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USO DA PREVISÃO MATEMÁTICA NO BRASIL: ANÁLISE

DO ESTADO DA ARTE COM O MÉTODO DA REVISÃO


INTEGRATIVA
Augusto Squarsado Ferreira Fábio Guilherme Ronzelli Murback
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
augustosferreira5@gmail.com murback@pucpcaldas.br

Maria Izabel Feresin Sares


Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
sares@pucpcaldas.br

Resumo

Este artigo apresenta modelos de previsão de uma forma geral, mas com enfoque nos
métodos quantitativos ou modelos matemáticos. Foi utilizada a revisão integrativa para tentar
encontra o “estado da arte” do uso da previsão matemática no Brasil pelos formados em
administração. Para isso, foram estabelecidos critérios para selecionar os artigos encontrados
e, assim, determinar o conteúdo que vem sendo publicado em língua portuguesa sobre o
tema. Os subprodutos do trabalho são os autores, as universidades, e vários outros pontos
considerados relevantes para quem quer iniciar os estudos em previsão matemática.
Palavras-Chave:

Previsão matemática. Revisão integrativa. Aplicação.

Abstract

This article presents forecast models in general, but with a focus on quantitative methods or
mathematical models. Integrative literature review was used to try to find the "state of the art"
of using the mathematical prediction in Brazil by trained in administration. For this, criteria
were established to select the articles found and thus determine the content that is being
published in English on the subject. The byproducts of this work are the authors, universities,
and several other relevant points to anyone who wants to start studies in mathematical
prediction.
Keywords:

Weather math. Integrative review. Application.


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Introdução

Bertalanffy (1975) fez importantes considerações sobre a falta que faz os

conhecimentos das leis da sociedade humana e, por conseguinte, uma tecnologia sociológica.

Para o autor, as forças físicas são controladas, as biológicas são toleravelmente conhecidas e

as forças sociais não são controladas. Assim, para relacionar as forças entre si a solução seria

o enfoque sistêmico, ou a formulação de princípios válidos para os sistemas em geral,

qualquer que seja a natureza dos elementos que se compõem as relações ou forças existentes

entre eles.

Dentre os princípios gerais do enfoque sistêmico tem-se que o todo é mais do que a

soma das partes e as características constitutivas não são explicáveis a partir das

características das partes isoladas. Este princípio possibilita a aplicação do enfoque sistêmico

a muitos segmentos, notadamente quando ele é formado por um conjunto de organizações

diferentes que se agrupam para atender a demandas específicas. As organizações, por sua

vez, podem ser observadas como organismos pensantes e mutáveis, sejam eles indivíduos ou

grandes corporações, em uma sociedade e necessitam utilizar de dados, informações e

ferramentas para antecipar (ou prever) determinadas situações que haverão de acontecer,

interferindo no dia-a-dia da empresa.

De acordo com o dicionário Aurélio (2013), prever é “julgar antecipadamente que

uma coisa vai acontecer; antever; conjeturar; prognosticar”; e atividades como estas são

desempenhadas quase diariamente na gestão de uma organização.

Por meio do uso de técnicas de previsão, as empresas podem amparar áreas como a

financeira no planejamento da necessidade de recursos, a de recursos humanos no

planejamento de modificações da força de trabalho e na área de vendas no agendamento de

promoções. Não obstante, a área de produção na gestão de estoques e no desenvolvimento de

planos complementares de produção, também pode ser contemplada com as previsões


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matemáticas. (Pellegrini; Fogliatto, 2001).

Segundo Silva (2008), as possibilidades de uso de técnicas de previsão confirmam

posições anteriores postuladas por Bertalanffy em um artigo em 1951. O mesmo artigo

também registra as contribuições de E.J. Miller e A.K. Rice que correlacionaram as

organizações industriais e comerciais ao organismo biológico, apresentando a organização

como um sistema de partes que se interrelacionam.

Segundo Silva (2008), um dos pontos centrais da Teoria Geral dos Sistemas é a

equifinalidade, que é uma característica dos sistemas abertos, como as organizações, de

alcançarem o mesmo estado final a partir de diferentes condições iniciais.

Com esta base conceitual a presente pesquisa tem por objetivo levantar a bibliografia

que apresenta a previsão como um elemento da gestão, considerando o componente sistêmico

forte que é o fato de impactar todos os subsistemas de uma organização, bem como o fato de

destacar a flexibilidade na seleção especificamente para o previsão que se vale de métodos

quantitativos, entretanto o enfoque principal e base fundamental para o estabelecimento da

problemática é nas previsões matemáticas ou modelos quantitativos.

Referencial teórico

Sistemas e equifinalidade

Um sistema é definido por Silva (2008) como um conjunto de elementos interagentes

e interdependentes relacionados cada um ao seu ambiente de modo a formar um todo

organizado. O autor apresenta as considerações de C. West Churchmam (1913- 2004) que

destacou cinco considerações básicas relativas ao sistema: objetivo do sistema total; o

ambiente do sistema; os recursos do sistema; os componentes do sistema; e a administração

do sistema.

Um destaque é dado à administração do sistema quanto ao seu planejamento e

controle. Maximiano (2002) explica esta dinâmica com processos que interligam os seus
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componentes e transformam os elementos de entrada em resultados, sendo que o processo

define a natureza do sistema.

A previsão por sua vez, sob a ótica do planejamento, mostra-se essencial para a

efetiva transformação dos insumos em resultados (Davis, Aquilano e Chase, 2001).

Utilizando informações históricas, e colhendo informações do ambiente atual, os valores

obtidos em previsões serão utilizados pelos gestores para conduzir o processo de

transformação em busca do melhor uso de insumos, infraestrutura, mão de obra, etc..

