas, seja destinação
conta do beneficiário; final ou destruição, serão determinadas pelo
VII - tratando-se de apreensão de órgão competente e correrão as expensas do
substâncias ou produtos tóxicos, perigosos ou infrator;
nocivos à saúde humana ou ao meio ambiente,
as medidas a serem adotadas, seja destinação VIII - os veículos e as embarcações utilizados
final ou destruição, serão determinadas pelo na prática da infração, apreendidos pela
órgão competente e correrão às expensas do autoridade competente, somente serão
infrator; liberados após o cumprimento da penalidade
que vier a ser imposta, podendo ser os bens
VIII - após decisão, transitada em julgado confiados a fiel depositário na forma da
na esfera administrativa, que confirme o auto legislação vigente, até implementação dos
de infração, os veículos e as embarcações termos antes mencionados, a critério da
utilizados na prática da infração, apreendidos autoridade competente;
pela autoridade competente, não mais IX - fica proibida a transferência a
retornarão ao infrator, poderão ser destruídos, terceiros, a qualquer título, dos animais,
utilizados pela administração pública, doados produtos, subprodutos, instrumentos,
ou vendidos, garantida a sua descaracterização, petrechos, equipamentos, veículos e
neste último caso, por meio da reciclagem embarcações, de que trata este artigo, salvo na
quando o instrumento puder ser utilizado na hipótese de autorização da autoridade
prática de novas infrações; e competente;
X - a autoridade competente encaminhará
cópia dos termos de que trata este artigo ao
IX - mediante a autorização da autoridade Ministério Público, para conhecimento.
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competente, é permitida a transferência a
terceiros, a qualquer título, dos animais,
produtos, subprodutos, instrumentos,
petrechos, equipamentos, veículos e
embarcações de que trata este artigo.
Art. 94. O valor da multa de que trata este Art. 105 - Os valores das multas de que trata A UPF´s é um índice estadual de correção. Em
Capítulo será fixado no regulamento deste esta Lei, serão fixados em regulamento e 2020, uma UPF é R$20,2994.
Código e corrigido periodicamente, com base corrigidos periodicamente, com base nos Assim, a multa ambiental possui um valor
nos índices estabelecidos na legislação índices estabelecidos na legislação pertinente, mínimo de R$50,75 a R$101.497.000,00.
pertinente, sendo o mínimo de 2,5 (dois vírgula sendo o mínimo de R$ 50,00 (cinqüenta reais) O valor da multa máxima foi dobrado.
cinco) Unidades Padrão Fiscal ‒ UPF’s ‒ e o e o máximo de R$ 50.000.000,00 (cinqüenta É importante colocar que os R$ 50.000.000,00
máximo de 5.000.000 (cinco milhões) de UPF’s, milhões de reais). (cinqüenta milhões de reais) previstos em agosto
ou outra unidade que venha a substituí-la. de 2000, acaso tivessem sido corrigidos,
equivaleriam a mais de cento e sessenta milhões
§ 1º O não recolhimento do valor da multa, na de reais.
forma e nos prazos especificados, implicará
inscrição do respectivo débito na dívida ativa e Merece destaque a inovação trazida com o
a sua posterior cobrança judicial, sem prejuízo código no sentido de que, enquanto o infrator
da correspondente inclusão no Cadastro exerce seu constitucional direito de defesa, a
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Informativo dos Créditos não Quitados de multa é corrigida, inclusive com incidência de
Órgãos e Entidades Estaduais – CADIN/RS ‒, juros, correção e demais encargos. Tal prática
bem como em Cadastros de Proteção ao merece especial atenção, pois só há falar em
Crédito. consolidação de sanção de multa com o trânsito
em julgado administrativo.
§ 2º As multas estarão sujeitas à atualização, Neste ponto, há espaço fértil para discussões.
desde a lavratura do auto de infração até o seu A inscrição nos órgãos de proteção ao crédito
efetivo pagamento, pelos critérios de correção, tem sido utilizada pelas fazendas públicas e o
de juros e com a incidência dos demais judiciário reconhece a legalidade de tal prática,
encargos aplicados aos créditos tributários embora absolutamente lesiva ao particular.
estaduais. O conteúdo dos §§1º e 2º do art. 94 são
repetidos no §2º do art. 114.
Art. 95. A multa terá por base a unidade, Art. 106 - A multa terá por base a unidade, Sem alterações.
hectare, metro cúbico, quilograma ou outra hectare, metro cúbico, quilograma ou outra
medida pertinente, de acordo com o objeto medida pertinente, de acordo com o objeto
jurídico lesado. jurídico lesado.
Art. 96. Para a imposição e gradação da Art. 107 - Para a imposição e gradação da Sem alterações.
penalidade, a autoridade competente penalidade a autoridade competente
observará: observará:
I - a gravidade do fato, tendo em vista os I - a gravidade do fato, tendo em vista os
motivos da infração e suas consequências para motivos da infração e suas conseqüências para
a saúde pública e para o meio ambiente; a saúde pública e para o meio ambiente;
II - os antecedentes do infrator quanto ao II - os antecedentes do infrator quanto ao
cumprimento da legislação de interesse cumprimento da legislação de interesse
ambiental; ambiental;
III - circunstâncias atenuantes ou agravantes; e III - circunstâncias atenuantes ou
IV - a situação econômica do infrator, no caso agravantes;
de multa. IV - a situação econômica do infrator, no
caso de multa.
Art. 97. Para o efeito do disposto no inciso III Art. 108 - Para o efeito do disposto no inciso Sem alterações.
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do art. 96 deste Código, serão atenuantes as III, do artigo 107, serão atenuantes as As 4 atenuantes foram mantidas e, no artigo
seguintes circunstâncias: seguintes circunstâncias: seguinte, as agravantes ampliadas de 10 para 22.
I - menor grau de compreensão e I - menor grau de compreensão e escolaridade
escolaridade do infrator; do infrator;
II - arrependimento eficaz do infrator II - arrependimento eficaz do infrator
manifestado pela espontânea reparação do manifestado pela espontânea reparação do
dano ou limitação da degradação ambiental dano ou limitação da degradação ambiental
causada; causada;
III - comunicação imediata do infrator às III - comunicação imediata do infrator às
autoridades competentes, em relação a perigo autoridades competentes, em relação a perigo
iminente de degradação ambiental; e iminente de degradação ambiental;
IV - colaboração com os agentes IV - colaboração com os agentes
encarregados da fiscalização e do controle encarregados da fiscalização e do controle
ambiental. ambiental.
Art. 98. Para o efeito do disposto no inciso III Art. 109 - Para o efeito do disposto no inciso Os incisos revogados estão mantidos na redação
do art. 96 deste Código, serão agravantes as III, do artigo 107, serão agravantes as atual.
seguintes circunstâncias: seguintes circunstâncias: O código, contudo, ampliou em mais 12
I - a reincidência; I - a reincidência; hipóteses que agravarão eventual sanção a ser
II - a extensão e gravidade da degradação II - a extensão e gravidade da degradação aplicada.
ambiental quantificada pelos critérios de risco ambiental; Registre-se que os incisos XXII, XXI, XX, X, V e VI
à saúde humana, destruição da flora e fauna; III - a infração atingir um grande número não devem ser cumuláveis, pois de fora
III - a infração atingir um grande número de de vidas humanas; diferente, todos tratam de uma situação, que é a
vidas humanas, direitos difusos ou IV - danos permanentes a saúde humana; lesão a algum bem ambiental protegido.
transindividuais; V - a infração atingir área sob proteção
IV - a infração causar danos permanentes à legal;
saúde humana; VI - a infração ter ocorrido em Unidades de
V - a infração atingir área sob proteção legal Conservação;
e/ou especialmente protegida; VII - impedir ou causar dificuldades ou
VI - a infração ter ocorrido em Unidades de embaraço à fiscalização;
Conservação;
VIII - utilizar-se, o infrator, da condição de
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VII - impedir ou causar dificuldades ou agente público para a prática de infração;
embaraço à fiscalização; IX - tentativa de se eximir da
VIII- o autor da infração se utilizar da condição responsabilidade atribuindo-a a outrem;
de agente público para a prática de infração; X - ação sobre espécies raras, endêmicas,
IX - o autor da infração tentar se eximir da
vulneráveis ou em perigo de extinção.
responsabilidade, atribuindo a causa do dano
a
outrem;
X - a ação sobre espécies raras, endêmicas,
ameaçadas, vulneráveis ou em perigo de
extinção ou em período defeso;
Art. 99. Para a imposição e gradação da O disposto neste artigo não estava previstos no
penalidade ambiental de multa, a autoridade Código revogado, mas baseou-se na também
competente observará a situação econômica revogada Lei nº 11.877, de 26 de dezembro de
do infrator, reduzindo seus valores nos casos 2002.
em que for verificada situação de
vulnerabilidade econômica.
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§ 2º As informações relativas à situação
econômica do infrator poderão ser
apresentadas quando da apresentação de
defesa do autuado.
§ 3º É considerado vulnerável economicamente
o infrator que apresente 2 (duas) ou mais das
seguintes condições:
I - possuir ou ocupar empreendimento
ou estabelecimento rural afetado pela infração
com área total inferior a 4 (quatro) módulos
fiscais definidos na legislação em vigor;
II - possuir renda familiar monetária
bruta anual inferior a 12 (doze) vezes o Piso
Salarial definido pela legislação estadual,
excluídos os benefícios recebidos do Sistema
Público de Seguridade Social;
III - obtiver sua renda familiar
predominantemente da atividade econômica
relacionada à infração;
IV - destinar sua produção vinculada à
infração predominantemente para a
subsistência do núcleo familiar;
V - utilizar, na atividade vinculada à
infração, exclusivamente o trabalho do próprio
núcleo familiar empreendedor, sem emprego
de trabalhadores assalariados, mesmo que
eventuais ou informais;
VI - compuser núcleo familiar formado
majoritariamente por menores de 16
(dezesseis) anos, mulheres maiores de 55
(cinquenta e cinco) anos e homens maiores de
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60 (sessenta) anos;
VII - compuser núcleo familiar formado por
pessoas portadoras de necessidades especiais;
VIII - possuir bens móveis e imóveis no
valor total inferior a 10 (dez) vezes o valor da
multa;
IX - não utilizar, individualmente ou em grupo,
recursos ao amparo do crédito rural oficial; e
X - não ter acesso regular, individualmente ou
em grupo, aos serviços públicos de saúde,
educação, saneamento, eletrificação,
assistência técnica e extensão rural.
§ 4º Ao infrator em situação de
vulnerabilidade econômica será aplicada
preferencialmente a conversão ou a
substituição da penalidade de multa em
serviços de preservação, melhoria e
recuperação da qualidade do meio ambiente
nos termos deste Código.
Art. 100. O cometimento de nova infração Art. 110 - Constitui reincidência a prática de Sem alterações significativas. Segue a regra
ambiental pelo mesmo infrator, no período de 3 nova infração ambiental cometida pelo federal prevista no art. 11 do Decreto 6514/08,
(três) anos, contados da lavratura de auto de mesmo agente no período de 3 (três) anos, embora a regra federal defina 5 anos de prazo,
infração anterior devidamente confirmado no classificada como: enquanto o código traz 3.
julgamento, implica: I - específica: cometimento de infração da
I - aplicação da multa em triplo, no caso de mesma natureza; ou Os §§ seguintes trazem ritos a serem observados
cometimento da mesma infração; ou II - genérica: o cometimento de infração pela administração pública.
II - aplicação da multa em dobro, no caso de ambiental de natureza diversa.
cometimento de infração distinta.
Parágrafo único - No caso de reincidência
§ 1º O agravamento será apurado no específica ou genérica, a multa a ser imposta
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procedimento da nova infração, do qual se fará pela prática da nova infração terá seu valor
constar, por cópia, o auto de infração anterior e aumentado ao triplo a ao dobro,
o julgamento que o confirmou. respectivamente.
Art. 101. Sem obstar a aplicação das penalidades Art. 111 - Sem obstar a aplicação das Sem alterações significativas.
previstas neste Código, o infrator, penalidades previstas nesta Lei, o infrator, Vide artigo 91 do código.
independentemente da existência de culpa, é independente da existência de culpa, e
obrigado a reparar os danos causados ao meio obrigado reparar os danos causados ao meio
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ambiente por sua atividade. ambiente por sua atividade.
§ 1º Sem prejuízo das responsabilidades cíveis, § 1º - Sem prejuízo das sanções cíveis, penais e
penais e administrativas, e da responsabilidade administrativas, e da responsabilidade em
em relação a terceiros, fica obrigado o agente relação a terceiros, fica obrigado o agente
causador do dano ambiental a avaliá-lo, causador do dano ambiental a avaliá-lo,
recuperá-lo, corrigi-lo e monitorá-lo, nos prazos recuperá- lo, corrigí-lo e monitorá-lo, nos
e condições fixados pela autoridade competente. prazos e condições fixados pela autoridade
competente.
§ 2º Se o responsável pela recuperação do meio
ambiente degradado não o fizer no tempo § 2º - Se o responsável pela recuperação do
aprazado pela autoridade competente, deverá o meio ambiente degradado, não o fizer no
Estado fazê-lo com recursos fornecidos pelo tempo aprazado pela autoridade competente,
responsável ou as suas próprias expensas, sem deverá o Poder Público fazê-lo com recursos
prejuízo da cobrança administrativa ou judicial fornecidos pelo responsável ou a suas próprias
de todos os custos e despesas incorridos na expensas, sem prejuízo da cobrança
recuperação. administrativa ou judicial de todos os custos e
despesas incorridos na recuperação.
Art. 102. Além das penalidades que lhe forem
impostas, o infrator será responsável pelo Art. 112 - Além das penalidades que lhe forem
ressarcimento à administração pública das impostas, o infrator será responsável pelo
despesas que esta vier a fazer em caso de perigo ressarcimento a administração pública das
iminente à saúde pública ou ao meio ambiente. despesas que esta vier a fazer em caso de
perigo iminente a saúde pública ou ao meio
ambiente.
Art. 103. O servidor público que por erro Art. 113 - O servidor público que culposa ou Artigo alterado em ponto específico para excluir
grosseiro ou dolosamente concorra para a dolosamente concorra para a prática de da punição ao servidor a conduta culposa
prática de infração às disposições deste Código e infração às disposições desta Lei e de seu ordinária.
de seu regulamento, ou que facilite o seu regulamento, ou que facilite o seu Alteração adequada.
cometimento, fica sujeito às cominações cometimento, fica sujeito as cominações Vide artigo 60 e 220.
administrativas e penais cabíveis, inclusive à administrativas e penais cabíveis, inclusive a
perda do cargo, sem prejuízo da obrigação perda do cargo, sem prejuízo da obrigação
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solidária com o autor de reparar o dano solidária com o autor de reparar o dano
ambiental a que deu causa. ambiental a que deu causa.
