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Matriz de atividade individual*

Módulo: Atividade: AI-1 (Individual 1)


Título: Estudo de Caso da Companhia Comercial Macapá
Aluno:
Disciplina: Orçamento Empresarial Turma:
Introdução

O objetivo desta Atividade Individual é demonstrar a importância do


orçamento como meio de planejar e controlar as atividades de uma organização,
voltado para atingir as metas organizacionais, através da análise da projeção
mensal da Companhia Comercia Macapá, apontando os principais indicadores e
verificando sua viabilidade frente aos dados apontados, através do estudo da
Projeção Mensal, como base para a elaboração das análises abaixo, aplicando os
conceitos já conhecidos e aprendidos nesta disciplina.
Pode-se definir o Orçamento Empresarial como um conjunto dos vários
planos dos processos operacionais, desobrados para um determinado período, de
modo a representar os objetivos financeiros e econômicos de uma empresa,
projetando suas receitas e despesas. Além disso, a organização que projeta seus
acontecimentos, analisando os dados com maior grau de certeza, consegue prever
e mitigar os riscos, preparando-se para crises e novas oportunidades de negócio
frente as variações mercadológicas e, inclusive, sobressair sobre seus
concorrentes (MATIAS; CARNEIRO, 2009).

Premissas de evolução de receitas/Redução de custo/Despesas


operacionais

A projeção das receitas de uma organização é a base do orçamento


empresarial, pois quanto mais precisa for esta provisão, melhor será o
desempenho empresarial frente às despesas atreladas às vendas, ojetivando o
crescimento e, por consequência, o lucro.
Se a projeção de vendas for superestimada, o orçamento realizado sobre a
produção será elaborado acima das reais necessidades da organização,
acarretando custos operacionais aquém do estipulado. Entretanto, caso ocorra o
contrário e a projeção de vendas seja subestimada, a organização prepara-se
para um nível de operações reduzido, levando a perder negócios e diminuição da
lucratividade por ser incapaz de atender todos os pedidos.
O equilíbrio entre a projeção de vendas e a capacidade de produção da
empresa é fundamental para que a organização tenha uma boa gestão
econômico-financeira, adequando os recursos de maneira racional, visando a
redução de custos e despesas operacionais, além da maximização do lucro.
Analisando o relatório de Projeção Mensal da Companhia Comercial do
Macapá, verifica-se que a empresa prevê crescimento de 20% em sua receita de
vendas a cada bimestre, para os seis primeiros meses do ano. Nota-se, ainda, que
a organização considerou suas despesas operacionais em uma linha constante.
Seria necessário que a organização projetasse seus custos e despesas
operacionais proporcionalmente de acordo com as projeções de receitas, visto que
o crescimento da receita leva ao aumento dos custos totais para produção, tais
como matérias-prima, recursos humanos, logística, etc. Sendo assim, o lucro
líquido projetado para este período é positivo devido a não projeção proporcional
dos custos, ou seja, a receita manteve-se superior às despesas.

Taxa mensal/Cargas tributárias

Para que os executivos e gerentes tenham a acuracidade próxima à

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realidade no planejamento orçamentário, é imprescindível que tenham um
profundo conhecimento financeiro e tributário, contribuindo para que a provisão
seja mais efetiva e as tomadas de decisões mais precisas.
Analisando a Projeção Mensal da Companhia Comercial do Macapá, nota-se
que o índice de imposto de renda (IR) é de 30% sobre o LAIR (Lucro Antes do
Imposto de Renda), e o custo de financiamento com terceiros é de 3% sobre o
resultado operacional negativo de caixa (Juros sobre saldo negativo).
Caso o planejamento dos custos e despesas operacionais não seja
readequado, os montantes de IR e custo de financiamento com terceiros poderão
ser maiores, causando uma análise equivocada do restultado projetado da
organização. Com isto, os gestores da Companhia Comercial do Macapá, no
decorrer do ano, deverá realizar ajustes não projetados no plano orçamentário no
decorrer do ano para atingir o resultado operacional projetado, mitigando riscos e
perdas.

