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Análise de Óleos para Motor

de Média Velocidade

Chevron Brasil Ltda.

CONFIDENTIAL
© 2007 Chevron Products Company. San Ramon, CA. All rights reserved.
Tópicos

1. Coleta de amostra

2. Análises de óleos usados

3. Entendendo os resultados das análises de óleos usados


em motores de média velocidade

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Coleta da Amostra

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Por que analisar o óleo em uso?

• Para monitorar a condição do equipamento ou componente

• Para monitorar as condições físico-químicas do óleo

Trata-se de uma ferramenta fundamental da manutenção preventiva

A qualidade da coleta de amostra é ponto fundamental para se obter


um resultado de análise correto e confiável

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Amostragem – Introdução

➢ Amostragem de óleo é o fator mais crítico para sua


análise.

➢ Falhas de amostragem prejudicam e impactam em todo


trabalho de análise .

➢ O mais importante para uma boa


análise é obter uma amostra
representativa.

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Amostragem – Ações Importantes

 Reportar o maior número de informações possíveis,


tanto da amostra quanto do equipamento/componente

 Minimizar as possíveis interferências na amostragem e


nas informações

 Cuidar para que as informações sobre a amostra sejam:

➢ Consistentes

➢ Representativas

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Amostragem com Bomba
de Vácuo

 Dicas sobre a coleta com bomba de vácuo:

➢ Deve-se fazer a coleta imediatamente após a parada do


motor (no máximo 10 minutos).

➢ Meça e corte uma nova mangueira de modo que alcance o


meio da profundidade do reservatório de óleo.

➢ Insira a mangueira pelo orifício na parte superior da bomba


de vácuo e aperte bem a porca de fixação (A mangueira
deve estender-se até cerca de 4 cm).

➢ Instale um frasco de coleta novo e limpo na bomba de vácuo


e insira o final da mangueira através do tubo da vareta
indicadora do nível de óleo.
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Amostragem com Bomba
de Vácuo

 Dicas sobre a coleta com bomba de vácuo:

➢ Puxe o êmbolo da bomba para criar um vácuo. Segure a


bomba reta na horizontal (se você a inclinar, o óleo pode
contaminar a bomba). Se óleo entrar na bomba,
desmonte-a e limpa-a antes de tomar a amostra.

➢ Retire a mangueira do compartimento(descarte).


Desenrosque o frasco de coleta da bomba de vácuo e
tampe-o. Então coloque-o dentro do saco plástico e em
seguida dentro caixa de papelão e cole a etiqueta para
envio ao laboratório para análise

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Amostragem – Ponto de Coleta

 Cárter ou reservatório de óleo:

➢ Em sistema de filtragem externo, coletar entre a bomba e o


filtro

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Amostragem –
Representatividade

 Fatores importantes para garantir boa representatividade na


amostragem:
➢ Local de retirada da amostra
➢ Não é em qualquer local que se produz a mesma amostra

Mesmo
compartimento
e diferentes
resultados

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Amostragem pelo dreno -
Representatividade

 Quando a amostragem for realizada pelo dreno, deverão ser


observados os seguintes itens:

➢ Limpar o bujão e a área ao redor do dreno.


➢ Desprezar o primeiro jato após a abertura do dreno.
➢ Enxaguar o frasco previamente com o óleo a ser analisado.
➢ Após enchimento, colocar batoque e a tampa do frasco, limpar
e rotulá-lo.
➢ Colocar o frasco em caixa de papelão ou saco plástico visando
preservar a integridade da amostra e evitar problemas com
contaminação e vazamento.

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Referência para intervalos de
amostragem

MOTORES DIESEL - OFF HIGHWAY 150 horas

TRANSMISSÕES - DIFERENCIAIS 300 horas

HIDRÁULICOS DE EQUIPAMENTOS MÓVEIS 250 horas

MOTORES ESTACIONÁRIOS 500 horas

TURBINAS A GÁS TURBINAS A VAPOR 500 horas

REDUTORES – ALTA VELOCIDADE/CARGA 500 horas

REDUTORES – BAIXA VELOC./GRANDES 1.000 horas

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Intervalo Coleta – Recomendação Wärtsilä

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Análise de Óleos Usados

Chevron Brasil Ltda.

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Análise de Óleos Usados

Por que usar?

Como interpretar Qual a


e Tirar proveito finalidade?
dos resultados?

