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Na clinica de odontopediatria muitos paciente nos procuram com essa situação, então o

paciente chega em busca de cuidados... então uma vez que o paciente chega em busca de
cuidado com várias alterações precisamos de uma forma ordenada e sistemática anotar todos
os dados desse paciente para conseguir montar o diagnostico e assim chegarmos ao plano de
tratamento. Quando vocês visualizam essa situação nesses dentes anteriores, o que vocês
estão visualizando? Apenas com a imagem e sem nenhum dado é possível dar um diagnostico?

Não podemos dar o diagnostico só por imagem, a gente só supõe por que muitas das vezes por
exemplo “Eu estou observando uma imagem com um certo brilho que clinicamente lá com o
paciente esse brilho não aconteça”, então na verdade precisamos ter outros dados.

Além de observarmos pacientes com lesão cariosa, também vamos ter pacientes que
apresentam problemas no tecido periodontal. Podemos observar na imagem uma gengivite
onde o paciente apresenta uma inflamação desse tecido periodontal de proteção, tecido
hiperblasiado e que para chegar ao diagnostico do “o que é essa hiperblasia?” temos que fazer
uma busca de dados para chegarmos no diagnostico. Então para chegarmos ao diagnostico
precisamos passar por varias etapas.

 Primeira consulta: o que fazer?


 Que exames devemos realizar?
 Como chegar ao diagnostico ?
 Como idealizar o plano de tratamento?

O que a gente observa na pratica clinica infantil? É que essa pratica clinica ela difere da pratica
normal da seguinte forma, é que nosso paciente infantil é um paciente que esta em
crescimento e desenvolvimento, é um paciente que tem respostas orgânicas diferentes , tem
um comportamento que difere do adulto então devido a isso, a nossa abordagem difere do
adulto embora tenhamos o mesmo método técnico. Então antes de chegarmos ao diagnostico
temos que fazer vários questionamentos, a nossa ficha é mais extensa , a gente avalia esse
paciente desde a sua vida pré-natal, natal e pós-natal; então existe uma grande busca de
dados para chegarmos ao diagnostico das diferentes alterações que a criança possa ter.

Então para o sucesso do tratamento odontopediatrico é necessário que você faça um apurado
exame clinico, que consiste em uma boa anamnese associado a um bom exame físico por que
com a coleta de todos esses dados, associado a todo o meu conhecimento é possível que eu
chegue a um diagnostico e somente após o diagnostico que eu começo a planejar o
tratamento, eu nunca posso dar um diagnostico somente com uma imagem radiográfica.

Quando formos para a clinica, nessa primeira consulta a gente tem que ser bem sistematico
para fazer uma boa anamnese e exame fisico para assim chegar ao diagnostico correto.

O que difere o tratamento odontopediatrico?


No tratamento odontopediatrico vai haver uma triade, aqui vai ter associado a essa relação
profissional e criança, vai estar os pais ou responsavel pela criança, por que muitas vezes pra
intermediar é preciso dos pais e ai voces vao perceber que vai ser subjetivo alguns dados que
ele apresenta, muitas das vezes vamos perguntar para a criança e vamos complementar esse
pergunta com os pais tambem, por que muitas vezes a criança não sabe descrever bem o que
ela ta sentindo e conversamos com os pais para chegarmos a um denominador comum. Então,
é muito importante essa relação, essa triade tem que ser a educação que fazemos com nossa
criança mas tambem temos que educar tambem os pais em relação a saude bucal, pois a
criança é um reflexo dos pais, se os pais não conhecem bem a importancia da saude bucal, eles
não vão saber orientar seu filho. Essa relação tem que ser uma relação de segurança, na clinica
é voce que vai atender e os pais estão entregando aquilo que pra eles é o seu bem mais
valioso, seu filho, então a responsabilidade por essa criança ali é nossa e os pais precisam
sentir confiança em voce.
 Urgencia: Exame clinicp mais consiso e direcionado, raio x apenas da area de interesse
 Rotina: Anamnese, exame clinico e radiografico completos
 Retorno:atualização dos dados

Esse atendimento inicial pode ser feito de varias formas, a crianca pode ir em caso de urgencia,
quando é caso de urgencia esse exame clinico é mais consiso, bem mais direcionado ao motivo
da consulta e o raio x(exames complementares) se restringe as areas de interesse. Então quais
são os casosde urgencia? – casos de fratura, casos de dor, casos de trauma... mas um paciente
que chega com uma dor provocada( sente dor quando mastiga), isso é considerado uma
urgencia? Não, a urgencia é quando o paciente chega com uma dor expontanea, por exemplo:
uma pulpite reversivel, um abscesso agudo.... um abscesso cronico não é considerado uma
urgencia, pois é cronico, ou seja não tem dor. Um trauma dentario é considerado uma
urgencias, casos de estomatite tambem. Então em casos de urgencia o atendimento é voltado
para o problema.

Tambem temos casos de rotina, que é a consulta que o paciente vai fazer toda a anamnese, é
uma consulta mais demorada por que é bem mais elaborada a ficha, voce faz uma anamnese
geral, nessa anamnese voce busca dados desde a vida pré-natal deste paciente, vamos fazer
uma exame clinico bem detalhado associado aos exames radiofraficos para se chegar a um
diagnostico e elaborar um plano de tratamento.

Os de retorno são quando o paciente estiver retornando depois de 3 meses ou de 6 meses,


dependendo do perfil que ele apresenta, ai voce vai fazer uma atualização dos dados.