Prazos médios/Prazos referentes à liquidação de impostos/Política de


estocagem

O fluxo de caixa de uma empresa deve ser favorável, e para isto, a política
de recebimentos e de pagamentos de uma organização deve ser bem estruturada.
A política varia para cada organização, de acordo com as necessidades, porém
vale ressaltar que quanto melhor a facilidade de crédito e de prazos oferecidos ao
consumidor, a empresa se torna mais competitiva.
O ideal é que o Prazo Médio de Recebimentos (PMR) e de Pagamentos (PMP)
sejam equilibrados, para que a empresa mantenha um fluxo de caixa
praticamente estável. Um PMR alto versus um PMP baixo pode demonstrar
dificuldades da organização em cumprir com suas obrigações, necessitando
recorrer a financiamentos com terceiros para cobrir seu caixa, além de
demonstrar um poder de negociação baixo com seus fornecedores. Entretanto, no
contrário, revela que a empresa não possui um poder de negociação com clientes,
com prazos curtos de recebimento, fazendo com que clientes busquem
concorrentes com prazos mais extensos.
A Companhia Comercial Macapá adota a política de recebimentos com prazo
médio de 60 dias após a compra, e de pagamentos a vista. Ou seja, as compras
realizadas são pagas, segundo demonstrado na Projeção Mensal, a vista, e os
impostos e tributos são pagos em 30 dias, antes mesmo de haver algum
recebimento das vendas realizadas, o que provoca um défict para a companhia
logo no início do ano.
Isto demonstra que não há uma adequação quanto às políticas de
recebimento e pagamento, levando a empresa a ter saldo negativo de caixa no
primeiro semestre devido a esta não conformidade e, com isto, gera a
necessidade de empréstimos e financiamentos junto a órgãos financeiros, além de
juros para pagamento destes empréstimos.
Já a quantidade de compras de matérias-prima está adequada para a
produção, visto que o estoque inicial atende a demanda, e a empresa vende
exatamente tudo o que produz em seu primeiro semestre, chegando a estoque
zero no final da análise da projeção.

Viabilidade do projeto/ Medidas para otimizar a geração de resultado

O objetivo central de uma empresa é o crescimento, aumentando sua


produção e vendas e, como consequência, seu lucro. Entretanto, para que isto
ocorra, as empresas devem realizar investimentos, que são vistos como custos no
curto prazo, porém visam os benefícios no médio e longo prazo. Estes
investimentos devem ser avaliados para que o capital aplicado traga o retorno
esperado aos stakeholders da empresa.

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Os projetos de investimentos, segundo Bordeaux-Rêgo (et al, 2013), podem
ser classificados em categorias, tais como:

 Expansão: aquisição de ativos imobilizados para aumentar a


produção, a participação no mercado ou a área geográfica (novas
unidades comerciais, depósitos ou novas fábricas, maquinário ou
veículos, etc.);
 Substituição: renovação ou substituição de ativos obsoletos ou
desgastados por sua vida últil (reposição ou atualização tecnológica);
 Modernização: reconstrução, recondicionamento ou adaptação de
máquinas e/ou instalações para melhorar a eficiência;
 Intangíveis: propagandas, pesquisa e desenvolvimento (P&D),
treinamentos, serviços de consultoria, etc.

A tomada de decisão sobre um investimento necessita de análises técnicas,


o que sugere que a melhor maneira de simular um investimento é seguir algum
modelo, basicamente confrontando fluxos de caixa gerados com o investimento
realizados. Há diversos modelos para esta tomada de decisão, a seguir:

 Payback simples e descontado;


 Valor Presente Líquido (VPL);
 Taxa Interna de Retorno (TIR);
 Índice de Lucratividade Líquido (ILL).

