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Para Além Do Fim
Para Além Do Fim
O sol descia atrás das montanhas, como o planejado. Meu primeiro vislumbre de
Dublin através das janelas embaçadas revelou o verde esmeralda que cobria o solo onde quer
que eu olhasse. Verde e neve nunca foram minhas coisas favoritas, mas, com o tempo, aprendi
a valorizar a liberdade advinda de lugares como este. O fim do verão irlandês era diferente do
que estávamos habituados a lidar, era mais agradável e um pouco restritivo.
Lizzie moveu-se ao meu lado, apertou sua bochecha um pouco mais contra meu
ombro. Algumas mechas caíram escondendo seu rosto e sobre seus lábios, ela apenas grunhiu
em seu sono. Ela fazia isso com frequência, mesmo acordada. Lizzie ainda não era totalmente
uma adolescente, mas aos 14 anos ela já era tão temperamental quanto uma. Clarence me
responsabilizava por sua personalidade precoce, eu culpava Clarence por sua teimosia e
Charlie assegurava que sua neta era apenas tão persistente quanto ambos os pais.
Clarence inclinou-se, acariciando as mechas cor de mogno para longe da pele
porcelana de Lizzie; deixou um beijo sobre sua tez e tornou a checar o relógio. Estendi minha
mão através da poltrona de Lizzie e agarrei a mão de minha esposa. Os olhos dourados
correram para mim e ela sorriu, grata por meu apoio. Ela odiava voos, ainda mais quando
Lizzie estava conosco. Nós corremos o mundo ao longo dos últimos anos, mas ela nunca
deixou de estar nervosa dentro de um avião.
Por sorte, logo em seguida o piloto anunciou o pouso e em sete minutos estávamos
sobre terra firme.
– Onde ela disse que estaria nos esperando? – perguntou-me Clarence, avançando
através de algumas famílias no saguão de desembarque do aeroporto.
– Ela disse que estaria aqui – eu disse dando de ombros.
Lizzie esticou seu pescoço, os olhos sonolentos apertados enquanto tentava localizar
sua tia entre os estranhos. Deixei que ela seguisse sua mãe, mas mantive meus olhos sobre as
duas enquanto levava seguiam através do portão de desembarque.
Se eu pudesse escolher um lugar para passar nossas férias, Irlanda não estaria nem
mesmo entre as cinco primeiras opções. Eu preferia voltar à Ilha de Esme, ou qualquer outro
lugar de clima tropical desde que tivéssemos privacidade. Como eu disse, nunca fui fã da neve
ou do verde esmeralda espalhado por todo o país. Mas Bella esteve fora por três anos agora e
Lizzie iria enlouquecer-nos se tivesse de passar mais um ano inteiro longe de sua tia preferida
que – para horror e tristeza de Rosalie Hale – continuava sendo Bella.
Então, aqui estávamos nós. E vendo o sorriso no rosto de minhas garotas, eu estava
feliz por ter embarcado nesta viagem.
– Ali, mãe! – ouvi Lizzie gritar antes de correr para o meio do saguão, evitando por
pouco um carrinho abarrotado e dispensando as reclamações aturdidas de um irritado irlandês
com um sorriso gentil e um “Minhas mais sinceras desculpas” lançando por sobre seus ombros.
Ela herdou o sorriso da mãe, então o jovem irlandês não teve qualquer chance. Sua
fúria desinflou instantaneamente e ele seguiu seu caminho sem brigas.
– Você está tão encrencado – riu Clarence, pensando em todo o trabalho que eu teria
em manter os rapazes longe de Lizzie.
– Estou tentando não pensar nisto – lamentei.
Nós assistimos de longe quando Lizzie lançou-se nos braços abertos de Bella. O
modo como as duas se entendiam. Bella checou-a ansiosa, como se Lizzie ainda tivesse cinco
anos e houvesse tropeçado pelo jardim a tarde inteira brincando com Brendan e Seth.
