CENTRO UNIVERSITÁRIO INTA

Credenciado através da Portaria Nº 831, de 11-07-2017 – D.O.U. 12-07-2017

Curso de Serviço Social – EAD

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INTERVENÇÃO E PREVENÇDO BULLYING COM CRIANÇAS DE 7 A 10 ANOS

NO SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS

SUPERVISOR DE CAMPO: JUCIARA NOVAIS DO NASCIMENTO

SUPERVISOR ACADEMICO: JOYCE FERNANDA ALCOBAÇA

CHORROCHO – BAHIA
2021
INTRODUÇÃO

O presente relatório tem como objetivo descrever as atividades propostas e executadas

no projeto de intervenção, bem como a participação do público ao alvo, os pontos positivos e
os desafios encontrados e a importância da intervenção no campo de estágio.

O projeto de intervenção denominado “Prevenção do Bullying” foi destinado ao

público de crianças de 7 a 10 anos inseridas no Serviço de Convivência e Fortalecimento de
Vínculos do CRAS do município de Chorrochó-Bahia. A temática do bullying tem relevância
por se tratar de uma questão presente na vida das pessoas, necessitando ganhar maior
visibilidade para que se perceba a real necessidade de atenção a esse problema social que
provoca inúmeras consequências. Torna-se necessário discutir sobre essa prática com crianças
com o intuito de proporcionar uma reflexão preventiva sobre o bullying.

O projeto atuou com orientações educativas, visando a prevenção de ações que

caracterizem a prática dessa violência que vem atingindo proporções em muitos casos
irreversíveis. Devidamente orientadas a crianças do público alvo da intervenção, poderão
desenvolver vínculos afetivos mais fortalecidos com base no diálogo e no respeito com as
diferenças, tornando-se, portanto, cidadãos com valores éticos e com plena capacidade de
convivência em sociedade.

A intervenção tem como objetivo proporcionar um ambiente de interação e

crescimento sobre o bullying no grupo de crianças do Serviço de Convivência e
Fortalecimento de Vínculos, por meio de orientações e dinâmicas, buscando sensibiliza-las
para que não venham realizar essa prática.

DESENVOLVIMENTO

O projeto de intervenção “Prevenção do Bullying com Crianças de 7 a 10 anos no

Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do CRAS de Chorrochó-Bahia”,
desenvolveu-se no estágio supervisionado II, sendo realizado em três etapas no mês de junho
de 2021. A intervenção ocorreu no horário de 8:30 às 10:30h, nos dias de segunda-feira e
quarta-feira.

Na primeira etapa, foi apresentado o projeto de intervenção para a instituição CRAS,

seus objetivos e finalidade. Posteriormente foi realizada a dinâmica de socialização
denominada “Stop do Nome” com objetivo de facilitar o entrosamento entre os participantes,
despertando a cordialidade e promover a aproximação em grupo. A dinâmica ocorreria da
seguinte maneira: as crianças formariam um circulo e teriam que ir passando uma caixa
contendo os seus nomes escritos, ao som de uma música, quando o som parrasse de tocar, a
criança que estivesse com a caixa nas mãos iria retirar uma ficha com o nome e falar alguma
qualidade do colega sorteado para que os demais tentassem adivinhar de quem se tratava.

Devido à pandemia o público alvo do projeto de intervenção não poderia estar

presente no CRAS, as atividades do grupo estavam sendo realizadas de forma online. Por isso
a execução do projeto de intervenção precisou ser modificada de acordo com a real situação.

A primeira etapa reorganizada ficou da seguinte forma: as estagiárias colocaram

dentro de uma caixa o nome de todos os participantes público alvo da intervenção, em seguida
foi retirado um nome e cada criança falou uma qualidade desse colega. A ação foi realizada
através de um grupo de WhatsApp utilizado pelos orientadores sociais. O objetivo foi fazer
com que no final da dinâmica todas as crianças percebessem que tem qualidades, espera-se
que isso impulsione uma melhor relação, fortalecendo ainda mais os vínculos afetivos e
comunitários.

Na segunda etapa teria a apresentação do tema bullying por meio de um slide

mostrando a história, bem como suas consequências para as vítimas, as formas de prevenção e
punições para quem o pratica. Com a modificação, o slide que seria mostrado de modo
presencial foi enviado no grupo de WhAtsapp com as devidas explicações do conteúdo.

Na terceira etapa, de forma presencial seria passado um filme contando a história de

uma criança que passa por um período difícil ao entrar em uma nova escola, Sofrendo
constantes humilhações, recebendo apelidos ofensivos e até mesmo sendo agredido de forma
verbal, emocional e física. A narrativa passa por uma reviravolta quando o personagem que
sofre o bullying resolve contar para sua mãe o que vinha acontecendo na escola, o que a
impulsionou a conversar com a direção escolar e todos juntos (pais, professores e demais
membros da comunidade escolar), articularam uma forma de mudar aquela situação. A
alternativa encontrada foi fazer uma separação dos alunos que praticavam o bullying,
colocando-os em turmas distintas. Depois de realizada a estratégia, houve uma mudança
significativa de comportamentos, pois as crianças passaram a interagir e ter um bom
relacionamento com as demais.

