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SECRETARIA DE ESTADO

DE EDUCAÇÃO

FORMAÇÃO DE GESTORES ESCOLARES

MÓDULO III

GESTÃO DE PESSOAS

CADERNO DE ESTUDOS UNIDADE 4

2019
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Governador do Estado de Minas Gerais


Romeu Zema Neto

Vice-governador do Estado de Minas Gerais


Paulo Eduardo Rocha Brant

Secretária de Estado de Educação


Julia Figueiredo Goytacaz Sant'Anna

Secretário de Estado Adjunto de Educação


Edelves Rosa Luna

Chefe de Gabinete
Camila Barbosa Neves

Subsecretaria de Gestão de Recursos Humanos


Ana Costa Rego

Elaboração
Equipe Técnica da Subsecretaria de Gestão de Recursos Humanos

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Sumário
Unidade 4 - Afastamentos e Concessões de Benefícios 4

1. Afastamentos do cargo ou função 4


1.1 Férias regulamentares 4
1.1.1 Servidor do quadro Administrativo Efetivo ou em Exercício de Cargo de Cargo
em Comissão de Secretário Escolar 4
1.1.2 Servidor Efetivo do Magistério ou em Exercício de Cargo em Comissão de
Diretor de Escola 6
1.1.3 Servidor Designado - Rateio 7
1.2 Férias-prêmio 7
1.3 Afastamento por motivo de casamento 9
1.4 Afastamento por motivo de luto 9
1.5 Exercício de cargo estadual de provimento em comissão 10
1.6 Convocação para serviço militar 10
1.7 Frequentar curso como etapa de concurso 11
1.8 Júri e outros serviços obrigatórios por lei 12
1.8.1 Convocação para tribunal de júri 12
1.8.2 Afastamento para prestar serviço eleitoral 12
1.9 Afastamento para campanha eleitoral 13
1.10 Afastamento para desempenho de mandato eletivo federal, estadual ou
municipal 14
1.11 Afastamento para desempenho de mandato sindical 15
1.12 Afastamento servidor preso 15
1.13 Licença para Tratamento de Saúde (LTS) 16
1.13.1 Licença a servidor acidentado em serviço 17
1.13.2 SERVIDOR ATACADO DE DOENÇA PROFISSIONAL 18
1.14 Licença-maternidade 18
1.14.1 Servidora efetiva 18
1.14.2 Servidora não efetiva 19
1.14.2.1 Estabilidade provisória 19
1.15 Licença-paternidade 20
1.16 Suspensão preventiva 21
1.17 Missão ou estudo de interesse da administração, noutros pontos do território
nacional ou no estrangeiro 22
1.18 Disposição/Adjunção 22
1.19 Doação de sangue 23
1.20 Licença para tratar de interesses particulares 25
1.21 Licença por motivo de doença em pessoa da família 28
1.22 Licença para Acompanhar Cônjuge (LAC) 29

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1.23 Afastamento Voluntário Incentivado (AVI) 29
1.24 Afastamento para estudos e Dispensa de Ponto para eventos 30
1.25 Dispensa de ponto para eventos 31
1.26 Afastamento para estudos 34
1.27 Flexibilização de horário de trabalho 36
2. Progressão e Promoção 38
2.1 Progressão 38
2.2 Promoção 40
2.3 Promoções aos Níveis de Certificação 43
2.4 Perda do direito à promoção e à progressão 43
2.5 Formação Escolar aceita 44
2.6 Cursos que não são aceitos para fins de promoção 45
2.7 Avaliações de Desempenho Utilizadas 45

3. Adicional de Valorização de Educação Básica (ADVEB) 46


4. Ajustamento funcional 47

5. Abono-família 48

6. Alteração de nome 48

7. Alteração de titulação 50

8. Gratificação de função de Vice-diretor 50


9. Redução da jornada de trabalho 51

10. Título declaratório de apostilamento 52

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Unidade 4 - Afastamentos e Concessões de
Benefícios
Esta unidade trará informações sobre os diferentes direitos e vantagens
percebidos pelos servidores estaduais, conforme legislações vigentes, a iniciar pela
Lei 869/52 e demais instrumentos normativos da SEE/MG.
Como gestor é importante que você conheça os afastamentos e benefícios
previstos em lei e como se dá sua concessão pela administração, zelando pela
regularidade da vida funcional dos servidores de sua escola.
A elaboração desta unidade foi resultado de um trabalho conjunto das
equipes que compõem as unidades administrativas da Subsecretaria de Gestão de
Recursos Humanos e, por se tratar de uma contribuição inicial, salientamos a
importância de realizar consultas à legislação de pessoal e à suas alterações,
visando ao constante aprimoramento.

1. Afastamentos do cargo ou função


O afastamento do servidor das atribuições do cargo ou função será concedido
conforme legislação vigente. São afastamentos, motivos de abono de ponto ou
concessões asseguradas aos servidores Públicos do Estado de Minas Gerais:

1.1 Férias regulamentares

1.1.1 Servidor do quadro Administrativo Efetivo ou em Exercício de


Cargo de Cargo em Comissão de Secretário Escolar
Base legal
● Arts. 152 a 155 e 211 da Lei nº 869/1952;
● Art. 2º do Decreto nº 44.693/2007, alterado pelo Decreto nº 44.700/2008; e
● Orientação de Serviço SCAP nº 010/2014 – retificada em 02/04/2019.

Ingressando no serviço público estadual, somente depois de 11 (onze) meses

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de efetivo exercício o servidor fará jus a férias regulamentares anuais, de acordo
com escala prévia, elaborada anualmente, correspondente a um único período de 25
(vinte e cinco) dias úteis, podendo ser divididas em dois períodos, com duração
mínima de 10 dias úteis, com início de ambos dentro do ano vigente.
As férias regulamentares anuais dos servidores regidos pelo Estatuto dos
Servidores Públicos Civis de Minas Gerais não são concedidas com base em
período aquisitivo ou período concessivo (salvo quando do ingresso no serviço
público estadual); da mesma forma, não há legislação que autorize o pagamento de
férias proporcionais; estas são expressões que se encontram presentes na
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT –, que não se aplica aos servidores
estatutários, da mesma forma que o Estatuto do Servidor Público não se aplica aos
celetistas.
As férias correspondentes a cada ano devem ter início até o dia 31 de
dezembro; caso o dia 31 de dezembro ocorra no sábado ou domingo, as férias
devem ter início até o dia útil imediatamente anterior, não sendo permitido o acúmulo
de férias.
O servidor que não gozar as férias no período citado anteriormente perderá o
direito à vantagem de 1/3 (um terço) e a chefia imediata que deixar de organizar a
escala anual de férias incidirá em responsabilidade administrativa passível das
penalidades previstas na Lei nº 869/1952. O mesmo ocorrerá caso algum servidor,
em exercício no órgão ou entidade, deixe de constar na escala.
Os períodos de férias anuais e de férias-prêmio são contados como de efetivo
exercício, para efeito de aposentadoria, promoção e adicionais.
Considerações importantes:
I. As férias serão definidas em escala, por escola, organizada de acordo com a
conveniência do serviço;
II. Na elaboração da escala, não será permitido que entrem em gozo de férias,
em um só mês, mais de um terço de funcionários de uma seção ou serviço;
III. É proibido levar à conta de férias qualquer falta ao trabalho;
IV. Ingressando no serviço público estadual, somente depois do 11º mês de
exercício poderá o funcionário gozar férias;

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V. O servidor recém-ingresso deverá ser imediatamente incluído na escala,
quando for o caso, sob pena de perda do direito no ano de referência.

1.1.2 Servidor Efetivo do Magistério ou em Exercício de Cargo em


Comissão de Diretor de Escola
Base legal:
● Art. 129 da Lei nº 7.109/1977
● Arts. 1º e 4º do Decreto nº 29.230 de 21/02/1989
Conforme o art. 129 da Lei nº 7.109, de 1977, o período de férias
regulamentares para o Professor de Educação Básica – PEB, o Especialista em
Educação Básica – EEB e o Analista Educacional na função de Inspeção Escolar –
ANE/IE é de 60 (sessenta) dias coincidentes com as férias escolares, sendo 30
(trinta) consecutivos no mês de janeiro e 30 (trinta) dias alternados, incluindo os dias
de recesso escolar no mês de julho e outros previstos no calendário escolar.
O pagamento da vantagem de 1/3 (um terço) do servidor do Quadro do
Magistério é efetuado nos meses de janeiro e julho, de acordo com a terminação dos
números de MaSP.
O Diretor de Escola, por ser detentor de cargo do Quadro do Magistério, tem
direito a 30 (trinta) dias de férias e aos recessos de que dispuser o Calendário
Escolar.
Para assegurar o funcionamento da escola, as férias do Diretor poderão ser
usufruídas em qualquer época do ano e em sistema de rodízio com as férias do
Vice-Diretor e, na falta deste, com as do Especialista em Educação Básica, a fim de
garantir o atendimento na escola durante todo o ano.

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1.1.3 Servidor Designado - Rateio
Conforme dispõe o Decreto nº 45.318 de 05/03/2010, os ​servidores
designados fazem jus a férias remuneradas proporcionais ao tempo trabalhado,
calculada à razão de 1/11(um onze avos), não mais sendo exigido efetivo exercício
em todos os meses do ano. Trata-se de pagamento e férias regulamentares
proporcionais ao tempo de serviço trabalhado.

1.2 Férias-prêmio
Base Legal:
● Art. 31, §4º e art. 290, inciso I, da CE/1989
● Emenda Constitucional nº 13/1994
● Emenda Constitucional nº 18/1995
● Emenda Constitucional nº 48/2000
● Emenda Constitucional nº 57/2003
● Emenda Constitucional (Federal) nº 20/1998
● Art. 156 da Lei nº 869/1952
● Decreto nº 43.285 de 23/04/2003
● Decreto nº 44.391 de 03/10/2006, alterações dadas pelos Decretos nº
44.429/2006 e Decreto nº 44.435/2007
● Resolução SEPLAG nº 22/2003
● Resolução conjunta: SEPLAG/SEE nº 8.656/2012
● Parecer PGE nº 9.326/1996
● Parecer PGE nº 12.346/2001
● Orientação de Serviço SG nº 02 de 2018
O servidor efetivo terá direito a 03 (três) meses de férias-prêmio, a cada 05
(cinco) anos de exercício no serviço público prestado ao Estado de Minas Gerais.
As férias-prêmio adquiridas após 29/02/2004, não podem ser convertidas em
espécie, apenas usufruídas de acordo com a conveniência administrativa.
Para usufruir do direito ao afastamento em férias-prêmio, o servidor
deverá:

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● aguardar a publicação da concessão de férias-prêmio, para gozo oportuno;
● protocolar o formulário de requerimento de gozo de férias-prêmio na escola
onde trabalha, observando os seguintes prazos:
● até ​30 de novembro de cada ano, quando o afastamento estiver previsto
para o primeiro semestre do ano subsequente;
● até ​31 de maio​, quando o afastamento estiver previsto para o segundo
semestre do mesmo ano.
Em caso de situação excepcional, expressamente justificada pelo servidor, a
autoridade máxima do órgão poderá autorizar o afastamento para gozo de
férias-prêmio fora dos prazos estabelecidos.
A chefia imediata, após verificação do saldo não usufruído de férias-prêmio,
bem como da conveniência e oportunidade administrativa, deverá se manifestar
sobre o deferimento ou não o afastamento, e em seguida encaminhar os
requerimentos para manifestação da autoridade imediatamente superior, que poderá
ser favorável ou não ao afastamento. Os requerimentos deferidos serão
encaminhados para publicação do ato de autorização.
Os critérios para afastamento em férias-prêmio dos servidores da Secretaria
de Estado de Educação em exercício nas escolas estaduais estão previstos na
Resolução Conjunta SEPLAG/SEE nº 8.656, de 02 de julho de 2012.

