Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Cálculo Vetorial
1 Superfícies
O objetivo dessa seção é dar uma ideia de como se obtém parametrizações para uma
superfície e, uma vez obtida, como obter o valor da sua área. A subseção seguinte mostra
exemplos de parametrizações.
Exemplo 1.1.1.
1
- IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - I
1.1 Exemplos de parametrização 1 SUPERFÍCIES
Exemplo 1.1.2.
2
- IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - I
1.1 Exemplos de parametrização 1 SUPERFÍCIES
Exemplo 1.1.3.
Agora fixando u = 0 temos que →−r (0, v) = (v, v, 0). Observe que à imagem desta
curva é uma reta sobre o plano x × y. Ao fixar u 6= 0 teremos também uma reta,
mas agora rotacionada.
3
- IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - I
1.1 Exemplos de parametrização 1 SUPERFÍCIES
Exemplo 1.1.4.
→
− 2 3
r : ([0, 2π] × [0.5, 2]) ⊂ R → R definida por
à Vejamosagora a função vetorial
→
− 1 1
r (u, v) = cos(u), sen(u), v .
v v
1
Fixe v. A variação de u de 0 à 2π gera círculos de raio v paralelos ao plano x × y.
A altura desse círculo com relação ao plano x × y é v.
Como a variação de v está restrita de 0.5 à 2 então nota-se que haverá uma
sequência de círculos de raios decrescentes nesse intervalo.
Essa função define uma parametrização para a superfície ilustrada abaixo, que é
uma superfície obtida pela rotação de um ramo de hipérbole.
4
- IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - I
1.1 Exemplos de parametrização 1 SUPERFÍCIES
Exemplo 1.1.5.
Para garantir que essa superfície é de fato um círculo, podemos verificar que
a distância entre qualquer ponto sobre a superfície e a origem do sistema é
exatamente igual a 1.
5
- IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - I
1.1 Exemplos de parametrização 1 SUPERFÍCIES
Exemplo 1.1.6.
6
- IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - I
1.2 Área de superfícies 1 SUPERFÍCIES
→
−
r (u, v) = (x(u, v), y(u, v), z(u, v)) .
Fixemos um ponto do domínio R, digamos (u0 , v0 ). A função vetorial irá associar esse
ponto ao ponto (x(u0 , v0 ), y(u0 , v0 ), z(u0 , v0 )) que está no espaço R3 .
de superfície S.
Localize o ponto →−
r (u0 , v0 ) no espaço. Imagine apenas uma das variáveis independentes
fixa e a outra com pequenas variações. Por exemplo, considere u0 fixo e v tendo pequenas
variações. Logo após pense ao contrário, agora v0 fixo e u varia.
7
- IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - I
1.2 Área de superfícies 1 SUPERFÍCIES
Para determinar a área de uma superfície usaremos a noção de limite. Devemos pensar
numa partição sobre a superfície, ou seja, subdividir a superfície em pequenos pedaços.
Para isso, criamos uma partição sobre o domínio R e essa partição, através da função
vetorial →
−
r , gera uma patição sobre a superfície S.
8
- IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - I
1.2 Área de superfícies 1 SUPERFÍCIES
ZZ
→
∂− →
−
ZZ
r ∂ r
A(S) = dσ =
∂u × ∂v
dA,
S R
onde temos
∂→
−
r
à (u, v) = (−3 sen(u), 3 cos(u), 0),
∂u
Prof. André Meneghetti - Profa. Cinthya Meneghetti
∂→
−
r
à (u, v) = (0, 0, 1),
∂v
∂−
→
r ∂−
→
r
à ∂u × ∂v = (3 cos(u), 3 sen(u), 0),
−
→ ∂−
→
à
∂∂ur × r
∂v
=3
e, além disso, a região R é tal que u ∈ [0, 2π] e v ∈ [0, 7]. Portanto,
ZZ
→
∂− ∂→
−
Z 2π Z 7
r r
A(S) =
×
dA = 3dvdu = 42π u.a.