– Tia, eu estou bem – Lizzie garantiu com tédio fingido. – Eu só estou com saudades.
A senhora nunca mais veio nos visitar – apontou com uma nota de mágoa.
– Eu sinto muito, querida. As coisas ficaram um pouco loucas na Universidade – disse
Bella. – Mas prometo tentar visitá-los com mais frequência no futuro – prometeu.
Clarence lançou-me um olhar triste e conhecedor. Nós dois sabíamos que Bella não
retornaria. Um dos motivos de nossa visita era descobrir o que a manteve distante dos Cullen,
e eu não tinha de ler a mente de Bella para saber que ela soube de nossas razões escusas no
momento em que anunciamos a viagem.
Ela desviou seu olhar da sobrinha e finalmente voltou-se para nós dois com um
sorriso gentil, mas eu pude ler em seu rosto; Bella estar feliz em nos ver, não significava que
ela estava disposta a expor os motivos que a fizeram ficar longe por tanto tempo.
Clarence suspirou abatida. Ela se sentia culpada. Por mais que eu repetisse
constantemente que nosso casamento não quebrara a ligação entre Bella e os Cullen,
Clarence não deixava de atribuir a culpa a si mesma. Ela acreditava que era a única culpada
pela vida solitária a que Bella fora relegada. Mas eu conhecia Bella, eu vira o quanto ela era
ligada aos seus pais, ela não os deixaria por mim ou por qualquer outro. Se os Cullen nos
adotaram e ajudaram ao longo da gestação de Clarence fora por Bella, porque eles a amavam
e por isso cuidavam de mim. Clarence era uma Cullen e Bella a tratava com a mesma
deferência com que tratava suas outras duas irmãs.
E havia Elizabeth. A cada vez que Bella a via, ela tinha esse olhar em seu rosto,
como se o mundo inteiro estivesse bem ali diante dela.
– Vou pegar as malas, encontro vocês em dois minutos – eu disse à Clarence, com
um aperto em sua mão procurando encorajá-la.
Só a deixei ir quando me certifiquei de que ela ficaria bem, então fui para as esteiras
onde eu sabia que nossas malas estariam.
Eu as encontrei exatamente no lugar onde as deixei. Lizzie estava bocejando, ainda
sonolenta da viagem e Clarence estava dobrando o sobretudo amarelo canário que nossa filha
usara durante o voo, perguntando numa voz calma se Lizzie precisava de água ou comida.
Bella estava ali, apenas observando as duas. Ela estava diferente. Ela não
envelheceu sequer um único dia desde sua transformação, mas parecia mais madura agora.
– Olá, Eremita – provoquei-a, estudando atentamente enquanto seus olhos dourados
se voltavam para mim e qualquer traço de emoção era ocultado de seu rosto.
Foi como um golpe. Nós costumávamos ser completamente honestos um com o outro
e agora ela sentia necessidade de esconder-se de mim. Eu precisava descobrir o que mudara.
– Edward. Como vão as coisas em St. Agatha? Correu tudo bem com a mudança?
St. Agatha era uma minúscula cidade no Condado de Aroostook, no norte do Maine.
Conseguia ser menor do que Forks, nevava tanto quanto, talvez até um pouco mais e Elizabeth
por algum motivo se apaixonara pelo lugar desde a primeira imagem. Ela só detestava estar
tão longe de Charlie e dos Quileutes, mas compreendia a necessidade de ter alguma distância.
– Sim. Todos têm se adaptado muito bem. Carlisle calcula que só precisaremos sair
em quatro ou cinco anos – garanti.
– Como tem sido o colégio, Picles?
Lizzie bufou para o apelido, mas nem tentou esconder o sorriso.
– Eles foram legais no antigo colégio. Mas não faço ideia de como será no Ensino
Médio, no próximo semestre.
– Não fique nervosa, querida – disse-lhe Bella –, você não estará sozinha por lá.