Entretanto, segundo Montgomery et al. (2008), não existe um modelo único de previsão

matemática para ser utilizado e o fato de existirem diversos modelos de previsão já

comprovam o conceito da equifinalidade. Segundo Silva (2008), a equifinalidade é a

capacidade de alcançar o mesmo estado final a partir de diferentes condições iniciais por

meio de uma variedade de caminhos. Assim, a equifinalidade destaca a flexibilidade na

seleção dos meios que serão utilizados para alcançar os fins. (Silva, 2008).

Assim, não existe apenas um caminho, mas muitos que servirão de opções para atingir

um objetivo e que trazem a vantagem de se analisar qualquer área sob a ótica dos sistemas

reside no fato de se visualizar as variáveis, suas restrições criticas e as interações de umas

com as outras (Koontz et al.,1986).

Previsão e Tipos de Previsão

A previsão é de suma importância para qualquer organização e é um dos principais

desafios enfrentados pelos gestores. (Verruck; Bampi; Milan, 2009). De acordo com Moreira

(2001) prever é intrínseco ao ato de planejar, que é uma atividade comum a qualquer tipo de

empresa, independente de tamanho ou de ramo. Para exemplificar, a área financeira planeja

através da previsão de demanda de longo prazo a necessidade de recursos; a mesma previsão

serve às áreas de recursos humanos e marketing, no planejamento de modificações no nível

da força de trabalho e no agendamento de promoções de venda. (Pellegrini, 2000). A difusão


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e abrangência das previsões são tamanhas que vão além do uso na administração e são usadas

também em áreas como medicina, meio ambiente, gestão de riscos, engenharia, economia e

demografia.

A formulação de uma previsão pode “... envolver a utilização de dados históricos e

sua projeção no futuro com algum tipo de modelo matemático. A previsão pode ser subjetiva

ou intuitiva. Pode também ser uma combinação disso – isto é, um modelo matemático

ajustado segundo o critério de um administrador.” (Heizer; Render, 1999, p.103).

Ainda de acordo com Moreira (2001), a obtenção de uma previsão só é possível se

além de notado o horizonte temporal, a disponibilidade de dados, o tempo e os recursos

também forem observados. Mesmo assim, as previsões não estão isentas de erros, pois um

maior horizonte temporal exige uma técnica apurada na coleta de dados para que erros

sistemáticos não sejam introduzidos nos dados e contribuam para a geração de vieses e,

consequentemente, erros nas análises realizadas. (Zan, 2007).

Os métodos de previsão são divididos em três grupos: os métodos quantitativos,

métodos qualitativos e métodos causais. (Soares, 2011). Este artigo tem como intento a

especificação nos modelos quantitativos, ou também denominados doravante, previsões

matemáticas. Os modelos que tangem análises mais subjetivas servirão para este trabalho

somente para a finalidade de alertar o leitor de que há outros métodos de previsão.

1.2.1 Previsões Qualitativas

Os modelos de previsão qualitativos são na sua essência subjetivos ou arbitrários, e

baseiam-se em estimativas e opiniões (Staudt, 2011). Davis, Aquilano e Chase (2001)

descrevem a Pesquisa de Mercado e Analogia Histórica como exemplo de modelos de

previsão qualitativos. Heizer e Render (1999) adicionam às técnicas apresentadas o

Julgamento de Especialistas (utilizando a opinião de especialistas ou membros de alto nível

da organização para chegar a previsão) e a Força de Vendas Composta (utilizando a opinião


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de vendedores dos produtos para estimar as vendas). Outra técnica que, segundo Zan (2007),

é muito utilizada e difundida nas organizações é o Método Delphi ou Painel Delphi. O Painel

Delphi consiste na reunião de um grupo de pessoas, normalmente diretores e executivos da

organização, que devem opinar sobre o assunto em pauta, para a coleta e tabulação das

opiniões, bem como a extração das conclusões. Este método envolve a entrega sucessiva de

questionários para o grupo, e então no intervalo de cada rodada, as respostas são analisadas e

os resultados são compilados em novos questionários. O objetivo é o de prospectar

tendências futuras sobre o objeto em estudo (Fernandes, 2010).

1.2.2 Previsões Quantitativas

Previsões quantitativas baseiam-se na caracterização da estrutura e variáveis que

compreendem as séries temporais históricas e na previsão de eventos futuros por meio dela.

(LEMOS, 2006). A caracterização da estrutura e variáveis compreendem os estudos dos

modelos causais, ou cross section. Este modelo tenta compreender o sistema que envolve o

item a ser previsto, incorporando as variáveis ou fatores que possam influenciar a quantidade

as ser prevista. (Heizer; Render, 1999).

O modelo de análise de séries temporais é obtido através do estudo de um grupo de

dados observados durante um determinado intervalo de tempo (dados históricos), ordenados e

equiespaçados sob a mesma grandeza temporal. (Júnior, 2007).

Pacheco (2003) complementa dizendo que os modelos causais buscam analisar uma

variável dependente em relação a variáveis independentes, utilizando técnicas de regressão

linear e não linear, enquanto as séries temporais utilizam técnicas na identificação de padrões

para realizar as previsões. Os modelos matemáticos resultantes são, segundo Cabral e

Leite (2007), uma representação ou interpretação da realidade. Kurrle (2004) resume que os

modelos causais oferecem melhores resultados quando empregados na elaboração de planos

de ação e para tomadas de decisão e que os modelos de séries temporais são mais adequados
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para a geração de previsões.

Análise de Séries Temporais

Séries temporais é um conjunto de observações de uma determinada variável

coletadas em intervalos equidistantes de tempo (Werneck, 2007 e Fava, 2000). Morettin e

Toloi (2006) afirmam que a análise destes dados permite a identificação de valores futuros

(previsões) de curto prazo para séries de vendas e produção de estoque, ou longo prazo, para

séries populacionais ou de produtividade.