§ 4º Os instrumentos, os equipamentos, os
petrechos e os veículos utilizados para a prática
da infração serão apreendidos nos casos
previstos neste Código.
CAPÍTULO XIII Art. 114 - Através do Termo de Compromisso Opta-se por chamar de “acordos ambientais” os
DO TERMO DE COMPROMISSO AMBIENTAL Ambiental (TCA), firmado entre o órgão compromissos diversos que um particular poderá
ambiental e o infrator, serão ajustadas as assumir com o Poder Público, seja perante o MP
Art. 108. Por meio do Termo de Compromisso condições e obrigações a serem cumpridas ou perante o órgão ambiental.
Ambiental ‒ TCA ‒, firmado entre o órgão pelos responsáveis pelas fontes de degradação O código, ao manter e aprimorar regras do
ambiental e o infrator, serão ajustadas as ambiental, visando a cessar os danos e chamado TCA, enobrece este importantíssimo
condições e obrigações a serem cumpridas pelos recuperar o meio ambiente. mecanismo de efetividade da política ambiental.
responsáveis pelas fontes de degradação De nada adianta discutir multas ou sanções se,
ambiental, visando a cessar os danos e a § 1º - No Termo de Compromisso Ambiental no caso de degradação do ambiente, não houver
recuperar o meio ambiente. deverá constar obrigatoriamente a penalidade a mais rápida e efetiva recuperação (seja pela
para o caso de descumprimento da obrigação regeneração, reparação ou compensação).
§ 1º No TCA, deverá constar obrigatoriamente a assumida. Também é verdade que nem o órgão público
penalidade para o caso de descumprimento da nem o particular tem exatamente ciência das
obrigação assumida, além do pagamento § 2º - Cumpridas integralmente as obrigações regras que um acordo ambiental deve observar.
integral da multa decorrente da infração. assumidas pelo infrator, a multa poderá ser Espera-se que nessa nova norma, mais acordos
reduzida em até 90% (noventa por cento) do sejam firmados.
§ 2º Cumpridas integralmente as obrigações valor atualizado monetariamente. A regra até então vigente utilizava-se da redução
assumidas pelo infrator, a multa poderá ser em 90% da multa, conforme o Decreto n.
reduzida em até 90% (noventa por cento) do § 3º - Na hipótese de interrupção do 3179/99, revogado em 2008 pelo Decreto 6514.
valor atualizado monetariamente, conforme cumprimento das obrigações de cessar e Aliás, o Decreto 6514/08 já fora alterado outras 3
dispuser regulamento, devendo o restante do corrigir a degradação ambiental, quer seja por vezes, motivo pelo qual ratifica o depósito de
valor ser pago por ocasião da firmatura do termo decisão da autoridade ambiental ou por culpa
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de que trata o “caput” deste artigo. do infrator. confiança de que a regra ora prevista traga a
popularização deste instrumento.
§ 3º Na hipótese de interrupção do cumprimento § 4º - Os valores apurados nos §§ 3º e 4º serão Importante colocar que descabe ao órgão
das obrigações de cessar ou corrigir a recolhidos ao Fundo Estadual competente, no ambiental negar um acordo, pois se o particular
degradação ambiental, acordada conforme o prazo de 5 (cinco) dias do recebimento da busca a recuperação do dano, não é lícito ao
“caput” deste artigo, será aplicada a penalidade notificação. poder público negar isso. Diante disso, o art. 109,
prevista no § 1.º deste artigo. quando prevê que a multa “poderá” ser
convertida, na verdade deve ser interpretado
§ 4º Os valores apurados nos §§ 1.º e 3.º deste como “deverá”.
artigo serão recolhidos ao fundo estadual Ademais o Código de Processo Civil aplica-se (art.
competente, no prazo de 5 (cinco) dias do 15) subsidiariamente aos processos
recebimento da notificação. administrativos e a “conciliação” é um princípio
geral do processo.
Art. 109. A multa poderá ser convertida em
serviços de preservação, melhoria e recuperação Em relação ao art. 110, embora no capítulo do
da qualidade do meio ambiente e programas e Termo de Compromisso Ambiental, não diz
ações de educação ambiental, a critério do órgão relação com o art. 108.
ambiental, mediante TCA, nos termos do art. 108 O artigo 110 mantém os preceitos contidos no
deste Código. artigo §5º do art. 102 revogado.
Vide art. 90, §4º e comentários.
Art. 110. As penalidades de multa aplicadas a
infratores não reincidentes poderão ser
substituídas, a critério da autoridade coatora,
pela execução de programas e ações de
educação ambiental destinadas à área afetada
pelas infrações ambientais que originaram as
multas, desde que os valores se equivalham e
que haja aprovação dos programas e ações pelo
órgão autuante.
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CAPÍTULO XIV CAPÍTULO XIV Dispositivo alterado, visando atualizar e ampliar a
DOS PROCEDIMENTOS DOS PROCEDIMENTOS instrução processual por ocasião do poder de
Art. 115 - O procedimento administrativo de polícia.
Art. 111. As infrações à legislação ambiental penalização do infrator inicia com a lavratura do
serão apuradas em procedimento administrativo auto de infração.
próprio, sendo iniciado com a lavratura de auto
de infração, que poderá ser instruído ou estar
acompanhado de Relatório de Vistoria ou de
fiscalização do Auto de Constatação, do Termo
de Notificação, da informação técnica ou da
denúncia, bem como dos demais Termos
Próprios lavrados em decorrência das infrações,
conforme regulamentação.
Parágrafo único. O procedimento e a tramitação
de expediente administrativo a que se refere o
“caput” deste artigo não impedem a propositura
de medidas judiciais pela autoridade ambiental
sempre que as medidas administrativas
adotadas com fulcro no Poder de Polícia
Ambiental se mostrem insuficientes para
garantir a cessação e a recuperação dos danos
ambientais.
Art. 116 - O auto de infração será lavrado pela O Poder de Polícia que a administração pública
autoridade ambiental que a houver constatado, detém deve ser exercido observando a estrita
na sede da repartição competente ou no local legalidade.
em que foi verificada a infração, devendo A ausência das exigências mínimas que um auto
conter: de infração deve conter traduz insegurança
I - nome do infrator, seu domicílio e/ou jurídica e nulidades insanáveis, posto que prazos
residência, bem como os demais elementos de defesa, descrições da conduta infracional e
necessários a sua qualificação e identificação outras exigências ora revogadas devem ser
civil; observadas e previstas em lei.
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II - local, data e hora da infração;
III - descrição da infração e menção do
dispositivo legal transgredido;
IV - penalidade a que está sujeito o infrator e o
respectivo preceito legal que autoriza sua
imposição;
V - notificação do autuado;
VI - prazo para o recolhimento da multa;
VII - prazo para o oferecimento de defesa e a
interposição de recurso.
Art. 112. A constatação é o ato pelo qual o O auto de constatação não é substituível pelo
servidor público registra de forma completa, auto de infração. Tal prática fere o devido
clara e objetiva os fatos que possam constituir processo legal.
infração administrativa ambiental. Ademais, diversas infrações ambientais exigem,
para sua perfectibilização a elaboração de auto
Parágrafo único. Se o servidor público for de constatação.
competente para a lavratura de autos de Como exemplo, cita-se o Decreto 6514/08, art.
infração, poderá lavrar diretamente aquele ato, 62, parágrafo único.
não sendo obrigatória a lavratura prévia de Auto
de Constatação.
Art. 113. O infrator será notificado para ciência Art. 117 - O infrator será notificado para ciência Alterações pertinentes.
da infração: da infração:
I - pessoalmente, por representante legal ou I - pessoalmente;
por preposto; II - pela via postal, por meio do aviso de
II - pelo correio ou por via postal, com Aviso de recebimento;
Recebimento ‒ AR; III - por edital, se estiver em lugar incerto ou
III - por edital, se estiver em lugar incerto ou não sabido.
não sabido, ou ainda se não for encontrado no
endereço indicado. § 1º - Se o infrator for autuado pessoalmente e
se recusar a exarar ciência, deverá essa
§ 1º Se o infrator for autuado pessoalmente e se circunstância ser mencionada expressamente
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recusar a exarar ciência, deverá essa pela autoridade que efetuou a lavratura do auto
circunstância ser mencionada expressamente de infração.
pela autoridade que efetuou a lavratura do auto
de infração. § 2º - O edital referido no inciso III deste artigo,
será publicado uma única vez, na imprensa
§ 2º O edital referido no inciso III do “caput” oficial, considerando-se efetivada a autuação 5
deste artigo será publicado uma única vez na (cinco) dias após a publicação.
imprensa oficial, considerando-se efetivada a
autuação 5 (cinco) dias após a publicação.
Art. 114. O autuado por infração ambiental Art. 118 - O autuado por infração ambiental Art. 114, I. Destaca-se a previsão de redução da
poderá: poderá: multa aplicada pela metade se o autuado
I - no caso das multas, optar pelo pagamento I - apresentar defesa, no prazo de 20 (vinte) renunciar ao direito de ampla defesa previsto
integral do seu valor, à vista, podendo ter seu dias, a contar da ciência do auto de infração, ao constitucionalmente.
montante reduzido em 50% (cinquenta por órgão responsável pela autuação, para Ora, o pagamento imediato sujeitará o infrator à
cento), momento em que o processo é extinto; julgamento; condição de reincidente e retirará do mesmo
II - apresentar defesa, no prazo de 20 (vinte) II - interpor recurso, no prazo de 20 (vinte) quaisquer possibilidades de firmar acordo onde a
dias, a contar da ciência do auto de infração; e dias, a contar da notificação da decisão do reparação e a redução da multa poderão se fazer
III - interpor recurso, no prazo de 20 (vinte) dias, julgamento, à autoridade máxima do órgão presente. Como ficará a reparação, se o processo
a contar da notificação da decisão do julgamento. autuante; será extinto. Também é importante alertar de
III - recorrer, em última instância que o autuado, ao pagar a multa acata a
§ 1º No caso do inciso I do “caput” deste artigo, administrativa, ao CONSEMA, em casos acusação que lhe fora imposta e isso poderá
o pagamento deve ser feito em até 10 (dez) dias especiais, por este disciplinados. gerar consequências na esfera cível.
úteis após a notificação de que trata o art. 113 Além disso, a indústria da multa e o desvio de
deste Código, sob pena de renúncia a tal direito, Parágrafo único - As defesas e os recursos finalidade são preocupação da sociedade e do
não podendo ele ser exercido em outro interpostos das decisões não terão efeito poder público, que deverá observar
momento. suspensivo, exceto nas penalidades dispostas no cautelarmente qualquer medida. Como as multas
variam entre aproximados R$50,00 e
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§ 2º As multas estarão sujeitas à atualização, incisos II, III, V e VIII do artigo 102, mas nunca R$167.000.000,00 (vide artigo 94), corre-se o
desde a lavratura do auto de infração até o seu impedindo a imediata exigibilidade do risco de que a multa seja aplicada no dobro do
efetivo pagamento, pelos critérios de correção, cumprimento da obrigação de reparação do que eventualmente deveria. Soma-se ainda o
de juros e com a incidência dos demais encargos dano ambiental. fato de que o desconto sem condicionar à
aplicados aos créditos tributários estaduais, sem obrigação de reparação (através de
prejuízo da sua inscrição em dívida ativa, Art. 119 - Quando aplicada a pena de multa, acordo/compromisso) incentiva a sensação de
cobrança judicial e inscrição em cadastros de esgotados os recursos administrativos, o impunidade.
proteção ao crédito. infrator será notificado para efetuar o
pagamento no prazo de 5 (cinco) dias, contados O conteúdo do §2º do art. 114 é o mesmo que o
§ 3º Os demais atos, prazos, competência para da data do recebimento da notificação, contido nos §§1º e 2º do art. 94.
julgamento e instâncias do procedimento recolhendo o respectivo valor ao fundo estadual
administrativo serão disciplinados no competente.
regulamento deste Código.
§ 1º - A notificação para pagamento da multa
§ 4º É condição indispensável ao conhecimento será feita mediante registro postal ou por meio
e processamento da defesa do autuado que seja de edital publicado na imprensa oficial, quando
indicado, na referida manifestação, o endereço não localizado o infrator.
eletrônico ou físico para o qual serão remetidas § 2º - As multas não pagas
todas e quaisquer comunicações processuais. administrativamente, findado o prazo descrito
no "caput" deste artigo, serão inscritas na
§ 5º O envio das comunicações processuais ao dívida ativa do Estado, para posterior cobrança
endereço indicado presume de modo absoluto a judicial.
ciência do autuado ou do interessado do
conteúdo da comunicação.
Art. 116. As questões ambientais envolvendo os Art. 120 - As águas, consideradas nas diversas
usos da água e o saneamento básico serão fases do ciclo hidrológico, constituem um bem
definidas nas legislações específicas que tratam natural indispensável à vida e às atividades
dos temas humanas, dotado de valor econômico em virtude
de sua limitada e aleatória disponibilidade
temporal e espacial, e que, enquanto bem público
de domínio do Estado, deve ser por este gerido,
em nome de toda a sociedade, tendo em vista seu
uso racional sustentável.
Art. 120. As propostas de enquadramento de Art. 126 - As propostas de enquadramento de A norma manteve a estrutura com pequenas
águas interiores em classes de uso elaboradas águas interiores em classes de uso elaboradas alterações na redação.
pelos órgãos competentes deverão ser divulgadas pelos órgãos competentes deverão ser
e discutidas com a comunidade e entidades amplamente divulgadas e discutidas com a
públicas ou privadas interessadas, antes de sua comunidade e entidades públicas ou privadas
homologação final. interessadas, antes de sua homologação final.
Art. 121. O Estado manterá Sistema de Previsão, Art. 127 - O Poder Público manterá Sistema de A norma manteve a estrutura com pequenas
Prevenção, Alerta e Combate aos Incidentes e Previsão, Prevenção, Alerta e Combate aos alterações na redação.
Acidentes Hidrológicos e Ecológicos, tais como incidentes e acidentes hidrológicos e ecológicos,
secas, cheias, derrames de substâncias tóxicas, tais como secas, cheias, derrames de substâncias
radiações e outros, garantindo a ampla tóxicas, radiações e outros, garantindo a ampla
informação, prioritariamente às comunidades informação, prioritariamente às comunidades
atingidas, sobre seus efeitos e desdobramento. atingidas, sobre seus efeitos e desdobramento.
