Você está na página 1de 37

Resistência dosResistência dos

Materiais IMateriais I
AULA 1AULA 1--CONCEITOS DECONCEITOS DE
TENSÃOEDEFORMAÇÃOTENSÃO E DEFORMAÇÃO
TENSÃOEDEFORMAÇÃOTENSÃO E DEFORMAÇÃO
Prof José Julio de C Pituba
Depto de Engenharia Civil
Campus Catalão
1
11-
--
Conceit
ConceitConceito
oo
de
dede
T
TTe
eensão e
nsão ensão e
De
DeDef
ffo
oorma
rmarmaç
çção
ãoão
1.1
1.11.1-
--
In
InIntr
trtroduç
oduçodução
ãoão
Hipóteses na análise elástica de tensões deformações:
1.
O material tem comportamento elástico: é quando um corpo
que sujeito a forças externas, retorna completamente a sua
forma inicial quando as forças são retiradas (no fim do
descarregamento
e
= 0)
2.
O material tem comportamento elástico linear: a relação ente
tensão e deformação é linear
s
s

carregamento
E
carregamento
descarregamento
e
e
e

Comportamento Comportamento
elástico não-linear elástico linear
1.1
1.11.1-
--
In
InIntr
trtroduç
oduçodução (c
ão (cão (con
onont...)
t...)t...)
3.
O material é homogêneo: todos os pontos do corpo têm as
mesmas propriedades, ou seja, seguem as mesmas equações
4.
O material é isótropo: as propriedades elásticas (E e n) são
iguais em todas as direções.
5.
Há continuidade dos deslocamentos: os deslocamentos de nós
vizinhos são iguais, não há falhas internas ou fraturas
6.
Os deslocamentos e as deformações são pequenos
1.2
1.21.2-
--
R
RRe
eevisão
visãovisão
de Mec
de Mecde Mecâ
âânic
nicnica
aa
das Es
das Esdas Estrutur
truturtruturas
asas
(Es
(Es(Esf
ffor
ororç
çço
oos Simples)
s Simples)s Simples)
Seja um corpo em equilíbrio sujeito a um conjunto de forças. Se
separarmos o corpo em duas partes (A e B) através de um corte qualquer,
para que cada parte permaneça em equilíbrio devem aparecer no CG da
para que cada parte permaneça em equilíbrio devem aparecer no CG da
seção do corte forças internas (
r
F

r
m

) equivalentes à parte que foi

retirada. Assim cada parte fica em equilíbrio separadamente.

FFrFx
Fy
PARTE A
(em equilíbrio)
FC
Fz
mr
C CG da seção do corte

r
F

vetor da força resultante no

CG, devido à parte que foi


FFxFy, F:componentes
, FFz :componentes
retirada
de F em x, y e z
1.2
1.21.2-
--
R
RRe
eevisão
visãovisão
de Mec
de Mecde Mecâ
âânic
nicnica
aa
das Es
das Esdas Estrutur
truturtruturas
asas
(Es
(Es(Esf
ffor
ororç
çço
oos Simples)
s Simples)s Simples)
FFy
PARTE A
C
Fx
F
(em equilíbrio)
Fz
m
r
r
F

são obtidos reduzindo as forças da parte B ao CG da seção do corte

na parte A.

As forças internas

r
F
e

r
m

r
m

r
F

noCGdaseção da parte B sãoig ais em mód lo


no CG da seção da parte B são iguais em módulo,
As forças internas

mas têm sentidos contrários à força

e o momento

na seção da parte

(se as forças externas de A e B se equilibram, as forças internas de A e B


t bé d ilib )
também devem se equilibrar).
1.2
1.21.2-
--
R
RRe
eevisão
visãovisão
de Mec
de Mecde Mecâ
âânic
nicnica
aa
das Es
das Esdas Estrutur
truturtruturas
asas
(Es
(Es(Esf
ffor
ororç
çço
oos Simples)
s Simples)s Simples)
São obtidos decompondo a força

r
F

e o momento

r
m

que atuam no CG da

r
M

seção S do corte em 2 componentes: uma perpendicular ao plano do corte


e momento
r
Q

r
T

r
N
(força

) e outra no plano do corte (força

e momento

Seção S Seção
1.2
1.21.2-
--
R
RRe
eevisão
visãovisão
de Mec
de Mecde Mecâ
âânic
nicnica
aa
das Es
das Esdas Estrutur
truturtruturas
asas
(Es
(Es(Esf
ffor
ororç
çço
oos Simples)
s Simples)s Simples)
r
FF
r
Mr
T
r
Qr
N

Esforços simples atuantes na seção

r
NN

r
m

C
Esforço Normal

Esforço Normal
Esforço Cortante
Momento Torçor
Momento Torçor

Momento Fletor
C
Seção S Seção S
r
T

rN

r
Q

r
Q
r

vM

r
M

Cálculo dos esforços em uma seção S qualquer da estrutura:


Pode ser feito reduzindo as forças da parte A para o CG da seção na parte
B ou reduzindo as forças da parte B para o CG da seção na parte
(escolhe-se o lado que der menos trabalho para calcular)
.

