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PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTO ANTÔNIO DO DESCOBERTO - GO

PLANO DIRETOR URBANO

P.D.U. - 97
LEI N.º 326/97

SUMÁRIO

Disposições Preliminares........................................................................

TÍTULO I

DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO URBANO

CAPÍTULO I

Dos Objetivos..........................................................................................

CAPÍTULO II
Das Definições........................................................................................

CAPÍTULO III

Do Plano Diretor e dos Planos Setoriais.................................................

CAPÍTULO IV

Das informações Básicas........................................................................

TÍTULO II

DA ORDENAÇÃO DO ESPAÇO URBANO

CAPÍTULO I
Disposições Gerais..................................................................................

CAPÍTULO II
Uso do Solo.............................................................................................

CAPÍTULO III

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Da Organização da Estrutura Urbana.....................................................

CAPÍTULO IV
Do Zoneamento.......................................................................................

CAPÍTULO V

Da Qualidade da Ocupação do Solo Urbano..........................................

CAPÍTULO VI

Do Controle Urbanístico da Edificação....................................................

CAPÍTULO VII

Dos Equipamentos Urbanos....................................................................

CAPÍTULO VIII

Do Sistema Viário Básico........................................................................

CAPÍTULO IX

Do Parcelamento do Solo........................................................................

CAPÍTULO X

Da Proteção Ambiental e Paisagística...................................................

TÍTULO III

DOS INSTRUMENTOS ADMINISTRATIVOS

TÍTULO IV

DAS INFRAÇÕES E RESPECTIVAS SANÇÕES

TÍTULO V

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

ANEXOS

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01. Mapa do Zoneamento Urbano
02. Descrição do Perímetro Urbano e das Zonas Urbanas
03. Mapa do Sistema Viário Básico
04. Tabela de Categorias de Uso do Solo
05. Tabela de Classificação das Atividades Segundo as Zonas de Uso
06. Tabela dos Modelos de Assentamento (MA)
07. Quadro Matriz de Uso e Ocupação do Solo.

Lei Complementar

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Dispõe sobre o Plano Diretor Urbano da
Cidade de Santo Antônio do Descoberto e dá
outras providências.

Considerando o que estabelece a Constituição Federal de 1988 em seu artigo


182, § 1º sobre a obrigatoriedade de elaboração do Plano Diretor para as cidades com mais
de 20 (vinte)mil habitantes;

Considerando o que estabelece a Lei Orgânica do Município em seu artigo ...

Considerando que a política urbana do município compreende a ocupação


ordenada do seu território, o uso dos bens e distribuição adequada e justa dos serviços e
equipamentos públicos pôr parte da população;

Considerando ser o Plano Diretor Urbano um dos instrumentos do


desenvolvimento e do ordenamento territorial;

Faço saber que a Câmara Legislativa do Município de Santo Antônio do


Descoberto do Estado de Goiás aprova e eu sanciono a seguinte Lei:

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art.1º - Fica instituído o Plano Diretor Urbano (PDU) de Santo Antônio do Descoberto
estabelecendo as diretrizes que regularão o desenvolvimento físico-espacial da
cidade;

§ 1º– As diretrizes compreendem o zoneamento, o sistema viário e a


distribuição dos equipamentos de consumo coletivo; bem como os condicionantes
urbanísticos para a edificações, e as normas para o parcelamento do solo.

Art. 2º - São parte integrante desta Lei, os seguintes Anexos:

1. Mapa do Zoneamento Urbano - escala 1:10.000


2. Descrição do Perímetro Urbano e das Zonas Urbanas.
3. Mapa do Sistema Viário Básico
4. Tabela de Categorias de Uso do Solo
5. Tabela de Classificação das Atividades Segundo as Zona Uso
6. Tabela dos Modelos de Assentamento
7. Quadro da Matriz de Uso e Ocupação do Solo

§ Único - O documento intitulado memória, acompanhará está Lei como


elementos de subsídio ao seu melhor entendimento técnico.

TÍTULO I - DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO URBANO


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CAPÍTULO I
DOS OBJETIVOS

Art.3º - O Governo Municipal, atendendo às peculiaridades locais e às diretrizes


federais e estaduais, promoverá o desenvolvimento urbano através de um
processo de planejamento permanente, que:

I - vincule as ações dos diversos órgãos da administração Municipal de


forma integrada, considerando suas repercussões mútuas e seu
impacto sobre a estrutura urbana e o meio-ambiente;

II - assegure a ampla discussão das diretrizes e planos locais, estimulando


e garantindo a participação da comunidade nas tomadas de decisão
sobre o desenvolvimento e organização da cidade;

III - preserve e valorize os recursos naturais, os elementos do acervo


cultural e o patrimônio histórico e ambiental da cidade;

IV - previna e corrija a ocorrência de deseconomias no processo de


urbanização;

V - estabeleça as medidas adequadas no sentido de evitar a deformação


especulativa de uso e do valor do solo urbano;

VI - distribua com justiça os benefícios sociais dos investimentos públicos e


privados em operações de urbanização e empreendimentos edilícios;

VII - propicie condições para o dimensionamento da infra-estrutura e


serviços municipais, objetivando sua adequação às demandas sócio-
econômicas;

VIII - crie condições necessárias à adequada distribuição espacial da


população, em especial a de baixa renda, para facilitar sua mobilidade
e acesso aos centros de emprego, propiciando sua permanência em
localizações favoráveis.

CAPÍTULO II
DAS DEFINIÇÕES

Art. 4º - Para fins desta Lei, adotam-se as seguintes definições:


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I - Processo de Planejamento Urbano Municipal - conjunto de
procedimentos contínuos, visando a implementação dos objetivos e
diretrizes do desenvolvimento urbano local, a preparação dos meios
para atingí-los, bem como o controle da sua aplicação e a avaliação
dos resultados obtidos;

II - Sistema de Planejamento Urbano Local - conjunto de instrumentos


que, integrados, viabilizam a implementação da racionalidade no
processo de desenvolvimento urbano;

III - Plano Diretor Urbano - principal instrumento do Processo de


Planejamento, consistindo na representação documentada da
organização desejável do espaço territorial da cidade, a partir das
diretrizes que devem regê-la. Através do Processo de Planejamento
ele está sujeito a revisões, atualizações, complementações,
ajustamentos periódicos, necessariamente institucionalizados através
da legislação municipal;

IV - Plano Setorial - elaboração, sobre bases técnicas, de plano


devidamente detalhado em programas e projetos, com o objetivo de
tratar problemas específicos do desenvolvimento urbano local, dentro
das diretrizes do Plano Diretor;

V - Projeto Especial - elaboração, sobre bases técnicas, da organização


urbanística para um determinado segmento do tecido urbano,
compreendendo conjunta e integralmente os seguintes elementos:

– traçado de vias e logradouros, obedecendo à hierarquização do sistema viário;


– localização e bases para projetos físicos de melhoramentos;
– reurbanização total ou parcial;
– explicitação e detalhamento de diretrizes e normas para uso, ocupação e parcelamento
do solo urbano;
_ tratamentos paisagísticos, de comunicação visual e de mobiliário urbano;
– normas de controle e operação da circulação urbana das áreas verdes e dos espaços
abertos;
– localização de equipamentos urbanos;
– outros setores da malha urbana.

VI - Sistema de Informatização - coleta e armazenamento sistemático das


informações necessárias ao controle e avaliação do processo de
desenvolvimento urbano.

CAPÍTULO III
DO PLANO DIRETOR E DOS PLANOS SETORIAIS

Art. 5º - O Plano Diretor Urbano e os Planos Setoriais e os Projetos Especiais têm,


dentre outras, as seguintes funções:

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I - fornecer as bases para elaboração dos Orçamentos-Programa e
Plurianual de Investimentos;

II - Orientar a elaboração do conteúdo dos programas financeiros dos


órgãos e entidades da administração Municipal, promovendo sua
integração, mediante fornecimento das bases técnicas e programáticas
necessárias;

III - propiciar as condições necessárias à habilitação do Município para a


captação de recursos financeiros de apoio a programas de
desenvolvimento local, junto a fontes nacionais e internacionais;

IV - tornar públicos os dados e informações atualizadas e concernentes à


realidade urbana municipal bem como, os objetivos e as diretrizes da
Administração Municipal, relacionados com estes planos, de modo a
orientar as atividades públicas e privadas;
V - permitir o adequado posicionamento da Administração Municipal em
suas relações com os Órgãos e entidades da administração direta e
indireta, federal e estadual, vinculados ao desenvolvimento urbano.

Art. 6º - O Plano Diretor Urbano - PDU - apresentará, como conteúdo básico:

I - localizações relativas à demanda real de equipamentos sociais, infra-


estrutura, serviços e atividades urbanas;

II - diretrizes gerais relativas ao assentamento, uso do solo e infra-


estrutura urbana;

III - diretrizes de orientação relativas a recomendações e sugestões para


programas e projetos especiais na área urbana.

Art. 7º - Os conteúdos dos Projetos Especiais serão estabelecidos através de Termos


de Referência e programação prévia, preparados pelo órgão competente da
Prefeitura Municipal.

Art. 8º - Os Projetos Especiais deverão atender aos objetivos e diretrizes do PDU,


devendo traduzi-los, de forma detalhada, para aplicação às situações
particulares ou específicas.

Art. 9º - O Plano Diretor Urbano e os Planos Setoriais serão revistos, em prazos não
superiores a 2 anos, contados a partir da data da publicação da Lei que os
aprovar.

Art. 10 - Quando da atualização do Plano Diretor Urbano, deverão ser ouvidos


previamente os segmentos da comunidade.

§ 1º– Para os fins considerados no “caput” deste artigo, deverão ser utilizados
os seguintes instrumentos:

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I - publicação obrigatória na imprensa local, pelo período de 3 (três) dias
consecutivos, da emenda dos projetos suscetíveis de apreciação;

II- montagem de exposições públicas sobre os Planos e seus conteúdos


específicos.