Art. 122. O órgão ambiental competente deverá Art. 128 - O órgão ambiental competente deverá A norma manteve a redação do código anterior.
considerar como prioritário, obrigatoriamente, considerar, obrigatoriamente, em seus processos
em seus processos de licenciamento, os efeitos de licenciamento, os efeitos que a captação de
que a captação de água ou o despejo de resíduos água ou o despejo de resíduos possam ter sobre
possam ter sobre mananciais utilizados para o mananciais utilizados para o abastecimento
abastecimento público de água potável. público de água potável, considerado como
Parágrafo único. Para a salvaguarda do prioritário.
abastecimento público poderão ser levadas em Parágrafo único - Para a salvaguarda do
abastecimento público deverão ser levadas em
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conta as manifestações dos respectivos conta as manifestações dos respectivos
colegiados competentes. colegiados competentes.
Art. 123. Nenhum descarte de resíduo poderá Art. 129 - Nenhum descarte de resíduo poderá A norma manteve a redação do código anterior.
conferir ao corpo receptor características capazes conferir ao corpo receptor características capazes
de causar efeitos letais ou alteração de de causar efeitos letais ou alteração de
comportamento, reprodução ou fisiologia da vida. comportamento, reprodução ou fisiologia da vida.
Art. 124. É proibida a utilização de organismos Art. 130 - É proibida a utilização de organismos A norma manteve a redação do código anterior.
vivos de qualquer natureza na despoluição de vivos de qualquer natureza na despoluição de
corpos d’água naturais sem prévio estudo de corpos d'água naturais sem prévio estudo de
viabilidade técnica e impacto ambiental e sem viabilidade técnica e impacto ambiental e sem
autorização do órgão ambiental. autorização do órgão ambiental.
Art. 125. A diluição de efluentes de uma fonte Art. 131 - A diluição de efluentes de uma fonte A norma manteve a redação do código anterior.
poluidora por meio da importação intencional de poluidora por meio da importação intencional de
águas não poluídas de qualquer natureza, águas não poluídas de qualquer natureza,
estranhas ao processo produtivo da fonte estranhas ao processo produtivo da fonte
poluidora, não será permitida para fins de poluidora, não será permitida para fins de
atendimento a padrões de lançamento final em atendimento a padrões de lançamento final em
corpos d’água naturais. corpos d'água naturais.
Art. 126. É proibida a disposição direta de Art. 132 - É proibida a disposição direta de A norma manteve a redação do código anterior.
poluentes e resíduos de qualquer natureza em poluentes e resíduos de qualquer natureza em
condições de contato direto com corpos d’água condições de contato direto com corpos d'água
naturais, superficiais ou subterrâneas, em regiões naturais superficiais ou subterrâneas, em regiões
de nascentes ou em poços e perfurações ativas ou de nascentes ou em poços e perfurações ativas ou
abandonadas, mesmo secas. abandonadas, mesmo secas.
Art. 127. Os poços jorrantes e quaisquer Art. 133 - Os poços jorrantes e quaisquer A norma manteve a redação do código anterior.
perfurações de solo que coloquem a superfície do perfurações de solo que coloquem a superfície do
terreno em comunicação com aquíferos ou com o terreno em comunicação com aqüíferos ou com o
lençol freático deverão ser equipados com lençol freático deverão ser equipados com
dispositivos de segurança contra vandalismo, dispositivos de segurança contra vandalismo,
contaminação acidental ou voluntária e contaminação acidental ou voluntária e
desperdícios, nos termos do regulamento. desperdícios, nos termos do regulamento.
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Parágrafo único. As perfurações desativadas Parágrafo único - As perfurações desativadas
deverão ser adequadamente tamponadas pelos deverão ser adequadamente tamponadas pelos
responsáveis, ou na impossibilidade da responsáveis, ou na impossibilidade da
identificação destes, pelos proprietários dos identificação destes, pelos proprietários dos
terrenos onde estiverem localizadas. terrenos onde estiverem localizadas.
Art. 128. Incumbe ao Estado manter programas Art. 134 - Incumbe ao Poder Público manter O caput do artigo mantém a mesma estrutura,
permanentes de proteção das águas programas permanentes de proteção das águas contudo foram inseridos dois parágrafos (§ 5º e
subterrâneas, visando ao seu aproveitamento subterrâneas, visando ao seu aproveitamento no § 8º).
sustentável e a privilegiar a adoção de medidas sustentável, e a privilegiar a adoção de medidas
preventivas em todas as situações de ameaça preventivas em todas as situações de ameaça
potencial à sua qualidade. potencial a sua qualidade.
§ 1º Os órgãos competentes deverão utilizar § 1º - Os órgãos competentes deverão utilizar
recursos técnicos eficazes e atualizados para o recursos técnicos eficazes e atualizados para o
cumprimento das disposições do “caput” deste cumprimento das disposições do "caput",
artigo, mantendo-os organizados e disponíveis mantendo-os organizados e disponíveis aos
aos interessados. interessados.
§ 2º A vulnerabilidade dos lençóis d’água § 2º - A vulnerabilidade dos lençóis d'água
subterrâneos será prioritariamente considerada subterrâneos será prioritariamente considerada
na escolha da melhor alternativa de localização de na escolha da melhor alternativa de localização de
empreendimentos de qualquer natureza empreendimentos de qualquer natureza
potencialmente poluidores dos aquíferos e lençóis potencialmente poluidores das águas
d’água. subterrâneas.
§ 3º Os programas referidos no “caput” deste § 3º - Os programas referidos no "caput" deverão,
artigo deverão, onde houver Planos de Bacia onde houver planos de Bacia Hidrográfica,
Hidrográfica e Planos de Saneamento, constituir constituir subprogramas destes, considerando o
subprogramas destes, considerando o ciclo ciclo hidrológico na sua integralidade.
hidrológico na sua integralidade, ou se perfazer § 4º - Toda a pessoa jurídica pública ou privada, ou
uma integração entre eles. física, que perfurar poço profundo no território
§ 4º Toda pessoa jurídica pública ou privada, ou estadual, deverá providenciar seu cadastramento
física, que perfurar poço profundo no território junto aos órgãos competentes, mantendo
estadual deverá providenciar seu cadastramento completas e atualizadas as respectivas
junto aos órgãos competentes, mantendo informações.
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completas e atualizadas as respectivas § 5º - Os municípios deverão manter seu próprio
informações. cadastro atualizado de poços profundos e de
§ 5º O cadastramento referido no § 4.º deste poços rasos perfurados sob sua responsabilidade
artigo deverá ser comprovado para fins de ou interveniência direta ou indireta.
licenciamento ambiental, ou para atividade de § 6º - Nas áreas urbanas e de alta concentração
comércio ou serviço que utilize água subterrânea. industrial deverão ser delimitadas e cadastradas
§ 6º Os municípios deverão manter seu próprio as áreas de proteção de poços utilizados para
cadastro atualizado de poços profundos e de abastecimento público.
poços rasos perfurados sob sua responsabilidade
ou interveniência direta ou indireta.
§ 7º Nas áreas urbanas e de alta concentração
industrial, deverão ser delimitadas e cadastradas
as áreas de proteção de poços utilizados para
abastecimento público.
§ 8º A definição de poços rasos e poços
profundos constará em regulamento expedido
pelo órgão estadual competente.
Art. 129. Nas regiões de recursos hídricos Art. 135 - Nas regiões de recursos hídricos A norma manteve a redação do código anterior.
escassos, a implantação de loteamentos, projetos escassos a implantação de loteamentos, projetos
de irrigação e colonização, distritos industriais e de irrigação e colonização, distritos industriais e
outros empreendimentos que impliquem intensa outros empreendimentos que impliquem intensa
utilização de águas subterrâneas ou utilização de águas subterrâneas ou
impermeabilização de significativas porções de impermeabilização de significativas porções de
terreno deverá ser feita de forma a preservar ao terreno, deverá ser feita de forma a preservar ao
máximo o ciclo hidrológico original, a ser máximo o ciclo hidrológico original, a ser
observado no processo de licenciamento. observado no processo de licenciamento.
§ 1º Nas regiões sujeitas à intrusão salina, é § 1º - Nas regiões sujeitas a intrusão salina será
obrigatória a adoção de medidas preventivas de obrigatória a adoção de medidas preventivas de
longo prazo contra esse fenômeno, às expensas longo prazo contra esse fenômeno, às expensas
dos empreendedores. dos empreendedores.
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§ 2º As disposições do “caput” deste artigo § 2º - As disposições do "caput" aplicam-se a
aplicam-se a Programas de Desenvolvimento Programas de Desenvolvimento Urbano
Urbano Municipais. municipais.
Art. 130. Na elaboração de Planos Diretores, Art. 136 - Na elaboração de Planos Diretores e O caput da norma manteve a mesma estrutura,
Planos de Saneamento Básico e outros outros instrumentos de planejamento urbano contudo foi parcialmente alterada a redação do
instrumentos de planejamento urbano, deverão deverão ser indicados: inciso I, que trata da delimitação de ocorrência de
ser indicadas: I - a posição dos lençóis de águas subterrâneas águas subterrâneas. Bem como, a norma ganhou
I - a delimitação de ocorrência de águas vulneráveis; um segundo parágrafo que trata da obrigação de
subterrâneas; e II - as áreas reservadas para o tratamento e o adequação dos instrumentos do caput aos planos
II - as áreas reservadas para o tratamento e o destino final das águas residuárias e dos resíduos de bacias.
destino final das águas residuárias e dos resíduos sólidos, quando couber.
sólidos, quando couber. Parágrafo único - O órgão ambiental deverá
§ 1º O órgão ambiental competente deverá manifestar-se sobre as áreas reservadas
manifestar-se sobre as áreas reservadas mencionadas no inciso II deste artigo, observada a
mencionadas no inciso II do “caput” deste artigo, legislação vigente.
observada a legislação vigente.
§ 2º Os instrumentos mencionados no “caput”
deste artigo deverão ser compatíveis com os
Planos de Bacia Hidrográfica
Art. 131. Todos os esgotos deverão ser tratados Art. 137 - Todos os esgotos deverão ser tratados O caput da norma manteve a mesma estrutura,
previamente quando lançados no meio ambiente. previamente quando lançados no meio ambiente. porém foram inseridos três parágrafos. O segundo
§ 1º Todas as edificações situadas em logradouros Parágrafo único - Todos os prédios situados em regulamenta a possibilidade de soluções
que disponham de redes coletoras de esgotos logradouros que disponham de redes coletoras de individuais de abastecimento de água e de
sanitários deverão ser obrigatoriamente ligados a esgotos sanitários deverão ser obrigatoriamente afastamento e destinação final do esgoto. Já o
elas, às expensas dos proprietários, excetuando- ligados a elas, às expensas dos proprietários, terceiro disciplina casos de delegação do serviço
se da obrigatoriedade prevista no “caput” deste excetuando-se da obrigatoriedade prevista no de saneamento. E o quarto, trata da competência
artigo apenas as situações de impossibilidade "caput" apenas as situações de impossibilidade municipal para o tratamento de esgoto, inclusive
técnica, que deverão ser justificadas perante os técnica, que deverão ser justificadas perante os explicita a possibilidade de delegação o serviço.
órgãos competentes. órgãos competentes.
§ 2º Serão admitidas soluções individuais de
abastecimento de água e de afastamento e
destinação final dos esgotos sanitários,
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observadas as normas editadas pela entidade
reguladora e pelos órgãos responsáveis pelas
políticas ambiental, sanitária e de recursos
hídricos.
§ 3º É de responsabilidade da concessionária, no
caso de ser delegado o serviço público de
saneamento, promover ações de efetivação das
ligações intradomiciliares.
§ 4º O município é responsável, podendo delegar
à concessionária, por aprovar os projetos das
soluções individuais de tratamento de esgoto
sanitário, devendo manter um cadastro municipal
atualizado e exigir do particular a comprovação da
manutenção, nas atividades que não estão
sujeitas a licenciamento ambiental, a fim de
manter a qualidade ambiental.
Art. 132. A utilização da rede de esgotos pluviais Art. 138 - A utilização da rede de esgotos pluviais A norma manteve a mesma estrutura, com
para o transporte e afastamento de esgotos para o transporte e afastamento de esgotos exceção da inserção do inciso V, que prevê a
sanitários somente será permitida mediante sanitários somente será permitida mediante possibilidade de adoção da rede de esgotos
licenciamento pelo órgão ambiental competente licenciamento pelo órgão ambiental e pluviais para transporte de esgotos sanitários em
e cumpridas as seguintes exigências: cumpridas as seguintes exigências: estado bruto, desde que previsto no plano
I - será obrigatório o tratamento prévio ao I - será obrigatório o tratamento prévio ao municipal como alternativa provisória.
lançamento dos esgotos na rede; lançamento dos esgotos na rede; Ao trazer a rede mista para adequação legal,
II - o processo de tratamento deverá ser II - o processo de tratamento deverá ser acredita-se tratar de desincentivo ao
dimensionado, implantado, operado e dimensionado, implantado, operado e aprimoramento do saneamento ambiental no
conservado conforme critérios e normas conservado conforme critérios e normas Estado.
estabelecidas pelos órgãos municipais e estaduais estabelecidas pelos órgãos municipais e estaduais
competentes ou, na inexistência destes, conforme competentes ou, na inexistência destes, conforme
as normas da Associação Brasileira de Normas as normas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas ‒ ABNT; Técnicas (ABNT);
III - qualquer que seja o processo de tratamento III - qualquer que seja o processo de tratamento
adotado, deverão ser previamente definidos adotado, deverão ser previamente definidos
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todos os critérios e procedimentos necessários ao todos os critérios e procedimentos necessários ao
seu correto funcionamento, em especial: seu correto funcionamento, em especial:
a) localização; localização, responsabilidade pelo projeto,
b) responsabilidade pelo projeto; operação, controle e definição do destino final dos
c) operação; e resíduos sólidos gerados no processo;
d) controle e definição do destino final dos IV - as bocas de lobo e outras singularidades da
resíduos sólidos gerados no processo; rede condutora da mistura de esgotos deverão
IV - as bocas de lobo e outras singularidades da possuir dispositivos que minimizem o contato
rede condutora da mistura de esgotos deverão direto da população com o líquido transportado.
possuir dispositivos que minimizem o contato
direto da população com o líquido transportado; e
V- em regiões urbanas cujo adensamento e/ou
tipo de solo inviabilizem tecnicamente a
implantação de soluções individuais de
esgotamento sanitário, a rede de esgotos pluviais
poderá ser utilizada para transporte de esgotos
sanitários em estado bruto até a estação de
tratamento de esgoto, desde que essa situação
esteja prevista no plano de saneamento municipal
como alternativa provisória, com planejamento
para a solução técnica, econômica e
ambientalmente definitiva.