Conversão de férias-prêmio em espécie:


Somente poderão ser convertidas em espécie as férias-prêmio adquiridas até
29 de fevereiro de 2004, e não gozadas. Neste caso, a conversão em espécie
poderá ocorrer somente quando da aposentadoria.
Ao detentor exclusivamente de cargo em comissão, declarado de livre
nomeação e exoneração (Recrutamento Amplo) ou de função pública não estável,
ficou assegurada a conversão em espécie, das férias-prêmio adquiridas até
29/02/2004 e não gozadas, a título de indenização, por motivo de exoneração, desde
que não seja reconduzido ao serviço público estadual no prazo de 90 dias contados
da exoneração.
Para as aposentadorias por invalidez e compulsória, as férias-prêmio devem

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ser pagas após afastamento preliminar e, no caso de servidor falecido, deverá ser
declarado o direito aos herdeiros em ato específico.
Os períodos de férias regulamentares e de férias-prêmio são contados como
de efetivo exercício, para aposentadoria, promoção e adicionais.

1.3 Afastamento por motivo de casamento


Base Legal:
● Art. 201 da Lei nº 869/1952;
● Instrução Normativa SEPLAG/SCAP 01/2012.
O Afastamento por Motivo de Casamento é concedido ao servidor ocupante
de cargo de provimento ​efetivo ou ​não efetivo​, com duração de até 08 (oito) dias,
contados a partir da data da cerimônia civil.
Notadamente, o instituto do casamento ocorreu nos termos do Decreto nº
181/1890 (revogado). O Casamento é um ato formal, tem registro civil (celebrado em
cartório), possui data de início da vida matrimonial e os casados tornam-se cônjuges.
Referido afastamento NÃO pode ser concedido em caso de união estável,
considerando que o ato é informal (não é expedida certidão, mas, contrato ou
Escritura Pública Declaratória) e não cria oficialmente um estado civil. Os dois
tornam-se companheiros e não existe prazo inicial pré-fixado. Além disso, tem o
mesmo valor jurídico de casamento ​somente para partilha de bens, herança, planos
de saúde e pensão por morte.
Conforme Nota Jurídica NJ/SEE nº 1.162-0/2010:
Para o Direito Administrativo, entretanto, dito documento não tem maior
utilidade, no que toca à outorga da licença (de gala) prevista no art. 201 da Lei nº
869, de 05 de julho de 1952 (Estatuto do Servidor).

1.4 Afastamento por motivo de luto


Base Legal:
● Art. 201 da Lei nº 869/1952
● Instrução normativa SEPLAG/SCAP nº 01/2012

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● Nota Jurídica NJ/SEE nº 1.162-0/2010
O Afastamento por Motivo de Luto é concedido ao servidor ocupante de cargo
de provimento ​efetivo ou ​não efetivo​, com duração de até 08 (oito) dias, contados a
partir da data do falecimento, conforme registro na certidão de óbito.
O afastamento será autorizado quando do falecimento de pai, mãe, filho
(inclusive natimorto), irmão, cônjuge ou companheiro (desde que não esteja
legalmente separado), mediante a apresentação de documento comprobatório do
grau de parentesco, juntamente com a certidão de óbito.
A extensão do direito em caso de falecimento de companheiro(a), se
comprovada a união estável, é admitida nos termos da Nota Jurídica NJ/SEE nº
1.162-0/2010.

1.5 Exercício de cargo estadual de provimento em


comissão
Base Legal:
● Art. 72 da Lei n.º 869/1952;
● Decreto nº 47.256 /2017.
O exercício do cargo terá início dentro do prazo de trinta dias, contados da
data da posse, podendo ser imediato a juízo da autoridade competente, ou
prorrogado, por solicitação do interessado, desde que a prorrogação não exceda a
trinta dias.
O nomeado deverá apresentar-se ao órgão competente, após ter tomado
posse e, antes de entrar em exercício, apresentar os elementos necessários à
abertura do assentamento individual.

1.6 Convocação para serviço militar


Base Legal:
● Arts. 177 e 178 da Lei n.º 869/1952.
Ao servidor que for convocado para o serviço militar e outros encargos de
segurança nacional será concedida licença com vencimento ou remuneração e
demais vantagens, descontada mensalmente a importância que receber na

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qualidade de incorporado.
A licença será concedida mediante comunicação do funcionário ao chefe da
repartição ou do serviço, acompanhada de documento oficial que prove a
incorporação.
O funcionário desincorporado reassumirá imediatamente as atribuições do
seu cargo.

1.7 Frequentar curso como etapa de concurso


Base Legal:
● Art. 54 da Lei nº 15.788/2005.
O afastamento é concedido ao servidor ocupante de cargo efetivo ou detentor
de função pública da administração direta, autárquica ou fundacional do Poder
Executivo, durante o curso de formação que constituir etapa de concurso público
para ingresso em carreira do Poder Executivo.
Uma vez concedido, o servidor será dispensado do comparecimento ao
trabalho, sem prejuízo da remuneração de seu cargo ou função e não terá direito à
percepção do auxílio financeiro de que trata o inciso I do art. 54 da Lei nº 15.788, de
27 de outubro de 2005.

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1.8 Júri e outros serviços obrigatórios por lei

1.8.1 Convocação para tribunal de júri


Base Legal:
● Orientação de Serviço SEF/SDP nº 02/2019
O servidor que se ausentar do serviço para atender convocação para atuar no
Tribunal de ​Júri​, por sorteio, admissão em caso específico, ficam abonada(s) a(s)
falta(s) ao serviço.
Nos termos da Orientação de Serviço SEF/SDP nº 02/2019, os dias de
afastamentos em virtude de Júri não são considerados de efetivo exercício para fins
de pagamento de Ajuda de Custo e de Auxílio-Transporte. Devido ao seu caráter
indenizatório, os benefícios, quando for o caso, não serão concedidos nos períodos
de ausência do servidor.

1.8.2 Afastamento para prestar serviço eleitoral


Base Legal:
● Lei Federal nº 9.504/1997;
● Resolução nº 22.747/2008; e
● Orientação de Serviço SCAP nº012/2014 – retificada em 10/02/2015.
​O servidor convocado para participar de eventos preparatórios e reuniões de
treinamento será dispensado do ponto no período em que estiver à disposição da
Justiça Eleitoral, sendo-lhe concedido o direito de usufruir de 02 (dois) dias de folga
remunerada. Se servidor no exercício de dois cargos legalmente acumuláveis, o
gozo dos dias de folga será de dois dias em cada uma de suas admissões.
A Lei Federal nº 9.504/1997 assegura que:
Art. 98 - Os eleitores nomeados para compor as Mesas Receptoras ou Juntas
Eleitorais e os requisitados para auxiliar seus trabalhos serão dispensados do
serviço, mediante declaração expedida pela Justiça Eleitoral, sem prejuízo do
salário, vencimento ou qualquer outra vantagem, pelo dobro dos dias de
convocação.

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Nos termos da Resolução nº 22.747/2008, que aprova as instruções para a
aplicação do art. 98 da Lei nº 9.504/1997:
​Art. 1º - Os eleitores nomeados para compor Mesas Receptoras ou Juntas
Eleitorais e os requisitados para auxiliar seus trabalhos serão dispensados do
serviço, mediante declaração expedida pela Justiça Eleitoral, sem prejuízo do
salário, vencimento ou qualquer outra vantagem, pelo dobro dos dias de
convocação.
[...]
O horário de permanência nas reuniões e de trânsito e para retorno ao
trabalho será abonado pelo atestado, de acordo com a declaração de deslocamento
do convocado. Há que se verificar o conteúdo da declaração assinada pela
autoridade eleitoral.
A folga compensativa decorrente dos serviços prestados à Justiça Eleitoral
será concedida em dias úteis, de acordo com a conveniência e a oportunidade do
serviço, e deverá ser acordada entre o servidor e a sua chefia imediata. Conforme
Orientação de Serviço SEF/SDP nº 02/2019, será devido, quando for o caso, o
pagamento de Ajuda de Custo, de que trata o Decreto nº 47.326/2017, e do
Auxílio-Transporte, previsto na Deliberação CPGE nº 01/2016, em razão da previsão
legal de pagamento de vencimentos, inclusas as vantagens de natureza
indenizatória.

1.9 Afastamento para campanha eleitoral


Base Legal:
● Lei Complementar (Federal) nº 64/1990
● Lei Federal nº 9.504/1997
● Resolução Conjunta SECCRI/SEPLAG nº 24/2018 (esta pode ser alterada a
cada pleito eleitoral)
● Orientação de Serviço SG nº 01/2018 (esta pode ser alterada a cada pleito
eleitoral)​.
O ​afastamento remunerado, por três meses anteriores às eleições, para
candidatura a cargo eletivo será concedido ao servidor público ocupante de cargo

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efetivo e ao detentor de função pública (estabilizado) que o requeira.
O servidor em cumprimento de estágio probatório terá suspenso o cômputo
do tempo para esse fim e sobrestada a avaliação de desempenho durante o período
de afastamento. A continuidade do afastamento remunerado, conforme previsto, fica
condicionada à entrega no órgão de lotação do servidor de cópia do registro do
candidato, imediatamente após a sua emissão pelo Tribunal Regional Eleitoral –
TRE.
Ocorrendo o indeferimento ou o cancelamento do registro do candidato,
cessará o direito ao afastamento remunerado, a contar da data da decisão do TRE,
ficando o servidor obrigado a reassumir o exercício do cargo/função pública no
primeiro dia subsequente à decisão.
O servidor ocupante de cargo de provimento em comissão ou de função
gratificada, quando exonerado/dispensado para desincompatibilização eleitoral, não
será reconduzido ao cargo ou função.
É vedado o afastamento remunerado do servidor ​Designado nos termos da
Lei nº 10.254/1990, do ​Contratado ​nos termos da Lei nº 18.185/2009 e do ​Detentor
de cargo de provimento comissionado ou função de confiança de livre
exoneração e dispensa.

