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Introdução
Deve-se a Orellana sua denominação. Deparando-se, nas margens do rio, com um grupo
belicosas índias que acompanhavam os homens em combate, chamou-as de amazonas,
confundindo-as com as antigas guerreiras da mitologia grega. Ao retornar à Espanha,
Orellana conseguiu ser nomeado adelantado, organizando uma nova sortida que o levou
ao naufrágio e morte a bordo de um bergantim , provavelmente nas proximidade de
Macapá, em 1550.
Amazônia
Não demorou muito para que outros desbravadores viessem instalar feitorias na região
amazônica, preferencialmente na embocadura do grande rio e circunvizinhanças. A
presença dos heréticos ingleses e holandeses nas Guianas seguiu-se pela dos franceses
no Golfão do Maranhão, onde fundaram o forte de São Luís em 1612. As autoridades do
Reino Unido (entre 1580-1640, Espanha e Portugal estavam sob o mesmo governo),
decidiram-se expulsar os franceses de São Luís e fixar-se em definitivo no estuário
amazônico.
Uma longa guerra - comercial e ideológica - travou-se na região até que em 1697
afirmaram-se mais ou menos a fronteira entre os interesses holandeses, ingleses e
franceses de um lado, do lado das Guianas, e os lusitanos do outro, do lado do Amapá,
tendo o cabo Orange, no Rio Oiapoque como o acidente divisor. O acordo celebrado no
tratado de Lisboa de 1701. As portas do Amazonas, desde então, abriam-se
exclusivamente aos navegantes portugueses. Em 1639 o capitão Pedro Teixeira,
partindo do Rio Tocantins, atingiu a extremidade da sua investida no Rio Napo,
seguindo dali até Quito, no Equador. Paralelo aos capitães e desbravadores privados,
assentaram-se as missões de jesuítas, franciscanos, mercedários, carmelitas e seculares,
que se espalharam pelas vastas áreas entre o Rio Solimões e o Tapajós. Os missionários
foram convocados para catequizar os gentios e também evitar a possível influência dos
hereges protestantes. A orientação das ordens religiosas, por lá já encontradas em 1570,
era que aldeassem os nativos, geralmente dispersos em amplos territórios e divididos
entre as nações tupinambás, urubus, gamelas, timbiras, apinajés, jurunas, caiapós,
carajás, aimorés, munducurus, tapajós, aruaques, turumás, murás, jurimaguás, omáquas,
manaus, barés e ianomâmis, para melhor evangelizá-los.
Quase que imediatamente iniciou-se um conflito entre as tropas de resgate (*) chefiadas
por mamelucos escravagistas e os padres, que se estendeu por mais de século, na luta
pelo braço indígena. Os religiosos desejavam-nos orando a Deus e a Cristo, os colonos
queriam-nos no eito, suando sobre a lavoura e a extração. Os sacerdotes, mais
influentes, conseguiram uma série de decretos, provisões, leis e alvarás reais atribuindo-
lhes autoridade sobre os nativos e proibindo sua escravidão, tal como a lei de 30 de
julho de 1609, que determinava que “fossem os índios tratados como pessoas livres,
sem serem constrangidos a executar serviços contra a vontade”, desde que lhes
divulgassem a fé. O que, obviamente, poucas vezes foi obedecida. Como defensor da
causa dos gentios destacou-se o Pe. Antônio Vieira, o grande sermonista, que
desembarcou no Maranhão em 1653, a quem logo os nativos chamaram de paiacu, o
grande pai.
(*) O resgate era um sofisma utilizado pelos escravagistas, tal como a guerra justa, que
justificava o apresamento dos índios que se encontravam cativos em mãos de tribos
inimigas. Desta forma as bandeiras os “resgatavam” de sofrerem possíveis tormentos
levando-os como escravos.
Amazônia
Ocupação e administração
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