Art. 133. A utilização das redes de esgoto pluviais, Art. 139 - A utilização das redes de esgoto pluviais, Não houve alteração.
cloacais ou mistas para lançamento de efluentes cloacais ou mistas para lançamento de efluentes
industriais “in natura” ou semi-tratados só será industriais "in natura" ou semi-tratados, só será
permitida mediante licenciamento pelo órgão permitida mediante licenciamento pelo órgão
ambiental e cumpridas as seguintes exigências: ambiental e cumpridas as seguintes exigências:
I - as redes deverão estar conectadas a um sistema I - as redes deverão estar conectadas a um sistema
adequado de tratamento e disposição final; e adequado de tratamento e disposição final;
II - os despejos deverão estar isentos de materiais II - os despejos deverão estar isentos de materiais
ou substâncias tóxicas, inflamáveis, interferentes ou substâncias tóxicas, inflamáveis, interferentes
ou inibidoras dos processos de tratamento, ou inibidoras dos processos de tratamento,
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danificadoras das instalações das redes ou danificadoras das instalações das redes ou
sistemas de tratamento, produtoras de odores ou sistemas de tratamento, produtoras de odores ou
obstrutoras de canalizações, seja por ação direta, obstrutoras de canalizações, seja por ação direta,
seja por combinação com o líquido transportado. seja por combinação com o líquido transportado
Art. 134. O Estado deverá prever critérios e Art. 140 - O Poder Público deverá prever critérios Não houve alteração.
normas para o gerenciamento dos resíduos e normas para o gerenciamento dos resíduos
semilíquidos e pastosos, nos termos deste Código semilíquidos e pastosos, nos termos deste Código
ou da legislação vigente sobre resíduos sólidos, ou da legislação vigente sobre resíduos sólidos,
quando couber, e respectivos regulamentos. quando couber, e respectivos regulamentos.
Art. 135. Os responsáveis por incidentes ou Art. 141 - Os responsáveis por incidentes ou Não houve alteração.
acidentes que envolvam imediato ou potencial acidentes que envolvam imediato ou potencial
risco aos corpos d’água superficiais ou risco aos corpos d'água superficiais ou
subterrâneos ficam obrigados a comunicar esses subterrâneos ficam obrigados a comunicar esses
eventos, tão logo deles tenham conhecimento, ao eventos, tão logo deles tenham conhecimento, ao
órgão ambiental e também ao órgão encarregado órgão ambiental e também ao órgão encarregado
do abastecimento público de água que possuir do abastecimento público de água que possuir
captação de água na área passível de captação de água na área passível de
comprometimento. comprometimento.
Parágrafo único. O não cumprimento das Parágrafo único - O não-cumprimento das
disposições do “caput” deste artigo será disposições do "caput" será considerado infração
considerado infração grave para fins de aplicação grave para fins de aplicação das penalidades
das penalidades previstas neste Código, sem previstas neste Código, sem prejuízo das sanções
prejuízo das sanções penais cabíveis. penais cabíveis.
Art. 136. Nos projetos de licenciamento Art. 142 - Nos projetos de licenciamento Não houve alteração.
ambiental de obra, quando couber, deverão ser ambiental de qualquer obra deverão ser
obrigatoriamente indicadas fontes de utilização obrigatoriamente indicadas fontes de utilização
de água subterrânea. de água subterrânea.
CAPÍTULO II DO SOLO CAPÍTULO II DO SOLO A norma manteve a mesma redação, apenas
Art. 137. Na utilização do solo, para quaisquer Art. 143 - A utilização do solo, para quaisquer fins, alterou a ordem dos parágrafos.
fins, deverão ser adotadas técnicas, processos e far-se-á através da adoção de técnicas, processos
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métodos que visem à sua conservação, melhoria e e métodos que visem a sua conservação e
recuperação, observadas as características melhoria e recuperação, observadas as
geomorfológicas, físicas, químicas, biológicas, características geo-morfológicas, físicas, químicas,
ambientais e suas funções socioeconômicas. biológicas, ambientais e suas funções sócio-
§ 1º A utilização do solo compreenderá seu econômicas.
manejo, cultivo, parcelamento e ocupação. § 1º - O Poder Público, Municipal ou Estadual,
§ 2º O Estado do Rio Grande do Sul e os através dos órgãos competentes, e conforme
municípios, por meio dos órgãos competentes, e regulamento, elaborará planos e estabelecerá
conforme regulamento, elaborarão planos e normas, critérios, parâmetros e padrões de
estabelecerão normas, critérios, parâmetros e utilização adequada do solo, cuja inobservância,
padrões de utilização adequada do solo, cuja caso caracterize degradação ambiental,
inobservância, caso caracterize degradação sujeitando os infratores às penalidades previstas
ambiental, sujeitará os infratores às penalidades nesta Lei e seu regulamento, bem como a
previstas nesta Lei e seu regulamento, bem como exigência de adoção de todas as medidas e
a exigência de adoção de todas as medidas e práticas necessárias à recuperação da área
práticas necessárias à recuperação da área degradada.
degradada. § 2º - A utilização do solo compreenderá seu
manejo, cultivo, parcelamento e ocupação.
Art. 138. O planejamento do uso adequado do Art. 144 - O planejamento do uso adequado do A norma manteve a mesma estrutura, mas inseriu
solo e a fiscalização de sua observância por parte solo e a fiscalização de sua observância por parte o parágrafo único, estabelecendo a necessidade
do usuário é responsabilidade do Estado e dos do usuário é responsabilidade dos governos de articulação dos entes com a política nacional de
municípios. estadual e municipal. proteção e defesa civil..
Parágrafo único. Os entes federados
mencionados no “caput” deste artigo deverão se
articular com a Política Nacional de Proteção e
Defesa Civil.
CAPÍTULO III DA UTILIZAÇÃO E CONSERVAÇÃO DO CAPÍTULO III DA UTILIZAÇÃO E CONSERVAÇÃO DO
AR AR
Art. 139. A atmosfera é um bem ambiental Art. 145 - A atmosfera é um bem ambiental
indispensável à vida e às atividades humanas, cuja indispensável à vida e às atividades humanas, IDEM
conservação é obrigação de todos, sob a gerência sendo sua conservação uma obrigação de todos,
do Estado, em nome da sociedade. sob a gerência do Estado em nome da sociedade.
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Art. 140. A gestão dos recursos atmosféricos será Art. 146 - A gestão dos Recursos Atmosféricos será Sem alterações significativas.
realizada com a adoção de ações gerenciais realizada por Regiões de Controle da Qualidade do
específicas e diferenciadas, se necessário, de Ar e por Áreas Especiais, com a adoção de ações
modo a buscar o equilíbrio entre as atividades gerenciais específicas e diferenciadas, se
vinculadas ao desenvolvimento socioeconômico e necessário, de modo a buscar o equilíbrio entre as
à manutenção da integridade da atmosfera, e atividades vinculadas ao desenvolvimento sócio-
compreenderá: econômico e a manutenção da integridade da
I - o monitoramento da qualidade do ar; atmosfera, onde esta gestão compreenderá:
II - o licenciamento e o controle das fontes I - o controle da qualidade do ar;
poluidoras atmosféricas fixas e móveis; II - o licenciamento e o controle das fontes
III - a vigilância e a execução de ações preventivas poluidoras atmosféricas fixas e móveis;
e corretivas; III - a vigilância e a execução de ações preventivas
IV - a adoção de medidas específicas de redução e corretivas;
da poluição, diante de episódios críticos de IV - a adoção de medidas específicas de redução
poluição atmosféricas; e da poluição, diante de episódios críticos de
V - a execução de ações integradas aos Programas poluição atmosféricas;
Nacionais de Controle da Qualidade do Ar, dentre V - a execução de ações integradas aos Programas
outros. Nacionais de Controle da Qualidade do Ar, dentre
§ 1º A manutenção da integridade da atmosfera outros.
depende da verificação simultânea de diversos §1º - A manutenção da integridade da atmosfera
condicionantes, tais como: depende da verificação simultânea de diversos
I - dos padrões de qualidade do ar e dos padrões condicionantes, tais como:
de emissão aplicados às fontes poluidoras; I - dos padrões de qualidade do ar e dos padrões
II - do equilíbrio biofísico das espécies e dos de emissão aplicados às fontes
materiais com os níveis de poluentes na poluidoras;
atmosfera, dentre outros; e II - de indicadores de precipitação de poluentes;
III - da dispersão e deposição de poluentes III - do equilíbrio biofísico das espécies e dos
atmosféricos. materiais com os níveis de poluentes na
§ 2º O somatório das emissões atmosféricas atmosfera, dentre outros. (Renumerado pela Lei
poluentes não poderá ultrapassar a capacidade nº 11.947/03)
global de suporte da qualidade do ar.
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§ 2º - O somatório das emissões atmosféricas
poluentes não poderá ultrapassar a capacidade
global de suporte da qualidade do ar em cada uma
das Regiões de Controle da Qualidade do Ar e das
Áreas Especiais. (Incluído pela Lei n° 11.947/03)
Art. 141. O órgão planejador de meio ambiente Art. 147 - Compete ao Poder Público: A redação revogada atribuía responsabilidades
do Estado deverá: I - estabelecer e garantir a manutenção dos aos municípios, pois determinada que competia
I - garantir a realização do monitoramento padrões de qualidade do ar, capazes de proteger “ao poder público” de forma ampla. A atual
sistemático da qualidade do ar; a saúde e o bem-estar da população, permitir o redação restringiu o zelo pela qualidade do ar
II - elaborar a implementação dos Planos de desenvolvimento equilibrado da flora e da fauna e apenas ao Estado.
Controle da Poluição Atmosférica; evitar efeitos adversos nos materiais e
III - estabelecer limites máximos de emissão e de estabelecimentos privados e públicos;
condicionamento para o lançamento de poluentes II - garantir a realização do monitoramento
na atmosfera, considerando as condições de sistemático da qualidade do ar, dos estudos de
dispersão de poluentes atmosféricos da região, a diagnóstico e planejamento de ações de
densidade de emissões existentes, as diferentes gerenciamento da qualidade do ar, com base na
tipologias de fontes poluidoras e os padrões de definição das Regiões e Áreas Especiais de
qualidade do ar a serem mantidos; Controle da Qualidade do Ar, dotando os órgãos
IV - realizar ações de fiscalização dos limites públicos de proteção ambiental das condições e
máximos de emissão e as condições de infra-estrutura necessárias;
lançamento de poluentes atmosféricos III - definir as Regiões e Áreas Especiais de
estabelecidos exigindo, se necessário, o Controle da Qualidade do Ar, bem como suas
monitoramento de emissões, às expensas do Classes de Uso, como estratégia de
agente responsável pelo lançamento; V - implementação de uma política de prevenção à
desenvolver e atualizar inventário de emissões de deterioração significativa da qualidade do ar e
poluentes atmosféricos, com base em instrumento de priorização e direcionamento das
informações solicitadas aos responsáveis por ações preventivas e corretivas para a utilização e
atividades potencialmente causadoras de conservação do ar;
emissões de poluentes atmosféricos e de IV - elaborar e coordenar a implementação dos
entidades públicas ou privadas detentoras de Planos de Controle da Poluição Atmosférica para
informações necessárias à realização deste as Regiões e Áreas Especiais de Controle da
inventário;
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VI - definir metodologias de monitoramento de Qualidade do Ar, objetivando a plena realização
poluentes na atmosfera e nas fontes de emissão; das ações preventivas e corretivas;
VII - incentivar a realização de estudos e pesquisas V - estabelecer limites máximos de emissão e de
voltadas à melhoria do conhecimento da condicionamento para o lançamento de poluentes
atmosfera, o desenvolvimento de tecnologias na atmosfera, considerando as Classes de Uso, as
minimizadoras da geração de emissões condições de dispersão de poluentes atmosféricos
atmosféricas e do impacto das atividades sobre a da região, a densidade de emissões existentes, as
qualidade do ar; diferentes tipologias de fontes poluidoras e os
VIII - divulgar sistematicamente os níveis de padrões de qualidade do ar a serem mantidos;
qualidade do ar e os Relatórios de Avaliação da VI - realizar ações de fiscalização dos limites
Qualidade do Ar; máximos de emissão e as condições de
IX - estabelecer os níveis de qualidade do ar, e lançamento de poluentes atmosféricos
elaborar por legislação específica um Plano de estabelecidos exigindo, se necessário, o
Emergência para Episódios Críticos de Poluição do monitoramento de emissões, às expensas do
Ar, visando a prevenir grave e iminente risco à agente responsável pelo lançamento;
saúde da população. VII - desenvolver e atualizar inventário de
emissões de poluentes atmosféricos, com base
em informações solicitadas aos responsáveis por
atividades potencialmente causadoras de
emissões de poluentes atmosféricos e de
entidades públicas ou privadas detentoras de
informações necessárias à realização deste
inventário;
VIII - estabelecer programas e definir
metodologias de monitoramento de poluentes na
atmosfera, nas fontes de emissão e de seus
efeitos;
IX - incentivar a realização de estudos e pesquisas
voltadas à melhoria do conhecimento da
atmosfera, o desenvolvimento de tecnologias
minimizadoras da geração de emissões
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atmosféricas e do impacto das atividades sobre a
qualidade do ar;
X - divulgar sistematicamente os níveis de
qualidade do ar, os resultados dos estudos
visando ao planejamento de ações voltadas à
conservação do ar e demais informações
correlatas;
XI - estabelecer os Níveis de Qualidade do Ar e
elaborar Plano de Emergência para Episódios
Críticos de Poluição do Ar, visando a prevenir
grave e iminente risco à saúde da
população.
Art. 148 - Serão estabelecidas Regiões de Controle Dispositivos revogados.
da Qualidade do Ar, visando à gestão dos recursos
atmosféricos.
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implementação de medidas compensatórias compensatórias que garantam a conservação de
definidas em regulamento. áreas significativas desta vegetação.
Art. 151. A exploração, o transporte, o depósito, Art. 164 - A exploração, transporte, depósito e Não houve alteração significativa.
a comercialização e o beneficiamento de produtos comercialização, beneficiamento e consumo de
florestais da flora nativa dependerão de prévia produtos florestais e da flora nativa, poderá ser
autorização do órgão ambiental competente, feita por pessoas físicas ou jurídicas desde que
salvo situações já previstas na legislação devidamente registradas no órgão competente e
com o controle e fiscalização deste.
CAPÍTULO V CAPÍTULO V Não houve alteração significativa.
DA FAUNA SILVESTRE E EXÓTICA DA FAUNA SILVESTRE O inciso XXVIII do art. 2º inseriu a fauna migratória
Art. 152. As espécies da fauna silvestre nativa, Art. 165 - As espécies de animais silvestres no conceito de fauna silvestre nativa.
bem como seus ninhos, abrigos, criadouros autóctones do Estado do Rio Grande do Sul, bem
naturais, “habitats” e ecossistemas necessários à como os migratórios, em qualquer fase do seu
sua sobrevivência são bens públicos de uso desenvolvimento, seus ninhos, abrigos,
restrito, sendo sua utilização a qualquer título ou criadouros naturais, "habitats" e ecossistemas
sob qualquer forma estabelecida pelo presente necessários à sua sobrevivência, são bens públicos
Código. de uso restrito, sendo sua utilização a qualquer
título ou sob qualquer forma, estabelecida pela
presente lei.
