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Explicação dos planos.

O Grande Anel: É um grande anel branco que circula tudo. Ele mantém o equilíbrio dos planos
através de sua rotação ininterrupta, protegendo os véus da verdade e harmonizando-os. O
Grande Anel é formado por trilhões de pedras etéreas que ao longe parecem estar juntas. Era
a casa dos Deuses e poucas criaturas conseguiram invadir este plano após o abandono divino.

Cacos Lunares: A explosão da Lua Azul espalhou fragmentos por todos os outros planos. O
poder do Grande Anel segurou grande parte dos detritos lunares dentro do plano da própria
lua, fazendo com que eles apenas se espalhassem pelo vazio deixado por sua antiga forma.
Existem muitos seres que vivem nos Cacos Lunares, muitos deles são seres etéreos ou
formados puramente por energia magica da Lua.

As Quatro Luas: Chamadas assim pelos seres que vivem no plano da terra, as quatro luas são
na realidade ilhas que flutuam abaixo dos Cacos Lunares. Também descendentes da Lua, as
quatro ilhas eram o centro do corpo celeste que funcionava como um mecanismo de
intervenção nos planos, criado pelos próprios Deuses. A explosão lunar fez com que o núcleo
do mecanismo se rompesse em quatro pedaços, dando origem a quatro ilhas flutuantes acima
da terra, que na visão dos terrenos, parecem pequenas luas distantes. Nas ilhas, criaturas
poderosas magicamente ou financeiramente vivem suas vidas, protegidos por domos de magia
que filtram tudo o que entra e sai.

Mar Etéreo:

Ilha da Terra:

Corais Secos:

A Agonia:

O sonho de Ion Leyi

Para minha querida irmã, Lora .

Acho que estou piorando com o passar do tempo, meu sono perturbado consegue drenar o
vulto de vontade que ainda tenho de viver. Muitas vezes, viro noites olhando para estrelas
azuladas e para as velas dos candelabros... ambas parecem infinitas.
Meus pesadelos têm piorado muito, o último foi muito estranho e não consigo tira-lo da
cabeça...

Voei pelos céus escuros, como um pássaro. Tudo era muito diferente, vi nosso mundo como
uma grande ilha flutuando no vazio, era impossível ver Peskir de onde eu estava, tudo parecia
tão pequeno... e medíocre. Os arredores da ilha eram repletos de grandes montanhas e picos
contorcidos, os mares transbordavam por onde conseguiam, virando grandes cachoeiras que
desaguavam na escuridão, algo então me sugou a atenção.

Eu vi os céus, acima de nós uma grande camada densa de nuvens brancas como leite e
algodão. Algo me puxou para lá, talvez a vontade de tentar achar nossa mãe.... Abri meus
braços e voei para dentro das nuvens como um pequeno pardal, lá, me senti cercado de uma
fria e densa névoa branca, não senti vontade de sair, me senti bem, me senti em paz.

Quanto mais subi nos céus, mais as nuvens se dissipavam, então eu senti areia, uma fina areia
alaranjada que flutuava e acariciava meu rosto, em uma dança harmoniosa com os titãs de
algodão. Notei que estava entrando uma grande tempestade cúrcuma repleta de pontos
luminosos, quando me aproximei de um deles dei de cara com um grande olho púrpura que
me olhava espantado; com medo eu tentei gritar, mas minha voz não saiu, tentei fugir, mas
meu corpo deixou de me responder, achei que era meu fim.

A grande criatura sem se incomodar com minha presença se afastou e logo pude ver sua
gloriosa forma... era como um grande peixe, suas nadadeiras e barbatanas pareciam longos
véus transparentes, suas escamas eram tão laranjas quanto as areias que ali existiam, e ela foi
embora, talvez sem ter notado minha presença.

Acima da areia dos céus existiam quatro ilhas brancas, elas exalavam um odor mágico, e me
causaram um sentimento de medo que não consigo esquecer; entre elas existia um tipo de
passarela, tão brilhante quanto ouro polido, a luz do sol e refletia com vigor na superfície
metalizada das pontes, queimando levemente meus olhos. Logo eu entendi que aquelas são as
quatro luas que ficam paradas no grande céu.

Ao redor de tudo isso eu vi as estrelas azuis, elas eram magnificas! Sempre acreditei que elas
eram como esferas de fogo eterno, iguais aos dos grandes magos, mas, na verdade, elas se
assemelhavam com vidro, grandes pedaços de vidro que cintilavam a luz do sol e de tudo ao
seu redor... elas eram muito parecidas com as pedras que nosso avô jurava ter achado um dia.

E acima das estrelas... vi a personificação de nossos Deuses.

Sabe aquela linha branca que conseguíamos ver nos céus do Golfo Azul? Eu a vi, mas não do
jeito que costumamos ver, ela é totalmente diferente de qualquer coisa que imaginei quando
criança. A grande linha na verdade era um grosso anel que girava em torno de tudo ao mesmo
tempo. Eu perdi o folego, nada parecia fazer sentido. Quando me aproximei mais, pude notar
que o anel era composto por um emaranhado de pedras brancas, que pareciam ser prata mas
ao mesmo tempo não pareciam.
Eu me aproximei, e, distraído com tanta beleza e incoerência, não percebi que meu corpo
simplesmente parou de flutuar e começou a cair levemente para baixo

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