1.10 Afastamento para desempenho de mandato eletivo


federal, estadual ou municipal
Base Legal:
● Art. 38 da CF/1988
● Art. 26 da CEE/1989, com redação dada pelo art. 7º da Emenda à
Constituição nº 84/2010
● Lei Complementar nº 64/1990 (Federal)
● Resolução Conjunta SEPLAG/ AGE/ CGE nº 9.720/2017
● Parecer AGE nº 15.842/2017 (possibilidade de acumulação de DOIS cargos
de provimento efetivo com mandato de vereador)
O servidor ocupante de cargo efetivo e detentor de função pública da
administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo Estadual poderá

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afastar-se quando investido em mandato eletivo federal, estadual, municipal ou
distrital, com base no art. 38 da CF/1988 e LC nº 64/1990.
OBS: Tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, o servidor ficará
afastado do cargo. Investido em mandato de PREFEITO, o servidor será afastado do
cargo, sendo-lhe facultado optar pela remuneração do cargo efetivo. Investido em
mandato de VEREADOR, o servidor poderá optar por se afastar, ou não, de seus(s)
cargo(s), emprego(s) ou função(ões) pública(s), observada a compatibilidade de
horários, e neste caso, a sua remuneração será de acordo com a opção (ver matéria
referente a acúmulo de cargos).

1.11 Afastamento para desempenho de mandato sindical


Base Legal:
● Art. 34 da CE/1989
● Decreto nº 43.307/2003
● Resolução SEPLAG nº 51/2015
O servidor público da Administração Direta, Autárquica e Fundacional do
Poder Executivo do Estado, ocupante de cargo efetivo ou detentor de função
pública, poderá mediante autorização favorável do Titular da Pasta, na qual esteja
lotado, afastar-se das atribuições específicas do seu cargo para mandato eletivo
sindical. Esse afastamento somente poderá ser concedido mediante manifestação
motivada sobre o requerimento.
Caso a manifestação seja favorável à liberação do servidor, o requerimento
será submetido à aprovação do Secretário de Estado de Planejamento e Gestão
para publicação do respectivo ato, se for o caso.

1.12 Afastamento servidor preso


Base Legal:
● Art. 79 da Lei nº 869/1952
O servidor ocupante de cargo de provimento efetivo, preso por crime comum
ou denunciado por crime funcional ou, ainda, condenado por crime inafiançável em

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processo no qual não haja pronúncia será afastado do exercício até decisão final
passada em julgado.
Neste caso, o servidor perderá, durante o tempo do afastamento, um terço do
vencimento ou remuneração, com direito à diferença, se absolvido.
No caso de condenação, e se esta não for de natureza que determine a
demissão, será afastado, a partir da decisão definitiva, até o cumprimento total da
pena, com direito, apenas, a um terço do vencimento ou remuneração.

1.13 Licença para Tratamento de Saúde (LTS)


Base Legal:
● Incisos I e II, Art. 158 e Art. 172, da Lei nº 869/1952
● Lei Complementar nº 64/2002, alterada pela Lei Complementar nº 121/2011
● Decreto nº 42.758/2002
● Decreto nº 43.661/2003 (revogado pelo Decreto nº 46.061/2012, produzindo
efeitos a partir de 12/11/2012)
A Licença para Tratamento de Saúde (LTS) é o afastamento temporário do
servidor ao trabalho por incapacidade física ou mental motivado por doença,
acidente em serviço ou moléstia profissional, constatada com base em perícia
médica oficial.
A avaliação pericial deverá ser requerida no prazo de ​três dias úteis​,
contados do primeiro dia de afastamento do servidor, por este ou por sua chefia
imediata, à unidade pericial competente e terá seu resultado publicado no Diário
Oficial dos Poderes do Estado.
A concessão do benefício será assegurada por período máximo de 60
(sessenta) dias corridos, mediante avaliação pericial, se verificada ao menos uma
das seguintes hipóteses:
A. incapacidade temporária para as atribuições inerentes ao cargo decorrente de
agravo à saúde ou impossibilidade de aproveitamento em outras funções, nos
termos de legislação;
B. possibilidade de o trabalho acarretar progressão do agravo à saúde;
C. risco para terceiros.

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Servidor não efetivo
Compete à Superintendência Central de Saúde do Servidor e Perícia Médica,
da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (SEPLAG), e às suas Unidades
Regionais a concessão do afastamento do trabalho ao servidor não titular de cargo
de provimento efetivo que ficar incapacitado para a sua atividade habitual, por
motivo de doença, por até quinze dias.
Os períodos de afastamento superiores a 15 (quinze) dias, consecutivos ou
alternados, decorrentes de doenças correlatas, concedidos dentro de 60 (sessenta)
dias, serão submetidos à perícia médica do Instituto Nacional de Seguridade Social
(INSS).
São documentos necessários para realização da perícia tanto para servidores
efetivos quanto para não efetivos:
A. Resultado de Inspeção Médica - RIM devidamente preenchido. Se o servidor
for ocupante de dois cargos será necessário um RIM para cada cargo;
B. Documento original de identidade, com foto e assinatura e
C. Comprovante de tratamento de saúde original que fundamente o
requerimento, emitido pelo médico assistente ou odontólogo.

1.13.1 Licença a servidor acidentado em serviço


Base Legal:
● § 3º, do art. 108 e inciso II, do art. 158, da Lei nº 869/1952;
● § 2º, art. 8º da Lei Complementar nº 64/2002.
Considera-se acidente de trabalho o evento danoso que tiver como causa
mediata ou imediata o exercício das atribuições inerentes ao cargo, equiparando-se
a acidente a agressão sofrida e não provocada pelo servidor no exercício de suas
atribuições.
Equipara-se a acidente de trabalho o evento danoso ocorrido no percurso
habitual de deslocamento da residência do servidor para o local de trabalho ou deste
para aquele e de um trabalho para outro, qualquer que seja o meio de locomoção,
inclusive veículo de propriedade do servidor.

Caderno de Estudos - Gestão de Pessoas - Unidade 4 Página 17 de 53 | ​Sumário


1.13.2 SERVIDOR ATACADO DE DOENÇA PROFISSIONAL
Base Legal:
● § 4º do Art. 108 e inciso II da Lei nº 869/1952
● Instrução Normativa SEPLAG/ SCPMSO nº 04/2014
Será concedido afastamento ao servidor que adquirir enfermidade em razão
do exercício de suas atribuições e condições do serviço, comprovada por junta
médica oficial. Entende-se por doença profissional a que decorrer das condições do
serviço ou de fatos nele ocorridos, devendo o laudo médico estabelecer sua rigorosa
caracterização.

1.14 Licença-maternidade

1.14.1 Servidora efetiva


Base Legal:
● Inciso XVIII do art. 7, da Constituição Federal
● Art. 175 da Lei nº 869/1952
● Lei nº 18.879/2010
● Lei Complementar nº 64/2002, alterada pela Lei Complementar nº 121/2011
● Parecer AGE nº 16.045-A, de 14/03/2019
A servidora efetiva terá direito, a partir do 8º mês de gestação, à
Licença-maternidade pelo prazo de 180 dias, correspondentes aos 120 (cento e
vinte) dias previstos no artigo 7º da CF/1988, acrescidos de 60 (sessenta) dias de
prorrogação, de que trata a Lei nº 18.879/2010.
No caso de parto prematuro, a licença será integral, a partir da data de
nascimento da criança.
Se natimorto, o período de 120 (cento e vinte) dias será reduzido para 01 (um)
mês, prorrogável mês a mês até 04 (quatro) meses, a critério do médico assistente.
De acordo com o Parecer nº 16.045-A, da Advocacia-Geral do Estado,
publicado no Diário Oficial de 14/03/2019, a servidora que adotar ou obtiver a guarda
judicial para fins de adoção, fará jus à licença por adoção com os mesmos prazos da

Caderno de Estudos - Gestão de Pessoas - Unidade 4 Página 18 de 53 | ​Sumário


licença gestante, independentemente da idade da criança adotada.

1.14.2 Servidora não efetiva


Base Legal:
● Lei Federal nº 8.212/1991
● Lei Federal nº 8.213/1991
● Decreto Federal nº 3.048/1999
● Instrução Normativa SEPLAG nº 01/2012
● Orientação de Serviço SCAP nº 01/2016
● Parecer nº 16.045-A da Advocacia Geral do Estado, de 14/03/2019
A licença-maternidade da servidora não efetiva - designada, de recrutamento
amplo ou contratada - será de 120 (cento e vinte) dias (INSS), com prorrogação por
mais 60 (sessenta) dias, custeada com recursos do Tesouro Estadual.
À segurada e ao segurado adotante é devido ​Salário-maternidade ​pelo prazo
de 120 (cento e vinte) dias, com igual prazo de prorrogação, contados da data de
expedição da nova Certidão de Nascimento ou do Termo de Guarda judicial, nos
termos do Parecer nº 16.045-A, da Advocacia-Geral do Estado.
ATENÇÃO: Não há regulamentação para a concessão de
Licença-paternidade por motivo de adoção. No caso, se não houver a figura da
mãe, o adotante fará jus à licença adoção nas mesmas condições e prazos
assegurados à mãe adotante.

1.14.2.1 Estabilidade provisória


Base Legal:
● CF/1988 (art. 10, II, “b” – ADCT)
● Orientação de Serviço SCAP N. 01/2016, retificada em 18/08/2016
● Ofício Circular SG nº 07/2016 e Ofício Circular SISAP/DLNP/DGEP N.
01/2017
A Estabilidade Provisória é assegurada à servidora ocupante de cargo não
efetivo desde a confirmação do estado fisiológico de gravidez até cinco meses após

Caderno de Estudos - Gestão de Pessoas - Unidade 4 Página 19 de 53 | ​Sumário


a data do parto, estende-se à segurada e ao segurado adotante.
A servidora ocupante de cargo não efetivo que iniciou o gozo de
Licença-maternidade dentro do período de designação é assegurada a manutenção
de seu vínculo funcional com o Estado por todo o período de vigência do benefício
até cinco meses após a data do parto.
A condição gestacional assegura à servidora o direito de permanecer com
vínculo funcional na mesma situação que se encontrava na data da confirmação da
gravidez, ou seja, mesma carga horária e remuneração, desde que requerida e nos
termos da Orientação de Serviço SCAP Nº 01/2016.
Em caso de natimorto ou se ocorrer o óbito do recém-nascido o direito à
estabilidade provisória é assegurado normalmente até 5 (cinco) meses após o parto
(não se aplica ao/à adotante).