As séries temporais possuem quatro componentes que as caracterizam: o componente

cíclico, as variações aleatórias, a sazonalidade e a tendência. (Morettin; Toloi, 2006). O

método clássico da análise de séries temporais, ou método de decomposição, decompõe a

série em seus quatro elementos a fim de analisar cada componente separadamente. (Davis,

Aquilano e Chase, 2001). Além da técnica de decomposição, Werner (2004) cita também as

técnicas de médias móveis, o alisamento ou suavização exponencial, a metodologia Box-

Jenkins e as redes neurais.

Modelos Causais

Os modelos causais assumem que as variáveis inseridas no estudo da previsão

possuem uma relação de causa e efeito com uma ou mais variáveis independentes (Werner,

2006). O conhecimento das características dessa relação facilita no estudo dos valores a

serem previstos da variável dependente (Kurrle, 2004). Para quantificar e apresentar a relação

entre as variáveis de um dado modelo são utilizados o coeficiente de correlação linear para

identificar quais fatores ou variáveis estão relacionadas e possuem relevância para explicar a

variável em estudo (Verruck; Bampi; Milan, 2009 e Bussab; Morettin, 2006).

Modelos Complexos de Previsão

Os modelos matemáticos mais complexos para previsão serão citados aqui no sentido

de apontar sua existência para o leitor. São eles:


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• Suavização exponencial tripla ou método de Holt-Winters: método utilizado para dados que
apresentam tendência e sazonalidadede (Pellegrini, 2000). O método possui duas abordagens
para a sazonalidade: a forma aditiva, que mantém a diferença entre o maior e o maior valor
constante ao longo do tempo, e a forma multiplicativa, que permite que a diferença aumente
ou diminua ao longo do tempo (Lemos, 2006, Pellegrini e Fogliatto, 2001).
• Os modelos Box-Jenkins: também conhecidos como ARIMA (Auto Regressive Integrated
Moving Average) que “...visam captar o comportamento da correlação seriada, ou a
autocorrelação existente entre os valores da série temporal e, com base neste comportamento,
realizar previsões futuras.” (Werner, 2004, p. 34). ARIMA resulta da combinação de três
filtros ou componentes: autoregressivos (AR), integração (I) e médias móveis (MA), sendo
possível utilizar os três ou um subconjunto deles, AR, MA ou ARMA, para se realizar a
previsão. (Silva; Samohyl; Costa, 2002).
• Redes Neurais Artificiais (RNA): Staudt (2011), Martins; Belleza e Werner (2011) e
Pellegrini (2000) dizem que as RNA imitam a estrutura cerebral humana, inclusive na
estrutura construtiva de suas redes e sua capacidade de “aprender” padrões e regularidades.
“Seu objetivo é reconhecer regularidades e padrões nos dados apresentados com o objetivo de
entender o comportamento de sistemas.” (Staudt, 2011, p. 52).
• Regressão linear múltipla: um dos métodos de análise de regressão mais difundidos e que
define o relacionamento de uma variável dependente, com duas ou mais variáveis
independentes (Bacci, 2007, Werner, 2004).
Metodologia

O método de pesquisa utilizado para este trabalho será a revisão integrativa,

caracterizada pela busca exaustiva na literatura, dentre artigos publicados em periódicos,

pesquisa em bases de dados, consulta à lista de referências bibliográficas, teses, dissertações

e livros-texto (Pompeo; Rossi; Galvão, 2009). Pedersoli (2009) salienta que a revisão

integrativa sumariza diferentes estudos sobre um mesmo assunto, construindo uma conclusão

a partir deles.

Vale frisar que a revisão integrativa é um método que auxilia na separação do que é

relevante para o pesquisador, e destaca que a variedade e a disponibilidade de informação só

tem efeito positivo se auxiliar na construção do conhecimento sólido e embasado em

premissas e autores confiáveis. (Murback, 2013).


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No intuito de facilitar o processo de concepção do modelo em questão, inúmeros

autores, tais como Lanzoni,e Meirelles (2011), Pedersoli (2009) e Botelho, Cunha e Macedo

(2011) enumeram seis etapas a serem seguidas para orientar o pesquisador. As etapas que são

detalhadas a seguir:

1. Identificação do tema e seleção da questão de pesquisa: Escolha e definição do tema:


caracterizada pela escolha do tema ou problema de pesquisa objeto da revisão integrativa e da
pergunta respondida com a análise; definidas as palavras chaves que serão utilizadas na busca
da literatura e os delimitadores da pesquisa (tempo, área geográfica, idioma, etc.);
2. Estabelecimento dos critérios de inclusão e exclusão: Busca na literatura: definição das bases
de dados utilizadas na pesquisa, definição da estratégia de busca (relação de palavras
significativas para o tema, termos sinônimos, uso de plural ou singular, uso de outros idiomas,
por exemplo), e a execução da busca;
3. Identificação dos estudos pré-selecionados e selecionados: Categorização dos textos: extração
das informações dos textos, organizadas para a formação de um banco de dados para análise;
4. Categorização dos estudos selecionados: Avaliação dos textos: análise estatística dos
resultados, bem como inclusão e exclusão dos textos pela análise crítica dos textos
selecionados;
5. Análise e interpretação dos resultados: Discussão dos resultados obtidos: preparação dos
resultados, com a criação de propostas e recomendações;
6. Apresentação da revisão/síntese do conhecimento: Apresentação dos resultados: produção de
um documento ou relatório que descreva a revisão.
APLICAÇÃO DE CONCEITOS

Identificação do tema, seleção de critérios e busca na literatura

O objetivo desta pesquisa é a de fazer uma análise do estado da arte das previsões

matemáticas no Brasil, e que tenham um enfoque na área da administração, uma vez que a

previsão acarreta a integração de todos os setores da empresa e ao mesmo tempo tem a

flexibilidade como característica. Entende-se por “estado da arte” ou também “estado do

conhecimento” as pesquisas de caráter bibliográfico, que trazem o desafio de discutir ou

mapear certa produção acadêmica em diferentes campos do conhecimento, na tentativa de

responder quais aspectos e dimensões vem sendo destacados e privilegiados, assim como de

que formas e em que condições os trabalhos com cunho científico são produzidos. (Ferreira,
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2002).

