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Política Nacional de Alimentação e

Nutrição
(PNAN)
Paula Guimarães/ Rita Ribeiro
Política Nacional de Alimentação e
Nutrição:

• Ministério da Saúde –
Secretaria de Atenção à
Saúde – Departamento
de Atenção Básica -
CGAN (Coordenação
Geral de Alimentação e
Nutrição)
Política de Alimentação e Nutrição na
atualidade:

• Política de Alimentação e Nutrição (2011)


Portaria nº 2715, de 17 de novembro de 2011 (Atualiza a
Política Nacional de Alimentação e Nutrição).
Política de Alimentação e Nutrição na
atualidade:
PNAN - Ações Estratégicas

• » Vigilância Alimentar e Nutricional


• » Promoção da Saúde e da Alimentação Adequada e
Saudável
• » Prevenção e Controle de Agravos Nutricionais
• » Programa Bolsa Família
• » Pesquisa, Inovação e Conhecimento
Programas de Alimentação
e Nutrição
Ministério da Saúde
1. Bolsa Família

Condicionalidade:
• O setor Saúde é responsável pelo acompanhamento
de todas as gestantes e crianças menores de 7 anos de
idade contempladas com o benefício do Programa.
1. Bolsa Família

Condicionalidades: (compromissos dos beneficiários)


• Gestante:
- Fazer a inscrição do pré-natal e comparecer às
consultas, de acordo com o preconizado pelo
Ministério da Saúde;
- Participar de atividades educativas sobre aleitamento
materno, orientação para uma alimentação saudável
da gestante e preparo para o parto.
1.Bolsa Família

Condicionalidades: (compromissos dos beneficiários)

• Mãe ou responsável pelas crianças menores de 7 anos:


- apresentar o Registro de Nascimento da criança;
- levar a criança à unidade de saúde para a realização do acompanhamento
do crescimento e desenvolvimento, de acordo com o preconizado pelo
Ministério da Saúde;
- participar de atividades educativas sobre aleitamento materno e cuidados
gerais com a alimentação e saúde da criança;
- cumprir o calendário vacinal da criança, de acordo com o
preconizado pelo Ministério da Saúde.
1. Bolsa Família
• As atividades educativas que podem ser desenvolvidas
sobre saúde e nutrição:
a) aleitamento materno;
b) alimentação e nutrição da gestante;
c) alimentação e nutrição da criança;
d) estímulo ao consumo de alimentos regionais;
e) cuidados com a saúde da criança;
f) higiene dos alimentos;
g) importância do vínculo mãe e filho;
h) nutrição, crescimento e desenvolvimento;
i) alimentação saudável nas diferentes fases do ciclo de vida.
1. Bolsa Família

Outras ações principalmente de âmbito intersetorial que


tenham como objetivo a geração de emprego e renda,
com ênfase no desenvolvimento sustentável, tais
como: hortas comunitárias, cursos
profissionalizantes, etc.
Primordial o estabelecimento de parcerias no âmbito
municipal;
• Necessário o registro dos dados no Mapa Diário de
Acompanhamento do Sistema de Vigilância
Alimentar e Nutricional (SISVAN).
2. Programa Nacional de Suplementação
de Ferro

- Prevalências de Anemia por Deficiência de Ferro em


aproximadamente 50% das crianças, e entre 15% e
30% em gestantes brasileiras.
- 1999, o governo brasileiro, a sociedade civil e
científica, organismos internacionais e as indústrias
brasileiras:
Compromisso Social para a redução da Anemia
Ferropriva no Brasil
2. Programa Nacional de Suplementação
de Ferro

Estratégias de intervenção em nível nacional:


- Promoção da Alimentação Adequada e Saudável
- Fortificação das farinhas de trigo e de milho com
ferro;
- Suplementação medicamentosa de ferro para grupos
vulneráveis e orientação alimentar e nutricional.
- Estratégia de fortificação da alimentação infantil com
micronutrientes em pó - NutriSUS
2. Programa Nacional de Suplementação
de Ferro

• 2001: Ministério da Saúde determinou obrigatória a


adição de ferro (30% IDR ou 4,2mg/100g) e ácido
fólico (70% IDR ou 150µg) nas farinhas de milho e
trigo.

