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CAPACITORES
20.1. INTRODUÇÃO
Fig. 20.1 - (a) Estrutura básica dos capacitores - (b) símbolo do capacitor de valor
fixo - (c) símbolo do capacitor variável
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Fig. 20.2 - (a) Capacitor isolado - (b) Capacitor ligado a uma bateria com a chave
aberta - (c) movimento das carga
Q A
C [20.1]
V l
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Para se obter grandes capacitâncias em pequenos volumes, várias camadas de
folhas metálicas e dieletricos são empilhadas (Fig. 20.4-a) Outro método consiste em se
enrolar as folhas com o dielétrico (Fig. 20.4-b).
20.4. O DIELÉTRICO
Para que seja possível fazer-se a isolação das placas do capacitor torna-se
necessário o uso de um dispositivo que não apenas cubra os espaços entre as placas, mas
sim restrinja a condução de corrente entre as placas metálicas do capacitor. Este
dispositivo é o dielétrico, que pode variar de capacitor para capacitor, conforme suas
necessidades e exigências de tensão.
A característica do dielétrico que descreve a sua capacidade de armazenar energia
elétrica é chamada de constante dielétrica. Usa-se o ar como referência e lhe é atribuída
uma constante dielétrica igual a 1. Alguns outros exemplos de materiais dielétricos são o
teflon, o papel, a mica, baquelite ou cerâmica. O papel, por exemplo, tem uma constante
dielétrica média de 4, o que significa que ele pode fornecer uma densidade de fluxo
elétrico quatro vezes maior que a do ar para uma dada tensão aplicada e para a mesma
dimensão física.
Na prática, a constante dielétrica K para cada dielétrico é definida pela relação
entre as capacitâncias de dois capacitores de dimensões iguais, onde um dos capacitores,
tem o vácuo como dielétrico, ou seja
C1
K1 [20.2]
CO
O r
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A tabela 20.1 mostra a constante dielétrica K para alguns materiais utilizados
como dielétricos a temperatura de 25 oC e na faixa de 60 Hz a 1 MHz
Dielétrico Constante K
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uma certa intensidade, através da seção transversal do isolante, quando é aplicada uma
tensão elétrica ao dielétrico. O mesmo fenômeno pode ser notado sobre a superfície
externa do isolante, o que define duas grandezas isolantes das mais importantes que são,
respectivamente, a rigidez dielétrica e a resistência superficial de descarga.
Todos os dielétricos possuem um valor limite de solicitação elétrica, valor este
que é característico de cada material sob condições normalizadas pré-especificadas.
Sendo ultrapassados esses valores, ocorre uma modificação geralmente irreversível no
material como, por exemplo, sua ruptura dielétrica, deformação permanente, modificação
estrutural, etc. Frequentemente, essa modificação afeta fundamentalmente as
propriedades isolantes do dielétrico.
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qual o alumínio é mergulhado em um banho eletrolítico e revestido com um camada
de óxido, por meio de corrente eletrica, no caso atuando como anodo.
Com relação a forma dos capacitores, as mais comuns estão apresentadas a seguir:
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Capacitor tipo caneca plástica (Fig. 20.6-a): Possuem como dielétrico filmes de
poliéster montado em multicamada. Têm aplicações em filtros, acoplamento de sinais,
circuitos temporizadores e lógicos.
Capacitor radial cintado (Fig. 20.6-c): Possuem como dielétrico o poliéster até
tensões de 250V e são montados em multicamada. Têm aplicações em circuitos
eletrônicos polarizados com dimensões reduzidas.
Fig. 20.6 - Tipos de capacitores - (a) caneca plástica - (b) axial - (c) radial cintado
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Fig. 20.8 - Fotografia de diversos tipos de capacitores
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Fig. 20.9 - (a) Estrutura interna de um capacitor cerâmico tubular - (b) Fotografia
de capacitores cerâmicos diversos
Capacitores de (Filmes) Plástico: São fabricados com duas fitas finas (filmes) de
poliéster metalizadas numa das faces, deixando, porém, um trecho descoberto ao
longo de um dos bordos, o interior em uma das fitas, e o superior na outra. As duas
fitas são enroladas uma sobre a outra, e nas bases do cilindro são fixados os terminais,
de modo que ficam em contato apenas com as partes metalizadas das fitas. O conjunto
é recoberto por um revestimento isolante. Estes capacitores são empregados em baixa
e média frequência e como capacitores de filtro e, as vezes, em alta frquência. Tem a
vantagem de atingir capacitâncias relativamente elevadas em tensões máximas que
chegam a alcançar do 1000 V. Por outro lado, se ocorrer uma perturbação no
dielétrico por excesso de tensão, o metal se evapora na área vizinha à perturbação sem
que se produza um curto-circuito, evitando assim a destruição do componente. Para
identificação pode-se usar o mesmo código de cores de resistores e o valor é dado em
pico Farad. Nestes capacitores existe uma 5a cor que representa a tensão de trabalho. A
Fig. 20.10 mostra este capacitor, e a Tab. 20.2 mostra a codificação em cores. Estes
capacitores também podem vir com o valor impresso no próprio corpo. A Fig. 20.11-a
mostra capacitores de poliéster com capacitância superior a 0,1 F, e Fig. 20.11-b
mostra capacitores de poliéster com capacitância inferior a 0,1 F. A Fig. 20.12
mostra capacitores de poliéster com terminais axiais, e a Fig. 20.13 mostra a estrutura
de um capacitor de poliéster metalizado.
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Fig. 20.11 Capacitores de poliéster com capacitância - (a) Superior a 0,1 F - (b)
Inferior a 0,1 F
Capacitores Eletrolítico de Alumínio: São formados por uma fita deste metal
recoberta por uma camada de óxido de alumínio que atua como dielétrico. Sobre a
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camada de óxido é colocada uma tira de papel impregnado com um líquido condutor
chamado eletrólito, ao qual se sobrepõe uma segunda lâmina de alumínio em contato
elétrico com o papel. Todo o conjunto é enrolado e introduzido num invólucro
cilíndrico, de alumínio, hermeticamente fechado. Este invólucro, frequentemente,
serve de contato elétrico para a segunda lâmina de alumínio e permite, tambem, a
fixação de um dos terminais, enquanto o outro é ligado a outra lâmina. Este tipo de
capacitor tem uma polaridade fixa, o que equivale dizer que funciona somente quando
a tensão é aplicada, ligando o positivo ao anodo (correspondente à lâmina de
alumínio recoberta pelo óxido) e o negativo ao catodo (que corresponde ao invólucro
metálico). A Fig. 20.14-a mostra capacitores de alumínio de pequena capacitância e a
Fig. 20.14-b mostra capacitores de alumínio de elevada capacitância. A Fig.
20.15mostra a estrutura de um capacitor eletrolítico de alumínio.
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capacitor de alumínio. Além do tipo tubular, é encontrado também na forma de
“gota”. Alguns capacitores de tântalo também possuem cores de identificação. A Fig.
20.16-a mostra capacitores de tântalo do tipo gota e a Fig. 20.16-b mostra capacitores
de tântalo de elevada qualidade. A Fig. 20.17 a seção de um capacitor eletrolítico de
tântalo.
Fig. 20.16 - Capacitores de tântalo - (a) do tipo gota - (b) de elevada qualidade
QUESTÕES
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2. Como é a constituição básica de um capacitor e como esta capacitância pode ser
aumentada em pequenos volumes?
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