R ∂u ∂v
0 0
9
- IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - I
1.3 Integrais de superfícies 1 SUPERFÍCIES
→
∂− ∂→
−
ZZ ZZ
r r
f (x, y, z)dσ = f (x(u, v), y(u, v), z(u, v))
×
dA
S R ∂u ∂v
(3)
A maneira de resolver essas integrais é semelhante
ZZ aquela vista na seção anterior. Vimos
que para calcular uma integral da forma dσ é necessário determinar uma parametri-
S ZZ
zação para a superfície S. Uma integral de superfície f (x, y, z)dσ admite resolução
S
Prof. André Meneghetti - Profa. Cinthya Meneghetti
ZZ
Exemplo 1.3.1. Calcule x2 dσ, onde S é a superfície da esfera unitária.
S
Resolução:
→
−
r (u, v) = (sen(v) cos(u), sen(v) sen(u), cos(v))
com u ∈ [0, 2π) e v ∈ [0, π].
Portanto,
→
∂− ∂→
−
ZZ ZZ
r r
x2 dσ = (sen(v) cos(u))2
∂u ×
dA
S R ∂v
onde
∂→
−
r
= (− sen(v) sen(u), sen(v) cos(u), 0);
∂u
∂→
−
r
= (cos(v) cos(u), cos(v) sen(u), − sen(v)).
∂v
10
- IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - I
1.3 Integrais de superfícies 1 SUPERFÍCIES
→
∂− ∂→−
r r
Calculando
×
:
∂u ∂v
→
− →
− →
−
i j k
∂→
− ∂→
−
r r
× = − sen(v) sen(u) sen(v) cos(u) 0
∂u ∂v
cos(v) cos(u) cos(v) sen(u) − sen(v)
∂→
−
r ∂→
−
r
× = (− sen2 (v) cos(u), − sen2 (v) sen(u), cos(v) sen(v))
∂u ∂v
Prof. André Meneghetti - Profa. Cinthya Meneghetti
→
∂− →
−
r × ∂ r
= (− sen2 (v) cos(u))2 + (− sen2 (v) sen(u))2 + (cos(v) sen(v))2
p
∂u ∂v
→
∂− →
−
r ∂ r
∂u × ∂v
= | sen(v)|.
Logo,
ZZ ZZ Z 2π Z π
2 2
x dσ = (sen(v) cos(u)) sen(v)dA = (sen(v) cos(u))2 sen(v)dvdu =
S R 0 0
Z 2π Z π
2 2
cos (u)du sen (v) sen(v)dv =
0 0
Z 2π Z π
1 + cos(2u) 2 4
(1 − cos (v)) sen(v)dv = · · · = π.
0 2 0 3
Isto é,
ZZ
4
x2 dσ = π.
S 3
11
- IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - I
1.3 Integrais de superfícies 1 SUPERFÍCIES
Resolução:
Portanto,
→
∂− ∂→−
ZZ ZZ
r r
x − y − zdσ = ((u) − (1 − u) − (v))
×
dA
∂u ∂v
Prof. André Meneghetti - Profa. Cinthya Meneghetti
S R
→
∂− ∂→−
ZZ ZZ
r r
x − y − zdσ = (2u − v − 1)
×
dA
S R ∂u ∂v
onde
∂→
−
r
= (1, −1, 0);
∂u
∂→
−
r
= (0, 0, 1).
∂v
→
∂− →
−
r ∂ r
∂u × ∂v
:
Calculando
→
− →
−
→
−
i j
k
→
−
∂r →
−
∂r
× = 1 −1 0 = (−1, −1, 0)
∂u ∂v
0 0 1
→
∂− →
−
√
r × ∂ r
= 2.
∂u ∂v
Logo,
→
∂− ∂→
− √
ZZ ZZ
Z 1Z 1
r r
f (x, y, z)dσ = (2u − v − 1)
×
dA = (2u − v − 1) 2dudv.
S R ∂u ∂v
0 0
ZZ √
2
f (x, y, z)dσ = − .