Art. 11 - O Plano Diretor Urbano e os demais Projetos ou Planos Setoriais poderão


sofrer complementações e ajustamentos antes do prazo estabelecido no artigo
anterior, sem prejuízo da revisão prevista nesta Lei.

CAPÍTULO IV
DAS INFORMAÇÕES BÁSICAS

Art. 12 - Compete ao gabinete do Prefeito Municipal através do Órgão competente da


Prefeitura Municipal de Santo Antônio do Descoberto, levantar, elaborar,
armazenar, tabular com fins específicos, bem como imprimir e divulgar as
informações básicas para a elaboração, acompanhamento e avaliação dos
planos, programas e projetos, sobre o desenvolvimento urbano local.

Parágrafo Único - São consideradas informações básicas para atender o


disposto neste artigo dentre outras:

I - Os registros analíticos e tabulações do cadastro técnico municipal e do


cadastro econômico;

II - Os Orçamentos-Programa e Plurianual de Investimentos da


Municipalidade, bem como, seus relatórios de acompanhamento de
execução;

III - os registros analíticos e tabulações setoriais referentes à infra-estrutura


e aos equipamentos sociais;

IV - a cartografia, os dados estatísticos e censitários produzidos pôr


quaisquer fontes, pertinentes à realidade municipal;

V - os registros analíticos e tabulações especiais preparados para servir ao


planejamento urbano;

VI - os relatórios e estatísticas sobre os serviços municipais e solicitações


de aprovações de plantas e projetos e pedidos de licença referentes a
empreendimentos e atividades implantadas ou exercidas na cidade e
seus arredores;

VII - informações gerais, históricas, de recursos naturais, de população,


emprego e renda, de ocupação de áreas pelas diversas atividades,
infra-estrutura e equipamentos, áreas verdes e espaços abertos,
habitação, abastecimento e outras que fizerem necessárias;
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VIII - informações e tabulações analíticas de acompanhamento das finanças
municipais;

IX - outras informações de natureza estatística de interesse do


planejamento urbano local.

Art. 13 - A Prefeitura Municipal manterá um Sistema de Referência Geográfica


conjugado com o Sistema de Informação Cartográfica da Cidade.

Parágrafo Único – Os órgãos da Administração Municipal deverão utilizar, em


todo levantamento, pesquisa, tabulação ou qualquer outra forma de registro
e apuração de dados e indicadores, o sistema de referência e codificação
previsto neste artigo.

TÍTULO II
DA ORDENAÇÃO DO ESPAÇO URBANO

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 14 - O território urbano será ordenado para atender as funções econômicas e


sociais da cidade, de modo a compatibilizar o desenvolvimento urbano com o
uso e a ocupação do solo, suas condições ambientais e o sistema viário, a
infra-estrutura de saneamento básico e demais serviços urbanos.

Parágrafo Único – As condições ambientais serão consideradas a partir das


grandes unidades naturais e da análise da situação do sistema hidrográfico
local.

Art. 15 - A ordenação do território pressupõe o planejamento contínuo e o controle do


uso e da ocupação do solo.

Art. 16 - Os elementos naturais e culturais da paisagem e do ambiente urbano, os que


comprometem a segurança e a qualidade de vida, a oferta existente ou
projetada de transporte, de saneamento básico, de drenagem, e dos demais
serviços urbanos orientarão o uso e a intensidade da ocupação do solo.

§ 1º - O uso do solo será controlado pela definição de Zonas de acordo


com a adequação ou a predominância, em cada zona, do uso residencial,
comercial e de serviços, industrial ou rural.

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§ 2º- A ocupação do solo será controlada pela definição de índices e
parâmetros para o parcelamento da terra, sua construção e a edificação.

CAPÍTULO II
DO USO DO SOLO

Art. 17 - O uso e ocupação do solo urbano respeitarão as seguintes diretrizes:

- distribuição equilibrada dos ônus e benefícios da urbanização e atendimento


à função social da propriedade, com a subordinação do uso e ocupação do
solo ao interesse coletivo;

- proteção do meio ambiente e respeito aos recursos naturais e ao patrimônio


cultural como condicionantes da ocupação do solo;

- recuperação das áreas em degradação ambiental, criando ou mantendo


áreas verdes extensivas para a preservação dos aqüíferos, principalmente;

- prioridade para a ocupação dos vazios urbanos que não atendam ao


interesse coletivo e para o adensamento das áreas com potencial de melhoria
de infra-estrutura, controlando-se o processo de ocupação da malha urbana;

- estruturação das unidades espaciais, pela hierarquização das vias, pela


definição das intensidades de uso e ocupação e pela determinação de áreas
para equipamentos urbanos;

- estímulo à coexistência de usos e atividades de pequeno porte com o uso


residencial, evitando-se segregação dos espaços e os deslocamentos
desnecessários.

- garantia de espaços para o desenvolvimento de atividades agrícolas.

Art. 18 - O uso e ocupação do solo urbano ficam condicionados ao controle da


densidade demográfica, em função da saturação da infra-estrutura e ameaça
ao meio ambiente e à memória urbana mediante o estabelecimento de limites
de construção.

§ 1º – Os limites de construção são estabelecidos pelos índices


e taxas para uso do terreno, fixados para o cálculo do limite máximo de área
edificável no lote e por outros parâmetros urbanísticos complementares.

Art. 19 - A restrição à ocupação urbana, compreende áreas de uso rural, áreas com
condições físicas adversas à ocupação, áreas impróprias à urbanização e
áreas destinadas à proteção do meio ambiente, terão seus critérios de
ocupação definidos segundo suas destinações específicas.

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Art. 20 - O uso e ocupação das áreas de uso restrito observarão as seguintes
diretrizes:

a) proibição do parcelamento em lotes de pequenas dimensões pelo


estabelecimento de lotes agrícolas mínimos, em função das características
de cada área;

b) proibição da ocupação por conjuntos habitacionais e pelo uso residencial


de densidade acima de 10 habitantes por Ha.

Art. 21 - Constituem áreas com condições físicas adversas à ocupação urbana as áreas
de matas ciliares, declividades superiores a 10%, e aquelas indicadas como de
recarga do aqüífero e de preservação das cabeceiras de drenagem.

CAPÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DA ESTRUTURA URBANA

Art. 22 - A estrutura urbana básica é constituída pelas áreas residenciais, pelo sistema
de distribuição de comércio e serviços e pelas áreas industriais, integradas
pela rede viária.

Art. 23 - As áreas residenciais caracterizam-se pela predominância do uso residencial,


adequado em todo o território da cidade, salvo nos locais onde a convivência
com outros usos instalados ou condições ambientais adversas causem risco à
população residente e onde seja incompatível com a proteção do meio
ambiente.

Art. 24 - Os centros de comércio e serviços são constituídos, hierarquicamente, pelo


Setor Central e outras concentrações de comércio e serviços, em outros
locais.

Art. 25 - O Distrito Industrial terá seu detalhamento e definição de suas tipologias


industriais formuladas no prazo de 1 (um) ano, contado a partir da publicação
desta lei, através de Projeto Especial.

Art. 26 - São consideradas sujeitas à intervenção as áreas que, por suas condições
urbanísticas e ambientais, necessitem de obras ou redefinição das condições
de uso e ocupação, devendo seu projeto ser encaminhado ao Legislativo local
para apreciação e aprovação.

Art. 27 - Estarão sujeitas à restrição as áreas de uso rural que se encontram dentro das
zonas urbanas e as áreas de risco ecológico e de recuperação das condições
ambientais locais.

Art. 28 - Estarão também sujeitas a restruturação as áreas que necessitem de


revitalização, de renovação, de obras ou alterações em sua estrutura física,
sistema viário, saneamento básico e equipamentos urbanos ou alterações nas
condições de uso e ocupação do solo.

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Art. 29 - Estarão sujeitas a proteção ambiental as áreas que necessitem de proteção
legal e de manutenção, recuperação ou revitalização das condições do meio
ambiente natural ou construído.

CAPÍTULO IV
DO ZONEAMENTO

Art. 30 - Para controle do uso e ocupação do solo a área urbana será dividida em
zonas:

- Zona é o espaço da cidade perfeitamente delimitado por suas


características ambientais, para o qual serão previstos controles de
densidade demográfica e de limites de construções e da intensidade
dos diversos usos e atividades econômicas, sociais e culturais.

§ 1º – As zonas não serão sobrepostas e abrangerão a totalidade


do território urbano.

Art. 31 - As Zonas terão as seguintes denominações:

I - Zona Urbana (ZU) é aquela onde predomina a implantação residencial de


forma extensiva;

II - Zona Industrial é aquela onde prevalece a existência de indústrias e de


atividades correlatas do setor secundário e aquelas de seu apoio,
viabilidade e complementação compatível entre si;

III - Zona de Restrição Ambiental (ZR) é aquela que apresenta características


ambientais e paisagísticas relevantes para a proteção;

IV - Setor Central é aquele onde prevalecem as atividades comerciais e de


prestação de serviços, classificadas de acordo com as intensidades dessas
atividades, admitida a incidência de uso residencial;

V - Área Especial Histórico-Turística, ou Setor Histórico (SH), aquela com


potencial turístico, e para qual se façam necessários investimentos e
intervenções visando ao desenvolvimento da atividade turística e à
preservação dos elementos históricos;

VI - Área Especial de Lazer, aquela caracterizada por atividades de lazer


público e que exija tratamento urbanístico específico.

Art. 32 - No prazo de 1 (um) ano a contar do início da vigência desta Lei, o Executivo
Municipal regulamentará às Áreas Especiais, integrantes do Zoneamento
Urbanístico, observadas as disposições constantes desta Lei, em especial
quanto às características locacionais, funcionais e de preservação ambiental e
paisagística.

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Art. 33 - O Perímetro Urbano está definido no Anexo n.º 01 e 02 desta Lei.

