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Sumário
1. Súmula Vinculante .............................................................................................. 3
1.1 Considerações Iniciais ................................................................................... 3
1.1.1 Razão ou necessidade da Súmula Vinculante ......................................... 3
1.1.2 Mecanismos que foram criados com a finalidade de superar o
problema da multiplicidade de entendimento e da instabilidade ................................. 3
1.2 Origens do Instituto: Direito Comparado ..................................................... 3
1.2.1 René David: as três famílias do Direito.................................................... 3
1.2.1.1 Sistema Romano-Germânico..................................................................... 4
1.2.1.2 Sistema da Common Law .......................................................................... 4
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O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da
aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
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1. Súmula Vinculante
Também denominada de Súmula da Jurisprudência Dominante com Efeito
Vinculante ou Enunciados Vinculantes da Súmula do Supremo.
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Haverá aqui uma dispensa do plenário para aplicar o precedente. Estão esta é uma figura
de aplicabilidade do precedente.
Art. 285-A, CPC que estabelece:
Art. 285-A. Quando a matéria controvertida for unicamente de direito e no juízo já
houver sido proferida sentença de total improcedência em outros casos idênticos,
poderá ser dispensada a citação e proferida sentença, reproduzindo-se o teor da
anteriormente prolatada.
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O efeito vinculante da ADI não tinha previsão constitucional e sua imposição era
jurisprudencial, por uma questão de lógica: se a ADI é uma ADC invertida e nesta a decisão
possui efeito vinculante na ADI também deverá ter.
A EC nº 45/2004 constitucionaliza o efeito vinculante para todas as ações diretas.
Nesse sentido a atual redação do dispositivo supramencionado:
CRFB, art. 102, §2º - As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo
Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias
de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante,
relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta
e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
1.7.1.1 Persuasiva
Súmula que fixa a orientação jurisprudencial e que qualquer tribunal pode possuir.
Ela tem efeito meramente indicativo, não gera efeito cogente.
Exemplo: A AGU possui súmulas. Na verdade são enunciados das orientações da
AGU.
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b) Quanto ao RE: Repercussão Geral: art. 543-A, §5º e §7º (súmula que aponta
ausência de repercussão geral e o consequente impedimento do RE)
CPC, Art. 543-A - O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá
do recurso extraordinário, quando a questão constitucional nele versada não oferecer
repercussão geral, nos termos deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.418, de 2006).[...]
§ 5º Negada a existência da repercussão geral, a decisão valerá para todos os
recursos sobre matéria idêntica, que serão indeferidos liminarmente, salvo revisão da
tese, tudo nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. (Incluído
pela Lei nº 11.418, de 2006).[...]
§ 7º A Súmula da decisão sobre a repercussão geral constará de ata, que será
publicada no Diário Oficial e valerá como acórdão. (Incluído pela Lei nº 11.418, de
2006).
1.7.1.3 Vinculante
Possui previsão no Art. 103-A da CRFB, que foi incluído pela EC nº 45/2004 e que
será disciplinado pela Lei n. 11.417/2006.
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação,
mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre
matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa
oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à
administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem
como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.
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aplicação da súmula vinculante, porém verifica que este novo caso possui peculiaridades
que o diferencia do caso anterior e assim deve ter uma solução específica.
Há também a possibilidade de interpretação da Súmula Vinculante, já que ela é um
enunciado genérico.
1.11 Competência
A competência é exclusiva do STF. Na proposta inicial da PEC havia a possibilidade
de súmula vinculante para o STJ e TST também, mas depois foi abolido.
1.12 Objeto
É a validade, eficácia e interpretação de normas determinadas. No entanto, é
possível que também se aborde situações fáticas.
CRFB, Art. 103-A, § 1º - A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a
eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre
órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave
insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica.
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2ª) Natureza jurisdicional como qualquer outra súmula, uma vez que necessita de
provocação e reiteradas decisões judiciais. Pode-se usar o termo natureza processual. É
que em nada se diferencia quanto à sua natureza das outras súmulas, somente sua
amplitude seria diferente.
3ª) Natureza sui generis, tertium genus (intermediário) entre o abstrato dos atos
legislativos e o concreto dos atos jurisdicionais. Nesse sentido, a súmula vinculante é mais
que jurisprudência e menos que lei (assemelhando-se a ambas: jurisprudência, uma vez
que provêm do Judiciário e relaciona-se com casos concretos decididos; lei, pois possui
obrigatoriedade e destinação geral).
Eros Grau, STF: Inf. nº 458 - Reclamação e Efeito Vinculante de Decisão do STF - Rcl
4219/SP - No que se refere à segunda questão de ordem, o Min. Eros Grau entendeu
que o que produz eficácia contra todos e efeito vinculante, nos termos do disposto
no § 2º do art. 102 da CF, é a interpretação conferida pelo Supremo à Constituição,
além do seu juízo de constitucionalidade sobre determinado texto normativo
infraconstitucional, estando, portanto, todos, sem distinção, compulsoriamente
afetados pelas consequências normativas das decisões definitivas de mérito
proferidas pelo STF nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações
declaratórias de constitucionalidade. Ressaltou que a decisão dotada de eficácia
contra todos e efeito vinculante não se confunde com a súmula vinculante, haja vista
operarem em situações diferentes: esta, que é texto normativo, no controle difuso;
aquela, que constitui norma de decisão, no concentrado. Rcl 4219/SP, rel. Min
Joaquim Barbosa, 7.3.2007. (Rcl-4219)
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Nesse caso acima colacionado o Min. Eros Grau entendeu que a súmula vinculante
tem natureza normativa. Já o Min. Gilmar Mendes diz que tem natureza própria, tertium
genus:
EMENTA: Agravo regimental em reclamação. 2. Súmulas vinculantes. Natureza
constitucional específica (art. 103-A, § 3º, da CF) que as distingue das demais súmulas
da Corte (art. 8º da EC 45/04). 3. Súmulas 634 e 635 do STF. Natureza simplesmente
processual, não constitucional. Ausência de vinculação ou subordinação por parte do
Superior Tribunal de Justiça. 4. Agravo regimental a que se nega provimento. (Rcl
3979 AgR, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 03/05/2006,
DJ 02-06-2006 PP-00005 EMENT VOL-02235-01 PP-00107 LEXSTF v. 28, n. 332, 2006,
p. 262-266 RB v. 18, n. 514, 2006, p. 35-36 RDDP n. 41, 2006, p. 179-181)
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Quanto aos incisos VI (DPGU) e XI (Tribunais) foi ampliação do rol pela lei, pois não
são legitimados ativos para propor ADI.
