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∴ Branco e Preto Maçonico ∴

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∴ Branco e Preto Maçonico ∴

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∴ Branco e Preto Maçonico ∴

O USO DA COR BRANCA E PRETA NA


MAÇÔNARIA:

USOS:
Alguns Irmãos defendem que o traje maçônico correto é o terno escuro, de preferência
preto ou azul-marinho, especialmente em Sessões Magnas, sendo tolerado o uso do
Balandrau. Outros defendem a idéia de que tanto em Sessões Magnas, quanto
Econômicas, pode-se usar apenas o Balandrau.

Ocorre que, no Brasil, com a sua formação católica, ainda de um passado recente, não
se desligou ainda do “Traje de missa”. As instituições maçônicas dentro dessa
mentalidade, ainda preconizam e algumas exigem até em Sessões Econômicas ou
Administrativas, o traje formal completo e, ainda por cima negro, onde branca é só a
camisa e, em alguns Ritos, ainda a gravata e as luvas. Devemos levar em consideração
também, que o traje masculino sofreu e sofre variações, através dos tempos, inclusive
de povo para povo.

Em algumas partes do mundo, principalmente em regiões quentes dos Estados Unidos,


os maçons vão às Sessões até em mangas de camisa.

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A ORIGEM DO BALANDRAU

Balandrau – do latim medieval balandrana, designa a antiga vestimenta com capuz e


mangas largas, abotoada na frente; e designa também, certo tipo de roupa usada por
membros de confrarias, geralmente em cerimônias religiosas.

Embora alguns autores insistam em afirmar que o Balandrau não é veste maçônica, o
seu uso, na realidade remonta a primeira das associações de ofício organizadas
(Maçonaria Operativa), a dos “Collegia Fabrorum”, criada no século VI a.C., em Roma.
Quando as legiões romanas saiam para as suas conquistas bélicas, os collegiati
acompanhavam os legionários para reconstruir o que fosse destruído pela ação
guerreira, usando nesses deslocamentos uma túnica negra. Da mesma maneira, os
membros das confrarias operativas dos Franco-maçons Medievais (séc. XIV e XV),
quando viajavam pela Europa Ocidental, usavam o Balandrau negro.

Segundo outros autores, o uso do Balandrau teve início nas funções do Primeiro Exp.’.,
durante os trabalhos de Iniciação em que atendia o profano na C.’. de RR.’..

O PORQUÊ DO PRETO EM NOSSO TRAJE

Inicialmente devemos dizer que não existe “cor” Preta, e sim uma ausência de cor que
forma o preto. Também podemos dizer que o Branco não é uma cor; este é composto
por um conjunto de cores primárias.

Cor é Energia e Luz, segundo Leonardo da Vinci, Isaac Newton e Johann Kepler, que
formularam teorias a respeito das cores, em tratados mundialmente conhecidos. O olho
humano está limitado para perceber as emissões luminosas compreendidas entre 400
e 700 milimícrons. Dentro da luz visível temos dois extremos: Vermelho – com 718,5
milimícrons e a Violeta com 393,4 a 486,1 milimícrons.

Podemos observar que o Violeta é a cor de mais baixa freqüência dentro do espectro
visível. Entretanto, como o Preto é a ausência de cor ele não está nesta escala. Mas
sendo o Violeta a cor que mais se aproxima do Preto, e sendo o Violeta a cor de menor
comprimento de onda, conclui-se que o Preto é ausência de cor, pois absorve todas as
outras cores.

O PRETO COMO ABSORVENTE DE RADIAÇÕES.

Várias são as ciências e filosofias que estudam as radiações físicas ou espirituais.

Fisicamente temos um exemplo prático: os tanques de combustíveis de uma refinaria,


quando acondicionam gases metano, propano e outros, que não podem ser aquecidos,
são pintados na cor branca ou prata, pois esta reflete a luz solar evitando o
aquecimento. Ao contrário, existem fluídos que para manterem a viscosidade
suficiente para serem transportados, como o óleo lubrificante, necessitam manter uma
temperatura mínima. Nestes casos, os tanques são pintados de preto para absorverem
calor da radiação solar.