 Termo de consentimento: independente do tipo de consulta


 Manejo comportamental: autorização especifica
 Fichas clinicas: valor clinico geral

Na primeira consulta é importante que tenhamos alguns termos que voces vão ver que na
ficha vão ter esses termos anexados. Esses termos são extremamente importantes e que não
pode faltar o termo de conscentimento independente se a consulta for de urgênciaa ,rotina ou
retorno ou urgencia, sempre os pais vão ter que assinar esse termo de conscentimento
autorizando esse tratamento,para fazer algo com a criança, antes mesmo de examinarmos a
criança. Não podemos fazer nada com a criança sem antes ter esse consentimento assinado
pelos pais. Outro termo que temos que obtar é com relação ao manejo de comportamento ,
temos crianças que são colaboradoras e crianças que não colaboram mas mesmo diante
desses perfis psicologiocos das crianças... o termo comportamental trata de varios manejos
que temos para que essa criança tenha um comportamento melhor e coopere durante o
atendimento, porém temos técnicas agressivas e não agressivas. As técnicas não agressivas são
técnicas como: falar, mostrar para a criança, mostrar o modelo de uma criança sendo
atendida, distrair a criança... são várias técnicas, mas pode ser que em alguns casos que existe
a necessidade de termos uma técnica mais agressiva que seria a técnica da contenção fisica.
Então em alguns casos vai fazer a necessidade de nos imobilizarmos a criança para fazer um
certo procedimento, nessas situações só faremos a contenção se o responsavel autorizar e
essa autorização não pode ser apenas verbal, ela tem que ser escrita, ele tem que assinar
autorizando esse manejo. Esse termo de manejo de comportamento vai estar anexado a ficha
do paciente e independente do comportamento do paciente, na primeira consulta voces vão
conversar com os pais, vão falar que independente do comportamento se houver a
necessidadde de contenção fisica... voces vão explicar o que é a contenção fisica para eles,
pedir autorização deles e eles tem que assinar. Esse termo tem que ser assinado desde a
primeira consulta, não podemos confiar na autorização verbal dos pais pois tem casos em que
a criança chegou com uma urgencia, o pai aceitou a contenção apenas verbalmente e depois
entrou com um professora contra o Cirurgião Dentista. Então para nos resguardar nós só
fazemos essa contenção se os pais autorizarem, se eles não autorizarem nós não fazemos essa
contenção fisica e assim podemos tentar outras formas de sedação( mas não é possivel ser
feito na clinica ceuma pois precisa ser feito em um ambiente calmo, que não tenha outros
ruidos). É muito importante chamar atenção para as fichas clinicas, é muito importante que a
ficha seja preenchida de forma completa, sem faltar assinaturas e todos os dados, por que
muitas vezes precisamos dessa ficha para alguma situações como: O operador daquela criança
faltou, então essa criança vai ser atendida por outro aluno e com a ficha bem preenchida ele
vai poder ficar “por dentro” do caso e fazer o tratamento, além disso tem o lado legal, os pais
precisam assinar todos os atendimentos realizados por valores legais .

O exame clinico vai consistir em que? Na identificação do paciente, na anamnese e no exame


fisico . Então a identificação do paciente é importante pois nos podemos anotar alguns dados
como idade, endereço(se naquele local tem fluoretação de água), os nomes dos responsaveis,
a posição entre os irmãos( por que existe um comportamento daquela criança que é
primogênito e esse comportamentos podem ser traduzidos na clinica), além de que estaremos
anotando dados como : peso e altura da criança, que são dados importantes, quando formos
verificar o peso e a altura não confiem no que a mãe está dizendo, levem a criança na balança
e confiem no que a balança indicar e verifiquem a altura, isso é importante para diante essa
idade cronologica observamos se existe alguma alteração.

 Anamnese: história familiar, história médica, pré,trans e pós-natal, historia dental e


pós-natal,historia dental e avaliação psiciologica

Após essa identificação é importante estarmos fazendo a anamnese e voces sabem que é a
coleta de dados do panorama fisco e pisiquico, passado e atual, então essa coleta de dados
esta realicionado a historia familiar, historia medica e aí voces vão ver que a historia medica
vai servir desde o pré-natal, trans-natal e pós-natal, além de que iremos investigar a historia
dental e avaliação psicologica desta criança

Voces observam que essa ficha vai buscar dados lá da gestação, mas por que eu tenho que
saber a doença que a mãe teve na gestação? Qual a relação de uma doença que a mãe teve na
gestação com uma crianca de 4 anos que esta com seus dentes desciduos já formados ? Eu
tenho que buscar conhecimento, por que uma mãe que teve uma infecção urinaria durante a
gestação, isso de alguma forma pode repercurtida naquele bebe que comeca a forma a lamina
dentária por volta da 7 semana de vida intra uterina e todos os dentes desciduos passam pela
sua fase de iniciação, proliferação, histodiferenciação, morfodiferenciação durante a vida intra
uterina e alguma doença durante a gestação pode estar associada a alguma anomalia dentária,
como por exemplo: Uma hipoplasia, quando a gente vai ver a criança tá com hipoplasia nos
dentes e nos vamos buscar no pré-natal, nos medicamentos que a mãe utilizou nessa época
que podem ter afetado a criança.
O parto da criança, dependendo do parto pode ter algum trauma nessa área da cabeca por
exemplo: A professora achava que não existia mais o parto normal com o uso de forceps,
porém ela estava enganada, ele ainda existe e em algumas situações ele ainda é feito e no
momento do uso do forceps pode causar algum trauma nessa região de ATM e a gente precisa
ta buscando esses dados.

Precisamos investigar se a criança teve algum problema durante o nascimento, muitas das
vezes a criança teve algum problema cardiaco e teve que fazer uma intervenção cirugica ou
então precisou ser entupada e durante essa entubação causou algo nos seus roletes gengivais
que pode ter causado alguma alteração na formação dos dentes.

Tratamento médico atual, existem alguns medicamentos que causam manchas extrinsecas nos
dentes, por exemplo: o sulfato ferroso, que muitas crianças tomam para anemia e acabam
formando manchas extrinsecas enegrecidas nos dentes .