Art. 34 - Zoneamento Urbanístico da cidade de Santo Antônio do Descoberto é


integrado pelas seguintes Zonas de Uso:

Zona Urbana 1 (ZU-1)


Zona Urbana 2 (ZU-2)
Zona Urbana 3 (ZU-3)
Zona Urbana 4 (ZU-4)
Zona Urbana 5 (ZU-5)
Zona Urbana 6 (ZU-6)
Zona Industrial (ZI)
Zona de Restrição Ambiental 1 (ZR-1)
Zona de Restrição Ambiental 2 (ZR-2)
Zona de Restrição Ambiental 3 (ZR-3)

Art. 35 - As Zonas de Uso terão sua localização e limites constantes no Anexo n.º 01 e
02 desta Lei.

Art. 36 - Para efeito de aplicação de exigências quanto ao uso e ocupação nas zonas,
poderão ser especificados usos especiais lineares ou de superfície que se
configuram em :

I - Eixo de ocupação linear, quando abrangentes a ocupação dos lotes que


acessam as vias indicadas;

II - Áreas Parceladas Locais, Áreas Verdes e Áreas de Sub-Centros.

Art. 37- Os usos especiais lineares ou de superfície são aqueles para os quais são
estabelecidas exigências diferenciadas das de uso e ocupação da Zona de
Uso que os contém e estão condicionadas as suas características locacionais,
ambientais, funcionais ou de ocupação urbanística já existentes ou a serem
projetadas, em conformidade aos objetivos e diretrizes desta Lei.

§ Único - São considerada Eixos de Ocupação Linear para fins de


usos mistos, residencial, comercial e serviços todas as vias classificadas
como Arterial e Coletoras.

Art. 38 - As áreas ainda não parceladas, no interior das Zonas Urbanas (ZUs) destinam-
se à expansão urbana, devendo manter as mesmas características de uso e
ocupação exigidas para cada Zona que as contém.

CAPÍTULO V
DA QUALIDADE DA OCUPAÇÃO DO SOLO URBANO

Art.39 - Os usos do solo em cada zona serão controlados mediante a adoção da


seguinte classificação:

- uso permitido;
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- uso proibido;
- uso tolerado com restrições quanto ao porte ou às características das
edificações ou sujeito à adoção de medidas redutoras de impacto;

§ Único - A classificação dos usos fica caracterizada por categorias


de atividades que se encontram descritas no Anexo 4 desta Lei.

Art. 40 - O uso permitido compreende as atividades que apresentam clara adequação à


Zona de Uso de sua implantação.

Art.41 - O uso tolerado compreende as atividades que, embora inadequadas à zona de


uso de sua implantação, não chegam a descaracterizá-la claramente ou a
compromete-la de modo relevante.

Art. 42 - O uso proibido compreende as atividades que apresentam clara inadequação a


zona de uso de sua implantação.

Art. 43 - A classificação das atividades como de uso permitido, proibido ou tolerado,


segundo a qualidade de ocupação determinada pela zona de uso é aquela
constante do Anexo 5 desta Lei.

Parágrafo Único - Para os efeitos de aplicação do Anexo 5, serão


consideradas como de uso proibido, em cada zona de uso, todas as
atividades que ali não estejam relacionadas como de uso permitido, além das
citadas.

Art. 44 - As obras de qualquer natureza ou finalidade somente serão licenciadas após


verificada a adequação do uso previsto para a Zona ou Setor, ou Área
Especial, em que serão executadas.

Art. 45 - O uso inadequado de imóveis, em se verificando o interesse público, poderá ser


desestimulado mediante a aplicação do Imposto Predial e Territorial Urbano
Progressivo, na forma da Lei.

Art. 46 - A área do Centro da Cidade corresponde ao Setor Central (SC) fica sujeita a
restrição das seguintes instalações:
I - proibição de instalações geradoras de tráfego pesado.
II - proibição de instalação de tipografia, malharias, torrefações, padarias, e
demais estabelecimentos cujas atividades empreguem combustível que expila
gás ou fumo para o exterior ou que produzam ruídos excessivos.
III - proibição de instalação de Horto-mercados, Shopping Centers,
Presídios, Cemitérios e Terminais de Transporte.

Art. 47 - Nas Zonas Urbanas, os estabelecimentos destinados as atividades de


comércio e serviço de Bairro, deverão instalar-se nas vias coletoras.

Art. 48 - A localização de depósito de inflamáveis, aterros sanitários e aeroportos


deverá ser submetida a estudos e Projetos Especiais.

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Art. 49 - Nas áreas de predominância residencial unifamiliar não é permitida a
instalação das atividades perturbadoras do silêncio tais como bares e
danceterias e oficinas mecânicas.

Art. 50 - As construções para abrigar atividades toleradas, nas Áreas Verdes, em geral
e nas ZRs, não poderão ter mais de um pavimento.

§ Único - O assentamento da atividade nessas áreas não deverá


superar a média de 1 (uma) edificação em cada 10 (dez) hectares de área
verde.

Art. 51 - Nos lotes que acessam ao trecho da Via Arterial dentro da Área da ZU-2, nos
prédios para habitação coletiva de até quatro (4) pavimentos, o pavimento
térreo deverá ser destinado a atividades de comércio ou serviços de Bairro
Local.

Art. 52 - Os postos de gasolina, em qualquer situação ou Zona não poderão ocorrer em


distância menores que quinhentos metros (500 mts) entre um e outro.

Art. 53 - A área Verde da ZU-2, ao campo do córrego Capoeirinha deverá da objeto de


Projeto Especial sendo preservada 75% da vegetação nativa.

§ Único - Nesta área está proibida parcelamentos para uso de


comércio, indústria, serviços ou residências.

Art. 54 - A parte de Loteamento Estrela D’Alva XI que avançou sobre a área das
cabeceiras de drenagem deverá ser objeto de Dígito Especial de
Restruturação.

CAPÍTULO VI
DO CONTROLE URBANÍSTICO DA EDIFICAÇÃO

Art. 55 - A edificação, em cada Zona Urbana, estará sujeita a um conjunto de índices de


controle urbanístico para as atividades classificadas como de uso permitido ou
tolerado.

Art. 56 - Considera-se Modelo de Assentamento (MA) o conjunto de índices de controle


urbanístico, a que está sujeita a edificação para atividades classificadas como
de uso permitido ou tolerado nas zonas de uso.

Art. 57 - Cada Modelo de Assentamento compreende os seguintes índices de Controle


urbanístico da edificação, indicados na forma do Anexo 6 desta Lei.

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I - Quanto à intensidade e forma de ocupação por edificações:

a) taxa de ocupação;
b) gabarito; e
c) altura da edificação.

II - Quanto a localização das edificações no seu sítio de implantação:

a) afastamento de frente;
b) afastamento de fundos; e
c) afastamentos laterais.

III - Quanto aos equipamentos urbanos, a relação da área de edificações com


a de estacionamento de veículos.

IV- Quanto ao parcelamento do solo, a área e a testada mínimas do lote de


terreno, para efeito de edificação.

Art. 58 - Para efeitos desta Lei considera-se que:

a) Taxa de Ocupação é o índice de controle urbanístico, que estabelece


a relação entre a área de projeção da edificação e à área do lote da
sua acessão.

b) Gabarito é o índice de controle urbanístico que estabelece o número


máximo de pavimentos da edificação, não computados os
pavimentos em subsolo.

c) Altura de Edificação é o índice de controle urbanístico que estabelece


a altura máxima permitida para as diversas partes da edificação.

d) Afastamento da Frente é o índice de controle urbanístico, que


estabelece a distância mínima entre a edificação e a divisa frontal
do lote de terreno de sua acessão, no alinhamento com a via ou
logradouro público, que deve ser mantida livre de qualquer
construção.

e) Afastamento de Fundos é o índice de controle urbanístico, que


estabelece a distância mínima que deve ser mantida livre de qualquer
construção, entre a edificação e a divisa dos fundos do lote de
terreno de sua acessão.

f) Afastamento Lateral é o índice de controle urbanístico, que estabelece


a distância mínima que deve ser mantida livre de qualquer construção,
entre a edificação e as divisas laterais do lote de terreno de sua
acessão.

g) A área para guarda, estacionamento e circulação de veículos é a que


deverá ser reservada, com essa destinação, nos lotes, relativamente à
área privativa ou a área total de construção.

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Art. 59 - O Modelo de Assentamento 1 (MA-1), definido no Anexo 6, aplica-se às
edificações para habitação unifamiliar, comércio e serviços em qualquer zona
de uso não definido como popular ou de chácaras ou de restrição ambiental.

Art. 60 - O Modelo de Assentamento 2 (MA-2), definido no Anexo 6, aplica-se às


edificações para habitação unifamiliar localizadas em áreas destinadas a
conjuntos habitacionais populares, cujos lotes tenham áreas inferiores a 160
2
m (cento e sessenta metros quadrados)

Art. 61 - O Modelo de Assentamento 3 (MA-3), definido no Anexo 6 aplica-se às


edificações para uso comercial institucional, ou de serviços locais ou às
edificações mistas para habitação unifamiliar e uso comercial ou de serviço
local no pavimento térreo.

Art. 62 - O Modelo de Assentamento 4 (MA-4), definido no Anexo 6, aplica-se às


edificações para habitação multifamiliar.

Art. 63 - O Modelo de Assentamento 5 (MA-5), definido no Anexo 6, aplica-se às


edificações para uso misto comercial ou de serviço local ou de bairro e de
habitação multifamiliar em qualquer pavimento que não o térreo.

Art. 64 - O Modelo de Assentamento 6 (MA-6), definido no Anexo 6, aplica-se às


edificações industriais, comerciais e para equipamentos com destinação
pública, coletiva ou comunitária.

Art. 65 - O Modelo de Assentamento 7 (MA-7), definido no Anexo 6, aplica-se às


edificações para uso industrial, comercial, de serviços e institucional principais.

Art. 66 - O Modelo de Assentamento 8 (MA-8), definido no Anexo 6, aplica-se às


edificações com área até 150 m2 (cento e cinqüenta metros quadrados)
destinadas ao uso industrial de pequeno porte, não poluente.