S 2
12
- IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - I
1.4 Exercícios 1 SUPERFÍCIES
1.4 Exercícios
◦ Exercício 1. z
Usando integrais de superfícies, calcule a área do cilindro. 7
Use a parametrização
→
−
r (u, v) = (3 cos(u), 3 sen(u), v) 3
y
x
no qual u ∈ [0, 2π] e v ∈ [0, 7]. (x2+y2)=3²
0< z 7
<
◦ Exercício 2. z
Usando integrais de superfícies, calcule a área do cone.
Prof. André Meneghetti - Profa. Cinthya Meneghetti
4
Use a parametrização
→
−
r (u, v) = (v cos(u), v sen(u), v)
1 y
x
no qual u ∈ [0, 2π] e v ∈ [0, 4]. z=(x2+y2)1/2
◦ Exercício 3.
Usando integrais de superfícies, calcule a área do parabo- z
4
loide.
Use a parametrização
→
−
r (u, v) = v cos(u), v sen(u), v 2
y
2
x
2 2
z=(x +y )
no qual u ∈ [0, 2π] e v ∈ [0, 2].
◦ Exercício 4.
Usando integrais de superfícies, calcule a área da esfera de
raio R. z
Use a parametrização
R
→
− y
r (u, v) = (R sen(v) cos(u), R sen(v) sen(u), R cos(v))
x
no qual u ∈ [0, 2π] e v ∈ [0, π].
13
- IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - I
1.4 Exercícios 1 SUPERFÍCIES
◦ Exercício 5.
Usando integrais de superfícies, calcule a área hachurada da
esfera de raio R. Suponha que α = π6 e R = 3. z
R
Use a parametrização
→
−
r (u, v) = (R sen(v) cos(u), R sen(v) sen(u), R cos(v))
y
x
no qual u ∈ [0, 2π] e v ∈ [ 2π 4π
6 , 6 ].
◦ Exercício 6.
Usando integrais de superfícies, calcule a área do toro de
raios R e r, no qual r << R. z
Prof. André Meneghetti - Profa. Cinthya Meneghetti
Use a parametrização
y
→
−
r (u, v) = ((R + r cos(v)) cos(u), (R + r cos(v)) sen(u), r sen(v))
ZZ
◦ Exercício 7. Calcule a integral de superfície f (x, y, z)dσ
S
p
a) f (x, y, z) = z 2 , no qual S é a porção do cone z = x2 + y 2 entre os planos z = 1 e
z = 2;
b) f (x, y, z) = x2 y, no qual S é a porção do cilindro x2 + z 2 = 1 entre os planos y = 0,
y = 1 e acima do plano xy;
c) f (x, y, z) = x − y − z, no qual S é a porção do plano x + y = 1 no primeiro octante
entre z = 0 e z = 1;
d) f (x, y, z) = x + y + z, no qual S é a superfície do cubo definido por x ∈ [0, 1], y ∈ [0, 1]
e z ∈ [0, 1].
ZZ
◦ Exercício 8. Calcule a integral de superfície f (x, y, z)dσ na superfície S repre-
S
sentada pela função vetorial →
−
r (u, v).
a) f (x, y, z) = xyz,
no qual → −r (u, v) = (u cos(v), u sen(v), 3u) para u ∈ [1, 2] e v ∈ [0, π/2];
1
b) f (x, y, z) = p ,
1 + 4x2 + 4y 2
no qual → −r (u, v) = u cos(v), u sen(v), u2 para u ∈ [0, sen(v)] e v ∈ [0, π].
14
- IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - IMEF - FURG - I
1.4 Exercícios 1 SUPERFÍCIES
RESPOSTAS
Exercício 1 42π
√
Exercício 2 16 2π
√
(17 17 − 1)π
Exercício 3
6
Exercício 4 4πR2
Exercício 5 18π
Prof. André Meneghetti - Profa. Cinthya Meneghetti
Exercício 6 4π 2 rR = (2π)(2πR)
Exercício 7
15
√ π
√
2
a) 2 π 2 b) 4 c) − 2
d) 9
Exercício 8
a) √93 b) π
10 4
15