1.15 Licença-paternidade
Base Legal:
● Inciso XIX, do art. 7º, da Constituição Federal/1988
● Instrução Normativa SEPLAG/SCAP nº 01/2012
● Parecer PGE nº 8.587/1993
A Licença-paternidade, por 05 (cinco) dias, é concedida ao servidor quando
do nascimento de seu(ua) filho(a), nos termos da legislação específica. O
interessado deverá apresentar requerimento acompanhado de certidão de
nascimento da criança à unidade de recursos humanos do órgão ou entidade de
lotação.
Persevera o entendimento do Parecer PGE nº 8587/1993, “​no sentido de não
ser de direito do servidor varão gozar de Licença-paternidade quando não é o pai
natural da criança.”

Caderno de Estudos - Gestão de Pessoas - Unidade 4 Página 20 de 53 | ​Sumário


1.16 Suspensão preventiva
Base Legal:
● Arts. 214 e 215 da Lei nº 869/1952
A suspensão preventiva é uma medida cautelar, excepcional, usada para
afastar o servidor de suas atribuições, impedindo o seu acesso às dependências da
repartição no curso de processo administrativo que tenha sido instaurado para
averiguação de falta disciplinar eventualmente cometida por ele. Não se confunde
com a pena de suspensão, uma vez que esse afastamento não suspende a
remuneração do servidor.
Conforme previsão dos arts. 214 e 215 da Lei Estadual nº 869/1952, a
autoridade competente pode ordenar a suspensão preventiva do acusado por até 30
(trinta) dias, prorrogáveis por até 90 (noventa) dias, desde que seu afastamento seja
necessário à apuração dos fatos.
Findo o prazo da suspensão, ou da prorrogação, o servidor reassumirá suas
funções, ainda que o processo administrativo disciplinar não esteja concluído.
Ao servidor suspenso preventivamente é devida a remuneração integral,
como se trabalhando estivesse.
A suspensão de pagamento é atitude incompatível com os textos
constitucional e legal vigentes.

Caderno de Estudos - Gestão de Pessoas - Unidade 4 Página 21 de 53 | ​Sumário


1.17 Missão ou estudo de interesse da administração,
noutros pontos do território nacional ou no estrangeiro
Base Legal:
● Decreto nº 45.055/2009
Trata-se de afastamento concedido ao servidor com a finalidade de sua
participação em Cursos, Conferências, Seminários, Congressos, Simpósios e outros
eventos de interesse do Estado, no país ou no exterior, sem prejuízo do direito ao
recebimento dos respectivos vencimentos e vantagens do cargo quando o
afastamento houver sido expressamente autorizado pelo Governador do Estado

1.18 Disposição/Adjunção
Base Legal​ (DISPOSIÇÃO):
● Art. 72, da Lei nº 869/1952
● Decreto nº 47.558/2018
● Ofício Circular COF nº 406/2017
DISPOSIÇÃO é a movimentação do servidor, por prazo determinado, para
exercício em outro órgão ou entidade da administração direta, autárquica e
fundacional que não a de seu quadro de lotação, observada a conveniência do
serviço.
O servidor será colocado à disposição sem prejuízo do vencimento e
vantagens de caráter permanente, atribuídos ao seu cargo de provimento efetivo ou
função pública.
O pagamento da remuneração mensal do servidor será processado pelo
órgão ou entidade de origem, mediante atestado de frequência expedido pelo órgão
ou entidade onde o servidor estiver efetivamente prestando serviços.
Base Legal​ (ADJUNÇÃO):
● Arts. 85 a 89, da Lei nº 7.109/1977
● Decreto nº 47.558/2018

ADJUNÇÃO é o exercício de atribuições específicas do cargo de Professor ou

Caderno de Estudos - Gestão de Pessoas - Unidade 4 Página 22 de 53 | ​Sumário


Especialista em Educação Básica em escola, outro órgão ou entidade de ensino não
integrantes da rede estadual.
A adjunção ou a disposição de servidores do quadro de pessoal da SEE
somente poderá ocorrer:
I. disposição de servidor, sem ônus para a origem, para ocupar cargo de
Secretário Municipal de Educação, ou para ocupar cargo de Diretor de Escola
Municipal, desde que haja reciprocidade;
II. adjunção ou disposição de servidor, sem ônus para a origem, para outro
órgão de ensino ou de educação, respeitadas a conveniência do ensino e da
gestão educacional;
III. requisição do Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Minas Gerais, com ou
sem ônus para a origem;
IV. adjunção ou disposição, com ônus para a origem, de servidor para as
Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE’s e outras entidades
que atendam alunos com necessidades especiais, estabelecidas no Estado,
observados o quantitativo já autorizado e a demanda a ser atendida; e
V. situações em que o Titular da Secretaria de Estado de Educação justifique a
adjunção ou disposição, em razão da natureza estratégica da função a ser
desempenhada, do perfil do servidor e da conveniência do ensino e da gestão
educacional, desde que sem ônus para a origem.

1.19 Doação de sangue


Base Legal:
● Lei nº 11.105, de 04 de junho de 1993
● Resolução SEPLAG nº 10/2004
● Instrução Normativa /SEPLAG/SCAP Nº 01/2012
● Resolução SEPLAG nº 34/2019

A Resolução SEPLAG nº 34, de 08 de maio de 2019, regulamenta a dispensa


de ponto no dia da doação e o acréscimo de um dia de descanso às férias
regulamentares do servidor público civil ou militar do Poder Executivo, em

Caderno de Estudos - Gestão de Pessoas - Unidade 4 Página 23 de 53 | ​Sumário


decorrência de doação de sangue, conforme previsão constante na Lei nº 11.105, de
04 de junho de 1993.
O servidor terá direito a, no máximo, 2 (dois) dias de descanso por ano,
correspondentes a 2 (duas) doações, observado o intervalo mínimo de 6 (seis)
meses entre uma e outra.
O prazo para gozo do dia de folga gerada pela doação de sangue será de até
dois anos, contados a partir da data da doação constante no comprovante de
doação.
A doação deverá anteceder as suas férias regulamentares em pelo menos 90
(noventa) dias, para fins de apuração e de controle dos dias de descanso a que tiver
direito o servidor.
Em caso de suspensão das férias regulamentares por interesse da
Administração Pública, mediante convocação, os dias de descanso adquiridos em
virtude da doação de sangue serão convertidos em folgas compensativas, que
deverão ser usufruídas no prazo de até dois anos, contado da data da convocação
do servidor, observada a conveniência e a oportunidade da Administração Pública.
O servidor designado poderá afastar-se do trabalho, sem prejuízo da
remuneração do cargo ou função, por motivo de doação de sangue devidamente
comprovada, por 1 (um) dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho (Instrução
Normativa /SEPLAG/SCAP Nº 01/2012).
No caso de professor, para não prejudicar a carga horária do aluno, deve ser
acordada junto à direção escolar a melhor data para a doação de sangue, a fim de
que seja providenciado, se possível, substituto na forma da resolução de
designação.

Caderno de Estudos - Gestão de Pessoas - Unidade 4 Página 24 de 53 | ​Sumário


1.20 Licença para tratar de interesses particulares
Base Legal:
● Arts. 179 a 184, da Lei nº 869/1952 (exceto art. 182 – revogado)
● Decreto nº 28.039/1988, alterado pelos Decretos nº 44.124/2005 e nº
47.044/2016
● Decreto nº 31.930/1990
● Resolução SERHA nº 2.321/1992
● Decreto nº 36.685/1995
● Decreto nº 46.289/2013, alterado pelo Decreto nº 47.044/2016
● Arts. 26 a 28, da LC nº 64/2002, alterada pela LC nº 121/2011 e LC nº
123/2012
● Art. 70, II, §2º, da LC nº 129/2013
● Deliberação CCGPGF nº 02/2014 (publ. “Minas Gerais” de 11/09/14, pág. 06)
A Licença para Tratar de Interesses Particulares é um afastamento, sem
remuneração, que a Administração pode conceder ao servidor que possuir 02 anos
de efetivo exercício para tratar de interesses particulares, pelo período máximo de
02 anos, sendo admitida a prorrogação ou o novo período de licença, somente em
caso de motivo justificado em exposição do titular do órgão ou entidade de lotação
do solicitante e autorização do Governador do Estado.
No caso de servidor da SEE/MG, a LIP será requerida e, eventualmente,
concedida no âmbito do próprio órgão de origem e não pela SEPLAG.
O servidor do quadro de magistério, afastado em LIP, perderá a lotação na
escola, mantendo-a, porém, na mesma localidade.
Afastamentos e licenças não geram a perda da titularidade do cargo ocupado,
portanto, o fato de o servidor licenciar-se do cargo público, sem vencimentos, não o
habilita a tomar posse em outro cargo ou emprego público, sem observar as
vedações impostas pela Constituição Federal para o exercício cumulativo de cargos.
Não há óbice para que o servidor que esteja cumprindo estágio probatório
venha a utilizar a LIP, desde que já tenham passados 02 anos do seu ingresso no
serviço público, nesse caso, o estágio probatório, que passou a ser de 03 anos,

Caderno de Estudos - Gestão de Pessoas - Unidade 4 Página 25 de 53 | ​Sumário


continuará após o término do período da licença. Também não há impedimento legal
para que o servidor se afaste em LIP estando de férias regulamentares, desde que
preencha os requisitos necessários. Ocorrendo o afastamento sobreposto,
prevalecerá a LIP.
O processo de LIP deve ser instruído a partir do Formulário de Requerimento
de Licença para Tratar de Interesses Particulares, que será entregue pelo servidor
solicitante na unidade de recursos humanos, ou unidade equivalente do seu órgão
ou entidade de lotação, juntamente com a documentação que motiva seu pedido, a
Certidão Negativa de Débito com o IPSEMG, Declaração de quitação com os cofres
públicos e os demais documentos solicitados.

