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26/05/2021

Faculdade de Direito de Franca Título II – Das Pessoas Jurídicas – Conceito


1º Ano
Direito Civil I • INTRODUÇÃO AO TEMA - É tema dos mais fascinantes na atualidade o tratamento
emprestado à pessoa jurídica, graças às complicações jurídicas que surgem da existência da
pessoa jurídica, tais como:

– reconhecimento dos direitos da personalidade à pessoa jurídica;

Das Pessoas Jurídicas – responsabilização penal da pessoa jurídica;

– aplicação da teoria da desconsideração da personalidade jurídica.

Título II – Das Pessoas Jurídicas – Conceito Título II – Das Pessoas Jurídicas – Conceito
• CONCEITO - Instituições formadas para a realização de um fim, recebendo • Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber a proteção dos direitos da personalidade
reconhecimento pela ordem jurídica como sujeitos de direitos. As pessoas jurídicas são (Art. 52 do CC).
também denominadas pessoas morais, pessoas coletivas, pessoas civis e pessoas sociais.
“Pessoa jurídica é o ente a que a ordem jurídica atribui personalidade distinta daquela de Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da
seus membros ou instituidores, sendo o termo personalidade aí compreendido na sua personalidade.
acepção de aptidão para ser titular de direitos e obrigações.” (Pablo Stolze, v. I, p. 191).

• A súmula 227 do STJ estatui: “A pessoa jurídica pode sofrer dano moral”. Assim, no
mesmo sentido do art. 52 do CC.
• Washington de Barros Monteiro justifica a necessidade da existência da pessoa jurídica
afirmando que os objetivos inatingíveis para um só homem são facilmente alcançados pela
reunião dos esforços combinados de várias pessoas.

Título II – Das Pessoas Jurídicas – Natureza Jurídica Título II – Das Pessoas Jurídicas – Natureza Jurídica
Negavam existência à pessoa jurídica,
• NATUREZA JURÍDICA DA PESSOA JURÍDICA afirmando tratar-se de mero
patrimônio destinado a um fim, sem
necessidade de personalidade.
• O que é natureza jurídica de determinada figura do direito? É o apontamento da
Teoria da Ficção
categoria a qual essa figura se enquadra, ressaltando as teorias explicativas de sua
existência. NEGATIVISTAS
Teorias sobre a
Natureza Jurídica Teoria da Equiparação
• Em linguagem simples, QUE É ISSO PARA O DIREITO? da Pessoa Jurídica
• Nesse sentido, indaga-se: qual seria a natureza da pessoa jurídica? Em que categoria do AFIRMATIVISTAS
direito enquadra-se esse ente? Quais as suas teorias explicativas?
Teoria da Realidade
Objetiva
Reconhecem personalidade própria
às pessoas jurídicas

Teoria da Realidade
Técnica
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Título II – Das Pessoas Jurídicas – Natureza Jurídica Título II – Das Pessoas Jurídicas – Natureza Jurídica
• TEORIAS NEGATIVISTAS - Negavam existência à pessoa jurídica, afirmando tratar-se de • TEORIAS AFIRMATIVISTAS:
mero patrimônio destinado a um fim, sem necessidade de personalidade.
C. Teoria da Realidade Objetiva – Para essa teoria a PJ seria fruto da existência material.
• TEORIAS AFIRMATIVISTAS: Contrariando a ideia anterior, a PJ teria existência material, social e consistiria em um
organismo vivo na sociedade.
A. Teoria da Ficção - a PJ é uma mera abstração. Não tem existência social, mas somente
existência ideal, sendo produto da técnica jurídica. Em outras palavras, a pessoa D. Teoria da Realidade Técnica - Para essa teoria a PJ é a fusão das teorias das ficção e
jurídica seria uma abstração, sem realidade social. Segundo essa concepção o direito da realidade objetiva, ou seja, é um atributo conferido pela vontade humana
concebe a pessoa jurídica como uma criação artificial, cuja existência, por isso criadora, dando finalidade social a nova pessoa (Ideal + Material). Esta teoria situa a
mesmo, é simplesmente uma ficção. pessoa jurídica como produto da técnica jurídica. A PJ teria existência real, não
B. Teoria da Equiparação - Entende que PJ é o patrimônio equiparado no seu obstante a sua personalidade ser conferida pelo direito. O Estado, as associações, as
tratamento jurídico às pessoas naturais. “As pessoas jurídicas não passam de meros sociedades, existem como grupos constituídos para a realização de determinados fins.
patrimônios destinados a um fim específico, ou patrimônios personificados pelo A personificação desses grupos, todavia, é construção da técnica jurídica, admitindo
direito, tendo em vista o objetivo a conseguir.” (MONTEIRO, Washington de Barros); que tenham capacidade jurídica própria.