F1
Pelas forças da
Pelas forças da
F2 S
F2 S
esquerda:
direita:
RH
Rv
S
F1 F2
S
Rv
.F.Fy
1.3
1.31.3-
--
De
DeDefiniç
finiçfiniçã
ãão de T
o de To de Tensão
ensãoensão
Seja um corpo em equilíbrio sujeito a um conjunto de forças. Se fizer
um corte paralelo ao eixo yz, aparecerão nos pontos do corte forças
internas devido à parte que foi retirada. Assim cada parte fica em
equilíbrio separadamente.
P: ponto qualquer do corte
P: ponto qualquer do corte
.Fx .A: área na vizinhança de P, de
P normal paralela a x
P normal paralela a x
.Fz .F: vetor da força resultante em
.A devido à parte que foi
.A, devido à parte que foi
retirada
..Fx
.
.
.

.FF
..FFy
.
.

.
=.
.

.Fx, .Fy, .F:componentes de .F em x, y e z


z
..
.F
.
z
.
1.3
1.31.3-
--
De
DeDefiniç
finiçfiniçã
ãão de T
o de To de Tensão (c
ensão (censão (con
onont.)
t.)t.)
.F.Fy
Força média (por unidade de área)
Força média (por unidade de área)
.F

em .A é
.A

dFFlimt==
.A..dsA0.
.sx
t
=
..
txy
..
t = vetor de tensão em P
.
..
.
.txz
.Fx
tensão normal em P
s
=s=
lim
xx
x
.A.
0
.A
.FFy
.
tensão cisalhante em P na direção y
s
=
t
=
limxy
xy

.A.
0
.A
.Fz
tensão cisalhante em P na direção z s
=
t
=
lim
xz
xz

.A.
0
.A

1º índice (i) indica o eixo que é perpendicular à face onde atua a tensão
sij
2º índice (j) indica a direção da tensão

P
.Fx
.F.Fz
1.3
1.31.3-
--
De
DeDefiniç
finiçfiniçã
ãão de T
o de To de Tensão (c
ensão (censão (con
onont.)
t.)t.)

Como a tensão reflete a ação que consiste de uma força distribuída


í dbã l dddã
contínua agindosobre a seçãotransversal em P, a unidade detensãono
SI é dada por N/m2, também conhecida como Pascal (Pa). Como esta
unidade é pequena no contexto dos materiais estruturais, usualmente
tili fi il i jkPMP GP
utilizam-se prefixos como quilo, mega e giga, ou seja, kPa, MPae GPa,
respectivamente.
sy
sz
zxdx sy
z
zxdx sy
1.3
1.31.3-
--
De
DeDefiniç
finiçfiniçã
ãão de T
o de To de Tensão (c
ensão (censão (con
onont.)
t.)t.)
Tensor das tensões
UUm ponto PP quallquer dde um sólidólido éé representaddo por um cubbo dde
dimensões infinitesimais (dx, dy, dz). O estado de tensões em P é
definido pelas tensões que agem em 3 faces perpendiculares do cubo.
Tensor de tensões em P
z ..
s
t.

x
xy
xz

[]=.
t
.
s
st
s
.yx
yyz
.
x s
x
x .tt
tt
ss

tyx
..zxzy
.

dz
sz
dy
.ss
s.
x
xy
xz

d
s
.
.
.

[s]=.syx
sy
syz

.ss
s.
.
zxzy

[s] é simétrico: tzy


=tyz
tzx
=txz
txy
=tyx
1.3
1.31.3-
--
De
DeDefiniç
finiçfiniçã
ãão de T
o de To de Tensão (c
ensão (censão (con
onont.)
t.)t.)

