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Plano de

Lubrificação

São Paulo
Novembro, 2020
O QUE É UM
LUBRIFICANTE?

Uma substância que reduz


o atrito entre dois corpos
O Lubrificante

COMPOSIÇÃO DO
LUBRIFICANTE

Óleo básico mineral ou sintético


(80 a 95%)

Aditivos
(5 a 20%)
O Lubrificante

ADITIVOS
Substâncias que conferem ou melhoram
as propriedades do óleo básico

Melhoradores Extrema Pressão


de IV
Anti
Antioxidante Espumante
Inibidores de Antidesgastes e
ferrugem e Abaixadores do Dispersantes e redutores d atrito
corrosão ponto de fluidez detergentes
O Lubrificante

FUNÇÕES DO
LUBRIFICANTE
 Reduzir o atrito e o desgaste
 Resfriar – Tocar calor
 Proteger contra ferrugem e corrosão
 Vedação
 Eliminar ruídos
 Manter o equipamento limpo
 Facilitar a partida à frio
 Transmitir potência
 Controlar o desgaste de componentes
 Prolongar a vida útil dos equipamentos
2. Lubrificantes
Sintéticos

o Características
o Coeficiente de tração
Lubrificantes sintéticos

Características

Lubrificante mineral Lubrificante sintético


Ceras Sem contaminantes!
Não contêm ceras
Compostos voláteis Não tem compostos oxidantes
Compostos oxidantes Poucos compostos voláteis
Lubrificantes sintéticos

Características
Os lubrificantes sintéticos possuem:

Maior índice Maior estabilidade


de viscosidade Maior estabilidade
oxidativa
química

Baixo
Possibilidade de produzir
coeficiente de Baixa
óleos com alta
tração volatilidade
viscosidade
Lubrificantes sintéticos

Maior índice de viscosidade


A ausência de ceras e aromáticos influencia no aumento do índice de
viscosidade
ISO VG 100

cSt

100

40 °C
Por
Lubrificantes que as diferenças?
sintéticos
Baixo coeficiente de tração
As moléculas de um óleo sintético são mais uniformes do que as moléculas de um óleo mineral. Sendo
assim, os óleos sintéticos conseguem fluir com maior facilidade e gerando menos calor

Força

Óleo mineral

Força
Óleo Sintético

 Moléculas com estrutura controlada e propriedades previsíveis


 Coeficiente de atrito mais baixo e como resultado, menor perda de energia
 Maior estabilidade e resistência à oxidação, possibilitando vida mais longa ao lubrificante.
3. Graxas

o Composição
o Espessante
o Propriedades de características
o Lubrificação
Graxas

COMPOSIÇÃO DA
GRAXA

Óleo básico mineral ou sintético


(90%)

Espessante (sabão ou não


sabão) (7%)
Aditivos (3%)
Graxas

Funcionamento
Imagine a graxa como uma esponja.

 Rede de fibras uniformemente dispersas


 Os poros são preenchidos com óleo e não
devem entrar ar
 O óleo é liberado do sabão pelo calor,
movimento, e forças mecânicas.
 O óleo é reabsorvido pelo espessante quando
as forças são removidas
Graxas

Propriedades e características

 Consistência
 Ponto de gota
 Espessante
 Bombeabilidade
Graxas

Consistência
A consistência da graxa depende do conteúdo do espessante.

NLGI 00 NLGI 2
Graxas

Consistência
A consistência da graxa depende do conteúdo do espessante.

Grau NLGI Estado

 A consistência da graxa – macia para firme – é determinada 000 Muito mole


pela quantidade de espessante. As graxas semifluidas podem 00 Muito mole
conter apenas 2% de espessante enquanto as graxas ais firmes
contêm aproximadamente 20% de espessante 0 Mole

 Quanto maior a consistência da graxa, melhor a sua 1 Mole


capacidade de vedação e resistência ao arraste pela água
2 Moderado
 A consistência é mensurada de acordo com as condições
exigidas pela ASTM 3 Moderado

4 Duro

5 Duro

6 Muito duro
Graxas

Espessante
Desempenho dos espessantes.

Altas Estabilidade ao Resistência à Bombeabilidade


temperaturas cisalhamento água

 Argila  Complexo de Lítio  Sulfonato de Cálcio  Poliuréia


 Poliuréia  Poliuréia  Complexo de Lítio
 Complexo de Lítio  Complexo de Lítio
Graxas

Ponto de gota
Indica a temperatura em que o produto se torna fluido, capaz de gotejar através
de um orifício padronizado, dentro das condições exigidas pela ASTM.

Poliuréia/Bentonita
> 250 °C
Complexo Li/Al/Ca
250 °C
Complexo Na *Normalmente a temperatura máxima de
220 °C
Lítio comum trabalho é 60% do ponto de gota
180 °C
Sódio comum
150 °C

Cálcio / Alumínio
90 °C
Graxas

Cor da Graxa
A cor da graxa não influencia em seu desempenho.
4. Plano

o Revisão
o Novo
Revisão de um plano de lubrificação

• Obter o plano atual, de preferência em arquivo editável;


• Não é uma tabela “de x para”, deve-se analisar a aplicação;
• Recomenda-se:
1. Separar por área;
2. Imprimir e ir a campo;
3. Revisar equipamento por equipamento;
4. Conferir todos os dados e principalmente lubrificante;
• Acompanhado de colaborador que conhece a planta.
Elaboração de um novo plano de lubrificação

• Seguir o processo produtivo;