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Título II – Das Pessoas Jurídicas – Natureza Jurídica Título II – Das Pessoas Jurídicas – Requisitos
– TEORIA ADOTADA PELO CÓDIGO CIVIL - a teoria da realidade técnica é a que melhor A. REQUISITOS PARA A CONSTITUIÇÃO DA PESSOA JURÍDICA:
explica o tratamento dispensado à pessoa jurídica por nosso Direito Positivo (art. 45 do 1. vontade humana criadora (intenção de criar uma entidade distinta da de seus
CC-02). As pessoas jurídicas são criadas por uma ficção legal, mas têm identidade membros);
organizacional própria, identidade essa que deve ser preservada (teoria da realidade 2. licitude de seu objetivo.
orgânica).
3. elaboração do ato constitutivo (estatuto e contrato social);
4. registro do ato constitutivo no órgão competente;
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do
ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou
aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar
o ato constitutivo.

Título II – Das Pessoas Jurídicas – Classificação Personalidade Jurídica das Pessoas Jurídicas
Estados
estrangeiros • INÍCIO DA PERSONALIDADE
Externo Santa Sé
A. DIREITO PRIVADO - tal fato ocorre com a inscrição do ato constitutivo no respectivo
ONU
art. 41 do CC registro (arts. 45 e 985 do CC). Enquanto às pessoas naturais, o registro do nascimento é
Direito Público União meramente declaratório, pois a personalidade jurídica inicia-se a partir do nascimento
Associações
com vida, no que diz respeitos às pessoas jurídicas, este ato é constitutivo.
Estados
Sociedades – CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS - adquirem personalidade
Interno Distrito Federal
Fundações
jurídica a partir da inscrição de seus atos constitutivos (estatutos): sociedades,
associações, fundações, organizações religiosas e partidos políticos.
Territórios Organizações
religiosas – JUNTA COMERCIAL - sociedades empresárias (contratos sociais).
PESSOAS JURÍDICAS
Municípios
Partidos políticos

Sociedades
(Empresas)
Direito Privado

art. 44 do CC

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Título II – Das Pessoas Jurídicas Personalidade Jurídica das Pessoas Jurídicas


Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a • INÍCIO DA PERSONALIDADE
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando
necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no B. DIREITO PÚBLICO - No concernente à personalidade das pessoas jurídicas de direito
registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. público, como, por exemplo, autarquias, emana diretamente da lei que as criou.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das
pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o • CONSEQUÊNCIAS DA AQUISIÇÃO DE PERSONALIDADE PELA PESSOA JURÍDICA (Privada
prazo da publicação de sua inscrição no registro. ou Pública)

– Há uma distinção entre o patrimônio da pessoa jurídica e de seus sócios (Autonomia


Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro patrimonial).
próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150). – Pode praticar todos os atos jurídicos, salvo aqueles vedados.
– Pode figurar como parte nas relações processuais.

Título II – Das Pessoas Jurídicas – Classificação Título II – Das Pessoas Jurídicas


Estados
estrangeiros
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
Externo Santa Sé
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
ONU
art. 41 do CC III - os Municípios;
Direito Público União
Associações IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
Estados
Sociedades V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Interno Distrito Federal
Fundações

Territórios Organizações Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito
religiosas
PESSOAS JURÍDICAS
Municípios
público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que
Partidos políticos
couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Código.
Sociedades
(Empresas)
Direito Privado

art. 44 do CC

Título II – Das Pessoas Jurídicas – Classificação Título II – Das Pessoas Jurídicas – Classificação
• Quanto à quantidade de membros: • Quanto à sua estrutura:

– Pessoas Jurídicas Singulares: são as constituídas por uma só pessoa. Exemplos: – Corporação (Universitas Personarum) - consiste na união de duas ou mais
autarquia; empresas públicas; sociedades anônimas subsidiárias integrais; pessoas para, através da instituição de uma pessoa jurídica, atingir um fim
empresas individuais de responsabilidade limitada (EIRELI). comum. É o caso das sociedades e associações.