Precisamos alertar os pais sobre a vacinação, temos que perguntar se as vacinações estão em
dia, senão cabe a nós orientarmos.

Vocês vão tambem investigar a história odontologica dessa criança, avaliar o histórico de cárie
pois a gente vai ter que avaliar o risco e dar um panorama, “ Se já foi no dentista?”, “ Qual a
idade da primeira visita ao dentista?”, se já fez algum tratamento e se concluiu por que isso já
nos dá um panorama do compromisso dos pais em relação a criança pois alguns pais só levam
o filho ao dentista quando ele começa a apresentar dor , principalmente crianças que estão na
dentição decidua por que eles acreditam que por ser dente deciduo... os pais deixam as lesoes
chegarem a estados graves. Tambem vamos avaliar se a criança já tomou alguma anestesia ,
perguntar sobre a reação da crianca, como foi a resposta comportamental dessa criança a
anestesia, vamos perguntar pros pais se ele a criança é respirador bucal( “ Voce costuma
observar se sua criança passa muito tempo com a boquinha aberta? Voce já percebeu se
quando ele acorda o travesseiro tá molhado?”), vamos observar tambem se a criança utiliza
alguma protése e também as questões dos hábitos. Nesse momento você vai questionar mas
no momento do exame voce vai observar se a criança apresenta alguns hábitos ou não, então
vamos observar se a criança tem mucofagia, se chupa os dedos ou chupeta, pois alguns desses
hábitos levam alterações nos dentinhos da criança.

OBS: Mucofagia -> Quando a criança come os mucos.

As crianças o fazem de forma natural, quase instintiva, sem que ninguém tenha ensinado a
elas. Pegam o seu pequeno dedo e procuram e procuram e quando encontram uma meleca
grudada, puxam e comem! 

Por que as crianças o fazem? Em muitos casos, elas não viram esse comportamento em casa,
nem tão pouco em outras crianças, e ainda assim tendem a enfiar o dedo no nariz e comer sua
própria meleca. O muco do nariz, nada mais é do que secreções nasais ressecadas juntamente
com impurezas e microorganismos (vírus, bactérias e fungos presentes no ar que a gente
respira). Os mucos estão compostos principalmente por água, proteínas, hidratos de carbono e
várias células. 
Seja pela razão que for os pais entendem que o ato de enfiar o dedo no nariz, e em
consequência, comer os mucos faz parte de hábitos reprováveis. Tentamos ensinar aos nossos
filhos para que não o façam, não somente pelas conotações negativas que tem a nível social,
mas também porque estão colocando na boca substâncias nocivas que ficaram grudadas no
nariz e podem causar infecções.

Vamos avaliar também a dificuldade de abrir e fechar a boca, nós já tivemos um caso
interessante... Recebemos uma criança que tinha 5 anos de idade, a criança tinha uma
abertura minima e quando fomos investigar percebemos que há alguns meses atrás essa
criança sofreu um trauma( caído da rede) e nessa queda houve alguns traumas, essa criança
bateu a cabeça, ficou alguns dias internada e depois que voltou da internação a mãe notou
que essa criança não queria comer, mas na verdade a criança estava com trismo e isso são
coisas que podem vir a acontecer e os pais nem se darem conta. Então é muito importante
investigarmos, temos que investigar os traumas da infancia “ Quando foi esse trauma ?” “
Como aconteceu esse trauma?” Por que sabemos que os traumas podem causar anomalias no
dente permanente, precisamos saber quando foi esse trauma por que as sequelas podem ficar
para a dentição permanente .

Além de fazer toda essa analise, temos que avaliar o risco de cárie desse paciente, por que por
muito tempo a odontologia foi totalmente contextualizada para uma terapeutica e todo
paciente tinham o mesmo tratamento independente do risco, como se fosse uma receita de
bolo, nós sabemos que não funciona assim, temos que fazer uma analise individualizada, todo
paciente é necessario fazer fluoterapia? Não ! Cada criança vai ter uma necessidade e a gente
vai ter que avaliar esse risco, avaliar a atividade de cárie, se já teve cárie , se continua tendo,
conhecer os hábitos deléterios, como é sua higiene?... então esse questionamento é feito
nesse momento e a gente vai tá coletando dados. Associado a esse questionamento nós
tambem fazemos um diário alimentar para que ele anote durante 3 dias tudo que a criança
comeu... quando escovou?, pq apartir daí vai haver uma nova avaliação por que toda vez que
voce pergunta pra um paciente “ Quantas vezes voce escova os dentes?” Ele vai responder que
são 3 vezes então a gente tem que saber realmente como é essa escovação, por isso que não
fazemos a motivação da higiene do paciente na primeira consulta, por que? Por que nos
precisamos saber realmente o que está acontecendo no dia a dia dele é verdade. Então na
primeira consulta nós já entregamos esse diário alimentar e na próxima consulta mediante a
esse diário alimentar e mediante a anamnese, aí sim você vai fazer essa orientação, por que
quando voce tá fazendo essa orientação no primeiro momento... o diário que o pai vai
entregar não vai ser um diário fidédigno, vai ser o que voce falou pra ele, ou seja, não vai ser
um diário real, diante disso a gente faz toda coleta de dados no primeiro momento mas não
fazemos a motivação .
É importante fazermos uma avaliação psicologica onde a gente vai questionar se a criança é
agitada ou tranquila, principalmente qual o comportamento da criança em um consultório
médico ou então muita das vezes é a primeira vez da criança em um consultório odontológico,
então perguntamos como ela reage em consultório médico diante os profissionais da sáude e
assim já vamos avaliando se a criança tem uma resposta positiva ou negativa. Vamos
construindo um perfil psicológico da criança pra sabermos como iremos lidar com ela,
principalmente com pacientes que nunca foi no consultório( geralmente a resposta é bem
positiva pois a criança não tem nenhuma experiencia negativa).