§ Único - Admite-se no MA-8, instalação residencial com área até


2
75m (setenta e cinco metros quadrados) integrada a edificação industrial.

Art. 67 - O Modelo de Assentamento 9 (MA-9), definido no Anexo 6, aplica-se às


edificações para habitação Unifamiliar em áreas de chácaras ou de restrição
ambiental.

Art. 68 - O Modelo de Assentamento 10 (MA-10), definido no Anexo 6, aplica-se às


edificações para equipamentos de uso coletivo situados em áreas de Parque
Público ou de Restrição Ambiental.

Art. 69 - Ao longo da Av. Goiás, onde as edificações não deverão exceder a dois
pavimentos ou 7,50 mts (sete vírgula cinqüenta metros) de altura é permitido o
uso misto residencial e comercial, preferentemente atacadista.

Art. 70 - Admite-se gabaritos de até três (3) pavimentos para uso residencial com
instalações para comércio e serviços no pavimento térreo somente ao longo

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das vias arterial e coletoras e no entorno de praças nas áreas de centro ou
sub-centro.

Art. 71 - Onde as declividades forem maiores do que 10% (dez por cento), as
edificações não deverão ter mais de um pavimento e a taxa máxima de
ocupação de terrenos é de 30% (trinta por cento).

Art. 72 - As edificações correspondentes ao Modelo de Assentamento 5 (MA-5)


poderão ter suprimida a exigência de afastamento lateral, formando conjuntos
de blocos colados até um máximo de trinta (30) metros de fachadas contínuas.

Art. 73 - Fica vedada qualquer construção em áreas de afastamento de frente,


excetuados:

I - Muros de arrimo decorrentes dos desníveis naturais do terreno;

II - Vedações nos alinhamentos ou nas divisas laterais;

III - Escadarias ou rampas de acesso, quando necessárias pela conformação


do terreno natural, nas zonas residenciais;

IV - Escadarias ou rampas de acesso, quando houver pavimento em subsolo,


destinados a guarda e estacionamento de veículos, nas zonas residenciais.

§ 1º - Nas Zonas Residenciais, quando as faixas de terrenos


compreendidas pelo afastamento de frente, comprovadamente, apresentarem
declividade superior a 20% (vinte por cento), poderá ser permitida nessas
faixas a construção de garagens.

Art. 74 - Nos lotes de terrenos de esquina será exigido, integralmente, o afastamento de


frente em cada uma das testadas para a via ou logradouros públicos.

Art.75 - Nos prédios construídos antes da vigência desta Lei que não atendam às
normas relativas ao afastamento de frente, ficam vedadas obras de reforma ou
ampliação na área correspondente ao afastamento, ressalvados serviços de
conserto ou manutenção.

CAPÍTULO VII
DOS EQUIPAMENTOS URBANOS

Art. 76 - A ordenação dos equipamentos urbanos compreende as normas urbanísticas


constantes do Plano Diretor Urbano, destinadas a regular a identificação,
caracterização e localização dos equipamentos urbanos públicos e privados,
de interesse comunitário.

Art. 77 - Os equipamentos urbanos, de natureza pública ou privada, classificam-se em:

I - Equipamentos de administração e de serviços ao público;


19
II - Equipamentos comunitários e de serviços ao público.

§ 1º- Consideram-se equipamentos de administração e de serviços públicos:

I - Os de segurança pública;
II - Os de infra-estrutura urbana;
III - Os cemitérios.

§ 2º - Consideram-se equipamentos comunitários e de serviços ao público:


I - Os de educação, lazer e cultura;
II - Saúde pública e ambiental;
III - Abastecimento da população.

Art. 78 - Consideram-se equipamentos de segurança pública:

I - Prédios e instalações vinculados às polícias civil e militar, tais como,


órgãos centrais de policia, delegacias distritais, quartéis e postos de
guarda;
II - Prédios e instalações vinculadas ao Corpo de Bombeiros;
III - Presídios e demais prédios e instalações vinculados ao sistema
penitenciário do Estado.

Art. 79 - O Município promoverá junto ao Órgão de Segurança Pública, nos seus vários
níveis de atuação, a elaboração de planos conjuntos, para os quais ficam
estabelecidas as reservas de áreas para a implantação desses equipamentos.

Art. 80 - Consideram-se serviços e equipamentos de infra-estrutura os de:

I - Abertura, pavimentação, conservação de vias;


II - Abastecimento de água potável;
III - Coleta de disposição do esgotamento sanitário;
IV - Coleta e circulação das águas pluviais;
V - Coleta e disposição dos resíduos sólidos e de limpeza urbana;
VI - Suprimento de energia elétrica de iluminação pública, telefones e
correios;
VII- Transporte coletivo, nas suas várias modalidades.

Art. 81 - O Município poderá proibir a extensão dos serviços públicos de infra-estrutura


para parcelamentos do solo irregulares ou clandestinos, ou instituir tarifas
diferenciadas de remuneração dos serviços públicos e infra-estrutura de sua
competência, em função de:

I - Falta de condições técnicas adequadas;


II - Peculiaridade do sítio de implantação das edificações
ou dos aglomerados urbanos;
III - Características sócio-econômicas das populações servidas.

20
Art. 82 - Os equipamentos urbanos de infra-estrutura vinculados aos serviços públicos
obedecerão à legislação municipal específica.

Art. 83 - Os cemitérios novos deverão ter característica de parque onde predominarão


as áreas livres em relação às destinadas as inumações ou construções de
qualquer tipo.

Art. 84 - Os cemitérios deverão dispor de áreas para estacionamento interno,


diretamente ligadas à via periférica, dimensionadas na razão de 2% (dois por
cento) da área total do cemitério.

Art. 85 - Consideram-se equipamentos de educação, lazer e cultura os logradouros


públicos, as edificações e instalações com usos específicos, as glebas e lotes
de terreno ainda não edificados, destinados ao lazer ativo e passivo, bem
como aqueles, públicos ou privados, destinados às atividades de caráter
cultural e educacional.

Parágrafo Único – Equiparam-se aos equipamentos de educação, lazer e


cultura as associações e clubes culturais, recreativos
e esportivos, os teatros, os cinemas, as igrejas, os
templos e similares.

Art. 86 - Os equipamentos de educação, lazer e cultura com base na prioridade de sua


utilização, classificam-se em:

I - Equipamentos de uso permanente, cujas atividades serão


objetos de localização, implantação, administração e programação pelo
Poder Público, tais como: praças em geral, as praças de recreação, os
lotes de recreação, os parques urbanos locais, os parques esportivos
recreativos, as creches, as escolas maternais, as pré - escolas, os
estabelecimentos de ensino, os centros sociais e de comunidade, os
centros sociais urbanos, os centros culturais, as bibliotecas, os museus
e pinacotecas, os locais de exposição e os teatros;

II - Equipamentos de uso periódico, compreendendo glebas ou


lotes de terreno ainda não edificados e trechos do espaço urbano
tratados adequadamente e postos à disposição do público para
atividades espontâneas ou de programação por iniciativa particular.

Parágrafo Único – Nos equipamentos de educação, lazer e cultura de


uso permanente que se construírem em praças e
parques somente deverão ser permitidas
edificações estritamente complementares às
atividades de lazer ao ar livre.

Art. 87 - Os equipamentos de educação, lazer e cultura destinados ao ensino serão


objeto de regulamentação própria.

Art. 88 - As escolas de 1º grau deverão ser distribuídas no território urbano com


acessibilidade a um raio não superior a 1.000 mts.

21
Parágrafo Único – As escolas de 1º grau, escolas maternais e jardins de
infância deverão localizar-se em áreas exclusivamente
residenciais, distante pelo menos 400 mts das
instalações industriais, hospitais, cadeias, depósitos de
explosivos e casas de diversão

Art. 89 - Os equipamentos de educação, lazer e cultura destinados à recreação


são os seguintes:

I - Lotes de recreação;
II - Praças de recreação;
III - Parques esportivos - recreativos;
IV - Centros sociais

Art. 90- Constituem equipamentos de saúde pública o conjunto de serviços e


atividades ligados à saúde, que visam a atender à população de forma
preventiva, curativa ou reabilitadora desde a forma primária à mais
especializada.

Art. 91- Os prédios e instalações destinadas a serviço de saúde deverão observar as


normas e padrões fixados pelo Ministério da Saúde.

Art. 92 - Consideram-se equipamentos de abastecimento da população os seguintes:

I - Hortomercados - unidades de abastecimento compostas por áreas


destinadas a:

a) conjunto de bancas de comercialização de produtos


hortifrutigranjeiros;
b) estabelecimentos de comercialização dos produtos alimentícios e
de uso doméstico, em regime de auto-serviço;

II - Supermercado ou unidades de abastecimento compostas por


estabelecimentos de comercialização de produtos alimentícios e de
uso doméstico, em regime de auto-serviço;
III - Centros comerciais ou unidades de abastecimento integradas de
comercialização de produtos e mercadorias essenciais de consumo e
uso da população;

IV- Mercados Municipais ou unidades de abastecimento destinadas a


comercialização de produtos hortifrutigranjeiros, alimentares e de uso
doméstico;
V- Feira-Livre.

Art. 93 - Os projetos de implantação e equipamentos de abastecimentos à população


deverão prever áreas independentes, destinadas a:

I - Circulação e estacionamento dos veículos dos usuários;

22
II - Circulação, estacionamento, carga e descarga de veículos de
transporte de produtos e mercadorias destinados à comercialização.

Art. 94 - Com vistas a suprir carências verificadas quanto ao abastecimento da


população, o município induzirá, nas zonas assim identificadas, a localização
de equipamentos novos, mediante instrumentos tributários e urbanísticos.

Art. 95 - A aprovação municipal de implantação de equipamento de abastecimento


da população será precedida de consulta, quanto a viabilidade de localização e
dimensionamento do equipamento de que se tratar.