Convenção de sinais:
s
> 0 se produzir tração
s
< 0
se produzir
compressão
compressão

Se
s
de tração for no sentido
positivo do eixopos
Se for no sentido do
t>
0

eixo
Se for no sentido
t<
0

dx sy
contrário do eixo

Se
s
de tração tiver o sentido contrário do eixo:
Se for no sentido contrário do eixo
t>
00
t<
0

Se for no sentido do eixo


sy
sz
sx sx
x
yxt
zxdx
dz
dy
sy
sz
P
P
1.3
1.31.3-
--
De
DeDefiniç
finiçfiniçã
ãão de T
o de To de Tensão (c
ensão (censão (con
onont.)
t.)t.)
CCorpo subbmetido apenas a uma tensãão normal
id l
Barra em equilíbrio sujeita a 2 forças P (de tração ou compressão)
nas suas extremidades
nas suas extremidades
A = área na seção do corte
F = Força interna que age na
Se fizer um
seção do corte
corte em a
F
F
F > 0 se P é de tração
P F < 0 se P é de compressão

P
s=
Tensão normal no corte
A

Obs: todas as outra componentes de tensão são nulas


1.3
1.31.3-
--
De
DeDefiniç
finiçfiniçã
ãão de T
o de To de Tensão (c
ensão (censão (con
onont.)
t.)t.)
CCorpo subbmetido apenas a uma tensãão de ciisalhlhamento
id d
A parte superior do corpo está sendo arrastada por uma força P: o
tá d ilh d
corpo está sendo cisalhado.
Se fizer um corte
separando as 2separando as 2
partes
A = área na seção do corte
A área na seção do corte
V = Força interna que age na seção do corte

VP
TTensãão ciisalhlhantte médiédia no cortte
tm
=
=

AA
1.3
1.31.3-
--
De
DeDefiniç
finiçfiniçã
ãão de T
o de To de Tensão (c
ensão (censão (con
onont.)
t.)t.)
Corpo submetido apenas a uma tensão de cisalhamento (cont.)
Exemplo: O rebite, que une 2 corpos que estão sendo tracionados, é
cisalhadocisalhado na interface que une os 2 corpos:na interface que une os 2 co
rpos:
rebite
Se fizer um corte na interface de
união das 2 chapas
A = área do rebite na seção do corte
V= Força interna que age na seção do corte

V Força interna que age na seção do corte

VP
Tensão cisalhante média no corte
tm
=
=

AA
1.3
1.31.3-
--
De
DeDefiniç
finiçfiniçã
ãão de T
o de To de Tensão (c
ensão (censão (con
onont.)
t.)t.)
Tensões admissíveis; fator de segurança
Para garantir a segurança de uma estrutura, é necessário escolher uma
tensão admissível que restrinja a carga aplicada, a uma que seja menor que
aquela que a estrutura possa suportar. Grosso modo, é isso que as normas
técnicas recomendam em seus equacionamentos. Há vários motivos para
isso:
-Imprecisão de cálculo;
-IImperffeiiçõões oriiunddas ddo processo dde ffabbriicaçãão;
-Variabilidade nas propriedades mecânicas dos materiais;
-Degradação do material, etc.
o coeficiente de segurança é selecionado baseado no tipo de estrutura e suas
aplicações.
APLICA
APLICAAPLICAÇ
ÇÇÕ
ÕÕE
EES
SS
!!!
!!!!!!
Uma das maneiras de especificar a tensão admissível é definir um coeficiente
de segurança dado por:
As tensões de ruptura e escoamento são determinadas experimentalmente e
1.4
1.41.4-
--
De
DeDefiniç
finiçfiniçã
ãão de De
o de Deo de Def
ffo
oormaç
rmaçrmação
ãoão
Significado físico da deformação
Quando uma força é aplicada a um corpo, tende a mudar a forma e o
tamanho dele. Tais mudanças são denominadas de DEFORMAÇÃO. A
deformação pode ser imperceptível em materiais estruturais, sendo
necessários equipamentos para fazer medições em experimentos
relacionando a deformação com tensões que atuam no interior dos corpos
ou cargas aplicadas.
Portanto, a deformação é a mudança de forma do sólido. É dada pela
variação dos deslocamentos num sólido.
Contudo se todos os pontos do sólido têm o mesmo deslocamento não há
Contudo, se todos os pontos do sólido têm o mesmo deslocamento, não há
variação dos mesmos e, portanto, não há deformação. Diz-se então, que o
sólido possui movimento de corpo rígido.
Posição inicial