Acesse o site do IPSEMG: 


Para  emissão  da 
http://www.ipsemg.mg.gov.br/ipsemg/portal/v/site/saude/16660-em
Certidão  Negativa 
itir-e-autenticar-certidao-negativa-de-debito/54261-emitir-certidao-
de Débito: 
negativa-de-debitos/0/560 

Ao requerer a licença, o servidor deve ter ciência de que não haverá


remuneração durante o período, e que deve pagar mensalmente a contribuição
previdenciária integral durante a licença (parte do servidor e parte da patronal).
O servidor deverá aguardar em exercício a publicação do ato concessivo da
respectiva licença, cuja vigência será a partir de sua publicação no Diário Oficial.
O pedido da prorrogação da LIP, assim como o pedido para concessão de
novo período, deve ser instruído a partir do Formulário de Requerimento de Licença
para Tratar de Interesses Particulares, que será entregue pelo servidor solicitante na
unidade de recursos humanos, ou unidade equivalente, do seu órgão ou entidade de
lotação, juntamente com a Declaração Negativa de Débito com o IPSEMG e estes
serão encaminhados à SECCRI (Secretaria de Estado de Casa Civil e de Relações
Institucionais).
A qualquer momento durante a LIP, a Administração Pública, ante a
necessidade do serviço público, e em privilégio do Princípio da Eficiência e da

Caderno de Estudos - Gestão de Pessoas - Unidade 4 Página 26 de 53 | ​Sumário


continuidade do serviço público, poderá convocar o servidor para retorno ao
trabalho, de acordo com o Artigo 184 da Lei nº 869/52​.
O servidor poderá também, a qualquer tempo, reassumir o exercício, desistindo da
licença, conforme Art. 183 da Lei nº 869/52.
O tempo de LIP poderá ser utilizado unicamente para fins previdenciários,
uma vez que, durante o período em que estiver em gozo da licença, o servidor deve
recolher a contribuição previdenciária ao IPSEMG, através de Documento de
Arrecadação Estadual - DAE. O servidor providenciará o pagamento integral da
contribuição previdenciária, equivalente a 33% (parte da patronal - 22% e parte do
servidor - 11%), mensalmente, enquanto durar o afastamento (artigos 228 e 31 do
Decreto nº 42.758, de 17/07/2002). Se, durante o afastamento, o piso salarial sofrer
algum reajuste, o valor do DAE também será alterado.

O  Servidor  deverá  aguardar  em  exercício  a  publicação  do  Ato.  Além 


disso,  observe  o  registro  de  frequência,  pois  se  ele  estiver  faltoso  ou 
tiver  o  registro  de  alguma  falta  anterior,  essas  situações  poderão 
ocasionar o indeferimento do afastamento.  
Obs: Para maiores informações acesse os links:  
Diretor: Atenção! 
Portal do Servidor:  
● https://www.portaldoservidor.mg.gov.br/index.php/acesso-a-
informacao/direis-do-servidor​ ​e  
Assembleia Legislativa de Minas Gerais - ALMG: 
● https://www.almg.gov.br/ 

Caderno de Estudos - Gestão de Pessoas - Unidade 4 Página 27 de 53 | ​Sumário


1.21 Licença por motivo de doença em pessoa da família
Base Legal:
● Art. 176 da Lei nº 869/1952
● Arts. 26 a 28 da LC nº 64/2002, alterada pela LC nº 121/2011 e LC nº
123/2012
● Resolução SEPLAG nº 59/2005
A Licença por motivo de doença em pessoa da família é um afastamento não
remunerado concedido ao servidor efetivo ou detentor de função pública do Poder
Executivo do Estado de Minas Gerais (exceto os designados nos termos da Lei nº
10254/1990), por recomendação médica, em razão de doença na pessoa de:
● pai e mãe;
● filhos;
● cônjuge ou companheiro(a) de que não esteja legalmente separado(a);
● irmãos menores mediante comprovada dependência;
● menor que esteja sob tutela judicial ou curatela, mediante apresentação do
respectivo termo.
O servidor deverá requerer a licença na Unidade de Recursos Humanos de
seu órgão ou entidade de lotação. O processo deverá ser instruído com a seguinte
documentação:
● Relatório original do médico assistente constando diagnóstico e CID da
patologia do familiar com a indicação do período em que o familiar necessitará
de acompanhamento;
● Fotocópia legível de certidão de nascimento, certidão de casamento ou outro
documento que comprove o grau de parentesco;
● Declaração do requerente de que sua assistência direta é indispensável e não
pode ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo.
A Unidade de Recursos Humanos terá até 02 dias úteis, após a data da solicitação
do servidor, para encaminhar a documentação à Superintendência Central de Saúde
do Servidor e Perícia Médica/SEPLAG ou Unidades Periciais.

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O Serviço Médico Pericial encaminhará, no prazo de até 05 dias úteis, comunicado
do laudo conclusivo, pelo deferimento ou não, ao Órgão ou Entidade de lotação do
servidor, que publicará o ato (a publicação é de responsabilidade da SEE/MG -
Órgão Central).
O afastamento do trabalho se dará após a publicação.
O período mínimo de licença será de 30 dias. O período total de licença para
acompanhamento da mesma pessoa não poderá exceder a 180 dias, consecutivos
ou não, dentro do período de 365 dias.
A licença por motivo de doença em pessoa da família não é remunerada. O servidor
em gozo desta licença deverá recolher as contribuições previdenciárias mensais
previstas nos artigos 29 e 30 da Lei Complementar nº. 64, de 25 de março de 2002.

1.22 Licença para Acompanhar Cônjuge (LAC)


Base Legal:
● Art. 186 da Lei nº 869/1952
O(a) servidor(a) casado(a) com servidor(a) público estadual, federal ou militar,
terá direito a licença, sem vencimento ou remuneração, quando o cônjuge for
mandado servir, independentemente de solicitação, em outro ponto do Estado ou do
território nacional ou no estrangeiro.
A licença será concedida mediante pedido, devidamente instruído, e vigorará
pelo tempo que durar a comissão ou nova função do cônjuge.

1.23 Afastamento Voluntário Incentivado (AVI)


Base Legal:
● LC nº 72/2003
● Decreto nº 43.649/2003
● Deliberação CCGPGF nº 03, de 26/09/2011, retificada em 28/10/2011
● DELIBERAÇÃO CCGPGF Nº 01/2012
Poderá ser concedido ao servidor efetivo estável, após ter cumprido estágio
probatório, 06 (seis) meses ou 02 (dois) anos de afastamento não remunerado.
O tempo não será contado para efeito de aposentadoria e benefícios, uma vez

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que não existe contribuição previdenciária. É facultado ao servidor contribuição para
assistência médica apenas.
1. Para o servidor que optar pelo período de 6 (seis) meses de afastamento:
100% (cem por cento) de uma remuneração mensal em um único pagamento
ou 120% (cento e vinte por cento) de uma remuneração mensal, paga em 6
(seis) parcelas mensais correspondentes a 20% (vinte por cento) cada.
2. Para o servidor que optar pelo período de 02 (dois) anos de afastamento:
160% (cento e sessenta por cento) de uma remuneração mensal, no primeiro
semestre de afastamento; 120% (cento e vinte por cento) de uma
remuneração mensal, no segundo semestre de afastamento; 100% (cem por
cento) de uma remuneração mensal, no terceiro semestre de afastamento;
60% (sessenta por cento) de uma remuneração mensal, no quarto semestre
de afastamento.
O AVI não será concedido quando o afastamento resultar em contratação ou
designação para substituição do servidor.

1.24 Afastamento para estudos e Dispensa de Ponto para


eventos
A SEE orienta sobre os procedimentos para concessão de ​afastamento para
estudo ou aperfeiçoamento profissional ao servidor público de que trata o Decreto nº
47.253, de 13/09/2017, a Deliberação COF nº 04, de 06/11/2017 e o Decreto nº
45.055, de 10/03/2009.
O afastamento para estudos somente poderá ser concedido em situações que
não gerarem necessidade de substituição de servidor, nos termos do Art. 6º, do
Decreto nº 47.253, de 13/09/2017.
Considera-se afastamento com ônus para os cofres públicos aquele em que o
Poder Executivo realiza quaisquer tipos de despesas relativas ao curso, inclusive o
pagamento de passagens e diárias, bem como o pagamento do vencimento ou
salário e demais vantagens do cargo, função ou emprego. Este tipo de afastamento
encontra-se suspenso pela Deliberação COF nº 04, de 06/11/2017.
Considera-se afastamento com ônus limitado aquele que implica direito

Caderno de Estudos - Gestão de Pessoas - Unidade 4 Página 30 de 53 | ​Sumário


apenas ao vencimento ou salário e demais vantagens do cargo, da função ou do
emprego.
Considera-se afastamento sem ônus aquele que implica perda total do
vencimento ou salário e demais vantagens do cargo, da função ou do emprego, sem
acarretar qualquer despesa para a administração pública.

1.25 Dispensa de ponto para eventos


A - Concessão de afastamento para estudos para participação em eventos de
educação não formal de curta duração de interesse da administração pública:
Legislação: Decreto nº 47.253, de 13/09/2017, Deliberação COF nº 04, de
06/11/2017 e Decreto nº 45.055, de 10/03/2009.
No art. 13 do Decreto nº 47.253, de 13/09/2017, diz que o órgão ou entidade
de lotação poderá autorizar a liberação do servidor, independentemente do vínculo,
para participação em eventos de educação não formal de curta duração, tais como
palestras, seminários, congressos, simpósios, jornadas, fóruns, conferências e
workshops, que contribuam para o desenvolvimento dos servidores e atendam aos
interesses e exigências do serviço, em observância ao Decreto nº 45.055, de 10 de
março de 2009.
Considera-se educação não formal os cursos que não representam elevação
de escolaridade ou aqueles com duração inferior a trezentas e sessenta horas.
Nos termos do Decreto nº 45.055, de 10/03/2009:
Qual situação não requer a publicação de ato:
● afastamento até cinco dias dentro do país, cabendo a autorização ao
chefe imediato do servidor.
Quais situações requerem a publicação de ato e quem é o responsável:
● de seis a dez dias dentro do país, a autorização cabe ao titular do
órgão de origem.
● acima de dez dias dentro do país, ou por qualquer período fora do país,
autorização cabe:
● ao Secretário de Estado de Governo, quando o afastamento for com
ônus limitado, ou seja, cujo pedido ensejar o pagamento tão somente

Caderno de Estudos - Gestão de Pessoas - Unidade 4 Página 31 de 53 | ​Sumário


do vencimento e vantagens do cargo, ficando vedado o pagamento de
outras despesas.
● ao Governador do Estado: quando o afastamento for com ônus para o
Estado, ou seja, cujo pedido ensejar o pagamento de qualquer outra
despesa, além do vencimento e demais vantagens do cargo.