Com o intuito de analisar o estado da arte das previsões matemáticas no Brasil, os

critérios para seleção dos itens que comporão a pesquisa serão:

• Publicações em periódicos e comunicações em anais de congressos e de seminários,


dissertações de mestrado e teses de doutorados, além de trabalhos de graduação e pós-
graduação, nas áreas de biológicas, humanas e exatas, mas associado à administração;
• Trabalhos que tenham como característica predominante a aplicabilidade dos conceitos,
técnicas e métodos de previsão matemática em diferentes situações, dirigindo a seleção pelos
modelos quantitativos principais de previsão: os modelos de análise de séries temporais e os
modelos de análise de regressão;
• Trabalhos desenvolvidos e publicados exclusivamente no Brasil, com autores nacionais e em
língua portuguesa.
Definido o tema para a realização da pesquisa, e os critérios de seleção dos itens a

serem incluídos a priori, é necessário estabelecer onde e o que buscar.

No tocante às plataformas que servirão para a realização da busca na literatura, será

usado somente o ambiente digital, pela eficácia na rapidez e abrangência diversificada na

busca por conteúdo. Os seguintes sites foram testados: Yahoo; Bing; Google; Google

Acadêmico; Plataforma Scielo e Portal Capes. De uma forma geral, os sites de busca de

conteúdo geral tais como os três primeiros da lista acima, quando submetidos a um teste

preliminar com as palavras “previsão” e “matemática” compuseram um subgrupo que falhou

no quesito dedicação às atividades acadêmicas, visto que os resultados exibidos eram

genéricos demais, e envolviam desde a apresentação de aulas sobre o tema, até matérias em

jornais e revistas de cunho informativo que nada adicionavam ao assunto; da mesma forma os

links exibidos eram diversas vezes repetidos, em diferente ordem de exibição dentre os três.

A única restrição em termos técnicos foi encontrada no portal Capes, uma vez que a

tentativa por buscar material bibliográfico para a pesquisa foi frustrada quando a negativa do

acesso ao texto completo dos trabalhos encontrados. A plataforma Scielo foi preterida em

opção ao Google Acadêmico, pois o último incluía os resultados do primeiro, eliminando o


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fator repetição. Assim, como resultado dos testes executados nos sites, o Google Acadêmico

foi a escolha mais funcional dentre os elencados. As palavras chaves inicialmente citadas, foi

incluída a “administração”, visto que o trabalho é desenvolvido para o curso de

Administração.

As características para inclusão nos trabalhos finais serão observadas utilizando além

dos critérios, dois filtros que colaborarão na seleção. O primeiro filtro considerará o

relacionamento entre o título e o subtítulo dos trabalhos com o objetivo da pesquisa e o

segundo filtro será composto pela análise breve do conteúdo do trabalho, da leitura do

resumo e do índice remissivo em relação aos critérios estabelecidos.

Para a realização da pesquisa, foram realizadas 4 buscas com termos semelhantes mas

que resultavam em quantidades e características de artigos diferentes. Na primeira busca,

utilizando os termos “previsão matemática” e administração foram encontrados 28 artigos

dos quais somente três puderam ser aproveitados. Dispensar os artigos foi resultado do não

cumprimento dos critérios estabelecidos ou simplesmente por não abordarem o tema

desejado. Da mesma forma, a segunda busca utilizou o termo “previsão matemática” e dos 76

resultados apenas 1 foi aproveitado. A terceira busca foi feita com o termo previsão

matemática (sem aspas) com o acréscimo do temo “aplicação”. Neste caso, o número total de

artigos exibidos na pesquisa foi de 36.100 e para filtrar esta quantidade de artigos optou-se

por uma paciente observação dos resultados exibidos, até onde o conteúdo analisado não

atendesse mais as exigências estabelecidas para o trabalho, resultando em 4 trabalhos que

poderiam ser utilizados. Uma nova busca foi realizada com os termos previsão, matemática,

demanda e produção (sem aspas), obtendo 26.100 resultados que foram selecionados, um a

um, conforme as exigências descritas para o trabalho, resultando em mais 11 artigos. Os

títulos dos trabalhos utilizados e os autores são apresentados na Figura 1.


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Figura 1. Resumo dos trabalhos incluídos – previsão matemática demanda produção