Art. 153. A política sobre a fauna silvestre do Art. 166 - A política sobre a fauna silvestre do Não houve alteração.
Estado tem por fim a sua preservação e a sua Estado tem por fim a sua preservação e a sua
conservação com base nos conhecimentos conservação com base nos conhecimentos
taxonômicos, biológicos e científicos. taxonômicos, biológicos e ecológicos.
Art. 154. Em relação à fauna silvestre estadual, Art. 167 - Compete ao Poder Público em relação a A norma adota a mesma redação das obrigações,
compete ao Estado: fauna silvestre do Estado: mas restringe ao Estado a competência, e não ao
I - facilitar e promover o desenvolvimento e a I - facilitar e promover o desenvolvimento e Poder Público.
difusão de pesquisas e tecnologias; difusão de pesquisas e tecnologias;
II - instituir programas de estudo da fauna II - instituir programas de estudo da fauna
silvestre, considerando as características sócio- silvestre, considerando as características sócio-
econômicas e ambientais das diferentes regiões econômicas e ambientais das diferentes regiões
do Estado; do Estado, inclusive efetuando um controle
estatístico;
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III - estabelecer programas de educação formal e III - estabelecer programas de educação formal e
informal, visando à formação de consciência informal, visando à formação de consciência
ecológica quanto à necessidade da preservação e ecológica quanto a necessidade da preservação e
conservação do patrimônio faunístico; conservação do patrimônio faunístico;
IV - incentivar os proprietários de terras à IV - incentivar os proprietários de terras à
manutenção de ecossistemas que beneficiam a manutenção de ecossistemas que beneficiam
sobrevivência e o desenvolvimento da fauna a sobrevivência e o desenvolvimento da fauna
silvestre; silvestre autóctone;
V - criar e manter Refúgios de Fauna visando à V - criar e manter Refúgios de Fauna visando a
proteção de áreas importantes para a preservação proteção de áreas importantes para a preservação
de espécies da fauna silvestre; de espécies da fauna silvestre autóctone,
VI - fomentar a criação e manutenção de residentes ou migratórias;
empreendimentos de uso e manejo de fauna que VI - instituir programas de proteção à fauna
recebem, tratam, mantêm e reabilitam animais silvestre;
silvestres vivos provenientes de apreensões, VII - identificar e monitorar a fauna silvestre,
conflitos ou entregas voluntárias; espécies raras ou endêmicas e ameaçadas de
VII - identificar e monitorar a fauna silvestre, extinção, objetivando sua proteção e
espécies raras ou endêmicas e ameaçadas de perpetuação;
extinção, objetivando sua proteção e VIII - manter banco de dados sobre a fauna
perpetuação; VIII - manter banco de dados sobre silvestre;
a fauna silvestre; IX - manter cadastro de pesquisadores, criadores
IX - manter cadastro de pesquisadores, criadores e comerciantes que de alguma forma utilizem os
e comerciantes que, de alguma forma, utilizem os recursos faunísticos do Estado;
recursos faunísticos do Estado; X - manter coleções científicas museológicas e "in
X - fomentar a manutenção de coleções científicas vivo" de animais representativos da fauna
museológicas e “in vivo” de animais silvestre regional, assim como proporcionar
representativos da fauna silvestre regional, assim condições de pesquisa e divulgação dos resultados
como proporcionar condições de pesquisa e da mesma sobre este acervo;
divulgação dos resultados da pesquisa sobre este XI - exercer o poder de polícia em ações
acervo; e relacionadas a fauna silvestre no território
estadual, quer em áreas públicas ou privadas.
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XI - exercer o poder de polícia em ações
relacionadas à fauna silvestre no território
estadual, em áreas públicas ou privada.
Art. 168 - São instrumentos da política sobre a Dispositivo revogado.
fauna silvestre:
I – a pesquisa sobre a fauna;
II – a educação ambiental;
III – o zoneamento ecológico;
IV – o incentivo à preservação faunística;
V – o monitoramento e a fiscalização dos recursos
faunísticos;
VI – a legislação florestal do Estado do Rio Grande
do Sul;
VII – as listas de animais silvestres com espécies
raras ou ameaçadas de extinção e endêmicas;
VIII – programas de recuperação e manutenção
dos “habitats” necessários à sobrevivência da
fauna;
IX – as Unidades de Conservação;
X – o licenciamento ambiental.
Art. 155. O Estado promoverá a elaboração de Art. 169 - O Poder Público promoverá a Amplia regras para cadastro e divulgação das
listas de espécies da fauna silvestre nativa, cuja elaboração de listas de espécies da fauna espécies ameaçadas, inserindo nos parágrafos a
sobrevivência esteja sendo ameaçada nos limites silvestres autóctone, que necessitem cuidados forma de divulgação e a prévia consulta pública.
do território estadual. especiais, ou cuja sobrevivência esteja sendo
§ 1º As listas referidas no “caput” deste artigo ameaçada nos limites do território estadual.
deverão ser divulgadas por intermédio de ato Parágrafo único - As listas referidas no "caput"
específico do Chefe do Poder Executivo e deste artigo deverão ser divulgadas na sociedade
publicadas no sítio eletrônico do órgão e mantidas atualizadas com publicação oficial
responsável devendo ser amplamente divulgadas periódica e caráter máximo bienal, contendo
à sociedade e mantidas atualizadas, contendo medidas necessárias a sua proteção.
medidas necessárias à sua proteção.
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§ 2º A publicação e as alterações das listas serão
precedidas de consulta pública.
Art. 156. É proibido utilização, perseguição, Art. 170 - É proibida a utilização, perseguição, Não houve alteração significativa.
destruição, caça, pesca, apanha, captura, coleta, destruição, caça, pesca, apanha, captura, coleta,
extermínio, depauperação, mutilação, extermínio, depauperação, mutilação e
manutenção em cativeiro e em semi-cativeiro de manutenção em cativeiro e em semi-cativeiro de
exemplares da fauna silvestre, bem como o seu exemplares da fauna silvestre, por meios diretos
comércio e de seus produtos e subprodutos, a ou indiretos, bem como o seu comércio e de seus
menos que autorizado na forma da lei. produtos e subprodutos, a menos que autorizado
na forma da lei.
Art. 157. É proibido introdução, transporte, posse Art. 171 - É proibida a introdução, transporte, A norma manteve a mesma estrutura apenas
e utilização de espécies da fauna silvestre e posse e utilização de espécies de animais trocou os termos, tendo utilizado exótica.
exótica no Estado, salvo as autorizadas pelo órgão silvestres não-autóctones no Estado, salvo as
estadual competente ou as previstas em autorizadas pelo órgão estadual competente, com
legislação, com rigorosa observância à integridade rigorosa observância à integridade física, biológica
física, biológica e sanitária dos ecossistemas, e sanitária dos ecossistemas, pessoas, culturas e
pessoas, culturas e animais do território do animais do território Rio-grandense.
Estado. § 1º - No caso de autorização legal, os animais
§ 1º No caso de autorização, os animais devem devem ser obrigatoriamente mantidos em regime
ser obrigatoriamente mantidos em regime de de cativeiro, proibido seu repasse a terceiros sem
cativeiro, proibido seu repasse a terceiros sem autorização prévia.
autorização prévia. § 2º - Quando aplicável, será exigido EIA/RIMA na
§ 2º Quando aplicável, será exigido EIA/RIMA na forma da lei.
forma da lei. § 3º - Cumpridos os requisitos deste artigo e após
§ 3º Cumpridos os requisitos deste artigo e após parecer favorável da Autoridade Científica, será
parecer favorável da autoridade competente, será emitida licença específica e individual para cada
emitida licença específica e individual para cada caso.
caso.
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Art. 172- É vedada a introdução e o transporte de Dispositivos revogados.
espécies animais silvestres para locais onde não
ocorram naturalmente e a sua retirada sem a
autorização do órgão estadual competente.
Art. 163. O órgão competente regulamentará a Art. 179 - O órgão competente regulamentará a Não houve alteração significativa.
instalação de criadouros de fauna silvestre e instalação de criadouros de fauna silvestre
exótica, cumpridas as determinações emanadas autóctone, cumpridas as determinações
deste Código. emanadas desta legislação.
Parágrafo único - Constatado o beneficio à
sobrevivência da fauna silvestre, poderão ser
concedidos registros especiais para criação de
espécies raras cuja sobrevivência na natureza
esteja ameaçada.
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Art. 164. Poderá ser autorizada a criação de Art. 180 - Poderá ser autorizado o cultivo ou A norma altera a redação suprimindo o termo
espécies silvestres exóticas ou daquelas com criação de espécies silvestres não autóctones ao cultivo, mantendo apenas criação.
modificações genotípicas e fenotípicas fixadas por Estado, ou daquelas com modificações
força de criação intensiva em cativeiro, genotípicas e fenotípicas fixadas por força de
obedecidos os dispositivos legais, em ambiente criação intensiva em cativeiro, obedecidos os
rigorosamente controlado, comprovado seu dispositivos legais, em ambiente rigorosamente
benefício social, garantindo-se mecanismos que controlado, comprovado seu beneficio social,
impeçam sua interferência sobre o ambiente garantindo-se mecanismos que impeçam sua
natural, o ser humano e as espécies silvestres, interferência sobre o ambiente natural, o ser
cumpridos os requisitos sanitários concorrentes. humano e as espécies autóctones, cumpridos os
§ 1º As introduções e criações já realizadas requisitos sanitários concorrentes.
deverão adaptar-se aos princípios da legislação. § 1º - As introduções e criações já realizadas
§ 2º Nos casos em que for aplicável, será exigido deverão adaptar-se aos princípios da legislação.
EIA/RIMA. § 2º - Nos casos em que for aplicável, será exigido
EIA/RIMA.
Art. 165. Os animais, em qualquer estágio de seu Art. 181 - Os animais, em qualquer estágio de seu Não houve alteração significativa.
desenvolvimento, necessários à manutenção de desenvolvimento, necessários à manutenção de
populações cativas existentes em populações cativas existentes em zoológicos e
empreendimentos de uso e manejo de fauna criadouros devidamente legalizados, poderão ser
silvestre, devidamente legalizados, poderão ser capturados, cedidos por instituições congêneres,
capturados, cedidos por instituições congêneres, cedidos em depósitos pelo órgão ambiental, ou
cedidos em depósito pelo órgão ambiental, ou adquiridos de criadouros comerciais, mediante
adquiridos de criadouros comerciais, mediante licença expressa da autoridade competente,
licença expressa da autoridade competente, desde que isso não venha em detrimento das
desde que isso não venha em detrimento das populações silvestres ou da espécie em questão.
populações silvestres ou da espécie em questão.
Art. 166. Os animais nascidos nos criadouros Art. 182 - Os animais nascidos nos criadouros Não houve alteração.
comerciais e seus produtos poderão ser comerciais e seus produtos poderão ser
comercializados, tomadas as precauções para que comercializados, tomadas as precauções para que
isso não seja prejudicial à fauna silvestre nacional isso não seja prejudicial à fauna silvestre nacional
ou àquela protegida por tratados internacionais. ou àquela protegida por tratados internacionais.
CAPÍTULO VI CAPÍTULO VI Não houve alteração.
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DO PATRIMÔNIO AMBIENTAL ESTADUAL DO PATRIMÔNIO AMBIENTAL ESTADUAL
Art. 167. Os elementos constitutivos do Art. 183 - Os elementos constitutivos do
Patrimônio Ambiental Estadual são considerados Patrimônio Ambiental Estadual são considerados
bens de interesse comum a todos os cidadãos, bens de interesse comum a todos os cidadãos,
devendo sua utilização, sob qualquer forma, ser devendo sua utilização sob qualquer forma, ser
submetida às limitações que a legislação em geral, submetida às limitações que a legislação em geral,
e especialmente este Código, estabelecem. e especialmente esta lei, estabelecem.
Art. 168. O Estado fomentará a manutenção de Art. 184 - O Poder Público deverá manter bancos Não houve alteração significativa.
bancos de germoplasma que preservem amostras de germoplasma que preservem amostras
significativas do patrimônio genético do Estado, significativas do patrimônio genético do Estado,
em especial das espécies raras e das ameaçadas em especial das espécies raras e das ameaçadas
de extinção. de extinção.
Art. 170. Para garantir a proteção de seu Art. 186 - Para garantir a proteção de seu Não houve alteração.
patrimônio genético, compete ao Estado: patrimônio genético compete ao Estado:
I - manter um sistema estadual de áreas I - manter um sistema estadual de áreas
protegidas representativo dos diversos protegidas representativo dos diversos
ecossistemas ocorrentes no seu território; e ecossistemas ocorrentes no seu território;
II - garantir a preservação de amostras dos II - garantir a preservação de amostras dos
diversos componentes de seu território genético e diversos componentes de seu território genético e
de seus habitantes. de seus habitantes.
CAPÍTULO VIII CAPÍTULO VIII Não houve alteração.
DO PATRIMÔNIO PALEONTOLÓGICO E DO PATRIMÔNIO PALEONTOLÓGICO E
ARQUEOLÓGICO ARQUEOLÓGICO
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Art. 171. Constitui patrimônio paleontológico e Art. 187 - Constitui patrimônio paleontológico e
arqueológico, estes definidos pela Constituição arqueológico, estes definidos pela Constituição e
Federal e legislação federal, o conjunto dos sítios legislação federais, o conjunto dos sítios e
e afloramentos paleontológicos de diferentes afloramentos paleontológicos de diferentes
períodos e épocas geológicas, e dos sítios períodos e épocas geológicas, e dos sítios
arqueológicos, pré-históricos e históricos de arqueológicos, pré-históricos e históricos de
diferentes idades, bem como todos os materiais diferentes idades, bem como todos os materiais
desta natureza, já pertencentes a coleções desta natureza, já pertencentes a coleções
científicas e didáticas dos diferentes museus, científicas e didáticas dos diferentes museus,
universidades e institutos de pesquisa, existentes universidades, institutos de pesquisa, existentes
no território estadual. no
território estadual.
Art. 172. Compete ao Estado a proteção ao Art. 188 - Compete ao Estado a proteção ao Não houve alteração significativa.
patrimônio paleontológico e arqueológico, patrimônio paleontológico e arqueológico,
objetivando sua manutenção, com fins científicos, objetivando a manutenção dos mesmos, com fins
culturais e socioeconômicos, impedindo sua científicos, culturais e sócio-econômicos
destruição na utilização ou exploração. impedindo sua destruição na utilização ou
exploração.