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Análise de Óleos Usados
tem como objetivo ...

 Determinar o grau e a natureza dos metais de desgaste, dos


contaminantes, bem como, das características básicas dos
lubrificantes, possibilitando a correção de um problema futuro
dentro de uma programação planejada de intervenção.

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Análise de Óleos Usados
pode ser ...

• Uma ferramenta preventiva/preditiva para diminuir o


risco de falhas prematuras.

• Uma ferramenta efetiva para monitorar contaminação


do óleo durante a vida útil do equipamento.

• Uma maneira econômica para determinar quando o


óleo deve ser trocado.

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Limitações

• Não pode prever a vida do motor

• Atualmente o tempo de uso é determinado pela quebra ou


parada corretiva do equipamento

• Não pode prever eventos repentinos ou catastróficos que


resultem em pane do motor.

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Entendendo os Resultados
das Análises de Óleo

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Alguns problemas que ocorrem
no óleo

• Aumento da viscosidade

• Presença de água

• Oxidação e Nitração

• Autos teores de elementos de desgaste

• Baixo TBN / Alto TAN

• Alto teores de Insolúveis

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O tempo de vida do óleo
dependerá

• Tipo do combustível (óleo combustível, diesel, gás)

• Consumo de óleo

• Capacidade do reservatório

• Condições do motor

• Composição do óleo

• Limites condenatórios estabelecidos pelo fabricante do


motor

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Limites Condenatórios

Aumento de Viscos. TBN TAN pH Oxidação Nitração Insolúveis


FABRICANTE
Redução Aumento Máximo Máximo Máximo
@ 40 º C @ 100 º C Mínimo
% abs/cm abs/cm %

Bergen 25% - 50 2,5 - - - 0,5

Caterpillar - 3 cSt 50 3 máximo 4 20 20 -

Crossley 1 SAE 1 SAE 70 - 5 - - -

MWM-Deutz - 14-17 60 130 4,5 15 15 0.5

Dorman 8 cSt 25% 50 2,5 - 25 25 0,1

Jenbacher 25% - 50 80 % TBN 4,5 20 20 2,0

MAN 1 SAE 1 SAE 70 - 5 - - -

Niigata 30% 30% 40 2,5 - 20 15 1,0

Perkins - 14,4 - 19 70 TAN = TBN - - - 1,0

Ruston 30% 30% 40 2,5 - 20 15 1,0

SACM 15% 10% 30 - - - - -

Wartsila - 25% 50 - - - - 1,5

Waukesha 30% 30% 50 +2 do óleo novo - 25 25 1,0

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Limites de Metais - Referência Wärtsilä

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Resumo das propriedades mais
importantes do óleo lubrificante -
Referência Wärtsilä

Propriedade Impactos na função do Limite Condenatório Nível de recomendação


motor para ótima performance
TBN (mg KOH/g) Min. 20 (operação c/HFO) Min. 25 (operação c/HFO)
ASTM D2896 Previne a corrosão Máx. redução de 50% do Máx. redução de 40% do
óleo novo (operação c/LFO) óleo novo (operação c/LFO)
Provê lubrificação Máx. -20% ou +25% da Máx. +-15% da faixa do
Viscosidade (cSt @ 100ºC) hidrodinâmica para os faixa do óleo novo @ óleo novo @ 100ºC.
ASTM D445 mancais, etc. Reduz o atrito 100ºC. Máx. +-25% da faixa do
e assim o consumo de Máx. -25% ou +45% da óleo novo @ 40ºC
combustível faixa do óleo novo @ 40ºC
Favorece a corrosão.
Água (vol-%) ou (peso-%) Deteriora as propriedades Máx. 0,3% vol-% / peso-% Máx. 0,3 vol-% / peso-%
ASTM D95 ou D6304C hidrodinâmicas do óleo.
Afeta a função do aditivo
Insolúveis (peso-%) Deteriora as propriedades Máx. 2.0 peso-%, de Máx. 1.0 peso-%, de
ASTM D893b hidrodinâmicas do óleo. insolúveis n-pentano insolúveis n-pentano
Afeta a função do aditivo
Ponto de Fulgor (ºC) Mín. 170ºC (PMCC) Mín. 170ºC (PMCC)
ASTM D92 ou D93 Risco de explosão do motor Mín. 190ºC (COC) Mín. 190ºC (COC)
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Fatores que podem resultar em
alterações na Viscosidade