Trabalho Título Autor(es)/Ano
1 Passos para Implantação de Sistemas de Previsão de Demanda – Pellegrini e Fogliatto,
Técnicas e Estudo de Caso 2001
2 Previsão de demanda: Uma aplicação dos modelos Box-Jenkins na Werner e Ribeiro,
área de assistência técnica de computadores pessoais 2003
3 Um modelo composto para realizar previsões de demanda através Werner, 2004
da integração da combinação de previsões e do ajuste baseado na
opinião
4 Metodologia para seleção de métodos de previsão de demanda Lemos, 2006
5 Comparação entre os métodos de previsào univariados para o preço Silva, Samohyl e
médio da soja no brasil Costa, 2002
6 Cooperação entre Redes Neurais Aritificais e Técnicas ‘Clássicas’ Calôla, Calôba e
para previsão de demanda de uma série de vendas de cerveja na Saliby, 2002
Austrália
7 Previsão de demanda para planejamento da capacidade de Proto e Mesquita,
empresa do setor cimenteiro 2003
8 Avaliação da demanda por biodiesel em função de um modelo de Carmo, Pontes,
previsão de demanda por diesel Albertini, Barros Neto
e Dutra, 2009
9 Previsão de demanda em operações de serviços: Um estrudo em Verruck, Bambi e
uma empresa do setor de transportes Milan, 2009
10 Combinação de métodos de séries temporais para previsão da Bacci, 2007
demanda de café no Brasil
11 Método de previsão de demanda aplicada ao planejamento da Cavalheiro, 2003
produção de indústrias de alimentos
12 Aplicação de séries temporais na análise de demanda turística no Serra, Tavares e
estado do Pará usando os modelos de Holt-Winters Santos, 2005
13 Previsão de Séries Temporais Utilizando a Metodologia Box-Jenkins Figueiredo, 2008
e Redes Neurais para Inicialização de Planejamento e Controle de
Produção
14 Análise e pervisão de demanda: Estudo de caso em uma empresa Mancuso, 2003
distribuidora de rolamentos
15 Integração de métodos quantitativos e qualitativos para previsão de Fernandes e
demanda no setor de autopeças Anzanello, 2010
16 O Uso de Famílias e Rede Neural Artificial para Previsão de Todesco, Pimentel e
Demanda de Energia Elétrica Bettiol, 2004
17 Métodos para previsão de demanda de veículos novos – Estudo de Kurrle, 2004
caso em uma concessionária de automóveis
18 Análise e previsão da série recebimento e produção de leite da Lirio, Pierret, Pierret,
usina escola de laticínios da universidade federal de Santa Maria – Souza e Silva, 2005
RS
19 Métodos de Forecasting Conjugado com um Método Qualitativo e Casagrande e Hoss,
um Método com a Média das Previsões Quantitativas e Qualitativas 2010

Análise e apresentação dos resultados obtidos

Os trabalhos obtidos por meio das pesquisas apresentaram determinadas instituições e

autores repetidamente. A região Sul do país foi responsável pelo desenvolvimento de vinte

trabalhos, com instituições de ensino como UFRGS, UFSC, UFPR, UFSM, UTFPR, Unisul,

PUC-PR e Univates. Os maiores destaques foram a UFRGS e a UFSC, com nove e cinco

trabalhos respectivamente e o restante somente com um trabalho cada.

No que tange os autores, somente na UFRGS foram encontrados alguns nomes em


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mais de um item. Acadêmicos como Flávio Sanson Fogliatto apareceram em quatro

trabalhos: dois como coautor em artigo e dois como orientador de dissertação. Outros dois

nomes relevantes foram José Luis Duarte Ribeiro e Liane Werner, tendo o primeiro autor

participado em dois artigos como coautor e uma vez como orientador em uma tese de

doutorado, e a segunda participado em três artigos como coautora e feito sua tese sobre

previsão matemática com José Luis Duarte Ribeiro como orientador. Vale a nota de que os

três autores são vinculados a UFRGS, indicando que esta é a instituição que mais publica

sobre o uso de séries temporais e as análises de regressão no País.

Os autores destacados acima não são relevantes somente como coautores e

orientadores de trabalhos diversos sobre o tema da pesquisa. Analisada também a

bibliografia, eles aparecem em diversos trabalhos. Flávio Sanson Fogliatto é o mais citado em

referências bibliográficas, tendo seu nome em treze trabalhos, enquanto Liane Werner é

referencial para sete trabalhos e José Luis Duarte Ribeiro em cinco.

Ressalta-se aqui que os trabalhos em que há participação destes três autores focam em

modelos de análise de séries temporais, especialmente Suavização Exponencial e Box-

Jenkins, com aplicação em formulações de modelos de previsão, seleção de métodos de

previsão e modelos compostos. Em dissertações e teses, há estudos de caso bem detalhados

com inúmeras aplicações; ou no caso de artigos, há o uso de dados reais de empresas.

Métodos como análise de regressão e modelo de decomposição também são utilizados, porém

em menor observância.

Quando analisado o referencial bibliográfico, há outros autores nacionais e

internacionais que são referência quase obrigatória quando se trabalha com análises de séries

temporais ou modelos de análise de regressão. Nacionais, além dos três já mencionados,

nomes como Fernando Rezende Pellegrini, Robert Wayne Samohyl, Pedro Alberto Morettin

e Clélia Maria de Castro Toloi são constantes nos trabalhos. Os dois primeiros autores
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apareceram como coautores em dois artigos escolhidos dentre os vinte e sete, inclusive o

primeiro produzido trabalhos em conjunto com Flávio Sanson Fogliatto. Quanto aos dois

últimos autores citados, foram observadas suas autorias somente em livros, e não em

publicações ou trabalhos acadêmicos.

Os trabalhos de dissertação e tese em que há participação de Flávio Sanson Fogliatto,

Liane Werner, Fernando Rezende Pellegrini e José Luis Duarte Ribeiro como autores ou

orientadores, possuem modelos de previsão bem detalhados e explicados, a modelagem com

modelos mais complexos ou eficientes dentro de determinado contexto, e por fim a aplicação

destes modelos em diferentes estudos de caso com a inclusão dos modelos qualitativos.