Mas Bella ainda não percebera que era exatamente isto que deixava Lizzie nervosa.
Ela estaria conosco, frequentando o mesmo colégio que os Cullen. Ela sentia que estava
perdendo a pequena fração de liberdade que ainda possuía. Eu era um filho da puta feliz por
poder frequentar as mesmas aulas que a minha filha.
Clarence e eu trocamos um olhar e eu tive de engolir meu sorriso.
– Vamos lá, vou levá-los para casa. Esta conversa será mais proveitosa quando eu
puser um chocolate quente em suas mãos – Bella concluiu, puxando Lizzie por sua cintura
estreita e liderando nosso caminho para seu carro.
Era estranho porque Bella era quase tão minúscula quanto Lizzie. Dentro de um ou
dois anos, Lizzie provavelmente a ultrapassaria em altura, mesmo agora elas poderiam
facilmente se passar por irmãs. Eu estava completamente ciente das três garotas sob minha
supervisão e de cada marmanjo embasbacado pela rara beleza em cada uma delas.
Puxei Clarence para junto de mim, mantendo sua cintura no círculo de meu braço,
enquanto controlava o carrinho com apenas um braço e acompanhava Bella e Lizzie
mantendo-as sempre à nossa frente. Eu estava segurando rosnados e, até que alcançássemos
o Opel de Bella, fantasiei assassinar cerca de cinco ou seis caras, ou ao menos gritar em alto e
bom som: “Ela tem catorze anos, Filho da Puta!”
Coloquei as malas no carro e deixei que Lizzie se senta ao lado de Bella, mantendo
Clarence o mais próximo de mim dentro dos limites do respeitável, embora o meu desejo fosse
puxá-la para meu colo.
Elizabeth tagarelou por toda a viagem até Claregalway, que levou pouco menos de
quarenta minutos. Ela ficou encantada com os campos, o clima ameno e o sotaque dos
irlandeses, imaginando quanto custaria para convencer a mim e sua mãe a permitir que ela
concluísse o Ensino Médio aqui.
Por mais que os Cullen apoiassem qualquer escolha que fizéssemos, e por mais que
Clarence também estivesse tentada a viver algum tempo na Irlanda e apenas não gostasse da
ideia de afastar-se de Charlie ou Leah, eu sabia que o que nossa filha realmente estava
procurando era uma maneira de ter alguma liberdade. Eu poderia lidar com alguma distância,
mas não estava disposto a ter um Oceano inteiro entre nós e a nossa pequena Lizzie.
Eu podia compreender sua necessidade de liberdade, mas ela era apenas uma
criança ainda e ainda que ela tivesse quarenta anos, mesmo assim nem Clarence, muito
menos eu seríamos capazes de deixá-la à própria sorte. Não conhecendo este mundo de
sangue dos vampiros.
A fachada de pedras da casa de Bella me fez deixar as considerações a cerca do
futuro para outro momento. Concentrei-me em estudar a elegante casa em que Bella se
escondia por todo esse tempo.
O imóvel ficava na ponta mais distante da cidade, às margens do Lago Corrib, tinha
uma fachada alta e jardins coloridos com exuberantes begônias, orquídeas e prímulas. Bella
estacionou seu Mokka junto à porta e ajudou-nos com a bagagem porta adentro.
Nós recebemos um rápido tour através dos dois andares. À Lizzie foi atribuído o
quarto do meio, as paredes eram de um escuro tom de cobre, preenchidas com pôsteres dos
Queens, Pink Floyd e “Piada Mortal”, cartazes de “Watchmen”, “Harry Potter e a Pedra
Filosofal” e a capa original de “O Hobbit”. Portas francesas levavam à sacada, as cortinas de
camurça cor de musgo com franjas brancas estavam recolhidas deixando que o doce vento do
lago preenchesse o ambiente. Toda a parede ao lado da porta que levava ao corredor era
tomada por livros e mais livros, desde os grossos em suas capas de couro reformadas, até os
mais recentes lançamentos de Samantha Young, por quem, para minha aflição, Lizzie
começava a desenvolver profunda admiração.
