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Sucessão – 2024º.

Bens que estavam na esfera patrimonial de alguém que falece que não
podem ficar sem destino, tem de ser entregues a alguém – devolução dos bens a quem a eles
vão ser chamados. O estado é considerado herdeiro, para não existirem bens sem donos. Não
pode recusarem (não repeliar)

Modalidades de sucessão com base no critério da fonte:

 Sucessão legal – como fonte estão factos não negociais (a lei), a lei obriga a ir alguém
chamar os bens
o Legítima – 2156º. supletiva, pode coexistir com qualquer outra sucessão.
Acontece sempre que o autor da sucessão não dispõe válida e eficazmente
todos os bens que possui, a lei vai enunciar os herdeiros. Ex: alguém que não
seja casado, não tenha filhos e os seus pais já haviam falecido; os seus irmãos
são herdeiros legítimos, não legitimários).
o Legitimária – 2157º, 2133º, 2134º, 2135º. Injuntiva/imperativa (não pode ser
afastada), protege os herdeiros legitimários (cônjuge, descendentes,
ascendentes). Ideia da proteção da família nuclear, mesmo que já não
mantenham contacto. Cada herdeiro tem uma quota taxada para evitar
discussões, problemas entre herdeiros. Só é possível excluir um herdeiro da
sucessão legitimária em casos muito graves, que estão positivadas na lei (ex:
um filho tentar assassinar o pai, o pai pode removê-lo da sua sucessão
legitimária). Existe um princípio da prevalência das classes, que os bens devem
ser passados para a geração seguinte e não para a anterior, prevalece o
cônjuge e os descendentes – 2134º, 2133º, 2135º. O cônjuge não pode ficar
com menos de ¼ da sucessão. Princípio da intangibilidade qualitativa e
quantitativa – redução de liberalidade inoficiosas, protege os herdeiros
legitimários.
o 2162º - cálculo da legítima: R (bens que existem na abertura da sucessão) + D
(bens doados em vida) – P (dividas) (R + D – P), para proteger os herdeiros
legitimários (Escola de Lisboa segue R + D - P; Escola de Coimbra segue R – P +
D, seria beneficiar os legitimários porque não são penalizados pelas dívidas)
 Sucessão voluntária – a pessoa que falece entrega os seus bens a verta pessoa
o Testamentária – ao longo da vida pode-se efetuar todos os testamentos que se
entender. Só existirá revogação naquilo que for incompatível, a revogação
pode ser tácita ou expressa, releva a revogação mais recente.
o Contratual – pacto sucessório, envolve um contrato. Tem como vantagem a
pessoa saber que o destinatário da sucessão a vai aceitar, se compromete a
aceitar, é irrevogável. Não são muito aceites no nosso ordenamento jurídico,
porque dá-se valor à última vontade do defunto, só podem ser celebrados na
convenção antenupcial. Cálculo: R + Dp – P, sendo Dp a expetativa do herdeiro
contratual só existe a partir do momento da celebração do pacto
 Em primeiro lugar está a sucessão legitimária, depois a contratual e depois a
testamentária

Modelos de sucessão quanto ao critério do objeto – 2030º

 Herdeiros – se for a um valor abstrato (ex: quota da minha coleção). Responde por
dividas, não com o seu próprio património, mas sim com os bens da herança. Pode
exigir a partilha. Se não quiser aceitar a herança, pode ser de forma simples ou a
beneficio de inventario (listagem dos bens que não deseja – se recusar a pagar as
dividas, mostra o inventario e tem as provas de que a herança não é suficiente – tem
de mostrar que a herança não tem bens suficientes para pagar as dívidas – os credores
não recebem, não se transmite a responsabilidade pessoal das dividas para o
herdeiro). Transmissão de direitos de suceder (o herdeiro morre durante o processo
de sucessão, tem de haver concretização da sucessão, mas não houve oportunidade de
a aceitar, serão os seus herdeiros a receber a herança que o primeiro receberia do
inicial falecido – ex: o pai morre durante o processo de sucessão do avô, abriu-se o
processo de sucessão, mas este não teve tempo de a aceitar, os seus filhos recebem a
herança do avô). Direito de acrescer – um dos herdeiros não aceita a herança, o outro
herdeiro recebe tudo. Vistos como um continuador pessoal do falecido. Sonegação de
bens da herança – ocultar bens da herança. Podem suceder à venda do quinhão
hereditário – transmitir (vender) para outra pessoa o direito de ir à partilha dos bens
reclamar o seu valor da herança (este valor é o quinhão hereditário), só se sabe que
bens irão pertencer a esse valor apos se fazer a partilha dos bens (se for feito antes da
partilha, seria um pacto sucessório dispositivo – não aplicável no nosso ordenamento
jurídico), sendo que os outros herdeiros têm direito de preferência sobre esse quinhão
hereditário, ou seja, se um dos herdeiros quiser vender a sua parte, e um dos seus
irmãos quiser comprar, este será o preferido a adquirir o quinhão
 Legatários - se for um objeto determinado (ex: coleção de selos). Não responde por
dividas, exceto quando não existirem herdeiros, só existem legatários e eles terão de
responder pelas dividas.
 Ex: “deixo à minha afilhada um terço da minha herança, sendo que esse terço ser
preenchido pelo meu barco e a minha coleção de moedas”. A afilhada é uma legatária
se os bens determinados coincidirem com um terço; se os bens enunciados forem
menos do que 1/3, ela será herdeiro do remanescente, do que falta até fazer 1/3