• A fortificação deixa de ser facultativa e passa a ser


obrigatória.
2. Programa Nacional de Suplementação
de Ferro

Objetivo:

- Promover a suplementação universal de crianças de 6


a 24 meses, gestantes e mulheres no pós-parto e pós-
aborto.
2. Programa Nacional de Suplementação
de Ferro

• Mulheres e os responsáveis pelas crianças atendidas


pelo Programa serão orientados acerca de uma
alimentação saudável e sobre a importância do
consumo de alimentos ricos em ferro, incluindo
informações sobre alimentos facilitadores ou
dificultadores da absorção do ferro, com vistas à
prevenção da anemia por deficiência de ferro.
Fonte: manual de condutas do PNSF; *RENAME : Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - 2012

Suplementação de Ferro:
Público alvo: Suplemento Dosagem: Periodicidade: Apresentação
utilizado: na RENAME
*
Crianças 6-24 Sulfato ferroso 1 mg/Kg Diariamente Solução oral
meses gotas 25 peso/dia 25mg/mL
mg/mL Fe++
Gestantes Sulfato ferroso 40 mg de ferro Diariamente - Comprimido
Ácido fólico elementar de 40mg FE++
400mcg de - solução oral
ácido fólico 0,2mg/mL de
Solução oral 0,2 ácido fólico
mg/mL
Puérperas Sulfato ferroso 40 mg de ferro Diariamente - Comprimido
elementar de 40mg FE++
Fortificação da alimentação infantil com
micronutrientes em pó - NutriSUS

• adição direta de nutrientes à alimentação oferecida às


crianças de 6 meses a 3 anos e 11 meses em creches.
Fortificação da alimentação infantil com
micronutrientes em pó - NutriSUS
Fortificação da alimentação infantil com
micronutrientes em pó - NutriSUS
3. Programa de Combate aos Distúrbios por
Deficiência de Iodo

- Desde 1953 é obrigatória a iodação do sal no Brasil, e desde 1974 é


obrigatória a iodação de todo o sal destinado ao consumo humano e animal
- Lei no 6.150.

- 1999, quando os teores de iodação do sal se adequaram às faixas de 40 a


100 ppm.

- 2003 foi aberta consulta pública pela ANVISA, onde a faixa de iodação foi
ajustada para 20 a 60 ppm.

- o monitoramento e fiscalização das indústrias salineiras são as principais


responsáveis pelo sucesso do programa.
- seis décadas de intervenção, se observa redução na prevalência de DDI no Brasil
(20,7% em 1955; 14,1% em 1974; 1,3% em 1994; e 1,4% em 2000).
3. Programa de Combate aos Distúrbios por
Deficiência de Iodo

- Os Distúrbios por Deficiência de Iodo são fenômenos naturais


e permanentes, que estão amplamente distribuídos em várias
regiões do mundo. Populações que vivem em áreas deficientes
em iodo sempre terão o risco de apresentar os distúrbios
causados por esta deficiência, cujo impacto sobre os níveis de
desenvolvimento humano, social e econômico são muito graves.
A deficiência de iodo pode causar cretinismo em crianças
(retardo mental grave e irreversível), surdo-mudez, anomalias
congênitas, bem como a manifestação clínica mais visível, o
bócio (hipertrofia da glândula tireóide). Além disso, a má
nutrição de iodo está relacionada com altas taxas de natimortos
e nascimento de crianças com baixo peso, problemas no
período gestacional, e aumento do risco de abortos e
mortalidade materna.
3. Programa de Combate aos Distúrbios por
Deficiência de Iodo

- As fontes de origem animal do iodo são usualmente os


produtos do mar, uma vez que os oceanos contêm quantidades
consideráveis desse elemento químico. O conteúdo de iodo nos
peixes refletirá, portanto, seu conteúdo na água. Pode-se citar
como fontes de iodo de origem animal: sardinhas, atum, ostras e
moluscos.
4. Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A

- A deficiência de vitamina A é considerada como uma


das mais importantes deficiências nutricionais do
mundo subdesenvolvido (FAO/VHO, 1992; Vick-
Newman, 1993; WHO, 1995).

- É a principal causa de cegueira evitável no mundo,


estando também associada a 23% das mortes por
diarréias, em crianças.
4. Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A

- UNICEF, 1980: estudos indicaram que cerca de 25%


dos sobreviventes à xeroftalmia grave perdem
completamente a visão e que os sinais clínicos
deficiência da vitamina A estão quase sempre
acompanhados de manifestações de deficiência
energético-protéica. Nos dois casos, as infecções
desempenharam papel relevante.
4. Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A

População mais vulnerável:


- População infantil do Nordeste;
(16% a 55% das crianças apresentaram dosagem de
vitamina "A" abaixo de 20 mcg/dl, caracterizando
situações carenciais endêmicas) (McAulife e cols.
,1991; Diniz ,1997; Veras e cols., 1998)
4. Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A