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2º) Controvérsia atual entre órgão do Poder Judiciário: controvérsia entre órgão do
Judiciário ou controvérsia entre órgãos do Judiciário e a Administração Pública (chamada
controvérsia jurídica). Não basta a controvérsia doutrinária (meramente acadêmica).
3º) Risco de insegurança jurídica.
4º) Multiplicidade de ações idênticas no Judiciário.
5º) Requisito implícito: o Supremo ainda não decidiu no controle abstrato, pois
nesse caso já há o efeito vinculante da decisão, se tornando desnecessária a edição de
súmula vinculante. Esta só existe no âmbito do controle difuso e concreto.
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1.16.4 Decisão
A decisão do Supremo é pelo plenário, o quórum é de 2/3 dos Ministros, ou seja,
um quórum super qualificado.
Estabelece que as súmulas somente terão efeito vinculante se aprovadas por 2/3
dos Ministros e publicadas.
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A regra é o efeito ex nunc, dali para frente, mas o Supremo poderá estabelecer
outro termo, modulando os efeitos, estabelecendo um outro período de aplicação da
sumula para garantir a segurança jurídica, tal qual visto na modulação de efeitos da ADI.
Não cabe ADPF e nem ADI contra edição de súmula vinculante porque existe um
procedimento próprio conforme acima estabelecido.
Na mesma lógica, o acordão ressalta o descabimento de RE em face de Súmula
vinculante:
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. DIREITO DE PETIÇÃO E
PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO. ART. 5º, XXXIV, "A", E XXXV DA
CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. SÚMULAS VINCULANTES. EDIÇÃO, REVISÃO E
CANCELAMENTO. ART. 103-A DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. DA CONSTITUIÇÃO.
IMPUGNAÇÃO MEDIANTE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. IMPOSSIBILIDADE. LEI N.
11.417/06. AGRAVO IMPROVIDO. 1. As garantias constitucionais do direito de petição
e da inafastabilidade da apreciação do Poder Judiciário, quando se trata de lesão ou
ameaça a direito, reclamam, para o seu exercício, a observância do que preceitua o
direito processual [art. 5º, XXXIV, "a", e XXXV da CB/88]. 2. A Lei n. 11.417/06 define
os legitimados para a edição, revisão e cancelamento de enunciado de súmula
vinculante [art. 3º]. O rito estabelecido nesse texto normativo não prevê a
impugnação dos enunciados mediante recurso extraordinário. Agravo regimental a
que se nega provimento. (Pet 4556 AgR, Relator(a): Min. EROS GRAU, Tribunal Pleno,
julgado em 25/06/2009, DJe-157 DIVULG 20-08-2009 PUBLIC 21-08-2009 EMENT VOL-
02370-02 PP-00345)
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Como se vê, aqui não só a autoridade prolatora da decisão recorrida deverá das as
razões da não aplicação da súmula ou de sua aplicação de forma indevida, como também
a autoridade que for decidir o recurso deverá indicar o porquê de aplicar ou não a súmula.
Lei n. 9.784/99, Art. 64-B - Acolhida pelo Supremo Tribunal Federal a reclamação
fundada em violação de enunciado da súmula vinculante, dar-se-á ciência à
autoridade prolatora e ao órgão competente para o julgamento do recurso, que
deverão adequar as futuras decisões administrativas em casos semelhantes, sob pena
de responsabilização pessoal nas esferas cível, administrativa e penal.
Pela leitura do dispositivo se ressalta que a reclamação não tem natureza recursal,
tanto que o Supremo irá apenas anular o ato ou cassar a decisão judicial, para que
autoridade competente decida de maneira correta.
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FCC – 2012 – DPE/SP – Def. Público. Uma das mais relevantes alterações do
regime constitucional operada pela Emenda Constitucional no 45/04 foi a
introdução das Súmulas Vinculantes. Sobre esse regime constitucional, é
INCORRETO afirmar:
a) Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, o cancelamento de Súmula
Vinculante poderá ser provocado por aqueles que podem propor a Ação Direta
de Inconstitucionalidade.
b) As Súmulas Vinculantes dependem de decisão de dois terços dos membros do
Supremo Tribunal Federal para serem aprovadas.
c) A Súmula Vinculante terá efeito vinculante a partir do momento de sua
publicação na imprensa oficial.
d) Não é cabível reclamação contra ato administrativo que contrariar Súmula
Vinculante.
e) Cabe reclamação ao Supremo Tribunal Federal contra decisão judicial que
contrariar Súmula Vinculante.
Gabarito: Letra D.
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