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No campo da Astronomia, temos os chamados buracos negros. De todas as teorias


formuladas até hoje, temos uma única certeza: trata-se de uma região negra onde toda
a forma de radiação, independente de sua freqüência é absorvida.

Do lado Esotérico temos várias fontes que empregam as cores como radiações
benéficas. Mesmo no reino vegetal e animal, cada qual tem a sua vibração e cada
vibração a sua cor. Tudo isso ficou provado com o invento da máquina Kirlian, com o
qual podemos obter fotografias das “auras” das pessoas, plantas e objetos. Essas
auras são coloridas.

Hoje temos a Cromoterapia, que utiliza de luzes de várias cores para “curar”. Muito
utilizada na era de ouro da Grécia e no antigo Egito (Babilônia), Índia e China. Hoje
sabemos que a cor pode curar, acalmar ou irritar, dependendo da sua freqüência.

A COR PRETA NA RITUALÍSTICA

Em nossas reuniões, dentro do Templo, muitas são as vibrações emanadas de todos os


nossos IIrm.’., sejam eles Off.’. ou não. Principalmente durante a abertura do L.’. da L.’.
temos a formação da Egrégora. Este é um momento em que todos nós emitimos
radiações, e ao usarmos a veste preta, estaremos absorvendo todas essas energias,
reativando os nossos chacras.

Se examinarmos a ritualística, em uma Iniciação, por que o candidato não está nem nu
nem vestido? Entre outras razões, é para que tenha seus chacras totalmente expostos
para que emita e receba vibrações. Como está com os olhos vendados, sua percepção
estará mais aguçada em todos os sentidos. Receberá todas as impressões sonoras,
sentirá odores e nossas vibrações.

Nossa Bolsa de Proposta, tem seu interior negro. Assim, nada do que ali for depositado
“sairá”, somente nossos VV.’.MM.’. tem conhecimento do seu conteúdo, em primeira
instância.

CONCLUSÕES

Como vimos anteriormente, grande é a controvérsia do uso ou não de Terno ou na


ausência deste, o Balandrau. No Brasil, e só no Brasil, convencionou- se o uso deste, e
de acordo com os Estatutos de várias Obediências o Balandrau é “tolerado” em
Sessões Econômicas.

Em um ponto, os IIr.’. têm opiniões coincidentes: o Balandrau é veste talar, deve ir até
os calcanhares, e pode ser considerado um dos primeiros trajes maçônicos, sendo
plenamente justificado o seu uso em Loja.

Se observarmos nosso padrão climático e o tecido mais leve, nos parece ser uma boa
alternativa o seu uso. O Balandrau tira de nós a aparência de riqueza, do saber, da
ambição, da vaidade, ao contrário de outra vestes talares, nos iguala e nos mostra que,

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independentemente de qualquer posição profana, somos todos iguais, todos IIr.’. em


todos os momentos.

Como havia dito, em algumas partes do mundo os maçons vão às sessões até em
mangas de camisa, mas portando evidentemente o avental, que é o traje maçônico. E
trabalham muito bem, pois a consciência do homem não está no seu traje: “o hábito
não faz o monge”. Não é usando um traje formado por parelho (de “par” já que “terno”
no dicionário é referente ao traje de três peças: calça, colete e paletó), que vai fazer o
maçom.

Quando usamos Terno preto ou o Balandrau, permanecem descobertos nossos


chacras: frontal, laríngeo e coronário. Assim poderemos emitir, receber e refletir
vibrações diretamente em nossos centros de força, pois estes estarão descobertos.
Em contrapartida, nosso chacras mais sensíveis estarão protegidos de enviar
vibrações negativas durante os trabalhos.

Mas, cabe neste momento uma pergunta:

Todos nós durante os trabalhos irradiamos apenas boas vibrações?

- É claro que Não...

Portanto, podemos e devemos sempre reservar alguns minutos no Átrio (ou S.’. dos
PP.’. PP.’.), preparando-se espiritualmente para nossa reunião. Se adentrarmos ao
Templo, munidos de sentimentos inferiores e negativos, estaremos contribuindo para
que não haja Harmonia e não ocorra um Trabalho J.’. e P.’..