– Pessoas Jurídicas Coletivas: são as constituídas por mais de uma pessoa. – Fundação (Universitas Bonorum) - consiste num patrimônio que se personaliza,
Exemplos: sociedades e associações. isto é, transforma-se em pessoa jurídica. Portanto, não possui sócios ou
associados.

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Título II – Das Pessoas Jurídicas – Direito Privado Título II – Das Pessoas Jurídicas – Direito Privado
• PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO • BREVES CONCEITOS
– São pessoas jurídicas de direito privado (art. 44 do CC):
– ASSOCIAÇÃO é a pessoa jurídica caracterizada pela união de duas ou mais pessoas que
• as associações;
• as sociedades;
se organizam para fins não econômicos.
– sociedades civis (ou simples); – SOCIEDADE CIVIL (ou simples) é a união de duas ou mais pessoas que se organizam
– Sociedades empresariais ou comerciais. para fim econômico, sendo a atividade fim desenvolvida pelos próprios sócios. Esse
• as fundações; tipo de sociedade geralmente abrange atividades intelectuais. (Exemplos: Sociedades
• as organizações religiosas; de advogados, Médicos, Cooperativas e associações com fins sociais e culturais).
• os partidos políticos;
• as empresas individuais de responsabilidade limitada. – SOCIEDADE COMERCIAL OU EMPRESARIAL é a união de duas ou mais pessoas que se
• Isonomia no regime jurídico de direito privado - Assim, uma pessoa jurídica de direito organizam para fim econômico, isto é, lucrativo. A sociedade empresária tem como
privado não pode exercer supremacia sobre outra pessoa em suas relações jurídicas. objetivo a atividade econômica organizada para a produção e/ou circulação de bens ou
de serviços. Ou seja, a atividade empresarial está diretamente relacionada aos meios
• Rol é taxativo - porque o deferimento da personalidade jurídica é uma questão de ordem
de produção de produtos ou serviços.
pública, dependendo de lei, não podendo ser ampliada pelas partes.

Título II – Das Pessoas Jurídicas – Direito Privado Título II – Das Pessoas Jurídicas – Direito Privado
• BREVES CONCEITOS • CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
– FUNDAÇÃO é o patrimônio ao qual se atribui personalidade jurídica para que ele possa Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
exercer um fim não econômico. I - as associações;
– ORGANIZAÇÃO RELIGIOSA é a pessoa jurídica caracterizada pela união de duas ou mais II - as sociedades;
pessoas que se organizam para fins religiosos. III - as fundações.
– PARTIDO POLÍTICO é a pessoa jurídica de direito privado que destina-se a assegurar, no IV - as organizações religiosas;
interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a V - os partidos políticos.
defender os direitos fundamentais deferidos na Constituição Federal. É, pois, uma
associação com finalidade específica. VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.
[...]
– EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA (EIRELI) é a pessoa jurídica
constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital, com o objetivo de
desenvolver determinada atividade econômica.

Título II – Das Pessoas Jurídicas – Direito Privado Título II – Das Pessoas Jurídicas – Associações
• CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS • CONCEITO - Associação é a corporação (grupo de pessoas que visa o bem estar de seus
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: [...] sócios) sem fim lucrativo. Dispõe o art. 53 do CC que “Constituem-se as associações pela
união de pessoas que se organizam para fins não econômicos”.
§ 1o São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o – Assim, o objeto das associações pode ser: cultural, beneficente, altruísta, religioso,
funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público esportivo, moral etc.
negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao • LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO - O art. 5º incisos XVII a XXI, da CF assegura a liberdade de
seu funcionamento. associação. A liberdade de associação consiste:
§ 2o As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às – no direito de criar associação independentemente de autorização;
– no direito de não ser compelido a aderir a determinada associação;
sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial deste Código.
– no direito de desligar-se da associação, a qualquer tempo.
§ 3o Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto • ASSOCIAÇÃO É DIREITO DE EXPRESSÃO COLETIVA - são aqueles direitos atribuídos ao
em lei específica. (Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995). indivíduo como tal, mas que só podem ser exercidos em conjunto com outras pessoas.

