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Violência contra a mulher

A violência contra a mulher nos tempos atais, tem sido um tema com certa visibilidade, no entanto,
esse é um problema histórico. Desde as antigas civilizações as mulheres têm sofrido com
discriminação e desigualdade, já que não podiam sequer escolherem por elas mesmas fora a total
inexistência dos direitos das mulheres. Mesmo além de todo esse aliciamento histórico, nos dias de
hoje as mulheres continuam sendo as principais vítimas de violência psicológica, física e sexual,
sendo praticada muitas vezes pelo próprio parceiro.

Com o tempo houve o surgimento dos movimentos que, nas últimas décadas, alcançaram, de certo
modo, alguma igualdade significativa nos direitos dos homens e das mulheres, entretanto, a
igualdade total está de fato longe de ser concretizada já que mesmo nos tempos atuais, o homem
continua com superioridade nas questões como: Cargos, salários, direitos e principalmente respeito
tanto nas questões sociais quanto históricas. Por exemplo, no ano de 2020 com a existência do vírus
responsável pela doença COVID-19, foi imposta a quarentena praticamente no mundo todo, devido
a este fato há o conhecimento de um aumento drástico no índice de violência contra a mulher,
considerando violência física, sexual e psicológica.

Essa exposição a violência e opressão à diversas mulheres têm resultado em omissão e submissão a
violência, ou seja, muitas mulheres se calam diante de medo e ameaças e se tornam “escravas” de
seus agressores, sendo submetidas a diversos tipos de tortura. A violência doméstica é a mais
alarmante, um estudo recente mostra que o Ligue 180, órgão responsável pelo atendimento das
denúncias de violência contra a mulher, teve um aumento de 36% em casos, crê-se que o
isolamento social e a quarentena podem ser responsáveis por tal aumento. O Governo brasileiro, em
agosto de 2006, determina um pacto do governo com a população para a diminuição e possível
erradicação da violência contra a mulher, sanciona a Lei 11.340(Maria da Penha), que em sua
funcionalidade prevê pena de 12 a 30 anos por crimes praticados em qualquer pessoa do sexo
feminino, porém mesmo com a existência da lei, o mesmo governo que a sancionou não oferece
mecanismo para qual na sua utilidade auxiliem na aplicação da lei.

Uma mulher no século 21, tem uma diferença de 20,7% na renda salarial, uma diferença de 16,5% na
taxa de desemprego, uma mulher no século 21 ainda é submetida a uma estimativa de 60 a 500 mil
casos de violência por ano apenas no Brasil, consta-se que no mês de novembro em 2019 foram
realizados 117 inquéritos na polícia relatando violência contra a mulher, no mesmo mês em 2020
foram realizados 156 inquéritos, nos primeiros seis meses de 2020 1.890 mulheres foram mortas,
dentre essas muitas foram baleadas, espancadas até a morte, asfixiadas, esfaqueadas e até
mulheres que foram abusadas até sua morte, em 2020 taxa de suicídios por parte das mulheres
cresce 7,4%.

Mediante aos dados, crê-se que deva haver mais intervenção política principalmente, mas também
uma intervenção social, a população tem que se conscientizar de que não deve existir violência
contra a mulher, os homens têm que se conscientizar que não é não, que o homem não tem direito
de bater em sua esposa, que as mulheres têm livre-arbítrio para escolherem. Enquanto não houver
uma conscientização geral, torna-se possível uma erradicação da violência contra a mulher,
entretanto enquanto muitos continuarem a se opor aos fatos e dados, muitas outras mulheres serão
aliciadas, suas filhas, netas, bisnetas...
A população tem que ter acesso aos dados, deve haver mais exposição dos casos, a informação tem
que chegar a todos para que assim possa ser realizado o dito “Informação gera conscientização”,
deve haver a criação de campanhas e propagandas, as instituições jornalísticas deviam se unir para
uma forte propaganda contra violência da mulher, deveria haver uma união de todos para uma
conscientização e assim alcançarmos a tão cobiçada igualdade tal qual chega a ser um desejo
utópico.

Fontes : Ligue 180 — Português (Brasil) (www.gov.br)

Lei Maria da Penha: Resumo, História, Como surgiu e Como funciona (escolaeducacao.com.br)

O que é a violência doméstica? E o Feminicídio? - Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro


(tjrj.jus.br)

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