• Realizar durante a safra (revisão e/ou novo plano);
• Acompanhado de colaborador que conhece a planta;
• Cascata:
1. Área – ex.: moenda;
2. Equipamento – ex.: bomba de embebição 1;
3. Tag;
4. Componente: motor, acoplamento e bomba;
• Anotar na sequência do equipamento.
Elaboração de um novo plano de lubrificação

• Quantidade de pontos a serem lubrificados;


• Indicar lubrificante;
• Quantidade de lubrificante por ponto;
• Unidade: litros (óleo) e quilos (graxa);
• O tipo do lubrificante (óleo ou graxa);
• Periodicidade de inspeção;
• Periodicidade de relubrificação;
• Periodicidade de troca ou amostragem.
Elaboração de um novo plano de lubrificação

Exemplo
Como escolher a viscosidade correta

Parâmetros de seleção da
Viscosidade

VELOCIDADE CARGA TEMPERATURA


Como escolher a viscosidade correta

Parâmetros de seleção da
Viscosidade
ALTA VISCOSIDADE BAIXA VISCOSIDADE

ALTA TEMPERATURA BAIXA TEMPERATURA

ALTA CARGA BAIXA CARGA

BAIXA VELOCIDADE ALTA VELOCIDADE


Escolha da viscosidade | Óleo

• Seguir recomendações do fabricante quanto a características do óleo:


1. Viscosidade (ISO VG/AGMA/SAE);
2. Limite de acidez (TAN ou AN);
3. Tipos de aditivos (AW/EP/AO etc.);
4. Especificações (CLP/CLP HC/CLP PG/HLP/HVLP etc.).
• Na falta da indicação do fabricante, utilizar um nomograma para
redutores;
• Hidráulico normalmente varia de ISO VG 46 a ISO VG 100.
Como escolher a graxa | Óleo básico

Fator DmN
 Rolamento 22218 EK – Autocompensador de rolos

d = 90 mm D = 160 mm B = 40 mm N = 1785 rpm

 DmN = (D + d) / 2 x N
Não leva em
 DmN = (160 + 90) / 2 x 1.785 = 223.125
conta
temperatura e
rugosidade do
material
Como escolher a graxa | Quantidade inicial

Quantidade inicial da graxa


É importante colocar a quantidade certa de graxa no rolamento.

Rolamentos de esfera e auto compensador de rolos


 DmN ≤ 150000: Rolamento 100% cheio e alojamento 100% cheio
 DmN >150000: Rolamento 100% cheio e alojamento 1/3 cheio

Rolamentos de rolos cônicos


 DmN ≤ 75000: Rolamento 100% cheio e alojamento 100% cheio
 DmN >75000: Rolamento 100% cheio e alojamento 1/3 cheio
Como escolher a graxa | Qtde de relubrificação

Quantidade de relubrificação
Você terá problema com a falta ou com o excesso de lubrificante.

Rolamentos com lubrificação lateral

Q = 0,005 x D x B

Rolamentos W33, com ranhura interna ou


com furos de lubrificação

Q = 0,002 x D x B

Onde:
Q =Quantidade de graxa (g)
D = Diâmetro externo do rolamento (mm)
B = Largura do rolamento (mm)
Como escolher a graxa | Periodicidade

Tempo de relubrificação
A SKF desenvolveu um programa capaz de calcular o tempo e a quantidade de
relubrificação de acordo com os seguintes parâmetros.

 Medidas do rolamento
 Temperatura ambiente
 Contaminação
 Condições operacionais

K (14 x 10 6 )  4d Onde:
K = Fator
 n = Velocidade (rpm)
n d d = Diâmetro interno (mm)
Excesso

Problemas de excesso de graxa


Assim como a falta de graxa, o excesso de graxa é totalmente prejudicial ao
mancal.
Conversão de produtos | Óleo

Similaridade  não recomendado


Por aplicação  recomendado

Compatibilidade entre lubrificantes: teste realizado em laboratório que


pode levar no mínimo 7 dias
Conversão de produtos | Graxa

Compatibilidade entre graxas

 Matriz baseada na estabilidade estrutural


de misturas de diferentes espessantes de
graxas.
 Ela não aborda potenciais
incompatibilidades dos aditivos utilizados ou
características de desempenho.
 A classificação pode ser diferente para
graxas específicas, dependendo da composição
e processo de fabricação.
 Recomenda-se que sempre se remova toda
a graxa antiga, antes de se colocar uma nova
graxa em utilização, principalmente se forem
de fabricantes diferentes.
Conversão de produtos | Graxa

Compatibilidade entre graxas

Conceito Geral
Duas graxas são consideradas compatíveis quando, após misturadas em diversas proporcionalidades, a
consistência da mistura não varia mais do que um grau NLGI (30-45 mm/10) da consistência inicial destas
graxas e o ponto de gota da mistura não é menor do que o menor valor obtido para qualquer uma das
graxas isoladamente.

Método
• As duas graxas novas são misturadas em proporções específicas (% peso).
• Penetrações são medidas antes e após duas horas das graxas serem trabalhadas (ASTM D 1831) em
temperatura ambiente controlada (20-35oC).
• As penetrações são comparadas graficamente.
• Os pontos de gota das misturas nas diversas proporcionalidades são comparados com o menor ponto de
gota obtido em qualquer uma das graxas puras.
Conversão de produtos | Graxa

Compatibilidade entre graxas


Regra da Lubrificação

“Uma lubrificação só pode ser considerada


perfeita quando o ponto de lubrificação recebe o
lubrificante certo, de qualidade comprovada, em
condições de uso, no volume adequado, no
momento exato e aplicado de forma correta ”
Obrigado!

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