O chão quadriculado preto e branco:

O chão quadriculado preto e branco já existia nos templos, desde os tempos do Egito
antigo. Mais do que simplesmente decorativo, o pavimento mosaico tem um profundo
significado esotérico. Hoje é um dos mais reconhecíveis símbolos da Maçonaria e é a
palavra ritual em todas as lojas maçônicas. O pavimento é a área em que ocorrem as
iniciações e é “emblemático da vida humana, o xadrez do bem e do mal”.

“O pavimento de mosaico é um antigo símbolo da Ordem. Esta ligado com os primeiros


rituais do século passado. É classificado entre os ornamentos da loja junto com o
Tessel recuado e a estrela fulgurante. Suas pedras nas cores do preto e branco tem
sido prontas e adequadamente interpretadas como símbolos do mal e do bem da vida
humana. ”

Segundo os investigadores do ocultismo, o pavimento de mosaico quadriculado,


historicamente tem representado a Casa dos Mistérios e sua origem pode ser rastreada
até ao antigo Egito e aos rituais dionisíacos.

“O chão quadriculado em que o maçon livre moderno , tem o antigo traçado da Ordem
dos Arquitetos dionisíaco, e enquanto a organização moderna não é mais limitada para

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os trabalhadores e guias, e ainda preserva, em seus símbolos a doutrina metafísica da


antiga sociedade de que é provavelmente conseqüência do mesmo “.

No Grau de Aprendiz , o pavimento mosaico representa o chão do Templo do Rei


Salomão. No Templo do Rei Salomão, na Bíblia, no piso térreo é dito ser de pinho ou
abeto, dependendo da tradução da Bíblia (1 Reis 6:15).

Enquanto o asfalto da maioria das lojas consistem em um teste padrão preto e branco,
as cores podem variar. Lozenges também pode ser usados em vez de quadrados.

Mosaico do pavimento de uma Loja Estrela do Oriente

Mosaico padrão dentro de Notre Dame de Paris, a catedral construída pelos


Templários, os antepassados espirituais dos Maçons

“La Papesse” é o número de dois cartões do tarot, um número simbólico da dualidade.


Observe o símbolo Ying Yang no livro Priestress que representa os mesmos princípios
dualista do pavimento em mosaico.

Dualidade

A justaposição de cores opostas sobre o pavimento de mosaico é uma representação


visual de um princípio importante do hermetismo: dualidade.

“O pavimento, alternadamente em preto e branco, simboliza, quer de modo intencional


ou não, que o Bem e o Mal são princípios do credo egípcio e persa. É a guerra entre
Miguel e Satanás, dos Deuses e Titãs, de Balder e Lok, entre a luz e a sombra, o que é
escuridão; Dia e Noite, Liberdade e Despotismo; Liberdade Religiosa e os dogmas
arbitrários de uma Igreja que pensa pelos seus adeptos, e cujo Pontífice afirma ser
infalível, e os decretos de seus Conselhos de constituir um evangelho “.

“O piso, ou bases da Loja, um verificador dos trabalho dos quadrados pretos e brancos,
denota a qualidade dupla de tudo relacionado com a vida terrestre e as bases físicas
da natureza humana – o corpo mortal e seus apetites e afetos. “A teia da nossa vida é
um fio entrelaçado, o bem e o mal juntos”, escreveu Shakespeare. Tudo material é
caracterizado por inextrincavelmente , a mistura do bem e o mal, luz e sombra, alegria
e tristeza, positivas e negativas. O que é bom para mim pode ser mau para você, o
prazer é gerado a partir da dor e, finalmente, degenera em pânico novamente, o que é
certo fazemos em um momento errado pode ser o próximo, sou intelectualmente
exaltado e amanhã correspondentemente deprimido e ignorante: O dualismo dos
opostos nos governa em tudo, e a experiência do que é prescrito para nós, até que,
tendo aprendido a lição e superado, nós estamos prontos para o avanço a uma
condição em que superamos o sentido do verificador -existência de trabalho e os
opostos deixam de ser percebidos como opostos, mas são percebidos como uma
unidade de síntese. Para encontrar a unidade ou síntese é conhecer a paz que passa
ou seja, a compreensão que ultrapassa a nossa experiência presente, pois nele as
trevas e a luz são iguais, e os nossos atuais conceitos de bem e mal, alegria e dor, são

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transcendidas e encontram-se sublimadas em uma condição que combina os dois. E


esta condição sublime é representado pela fronteira ou de mosaico recortada,
contornando a preto e branco ,verificador de trabalho, mesmo que a Presença Divina
Providência e rodeia e abraça os nossos organismos temporal, em que os opostos são
inerentes. ”

Além disso, o chão quadriculado é representativo da terra, o mundo material e


contrasta o teto, que é feito para representar o céu e o reino espiritual.