- (PNDS-2006):
- Nesta pesquisa, foram observados níveis inadequados de
vitamina A em 17,4% das crianças e
- 12,3% das mulheres em idade fértil.
- Nas crianças, as maiores prevalências encontradas foram no
Nordeste (19,0%) e Sudeste (21,6%) do País. Nas mulheres, as
prevalências nas regiões foram: Sudeste (14%), Centro-Oeste
(12,8%), Nordeste (12,1%), Norte (11,2%) e Sul (8%) (BRASIL,
2009).
- Evidências científicas referentes ao impacto da suplementação
com vitamina A em crianças de 6 a 59 meses de idade apontam
para redução do risco global de morte em 24%, de mortalidade
por diarreia em 28% e mortalidade por todas as causas, em
crianças HIV positivo, em 45%.
4. Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A

- Vitamina A- é um programa do Ministério da Saúde,


com apoio dos Estados, que busca reduzir e erradicar
a deficiência nutricional de vitamina A em crianças de
seis a cinquenta e nove meses de idade e mulheres no
pós - parto imediato (ainda no hospital).
4. Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A

- Medidas de prevenção:
1.Promoção do aleitamento materno;
2.Garantia da suplementação periódica e regular das
crianças de 6 a 59 meses de idade, com doses maciças
de vitamina;
3.Garantia da suplementação com megadoses de
vitamina A para puérperas no pós - parto imediato;
4. Promoção da alimentação saudável.
4. Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A
4. Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A

- Suplementos de vitamina A:
Uma suplementação medicamentosa, contendo altas
concentrações de vitamina, denominado suplemento
ou megadose de vitamina A.
4. Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A

- É vitamina A na forma líquida, diluída em óleo de soja


e acrescida de vitamina E, na dosagem de 100.000 UI
e 200.000 UI. Acondicionada em frascos contendo
cada um 50 cápsulas gelatinosas moles.
4. Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A
- Administração de suplementos de Vitamina A em crianças
de 6 a 59 meses de idade:
Passo 1: Triagem

A partir dos 6 meses, todas as crianças até 59 meses de idade que


residam em área de risco da deficiência, devem receber doses de
vitamina A nos contatos com os serviços de saúde. Pode-se
verificar no cartão da criança a data da última aplicação de
suplementos de vitamina A.
4. Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A

- Passo 2: Dosagem
Deve seguir um calendário de administração para que
essa ação tenha bons resultados.
- Crianças: 6-11 meses 100.000 UI Uma vez a cada 6 meses
- Crianças: 12-59 meses 200.000 UI Uma vez a cada 6
meses
- O intervalo seguro entre a administração de duas
megadoses é de 4 meses
4. Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A

- Via de administração dos suplementos de


vitamina A:
Por via oral e não devem ser administrados por via
intramuscular ou endovenosa.
4. Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A

- Suplementos de Vitamina A para puérperas no pós-


parto imediato, antes da alta hospitalar:
Toda puérpera no pós - parto imediato, antes da alta
hospitalar, deverá receber uma única megadose de
200.000 UI de vitamina A, garantindo, assim,
reposição dos níveis de retinol da mãe e níveis
adequados de vitamina A no leite materno até que o
bebê atinja os 6 meses de idade.
4. Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A

- A suplementação de vitamina A à mãe deverá ser


realizada ainda na maternidade, antes da alta
hospitalar, para que seja evitado o risco de
teratogenicidade do feto caso haja uma nova gravidez
em curso. Assim, as mulheres não devem receber
suplementação em outros locais (rede básica de
saúde, por exemplo) ou em outros períodos de sua
vida reprodutiva.
4. Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A

- Registro da Administração:
- O registro é parte importante de qualquer atividade
dos serviços de saúde. Da mesma forma que se
registram as vacinas e os suplementos de vitamina A
administrados em crianças, devem-se registrar os
suplementos de vitamina A administrados às
puérperas.
5. Exercícios

- Compareceu na UBS do Bairro 4, a Sra. A.S.G., 35 anos,


com sua filha de 4 meses. A Sra. informa que sua filha
mama no peito, e está pesando 5Kg. Ela quer saber se
pode inscrever a filha no Programa do Ferro e se ela pode
ser inscrita em algum programa de alimentação e nutrição.
Ela no momento não está trabalhando e fica com a filha
em casa.
- 1. Qual programa podemos inscrever a menina?
- 2. A Sra. A.S.G. pode ser inscrita em algum programa?
- 3. Faça a orientação nutricional para a Sra. A.S.G. e para
sua filha.

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