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INDICADORES SOCIAIS

As doenças de veiculação hídrica são doenças em que a água é o principal veículo de


transmissão. Essas doenças são consideradas um problema de saúde pública e estão
relacionadas ao meio ambiente, sendo que fatores como a deficiência do sistema de
abastecimento de água tratada, a insuficiência de saneamento básico, o destino inadequado
dos dejetos, a rápida disseminação dessas doenças, entre outros. Os indicadores sociais
englobam o índice de desenvolvimento humano (IDH) e a expectativa de vida; O IDH abrange
três dimensões básicas do desenvolvimento humano - longevidade, educação e renda -
expressas por diferentes variáveis estatísticas: expectativa de vida ao nascer, alfabetização de
adultos, matrículas combinadas nos três níveis de ensino, PIB per capita. Diversos estudos
indicam uma estreita relação entre saneamento e saúde pública. Heller (1997) fez uma vasta
revisão da literatura então disponível, focando a relação entre saneamento e saúde, e concluiu
que os estudos já realizados permitem atestar a melhoria dos indicadores de saúde pública em
função de intervenções em abastecimento de água e esgotamento sanitário. No Brasil, as
péssimas condições sanitárias verificadas em muitas das bacias hidrográficas densamente e
desordenadamente ocupadas, resultam na degradação generalizada dos elementos naturais e,
obviamente, dos recursos hídricos. É realidade comum o lançamento de esgotos sanitários não
tratados, a disposição inadequada de resíduos sólidos nas mediações de cursos d'água ou em
locais sem infraestrutura adequada, loteamentos clandestinos e outras

DISPONIBILIDADE HÍDRCA

O Brasil responde por cerca de 16% da recarga hídrica anual sobre os continentes, e não
detêm, maiores oportunidades para o desenvolvimento econômico e para a prosperidade
social. Isso ocorre porque para cada bem produzido, faz-se necessário dispor de um certo
volume de água, seja para incorporá-lo ao próprio produto, seja para diluir os rejeitos da sua
produção. Assim, a importação de mercadorias ou commodities com elevada demanda hídrica
específica acaba por contribuir, indubitavelmente, para a redução do déficit hídrico nos países
importadores, uma vez que um volume de água equivalente deixa de ser suprido localmente e
torna-se disponível para outras necessidades (Hoekstra, 2003). A opção por importar
determinados produtos ao invés de produzi-los localmente não é somente uma decisão de
política econômica, configurando-se também como uma alternativa para gestão de recursos
hídricos (Hoekstra, 2003). a simples razão recurso/população não pode ser considerada o
único fator limitante ou representativo do desenvolvimento humano, devendo ser
consideradas outras variáveis explicativas.  As reservas hídricas, medidas exclusivamente em
termos quantitativos, não dizem muito quanto à disponibilidade, mas somente, quanto
à potencialidade. O primeiro conceito diferencia-se do último por ser sensível às pressões
antrópicas sobre o sistema natural, as quais impõe a consideração conjunta de requisitos de
quantidade e de qualidade de água.

POLÍTICA DE SANEAMENTO E SAÚDE PÚBLICA

Diversos estudos indicam uma estreita relação entre saneamento e saúde pública. Heller
(1997) fez uma vasta revisão da literatura então disponível, focando a relação entre
saneamento e saúde, e concluiu que os estudos já realizados permitem atestar a melhoria dos
indicadores de saúde pública em função de intervenções em abastecimento de água e
esgotamento sanitário. As péssimas condições sanitárias verificadas em muitas das bacias
hidrográficas densamente e desordenadamente ocupadas no Brasil, resultam na degradação
generalizada dos elementos naturais e, obviamente, dos recursos hídricos. É realidade comum
o lançamento de esgotos sanitários não tratados, a disposição inadequada de resíduos sólidos
nas mediações de cursos d'água ou em locais sem infraestrutura adequada, loteamentos
clandestinos e outras. A política de saneamento básico no Brasil é hoje entendida como um
conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais que englobam o
abastecimento de água potável, o esgotamento sanitário, a limpeza urbana, o manejo de
resíduos sólidos e a drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. É o direito e dever de cada
cidadão se atentar a boas práticas e formas de garantir avanço do desenvolvimento de uma
vida saudável e que abranja não só uma parte da população, mas um todo. Alguns autores têm
realizado análises dessa natureza como Barlow e Clarke (2003), Castro (2009) e Vainer (2005).
No estágio atual do capitalismo, a água, além de se constituir como um meio de produção e
um elemento que dá suporte ao desenvolvimento das forças produtivas, protegendo a saúde
do trabalhador e permitindo a implantação da infraestrutura sanitária das cidades, passa a ser
dotada de valor de troca. Assim, a água, ou os serviços públicos de abastecimento de água,
passa a ser um bem econômico que pode ser privatizado e regulado pelo mercado. A onda de
privatização dos serviços públicos de abastecimento de água que se inicia em Londres e se
dissemina na Europa e nos países em desenvolvimento é o testemunho desse processo. Assim,
também no saneamento básico, como na cidade, no campo, na educação, na saúde, na
moradia o que está em disputa é o projeto de sociedade e, consequentemente, o papel do
Estado no campo das políticas públicas O saneamento básico no Brasil, urge empreender
reflexões sobre esse período, no sentido de identificar os avanços, os recuos e os desafios
a serem enfrentados pela sociedade brasileira para a garantia do acesso ao saneamento
básico de qualidade para todos.

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