O filme “Que Papo é Esse: bullying” seria mostrado acompanhado de pipoca,

lembrando um cinema, para que de forma descontraída as crianças pudessem compreender o
objetivo central da mensagem transmitida. Após o filme, seria feito um questionamento com
perguntas dentro de balões, com a finalidade de observar o que as crianças aprenderam
assistindo. E encerrando a execução do projeto de intervenção teria a confecção do painel
contrato de amizade, onde os participantes assinariam seus nomes concordando com ações
comportamentais positivas, possibilitando um convívio ativo, participativo e voltado para o
bom relacionamento entre os mesmos.

Com a alteração, o filme foi enviado no grupo online de atividades do Serviço de

Convivência e Fortalecimento de Vínculos, mantendo o mesmo objetivo. Quanto ao
questionário as estagiárias encheram os balões de cores variadas com as perguntas dentro e os
participantes foram escolhendo uma cor para estourar o balão, as crianças responderam todas
as perguntas de forma dinâmica e descontraída.

O contrato de amizade foi confeccionado pelas estagiárias com imagens anti-bullying

e um espaço para as assinaturas onde os participantes concordaram em deixar colocar seus
nomes para que os mesmos não praticassem as ações destacadas nas imagens. O painel ficou
exposto no local de encontro presencial do grupo.

Todas as ações executadas no projeto de intervenção foram acompanhadas pela

supervisora de campo. A mesma apoiou as estagiárias sempre que é necessário, juntamente
com toda a equipe do CRAS, facilitando desta forma o melhor desempenho nas execução.

Os instrumentos de registro utilizados na execução no projeto de intervenção foram:

fotos, vídeos, slides, questionário e diário de campo.

A participação do público alvo da intervenção boa, pois devido as atividades estarem

sendo realizadas de forma remota houve essa dificuldade com relação ao envolvimento dos
participantes que tinham um rendimento bem maior quando os encontros do grupo eram
presenciais. No entanto, conseguiu-se atingir o objetivo levando a informação sobre bullying
e suas consequências para esse público.

Os recursos utilizados foram: papel A4, caixa de papel, balões, tábua de madeira,
notebook, impressora, pen-drive, smartphone e diário de campo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O projeto de intervenção “Prevenção do Bullying com Crianças de 7 a 10 anos no

Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do CRAS do Município de Chorrochó-
Bahia”, contribuiu com grande impacto na melhora do diálogo e do respeito entre as crianças
do grupo, as mesmas podem expandir esse conhecimento com outras pessoas do seu convívio
tais como colegas e família, proporcionando dessa forma, uma interação social que desperte
na população uma visão positiva sobre os serviços ofertados pelo Centro de Referência da
Assistência Social (CRAS).

Embora tenha sido executado de forma remota, as crianças interagiram tirando dúvidas
e contando alguns fatos que ocorreram com elas referentes ao bullying, nesse momento
orientamos sobre como buscar ajuda para não se tornar uma vítima dessa violência.

O estágio supervisionado em Serviço Social é o complemento essencial no processo de

aprendizagem do estagiário para sua formação profissional, possibilitando-o vivenciar na
prática o cotidiano das demandas do assistente social. A inserção no campo de estágio
permitiu a aproximação com a realidade no desafiando a aprender observar cada situação com
um olhar mais critico e reflexivo, para que possamos nos direcionar nas soluções para cada
demanda.

Enquanto estagiária, compreendi a importância do comprometimento em casa ação

desempenhada no campo de estágio. Devemos planejar, observar, acompanhar da demanda,
visando a soma de conhecimentos, pautando sempre na postura investigativa da realidade
vivenciada.

Elaborar o projeto de intervenção através de observações das demandas, foi um

desafio pois é o momento em que o estagiário mostra suas habilidades, atitudes e sua postura
durante a execução. Neste momento somos observados e avaliados pela supervisora de
campo. A experiência foi muito prazerosa, pois foi possível contribuir na aprendizagem de
crianças que à partir de então podem multiplicar esse conhecimento. Além disso, receber
elogios da assistente social referente a execução do projeto de intervenção proporcionou o
sentimento de dever cumprido.
 As supervisões acadêmicas e de campo possibilitaram a qualificação para exercitar a
prática interventiva com postura investigativa e posicionamento crítico e propositivo frente a
realidade.

A execução do projeto de intervenção com o tema Bullying foi, portanto uma

experiência grandiosa que me proporcionou maior entendimento sobre o trabalho do
profissional assistente social e sua importância na resolução dos problemas da questão social.
A realização do projeto foi fundamental para orientar e sensibilizar as crianças sobre a
problemática, buscando transformar a vida desse público por meio da informação.

REFERÊNCIAS

CANDAU, Vera Maria (org.). Reinventar a Escola. 3. Ed. Petrópolis: Vozes, 2002.

FANTE, Cléo. Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a
paz. Campinas: Verus, 2005. FERREIRA, B.W.; RIES, B. E. et al. Psicologia e Educação:
desenvolvimento humano. Adolescência e vida adulta. Porto Alegre: Edipucrs, 2007.
PEREIRA, Sônia Maria de Souza. Bullying e suas implicações no ambiente escolar. São
Paulo: Paulus, 2009.
ANEXO