Parágrafo Único – A consulta será apreciada pelo Órgão de Planejamento


local, com base nos seguintes critérios:

I - População a ser atendida pelo equipamento, em


confronto com a densidade proposta para a zona;

II - Adequação ao uso predominante na


Zona de implantação do equipamento
proposto;

III - Ocorrências de conflitos com o entorno da


localização do equipamento proposto, do ponto de
vista do sistema viário e das possibilidades de
perturbações do tráfego e da segurança, saúde e
conforto dos habitantes vizinhos.

Art. 96 - Consideram-se postos de abastecimento os equipamentos destinados à venda


de combustíveis para veículos, incluídos os demais produtos e serviços afins,
tais como óleos, lubrificantes, lubrificação e lavagem.

§ 1º – É permitido, em postos de abastecimento, em caráter complementar


desde que não descaracterize sua atividade principal, a
instalação de pequeno comércio de conveniência .

Art. 97 - Os postos de abastecimento terão entre si uma distância mínima de 500 m


(quinhentos metros), medida pela linha de menor percurso entre o local a que
devam aceder e as unidades existentes ou licenciadas.

Art. 98 - O Município, através de seus órgãos técnicos, exigirá a adoção de medidas


especiais de proteção e isolamento na instalação de postos de abastecimentos
ou áreas de freqüência pública intensa, sem prejuízo da observância de
normas expedidas pelo Conselho Nacional de Petróleo.

Art.99 - A aprovação municipal para a instalação de postos de abastecimentos será


precedida da consulta quanto à viabilidade de sua localização.

Parágrafo Único – A consulta será apreciada pelo Órgão de Planejamento


local com vistas a evitar a ocorrência de conflitos com o

23
entorno de localização do equipamento especial
quanto a:

I - Sistema Viário e possibilidade de perturbação


do tráfego;
II - Possibilidade de prejuízo à segurança e saúde dos
habitantes dos prédios situados em sua vizinhança;
III - Efeitos poluidores e de contaminação e degradação
do meio ambiente.

Art. 100 - Os acessos às garagens comerciais serão limitados em número máximo de 2


(dois) em cada logradouro com vistas à continuidade e a segurança da
circulação de pedestres nos passeios dos logradouros.

Art. 101 - É obrigatória a construção de garagens nos prédios destinados a atividades


comerciais, de serviços e industriais.

§ 1º – Excluem-se do disposto neste artigo as edificações, cuja área


construída seja inferior a 1.000,00 m2 (mil metros quadrados).
§ 2º – A área de edificação destinada a guarda, estacionamento e circulação
de veículos, nos prédios destinados às atividades peculiares de
comércio e de serviços, por suas características, é a seguinte:
I - Mercados, supermercados, hortomercados, centros comerciais e
similares, uma vaga para cada 25,00 m2 (vinte e cinco metros
quadrados) de área de ocupação;
II - Oficinas de reparos de veículos e similares, uma vaga para cada
50,00 m2 (cinqüenta metros quadrados) de área de construção.
III - Hotéis, uma vaga para cada 3 (três) unidades de alojamento;
IV - Motéis, uma vaga para cada unidade de alojamento;
V - Estacionamentos hospitalares e similares, uma vaga para cada
25,00 m2 (vinte e cinco metros quadrados) de área de
construção.

Art. 102 - Nas edificações destinadas a atividade industriais, é obrigatória a previsão de


local de estacionamento interno, destinado à movimentação de veículos de
carga, com acesso independente do que se destinar ao estacionamento de
outros veículos.

§ 1º – A área da edificação destinada a guarda, estacionamento e circulação


de veículos, em garagens em áreas não construídas, nos prédios
destinados a atividades industriais, é a de uma vaga para cada 100,00
m2 (cem metros quadrados) de área de construção.

§ 2º – Exclui-se do disposto no § 1º as industrias de pequeno porte, às quais


se aplicam os modelos de assentamento para as diversas zonas de
uso onde se instalarão.

CAPÍTULO VIII
DO SISTEMA VIÁRIO BÁSICO
24
Art. 103 - O Sistema Viário Básico é o conjunto de vias hierarquizadas, que constitui o
suporte físico da circulação urbana expresso no Anexo 3 desta Lei.

Art. 104 - A hierarquia de acessibilidade propiciada pelo Sistema Viário Básico é


considerada como fator determinante na localização do centro principal e de
aglomerações comerciais, enquanto correspondentes a corredores de
comércio e serviços, respectivamente, instituídos com vistas a:

I - Induzir a estrutura urbana de forma equilibrada;


II - Equilibrar a repartição de fluxos na rede viária;
III - Otimizar o potencial de acessibilidade do Sistema Viário Básico.

Art. 105 - As vias classificam-se em:


I - Arterial;
II - Coletoras;
III - Locais;
IV - Via Expressa
V - Perimetral

Parágrafo 1º – A Via Arterial têm função de ligação, coleta e distribuição


dos fluxos de atendimento aos centros de maior concentração de
atividades.

§ 1º – As Vias Coletoras, complementares à Via Arterial, têm a função


coletora e distribuidora dos fluxos de atendimento aos setores
urbanos, residenciais.

§ 2º – As Vias Locais têm a função de acesso para atendimento


dos moradores, prioridade aos pedestres, na sua utilização.

§ 3º – A Via Perimetral percorre a periferia urbana de forma


contínua.

Art. 106 - Sistema Viário Básico, tem o objetivo de estabelecerem fluxos de tráfego, de
modo que a circulação urbana se processe na ordem hierárquica crescente
das vias, conforme a sua classificação.

Art. 107- As características físicas e infra-estruturais, geométricas e paisagísticas das


vias integrantes do Sistema Viário Básico obedecerão às características e
padrões constantes do Anexo 3 desta Lei.

Art. 108 - As vias projetadas deverão preferencialmente ligar outras vias e logradouros
públicos, existentes ou projetados, ressalvadas as vias locais terminadas em
praça de retorno, cujo comprimento não será maior do que 200 m. (duzentos
metros).

Art.109 - Nenhuma via projetada deverá apresentar declividade superior a 15% (quinze
por cento).
25
Art. 110 - A Via Expressa constitui-se na Rodovia Municipal GO - 225, que toma a
denominação de Av. Goiás no trecho que percorre.

Art. 111 - A Via Arterial é constituída pelas ruas Potengui, Rua 3, Santa Luzia e Av. Dr.
Benedito de Paiva e Silva e demais eixos de penetração nas áreas de
expansão urbana, tem a função de acolher a maior quantidade dos fluxo de
tráfego entre as Zonas Urbanas.

Art. 112 - A Via Perimetral , tem a finalidade complementar as funções da Via


Arterial.

Art. 113 - A Administração Municipal, na ordenação do tráfego do sistema Viário Básico,


elaborará e executará planos de comunicação visual onde fiquem
estabelecidas normas e padrões para sinalização viária e de tráfego.

CAPÍTULO IX
DO PARCELAMENTO DO SOLO

Art. 114- O parcelamento do solo para fins urbanos, sob a forma de loteamento,
desmembramento, fracionamento ou remembramento, será procedido na
forma desta Lei, e observadas ainda, as disposições da Lei Federal nº6766,
de 19 de dezembro de 1979.

Art. 115 - Considera-se loteamento, a subdivisão de gleba em lotes destinados à


edificação, com abertura de novas vias de circulação, logradouros públicos ou
prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes.

Parágrafo Único -- Em função do uso predominantemente residencial a que se


destinam, os loteamentos poderão ocorrer nas seguintes
formas:

I- Loteamentos para uso residencial são aqueles em que o


parcelamento do solo se destina à edificação para atividades,
predominantemente, residenciais e exercidos em função de habitação, ou
de atividades complementares ou compatíveis com essa.

II - Loteamentos destinados à edificação de Interesse Social - são aqueles


realizados com a interveniência ou não do Poder Público, em que os
valores dos padrões urbanísticos são especialmente estabelecidos em
legislação própria, para a construção de habitação de caráter social,
visando atender as classes de população de menor renda.
26
Art. 116 - Considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados a
edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não
implique na abertura de novas vias e logradouros públicos, e nem no
prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes.

Art. 117 - Considera-se remembramento, a reunião de lotes urbanos em área maior,


destinada à edificação, bem como o posterior desmembramento em lotes de
dimensões ou organização diversa da originária, mediante reloteamento.

Parágrafo Único - Aplicam-se ao reloteamento, no que couber, as disposições


sobre loteamentos.

Art. 118 - Somente será admitida a edificação em lotes de terreno resultantes de


parcelamento do solo:

I - Efetuado na forma desta Lei, e que tenham sido objeto de prévia


aprovação municipal;

II - Efetuado, anteriormente, à esta Lei, desde que atendidas as exigências da


lei vigente à época do parcelamento.

Art. 119 - Não será permitido o parcelamento do solo em:

I - Terrenos alagadiços ou sujeitos à inundações antes de tomadas as


providências para assegurar-lhes o escoamento das águas;

II - Terrenos aterrados com lixo, resíduos ou matérias nocivas à saúde pública;

III - Terrenos situados fora do alcance das redes públicas de abastecimento de


água potável e de energia elétrica, salvo se atendidas as exigências
específicas dos órgãos competentes;

IV - Terrenos situados em encosta, com declividade igual ou superior a 15%


(quinze por cento), salvo se atendidas exigências específicas das
autoridades competentes;

V - Terrenos situados em topos de morros e elevações, bem como em suas


encostas, qualquer que seja a sua declividade;

VI - Em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a poluição impeça


condições sanitárias suportáveis, até a sua correção.

Art. 120 - Fica vetado, em qualquer hipótese, nas zonas correspondentes a área de
recarga do aquífero, o parcelamento do solo sob a forma de loteamento ou
desmembramento.

Art. 121 - Os lotes de terreno terão as dimensões mínimas de testada igual a 10.00mts. e
área mínima exigida de 300.00m2.

27
§ 1º - Nos lotes de terreno de esquina, a testada mínima deverá ser de
15,00mts (quinze metros).