Todos os pontos da barra se deslocam


v0

de u0 na direção x e v0 na direção y
y
u0 Posiição ddesllocadda
1.4
1.41.4-
--
De
DeDefiniç
finiçfiniçã
ãão de De
o de Deo de Def
ffo
oormaç
rmaçrmação (c
ão (cão (con
onont.)
t.)t.)
Deformação linear ou esppecífica (e)
Barra sujeita à força axial P (de tração) na sua extremidade: a barra
sofre um alongamento .L.
.L L = comprimento inicial da barra
.L = alonggamento da barra
L
Deformação linear (e) = alongamento por
unidade de comprimento .L

e=

(grandeza adimensional, normalmente


L
expressa em mm/mm ou em %)
expressa em mm/mm ou em %)

se P é de compressão
<
e
0
a barra sofre contração
se P é de tração

se P é de tração
e
>0
e
>0
a barra sofre alongamento
a barra sofre alongamento
1.4
1.41.4-
--
De
DeDefiniç
finiçfiniçã
ãão de De
o de Deo de Def
ffo
oormaç
rmaçrmação (c
ão (cão (con
onont.)
t.)t.)
Deformação linear ou específica (e)(cont.)
Deformação linear ou específica (e) (cont.)

.u
ex
=

.
x
ey
=
.
v
.
y
.w
e=

z
.
z

Se o corpo se deforma nas direções x, y e z sendo:

u: deslocamento na direção x
v: ddleslocamentto na didireção y
ã
w: deslocamento na direção z
Deformação linear na direção x

Deformação linear na direção y


Deformação linear na direção z
1.4
1.41.4-
--
De
DeDefiniç
finiçfiniçã
ãão de De
o de Deo de Def
ffo
oormaç
rmaçrmação (c
ão (cão (con
onont.)
t.)t.)
Deformação angular (ou cisalhante ou tangencial) (g)
Deformação angular (ou cisalhante ou tangencial) (g)
Elemento infinitesimal sujeito a tensões cisalhantes:

B D
.-90.

deformação
ou
A C
g alteração angular que ocorre nos ângulos inicialmente retos (o
ânggulo BAC qque era reto foi reduzido de gg)

Se a deformação angular ocorre no plano yz:


..
w
.v
.yz
=
+

.
y
.
z

A
B
C
D
C
yz
.
..
.
u
.
v
gno plano xz: .=

gno plano xy: xz


.xy
=
+
.
.x
.
y
.
x
1.4
1.41.4-
--
De
DeDefiniç
finiçfiniçã
ãão de De
o de Deo de Def
ffo
oormaç
rmaçrmação (c
ão (cão (con
onont.)
t.)t.)
Tensor das deformações
Elemento infinitesimal sujeito a tensões cisalhantes e tensões
normais no plano xy:
DEFORMAÇÃO ANGULAR
Tensor de deformações em um ponto P do sólido para o caso bidimensional:
.
..
.ex
exy
.
e.xy
.yx
[]
=
.
x
2xy
.
e=
e=

xy
yx
e

.
.
ou []e=
.
.
22

.eee
.
e
.
yx

.
yx
y
.
.
..ey
.
.
..
.
2
.
1.4
1.41.4-
--
De
DeDefiniç
finiçfiniçã
ãão de De
o de Deo de Def
ffo
oormaç
rmaçrmação (c
ão (cão (con
onont.)
t.)t.)
Tensor das deformações (cont)
Tensor de deformações em um ponto P do sólido para o caso
tridimensional:

.
...
..
xy
xz
.ee
e
.
.ex
.
x
xy
xz

22
.
.
..
..
yx
yz
[]e=.eyx
ey
eyz
.
ou []=.
e
.
e
y
.22
.
.
..
.
.ezx
ezy
ez
.
..
.
.zy
.

zx
.ez
.
22
.
[e] é simétrico: ezy
=eyz
ezx
=exz
exy
=eyx

Em aplicações estruturais, é razoável admitir que as deformações ocorridas no


interior de um corpo sejam quase infinitesimais, levando ao caso em que as
deformaçõesdeformações sejam muitomuito pequenas em comparação com a unidadeunidade. Esta
sejam pequenas em comparação com a Esta
hipótese é utilizada na ANÁLISE DE PEQUENAS DEFORMAÇÕES. Isso implica em
senos e e cossenos de ângulos sejam unitários e tangentes de ângulos sejam
iguais aos próprios ângulos simplificando vários equacionamentos
iguais aos próprios ângulos, simplificando vários equacionamentos.
APLICA
APLICAAPLICAÇ
ÇÇÕ
ÕÕE
EES
SS
!!!
!!!!!!

Você também pode gostar