Lizzie estava em êxtase. Pulou sobre a enorme cama cheia de almofadas cor de
perolada, espalhando-se sobre os lençóis de algodão egípcio e suspirando pesadamente. Ela
deu o tour por encerrado, saltando para cama e aventurando-se em seu enorme banheiro.
Clarence e eu tomamos o quarto na extremidade norte. O nosso quarto era ainda
maior que o de Lizzie, as prateleiras ocupadas por livros, também continham filmes e as
paredes eram de um tom perolado morno, contendo apenas quatro quadros, dois continham
fotografias, uma panorâmica tirada do topo do London Eye sobre a cama – que fez com que
Clarence recordasse do beijo que roubei-lhe no alto da cidade –, a segunda era um pouco
menor e estava no centro das prateleiras de livros e DVDs. Era uma fotografia de La Push, o
sol ofuscando todo o topo da imagem, e as bordas desfocadas.
Os outros dois quadros eram retratos. O primeiro e menor de Lizzie, sentada sobre
um balcão; seu pequeno rostinho inocente tomado por um sorriso sujo de bolo de veludo
vermelho. Ela tinha seis anos e cada um dos Cullen atados em seu dedo mindinho.
A segunda era um retrato do meu aniversário de dez anos de casamento. Clarence e
eu sorríamos um para o outro nosso sorriso secreto. Ela usava um longo vestido lilás e o
cabelo em coque; estava linda e eu, tão obviamente apaixonado.
Bella sequer pestanejou ao observar o último retrato. Até mesmo sorriu para a
imagem, assim como sorriu para o retrato de Lizzie. Clarence também percebeu isto e naquele
momento, quando minha esposa finalmente compreendeu que Bella estava feliz por nós, eu
não poderia expressar o tamanho de minha gratidão por Isabella Cullen.
Nós nos instalamos rapidamente, então reencontramos Bella em sua sala de estar.
Estava sentada sobre uma poltrona próxima à lareira, digitando rapidamente na tela do seu
Iphone e obviamente desconfortável por ter de afastar-se do aparelho.
– Como vão as coisas na Universidade? – Clarence arriscou, mantendo seu olhar
sobre o rosto sereno de Bella.
– Excitantes – admitiu e tive um vislumbre de um sorriso secreto que desapareceu tão
rápido quanto surgiu. – Eu tenho trabalhado com os manuscritos na língua original do Lebor
Gabála Érenn, em especial a História dos Gaélicos. Minha tese propõe uma reflexão sobre
quão profundamente o Cristianismo alterou os contos celtas originais.
– Uau! Isso é profundo – suspirou Clarence. – Imagino que deve despertar também
alguma polêmica, considerando o quanto os irlandeses parecem ligados à cultura deles.
– Você tem razão, existe alguma polêmica. Mas estamos tentando ser respeitosos, na
medida do possível – apontou, o uso do plural fez-me franzir o cenho e acabou por despertar
também a curiosidade de Clarence. – Mas a proposta da minha tese é resgatar a cultura pagã,
e o tempo todo deixo claro que meu objetivo maior é respeitar esta cultura e não maculá-la.
Qualquer um poderia ver a paixão com que Isabella expunha seus estudos. Ela até
mesmo descuidou-se por um momento de seus segredos, mas vê-la falar com tanto
entusiasmo sobre seu trabalho só me fez perceber o quanto ela vinha contendo-se diante de
todos nós.
Tentei imaginar o que poderia ser tão grave que a mantinha tão defensiva, mas
depois de horas contando anedotas dos Cullen e escutando atentamente o que ela já
alcançara em suas pesquisas, eu continuava sem qualquer pista do que ela poderia estar
escondendo.