 Exame físico: geral e regionnal(extrabucal, intrabucal de tecidos moles, tecidos


mineralizados e da oclusão)

Esse exame físico nos vamos dividir em exame geral, exame regional onde esse exame regional
ele vai se dividir em extrabucal e intrabucal. No intrabucal nós vamos ver os tecidos moles , os
tecidos mineralizados e também avaliar a oclusão. No exame geral a gente avalia o paciente
desde o primeiro momento, quando voce recebe ele na recepção, então o paciente tá vindo ao
seu encontro junto com a mãe, voce já começa a observar o andar da criança, se ela tem
alguma dificuldade, alguma alteração física, como também já da pra avaliar se ela tem algum
receio em relação ao tratamento, algumas crianças já entram na clinica chorando...

Também é importante avaliar o peso da criança, é fundamental, a professora prefere que a


gente leve a criança até a balança e verifiquem corretamente pois as vezes faz muito tempo
que os pais não pesam essa criança. O peso vai servir de referencia para dosagens de
medicações, de anestesicos, então a gente precisa saber o peso real da criança. Também
vamos avaliar a estatura da criança, para sabermos se tanto o peso e a altura estão adequados
a idade cronologica da criança, pois muitas das vezes que isso não está alinhado pode ser que
a criança tenha alguma alteração sistemica ou pode ser que a criança tenha alguma
desnutrição.

Nesse exame geral também vamos avaliar a pele da criança, se tem alguma alteração, observar
testura da pele, se tem alguma cicatriz para observar se a criança sofre de alguma abuso físico,
devemos avaliar também a temperatura pois se a criança estiver febril, nós não atendemos.
Sempre que uma criança não estiver bem sistemicament, a resposta dessa criança vai ser
diferente, a dosagem de anestesico para uma criança que está adoentada... 1/3 dessa
dosagem já pode levar toxidade para essa criança. Então sempre que a criança tiver alguma
alteração, a gente pede para que os pais levem ao médico e depois, quando a criança estiver
sadia , ela retorna para o tratamento.
Nós também vamos avaliar as mãos das crianças, as mãos nos dão uma visão de hábitos...
voce observa as unhas se estão ruídas e isso já vai mostrar o grau de ansiedade da criança, os
dedos podem mostrar se ela tem hábito de chupar os dedos, podemos observar se ela tem
mucofagia, as mão suadas mostram se ela está com ansiedade naquele momento.

No exame extra bucal vamos estar avaliando cabelo, não é que voces vão ficar pegando na
cabeça da criança... é uma avaliação geral. Observem o cabelo , se tem poucos cabelos, se tem
pediculose(piolho), então isso tudo nós vamos estar observando. Mas por que vamos observar
até cabelos? Por que existem sindromes como a displasia ectodérmica hereditária a que tem
associacoes ... as unhas,cabelos, dentes não são formados ou se são formados são com
defeitos, a criança vai possur cabelos rasos, dentes conoides, ausencia de dentes, unhas mal
formadas... então a gente tem que identificar pra estar avaliando.

OBS: A displasia ectodérmica (DE) compreende um grupo grande e heterogêneo de doenças


hereditárias que se caracteriza por apresentar manifestações clínicas relacionadas às
anomalias das estruturas de origem ectodérmica, principalmente nos cabelos, unhas, dentes e
pele.

É de extrema importância que o cirurgião dentista saiba identificar as principais características


da DE, porquanto não são raros os casos de pacientes portadores dessa síndrome que chegam
à clínica odontológica. Mesmo considerando que os indivíduos acometidos apresentem fácies
característica, as manifestações clínicas e físicas são variáveis e estão relacionadas à
heterogeneidade genética . O diagnóstico correto e precoce é primordial para restabelecer as
funções estética, mastigatória, fonética e psicológica desses pacientes, reintegrandoos ao
convívio social.

Ocorre perda de dimensão vertical de oclusão devido à ausência de elementos dentários,


associada à presença de discretas fissuras ao redor da boca e olhos, o que determina uma
aparência de senilidade. A redução ou ausência da lâmina dental leva os incisivos e caninos a
apresentarem forma conoide. Geralmente acometem as duas dentições, ocorrendo hipoplasia
de esmalte e podendo, ou não, haver anodontia.

Os sinais cardinais da DEH são: hipotricose (diminuição de cabelos), hipoidrose (diminuição na


sudorese) e hipodontia (ausência congênita de alguns dentes). Algumas alterações estão
presentes ao nascimento, enquanto outras só tornam-se evidentes durante a infância. Como
consequência da alteração nas glândulas sudoríparas na DEH, observa-se a diminuição do suor,
provocando elevação da temperatura corporal, ocorrência de crises de hipertermia e
convulsões febris. A pele, geralmente hiperpigmentada, torna-se fina e desidratada, muitas
vezes descamativa, podendo ser sede de dermatites atópicas, xerodermia e placas de
liquenificação . As malformações dentárias encontradas com mais frequência são anodontia
completa ou parcial da dentição decídua e/ou permanente, podendo causar a ausência ou
deficiência alveolar. As anomalias mais frequentes ocorrem nos incisivos e caninos. O molar é
o segundo dente mais afetado e apresenta taurodontismo. Uma complicação comumente
encontrada em portadores da displasia ectodérmica é a rinite atrófica que, geralmente,
acomete crianças na segunda infância ou adolescentes; a qual se caracteriza por uma
inflamação nasal crônica, com produção excessiva de secreções fétidas devido a movimentos
deficientes dos cílios nasais . A displasia ectodérmica pode ser confundida, ou fazer parte de
outras síndromes como a E.E. C (Ectrocactilia, displasia ectodérmica e fenda palatina) e a
síndrome trico-rino-falangeal que, apesar do aspecto facial semelhante, apresenta outras
características como falanges distais curtas nas mãos, deformidade das articulações Inter
falangeanas e epífises com forma cônica.