“A cobertura da Loja é mostrado em nítido contraste com o seu revestimento em preto


e branco do piso e é descrito como” uma abóbada celeste de diversas cores, até os
céus.

Se o piso simboliza a natureza terrena do homem sensível, o limite máximo caracteriza


sua natureza etérea, o seu “céu” e as propriedades nele residentes. O primeiro é o
inverso e no pólo oposto um do outro. Seu corpo material é visível e densamente
composto. Sua etérea surround, ou “aura”, é tênue e invisível, (excepto à visão
clarividente), é como o perfume espalhado por uma flor. Sua existência é posta em
causa por aqueles preparados para aceitar o que não é fisicamente demonstrável, mas
o estudante maçônico, que será chamado a aceitar muitas verdades, provisoriamente,
até que ele venha conhece-las como certezas, deve refletir (i) que tenha entrado no
Ofício com o objetos professos de receberema luz sobre a natureza do seu próprio ser,
(2), que a Ordem se compromete a ajudá-lo a essa luz em relação a questões de que
ele é reconhecidamente ignorante, e que seus ensinamentos e os símbolos foram
criados por sábios e instrutores competentes na matéria, e (3) que uma atitude mental
humilde, dócil e receptiva para os símbolos e seus significados vão melhor conduzir
para seu avanço “.

Pavimento Cerimonial.

O pavimento de mosaico é um espaço esotericamente carregado, em que fica o altar


cerimonial, é o centro da maioria dos rituais. A cerimónia do Grau de Aprendiz
simbolicamente ocorre nesse local. De acordo com o Ritual de Terceiro Grau, o
Pavimento quadriculadoda e a Praça para o Sumo Sacerdote andar em cima.

“Porque é que o verificador do piso tem tanto destaque no mobiliário da loja? A


resposta pode ser encontrada na declaração no rirual do Terceiro Grau : “O asfalto
quadriculado é praça para o Sumo Sacerdote andar em cima”. Agora não é apenas o
Sumo Sacerdote judeu de séculos atrás, que é aqui referido, mas o membro individual
, Cada maçom é destinado a ser o Sumo Sacerdote do seu templo pessoal e fazer dele
um lugar onde ele responde pela Divindade . Pelo simples fato de estar neste mundo
dualista ,cada ser vivo, seja um maçom ou não, caminha sobre a calçada da praça
,misturando o bem e o mal em cada ação de sua vida, é o símbolo de uma elementar e
filosófica verdade, comum a todos nós. Mas, para nós, as palavras “andar em cima”
implica muito mais do que isso. Eles querem dizer que aquele que aspira a ser o dono
do seu destino e capitão da sua alma , deva caminhar sobre esses opostos no sentido

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de transcender e dominando-os, tripudiar sobre sua natureza inferior sensual e mantê-


la sob seus pés em sujeição e controle. Ele deve tornar-se capaz de superar a manta
de retalhos do bem e do mal, para ser superior e indiferente aos altos e baixos da
fortuna, as atrações e os medos que regem os homens comuns e balançando seus
pensamentos e ações desta ou daquela maneira. Seu objetivo é o desenvolvimento de
suas potências espirituais inatas, e é impossível que estes devam desenvolver tanto
tempo, como ele são governado mais por tendências materias e pelas emoções
flutuantes de prazer e dor . É por graus superiores a estes , alcançaidade e equilíbrio
mental em qualquer circunstância na qual, para o momento um pedreiro verdadeiro
“caminha sobre” o trabalho do piso xadrez da existência e as tendências conflitantes
de sua natureza mais material. ” 6

Alguns afirmam que o pavimento mosaico serve como um “círculo mágico” para ser
usado em viagens de comunicação inter-dimensionais . O significado mais profundo
do mosaico é, portanto, transcender os limites da esfera material.

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E assim tenho dito:


São Paulo, 13/08/2017.

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