Por meio de pesquisa através do Sistema de Currículo Lattes, dos sete autores

nacionais citados acima, seis possuem trabalhos e livros publicados internacionalmente, a

exceção sendo feita para Fernando Rezende Pellegrini, cujo currículo Lattes não foi

encontrado. Separado por autor, o currículo Lattes de cada um, exclusivamente sobre

previsão matemática no exterior:

• Liane Werner: 5 publicações, sendo 2 em anais de congressos e 3 em periódicos;


• José Luis Duarte Ribeiro: 1 publicação em periódicos;
• Robert Wayne Samohyl: 9 publicações, sendo 3 em periódicos e 6 em anais e
congressos;
• Pedro Alberto Morettin: 2 publicações, sendo 1 em periódico e 1 em anais e
congressos.
Nomes como os de Flávio Sanson Fogliatto e Clélia Maria de Castro Toloi não

apresentaram nenhuma publicação internacional relacionada a previsão matemática. Embora

o número de trabalhos internacionais destes autores sobre o assunto foi pequeno, eles não

escrevem somente sobre previsão, especialmente Fogliatto e Toloi; ambos possuem uma

vasta gama de materiais publicados, sendo ele na área de produção e operações e ela na de

estatística. Além disso, ele participa da área de previsão especialmente como orientador de

trabalhos de dissertação e teses, e ela têm quatro livros publicados sobre previsão
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matemática. Ressaltando que Pedro Alberto Morettin é revisor e editor do International

Journal of Forecasting e Robert Wayne Samohyl exclusivamente revisor.

Determinados autores internacionais também são referência obrigatória nos trabalhos,

e apesar do tema da pesquisa ser voltado para o Brasil, é importante saber quais acadêmicos

fora do país também são citados nos trabalhos produzidos em território nacional.

Os principais nomes utilizados pelos principais autores nacionais foram Spyros

Makridakis, Steven Charles Wheelwright, Robin John Hyndman, George Edward Pelham

Box, Gwilym Meirion Jenkins, J. Scott Armstrong e Nada R. Sanders. Um subconjunto dos

nomes mencionados estão presentes em todos os trabalhos que envolvem previsão

matemática e são referência para quase todos os autores brasileiros que lidam com o tema,

principalmente por Box e Jenkins serem os desenvolvedores de um modelo de previsão, e

Armstrong ser o fundador do International Journal of Forecasting.

No tocante aos locais que foram encontrados os trabalhos, embora as buscas tenham

sido feitas no Google Acadêmico, alguns sites abrigavam uma maior quantidade de artigos

selecionáveis para a pesquisa, como por exemplo o site da Associação Brasileira de

Engenharia de Produção, fornecendo todos os trabalhos apresentados nos anais do Encontro

Nacional de Engenharia de Produção, com um total de seis trabalhos selecionados; ou então

sites das próprias universidades, como destaque o repositório digital da UFRGS, nomeado

Lume. Acerca do restante dos trabalhos, quatro foram encontrados na plataforma Scielo e o

restante isoladamente nos respectivos sites ou repositórios digitais das instituições que os

produziram.

A maior parte dos itens selecionados são artigos. Dos vinte e sete trabalhos, nove são

artigos publicados em encontros e congressos, sendo seis no ENEGEP, um no Simpósio de

Administração da Produção da Fundação Getúlio Vargas e Escola de Administração de

Empresas de São Paulo sobre a previsão de demanda turística para a Copa de 2014, e outro,
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sobre a previsão de enchentes no Vale do Taquari, no IV Simpósio de Engenharia Ambiental.

Sete trabalhos foram publicados em periódicos como, por exemplo, dois artigos na Revista

Produção, e um artigo nas demais. Periódicos como Revista Gestão & Produção, Revista

Pesquisa Operacional, Revista Ciências Agrotécnicas, Revista Ciência & Natura e Revista

Cap Accounting and Management. Pode-se observar que periódicos que tratam da área de

produção, gestão e operações, possuem uma quantidade maior de artigos sobre previsão

matemática.

Em relação aos trabalhos acadêmicos como monografias de graduação, dissertações e

teses, do restante de dez trabalhos que não são artigos, dois são de graduação, um na USP e

um na UFSC; um de especialização na UFPR; seis dissertações sendo três na UFRGS, duas

na UFSC e uma na UNIFEI; e por último uma tese na UFRGS. Os cursos atrelados aos

trabalhos são em sua maioria da engenharia de produção, com um total de sete trabalhos; um

no curso de matemática, um no curso de estatística e um no curso de engenharia mecânica.

Analisando as datas dos trabalhos, todos eles foram produzidos entre os anos de 2001

a 2011. A princípio tinha-se a intenção de avaliar se algum ano tinha qualquer particularidade

ou se houve algum tipo de evolução no assunto cronologicamente. Ao observar os resultados,

não houve particularidades e também não apresentaram evolução em termos teóricos ou de

aplicação.

Este fato é compreensível pois primeiro os trabalhos foram analisados conforme eram

exibidos no Google, com um caráter quase aleatório, e segundo duas das ferramentas de

análise de séries temporais mais complexas, a Box-Jenkins e as Redes Neurais Artificiais,

foram desenvolvidas e maturaram no final da década de setenta e oitenta respectivamente.

Sobre os outros modelos, não se tem as datas de criação e desenvolvimento, mas deduz-se

pela complexidade dos modelos citados anteriormente, que o restante são ainda mais antigos.

Por consequência, para constatar algum tipo de evolução, os trabalhos escolhidos precisavam
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ser a partir dos anos de início de aplicação dos modelos até dias mais atuais.

O estudo resultante da análise sobre o campo de aplicação dos trabalhos revelou que

vinte e três dos trabalhos abordam a previsão de demanda, dois a previsão da produção, um a

previsão de enchentes e um a previsão de preços.

Vale antecipar que os estudos produzidos se concentram na área da produção e

operação, mas os setores aplicados são inúmeros, como o elétrico, madeireiro, agrícola,

papeleiro, turístico, hidrológico, transportes, alimentos e vários outros.