Art. 122 - A percentagem de áreas públicas destinadas ao sistema de circulação, à


implantação de equipamentos urbanos e comunitários, bem como, aos
espaços livres de uso público, não poderá ser inferior a 35% (trinta e cinco por
cento) da gleba, observada a seguinte proporção:

a) 5% (cinco por cento) para espaços livres de uso público;

b) 5% (cinco por cento) para equipamentos urbanos e comunitários

§ 1º - No caso de área ocupada pelas vias públicas ser inferior a 20% (vinte
por cento) da gleba, a diferença deverá ser adicionada aos espaços
livres de uso público.

§ 2º - Quando a percentagem destinada aos espaços livres de uso público


não constituir uma área única, uma das áreas deverá corresponder, no
mínimo à metade da área total destinada que, em algum ponto
qualquer dessas áreas, deverá-se-á poder inscrever um círculo com
raio mínimos de 15,00 (quinze metros).

§ 3º - Os espaços livres de uso público e as áreas destinadas implantação de


equipamentos urbanos e comunitários deverão ser mantidos com a
vegetação natural e não poderão apresentar declividade superior a
10% (dez 0por cento).

Art. 123 - Ao longo das águas correntes e das faixas de domínio público das rodovias e
viadutos será obrigatória a reserva de uma faixa non aedificandi de 15,00m
(quinze metros) de cada lado, salvo maiores exigências da legislação
específica.

Parágrafo Único - A faixa non aedificandi, referida neste artigo, não será
computada para efeito de cálculo de áreas públicas
destinadas aos espaços livres de uso público.

Art. 124 - Nos projetos de parcelamento, sob qualquer forma nenhum lote poderá:

a) Estar mais de 500,00m (quinhentos metros) de uma via arterial ou coletora,


medida essa distância ao longo do eixo de uma via que lhe dá acesso.

b) Ser frontal para via de circulação de largura inferior a 12,00m (doze metros),
com exceção das vias locais dos conjuntos habitacionais de interesse social
e das vias com praça de retorno.

Art. 125 - O comprimento das quadras não poderá ser superior a 150,00m (cento
e cinqüenta metros) e a largura máxima admitida será de 100,00m (cem
metros).

28
Art.126 - Na hipótese do terreno apresentar inclinação superior a 10% (dez por cento)
serão admitidas quadras com tamanho diferente ao referido no artigo anterior
desta lei; desde que as vias sejam abertas no sentido das curvas de nível.

Art. 127 - O Registro do loteamento torna inalienáveis, a qualquer título, as vias de


comunicação e os espaços livres destinados a praças, parques e áreas de
lazer e recreação, ou a edifícios públicos, locais de uso institucional e outros
equipamentos urbanos, constantes do projeto/memorial descritivo.

Art. 128 - Os espaços livres de uso comum, as vias, as áreas destinadas a edifícios
públicos e outros equipamentos urbanos, constantes do projeto e do
memorial descritivo não poderão ter sua destinação alterada pelo loteador,
desde a aprovação do loteamento, salvo as hipóteses de caducidade da
licença ou desistência do loteador observadas as exigências do artigo 23 da
Lei Federal nº 6.766, de 19 de dezembro de 1.979.

Art. 129 - Os espaços livres que forem insuficientes ou inadequados às finalidades


públicas previstas, de tal modo que seja conveniente a sua relocalização,
serão descritos e caracterizados como gleba ou lotes de terreno, no projeto e
no memorial descritivo do loteamento, para, e após desafetação, na forma da
lei, serem objeto de:

I - Permuta por outra gleba ou lote de terreno, situada em área próxima, e que
sejam consideradas suficientes ou adequadas às finalidades públicas;

II- Venda a terceiros, destinado o preço assim obtido exclusivamente à


aquisição de outra gleba ou lote de terreno, situada em área próxima e
que sejam consideradas suficientes ou adequadas às finalidades.

Parágrafo Único - A cláusula de inalienabilidade passará a gravar as glebas ou


lotes de terreno, adquiridas na forma deste artigo, as quais
terão a mesma destinação e utilização públicas daquelas
originariamente constantes do projeto e memorial
descritivo do loteamento.

Art.130 - O processo de aprovação dos projetos de loteamento será precedido pela


fixação das diretrizes urbanísticas municipais para a área a ser
parcelada mediante requerimento do proprietário, acompanhado dos
seguintes documentos:

I - Planta plani-altimétrica da gleba de terreno, em 2 (duas) vias de cópias em


escala de 1/1000 (um por mil) ou 1/2000 (um por dois mil) curvas de nível
de metro em metro, assinada pelo proprietário ou seu representante legal, e
por profissional legalmente habilitado no Conselho Regional de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia - CREA e com a respectiva Anotação de
Responsabilidade Técnica - ART, onde constem as seguintes informações:

a) denominação, situação, limites e divisas perfeitamente definidas com


a indicação dos proprietários lindeiros áreas e demais elementos de
descrição caracterização do imóvel;

29
b) indicação, com exata localização, até a distância de 200,00m (duzentos
metros), das divisas da gleba objeto do pedido:

1 - de nascentes, cursos d’água, lagoas, lagos, reservatórios d’água naturais e


artificiais;

2 - de florestas, bosques e demais formas de vegetação natural, bem como de


ocorrência de elementos naturais, tais como pedras, vegetação de portes e
monumentos naturais.

3 - de construções existentes com a indicação de suas atividades e,


em especial, de bens e manifestações de valor histórico e cultural.

4 - de ferrovias, rodovias e viadutos e de suas faixas de domínio;

5 - dos arruamentos contíguos ou vizinhos a todo o perímetro da gleba


de terreno, das vias de comunicação, praças e áreas livres dos
equipamentos urbanos e comunitários existentes, com as respectivas
distâncias da área a ser loteada;

6 - dos serviços públicos existentes, com a distância das divisas da gleba de


terreno a ser parcelada;

c) o tipo do uso predominante e a que o loteamento se destina.

II - Planta de situação da glebas a ser parcelada, na escala de 1:50.000 (um


por cinqüenta mil), a ser indicada com base na Carta do Brasil,
elaborada pela fundação - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -
IBGE, edição de 1978;

III -.Declaração das concessionárias de serviço público de saneamento


básico e energia elétrica quanto a viabilidade de atendimento da gleba a
ser parcelada;

IV - Título de propriedade ou domínio útil da gleba de terreno;

V - Certidão negativa de tributos municipais que incidam sobre o imóvel.

Art. 131 - Com base na documentação apresentada, o órgão municipal competente, no


prazo de 30 (trinta) dias, fixará as diretrizes urbanísticas municipais para a área
a ser parcelada:

I - Pela indicação das categorias de uso de parcelamento permitido;

II - Pelo traçado, na planta apresentada pelo interessado;

a) das principais vias de comunicação existentes ou projetadas, em articulação


com o sistema viário municipal e da cidade de Santo Antônio do Descoberto;

30
b) das praças e áreas verdes, localizadas de forma e se beneficiarem e
preservarem as ocorrências naturais;

c) dos locais de uso institucional e a áreas destinadas a edifícios públicos e


outros equipamentos urbanos;

d) das faixas sanitárias de terreno necessárias ao escoamento das águas


pluviais;

e) das faixas non aedificandi de, no mínimo, 15.00m (quinze metros) de cada
lado, ao longo das águas correntes das faixas de domínio público
das rodovias.

Parágrafo Único - Após a fixação das diretrizes urbanísticas municipais, a


Prefeitura encaminhará a respectiva planta ao
órgão estadual competente para o traçado das diretrizes
urbanísticas estaduais, acompanhada da planta de
situação da gleba a ser parcelada.

Art. 132 - As diretrizes urbanísticas municipais, fixadas para área a ser


parcelada, valerão pelo prazo máximo de 1 (um) ano, vedada a revalidação.

Art. 133 - A aprovação do projeto de loteamento será feita mediante requerimento do


proprietário, dentro do prazo referido no artigo anterior, acompanhado dos
seguintes documentos:

I - Histórico dos títulos de propriedade ou domínio útil do imóvel, abrangendo


os últimos 20 (vinte) anos, acompanhado de certidão dos respectivos
registros de ônus real, quando houver;

II - Certidão de exame e anuência prévia do projeto de loteamento expedido


pela autoridade estadual competente;

III - Certidão negativa dos tributos municipais;

IV - Uma planta original do projeto em papel vegetal, ou uma cópia do


original em vegetal copiativo, na escala de 1:1.000 (um por mil) com
curvas de nível de metros em metros, e mais 5 (cinco) cópias
heliográficas, todas assinadas por profissional devidamente habilitado o
pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA-
GO, e pelo proprietário ou seu representante legal, contendo as seguintes
indicações e esclarecimentos:

a) - a subdivisão das quadras em lotes, com as respectivas dimensões e


numeração;

b) - as áreas públicas, com as respectivas dimensões e áreas;

c) - o sistema de vias com a respectiva hierarquia;

31
d) - as dimensões lineares e angulares do projeto, com raios, cordas, arcos,
pontos de tangência e ângulos centrais das vias;

e) - a indicação dos marcos de alinhamento e nivelamento localizados nos


pontos de tangência das curvas das vias projetadas;

f) - quadro demonstrativo da área total, e das áreas úteis, públicas e


comunitárias.

V - Perfis longitudinais e transversais de todas as vias de circulação local e


praças, na escala horizontal de 1:1.00m (um por mil) e na vertical de 1:100
(um por cem), de acordo com o que dispõe os Anexos 8 e 9, desta Lei.