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Título II – Das Pessoas Jurídicas – Associações Título II – Das Pessoas Jurídicas – Associações
• CAPÍTULO II - DAS ASSOCIAÇÕES ASSOCIAÇÃO REUNIÃO
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem • É uma organização duradoura, fundada no • É passageira.
para fins não econômicos. acordo de vontades dos aderentes.
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos. • É uma pessoa jurídica. • NÃO é pessoa jurídica.

ASSOCIAÇÃO SOCIEDADE
• É a organização de pessoas para fins não • Há o fim lucrativo.
econômicos.
• Não há, entre os associados, direitos e • Os sócios têm direitos e obrigações
obrigações recíprocos, conforme preceitua o recíprocas.
parágrafo único do art. 53 do CC, mas apenas
entre eles e a associação.
• Dissolvida o seu patrimônio é revertido para • Dissolvida o seu patrimônio é rateado entre
outra entidade de fins não econômicos. os sócios.

Título II – Das Pessoas Jurídicas – Associações Título II – Das Pessoas Jurídicas – Associações

• CONSTITUIÇÃO DA ASSOCIAÇÃO - O início da personalidade jurídica só se dá com o Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:
registro do estatuto no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas. Sob pena de I - a denominação, os fins e a sede da associação;
nulidade, o estatuto das associações conterá: II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;
– a denominação, os fins e a sede da associação;
III - os direitos e deveres dos associados;
– os requisitos para admissão, demissão e exclusão dos associados;
– os direitos e deveres dos associados;
IV - as fontes de recursos para sua manutenção;
– as fontes de recursos para sua manutenção; V - o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos;
– o modo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos; VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.
– as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.
VII - a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas.
– A forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas.
• Com advento da Lei 11.127, de 28 de junho de 2005, não há mais necessidade de o
estatuto conter o modo de constituição e funcionamento dos órgãos administrativos, mas
apenas dos deliberativos.

Título II – Das Pessoas Jurídicas – Associações Título II – Das Pessoas Jurídicas – Associações
Direitos e Deveres do Associado: Direitos e Deveres do Associado:
Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim
categorias com vantagens especiais. reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos
termos previstos no estatuto.
Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o
contrário. Art. 58. Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função
Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou fração ideal do que lhe tenha sido legitimamente conferido, a não ser nos casos e pela forma
patrimônio da associação, a transferência daquela não importará, de per si, na previstos na lei ou no estatuto.
atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo
disposição diversa do estatuto.

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Título II – Das Pessoas Jurídicas – Associações Título IITítulo


– DasIIPessoas
– Das Pessoas Jurídicas
Jurídicas – Associações
Competência e Convocação da Assembleia Geral Dissolução da Associação
Art. 59. Compete privativamente à assembleia geral: Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de deduzidas,
se for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art. 56, será destinado à
I – destituir os administradores; entidade de fins não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos
II – alterar o estatuto. associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes.
Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste § 1o Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados, podem estes,
antes da destinação do remanescente referida neste artigo, receber em restituição, atualizado o
artigo é exigido deliberação da assembleia especialmente convocada para esse respectivo valor, as contribuições que tiverem prestado ao patrimônio da associação.
fim, cujo quórum será o estabelecido no estatuto, bem como os critérios de § 2o Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em que a
eleição dos administradores. associação tiver sede, instituição nas condições indicadas neste artigo, o que remanescer do seu
Art. 60. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da União.
garantido a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de promovê-la.

Título II – Das Pessoas Jurídicas – Fundações Título II – Das Pessoas Jurídicas – Fundações
• CONCEITO - é um patrimônio ao qual a lei atribui personalidade jurídica, em atenção ao • FORMA DE INSTITUIÇÃO - A criação se dará por escritura pública ou testamento, a
fim a que se destina. dotação especial de bens livres (ato solene), especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la (art. 62 do CC).
• ELEMENTOS - São dois os elementos da fundação:
• A escritura pública ou testamento deverão conter:
– PATRIMÔNIO - Na fundação, o patrimônio se transfigura, transformando-se em pessoa
jurídica para poder atingir o fim a que se destina; – a dotação de bens alodiais (livres e desembaraçados), que não sejam prejudiciais aos
credores ou à legítima dos herdeiros necessários. Assim, o fundador deve ser
– FIM ESPECÍFICO - A finalidade da fundação não é lucrativa, mas social, de modo que o solvente, sob pena de o ato configurar fraude contra credores.
eventual lucro obtido deve ser aplicado na concretização de seus fins.
– o fim a que se destina.