Embora os indivíduos afetados, independentemente do tipo de herança, possam apresentar


características clínicas semelhantes, a identificação da forma de transmissão é importante para
que possa ser feito o aconselhamento genético à família. O exame completo dos familiares dos
pacientes com DE e a identificação dos indivíduos que apresentam as formas parciais da
doença na família são necessários para se esclarecer a transmissão genética naquele grupo6 .
No manejo dos pacientes com DE deve-se abordar as alterações relacionadas aos sinais
cardinais da doença e os objetivos principais são: prevenir a hipertermia, estabelecer uma boa
função oral e melhorar o desenvolvimento psicossocial. A hipotricose deve ser tratada pelo
dermatologista com fórmulas e técnicas cirúrgicas. Em alguns casos pode ser sugerido o uso de
perucas. Com relação à hipoidrose, os principais cuidados são direcionados para diminuir as
crises de hipertermia e suas complicações, são indicados banhos frios, roupas leves, pouca
atividade física e a procura de climas mais amenos. O prognóstico desta doença é de sobrevida
até a idade adulta, desde que haja controle da temperatura corporal, porém dados da
literatura mostram que 30% dos meninos morrem durante os primeiros dois anos de vida por
hiperpirexia e infecções respiratórias. Para o acompanhamento dos indivíduos acometidos é
necessário ter uma equipe multidisciplinar composta por médicos (geneticista, pediatra,
otorrinolaringologista e dermatologista), cirurgiões dentistas (odontopediatra, protesista e
implantodontista), fonoaudiólogos e psicólogos. O tratamento odontológico consiste em
movimentações ortodônticas, confecção de facetas estéticas, próteses parciais ou totais,
reconstrução estética com compósitos e implantes osseointegrados. A reabilitação dentária,
além de melhorar as funções mastigatórias e fonéticas, resgata a autoestima e possibilita
melhor integração social desses indivíduos. Sugere-se que deva ser feita a colocação de
implantes tão logo a criança faça três anos de idade, possibilitando a finalização do tratamento
antes da puberdade, e um desenvolvimento funcional e psicossocial ótimo. Porém, considera-
se que a colocação de implantes ósseo integrados na fase de crescimento pode acarretar
trauma aos germes dos dentes permanentes, desordens na erupção dos dentes e restrições
multidimensionais em relação crescimento craniofacial. Após o diagnóstico da DE é essencial
orientar os pais ou responsáveis em relação aos problemas relacionados à diminuição da
sudorese e necessidade de monitorar o calor. Problemas otológicos, conjuntivais, hipofisários,
respiratórios e gastrointestinais precisam ser investigados pelos profissionais competentes. Ao
cirurgião-dentista cabe tratar as anormalidades dentárias, reabilitar o paciente, além de
controlar a deficiência da saliva e suas consequências.

Temos que avaliar o tamanho da cabeça pois existem casos de microcefalia, então temos que
observar pois algumas vezes a mãe não sabe e através de alguns indicios nós podemos
identificar. Vamos observar a respiração da criança, as vias nasais , fazr alguns testes pra saber
se a respiração é nasal ou bucal, fazemos alguns testes. O teste consiste em colocar o
espelho(espelho de fotografia)e observam onde ele embassa, se embassar sobre o nariz
significa que é respirador nasal e se embassar na boca significa que ele é repirador bucal.

Vamos avaliar a ATM, abertura e fechamento da boca, se existe alguma creptação, se ocorre
estalitos, existem algumas crianças que tem desvio e precisam ser tratadas. Além disso
verificamos se ocorre algum enfartamento ganglionar. Então voces observam nessa primeira
imagem ela esta fazendo a palpação, avaliando as parótidas. Na segunda imagem ela ta
avaliando a submandibular abaixo do ângulo da mandibula, na terceira a sublingual e na a
tireoide.Então é extremamente importante todos esses exames pois um infarto ganglionar as
vezes é algum problema dentário que pode estar causando isso.

 Intrabucal

Depois vamos avaliar intrabucal, nesse exame nós temos que observar os freios, as bridas,
observar a mucosa, palpar a mugosa també, faz a inspeção visual. Muitas das vezes o freio
lingual pode estar causando uma alteração na oclusão. Neste exame é importante observar o
movimento da língua, pode se observar utilizando uma gaze e voce mesmo fazer os
movimentos ou voce pede pra criança “Coloca a ponta da língua no céu da boca“ e ela vai
colocando e voce vai apalpando o assoalho, avalia se a criança tem anquiloglossia(freio curto)
pois isso pode afetar na fonação, na deglutição então é importante que a gente tenha todo
esse cuidado. Também temos que avaliar as amigdalas, por que amigdalas atrofiadas podem
dar alguma alteração e levar alteração da oclusão,outro fator importante, então voce vai com
a espatula avaliando as amigdalas.
Altevir:“Em caso de língua presa, a gente pode fazer a cirurgia na clinica?”

Professora:“Sim!”

Então a gente avalia também apalpando toda a arcada dentária, todo o palatp, fazer a
sondagem(aqui é mais simples, o calculo se faz em cima de dentes sangrantes, então se em
uma das faces do dente que voce avaliou sangrou... vai contar como dente)

DENTES SANGRANTES/ NUMERO TOTAL DE DENTES X 100= PERCENTUAL

Se esse percentual der acima de 25 % esse paciente tem risco a doença periodontal.