O modelo mais comum para análise de viabilidade de algum projeto é o VPL,


que é obtido através da subtração do investimento inicial de seus fluxos de
entrada e saída de caixa em valor presente.
Desta forma, analisando a Projeção Mensal da Companhia Comercial do
Macapá, por seu fluxo de caixa, temos a seguinte análise de viabilidade:

 Investimento inicial: 3.000,00


 Taxa mínima de atratividade: 10% a.m. (valor considerado para este
cálculo)

Cálculo na HP12C:
F Fin
3.000 CHS g CFo
6.695 CHS g CFJ
19.402 CHS g CFJ
18.933 CHS g CFJ
19.321 CHS g CFJ
17.131 CHS g CFJ
12.998 CHS g CFJ
3.463 CHS g CFJ
10.937 g CFJ
10 i
f NPV –67.191,13

Sendo que:
VPL > 0 projeto aceitável
VPL = 0 aceita (indiferente)
VPL < 0 projeto rejeitado

Sendo assim, considerando a análise do VPL formulada acima, o projeto da


Companhia Comercial do Macapá deve ser rejeitado, uma vez que o VPL

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encontrado (-67.191,13) é menor que 0.

Conclusão

Esta Atividade Individual abordou a importância da projeção dos resultados


de uma organização frente seus objetivos para assegurar sua eficiência
econômico-financeira, através da análise de modelos de viabilidade de projetos,
bem como do orçamento empresarial como instrumento de planejamento e
controle.
É possível notar que medir o desempenho empresarial é de suma
importância frente as constantes mudanças que a organização pode passar, e está
diretamente ligado com os resultados. Assim, a análise da rentabilidade e
viabilidade econômica permite aos investidores uma comparação de adequação
com outros meios de investimento, além de permitir aos gestores avaliar melhor
suas metas diante de seus concorrentes, adequando-as com a saúde financeira da
empresa, possibilitando alterações nas políticas, deixando a organização mais
estável e melhor posicionada no mercado, quando se ajusta as receitas e os
prazos médios de recebimento e pagamentos.
Desta forma, a partir das análises realizadas com a Projeção de Resultados
da Companhia Comercial do Macapá, temos que a organização possui uma
situação financeira desfavorável, visto que seu fluxo de caixa é negativo já no
primeiro semestre. Outras análises, como a do Prazo Médio de Recebimentos e
Pagamentos pode explicar este déficit, que sugere uma necessidade constante de
financiamentos para cobrir a insuficiência de caixa. Outra análise importante é
que os custos e despesas operacionais não foram bem avaliados de acordo com a
projeção da receita de vendas. Com estas análises, pode-se concluir que o projeto
da Companhia Comercial do Macapá deve ser rejeitado, pois apresenta prejuízos
que não podem ser recuperados facilmente.

Referências bibliográficas

ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. 7 Ed. São Paulo: Atlas, 2014.

BORDEAUX-RÊGO, Ricardo; PAULO, Goret; SPRITZER, Ilda; ZOTES, Luis. Série


Gerenciamento de Projetos: Viabilidade econômico-financeira de projetos. 4. Ed.
Rio de Janeiro: FGV, 2013.

CHAVES, Francisco Coutinho. Planejamento Tributário na Prática. 2 Ed. São Paulo:


Atlas, 2010.

MATIAS, Alberto Borges; CARNEIRO, Murilo. Orçamento Empresarial – Teoria,


Prática e Novas Técnicas. São Paulo: Atlas, 2009.

SALLES JUNIOR, Carlos; SOLER, Alonso; VALLE; José; RABECHINI JR, Roque.
Gerenciamento de riscos em projetos. 2 Ed. Rio de Janeiro: FGV, 2010.

VASCONCELOS, Yumara Lúcia. Planejamento Financeiro. Curitiba: IESDE, 2012.

*Esta matriz serve para a apresentação de trabalhos a serem desenvolvidos segundo ambas as linhas de
raciocínio: lógico-argumentativa ou lógico-matemática.

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