Título II – Das Pessoas Jurídicas – Fundações Título II – Das Pessoas Jurídicas – Fundações
• FORMA DE INSTITUIÇÃO • FORMA DE INSTITUIÇÃO
• Elaborado o estatuto, é necessário que este seja levado à aprovação do Ministério Público. • Elaborado o estatuto, é necessário que este seja levado à aprovação do Ministério Público.
E, depois dessa aprovação, o estatuto é registrado no Cartório das Pessoas Jurídicas, E, depois dessa aprovação, o estatuto é registrado no Cartório das Pessoas Jurídicas,
constituindo-se, a partir de então, a personalidade jurídica da fundação. constituindo-se, a partir de então, a personalidade jurídica da fundação.

• O Ministério Público, a quem caberá a fiscalização da fundação, deverá verificar: • O Ministério Público, a quem caberá a fiscalização da fundação, deverá verificar:
– se foram observadas as bases da fundação; – se foram observadas as bases da fundação;
– se os bens são suficientes aos fins da fundação. Caso sejam insuficientes, serão – se os bens são suficientes aos fins da fundação. Caso sejam insuficientes, serão
incorporados em outra fundação de fins iguais ou semelhantes, se outro destino não incorporados em outra fundação de fins iguais ou semelhantes, se outro destino não
lhe houver dado o fundador. lhe houver dado o fundador.

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Título II – Das Pessoas Jurídicas – Fundações Título II – Das Pessoas Jurídicas – Fundações
• REVOGAÇÃO DO ATO INSTITUCIONAL • EXTINÇÃO DA FUNDAÇÃO - depende de sentença judicial.
• Qualquer interessado ou o órgão do Ministério Público poderá requerer a extinção
– POR ESCRITURA DE TESTAMENTO - A fundação instituída por testamento pode ser quando:
revogada a qualquer tempo pelo testador. Todavia, após a morte deste, o ato se torna • Se tornar ilícito o seu objeto. Tal ocorre quando sobrevém uma lei proibindo a atividade exercida
irrevogável. pela fundação;
• for impossível a sua manutenção;
• se vencer o prazo de sua existência.
– POR ESCRITURA PÚBICA DE CRIAÇÃO - A fundação instituída por escritura pública é • Patrimônio da Fundação Extinta será incorporado pela:
irrevogável, de modo que, uma vez lavrada a dita escritura, o instituidor é obrigado à
– Entidade designada na escritura pública ou testamento;
transferir à fundação a propriedade dos bens dotados ou outro direito real sobre os
– Entidade designada no estatuto.
bens dotados, sob pena de ação de adjudicação compulsória, quando, então, o registro
– No caso de omissão, o juiz determinará a incorporação do patrimônio a outra fundação que se proponha
dos bens em nome da fundação será feito por mandado judicial (art. 64 do CC). a fim igual ou semelhante.
– Inexistindo estas, aplica-se por analogia o disposto no § 2º do art. 61 do CC, que cuida das associações,
revertendo-se o patrimônio à Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da União. A devolução à União
se dará no caso de a fundação se localizar em território não constituído em Estado.

FUNDAÇÃO DE DIREITO PÚBLICO FUNDAÇÃO DE DIREITO PRIVADO


• São aquelas instituídas, por lei, pelo Poder • São instituídas por um particular.
Título II – Das Pessoas Jurídicas
Público. • CAPÍTULO III - DAS FUNDAÇÕES
• A personalidade jurídica emana diretamente da • A personalidade só se perfaz a partir do registro
lei que a criou. do seu ato constitutivo no Cartório.
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
• Pode ser de direito público ou de direito privado. • Só pode ser de direito privado. testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se
destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
• Os servidores estão sujeitos a regime jurídico • O regime é o da CLT, não há estabilidade.
único e desfrutam de estabilidade.