Feito essa avaliação, vamos avaliar a oclusão,então voces observam esses 2 casos aqui, são
crianças com dentição decidua. Desses 2 casos qual o mais favoravel para dentição
permanente? O primeiro caso arco tipo 1 de Bawman, ele apresenta diastema e nos sabemos
que os dentes serão subtituidos por dentes maiores . Os dentes permanentes são bem maiores
que os dentes deciduos, então nós precisamos de espaços compensátorios, vai ter todo o
crescimento da maxila e associado a esse espaço compensatorio vai favorecer a dentição
permanente , por exemplo: O Arco tipo 1 de Bawman, ele tem os espacos compensátorios nos
dentes anteriores, a gente vai avaliar os espacos primatas, os espaço livre de Nance( todos são
espaços compensatórios), o degrau terminal dos molares para avaliar se essa dentição é
favoravel. Muitos pais acham estranhos as crianças terem dentes separados e a gente explica
que está tudo bem, que essa situação é favoravel. O arco tipo 2 não é favoravel por que os
espaços compensatorios não vão ser favoraveis nesse momento.

Altevi:“ Se o paciente tiver abertamento, a gente vai poder passar uma placa miorelante?”
Professora:” A placa miorelaxante é bem dura, não é o recomendado nesse momento de troca
de dentes, é preciso usar um material mais leve se a criança tiver bruxismo... é necessário
observar se a criança está tendo desgaste do dente, aí é feito”

Depois disso vamos avaliar os dentes, vamos avaliar testura, coloração dos dentes , observar
as lesóes nos dentes e para esse exame dos dentes é fundamental o campo estar limpo, seco e
iluminado. Antes de fazer essa avaliação dos dentes voces tem que fazer uma profilaxia,
remvendo a placa e biofilme, pois esse biofilme pode mascaras uma mancha branca ativa e no
momento do seu exame voce não colocar que tem uma mancha branca ativa, é importante o
compo estar seco... por exemplo: Quando temos uma mancha branca, para identificarmos se
ela esta ativa ou inativa temos que secar BEMMMM o dente, secar bem mesmo por que eu
preciso que os fluídos que estão recobrindo o esmalte realmente saim e eu poder conferir se
existe mesmo opacidade e poder fazer a distinção de mancha branca inativa e ativa.

Nesse exame não utilizamos o explorador com a ponta ativa aguda, existe um explorador com
a bonda romba para avaliar a consistencia, jamais eu posso colocar um explorador em uma
mancha branca, por que se eu colocar um explorador em uma mancha branca eu vou cavitar,
por que se aquela area ta perdendo mineral é por que ela ta frágil, se eu coloco um
instrumento naquela aréa eu vou formar uma cavitação. Então se a mancha branca for passivel
de remineralizar e não ter perda de estrutura dental a gente tem que trabalhar dessa forma.
Então evitem o uso de explorador em manchas brancas, essa técnica americana de identificar
cárie se o explorador prender não existe mais por que a propria cicaticula pode prender sem
mesmo ser cárie. A ponta romba vai servir pra observar a consistencia e a textura de uma
lesão. Outra coisa , se tiver uma lesão pequena é necessário sim fazer exame radiografico, por
que por mais que voce observe ser pequena não subestime por que a polpa em deciduos é
mais volumosa, ela é mais fina então muitas vezes a gente pode achar que não é tão
profundo... seja profundo e já comprometa polpa.
Altevi:“Professora, a gente pode fazer pulpotomia na clinica?”

Professora:”Sim, a gente pode fazer pulpectomia, pulpotemia e tratamento endodontico, n´so


fazemos todos os tratamentos. O dente que já tem comprometimento pulpar... nesse caso
aqui(imagem da esquerda) tem comprometimento pulpar, ainda tem bastante raiz, nesse caso
ele já tem area de rarefação; esse paciente não sente mais dor, teve uma dor pregressa porem
houve comprometimento, os observamos area de rarefação; então qual o tratamento indicado
para esse caso? Qual o diagnostico? O diagnostico seria de periodontite periradicular cronica!
Qual o tratamento eu faria? Tratamento endodontico, ainda não esta na época do dente
permanente substituir o desciduo (a aula cortou o audio bem aqui)....Voce vão observar que os
dentes deciduos tem uma anatomia que difere dos permanentes e um dos fatores são os
canaliculos acessórios, são varios canaliculos auxiliares tambem que vão estar nessa região
também e por isso a rarefação sempre vai se dar aqui(região proxima a furca) mas isso não
quer dizer que comprometeu a furca, então nesse caso é possivel fazer um tratamento
endodontico, Agora se voce obsrvasse que essa area radiolucida fosse até a area
comprometendo a furca, não teria possibilidade de fazer o tratamento endodontico... ai
iriamos fazer a exodontia do elemento dentário.

O exame de imagem é o mais comum utilizado na clinica odontopediatrica mas existem outros
exames também, como exames sorologicos, exame de coagulação, exame do fluxo salivar ...e a
gente vai solicitando de acordo com a necessidade. O mais rotineiro é o exame de imagem!

Mediante todo esses questionamentos, exames fisicos, exames regionais, intraoral e extra
bucal; onde voce avaliou tecidos moles e duros... associado aos exames complementares e ao
nosso conhecimento, chegaremos a um diagnostico. Pra gente chegar ao diagnostico é muito
importante unir as peças do quebra-cabeça, mas que peças são essas ? Todos os dados
coletados na anamnese, associado aos dados do exame fisico, associado aos exames
complementares associando ao conhecimento cientifico e assim chegamos ao diagnostico.

O Diagnostico é a interpretação dos sinais de uma enfermidade , a fim de determinar a sua


natureza, então muitas vezes há patologias que vamos saber interpretar tantos os sinais como
os sintomas que esse paciente vai vir relatar além disso é necessario o reconhecimento de
outras alterações que não são patologias mas que são necessários para chegar no diagnostico.