Na manhã seguinte, tão logo Lizzie desceu para o café da manhã, Bella nos convidou
para um passeio pelo lago. Ela tinha uma pequena lancha que mantinha em funcionamento e
nós preparamos alguns mantimentos, Clarence enfiou algumas roupas numa bolsa de praia,
alguns livros e cremes para Lizzie, então seguimos Bella ao longo da varanda dos fundos,
escada abaixo e os dez metros até o Cais.
– Isto é perfeito – sorriu Lizzie, erguendo seu rosto para aproveitar os raios de sol,
enquanto eu me repetidamente me certificava de que não havia ninguém nas cercanias.
“Nós vamos ficar bem, Amor”, Clarence garantiu-me mentalmente.
Voltei-me para encontrar seu sorriso sereno em sua face que resplandecia à luz do
sol e apertei sua mão na minha em concordância. Mas nós dois sabíamos que eu não
conseguiria baixar a guarda.
Bella apenas seguia o caminho, respondendo alegremente as questões que Lizzie lhe
lançava. A casa era isolada e ela estava habituada a aproveitar os dias de sol no Lago ou em
seus terrenos. Ninguém jamais a vira. Ela se sempre se certificara disso.
A lancha era pequena, o suficiente para nós quatro. Era branca, com detalhes em
vermelho rubi, incluindo o nome na lateral “Isabella”.
Fitei as letras em escrita rebuscada, imaginando quem realmente decidira nomeá-la
assim, porque eu estava certo de que não era uma ideia de Bella.
Ela nos guiou à bordo, indicando onde cada coisa estava, apresentando-os o enorme
espaço interno, a cama espaçosa e os balcões de madeira. Os armários continham o suficiente
para uma refeição improvisada, apenas o necessário. Havia um vaso de tulipas conectado à
bancada junto à pia e uma longa vidraça ao lado da cama, oculta por cortinas de veludo azul
Royal.
Lizzie logo instalou-se numa espreguiçadeira sob o sol, distraída com sua leitura das
Eddas que ela estava decidida a terminar durante estas férias. Ela lembrava-se de várias
histórias as quais Clarence e eu lhe contávamos quando ela ainda não conseguia ler. Nós
sempre fizemos questão de ler até que ela caísse no sono.
Eu só estava feliz que ela não estivesse lendo um de seus romances. Eu não
acreditava que ela tivesse idade para esse tipo de leitura, mas Clarence e eu concordávamos
em não limitá-la. E Sue sempre nos aconselhou a jamais criar proibições rígidas, porque este
era o caminho mais rápido para o desastre. Então se Lizzie queria um pouco de educação
sexual, eu só poderia evitar estar ao seu redor quando estava concentrada em seus romances.
Confiava em minha filha para tomar suas decisões e sabia que ela não faria nada de que
pudesse se arrepender.
Além disso, Clarence sempre falava sobre estas coisas. Até o ponto em que as duas
liam as mesmas histórias de modo que Clarence pudesse sanar as dúvidas de Lizzie. O tipo de
coisa que eu preferia não pensar.
Grato por sua escolha de leitura, tomei meu tempo apreciando a visão de minha
esposa em seus shorts e biquíni. Nós nadamos juntos, enquanto Bella permanecia à bordo
com Lizzie.
Clarence e eu nadamos até o fundo do lago e nos divertimos, por um momento
esquecidos do mundo lá fora. Eu a beijei, puxando-a contra mim, e dediquei algum tempo para
demonstrar o quanto aprovara sua escolha de vestuário, mas quando voltamos à superfície,
por um curto espaço de tempo, longe da lancha e a algumas milhas da casa; apavorei-me
quando não fui capaz de ouvir a mente de Lizzie.
– É Bella, Amor – Clarence apressou-se em recordar-me. – Nós estamos fora do
escudo dela.
– Mas porque Bella ergueria seu escudo? – questionei intrigado.
Voe, melro!
No clarão da noite escura...
Toda a sua vida você só aguardou o momento de alçar voo