Testamento – 2179º. Pode dispor parte do seu património por via testamentária (só pode
existir sucessão legitimaria se o defunto não dispuser de tudo o que possui). Prazo de eficácia
muito condicionado (2222º). Os menores e os maiores acompanhados, cuja sentença os
impeça de estar, não têm capacidade para redigir um testamento (2189º) – por norma, a
sentença de acompanhamento, não deve limitar os direitos pessoais, ou seja, direitos a casar,
a aperfilhar e a estar

Legado de crédito (2261º) – não tem de ser deixado a alguém com laço de parentesco

2264º - pré-legado, só faz sentido aos legitimários

2032º - pressupostos de vocação (2034º, 2166º)

 Existência (sobreviver à pessoa)


 Capacidade sucessória (não estar impedido de forma genérica de ir àquela sucessão)
 Titularidade de designação prevalecente

Sucessão fideicomissária – é nula se for em dois graus, só afeta o segundo grau e não todo a
sucessão, o primeiro grau mantém-se, 2288º e 2289º. Se o fiduciário repudiar, a sucessão fica
sem efeito, fica como substituição direta, 2293º/3. Se for o fideicomissário a não querer
aceitar-se os bens, aplica-se o 2293º/2

Condição captatória – 2231º. Ex. A deixa a B a casa do algarve na condição de B deixar a C a


sua casa de Viseu
Redução por inoficiosidade – 2168º e ss. Quando o valor somado das disposições na quota
disponível é superior ao valor possível da quota disponível. Tem de haver uma redução (não
retirar mais do que o estritamente necessário), na mesma proporção a todos os legados
(2172º)

Vocações indiretas na sucessão legal (2039º) – direito de representação (2042º) e direito de


acrescer (2137º/2)

Vocação indireta da sucessão testamentária – direito de representação (2041º. O 2037º/2,


falta de capacidade que representa o direito de representação), direito de acrescer
(2301º e ss), sucessão direta (a vontade prevalece se não existir o direito da
representação)

Legado pode existir

 em substituição de legitima (substitui tudo aquilo que receberia em legitima – o que


recebe pode até ser menor que a herança)
 enquanto pré legado
 por conta da legitima (para preencher, se faltar receber na herança então pode
receber uma coisa para preencher o resto)

Doação a descendentes – colação (a não ser que tenha existido dispensa). 2104º e 2110º. P
Primeiro imputar e depois igualar (2108º). O cônjuge não está sujeito à colação e não e
beneficia dela – o cônjuge não é um descendente

Substituição pupilar ou quase pupilar – tem de existir uma incapacidade, seja de menoridade
ou de necessidade especial que diminuiu a sua capacidade de exercício. Esta caduca se
falecer antes da maioridade ou se deixar descendentes/ascendentes. A conversão da
substituição pupilar para quase pupilar não acontece imediatamente na lei. Sua
relação com o acompanhamento

Escola de Coimbra vs Escola de Lisboa – argumentos referentes ao herdeiro legatário

Liberalidades intervivos (doou, a não ser que diga por morte) e liberalidades mortis causa
(deixou)

 doações em vida: a descendentes (colação – é supletiva, pode existir dispensa de


colação. Pode existir revogação ou não dessa colação? JDP considera não cálida. Se a
adoção ao foi dispensada de colação, mas mais tarde por testamento do autor da
sucessão entendeu dispensá-la. Se estiver sujeita a colação, mas o descendente se
tornar incapaz, morrer ou repudiar – 2016º, imputação na legitima subjetiva, direito
de acrescer, vocações indiretas; se não existirem descendentes) ou a outros
legitimários
 doações em vida por outros sujeitos legitimários
o cônjuge – onde deve ser imputada a liberalidade recebida pelo cônjuge?
 Imputação na quota disponível
 Sujeita a colação
 Imputação na quota indisponível sem igualação
 Liberalidades mortis causa
o Aos herdeiros legitimários
 Legado em substituição da legitima – herdeiro aceita o mesmo, perde
o valor da sua legitima subjetiva ou a quota hereditária na totalidade
(perde qualidade de herdeiro legal). Se ainda existir quota disponível
livre, pode receber qualquer coisa na quota disponível?
 Sua relação com a indignidade: 2037º/2, o seu representante
pode representá-lo na sucessão legal, mas não na
testamentária
 Legado inferior ao valor da legitima
 Princípio da indivisibilidade da vocação – deixa de ter secessão
legal, sem ser o legado, não pode aceitar nada na sucessão
legal
 Legado por conta da legítima – preenchimento da legitima. Se for
inferior, o herdeiro tem direito a receber herança. Se for superior, o
excesso está sujeito a igualação ou não, esta sujeito a colação ou não?
2163º
 Pré-legado – fica na disponível

Direito da representação prevalece sobre o direito de acrescer

Sucessão contratual – caducidade das doações por morte, eventual acrescer ou direito de
representação. R + Dp - P

Substituição direta, sucessão fideicomissária (não é permitida em mais de um grau. 2293º -


ver), substituição pupilar ou quase pupilar

Transmissão do direito de suceder – regra da dupla capacidade – 2043º. Divergência da


doutrina – posição da regente

Indisponibilidades relativas – a doutrina diverge

Pactos prenunciativos entre cônjuges – separação dos bens, o cônjuge não tem legitima
subjetiva ou cria-se uma legitima fictícia?

Mote

Mote

Mote

Mote

Mote

Mote

Mote

Obrigada

Patiia

Patimonio

Pustioes

Caissimos

Sucessoies
Pate

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