 CONSIDERAR;
-Dados obtidos na anamnese e exame geral e especifico do paciente
-Momento de desenvolvimento bio-psico-social da criança
-Multicasualidade das doenças
-Experiência clínica e conhecimento profissional

Diagnosticar é fácil? Não , na criança voce vai ter que investigar muito a criança pra
poder saber os sintomas , por que as vezes a criança não consegue dar uma resposta
fidedignada ao que ta acontecendo.

Através apenas dessa imagem, voces poderiam dar um diagnostico? Não !

Nesse caso, esse paciente apresenta uma mancha branca a nivel cervical e ela é porosa,
rugosa e opaca; quando eu sequei bem ela ficou opaca. Nesse caso qual seria o diagnostico
para essa lesão? Mancha branca ativa ! Então nessa situação já existe uma cavitação em
esmalte, então qual o tratamento? A remineralização que consiste na fluorterapia, onde voce
vai fazer varias sessões, onde nessa area onde teve perda de minerais consiga receber esses
minerais e assim ser possivel a sua remineralização. Nós vamos ver que exitem varios
diagnósticos de mancha branca
Olha essa situação seguinte, mancha branca opaca, o brilho da foto é da foto e não da mancha,
quando segou bem a mancha se mostrou opaca e rugosa, então é uma mancha branca ativa,
daí voces observam uma mancha branca na cervical... essa lesão voces podem observar que
esta amarelada e quando eu passei a cureta ela estava amolecida,então, a dentina esta
amolecida e amarelada; então qual diagnostico eu daria pra essa lesão? Cárie ativa, se fosse
uma lesão que estivesse escura e dura... seria uma cárie inativa.

Observem esse caso aqui, esse caso é preocupante, eu precisaria dos exames de imagem para
dar o diagnostico por que ela ta bastante profunda e eu precisaria do exame de imagem para
observar se tem alguma alteração pulpar ou periradicular, eu teria que unvestigar essa criança
em relação a sintomatologia... se ela tem sintomatologia atual, se ela já teve uma historia de
sintomatologia. A paciente relatou ter sentido dor há um mês atras, mas atualmente não
sentia; se eu ver que na região periradicular não tem nenhuma rarefação então eu posso dizer
que o diagnostico é de necrose pulpar e o tratamento seria uma terapia pulpar.
Então aqui voces podem observar uma lesão pequena, escura, opaca, enegrecida e quando foi
colocado uma cureta percebeu que a lesão estava dura, então qual seria o diagnostico dessa
lesão ? Cárie inativa, se é uma cárie que está só em esmalte , a gente acompanha e proserva, a
gente vai ver que nessas lesões de esmalte nós fazemos o acompanhamento. Se fosse uma
cavidade inativa porem estivesse em dentina, nós sabemos que a cárie inativa é uma cárie que
já esta estabilizada, a doença parou mas como existe a cavidade já em dentina, voces
acompanhariam ou restauravam? Restauravam por que aquela cavidade vai servir de nicho
para acumulo de biofilme, então restaura assim devolvendo função.

Josy Larissa:”Quando a cárie está em esmalte nós não restauramos?”

Professora :“Não,hoje trabalhasse com uma técnica minimamente invasiva, então em esmalte
a progressão de uma lesão de esmalte pra chegar em dentina ela demora muito tempo, então
por isso a gente acompanha/monitora de 2 em 2 meses fazendo fluorterapia, as vezes a gente
usa selante.”
Aqui estamos observando tecido gengival inflamado, aqui é um caso de hiperplasia queestá
relacionado a medicamento, ele é um paciente convulsivo, ele toma medicamentos e a base
desses medicamentos ocasionam isso. O tratamento seria cirurgico mas associado a isso teria
que ter acompanhamento médico

Essa alteração é chamada de estomatite, como é o caso dessa criança que possui essas
vesiculas afetando os labios e toda essa região peribucal. Esse é um caso de gengivite
estomatite herpetica.
Já chegamos ao diagnostico e agora vamos ao planejamento de tratamento que corresponde
a uma lista ordenada de procedimentos, visando atender as necessidades e expectativas do
paciente . Na verdade quando voces avaliam os pacientes de voces, voces avaliam varias
alterações, para cada lesão voces vão ter um diagnostico e uma indicação de tratamento.
Então voce sabe quais tratamentos voce vai realizar mas voce tem que organiza-los de forma
bem ordenada por fases. Qual a funcão desse planejamento? Chegar a esse equilibrio biologico
e restaurar a funcionalidade de todos os tecidos bucais. Esse planejamento tem que ser
individualizado, com base no risco e atividade de cárei daquela criança.

Esse plano de tratamento vai ser realizado apartir do risco( probabilidade desse individuo
desenvolver uma doença) e esse risco pode ser identificado ou não identificado. Quando a
gente perguntar sobre o risco de cárie, é pra saber se ele é identificado ou não identificado.
Identificado é quando ele vai ter vários fatores causais ali presente( hábitos de higiene
deficiente , fatores diéteticos cariogenicos, fatores de apinhamento que fazem com que
promova o acumulo de biofilme). Então são vários fatores que vão identificar se aquela criança
corre risco ou não daquela doença

Também vamos observar o perfil de atividade desse paciente, quando eu falar assim “Qual o
perfil de atividade desse paciente?” Voce vai responder se tem atividade ou se não tem
atividade, ou seja, o paciente é cárie ativo ou não cárie ativo? Ou ele é livre de cárie?

Se esse paciente tiver uma lesão ativa, ele vai ser classificado como cárie ativo, daí a gente vai
avaliar se tem necessidade restauradora ou se não tem necessidade restauradora.

Exemplo de paciente cárie ativo e que tenha necessidade restauradora: Lesão cariosa ativa em
dentina.