VI- Projetos de meio-fio e pavimentação das vias de circulação, cujo tipo será
previamente determinado pela Prefeitura;

VII- Projeto completo da rede de escoamento das águas pluviais, indicando e


detalhando o dimensionamento e os caimentos de coletores, assim como,
o local de lançamento, conforme:

a) - planta baixa na escala 1:1.000 (um por mil) ou 1:2.000 (um por dois mil),
com curvas de nível de metro em metro, onde será traçado ao longo de
todas as vias públicas a rede de drenagens, os poços de visita e as bocas
de lobo coletoras. Os poços de visita deverão ser numerados
ordenadamente com algarismo arábico e cada trecho, compreendido entre
dois poços de visita consecutivos, deverá expressar a sua numeração,
diâmetro, declividade, comprimento e vazão correspondente;

b) - perfis longitudinais de cada trecho em papel milimetrado, nas escalas:


horizontal 1:1000 (um por mil) e vertical 1:100 (um por cem)
apresentando o greide da rua e o coletor, sendo necessário cotar a
profundidade de cada poço de visita existente, sobre a linha que o
representa; deve ser expresso ainda: na parte superior do coletor, o
número do trecho e seu comprimento e, na parte inferior, separados por
traços de união, o diâmetro, a vazão e a declividade correspondente;

c) - memorial descritivo e justificativo da solução apresentada e


especificações de materiais a ser empregados, em papel tamanho ofício,
datilografado, bem como as planilhas de cálculo, todas assinaladas pelo
autor do projeto.

VIII- Projeto completo do sistema de alimentação e distribuição de água e


respectiva rede de distribuição, aprovado pelo órgão competente,
responsável pelo serviço de distribuição de água, indicando a fonte
abastecedora e volume;

IX- Projetos especiais, tais como: obras de arte, muro de contenção a critério
da Prefeitura, quando for o caso;

32
X - Projeto completo da distribuição da energia elétrica aprovado pelo órgão
competente, obedecendo às suas medidas, padrões e normas;

XI -..Memorial descritivo e justificativo do projeto contendo obrigatoriedade,


pelo menos:

a) - denominação área, situação e limites e confrontações da gleba;

b) - a descrição sucinta do loteamento, com as características gerais e a


fixação da Zona ou Zonas de uso predominante;

c) - as condições urbanísticas do loteamento e as limitações que incidem


sobre os lotes e suas construções, além daquelas constantes das
diretrizes fixadas;

d) - a indicação das áreas públicas que passarão ao domínio do município no


ato de registro do loteamento;

e) - a enumeração dos equipamentos urbanos, comunitários e dos serviços


públicos ou de utilidade pública, já existentes no loteamento e
adjacências;

f) - indicação e especificação dos encargos que o loteador se propõe a


assumir quanto à infra-estrutura e equipamentos urbanos.

XII - Cronograma de execução das obras, com a duração máxima de 2 (dois)


anos, constando de:

a) 30% (trinta por cento) quando concluída a abertura das vias, assentamento
de meio-fios e de rede de águas pluviais;

b) 30% (trinta por cento) quando concluída a instalação das redes de


abastecimento de água e energia elétrica;

c) 40% (quarenta por cento) quando concluída a pavimentação e demais


serviços.

Art. 134 - Na hipótese em que for adotada a modalidade de garantia hipotecária, deverá
ser destinado, no mínimo, 40% (quarenta por cento) da área útil do
loteamento para este fim, observado o seguinte:

I - Nas cópias das plantas do projeto de loteamento, a Prefeitura, de acordo


com o interessado, relativamente às parcelas da gleba a serem dadas
em garantia hipotecária ao Município, fará a sua localização,
segundo descrição e caracterização, que levará em conta o sistema viário,
os quarteirões e os lotes projetados;

II - A Prefeitura fornecerá ao interessado, para efeito de registro


juntamente com a escritura pública de constituição de garantia hipotecária,

33
cópia autenticada da planta do projeto de loteamento, onde conste a área
dada em garantia, devidamente delimitada e caracterizada.

Art. 135 - Depois de prestada a garantia, referida no artigo e pagos os emolumentos


devidos, se o projeto de loteamento estiver em condições de ser aprovado, o
órgão municipal competente encaminhará o processo ao Prefeito Municipal,
que baixará o respectivo Decreto de Aprovação do loteamento.

Parágrafo Único - Dentro do prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados


da data da aprovação do projeto, o proprietário deverá
proceder a inscrição do loteamento no Registro Imobiliário,
sob pena de caducidade da aprovação.

Art. 136 - O Alvará de licença para início de obras deverá ser requerido à Prefeitura pelo
interessado, no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data
do Decreto de Aprovação, caracterizando-se o início de obra pela abertura e
nivelamento das vias de circulação.

§ 1º- O requerimento do Alvará de Licença deverá ser acompanhado dos


projetos do sistema de alimentação e distribuição de água, do
sistema de esgoto sanitário, da rede de energia elétrica e da rede de
iluminação pública, aprovados pelas respectivas empresas
concessionárias de serviços públicos.

§ 2º - O prazo máximo para o término das obras é de 2 (dois) anos, a contar


da data de expedição do Alvará de Licença.

§ 3º - O prazo estabelecido no § 2º deste artigo, poderá ser prorrogado, a


pedido do interessado por período nunca superior à metade do prazo
concedido anteriormente, a critério dos órgãos técnicos municipais.

Art. 137 - O projeto de loteamento aprovado poderá ser modificado, mediante solicitação
do interessado, dentro do prazo de 180 (cento e oitenta) dias, antes de seu
registro no Registro de Imóveis.

§ 1º - A modificação do projeto deverá atender às mesmas diretrizes


urbanísticas municipais fixadas para a área a ser parcelada;

§ 2º - Qualquer alteração ou cancelamento parcial do loteamento registrado


dependerá de acordo entre o loteador e os adquirentes de lotes
atingidos pela alteração, bem como da aprovação pela Prefeitura
Municipal.

Art. 138 - A edificação em lotes de terreno resultantes de loteamento registrado


dependerá de acordo entre o loteador e os adquirentes de lotes atingidos pela
alteração, bem como da aprovação pela Prefeitura Municipal.

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Art. 139 - A edificação em lotes de terreno resultantes de loteamento aprovado, depende
de sua inscrição no Registro Imobiliário, e da completa execução das obras
de urbanização, comprovada mediante inspeção pelos órgãos de fiscalização
municipal.

Parágrafo Único - A Prefeitura poderá licenciar edificações, simultaneamente,


à execução das obras de urbanização, condicionando o
fornecimento da declaração do habite-se, à
conclusão das obras vinculadas a cronograma aprovado.

Art. 140 - Aplica-se aos projetos de desmembramento e remembramento, no que


couber, os requisitos urbanísticos e os do processo de aprovação dispostos
neste capítulo.

CAPÍTULO X
DA PROTEÇÃO AMBIENTAL E PAISAGÍSTICA

Art. 141 - O Município zelará pela saúde ambiental, como medida fundamental de
proteção da saúde individual e coletiva, nomeadamente mediante:

I - Obras de infra-estrutura que visam à melhoria das condições


ambientais;

II - Criação de áreas verdes;

III - Definição das medidas necessárias a prevenir ou corrigir os


inconvenientes e prejuízos da poluição e da contaminação do meio
ambiente;

IV - Proteção dos recursos hídricos, e orlas dos cursos d’água, mediante


a elaboração e execução do plano municipal de esgotamento
sanitário, através de acordos e convênios com órgãos federais ou
estaduais, observadas as seguintes diretrizes:

a) vedação de lançamento de esgotos sanitários, lixos e resíduos, na orla


ou nos cursos d’água e grotas;

b) manutenção de faixa de proteção marginal ao longo dos rios e córregos,


com a largura mínima de 30,00m (trinta metros), contada da linha do
nível médio das águas;

V - Elaboração de planos setoriais referentes à limpeza urbana, através


de acordos ou convênios com órgão federais ou estaduais, nas quais

35
fiquem estabelecidas normas e locais para a implantação de aterros
sanitários e destinação final dos resíduos hospitalares e congêneres;

Art. 142 - As formas de vegetação, reconhecidas de utilidade às terras que revestem,


são bens de interesse comum a todos os municípios, exercendo-se direitos de
propriedade com as limitações estabelecidas por lei.

Art. 143 - O Município declarará de preservação permanente mediante Decreto do


Executivo Municipal, com base na Legislação Federal, as matas e demais
formas de vegetação natural destinadas:

I - A atenuar a erosão das terras;

II - A formar faixas de proteção ao longo das rodovias;

III - A proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico ou


histórico;

IV - A asilar exemplares da fauna ou da flora ameaçados


de extinção;

V - A assegurar condições de bem-estar público;

VI - A preservar os mananciais hídricos de superfície e subterrâneos.

Art. 144 - O Município promoverá a proteção e conservação das matas e demais formas
de vegetação natural, situadas:

I - Ao longo dos cursos d’água, em faixa marginal cuja largura mínima


será de 15 mts;

II - Nas nascentes, mesmo nos chamados olhos d’água seja qual for a
sua situação topográfica;

III - Nos topos dos morros e montes;

IV - Nas encostas, ou partes destas, com declividade superior a 25% (vinte


e cinco por cento).

Art. 145 - Ficam desde logo identificadas ou declaradas de preservação permanente, as


matas e demais formas de vegetação natural situadas nos topos de morros,
montes e elevações, bem como em suas encostas, quaisquer que seja a sua
declividade, acima da cota de nível altimétrico de 950,00 m (novecentos e
cinqüenta metros);

Art. 146 - Não é permitida a derrubada de matas situadas em áreas de inclinação maior
do que 25% (vinte e cinco por cento).

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§ Único - Onde já houve ações de devastação da vegetação natural nas área
mencionadas nos artigos anterior, ela deverá ser recomposta, por
reflorestamento em, pelo menos 70% (setenta pôr cento) da área.

Art. 147 - Nas Zonas de Restrição -ZR-1. 2 e 3 admite-se atividades de camping,


Zoológico ou jardim botânico e a vegetação nativa deve ser preservada ou
recomposta em, pelo menos, 70% (setenta pôr cento) da área;

§ Único - as atividades produtivas que se utilizam de recursos naturais não


poderão se desenvolver sem licença ambiental dada pelo órgão
competente.

