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DESENVOLVIMENTO DESIGUAL

*NEIL SMITH (Autor do livro)


* Hellen da Silva Oliveira – aluna do mestrado em Ciências Ambientais e
Sustentabilidade na Amazônia.

Inicialmente quando comecei a ler o livro me veio pensamentos e


lembranças de alguns debates a respeito de como e o quanto a natureza está
associada a figura toda poderosa Deus; porque de fato a natureza se entrelaça
com a religião e nos leva ao livro de Gênesis, quando Deus fez a natureza,
continuando a leitura foi abordado esse tema em “II A natureza poética”, onde
faz uma discussão do “naturalismo cristianizado” a influência que teve na
cultura norte americana e a percepção dos norte americanos na importância
em viver no meio urbano com a presença do natural bruto.
Antes de mudarmos do tema religião, no capítulo 1 – A ideologia na
Natureza, Newton permitiu um lugar a Deus no universo natural (Smith,
1988:31), no qual faz uma comparação com o jardim do Éden, a presença da
macieira para ilustrar a gravidade e relatividade, continuando Newton elaborou
as suas leis naturais sobre os preceitos religiosos, e elaborou o conceito de
espaço absoluto, no qual hoje é o que entendemos de espaço.
Continuando no mesmo capítulo; foi feita a discussão e diferenciação
entre natureza externa, que pode ser entendido como tudo que encontra-se
fora da sociedade ou tudo que foi criado por Deus, ao decorrer Kant faz a
diferenciação entre natureza exterior e interior.
Natureza exterior segundo Kant é o ambiente social e físico que os seres
humanos vivem, e a natureza interior compreende suas paixões.
Também abordando o dualismo que é a existência humana tanto exterior
quanto interior.
Não deixando de citar o domínio do homem sobre a natureza através é
dada “perquirição na natureza” que nada mais é que “artes mecânicas”,
prosseguindo Bancon afirma que a relação do homem com a natureza antes de
ser orgânica é mecânica, que somente com esse pensamento o homem
poderia desenvolver os meios de domínios sobre a natureza.
Prosseguindo, com a inserção da visão de Karl Marx, a riqueza no Modo
de Produção Capitalista, baseia-se na produção de mercadorias, tendo como
base o valor de troca; que a forma de enriquecimento do trabalho é dado pelo
tempo gasto socialmente necessário. A transformação do dinheiro em capital
ocorre através D-M-D´, que podemos afirmar que acaba sendo a origem da
ocorrência do capital, porque é desta forma que aconteceu a acumulação de
Capital. A mais-valia é a riqueza retirada, podemos considerar que é de forma
alienada, sobre o trabalho humano, que também se pode transformar-se em
mercadoria e passa a ser considerado a partir de então o trabalho abstrato.
Essa absorção da mais-valia funciona da mesma forma com a natureza,
segundo Marx, transforma-se em valor de troca. Dando seguimento, Smith nos
faz perceber de forma muito clara aplicando os conceitos de Marx, a
transformação da natureza no modo universal de produção, a partir dessa
visão podemos conseguir enxergar, como parte da função produção sendo
conhecida como matéria prima.
Ao decorrer da leitura é esclarecido este acontecimento, porque o
Capitalismo se baseia na dicotomia Homen-Natureza, sendo considerados
antagônicos, e acaba voltando na afirmação de Bancon, “o homem como
dominador da natureza”, e posteriormente é colocado que o trabalho faz a
junção que até então é antagônico do homem com a natureza através do
trabalho, e essa relação torna-se orgânica, dinâmica e natural.
E o trabalho, o motivador da junção, é a força motivadora do que Marx
denominou como metabolismo ou interação metabólica, que é o processo
segundo Smith, pelo qual os seres humanos apropriam os meios para
satisfazer suas necessidades e posteriormente desenvolver outros valores de
uso, (Smith, 1988:72).
Marx conclui que o homem não domina a Natureza, mas produz através
do trabalho como interação metabólica. Logo, o trabalho deixa de ser interação
e passa a ser alienação, porque o trabalho não pertence ao trabalhador e sim
ao capitalista.
E através da exploração máxima do trabalho humano que os capitalistas
obtêm o aumento da exploração de lucros.
ARTES MECÂNICAS ESPACIALIZAÇÃO DISTINÇÃO ENTRE
NATUREZA EXTERNA UNIVERSALIDADE DA PRODUÇÃO DA
DA PEREQUISAÇÃO DO ESPAÇO E PRIMEIRA E
E INTERNA NATUREZA NATUREZA
DA NATUREZA TEMPO SEGUNDA
NATUREZA

UNIVERSALIDADE DA
PRODUÇÃO

RELAÇÃO HOMEM-
ESQUEMA DO LIVRO NEIL SMITH:
NATUREZA
DESENVOLVIMENTO DESIGUAL

INTERAÇÃO
METABÓLICA

INTERAÇÃO
CONSUMO
METABÓLICA
DESORDENADO

ALIENAÇÃO DA
VALOR DE USO
NATUREZA

APROAPRIAÇÃO DA AUMENTO DA ALIENAÇÃO DOS TRABALHO COMO


VALOR DE TROCA
NATUREZA PELO OBTENÇÃO DE LUCROS TRABALHADORES/TRABALHO MERCADORIA
CAPITALISMO

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