Exemplo de paciente cárie ativo e sem necessidade restauradora: Mancha branca ativa
Exemplo de paciente cárie inativo e com necessidade restauradora: Aquela lesão inativa mas
que estão em dentina, então para devolver forma e função é necessario restaurar

Exemplo de paciente cárie inativo e sem necessidade restauradora :Mancha branca inativa, por
que ela não precisa fazer nada, só monitorar

Voces lembram como se apresenta uma mancha branca inativa? Lisa e brilhante. Voces vão ver
que existem várias situações de mancha branca, a mancha branca inativa ocorre na cervical do
dente ,onde o biofilme está present; mas temos outras manchas brancas que vão estar na
parte incisal do dente e que são defeitos de esmalte.

O plano de tratamento nós vamos fazer por fases , quais são as fases?

 Fases: Urgencia, sistemica, educação do paciente e pai/responsavel,


preparatória( adequação do meio), reabilitadora e de acompanhamento(manutenção)

O planejamento precisa chegar a um ideal e pra isso ele é dividido em fases, quais são
essas fases? Urgencia, sistemica(quando o paciente tem algum problema sistemico e é
preciso entrar com alguma medicação),educação do paciente e pai/responsavel,
preparatória( adequação do meio), reabilitadora e de acompanhamento(manutenção)

 Urgência: dor espontânea, traumatismo dental, abscessos agudos em tecidos moles


 Fase sistêmica: pacientes com história pregressa de doenças sistêmicas. Contato com
o médico pediatra
 Educação do paciente: orientações e motivações da criança e o responsável quanto á
higiene e dieta.
 Fase preparatoria: eliminação de focos e controle do quadro clinico
- exodontias
-tratamentos pulpares
-adequação de meio( eliminação da placa, escavação em massa e preenchimento com
CIV)
- fluorterapia (4 a 6 sessões, iniciando na primeira sessão restauradora) ou profilaxia +
ATF
-selantes de cicatrículas e fissuras

Voces precisam entender que oara reabilitar um paciente eu preciso antes eliminar
foco de infecção, eu preciso antes equilibrar esse meio, se o paciente tiver muita cárie
então o ph dele vai estar baixissimo, então eu vou precisar equilibrar o ph, vou
eliminar os focos. Como vou eliminar esse focos? Exodontias,tratamentos
pulpares(pulpotomia e pulpectomia),adequação de meio( eliminação da placa,
escavação em massa e preenchimento com CIV),fluorterapia (4 a 6 sessões, iniciando
na primeira sessão restauradora) ou profilaxia + ATF,selantes de cicatrículas e fissuras
Essa escavação eu vou fazer isolamente relativo, seco o dente , pego uma cureta e vou
remover superficialmente aquele tecido cariado, depois vou preencher as cavidades
com ionomero, um material que libera fluor então nesse moment é o ideal para
adequação, com isso eu consigo um equilibro bucal do ph desse paciente. Eu
conseguindo o equilibrio eu vou ter condições mais favoraveis para reabilitar esse
paciente. É possivel fazer as terapias com flúor e uso dos selantes.
 Fase reabilitadora: devolver a forma e a função do aparelho mastigatório

-Restaurações

-Ortodontia preventiva

-Prótese

Essa fase preparatorio é muito importante de forma que quando eu chegar na fase
reabilitadora eu possa devolver a forma e função e ter condições satisfatorias para
trabalhar, é aí que eu vou fazer as restaurações definitivas, nesse momento eu vou
restauras aqueles dentes que fiz a pulpotomia. Nessa fase, se eu tiver feito exodontia
eu vou avaliar nesse que foi removido o dente, eu vou avaliar se o dente sucessor vai
estar proximo da erupção ou não, por que se não estiver proxímo eu vou ter que fazer
um mantenedor de espaço e aí eu começo com a ortondontia preventiva também ou
então em colocar protése em pacientes que perdem os dentes muito cedo.

 Fase de manutenção(controle períodico): segundo a necessidade individual.


Determinada basicamente pelo perfil de atividade de cárie.

-Com atividade de cárie ou cárie-ativo: 3 em 3 meses

-Sem atividade de cárie ou cárie-inativo: 6 em 6 meses

-Controle das lesões existentes hábitos de higiene e dieta, dentes traumatizados, cronologia e
sequencia de erupção,etc.

Nessa fase é muito importante o monitoramento, a gente tem que vê que não estamos só
tratando a lesão, estamos tratando a doença, ou seja, eu só posso dar alta para o meu
paciente quando eu percebo que ele mudou os hábitos de higiene, que eu consigo ver
mudança na dieta com o paciente, que eu consiga ver uma mudança de comportamento.
Então a gente tem que ta avaliando que o simples fato de ter fechado uma cavidade não
significa que eu tratei o paciente, eu preciso avaliar todos os fatores e assim eu consigo fazer
um controle da doença.

Ai vem a pergunta “ Professora, o planejamento é o que é ideal, então o que a gente faz é
planejar, porém no momento de executar pode ocorrer alguma alteração?” Pode, no
momento da execução mas no plano não, no plano voce planeja o que é mais favoravel. As
vezes voce pegou aquele paciente, fez o exame e palnejou uma pulpotomia mas pode ser que
no momento que voce for executar a pulpotomia ele esteja mais avançada e voce precise fazer
uma pulpectomia. Outro caso tbm, o comportamento do paciente, ele já pode ter tido um
trauma e veio de vários consultorios sem conseguir ser atendido por conta do seu
comportamento, o plano segue o mesmo mas existe uma forma de manejo que se chama de
dessensibilização, o que significa isso? Nós vamos começar com procedimentos menos
invasivos e gradativamente nós vamos para procedimentos mais invasivos, mas pode ser que
haja mudança no momento de execução desse plano. Então no plano de tratamento a gente
procura fazer o que é ideal mas pode ser que ocorra uma mudança.

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