Dos trabalhos que abordam a previsão da produção, um trata sobre a previsão da

produção de álcool no Brasil, com o objetivo exclusivo de observar se com a produção de

álcool futura haverá necessidade de planejar o volume de estoque do combustível e o outro

trabalho sobre a previsão da produção de leite em uma usina na cidade de Santa Maria – RS,

relacionada a quantidade de leite recebido pelas distribuidoras, para melhora do

gerenciamento de produção e escolha de contratos de venda. Ambos os trabalhos buscam

através da previsão da produção, um melhor gerenciamento de produtos e de estoque em

termos gerais, e utilizam os modelos de RNA e Análise de Regressão com mínimos

quadrados ordinários respectivamente.

O artigo que aborda a previsão do preço médio da soja utilizando diferentes modelos

de previsão especialmente a Suavização Exponencial Holt-Winters e o modelo Box-Jenkins

ARIMA, e o artigo sobre o uso de modelagem matemática para previsão de enchentes,

embora tenha sido selecionado somente um trabalho sobre cada tema, a aplicação de modelos

matemáticos nestas duas áreas são grandes. A previsão de preços está mais intimamente

ligada à área da Economia e a previsão de enchentes à área da Hidrologia, e dos autores

principais dos artigos, o primeiro é formados em Ciências Econômicas e a segunda é pós-

graduada em Ambiente e Desenvolvimento.

Ao abordar a previsão de enchentes no Vale do Taquari, foi utilizado um modelo de


10º  Congresso  Brasileiro  de  Sistemas   18

análise de regressão e coeficiente de determinação r^2 e de Pearson. Foi o modelo mais

simples encontrado dentre os vinte e sete itens.

O que se observa, em geral, é o uso de praticamente todos os modelos disponíveis.

Modelos que precisam de um estudo maior como Suavização Exponencial, especialmente o

modelo Holt-Winters, Box-Jenkins, Análises de Regressão Linear Múltiplas ou não somente

lineares, e o modelo RNA estão em cem por cento dos trabalhos. A Suavização Exponencial

e o modelo Box-Jenkins aparecem em 56% dos trabalhos, Análises de Regressão estão em

44% e RNA em 21%. O restante dos modelos como decomposição e médias móveis estão

presentes em 19% e 26% respectivamente.

Apesar de parecer que o modelo de RNA é preterido em relação ao de médias móveis,

observa-se que pela simplicidade técnica do modelo de médias, eles estão sempre presentes,

com exceção do trabalho que busca prever a demanda por biodiesel, em trabalhos nos quais o

autor aborda todas as previsões, especialmente trabalhos de dissertação. E esta presença se

limita a uma explicação teórica do assunto, pois quando o autor busca aplicar modelos de

previsão matemáticos, eles são postos de lado por modelos mais complexos com melhores

resultados preditivos.

É evidente a aplicabilidade dos modelos de previsão matemáticos na previsão de

demanda. Ela foi o tema mais encontrado dentro das buscas, como já anunciado, com vinte e

três trabalhos, sendo ainda o tema mais abordado pelos principais autores na área. Dos sete

trabalhos realizados sobre previsão e desenvolvidos por Flávio Sanson Fogliatto, Liane

Werner ou José Luis Duarte Ribeiro, todos lidam com previsão de demanda.

Dos sete itens, dois são artigos publicados em revistas especializadas em produção e

operações e dois foram aceitos para um simpósio e um encontro, o SIMPOI 2014 sobre

administração da produção, e o ENEGEP 2005. Os outros três trabalhos são formados por

duas dissertações e uma tese. E estes trabalhos possuem características comuns muito
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favoráveis com a descrição detalhada dos modelos a serem avaliados.

O trabalho que prevê a demanda para a Copa de 2014 utiliza os modelos de RNA e

Box-Jenkins combinados; o trabalho de implementação de sistemas de previsão de demanda

guia o interessado a saber o que é relevante para realizar a previsão, quais softwares são úteis,

como realizar a previsão, como utilizar os modelos de Suavização Exponencial e Box-Jenkins

na implementação e por fim faz um estudo de caso aplicando o que foi ensinado; o trabalho

para prever a demanda em assistência técnica de computadores pessoais, faz um estudo de

caso aplicando o modelo Box-Jenkins em tipos diferentes de contextos dentro da empresa de

assistência técnica; e o trabalho sobre a previsão de demanda por energia elétrica utilizou

modelos de decomposição, estudando os fatores que compõe a série temporal em questão.

Conclui-se que, especialmente o primeiro, o terceiro e o quarto respectivamente, são

bons artigos para referência e acompanhamento, mas de quem já tem familiaridade com o

assunto, para somente estudar métodos de aplicação em diferentes contextos. O segundo

artigo é um passo a passo sobre modelos de previsão de demanda, ótimo para quem inicia o

estudo das previsões matemáticas e aplicações.

Embora sejam artigos referenciados no estudo da previsão matemática, as duas

dissertações e a tese abordam de forma completa o estudo das previsões matemáticas. Os

trabalhos “Metodologia para seleção de métodos de previsão de demanda” e “Um modelo

composto para realizar previsão de demanda através da integração de previsões e do ajuste

baseado na opinião” são complementares. Os autores explicam de forma abrangente os

métodos de previsão, uma vez que o primeiro trabalho é um guia para selecionar o melhor

modelo dentro de determinado contexto de demanda, com programas computacionais,

métodos qualitativos e quantitativos, e observação dos resultados através de estudos de caso.

O segundo trabalho ensina o acadêmico a integrar modelos diferentes de previsão,

observando resultados melhores para as previsões de demanda, incluindo ajustes e opiniões


10º  Congresso  Brasileiro  de  Sistemas   20

de especialistas no fim.