Art. 173. Para garantir a proteção de seu Art. 189 - Para garantir a proteção de seu Não houve alteração significativa.
patrimônio paleontológico e arqueológico, patrimônio paleontológico e arqueológico,
compete ao Estado: compete ao Estado:
I - proporcionar educação quanto à importância I - proporcionar educação quanto à importância
científica, cultural e socioeconômica deste científica, cultural e sócio-econômica deste
patrimônio; patrimônio;
II - criar Unidades de Conservação nas áreas II - criar Unidades de Conservação nas áreas
referidas no art. 171 deste Código e nos termos referidas no artigo 187;
previstos na legislação referente ao tema; III - prestar auxílio técnico e financeiro a museus e
III - prestar auxílio técnico e/ou financeiro a instituições científicas para adequada preservação
museus e instituições científicas para adequada do material fóssil e arqueológico;
preservação do material fóssil e arqueológico; e IV - cadastrar os sítios arqueológicos e
IV - cadastrar os sítios arqueológicos e paleontológicos e as áreas de sua provável
paleontológicos e as áreas de sua provável ocorrência, em todo o Território Estadual, dando
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ocorrência, em todo o território estadual, dando prioridade aos existentes em Unidades de
prioridade aos existentes em Unidades de Conservação.
Conservação.
Art. 174. O licenciamento ambiental de Art. 190 - Todo o empreendimento ou atividade Não houve alteração significativa.
empreendimentos localizados em áreas com que possa alterar o patrimônio paleontológico e
potencial paleontológico ou com presença de arqueológico, só poderá ser licenciado pelo órgão
bens culturais acautelados dependerá de competente após parecer de técnico habilitado.
autorização do órgão interveniente responsável.
CAPÍTULO IX CAPÍTULO IX A nova redação supriu o parágrafo único.
DO PARCELAMENTO DO SOLO DO PARCELAMENTO DO SOLO O conceito de parcelamento do solo está previsto
Art. 175. As normas para parcelamento do solo Art. 191 - As normas para parcelamento do solo na legislação específica.
urbano estabelecem diretrizes para implantação urbano estabelecem diretrizes para implantação
de loteamentos, desmembramentos e demais de loteamentos, desmembramentos e demais
formas que venham a caracterizar um formas que venham a caracterizar um
parcelamento, respeitando a legislação parcelamento.
pertinente. Parágrafo único - Constitui forma de
parcelamento do solo, para os efeitos desta Lei, a
instituição de condomínios por unidades
autônomas para construção de mais de uma
edificação sobre o terreno, na forma do
regulamento.
Art. 192 - Os parcelamentos urbanos ficam Dispositivo revogado.
sujeitos, dentre outros, aos seguintes quesitos:
I – adoção de medidas para o tratamento de
esgotos sanitários para lançamento no solo ou nos
cursos d’água, visando à compatibilização de suas
características com a classificação do corpo
receptor;
II – proteção das áreas de mananciais, assim como
suas áreas de contribuição imediata, observando
características urbanísticas apropriadas;
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III – que o município disponha de um plano
municipal de saneamento básico aprovado pelo
órgão ambiental competente, dentro de prazos e
requisitos a serem definidos em regulamento;
IV – o parcelamento do solo será permitido
somente sob prévia garantia hipotecária, dada ao
município, de 60% (sessenta por cento) da área
total de terras sobre o qual tenha sido o plano
urbanístico projetado.
Art. 176. Nos parcelamentos do solo, é Art. 193 - Nos parcelamentos do solo é obrigatória A nova redação inclui a obrigação de implantação
obrigatória a implantação de equipamentos a implantação de equipamentos para de escoamento das águas pluviais e iluminação
urbanos de escoamento das águas pluviais, abastecimento de água potável, esgotamento publica.
iluminação pública, esgotamento sanitário, pluvial e sanitário e o sistema de coleta de
abastecimento de água potável, energia elétrica resíduos
pública e domiciliar e vias de circulação. sólidos urbanos
CAPÍTULO X DA PROTEÇÃO DO SOLO AGRÍCOLA CAPÍTULO X DA PROTEÇÃO DO SOLO AGRÍCOLA Não houve alteração significativa.
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Art. 180. São consideradas de interesse público, Art. 196 - Consideram-se de interesse público, na
na exploração do solo agrícola, todas as medidas exploração do solo agrícola, todas as
que visem a: medidas que visem a:
I - manter, melhorar ou recuperar as I - manter, melhorar ou recuperar as
características biológicas, físicas e químicas do características biológicas, físicas e químicas do
solo; solo;
II - controlar a erosão em todas as suas formas; II - controlar a erosão em todas as suas formas;
III - evitar assoreamento de cursos de água e III - evitar assoreamento de cursos de água e
bacias de acumulação, bem como a poluição das bacias de acumulação e a poluição das águas
águas subterrâneas e superficiais; subterrâneas e superficiais;
IV - evitar processos de degradação, arenização e IV - evitar processos de degradação e
desertificação; "desertificação";
V - fixar dunas e taludes naturais ou artificiais; V - fixar dunas e taludes naturais ou artificiais;
VI - evitar o desmatamento de áreas impróprias VI - evitar o desmatamento de áreas impróprias
para a exploração agropastoril; para a exploração agropastoril;
VII - impedir a lavagem, o abastecimento de VII - impedir a lavagem, o abastecimento de
pulverizadores e a disposição de vasilhames e pulverizadores e a disposição de
resíduos de agrotóxicos diretamente no solo, nos vasilhames e resíduos de agrotóxicos diretamente
rios, seus afluentes e demais corpos d’água; no solo, nos rios, seus afluentes e demais
VIII - adequar a locação, construção e manutenção corpos d'água;
de barragens, estradas, canais de drenagem, VIII - adequar a locação, construção e manutenção
irrigação e diques aos princípios de barragens, estradas, canais de
conservacionistas; drenagem, irrigação e diques aos princípios
IX - promover o aproveitamento adequado e conservacionistas;
conservação das águas em todas as suas formas; e IX - promover o aproveitamento adequado e
X - impedir que sejam mantidas inexploradas ou conservação das águas em todas as suas
subutilizadas as terras com aptidão à exploração formas;
agrosilvopastoril, exceto os ecossistemas naturais X - impedir que sejam mantidas inexploradas ou
remanescentes, as Áreas de Preservação sub-utilizadas as terras com aptidão à
Permanente e as disposições previstas em lei, de exploração agrossilvipastoril, exceto os
acordo com o manejo sustentável. ecossistemas naturais remanescentes, as áreas de
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preservação permanente e as disposições
previstas em lei, de acordo com o manejo
sustentável.
Art. 181. É dever do Estado do Rio Grande do Sul Art. 197 - É dever dos governos do Estado e dos O § 3º da norma inova com a possibilidade de
e dos municípios estimular, incentivar e coordenar municípios estimular, incentivar e coordenar a conservação e recuperação do solo por meio de
a geração e difusão de tecnologias apropriadas à geração e difusão de tecnologias apropriadas à PSA.
recuperação e à conservação do solo, segundo a recuperação e à conservação do solo, segundo a O PSA é um importante instrumento mas que
sua capacidade de produção. sua capacidade de produção. exige recursos financeiros para existir. A maior
§ 1º Os órgãos públicos competentes deverão § 1º - Os órgãos públicos competentes deverão fonte de recursos é a cobrança pelo uso da água,
promover ações de divulgação de compensações promover ações de divulgação de compensações algo que no Rio Grande do Sul está previsto desde
financeiras à propriedade que execute ação de financeiras à propriedade que execute ação de 1994 com a publicação da Lei n. 10350, que dispõe
preservação ambiental. preservação ambiental. sobre a política estadual de recursos hídricos (art.
§ 2º O interesse público sempre prevalecerá no § 2º - O interesse público sempre prevalecerá no 32 e ss.)
uso, na recuperação e na conservação do solo e na uso, recuperação e conservação do solo e na
resolução de conflitos referentes à sua utilização resolução de conflitos referentes a sua utilização
independentemente das divisas ou limites de independentemente das divisas ou limites de
propriedades ou do fato de o usuário ser propriedades ou do fato do usuário ser
proprietário, arrendatário, meeiro, posseiro, proprietário, arrendatário, meeiro, posseiro,
parceiro, que faça uso da terra sob qualquer parceiro, que faça uso da terra sob qualquer
forma, mediante a adoção de técnicas, processos forma, mediante a adoção de técnicas, processos
e métodos referidos no “caput” deste artigo. e métodos referidos no "caput".
§ 3º A conservação e recuperação do solo
poderão ser feitas por meio de Pagamento por
Serviços Ambientais, o qual será disciplinado por
regulamento.
Art. 182. Todos os estabelecimentos Art. 198 - Todos os estabelecimentos A norma manteve a mesma estrutura da anterior,
agropecuários, privados ou públicos, ficam agropecuários, privados ou públicos, ficam contudo foi inserido os parágrafos primeiro, que
obrigados a receber as águas pluviais que escoam obrigados a receber as águas pluviais que escoam determinou a inexistência de dever de
nas estradas ou de estabelecimentos de terceiros, nas estradas ou de estabelecimentos de terceiros, indenização das áreas ocupadas pelos canais, e o
desde que tecnicamente conduzidas, podendo desde que tecnicamente conduzidas, podendo segundo, tendo o regrado a possibilidade de
estas águas atravessar tantos quantos estas águas atravessar tantos quantos responsabilização do usuário em caso de danos à
estabelecimentos se encontrarem à jusante, até estabelecimentos se encontrarem à jusante, até jusante.
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que estas águas sejam moderadamente que estas águas sejam moderadamente
absorvidas pelo solo ou seu excesso despejado em absorvidas pelo solo ou seu excesso despejado em
corpo receptor natural, de modo a atender à visão corpo receptor natural, de modo a atender à visão
coletiva das microbacias. coletiva das micro-bacias.
§ 1º Não haverá nenhum tipo de indenização pela
área ocupada pelos canais de escoamento
previsto neste artigo.
§ 2º O usuário à montante poderá ser
responsabilizado pelo não cumprimento das
normas técnicas caso ocorram danos à jusante,
pelo escoamento das águas e solo.
Art. 199 - O proprietário rural fica proibido de Dispositivos revogados.
ceder a sua propriedade para a exploração de
terceiros, a qualquer título, se esta estiver em
áreas declaradas pelo Poder Público como em
processo de desertificação ou avançado grau de
degradação, exceto quando o uso vise, mediante
projeto aprovado pela autoridade competente, à
recuperação da propriedade.
Parágrafo único - A autoridade competente
cancelará a licença concedida quando for
constatado o não-cumprimento das etapas
previstas no projeto referido no “caput”.
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Art. 201 - Todo usuário de solo agrícola é obrigado
a conservá-lo e recuperá-lo, mediante a adoção de
técnicas apropriadas.
Art. 183. Ao Estado e aos municípios compete: Art. 202 - Ao Poder Público Estadual e Municipal Não houve alteração significativa.
I - prover de meios e recursos necessários os compete:
órgãos e entidades que desenvolvam políticas de I - prover de meios e recursos necessários os
uso do solo agrícola, de acordo com este Código; órgãos e entidades que desenvolvam políticas de
II - cumprir e fazer cumprir todas as deliberações
uso do solo agrícola, de acordo com este Código;
do Sistema Estadual do Meio Ambiente no que se II - cumprir e fazer cumprir todas as deliberações
refere à utilização de quaisquer produtos que do Sistema Estadual do Meio Ambiente no que se
possam prejudicar as características do solo refere à utilização de quaisquer produtos que
agrícola; possam prejudicar as características do solo
III - coparticipar com a União de ações que agrícola;
venham ao encontro da Política de Uso do Solo, III - co-participar com o Governo Federal de ações
estabelecida neste Código; e que venham ao encontro da Política de Uso do
IV - elaborar planos regionais e municipais de uso
Solo, estabelecida neste Código;
adequado do solo. IV - elaborar planos regionais e municipais de uso
adequado do solo.
Art. 203 - As entidades públicas e empresas Dispositivo revogado.
privadas que utilizam o solo ou subsolo em áreas
rurais, só poderão funcionar se não causarem
prejuízo do solo agrícola por erosão,
assoreamento, contaminação, poluição, rejeitos,
depósitos e outros danos.
Art. 184. O planejamento, a construção e a Art. 204 - O planejamento, a construção e Não houve alteração.
preservação de rodovias, estradas federais, preservação de rodovias, estradas federais,
estaduais e municipais deverão ser realizadas de estaduais e municipais, deverão ser realizadas de
acordo com normas técnicas de preservação do acordo com normas técnicas de preservação do
solo agrícola e recursos naturais, respaldado em solo agrícola e recursos naturais, respaldado em
projeto ambiental. projeto ambiental.
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Art. 185. Fica vedada a utilização dos leitos e Art. 205 - Fica vedada a utilização dos leitos e Não houve alteração.
faixas de domínio de estradas e rodovias como faixas de domínio de estradas, rodovias, como
canais de escoadouro do excedente de águas canais de escoadouro do excedente de águas
advindas de estradas internas e divisas de imóveis advindas de estradas internas e divisas de imóveis
rurais. rurais.
Art. 186. É proibida a implantação de mecanismos Art. 206 - É proibida a implantação de mecanismos A norma alterou a redação para vedar as
que obstruam permanentemente a circulação de que obstruam a livre circulação de águas obstruções permanentes a circulação de águas
águas correntes naturais com vista ao uso restrito correntes naturais (rios, arroios etc), com vista ao correntes naturais.
para um ou mais empreendedores em prejuízo à uso restrito para um ou mais empreendedores em
coletividade. prejuízo à coletividade.
Art. 187. Na recomposição das áreas degradadas, Art. 207 - Na recomposição das áreas degradadas, Não houve alteração.
os proprietários rurais, quando couber, deverão os proprietários rurais deverão enriquecê-las,
enriquecê-las, preferencialmente, com espécies preferencialmente, com espécies nativas.
nativas.
Art. 188. Os produtos e substâncias não Art. 208 - Os produtos e substâncias não Não houve alteração.
regularizados, ainda que em vias de regularização, regularizados ou em vias de regularização não
não terão autorizados seu uso no território do terão autorizados sua importação e uso no
Estado. território do Estado.
Art. 209 - Deverão ser realizadas avaliações de Dispositivo revogado.
impactos ambientais antes da implantação de
quaisquer linhas especiais de crédito com vistas à
utilização de produtos ou metodologias
relacionadas com o setor rural.
CAPÍTULO XI CAPÍTULO XI Não houve alteração significativa.
DA MINERAÇÃO DA MINERAÇÃO O parágrafo primeiro vigente simplifica e adequa
Art. 189. Será objeto de licenciamento ambiental Art. 210 - Serão objeto de licença ambiental a a relação entre a licença ambiental e a pesquisa
a pesquisa com extração mineral antes da outorga pesquisa, a lavra e o beneficiamento de recursos mineral, isentando onde o produto não será
do respectivo título minerário pela União, a lavra minerais de qualquer natureza, inclusive a lavra utilizado.
ou o beneficiamento de recursos minerais de garimpeira, ficando seu responsável obrigado a
qualquer natureza, inclusive a lavara garimpeira, cumprir as exigências determinadas pelo órgão
nos casos regulados pelo Conselho Estadual do ambiental competente.