Procedimentos para solicitar o afastamento:


1. Quando o afastamento não requerer a publicação de ato (afastamento até 5 dias
dentro do país): o servidor interessado deve comunicar com antecedência ao chefe
imediato sobre o evento, para que este avalie e autorize o afastamento. Não há
necessidade de processo para esse fim.
Cabe à unidade de exercício do servidor, em se tratando de professor na
regência de aulas ou de turmas, reorganizar-se durante o afastamento do servidor,
para não haver prejuízo do conteúdo e da carga horária do aluno.
O servidor deve apresentar comprovante de participação no evento/curso
para comando da frequência no período.
2. Quando o afastamento requerer publicação de ato: o servidor interessado deve
protocolizar processo na Superintendência Regional de Ensino - SRE, com no
mínimo 20 dias de antecedência da data do evento e/ou viagem.
A SRE, por sua vez, deve conferir a documentação e iniciar o processo no
SEI, selecionando o seguinte tipo de processo: RH: Afastamento do trabalho para
estudo ou aperfeiçoamento profissional. Unidade para envio no SEI: SEE/DDPC –
Afastamento.

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DOCUMENTOS DO PROCESSO PARA SOLICITAÇÃO DE AFASTAMENTO PARA
PARTICIPAR DE EVENTOS/CURSOS RÁPIDOS:
Afastamento com ônus limitado para o Estado:
● “Formulário para Solicitação de Afastamento”, devidamente preenchido e
assinado (evento/curso de curta duração);
● declaração da chefia imediata da necessidade ou não de designação de
substituto para assumir as funções do cargo do servidor;
● comprovante de inscrição/seleção/convocação no curso ou evento;
● documentos contendo informações e programação do evento/curso;
● declaração informando a pertinência do curso/evento com a função
desempenhada na unidade de lotação;
● declaração que informe o responsável pelas despesas com a viagem/evento.
Afastamento com ônus para o Estado:
● “Formulário para Solicitação de Afastamento”, modelo anexo, devidamente
preenchido e assinado (evento/curso de curta duração);
● declaração da chefia imediata da necessidade ou não de designação de
substituto para assumir as funções do cargo do servidor;
● comprovante de inscrição/seleção/convocação no curso ou evento;
● documentos contendo informações e programação do evento/curso;
● declaração informando a pertinência do curso/evento com a função
desempenhada na unidade de lotação;
● autorização da Câmara de Orçamento e Finanças - COF para realização da
despesa.
Considera-se despesa que requeira a autorização da COF, o pagamento pelo
Estado de passagem, diária, inscrição e outras relacionadas à viagem em si.
O Pedido à COF de autorização de despesa com viagem internacional deve
seguir os trâmites descritos na legislação abaixo descrita, devendo ser ​requerida
pela unidade demandante via Sistema Eletrônico de Informações – SEI, em
formulário específico, conforme o caso​:
● Ofício Circular COF Nº 997/2015 de 13 de outubro de 2015 e Deliberação
COF Nº 01 de 20 de setembro de 2015.

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● Deliberação COF Nº 04 de 06 de novembro de 2017, ver inciso II, do
parágrafo 2º do artigo 1º.
● Com a obtenção da autorização acima, o processo de afastamento poderá ser
iniciado no SEI.
○ Somente o pagamento do vencimento e demais vantagens do cargo ao
servidor que irá se afastar não configura despesa que requeira a
autorização da COF.
○ Em se tratando de afastamento para participar de evento/curso dentro
do país, se houver outra despesa a ser paga pelo Estado, além do
pagamento do vencimento e demais vantagens do cargo, também deve
ser providenciada a autorização da COF, ​via Sistema Eletrônico de
Informações – SEI, em formulário específico, conforme a natureza da
despesa.

1.26 Afastamento para estudos


B – Concessão de afastamento para estudos para frequentar cursos e ações
de aperfeiçoamento profissional de interesse da administração pública (cursos de
graduação/pós-graduação lato sensu/pós-graduação stricto sensu e outros de longa
duração):
Legislação: Decreto nº 47.253, de 13/09/2017 e Deliberação COF nº 04, de
06/11/2017.
As referidas legislações preveem a concessão de afastamento para estudos
aos servidores em atividade de educação formal ou não formal, comprovada por
meio de atividade comprovada por meio de matrícula em instituição oficial de ensino
pública ou particular, devidamente reconhecida pelo órgão governamental
competente, com ou sem ônus para os cofres públicos e com horários incompatíveis
com o horário de trabalho.

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Modalidades de afastamento:
I. afastamento integral, quando o servidor for afastado cem por cento de sua
carga horária mensal;
II. afastamento parcial, quando o servidor for afastado de até sessenta por cento
de sua carga horária mensal.

Ø Quanto à manutenção de cargo de provimento em comissão/função


gratificada

Consta no Art. 2º da Deliberação COF nº 06, de 04/11/2017, o seguinte:


“§ 3º Nas hipóteses em que houver deferimento de pedido de afastamento
integral para estudos de servidor ocupante de cargo de provimento em
comissão/função/gratificação deverá haver a exoneração/dispensa do
cargo/função que eventualmente ocupar.
§ 4º Nas hipóteses em que houver deferimento de pedido de afastamento
parcial para estudos de servidor ocupante de cargo de provimento em
comissão/função/gratificação, caberá à SUGESP a análise da viabilidade da
manutenção ou exoneração/dispensa do cargo/função que eventualmente
ocupar, com base no percentual de afastamento concedido ao servidor a ser
definido pela SUGESP, bem como na justificativa apresentada pelo titular do
órgão de exercício do servidor”.
O servidor interessado em se afastar do serviço deve se reportar à
Superintendência Regional de Ensino para que seja iniciado no SEI processo de
solicitação de afastamento para estudos, com antecedência de, no mínimo, 20 dias
úteis.
A SRE, por sua vez, deverá iniciar o seguinte tipo de processo no SEI: RH:
Afastamento do trabalho para estudo ou aperfeiçoamento profissional. Unidade para
envio do processo no SEI: SEE/DDPC – Afastamento.
Os pedidos de afastamento para estudos com ônus limitado recebidos nesta
Secretaria que estejam de acordo com as normas legais e regimentais serão
encaminhados para análise e deliberação da Subsecretaria de Gestão de Pessoas –

Caderno de Estudos - Gestão de Pessoas - Unidade 4 Página 35 de 53 | ​Sumário


SUGESP da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão – SEPLAG.
Já os pedidos de afastamento para estudos sem ônus para o Estado são
deliberados somente nesta Secretaria.

Documentos do Processo de Solicitação de Afastamento para Estudos:


Listagem disponível na Base de Conhecimento que se localiza ao lado do
número do processo iniciado no SEI:
● Comprovante de matrícula ou aceite em curso/aperfeiçoamento (documento
da instituição de ensino/concedente).
● Programação/cronograma integral do curso ou da atividade de
aperfeiçoamento profissional.
● Termo de Compromisso do Servidor, modelo anexo.
● Formulário de Solicitação de Afastamento, modelo anexo.
● Quando houver bolsa, anexar o documento da instituição concedente, com
número de bolsas e respectivos valores.

1.27 Flexibilização de horário de trabalho


Consta no art. 12 do Decreto nº 47.253, de 13/09/2017, que:
“​O órgão ou entidade de lotação poderá conceder ao servidor
flexibilização do horário de trabalho, sem prejuízo do cumprimento de
sua carga horária e do desempenho das atribuições do cargo, quando
comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e de trabalho
no órgão ou entidade, condicionado à compensação de horas, dentro
do mesmo mês, no órgão em que o servidor estiver em exercício”​ .

O servidor interessado em solicitar a flexibilização de horário de trabalho


deve, inicialmente, acordar com o chefe imediato e, em seguida, se reportar à
Superintendência Regional de Ensino para que seja iniciado no SEI processo de
solicitação de flexibilização de horário de trabalho, com antecedência de, no mínimo,
20 dias úteis.
A SRE, por sua vez, deve selecionar o seguinte tipo de processo: RH:

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Flexibilização de Horário de Trabalho. Há formulários no SEI que devem ser
assinados pelo solicitante e pela chefia imediata do servidor.
A autorização cabe à chefia imediata, em formulário próprio, via SEI.
Documentos para a solicitação de flexibilização de horário de trabalho:
​Listagem disponível na Base de Conhecimento que se localiza ao lado do
número do processo iniciado no SEI:
​Formulário disponível no SEI: RH - Flexibilização Hor. de Trabalho – Solicitante.
Formulário disponível no SEI: RH - Flexibilização Hor. de Trab - Chefia Imediata.
Comprovação de que a Instituição de ensino não oferta o mesmo curso em horário
que não exija a flexibilização.
Programação/calendário do curso.
O servidor deverá apresentar à chefia imediata, mensalmente,
comprovante/atestado de frequência às aulas. O mesmo deve ser incluído no
Processo Inicial do SEI​, que deve permanecer disponibilizado para a USRH durante
todo o período em que o servidor estiver contemplado com a flexibilização.

Acesse: 
Para  maiores  Licenças / Afastamentos: 
informações:  https://www.portaldoservidor.mg.gov.br/index.php/acesso-a-
informacao/direitos-do-servidor  

Caderno de Estudos - Gestão de Pessoas - Unidade 4 Página 37 de 53 | ​Sumário


2. Progressão e Promoção
A estrutura das carreiras dos profissionais de educação básica tem como um
de seus fundamentos a valorização dos profissionais da educação, observando-se o
estabelecimento de critérios que privilegiam, para fins de progressão e promoção na
carreira, o desempenho profissional e a formação continuada, preponderantemente
sobre o tempo de serviço dos servidores.

2.1 Progressão
Base legal:​ Lei Estadual nº 15.293, de 05/08/2004.

Deve-se ter atenção na atualização da pasta funcional do servidor, bem 
Diretor:  como  a  sua  evolução  na  carreira,  para  que  as  concessões,  se  devidas, 
ocorram corretamente. 

O que é:
A progressão é definida como a passagem do servidor do grau em que se
encontra para o grau subsequente no mesmo nível da carreira a que pertence.
(progressão horizontal).

A quem se destina:
Servidor efetivo civil das carreiras dos profissionais de educação básica, em
exercício.