O terceiro trabalho destaca-se por ser praticamente uma aplicação completa do que foi

produzido nos dois trabalhos anteriores. É realizada uma previsão de demanda em uma

concessionária de automóveis, utilizando dois modelos de previsão quantitativos e então

conjugados com um modelo de previsão qualitativo.

Apresentação revisão/síntese do conhecimento

No intuito de facilitar a visualização dos resultados obtidos pela revisão integrativa no

tema da previsão matemática no Brasil, será apresentado na Figura 2, um resumo, cujo

objetivo é concentrar as características observadas e as informações obtidas nos trabalhos de

maneira concisa.

Figura 2. Resumo informativo dos trabalhos em estudo


ITEM OBSERVAÇÃO
Ano 2001 – 2011
Principal Local: UFRGS
Titulação: Doutores e pós-doutores
Autores
Área de formação / atuação: Engenharia de Produção e
Estatística
Flávio Sanson Fogliatto, Liane Werner, José Luis Duarte Ribeiro,
Principais autores
Pedro Alberto Morettin, Robert Wayne Samohyl e Clélia Maria
referenciados
de Castro Toloi
Metodologias preditivas Suavização Exponencial, Box-Jenkins e Análises de Regressão
usadas
Metodologias mais usadas Estudo de caso

Não há dúvidas que no tocante a previsão matemática no Brasil, as instituições do Sul

se destacam, em especial a UFRGS. Os trabalhos cujos autores estão inseridos ou se

relacionam com esta instituição, são praticamente manuais (no caso de um trabalho de

conclusão de curso) ou exemplos consistentes de como realizar uma previsão matemática em

contextos reais e diversificados, especialmente sobre demanda ou produção de algum bem ou

serviço.

Já mencionado na apresentação dos resultados, existem alguns acadêmicos nacionais

que são referência para qualquer trabalho que envolva previsão matemática, como por

exemplo Flávio Sanson Fogliatto, Liane Werner e Robert Wayne Samohyl, bem como seus

cursos de atuação e que mais produzem trabalhos como Engenharia de Produção e Estatística.
10º  Congresso  Brasileiro  de  Sistemas   21

Observou-se que o modelo de Suavização Exponencial é um dos mais usados pois ele

não é um modelo de difícil, e também não é um modelo ingênuo. Pode-se usar computadores

na sua aplicação para determinar melhor as constantes ou então encontrá-las por tentativa.

Modelos de Holt-Winters de Suavização Exponencial apresentam uma maior complexidade

por apresentarem sazonalidade, e características aditivas ou multiplicativas, por outro lado, a

suavização simples é muito usada em empresas pela sua enorme simplicidade, mas não tão

simples e abundantemente usada como as médias móveis.

Em referência ao modelo Box-Jenkins, bem como a Suavização Exponencial com boa

capacidade preditiva, ele é usado amplamente. Pela sua complexidade, pacotes

computacionais e boas horas de estudos são fundamentais, mas para análises de séries

temporais em contextos singulares, é o mais utilizado. As RNA possuem as mesmas

características descritas acima para Box-Jenkins, entretanto, sua difusão é recente para

previsão em séries de tempo. (Oliveira et al, 2009).

Alguns modelos não abordados pelo autor, preteridos desde o começo da pesquisa

por, a princípio, serem utilizados para áreas muito distintas da administração, foram

encontrados em quantidade razoável durante as pesquisas com fins de previsão, entretanto

modelos causais complexos como os de regressão múltipla e os econométricos são mais

indicados para análises de cenários do que especificamente para a realização de previsões.

(Proto; Mesquita, 2003).

A aplicabilidade dos trabalhos é essencialmente em torno de estudos de caso

abordando a previsão de demanda e previsão da produção, com excentricidades nas previsões

de preços e previsões de enchentes. Para aplicar o modelo matemático no contexto do estudo,

os autores avaliam os desvios e vieses de mais de um modelo com os mesmos dados visando

qual é o mais indicado para dado contexto, ou de forma similar testam se um modelo é

indicado para um cenário. Estudos também são direcionados a incorporarem diferentes


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modelos quantitativos para obter previsões mais acuradas, e em muitos deles, um ajuste final

feito com um método qualitativo, ajustando o modelo desenvolvido a previsão de

especialistas e funcionários, obtendo resultados ainda mais satisfatórios.

Para uma futura revisão integrativa, seria interessante abranger o tema de busca para

todos os tipos de previsão, incluindo modelos econométricos no intuito de entender qual o

uso dos modelos matemáticos para várias áreas de estudo. Outro ponto a se destacar, e que

ampliaria os trabalhos disponibilizados, seria o acesso total ao Portal da CAPES para acesso a

mais estudos já realizados.

CONCLUSÃO

É impossível pensar em uma organização como um sistema sem uma área de

produção e operações, mesmo sendo da área de serviços, sem que a atividade previsão como

fundamental para um planejamento operacional.

Constatou-se que o Brasil possui uma boa produção de material sobre o assunto, com

autores sendo referenciados inclusive no periódico mais importante sobre previsões do

mundo, o International Journal of Forecasting, e os trabalhos internacionais são

imprescindíveis como referência teórica obrigatória nos trabalhos sobre previsão matemática.

O que vale ressaltar de mais importante, é que não existe um melhor modelo de

previsão em termos absolutos. O melhor modelo matemático é aquele que após testes, possui

a melhor característica preditiva em determinado contexto, reafirmando que a TGS abriu os

horizontes apresentando a possibilidade de se usar vários métodos e caminhos para se

alcançar o objetivo final, deixando para trás a máxima de um único modo melhor.

Espera-se que os gestores se atentem para o estudo e principalmente o uso da previsão

matemática nas empresas, por meio de diferentes métodos e modelos de previsão que apoiem

a decisão e levem a planejamentos operacionais e estratégicos mais consistentes.


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