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Meio Ambiente, ficando seu responsável obrigado
a cumprir as exigências determinadas pelo órgão
ambiental.
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oriundos dos serviços públicos de limpeza urbana
e de manejo de resíduos sólidos;
b) estabelecer sistemas de coleta seletiva;
c) articular medidas para viabilizar o retorno ao
ciclo produtivo dos resíduos sólidos reutilizáveis e
recicláveis oriundos dos serviços públicos de
limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos;
d) implantar o sistema de logística reversa caso
assim seja definido por acordo setorial ou termo
de compromisso, mediante a devida remuneração
pelo setor empresarial;
e) implantar sistema de compostagem para
resíduos sólidos orgânicos e articular com os
agentes econômicos e sociais formas de utilização
do composto produzido; e
f) dar disposição final ambientalmente adequada
aos resíduos e rejeitos oriundos dos serviços
públicos de limpeza urbana e de manejo de
resíduos sólidos.
Art. 197. Os Poderes Públicos, Estadual e Busca incentivar a coleta seletiva.
Municipal, fomentarão e implantarão programas
educacionais e projetos de aproveitamento da
parcela orgânica e de reciclagem.
Art. 198. Os produtos resultantes das unidades de Art. 220 - Os produtos resultantes das unidades de Não houve alteração.
tratamento de gases, águas, efluentes líquidos e tratamento de gases, águas, efluentes líquidos e
resíduos deverão ser caracterizados e resíduos deverão ser caracterizados e
classificados, sendo passíveis de projetos classificados, sendo passíveis de projetos
complementares que objetivem complementares que objetivem
reaproveitamento, tratamento e disposição final reaproveitamento, tratamento e destinação final
sob as condições referidas nos arts. 194 e 195 sob as condições referidas nos artigos 218 e 219.
deste Código.
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Art. 199. É vedado o transporte de resíduos para Art. 221 - É vedado o transporte de resíduos para O caput apresenta redação idêntica a norma
dentro ou fora dos limites geográficos do Estado dentro ou fora dos limites geográficos do Estado anterior, contudo foi inserido o parágrafo único
sem o prévio licenciamento do órgão ambiental. sem o prévio licenciamento do órgão ambiental. que remete à regulamentação pelo órgão
Parágrafo único. O órgão ambiental responsável licenciador.
pela fiscalização das atividades mencionadas no
“caput” deste artigo definirá os critérios para
atendimento do disposto em regulamentação
específica.
Art. 200. A recuperação de áreas degradadas pela Art. 222 - A recuperação de áreas degradadas pela Não houve alteração.
ação da disposição de resíduos é de inteira ação da disposição de resíduos é de inteira
responsabilidade técnica e financeira da fonte responsabilidade técnica e financeira da fonte
geradora ou, na impossibilidade de identificação geradora ou na impossibilidade de identificação
desta, do proprietário da terra responsável pela desta, do ex-proprietário ou proprietário da terra
degradação, cobrando-se destes os custos dos responsável pela degradação, cobrando-se destes
serviços executados quando realizados pelo os custos dos serviços executados quando
Estado em razão da eventual emergência de sua realizados pelo Estado em razão da eventual
ação. emergência de sua ação.
Art. 201. As indústrias produtoras, formuladoras Art. 223 - As indústrias produtoras, formuladoras O caput da norma manteve a mesma estrutura,
ou manipuladoras serão responsáveis, direta ou ou manipuladoras serão responsáveis, direta ou contudo foram inseridos três parágrafos para
indiretamente, pela destinação final das indiretamente, pela destinação final das regulamentar o previsto no caput.
embalagens de seus produtos, assim como dos embalagens de seus produtos, assim como dos Atualiza o tema que, desde 2010 possui política
restos e resíduos de produtos comprovadamente restos e resíduos de produtos comprovadamente nacional específica.
perigosos, inclusive os apreendidos pela ação perigosos, inclusive os apreendidos pela ação
fiscalizadora, com a finalidade de sua reutilização, fiscalizadora, com a finalidade de sua reutilização,
reciclagem ou inutilização, obedecidas as normas reciclagem ou inutilização, obedecidas as normas
legais vigentes. legais vigentes.
§ 1º Cabe aos respectivos responsáveis assegurar,
quando possível, que as embalagens sejam:
I - restritas em volume e peso às dimensões
requeridas à proteção do conteúdo e à
comercialização do produto;
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II - projetadas de forma a serem reutilizadas de
maneira tecnicamente viável e compatível com as
exigências aplicáveis ao produto que contêm; e
III - recicladas, se a reutilização não for possível.
§ 2º O regulamento disporá sobre os casos em
que, por razões de ordem técnica ou econômica,
não seja viável a aplicação do disposto no “caput”
deste artigo.
§ 3º É responsável pelo atendimento do disposto
neste artigo todo aquele que:
I - manufatura embalagens ou fornece materiais
para a fabricação de embalagens; e
II - coloca em circulação embalagens, materiais
para a fabricação de embalagens ou produtos
embalados, em qualquer fase da cadeia de
comércio.
Art. 224 - É vedada a produção, o transporte, a Dispositivo revogado.
comercialização e o uso de produtos químicos e
biológicos cujo princípio ou agente químico não
tenha sido autorizado no país de origem, ou que
tenha sido comprovado como nocivo ao meio
ambiente ou à saúde pública em qualquer parte
do território nacional.
Art. 202. No caso de apreensão ou detecção de Art. 225 - No caso de apreensão ou detecção de Não houve alteração
produtos comercializados irregularmente, o produtos comercializados irregularmente, o
transporte para seu recolhimento e a destinação transporte para seu recolhimento e destinação
adequada deverão ser avaliados e licenciados pelo adequada deverá ser avaliado e licenciado pelo
órgão ambiental. órgão ambiental
CAPÍTULO XIII Capítulo XV O bioma Pampa não era tratado no código
DOS BIOMAS MATA ATLÂNTICA E PAMPA DA MATA ATLÂNTICA revogado.
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Art. 203. O Bioma Pampa terá suas características
definidas em regulamento específico, que
detalhará aspectos de conservação.
Art. 204. A Reserva da Biosfera da Mata Atlântica Art. 233 - A Mata Atlântica é patrimônio nacional Dispositivo aprimorado.
é um modelo, adotado internacionalmente, de e estadual, e sua utilização far-se-á na forma da
gestão integrada, participativa e sustentável dos lei, dentro de condições que assegurem a
recursos naturais, com os objetivos básicos de preservação ou conservação do meio ambiente,
preservação da diversidade biológica, inclusive quanto ao uso de recursos naturais.
desenvolvimento de atividades de pesquisa,
monitoramento ambiental, educação ambiental, Art. 234 - O tombamento da Mata Atlântica é um
desenvolvimento sustentável e melhoria da instrumento que visa a proteger as formações
qualidade de vida das populações. vegetais inseridas no domínio da Mata Atlântica,
que constituem, em seu conjunto, patrimônio
Art. 205. O Bioma Mata Atlântica é considerado natural e cultural do Estado do Rio Grande do Sul,
patrimônio nacional e estadual, nos termos da com seus limites e usos estabelecidos em
legislação. legislação específica.
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III - os capões de mata nativa ainda existentes na
Planície Costeira, especialmente os localizados às
margens de lagoas;
IV - os banhados e várzeas utilizados
significativamente como áreas de alimentação,
reprodução, abrigo e refúgio para espécies de
fauna nativa, assim definidos pela Fundação
Estadual de Proteção Ambiental -FEPAM;
V - as áreas cobertas por vegetação primária e
secundária em estágio médio e avançado de
regeneração da Floresta Atlântica;
VI - as áreas onde ocorrem monumentos
históricos, artísticos e paisagísticos significativos,
assim definidos em lei;
VII - as áreas de sítios arqueológicos e
paleontológicos antes da realização de
levantamento e classificação, e as áreas de sítios
arqueológicos que, após o levantamento, forem
classificados como relevantes, conforme
legislação pertinente;
VIII - as áreas que tenham a função de proteger
espécies da flora e fauna silvestres ameaçadas de
extinção;
IX - as áreas de drenagem naturais preferenciais
de maior importância, localizadas na Planície
Costeira, assim definidas peio Órgão Estadual
Ambiental competente, e suas faixas marginais de
largura mínima de 50m (cinqüenta metros)
considerando o eixo preferencial de escoamento.
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§ 3º - Entende-se por praia a área coberta e
descoberta periodicamente pelas águas, acrescida
da faixa subseqüente de material detrítico, tal
como areias, cascalhos, seixos e pedregulhos, até
o limite onde se inicie a vegetação natural, ou, em
sua ausência, onde comece um outro
ecossistema.
§ 4º - As praias fluviais do Estado obedecerão aos
princípios previstos neste artigo.
CAPÍTULO XV CAPÍTULO XIII
DA POLUIÇÃO SONORA DA POLUIÇÃO SONORA
Art. 209. A emissão de sons, em decorrência de Art. 226 - A emissão de sons, em decorrência de Não houve alterações.
quaisquer atividades industriais, comerciais, quaisquer atividades industriais, comerciais,
sociais, recreativas ou outras que envolvam a sociais, recreativas ou outras que envolvam a
amplificação ou produção de sons intensos deverá amplificação ou produção de sons intensos deverá
obedecer, no interesse da saúde e do sossego obedecer, no interesse da saúde e do sossego
público, aos padrões, critérios, diretrizes e normas público, aos padrões, critérios, diretrizes e normas
estabelecidas pelos órgãos estaduais e municipais estabelecidas pelos órgãos estaduais e municipais
competentes, em observância aos programas competentes, em observância aos programas
nacionais em vigor. nacionais em vigor.
Art. 210. Consideram-se prejudiciais à saúde e ao Art. 227 - Consideram-se prejudiciais à saúde e ao A nova versão da norma suprimiu a possibilidade
sossego público os níveis de sons e ruídos sossego público os níveis de sons e ruídos de aplicação da norma mais restritiva.
superiores aos estabelecidos pelas normas superiores aos estabelecidos pelas normas
municipais e estaduais ou, na ausência destas, municipais e estaduais ou, na ausência destas,
pelas normas vigentes da ABNT, sem prejuízo da pelas normas vigentes da Associação Brasileira de
aplicação das normas dos órgãos federais de Normas Técnicas (ABNT), sem prejuízo da
trânsito e fiscalização do trabalho, quando aplicação das normas dos órgãos federais de
couber, aplicando-se sempre a mais restritiva. trânsito e fiscalização do trabalho, quando
couber,
aplicando-se sempre a mais restritiva.
Art. 211. Os órgãos municipais e estaduais Art. 228 - Os órgãos municipais e estaduais Não houve alterações.
competentes deverão, para fins de cumprimento competentes deverão, para fins de cumprimento
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deste Código e demais legislações, determinar deste Código e demais legislações, determinar
restrições a setores específicos de processos restrições a setores específicos de processos
produtivos, instalação de equipamentos de produtivos, instalação de equipamentos de
prevenção, limitações de horários e outros prevenção, limitações de horários e outros
instrumentos administrativos correlatos, instrumentos administrativos correlatos,
aplicando-os isolada ou combinadamente. aplicando-os isolada ou combinadamente.
Parágrafo único. Todas as providências previstas Parágrafo único - Todas as providências previstas
no “caput” deverão ser tomadas pelo no "caput" deverão ser tomadas pelo
empreendedor, às suas expensas, e deverão ser empreendedor, às suas expensas, e deverão ser
discriminadas nos documentos oficiais de discriminadas nos documentos oficiais de
licenciamento da atividade. licenciamento da atividade.
Art. 229 - A realização de eventos que causem Dispositivo revogado.
impactos de poluição sonora em Unidades de
Conservação e entorno dependerá de prévia
autorização do órgão responsável pela respectiva
Unidade.
Art. 212. Compete ao Poder Público: Art. 230 - Compete ao Poder Público: A norma manteve a mesma estrutura do Código
I - instituir regiões e sub-regiões de implantação I - instituir regiões e sub-regiões de implantação anterior, mas foi inserido o § 2º, que dispõe sobre
das medidas controladoras estabelecidas por este das medidas controladoras estabelecidas por este a comercialização e o uso de fogos de artifício e
Código e pela legislação federal vigente; Código e pela legislação federal vigente; artefatos pirotécnicos e dá outras providências.
II - divulgar à população matéria educativa e II - divulgar à população matéria educativa e
conscientizadora sobre os efeitos prejudiciais conscientizadora sobre os efeitos prejudiciais
causados pelo excesso de ruído; causados pelo excesso de ruído;
III - incentivar a fabricação e uso de máquinas, III - incentivar a fabricação e uso de máquinas,
motores, equipamentos e outros dispositivos com motores, equipamentos e outros dispositivos com
menor emissão de ruídos; menor emissão de ruídos;
IV - incentivar a capacitação de recursos humanos IV - incentivar a capacitação de recursos humanos
e apoio técnico e logístico para recebimento de e apoio técnico e logístico para recebimento de
denúncias e a tomada de providências de combate denúncias e a tomada de providências de combate
à poluição sonora, em todo o território estadual; à poluição sonora, em todo o território estadual;
V - estabelecer convênios, contratos e V - estabelecer convênios, contratos e
instrumentos afins com entidades que, direta ou instrumentos afins com entidades que, direta ou
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indiretamente, possam contribuir com o indiretamente, possam contribuir com o
desenvolvimento dos programas a atividades desenvolvimento dos programas a atividades
federais, estaduais ou municipais, de prevenção e federais, estaduais ou municipais, de prevenção e
combate à poluição sonora; combate à poluição sonora;
VI - ouvidas as autoridades e entidades científicas VI - ouvidas as autoridades e entidades científicas
pertinentes, submeter os programas à revisão pertinentes, submeter os programas à revisão
periódica, dando prioridade às ações preventivas. periódica, dando prioridade às ações preventivas.
§ 1º O Poder Público incentivará toda empresa Parágrafo único - O Poder Público incentivará toda
que estabelecer o Programa de Conservação empresa que estabelecer o Programa de
Auditiva. Conservação Auditiva.
§ 2º A infração aos arts. 1.º a 3.º da Lei n.º 15.364,
de 5 de novembro de 2019, sujeitará o infrator às
sanções do Capítulo XI do Título II desta Lei.
Art. 213. O transporte e o destino transitório de Define competência para o transporte do
fogos de artifício apreendidos será efetivado pelo produto.
Corpo de Bombeiros do Estado do Rio Grande do
Sul.
CAPÍTULO XVI CAPÍTULO XIV Não houve alterações.