Quando:
A primeira progressão será concedida ao servidor considerado apto no
parecer conclusivo da Avaliação Especial de Desempenho e tendo completado
1.095 dias de efetivo exercício no cargo, quando será ​posicionado no segundo grau
do nível de ingresso na carreira.
Pela regra geral, é necessário encontrar-se em efetivo exercício, ter cumprido

Caderno de Estudos - Gestão de Pessoas - Unidade 4 Página 38 de 53 | ​Sumário


o interstício de 02 anos de efetivo exercício no mesmo grau, ter duas avaliações
periódicas de desempenho individual satisfatórias desde a sua progressão anterior.
São considerados casos de efetivo exercício os elencados no Estatuto do
Servidor:
Férias e férias-prêmio; casamento, até oito dias; luto pelo falecimento do
cônjuge, filho, pai, mãe e irmão até oito dias; exercício de outro cargo estadual, de
provimento em comissão; convocação para serviço militar, júri e outros serviços
obrigatórios por lei; exercício de funções de governo ou administração em qualquer
parte do território estadual, por nomeação do Governador do Estado; exercício de
funções de governo ou administração em qualquer parte do território nacional, por
nomeação do Presidente da República; desempenho de mandato eletivo federal,
estadual ou municipal; licença ao funcionário acidentado em serviço ou atacado de
doença profissional; licença à funcionária gestante; missão ou estudo de interesse
da administração, noutros pontos do território nacional ou no estrangeiro, quando o
afastamento houver sido expressamente autorizado pelo Governador do Estado;
licença para tratamento de saúde (até ​90 dias de afastamento)​.
Também são considerados como efetivo exercício os períodos de licença
paternidade, licença à servidora adotante, afastamento por requisição da justiça
eleitoral e exercício de mandato eletivo em diretoria de entidade sindical.
Salienta-se que, em qualquer situação, o servidor deverá ter o número de
avaliações de desempenho exigidas, estando atento ao número mínimo de dias
trabalhados para o fechamento da avaliação (mínimo de 150 dias).
Após ter alcançado o último grau da carreira, Grau P, o servidor poderá ter
progressão, com o acréscimo de 2,5% sobre o valor do vencimento, na forma de
Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada.

Como:
O servidor não precisa fazer um requerimento para obter progressão na
carreira. A unidade de Recursos Humanos do respectivo órgão ou entidade deverá
providenciar a publicação dos benefícios quando verificar que o servidor cumpriu
todos os requisitos que a lei exige​.

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A progressão implica aumento médio de 2,5% no vencimento básico do
servidor.

2.2 Promoção
Base legal: ​Lei nº 15.293/2004, de 05/08/2004

O que é:
Promoção é a passagem do servidor de um nível para o imediatamente
superior, na mesma carreira a que pertence.
É um direito do servidor, cuja regra está disposta no art. 18, tendo o parágrafo
​ ara o servidor exercer seu direito,
1º como norteador do ​modus operandi p
observado, ainda o que dispõe o art. 21 conforme a data de admissão do servidor.

Art. 16 - O desenvolvimento do servidor em carreira de Profissional de


Educação Básica dar-se-á mediante progressão ou promoção.
§ 2º A promoção será concedida automaticamente ou a requerimento
do servidor, na forma de regulamento, cumpridos os requisitos legais.

Art. 18 - Promoção é a passagem do servidor de um nível para o


imediatamente superior, na mesma carreira a que pertence.
§ 1° - Fará jus à promoção o servidor que preencher os seguintes
requisitos:
I - encontrar-se em efetivo exercício;
II - ter cumprido o interstício de cinco anos de efetivo exercício no
mesmo nível;
III - ter recebido cinco avaliações de desempenho individual
satisfatórias, desde a sua promoção anterior, nos termos das normas
legais pertinentes;
IV - comprovar a titulação mínima exigida.

Para os admitidos na Educação até 31/12/2007:

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Art. 21. A contagem do prazo para a primeira promoção começa após a
conclusão do estágio probatório, desde que tenha sido aprovado.(versão inicial da
Lei)

Para os admitidos na Educação a partir de 01/01/2008


Art. 21. A contagem do prazo para a primeira promoção começa após a
entrada em exercício do servidor no cargo efetivo.(nova redação da Lei nº
21.710/2015)

Período Aquisitivo é o tempo em que o servidor implementa todos os


requisitos exigidos:

I. Efetivo exercício: o servidor tem que ser efetivo (concursado, nomeado, com
posse e exercício de cargo efetivo) e estar em efetivo exercício para requerer
e para obter o benefício.
II. Tempo: 5 anos (1825 dias) de efetivo exercício no mesmo nível, contados a
partir do início de exercício, do posicionamento, do reposicionamento, da
última promoção ou mudança de nível obtida.
III. Avaliações: 5 resultados iguais ou superiores a 70 pontos. Não precisa ser
sequencial, pode ser alternado. É esperado que todos os resultados estejam
registrados no SISAD, mas se algum deles não estiver no Sistema, o servidor
poderá comprovar mediante cópia do Recibo de Notificação do resultado
daquele período avaliatório.
IV. Escolaridade: Diploma ou Certificado de curso que habilite o servidor à
promoção ao nível imediatamente superior na mesma carreira. Não há
promoção de um nível básico direto para os níveis superiores da carreira, sem
ter passado pelos níveis intermediários.

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A vigência da promoção ocorrerá na data em que todos os critérios forem
cumpridos e poderá ser:
- na data em que o servidor comprovar o interstício de tempo, ou
- em 31/12 do ano correspondente ao período avaliatório da 5ª ADI utilizada,
ou
- na data de conclusão do curso utilizado para a promoção ao nível superior.

O posicionamento do servidor ocorrerá:


- para as promoções com vigência até 31/12/2011, no nível imediatamente
superior, no grau correspondente à remuneração imediatamente superior àquela
percebida no posicionamento anterior.
- para as promoções com vigência a partir de 01/01/2012, no nível
imediatamente superior, no mesmo grau anteriormente ocupado.

Licenças e afastamentos:
No período aquisitivo o servidor tem a franquia de 90 dias de afastamento por
motivo de licença para tratamento de saúde. Nos casos de afastamento superior ao
limite supramencionado, a contagem do interstício para fins de promoção será
suspensa, reiniciando-se quando do retorno do servidor.

Faltas ao exercício são computadas e prorrogam a vigência em igual número.


Faltas greve não compensadas, mesmo descontadas do salário, são faltas e
prorrogam a vigência em igual número.

Licença para Tratar de Interesses Particulares (LIP) e ​Disposição/Cessão do


servidor a outro órgão ​sem ônus para a origem não são efetivo exercício,
paralisam o cargo e interrompem a contagem de tempo para a concessão de
qualquer benefício.

Servidor com dois cargos, que se afasta de um deles para assumir Direção de
Escola vinculado ao outro cargo, paralisa o cargo de afastamento, mesmo pagando

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o DAE (Documento de Arrecadação Estadual). Esse pagamento cobre o tempo em
relação à aposentadoria, mão não supre o tempo de exercício necessário ao
cômputo da promoção.

2.3 Promoções aos Níveis de Certificação


Não será exigida a certificação para a promoção ao nível III das carreiras de
Professor de Educação Básica, Analista Educacional e Analista de Educação Básica
e aos níveis II e III das carreiras de Técnico da Educação, Assistente Técnico de
Educação Básica e Assistente de Educação enquanto o processo para a obtenção
do referido título não for regulamentado e implementado pela SEE.

2.4 Perda do direito à promoção e à progressão


O art. 25 da Lei nº 15.293, de 5 de agosto de 2004, estabelece as hipóteses
em que há perdimento do direito à promoção e à progressão.
Art. 25 – Perderá o direito à progressão e à promoção o servidor que, no período
aquisitivo:

I – sofrer punição disciplinar em que seja:


a) suspenso;
b) exonerado ou destituído de cargo de provimento em comissão ou função
gratificada que estiver exercendo;

II – afastar-se das funções específicas de seu cargo, excetuados os casos previstos


como de efetivo exercício nas normas estatutárias vigentes e em legislação
específica.

§ 1º – Nas hipóteses previstas no inciso I do “caput” deste artigo, o tempo anterior ao


cumprimento da penalidade aplicada não poderá ser computado para efeito de
integralização do interstício.

§ 2º – Na hipótese prevista no inciso II do “caput” deste artigo, o afastamento

Caderno de Estudos - Gestão de Pessoas - Unidade 4 Página 43 de 53 | ​Sumário


ensejará a suspensão do período aquisitivo para fins de promoção e progressão,
contando-se, para tais fins, o período anterior ao afastamento, desde que tenha sido
concluída a respectiva avaliação periódica de desempenho individual.

2.5 Formação Escolar aceita


Nível Médio e Médio Técnico
Certificado de conclusão de curso.

Superior:
Diploma de Graduação de curso superior, nas modalidades licenciatura plena,
bacharelado ou tecnologia, presenciais ou a distância, desde que frequentados e
concluídos em Instituição de Ensino Superior devidamente credenciada pelo MEC.

Especialização (pós-graduação “lato sensu”, MBA):


Certificado de conclusão acompanhado do respectivo Histórico Escolar, carga
horária mínima 360 horas/aula, presencial ou a distância, obtido em IES credenciada
pelo MEC e, se a distância, acompanhado de cópia da Portaria MEC que o
autorizou.

Os Diplomas e Certificados podem ser substituídos por uma Declaração


original da IES informando a conclusão do curso acompanhada do respectivo
Histórico Escolar, ficando o servidor com a obrigação de apresentar cópia do
Diploma ou Certificado definitivo para arquivo na pasta funcional.

Mestrado e Doutorado (pós-graduação “stricto sensu”):


Diploma de conclusão, obtido em IES credenciada pelo MEC. O Diploma
pode ser substituído por cópia da Ata de Defesa da Tese (ou dissertação) assinada
pela banca examinadora; o servidor, igualmente, se comprometerá a substituí-la por
cópia do Diploma oficial, a ser arquivada na pasta funcional.

Cursos concluídos em IES estrangeira: Terão validade em todo território

Caderno de Estudos - Gestão de Pessoas - Unidade 4 Página 44 de 53 | ​Sumário


nacional após a convalidação por Universidade brasileira que ofereça conteúdo
similar em sua grade de cursos.

2.6 Cursos que não são aceitos para fins de promoção


- Cursos de Aperfeiçoamento, ainda que a carga horária seja superior a 360
horas/aula.
- Cursos de Especialização na modalidade Extensão Universitária.

2.7 Avaliações de Desempenho Utilizadas


Para a primeira promoção dos servidores que ingressaram a partir de
01/01/2008 serão utilizados o Parecer Conclusivo do Estágio Probatório acumulado
com resultados satisfatórios em duas Avaliações de Desempenho Individual (ADI).

Para a primeira promoção dos servidores que ingressaram até 31/12/2007 e


para as promoções subsequentes de todos os servidores serão utilizados os
resultados satisfatórios obtidos em cinco Avaliações de Desempenho Individual
(nesta hipótese a Avaliação Especial de Desempenho (AED) referente ao estágio
probatório é descartada).