Viscosidade Alta Viscosidade Baixa


➢ Contaminação ➢ Cisalhamento do aditivo

• Fuligem / Sólidos • Óleo Multigrau

➢ Combustão Incompleta ➢ Diluição por combustível

• Relação Ar/Combustível ➢ Grau de viscosidade


impróprio
➢ Degradação Oxidativa

➢ Vazamento pela junta do cabeçote


➢ Drenagem do óleo extendida
➢ Temperatura de operação alta
➢ Grau de viscosidade impróprio

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Efeitos da Viscosidade

Viscosidade Alta Viscosidade Baixa


➢ Aumento dos custos ➢ Aquecimento do motor
operacionais
➢ Lubrificação pobre
➢ Aquecimento do motor
➢ Contato metal-metal
➢ Restrição ao fluxo do óleo
➢ Aumento dos custos
➢ Aceleração do desgaste operacionais
➢ By-pass do filtro
➢ Aquecimento – Geração de
depósitos/fuligem

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Soluções para Viscosidade

• Verificar a relação Ar/Combustível

• Verificar o Grau de Viscosidade apropriado

• Inspecionar os retentores

• Verificar as temperaturas operacionais

• Avaliar as condições operacionais

• Troca do óleo e dos filtros

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Oxidação – Causas

• Aquecimento
➢ Baixo nível do coolant no sistema
➢ Restrição do fluxo de ar através do radiador
➢ Espessamento do óleo

• Extensão do intervalo de troca

• Tipo de óleo impróprio / Aditivo inibidor

• Combustão incompleta do combustível / Blow-by

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Oxidação – Efeitos

• Vida curta do equipamento

• Depósitos de verniz

• Entupimento do filtro

• Aumento da viscosidade

• Corrosão das peças

• Aumento das despesas operacionais

• Redução do desempenho do motor


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Oxidação – Soluções

• Usar lubrificante de qualidade

• Manter a reserva alcalina do óleo (TBN)

• Verificar as temperaturas de operação

• Avaliar as condições operacionais

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Nitração – Causas

• Proveniente dos componentes de Nitrogênio existentes


no combustível
➢ Baixa temperatura operacional
➢ Deficiência dos vedadores
➢ Relação Ar / Combustível imprópria
➢ Blow-by Anormal

Problemas de Nitração tipicamente só ocorrem em motores de gás natural. Os


compostos da Nitração resultam do processo de combustão, causando:
espessamento do óleo, perda das propriedades lubrificantes, entupimento do
filtro e formação de depósitos e verniz.

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Nitração – Efeitos

• Aceleração da Oxidação

• Liberação do Óxido Nitroso (NOx) para o meio ambiente.

• Formação de produtos ácidos

• Aumento do desgaste nas válvulas e camisas

• Espessamento do óleo

• Aumento de depósitos

• Aumento do TAN (acidez)


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Nitração – Soluções

• Verificar as mangueiras e válvulas da ventilação

• Certificar-se da relação Ar/Combustível apropriada

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TBN – Causas

• Alto nível de Enxofre no combustível

• Superaquecimento

• Tipo de óleo impróprio

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TBN – Efeitos

• Degradação do óleo

• Aumento do desgaste

• Corrosão das peças

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TBN – Soluções

• Combustível com baixo enxofre

• Refortificar a carga em uso com óleo novo

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TAN – Causas de Altos Valores

• Alto teor de enxofre do combustível

• Aquecimento

• Excessivo Blowby

• Tipo de óleo impróprio

(TAN - Total Acid Number)


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TAN – Efeitos

• Corrosão dos componentes

• Promove a Oxidação

• Degradação do Óleo

• Espessamento do óleo

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TAN – Soluções

• Utilizar combustível com baixo teor de enxofre

• Refortificar a carga em uso com óleo novo (manter TBN)

• Verificar o tipo de óleo correto

• Verificar ocorrência de superaquecimento

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Metais de Desgaste

 Os metais de desgaste mais comuns encontrados em


análises de óleos de motor usados são:
• Ferro,
• Cromo,
• Chumbo,
• Cobre e
• Estanho.

 Nos componentes do motor também pode-se encontrar


pequenas quantidade de Alumínio, Molibdênio, Níquel e
Antimônio.