Art. 148 - No SH - Setor Histórico - deverão ser mantidas as características da


configuração urbana original, expressas no sistema viário, na vegetação, na
arquitetura dos prédios e da Praça bem como da faixa de proteção às suas
margens;

Art. 149 - As porções de Loteamentos que avançam sobre áreas de cabeceira de


drenagem, deverão sofrer restrições ao uso urbano, induzindo-se o uso de
chácaras através de incentivos ao remembramento de seus lotes atuais;

Art. 150 - As áreas coincidentes com as de recarga do aqüífero não poderão ser
ocupadas por atividade urbana de nenhuma espécie, devendo permanecer em
seu estado natural e assim ser preservadas;

Art. 151 - Passam a ser Áreas Especiais de Proteção Permanente as nascentes, as


matas ciliares e as indicadas como reserva do aqüífero e proteção das
cabeceiras de drenagem e sua utilização dependerá de prévia autorização do
órgão ambiental competente.

Art. 152 - As Área Especiais destinadas a Parque Público e outras atividades de


natureza comunitária, de pesquisa ou educativa desde que de natureza rural
poderão ser localizadas nas Zonas de Restrição (Zrs)

§ Único - Ao longo dos córregos nessas áreas, deverá ser preservada uma
faixa mínima de 50m de cada lado, com preservação ou
recuperação de, pelo menos, 70% (setenta pôr cento) da
vegetação nativa.

Art. 153 - Fica proibido qualquer tipo de ocupação urbana em áreas de declividade igual
ou superior a 25% (vinte e cinco pôr cento).

Art. 154- Os proprietários de imóveis com matas, identificadas ou declaradas de


preservação permanente, gozarão de isenção ou redução no respectivo
imposto territorial de competência do Município.

Art. 155 - Para efeito de imposição das sanções previstas no Código Penal e na Lei de
Contravenções Penais, relativas a lesões às florestas e demais formas de
vegetação, os órgãos públicos competentes comunicarão o fato ao Ministério
Público.

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TÍTULO III
DOS INTRUMENTOS ADMINISTRATIVOS

Art. 156 - O Plano Diretor Urbano e os Planos ou Projetos setoriais vinculam os atos dos
órgãos da Administração que a eles estejam referenciadas.

Art. 157 - O Executivo elaborará as propostas para os Programas de Investimentos,


inclusive os Plurianuais, fazendo corresponder a alocação de recursos
orçamentários e extra orçamentários aos objetivos e diretrizes do Plano Diretor
Urbano e dos Planos Setoriais existentes.

Art. 158 - Todos os planos, programas e projetos da Administração Municipal, bem como
o Plano de Metas Anual, deverão ser elaborados no que couber, em
compatibilidade com as diretrizes do Plano Diretor Urbano.

Art.159 - A administração do patrimônio imobiliário municipal visará compatibilizar sua


destinação com o desenvolvimento urbano, através dos seguintes
instrumentos:

- cadastro do patrimônio imobiliário urbano e das entidades da administração


indireta e fundacional;

- intercâmbio de informações cadastrais entre os diversos órgãos de


administração do patrimônio, das administrações direta, indireta e
fundacional do Município, do Estado e da União.

Art. 160 - Para fins desta Lei, o controle do uso do solo urbano utilizará os seguintes
instrumentos legais, entre outros:

I - de caráter tributário:

a) imposto predial e territorial urbano


b) contribuição de melhoria
c) taxas e tarifas diferenciadas em função de projetos de interesse social
d) incentivos e benefícios fiscais

II - de caráter jurídico:

a) desapropriação
b) tombamento de imóvel
c) parcelamento, edificação, ou utilização compulsórias
d) declaração de área de preservação ou de proteção ambiental.

§ Único - A desapropriação e o tombamento regem-se pela legislação que lhe


é própria.
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Art. 161 - Lei Municipal específica tornará progressivo o imposto sobre a propriedade
predial e territorial urbana, nos termos do § 1º item I do Art. 156 da
Constituição Federal.

TÍTULO IV
DAS INFRAÇÕES E PESPECTIVAS SANÇÕES

Art. 162 - Considera-se infração do PDU de Santo Antônio do Descoberto toda ação ou
omissão que importe em inobservância desta Lei, seu Regulamento, Decretos,
Normas Técnicas e outras que se destinam a ocupação, parcelamento,
edificação e uso do solo urbano.

§ 1º - Administração Municipal ao tomar conhecimento ou notícia da


ocorrência de infração urbanística é obrigado promover sua apuração
imediata, mediante processo administrativo próprio sobre pena de
tornar-se co-responsável.

§ 2º - São infrações Urbanísticas:

I - Construir, instalar ou fazer funcionar em qualquer parte do território


de Santo Antônio do Descoberto, estabelecimentos, obras ou
serviços submetidos ao regime desta Lei, sem licença do órgão
competente ou contrariando o disposto nesta Lei e demais legais e
regulamentares pertinentes.

Art. 163 - Sem prejuízo das sanções civis e penais cabíveis, as infrações serão punidas,
isolada ou cumulativamente, com as seguintes penalidades:

I - Advertência, por escrito (notificação)


II - Multa
III - Suspensão de Alvará de construção
IV - Embargo de obras
V - Interdição parcial ou total de estabelecimento ou atividades
VI - Cassação do Alvará do licenciamento do estabelecimento ou do
parcelamento do solo
VII - Perda - de incentivos ou benefícios fiscais concedidos pelo governo
municipal.

§ Único - À advertência poderá ser aplicada com fixação do prazo para que
seja regularizada a situação, sobre pena de punição mais grave.

Art. 164 - São circunstâncias agravantes para imposição de pena de multa:

I - Ser um infrator reincidente


II - Ter o agente cometido infração para obter vantagem pecuniária
III - O infrator coagiu outrem para execução material da infração

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IV -Ter a infração consequências gravosas à saúde pública, meio ambiente e
ao solo urbano;
V - Ter o infrator agido com dolo direto ou eventual
VI - A concorrência de efeitos sobre a propriedade alheia
VII- A infração atingir área sobre proteção legal.

§ Único -- No caso de infração continuada, caracterizada pela repetição da


ação ou omissão inicialmente punida, a penalidade de multa poderá
ser aplicada diariamente até cessar a infração.

Art.165 - A elaboração e implementação da lei sobre o IPTU progressivo, bem como a


fixação das alíquotas do imposto, sem prejuízo de outras garantias
asseguradas ao contribuinte, obedecerão necessariamente, aos seguintes
princípios fundamentais:

I - assegurar o cumprimento da função social da propriedade;


II - estabelecimento de critérios de progressividade compatíveis com a
situação econômica dos contribuintes;
III - adequação de critérios e requisitos de progressividade às imposições da
ordem jurídica vigente;
IV - tratamento igualitário entre contribuintes que se encontram em situação
equivalente;
V - não distinção dos contribuintes em razão de ocupação profissional ou
função por ele exercida, independentemente da denominação jurídica dos
rendimentos, títulos ou direitos.

§ 1º - A lei definirá para cada área, os prazos aplicáveis à imposição do


imposto predial e territorial progressivo, que não será superior a 2
(dois) anos, a contar da notificação ao proprietário.

Art. 166 - Fazendo prevalecer a função social da propriedade, o disciplinamento e


controle do uso do solo há de se regular, entre outros, através de instrumentos
legais em torno da busca de uma melhor funcionalidade e adequação do
comportamento humano aos espaços habitáveis, com vistas a propiciar uma
melhor qualidade de vida ao homem no contexto urbano.

TÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 167 - O Poder Executivo Municipal promoverá as providências necessárias no


sentido de dotar a Prefeitura Municipal de estruturas, meios, recursos e
normas adequadas ao cumprimento do disposto na presente Lei.

§ Único - Para os efeitos deste artigo deverá ser constituído, através de lei,
órgão responsável pelo planejamento urbano do município no
prazo máximo de 90 dias.

Art. 168 - Os códigos de Obras e Posturas Municipais deverão ser adaptados as


exigências desta Lei, no prazo de 60 dias.
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Art. 169 - A expansão urbana além dos limites do perímetro urbano somente será
admitida após parceladas e ocupadas efetivamente todas ZUs em, pelo
menos, 80% (oitenta pôr cento) de seus espaços destinados ao uso urbano.

Art. 170 - Deverão ser estabelecidos incentivos fiscais para a implantação de atividades
principais e institucionais no Setor Central Principal.

Art. 171 - Para a recuperação de vegetação nativa e os reflorestamentos citados nesta


Lei deverá ser implantado em prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias a
partir da aprovação desta Lei, um Viveiro Municipal para a produção de mudas
de árvores.

Art. 172 - Para a avaliação do interesse ambiental de determinada área e a sua


classificação como unidade de conservação ambiental, o Poder Executivo
Municipal poderá declará-la Área de Especial Interesse Ambiental.

Art. 173 - As obras ou atividades efetiva ou potencialmente causadoras de alteração do


meio ambiente e a qualidade de vida, já licenciadas terão prazo de 60 dias, a
partir da aprovação desta Lei para a apresentação de estudo de impacto
ambiental e de relatório de impacto, contendo, no mínimo, as informações
técnicas e as conclusões contidas na Legislação Federal e Estadual.

§ Único - Findo esse prazo sem a apresentação do estudo e do relatório, fica


sem efeito a licença anteriormente concedida.

Art. 174 - Os funcionários de órgãos da administração direta, indireta e fundacional do


Município não podem prestar serviços de consultoria, assumir autoria de
projeto e responsabilidade técnica, vinculados à execução de obras do
Município.

Art. 175 - O Plano Diretor, editado na presente Lei, será revisto dentro de 2 (dois) anos.

Art. 176 - Enquanto não estiver constituído o órgão responsável pelo Planejamento
Urbano do Município, as atribuições de fazer cumprir as disposições desta Lei
estarão a cargo de Assessoria Especial do Executivo Municipal.

Art. 177 - Onde couber, as regulamentações pertinentes a esta Lei serão elaboradas,
aprovadas e implantadas no prazo máximo de 90 dias.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTO ANTÔNIO DO DESCOBERTO, aos 21


dias do mês de novembro de 1.997.

GETÚLIO DE ALENCAR
Prefeito

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