Acesse: 
Portal do Servidor  
Para  maiores  Progressão e Promoção 
informações:  ● https://www.portaldoservidor.mg.gov.br/index.php/a
cesso-a-informacao/cargos-e-carreiras 
 

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3. Adicional de Valorização de Educação
Básica (ADVEB)
Base Legal:
● Art. 12 da Lei nº 21.710/2015
● Decreto nº 47.258/2017
O Adicional de Valorização da Educação Básica – ADVEB, instituído pelo art.
12 da Lei nº 21.710, de 30 de junho de 2015, e regulamentado pelo Decreto nº
47.258, de 20 de setembro de 2017 será devido ao servidor ocupante de cargo de
provimento efetivo das carreiras do Grupo de Atividades de Educação Básica do
Poder Executivo, a que se refere a ​Lei nº 15.293, de 5 de agosto de 2004​, e será
atribuído mensalmente no valor de 5% (cinco por cento) do vencimento básico do
cargo de provimento efetivo do servidor, a cada cinco anos de efetivo exercício,
contados a partir de 1º de janeiro de 2012.
Havendo autorização da Câmara de Orçamento e Finanças/COF serão
contemplados os servidores que já implementaram requisitos, cujos nomes serão
extraídos de forma automática do Sistema Integrado de Administração de
Pessoal/SISAP.
A Licença para Tratamento de Saúde só é computada como efetivo exercício,
para efeito de concessão de adicional para tempo de serviço, como é o caso do
ADVEB, para o ocupante de cargo de magistério, conforme Nota Jurídica
000011-0/2018, de 27 de dezembro de 2017.

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4. Ajustamento funcional
Base Legal:
● § 2º, do art. 30, da CE/1989
● Resolução SEPLAG nº 61/2013
● Instrução Normativa SCPMSO nº 02/2008
O ajustamento funcional é devido ao servidor público efetivo que, por acidente
ou doença, tornar-se inapto para exercer as atribuições específicas de seu cargo. O
ajustamento incorre somente sobre as atribuições do cargo, definidas conforme o
laudo médico e a escolaridade do servidor, devendo cumprir, neste caso, a mesma
carga horária da sua função de origem.
Para obter o benefício, será necessária inspeção médica, realizada por junta
multidisciplinar.
No caso de ajustamento funcional, só será concedida licença para tratamento
de saúde ao servidor, se houver agravamento da patologia que motivou o
ajustamento ou em razão de moléstia diversa. O processo inicia-se com o
preenchimento do Resultado de Inspeção Médica - RIM, disponível no “menu”
formulários do Portal do Servidor. O RIM deverá ser encaminhado à unidade de
atendimento, que emitirá comunicado à repartição do servidor informando as
atividades para as quais ele se encontra incapacitado.
A reavaliação do ajustamento funcional será realizada preferencialmente por
junta multidisciplinar e será requerida pelo servidor ao término do período
anteriormente concedido.

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5. Abono-família
Base Legal (EFETIVO)
● Art. 13, Emenda à Constituição da República nº 20/1988
● Art. 126, da Lei nº 869/1952
● Art. 7º, III da Lei Complementar nº 121/2011

Base Legal (DESIGNADO)


● Arts. 65 a 70 da Lei Federal nº 8.213/1991
● Arts. 81 a 92 do Decreto Federal nº 3.048/1999
● Orientação de Serviço SCAP nº 013/2012 (retificada em 01/07/2016)
O abono-família será devido mensalmente ao servidor de baixa renda, na
proporção do respectivo número de filhos e dos que a eles se equiparem, com idade
igual ou inferior a catorze anos ou inválidos. A data de início do benefício
corresponde à data do protocolo do requerimento.
O valor da remuneração mensal limite para o recebimento do benefício em
questão é estabelecido por Portaria do Ministério da Previdência Social.

6. Alteração de nome
Base Legal:
● Resolução SEPLAG/SEDESE nº 8.496/2011
● Parecer SEPLAG/AJA nº 173/2016
● Provimento CNJ nº 73/2018
O servidor público estadual poderá alterar o nome por motivo de casamento,
nulidade ou anulação do casamento, separação judicial ou divórcio e por alteração
do registro civil.
Em todos os casos a alteração ocorrerá mediante a apresentação da seguinte
documentação:
● Requerimento;
● Certidão de casamento ou de retificação de nome, expedida por Autoridade

Caderno de Estudos - Gestão de Pessoas - Unidade 4 Página 48 de 53 | ​Sumário


Judicial;
● Certidão de Averbação que comprove a alteração de nome no caso de
separação ou divórcio.
No caso de servidor designado não é necessária a publicação, somente a
alteração no SISAP e anotação na ficha funcional.
Havendo alteração de nome e sexo do(a) servidor(a) por decisão judicial, para
que seja preservada a intimidade da pessoa, não será necessária a publicação, mas
o taxador do Setor de Pagamento da SRE fará as alterações no Sistema Integrado
de Administração de Pessoal/SISAP, a contar do requerimento do interessado.
Segundo Julgamento do Supremo Tribunal Federal/STF, publicado em 17 de
agosto de 2018, de repercussão geral, “a via para adequação da identidade nos
registros públicos pode ser administrativa ou judicial, ficando afastada a
imperatividade desta última.”.
Neste sentido, entendemos que os registros funcionais adotarão, daí por
diante o prenome, gênero ou ambos, objeto(s) de averbação no Registro Civil do(a)
servidor(a), conforme resolução do Conselho Nacional de Justiça – Provimento nº
73, de 28 de junho 2018, com arquivamento de cópia dos novos documentos
averbados na respectiva pasta.
Atos publicados e registros funcionais pretéritos até a data de averbação não
serão objetos de alteração.
IMPORTANTE: ​A Resolução SEE nº 3.423/2017, garantiu a utilização do
nome social em documentos de identificação funcional e em comunicações internas
de uso social, assegurada às pessoas transexuais e travestis. Não se trata de
alteração do registro civil.
No caso do uso do nome social, não haverá publicação de atos oficiais de
concessões, nestas condições, vez que, até o momento, não há dispositivo de lei,
quer seja federal ou estadual, que admita a alteração do prenome no Registro Civil,
salvo mediante autorização judicial, a pedido do interessado, assim mantida a
identificação civil nos assentamentos do(a) servidor(a).

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7. Alteração de titulação
Base Legal:
● Lei nº 9.381/1986
● Decreto nº 26.515/1987
● Resolução SEE nº. 6.109/1987

A alteração da titulação pode se dar:


● por acréscimo de conteúdo curricular, independente de haver vaga.
● por substituição de conteúdo, exigir-se-á vaga para atuação no conteúdo
pretendido na área de estudo ou disciplina, desde que haja correlação com a
titulação.
A alteração da titulação não resulta em alteração do nível do cargo.
Os critérios para análise do pedido são basicamente a habilitação específica
para o conteúdo pretendido e a existência de vaga para seu aproveitamento.

8. Gratificação de função de Vice-diretor


Base Legal:
● Art. 7, da Lei nº 11.091/1993
● Art. 10, da Lei nº 11.114/1993
● Art. 29, da Lei nº 15.293/2004
● Inciso II, do art. 21, da Lei nº 15.784/2005
● Art. 28, da Lei nº 21.710/2015

Trata-se de concessão devida ao Professor de Educação Básica e ao


Especialista em Educação Básica, efetivo ou designado, no exercício da função de
Vice-diretor.
A Gratificação de Função de Vice-diretor corresponde a 40% (quarenta por
cento) do subsídio do cargo de Diretor de Escola (DVI) e implicará o cumprimento de
jornada de trabalho semanal de 30 horas, devendo-se completar a carga horária de

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quarenta horas, quando for o caso, no desempenho de suas especialidades.

9. Redução da jornada de trabalho


Base Legal:
● Lei nº 9.401/1986
● Decreto nº 27.471/1987
● Comunicado SCSS nº 001/1998
● Parecer SERHA nº 001/2001
● Orientação de Serviço SCAP nº 009/2014
A Orientação de Serviço SCAP nº 009, de 10 de julho de 2014, que dispõe
sobre a concessão da redução de jornada de trabalho ao servidor público estadual
legalmente responsável por excepcional em tratamento especializado, contempla o
servidor ocupante de cargo efetivo (que exerce ou não cargo em comissão/função
gratificada) bem como o ocupante exclusivamente de cargo de provimento em
comissão (situação funcional 03 no SISAP).
O servidor efetivo com carga horária superior a vinte horas pode solicitar a
redução que dependerá de requerimento do interessado ao titular ou dirigente do
órgão ou entidade em que estiver lotado, e será instruído com certidão de
nascimento, termo de curatela ou tutela e atestado médico de que o dependente é
excepcional.
O ​prazo de validade da concessão será de 6 (seis) meses, podendo ser
renovado, sucessivamente, por iguais períodos, mediante requerimento e
observados os procedimentos estabelecidos no artigo 2º do Decreto nº 27.471, de
22 de outubro de 1987.
A carga horária semanal do Professor que foi reduzida para 20h semanais,
nos termos do art. 1º da Lei nº 9.401, de 18 de dezembro de 1986, não poderá ser
estendida, enquanto vigorar o ato que autorizou a sua redução.

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10. Título declaratório de apostilamento
Base Legal:
● Lei nº 9.532/1987
● Lei nº 13.434/1999
● Lei nº 14.683/2003
● Decreto nº 43.267/2003
Título Declaratório é o ato de caráter declaratório expedido pela
Administração, reconhecendo ao servidor público titular de cargo efetivo ocupante de
cargo de provimento em comissão, quando dele for exonerado sem ser a pedido ou
por penalidade, ou quando for aposentado, o direito de continuar percebendo a
remuneração de cargo de provimento em comissão a que se referem as Leis nº
9.532, de 30 de dezembro de 1987, e nº 13.434, de 30 de dezembro de 1999. Para
este fim, foi assegurada a contagem do tempo de exercício no referido cargo de
provimento em comissão até 29 de fevereiro de 2004, nos termos do §1º do 1º da
Lei nº 14.683, de 30 de julho de 2003.
Após a publicação da Lei nº 14.683/2003, a diferença entre a remuneração
percebida pelo servidor que teve assegurado o direito de continuar percebendo a
remuneração do cargo em comissão exercido e a remuneração do cargo efetivo
passou a ter natureza de vantagem pessoal nominalmente identificada.
Para expedição do título declaratório deve ser observado o período mínimo
exigido por lei.

Acesse: 
​Diretor:  Catálogo de Orientações Básicas de Administração de Pessoal: 
para mais  https://www.portaldoservidor.mg.gov.br/images/documentos
informações  /catalogos-manuais/catalogo_MASP_ed15_Nov_2016_leieleito
ral_RPPS.pdf  

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