DA POLUIÇÃO VISUAL DA POLUIÇÃO VISUAL
Art. 214. São objetivos do Sistema do Uso do Art. 231 - São objetivos do Sistema do Uso do
Espaço Visual entre outros: Espaço Visual entre outros:
I - ordenar a exploração ou utilização dos veículos I - ordenar a exploração ou utilização dos veículos
de divulgação; de divulgação;
II - elaborar e implementar normas para a II - elaborar e implementar normas para a
construção e instalação dos veículos de construção e instalação dos veículos de
divulgação; divulgação;
III - proteger a saúde, a segurança e o bem-estar III - a proteção da saúde, segurança e o bem-estar
da população; da população;
IV - estabelecer o equilíbrio entre o direito público IV - estabelecer o equilíbrio entre o direito público
e privado, visando ao bem da coletividade. e privado, visando ao bem da coletividade
Art. 215. A exploração ou utilização de veículos de Art. 232 - A exploração ou utilização de veículos de Não houve alterações.
divulgação presentes na paisagem e visíveis de divulgação presentes na paisagem e visíveis de
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locais públicos deverão possuir prévia autorização locais públicos deverão possuir prévia autorização
do órgão municipal competente e não poderão ser do órgão municipal competente e não poderão ser
mudados de locais sem o respectivo mudados de locais sem o respectivo
consentimento. consentimento.
§ 1º Para efeito desta Lei são considerados § 1º - Para efeito desta Lei são considerados
veículos de divulgação, ou simplesmente veículos, veículos de divulgação, ou simplesmente veículos,
quaisquer equipamentos de comunicação visual quaisquer equipamentos de comunicação visual
ou audiovisual utilizados para transmitir ou audiovisual utilizados para transmitir
externamente anúncios ao público, tais como externamente anúncios ao público, tais como:
tabuletas, placas e painéis, letreiros, painel tabuletas, placas e painéis, letreiros, painel
luminoso ou iluminado, faixas, folhetos e luminoso ou iluminado, faixas, folhetos e
prospectos, balões e boias, muro e fachadas de prospectos, balões e bóias, muro e fachadas de
edifícios, equipamentos de utilidade pública, edifícios, equipamentos de utilidade pública,
bandeirolas. bandeirolas.
§ 2º São considerados anúncios, quaisquer § 2º - São considerados anúncios, quaisquer
indicações executadas sobre veículos de indicações executadas sobre veículos de
divulgação presentes na paisagem, visíveis de divulgação presentes na paisagem, visíveis de
locais públicos, cuja finalidade seja promover locais públicos, cuja finalidade seja promover
estabelecimentos comerciais, industriais ou estabelecimentos comerciais, industriais ou
profissionais, empresas, produtos de qualquer profissionais, empresas, produtos de qualquer
espécie, ideias, pessoas ou coisas, classificando-se espécie, idéias, pessoas ou coisas, classificando-se
em anúncio orientador, anúncio promocional, em anúncio orientador, anúncio promocional,
anúncio institucional e anúncio misto. anúncio institucional e anúncio misto.
CAPÍTULO XVII Inovação do código.
DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS DE ESTIMAÇÃO O novo código estadual apresentou uma grande
Art. 216. É instituído regime jurídico especial para inovação na proteção dos animais domésticos de
os animais domésticos de estimação e estimação, em consonância com a Lei Estadual nº
reconhecida a sua natureza biológica e emocional 15.363 de 2019, que disciplinou a proteção
como seres sencientes, capazes de sentir jurídica dos animais no Rio Grande do Sul.
sensações e sentimentos de forma consciente. Cabe destacar que a norma tratou de excetuar os
Parágrafo único. Os animais domésticos de animais destinados as atividades agropecuárias,
estimação, que não sejam utilizados em
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atividades agropecuárias e de manifestações bem como aqueles destinados as manifestações
culturais reconhecidas em lei como patrimônio culturais.
cultural do Estado, possuem natureza jurídica “sui
generis” e são sujeitos de direitos
despersonificados, devendo gozar e obter tutela
jurisdicional em caso de violação, vedado o seu
tratamento como coisa.
Art. 217. São proibidos o extermínio, os maus
tratos, a mutilação e a manutenção de animais
domésticos de estimação em cativeiros ou
semicativeiro que se encontrem em condições
degradantes, insalubres ou inóspitas, sob pena
das sanções previstas nos arts. 92 e 93 desta Lei.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas sanções a
que se refere o “caput” deste artigo quem
abandona animais domésticos de estimação em
via ou praça pública, com intenção de pôr fim a
sua guarda.
CAPÍTULO XVIII Inovação do código.
DA AUTORIZAÇÃO PARA CONVERSÃO DO CAMPO Os dispositivos ora codificados foram inseridos no
NATIVO ordenamento jurídico estadual pelo Decreto n.
Art. 218. A supressão da vegetação nativa para 52.431/15 (art. 8º e ss).
uso alternativo do solo dependerá do Também adequou o tema aos preceitos do Código
cadastramento do imóvel no Cadastro Ambiental Florestal de 2012.
Rural ‒ CAR ‒ e de autorização prévia do órgão Importante mencionar que preceitos do citado
estadual competente do SISNAMA, conforme o Decreto estão sendo discutidos no Poder
disposto no art. 26 da Lei Federal n.º 12.651, de 25 Judiciário (ACP n. 001/1.15.0122787-5).
de maio de 2012.
§ 1º No Bioma Pampa, necessitam a autorização
prévia de que trata o “caput” deste artigo as
supressões para uso alternativo do solo nas áreas
rurais consolidadas por supressão de vegetação
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nativa com atividades pastoris e nas áreas de
remanescente de vegetação nativa.
§ 2º O órgão ambiental competente deverá
estabelecer prazos de análise para conceder
autorização da supressão da vegetação nativa
para uso alternativo do solo.
§ 3º A indicação da área de vegetação nativa a ser
suprimida para uso alternativo do solo é de
responsabilidade do produtor, devendo este
priorizar, para conversão, as áreas com a presença
de espécies herbáceas exóticas e, para
manutenção, as de remanescentes de vegetação
nativa e aquelas que permitam a formação de
corredores ecológicos entre as Áreas de Reserva
Legal e as Áreas de Preservação Permanente.
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II - não poderá conferir desoneração permanente
de dever ou condicionamento de direito
reconhecidos por orientação geral; e
III - deverá prever com clareza as obrigações das
partes, o prazo para seu cumprimento e as
sanções aplicáveis em caso de descumprimento.
Art. 222. As autoridades públicas devem atuar O disposto claramente tem o intuito de fortalecer
para aumentar a segurança jurídica na aplicação o devido processo administrativo, assegurando
das normas, inclusive por meio de regulamentos, que exista previsibilidade dos atos
súmulas administrativas, orientações gerais e administrativos.
respostas a consultas.
Parágrafo único. Consideram-se orientações
gerais as interpretações e especificações contidas
em atos públicos de caráter geral ou em
jurisprudência judicial ou administrativa
majoritária, e ainda as adotadas por prática
administrativa reiterada e de amplo
conhecimento público.
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41 deste Código ficam automaticamente
adequados às disposições do referido artigo.
Art. 226. O ressarcimento de custos previstos no Adequa a legislação vigente aos novos preceitos
art. 4º da Lei nº 9.077, de 4 de junho de 1990, e legais codificados.
regulamentações do Conselho Estadual do Meio
Ambiente, tem como fato gerador a prestação de
serviços pelo órgão ambiental estadual
competente pela análise prévia de licenças
ambientais, pareceres técnicos e outras atividades
de acordo com a legislação ambiental vigente.
§ 1º A expedição das licenças previstas no art. 54
deste Código fica sujeita ao pagamento do
ressarcimento de custos ao órgão ambiental
competente, objetivando cobrir os custos
operacionais e de análise ambiental.
§ 2º O ressarcimento dos custos de licenciamento
dar-se-á no ato de solicitação da licença e não
garante ao interessado a concessão.
§ 3º O ressarcimento de custos será
regulamentado pelo Conselho de Administração
da FEPAM, especialmente em relação ao
coeficiente de licenciamento e ao
estabelecimento de critérios para o ressarcimento
dos custos de licenciamento.
§ 4º Compete ao Conselho de Administração da
FEPAM autorizar a atualização dos valores,
realizar enquadramento de atividades e aprovar
descontos para atividades consideradas do setor
primário.
Art. 227. Para fins de aplicação da presente Lei, Adequa a legislação vigente aos novos preceitos
são adotadas as delimitações e conceitos legais codificados.
estabelecidos no mapa referido no art. 2º da Lei
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Federal nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006, e
considerando os seguintes conceitos:
I - campo antrópico: vegetação de campo formada
em áreas originais de floresta, devido à
intervenção humana e ações para uma maior
produtividade de espécies forrageiras,
principalmente com a introdução de espécies
nativas ou exóticas, não considerada
remanescente de campo de altitude;
II - vegetação primária: vegetação de máxima
expressão local, com grande diversidade
biológica, sendo os efeitos das ações antrópicas
mínimos, a ponto de não afetar significativamente
suas características originais de estrutura e de
espécies;
III - vegetação secundária ou em regeneração:
vegetação resultante dos processos naturais de
sucessão, após supressão total ou parcial da
vegetação primária por ações antrópicas ou
causas naturais, podendo ocorrer espécies
remanescentes da vegetação primária.
§ 1º Considera-se ainda vegetação primária de
campo de altitude a vegetação de máxima
expressão local ainda que não esteja associada à
grande diversidade biológica, devido às
características locais de clima, relevo, solo e
vegetação adjacente.
§ 2º Remanescentes de campo de altitude
submetidos a corte parcial e recorrente da parte
aérea por processo de pastoreio não se
enquadram como vegetação primária.
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Art. 228. Não se caracteriza como remanescente Adequa a legislação vigente aos novos preceitos
de vegetação de campos de altitude a existência legais codificados.
de espécies ruderais nativas ou exóticas em áreas
já ocupadas com agricultura, cidades, pastagens e
florestas plantadas ou outras áreas desprovidas
de vegetação nativa, ressalvado o disposto no art.
5º da Lei Federal nº 11.428/06.
Art. 229. Serão objeto de consulta pública, A norma torna obrigatório a existência de consulta
previamente à publicação pelo Conselho Estadual pública para criação ou alteração de atos
do Meio Ambiente e pelos órgãos de fiscalização normativos que imponham obrigações de ordem
ambiental do Estado do Rio Grande do Sul, a técnica, excetuando as normas de matéria
criação ou alteração de atos normativos que administrativa.
imponham obrigações de ordem técnica às
atividades sujeitas a licenciamento ambiental,
inclusive quanto à determinação de padrões de A norma poderia ter previsto também a
emissão e qualidade ambiental, sendo necessidade de revisão e condensação das
disponibilizada a respectiva minuta na rede normas administrativas, como foi feito pela União
mundial de computadores, em sítio específico, no Decreto nº 10.139 de 2019.
quando do início da consulta pública.
§ 1º A consulta pública é instrumento de apoio à
tomada de decisão por meio do qual a sociedade
é consultada previamente, mediante envio de
críticas, sugestões e contribuições feitas por
quaisquer interessados, sobre as minutas
referidas no “caput”.
§ 2º São dispensadas de consulta pública os atos
normativos de matéria administrativa.
Art. 230. Na atividade aeroagrícola em Unidades O dispositivo inova ao trazer a regulamentação da
de Conservação de uso sustentável somente serão aplicação de agrotóxicos por aviação,
admitidos a pulverização de produtos e defensivos apresentando diversas regras para o exercício da
fitossanitários, mediante a utilização de alta atividade.
tecnologia embarcada de aplicação de defensivos
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agrícolas permitidos, a fim de otimizar a eficiência Tal regramento traz segurança jurídica para os
no controle do alvo biológico e evitar perdas envolvidos.
ocasionadas por deriva, devendo observar que:
I - somente poderão ser empregadas aeronaves
homologadas para utilização em serviços aéreos
especializados, certificadas pela autoridade
aeronáutica;
II - a aeronave prestadora de serviços de
pulverização de produtos e defensivos
fitossanitários deve estar previamente cadastrada
junto ao órgão estadual de agricultura;
III - os equipamentos de dispersão, aspersão e
pulverização, utilizados nas aeronaves, deverão
ser de modelos aprovados pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA –,
e sua instalação deverá ser aprovada pela Agência
Nacional de Aviação Civil – ANAC;
IV - para efeito de segurança operacional, a
aplicação aeroagrícola fica restrita à área a ser
tratada, respeitando as diretrizes da legislação
federal que rege a aviação agrícola;
V - cumprir os polígonos de exclusão da aplicação
aérea para cada Unidade de Conservação de uso
sustentável, definidos por ato de Estado, e a
vedação de aplicação aérea de agrotóxicos em
áreas situadas a uma distância mínima de:
a) 500m (quinhentos metros) de povoações,
cidades, vilas, bairros, de mananciais de captação
de água para abastecimento de população;
b) 250m (duzentos e cinquenta metros) de
recursos hídricos; 500m (quinhentos metros) de
águas superficiais para abastecimento público,
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povoações, cidades, vilas, bairros, moradias
isoladas e agrupamentos de animais;
VI - as aeronaves agrícolas, que contenham
produtos químicos, ficam proibidas de sobrevoar
as áreas povoadas, as moradias e os
agrupamentos humanos, ressalvados os casos de
controle de vetores, observadas as normas legais
pertinentes;
VII - as aeronaves aeroagrícolas devem:
a) ser equipadas com tecnologia de embarcação
como: DGPS, “lightbar”, fluxômetro, válvula “by-
pass”, válvulas de segurança individuais;
b) estar cadastradas no Sistema Nacional de
Documentação da Aviação Agrícola – SISVAG;
c) capacitar os operadores para a realização da
pulverização nos limites de segurança e em
condições meteorológicas adequadas para evitar
deriva;
d) estar com a atividade aeroagrícola previamente
licenciada junto ao órgão ambiental competente.
Art. 231. Os municípios serão incentivados a O dispositivo tem como objetivo unificar os
utilizar o sistema estadual eletrônico e virtual para processos de controle e fiscalização ambiental
processamento das licenças e demais atos
relativos à fiscalização ambiental.
Art. 232. Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.
Dispositivos revogados:
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Art. 6º - As florestas nativas e demais formas de
vegetação natural de seu interior são
consideradas bens de interesse comum, sendo
proibido o corte e a destruição parcial ou total
dessas formações sem autorização prévia do
órgão florestal competente.
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§ 1º - A reserva florestal deverá ser perfeitamente
definida e delimitada no Plano de Manejo
Florestal em função das características peculiares
de cada propriedade.
§ 2º - Nas propriedades cuja vegetação de
preservação permanente ultrapassar a
40%(quarenta por cento) da área total da
propriedade, fica dispensada a reserva florestal
prevista neste artigo.
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