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Metais de Desgaste

 Ferro no lubrificante reflete desgaste de pistão e camisa de


cilindro. Óleo novo pode conter pequena quantidade de ferro
(< 15 ppm), oriundo de tubulações ou tanques, se o
lubrificante não é suprido em tambor.

 Teor de Cromo no óleo indica desgaste de anéis dos pistões.

 Chumbo pode está presente no revestimento de buchas do


pino do pistão, mancais do eixo de cames, anel de
encosto,etc.

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Metais de Desgaste

 Cobre pode entrar no óleo advindo dos mancais da bomba


de óleo, mancais de bronze dos balancins, revestimento de
bucha do pino, etc.

 Se o teor de Cobre está entre 10 - 15 ppm, pode advir do


sistema de exaustão de gases na admissão de ar (por
exemplo: vazamento do gases de exaustão, recirculação ou
fontes externas).

 Se o teor de Cobre estiver entre 30 – 50 ppm, pode advir


da contaminação dos gases de combustão (blow-by) que
passam pelos anéis e vão pro óleo no carter.

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Metais de Desgaste

 Possíveis fontes de Estanho mancais principais, buchas do


pino do pistão, mancais do comando de válvulas, etc.

 A fonte mais provável de Alumínio e Níquel é o


combustível (HFO), porém (Al + Si) pode também entrar no
óleo lubrificante oriundo de componentes do motor.

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Metais oriundos do combustível

 A fonte de origem do Vanádio (V) e Níquel (Ni) é


normalmente o HFO. O conteúdo de V e Ni normalmente
atingem um equilíbrio, o qual está entre 1 – 2 vezes o conteúdo
de V e Ni existente no combustível.
 Normalmente a fonte do Alumínio (Al) e Silício (Si) é o HFO.
 Sódio (Na) pode advir normalmente do HFO ou de
contaminação com água do sistema de arrefecimento. Os
aditivos presentes nos sistemas de arrefecimento são: nitrito de
sódio + borato de sódio e molibidato de sódio.

HFO – heavy fuel oil (combustível pesado)

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Elementos metálicos oriundos
de aditivos

 Cálcio, Fósforo e Zinco são normalmente utilizados na


formulação de lubrificantes.

 Quanto maior o teor de Cálcio, maior o TBN.


• TBN 30 – 1,0 a 1,1%/peso de Ca
• TBN 50 a 55 – 1,8 a 2 %/peso de Ca

 Fósforo e Zinco são componentes utilizados na formulação do


óleo como aditivo antidesgaste (Ditiofosfato de Zinco)
• Óleo Novo – 200 a 1000 ppm de “P” e 200 a 1100 ppm de “Zn” (*)

(*) Óleos recomendados para os motores de média velocidade Wärtsilä


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Contaminação Água / Coolant –
Causas

 Baixa Temperatura Operacional

 Retentores Defeituosos

 Vazamento de Coolant

 Armazenagem Imprópria

 Cabeçote Rachado

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Contaminação Água / Coolant –
Efeitos

 Falha do Motor

 Lubrificação Pobre

 Corrosão

 Aumento da temperatura do motor

 Formação de Ácido

 Redução da eficiência dos aditivos

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Contaminação Água / Coolant –
Soluções

 Apertar os parafusos do cabeçote

 Verificar a junta do cabeçote

 Inspecionar trinca no cabeçote

 Inspecionar o trocador de calor e radiador de óleo

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Laudos de Análises

Motor 01

Motor 02

Motor 03

Motor 04

Motor 05

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Análise de Óleos Usados
Conclusões ...

 A análise de óleo usado é a espinha-dorsal de qualquer


programa de manutenção preventiva

 Cuidado na coleta de amostras

 Informação completa da amostra é essencial

 Período de uso do óleo é um parâmetro importante

 O consumo de óleo e seu período de troca podem influenciar


os resultados dos testes

 Nunca avalie um óleo baseado apenas no resultado dos


testes de uma única amostragem

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Análise de Óleos Usados
Conclusões (cont.) ...

 Conheça seu equipamento

 Leia as especificações do Equipamento

 Use o lubrificante recomendado

 Compreenda os resultados das análises do óleo

 Grave os parâmetros de operação e ações de manutenção

 Analise os dados de histórico de complementações e


tendências de resultados

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Dúvidas e Considerações Finais

Perguntas?

Obrigado!
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