• Devem observar as normas de licitação (art. 22, • Não precisa observar as regras de licitação.
XXVII, da CF).
• Não há fiscalização pelo Ministério Público. • Sofrem a fiscalização pelo Ministério Público.

• São pessoas jurídicas de direito público. • São pessoas jurídicas de direito privado.

Título II – Das Pessoas Jurídicas Título II – Das Pessoas Jurídicas


• CAPÍTULO III - DAS FUNDAÇÕES • CAPÍTULO III - DAS FUNDAÇÕES
Art. 62. [...] Art. 62. [...]
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de: Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de:
I – assistência social; [...]
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de
III – educação; sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e
IV – saúde; científicos;
V – segurança alimentar e nutricional; VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos;
VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento IX – atividades religiosas; e
sustentável; [...] X – (VETADO).

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Título II – Das Pessoas Jurídicas – Desconsideração Título II – Das Pessoas Jurídicas – Desconsideração
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA • ESPÉCIES
• INTRODUÇÃO – TEORIA MAIOR: é a que exige, para o afastamento da personalidade jurídica, a
– A pessoa jurídica desfruta de personalidade e patrimônio autônomo, ela não se insolvência e o uso fraudulento da personalidade jurídica. É, pois, a teoria adotada
confunde com a personalidade e patrimônio dos seus sócios. Se, por exemplo, alguém pelo Código Civil, que em seu art. 50, exige, para o levantamento do véu, a par da
deve para a sociedade a ação judicial de cobrança não pode ser movida pelos sócios, e insolvência para pagamento, o desvio de finalidade (teoria maior subjetiva) ou a
sim pela própria sociedade, sob pena de carência de ação por ilegitimidade ativa ad confusão patrimonial (teoria maior objetiva). O desvio de finalidade ocorre quando a
causam. O credor da sociedade, por sua vez, não pode mover ação judicial em face do pessoa jurídica pratica algum ato ilícito ou fraudulento. A confusão patrimonial ocorre,
sócio, e sim contra a sociedade, sob pena de carência de ação, por ilegitimidade passiva por exemplo, quando o sócio, para ocultar sua participação em negócio cuja prática
ad causam. estava proibida, constitui uma pessoa jurídica, celebrando o contrato em nome dela.
– O princípio da autonomia da pessoa jurídica, porém, não é absoluto, pois – TEORIA MENOR: é a que exige para o afastamento da personalidade jurídica apenas a
modernamente encontra-se excepcionado pela teoria da desconsideração da pessoa insolvência da pessoa jurídica para pagamento de suas obrigações, dispensando-se a
jurídica. prova do uso abusivo de sua personalidade jurídica.
• É a teoria adotada no Código de Defesa do Consumidor (art.28) e no Direito Ambiental (art.4º da Lei
nº 9.605/98).

Título II – Das Pessoas Jurídicas – Classificação Das Pessoas Jurídicas de Direito Público
• Quanto às suas funções e capacidade, as pessoas jurídicas podem ser:
Autarquia Fundação
– PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO:
• Externo - são os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo Criada por autorização legislativa + lei
Criada por lei ordinária e especifica
direito internacional público, como é o caso da Santa Sé e da Organização das complementar definindo a área de atuação
Nações Unidas;
• Interno - art. 41 do CC: Serviço público personificado Patrimônio personificado
– a União; Pessoa jurídica de direito público SEMPRE Pessoa jurídica de direito público ou privado
– os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
– os Municípios; Exerce atividades típicas do Estado Exerce atividades atípicas
– as Autarquias, inclusive as associações públicas (Lei nº 11.107 de 06 de Abril de
2005). Possui natureza administrativa Possui natureza social
– Pessoas Jurídicas de Direito Privado.

Título II – Das Pessoas Jurídicas Título II – Das Pessoas Jurídicas


• CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS • CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os
ou externo, e de direito privado. Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas
pelo direito internacional público.

Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são


civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que
nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado
direito regressivo contra os causadores do dano, se houver,
por parte destes, culpa ou dolo.

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Título II – Das Pessoas Jurídicas Título II – Das Pessoas Jurídicas


• CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS • CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os
I - a União; Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; pelo direito internacional público.
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado
jurídicas de direito público, a que se tenha dado estrutura direito regressivo contra os causadores do dano, se houver,
de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu por parte destes, culpa ou dolo.
funcionamento, pelas normas deste Código.

Título II – Das Pessoas Jurídicas Título II – Das Pessoas Jurídicas


• CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS • CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de
I - as associações; direito privado com a inscrição do ato constitutivo no
II - as sociedades; respectivo registro, precedida, quando necessário, de
autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se
III - as fundações. no registro todas as alterações por que passar o ato
IV - as organizações religiosas; constitutivo.
V - os partidos políticos. Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por
§ 1o São livres a criação, a organização, a estruturação defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de
interna e o funcionamento das organizações religiosas, sua inscrição no registro.
sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento
ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu
funcionamento.

Título II – Das Pessoas Jurídicas Título II – Das Pessoas Jurídicas


• CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS • CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 46. O registro declarará:
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver;
Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores;
juiz, a requerimento de qualquer interessado, nomear-lhe-á
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e
administrador provisório.
extrajudicialmente;
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica,
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso. caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão
patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou
do Ministério Público quando lhe couber intervir no
processo, que os efeitos de certas e determinadas relações
de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos
administradores ou sócios da pessoa jurídica.

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• CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS • CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a
cassada a autorização para seu funcionamento, ela proteção dos direitos da personalidade.
subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua.
§ 1o Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver
inscrita, a averbação de sua dissolução.
§ 2o As disposições para a liquidação das sociedades
aplicam-se, no que couber, às demais pessoas jurídicas de
direito privado.
§ 3o Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento
da inscrição da pessoa jurídica.

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• CAPÍTULO III - DAS FUNDAÇÕES • CAPÍTULO III - DAS FUNDAÇÕES

Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura Art. 62. [...]
pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins
o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de de:
administrá-la. [...]
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas,
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de
de: informações e conhecimentos técnicos e científicos;
I – assistência social; VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; humanos;
III – educação; IX – atividades religiosas; e
IV – saúde; X – (VETADO).
V – segurança alimentar e nutricional;
VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção
do desenvolvimento sustentável;

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• CAPÍTULO III - DAS FUNDAÇÕES • CAPÍTULO III - DAS FUNDAÇÕES
Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os Art. 65. Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação
bens a ela destinados serão, se de outro modo não dispuser do patrimônio, em tendo ciência do encargo, formularão
o instituidor, incorporados em outra fundação que se logo, de acordo com as suas bases (art. 62), o estatuto da
proponha a fim igual ou semelhante. fundação projetada, submetendo-o, em seguida, à
aprovação da autoridade competente, com recurso ao juiz.
Art. 64. Constituída a fundação por negócio jurídico entre Parágrafo único. Se o estatuto não for elaborado no prazo
vivos, o instituidor é obrigado a transferir-lhe a propriedade, assinado pelo instituidor, ou, não havendo prazo, em cento
ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se não o e oitenta dias, a incumbência caberá ao Ministério Público.
fizer, serão registrados, em nome dela, por mandado
judicial.

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• CAPÍTULO III - DAS FUNDAÇÕES • CAPÍTULO III - DAS FUNDAÇÕES
Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é
Estado onde situadas. mister que a reforma:
§ 1º Se funcionarem no Distrito Federal ou em Território, I - seja deliberada por dois terços dos competentes para
caberá o encargo ao Ministério Público do Distrito Federal e gerir e representar a fundação;
Territórios. II - não contrarie ou desvirtue o fim desta;
§ 2o Se estenderem a atividade por mais de um Estado, III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo
caberá o encargo, em cada um deles, ao respectivo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias, findo o qual ou no
Ministério Público. caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-
la, a requerimento do interessado.

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• CAPÍTULO III - DAS FUNDAÇÕES
Art. 68. Quando a alteração não houver sido aprovada por
votação unânime, os administradores da fundação, ao
submeterem o estatuto ao órgão do Ministério Público,
requererão que se dê ciência à minoria vencida para
impugná-la, se quiser, em dez dias.
Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade
a que visa a fundação, ou vencido o prazo de sua existência,
o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe
promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio,
salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no
estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se
proponha a fim igual ou semelhante.

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