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José Eduardo
jeduardo@jfes.jus.br
26/08/09
As garantias não são somente dirigidas às partes, mas também do próprio processo.
Nulidade, 2 sentidos:
1. Vício: defeito de forma. O ato não foi praticado da forma prevista em lei.
2. Sanção: conseqüências do ato nulo, art. 563.
Sanção Vício
↓ ↓
Nenhum ato será declarado nulo se da nulidade não resultar prejuízo.
Não existem nulidades automálticas, ou seja, toda nulidade deve ser declarada.
Ex. decisão dada por juiz incompetente tem validade enquanto não declarada a sua
incompetência.
Existência X validade
Mas, este artigo só menciona a reformatio na pena, e este princípio não é somente
isto.
Princípio X regras
No ato inexistente não há que se falar em nulidade, pois o ato sequer existe.
SÚM. 523 STF: No processo penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta,
mas a sua deficiência só anulará se houver prova de prejuízo.
Na nulidade relativa, uma vez provado o prejuízo, o ato será declarado nulo.
No processo penal as nulidades podem ser conhecidas de ofício, art. 251 CPP.
A lei que afirmou que os crimes praticados por militar contra civil viola o princípio do
juiz natural.
Sentenças:
Condenatória
Absolutória
Absolutória imprópria
Extinção de punibilidade
2 posições:
22/09/2009
Tudo o que foi pedido deverá ser analisado na sentença, que não poderá ter nem
mais nem menos do que foi pedido.
Na verdade rol de testemunha, não é requisito, é ônus processual, que pode abrir
mão, não implicando na inépcia da denúncia.
A classificação do crime também não é tão essencial, já que o juiz pode efetuar a
emendatio ou mutatio.
Condições da ação no processo penal:
Nos crimes da ação penal pública o juiz pode proferir sentença condenatória mesmo
que o MP peça a absolvição, art. 385 CPP.
Ex. após alegações finais, junta-se a FAC, e o juiz verificando que o réu é
reincidente, aplica a agravante. Professor entende que é um absurdo.
SENTENÇA ABSOLUTÓRIA
ART. 386
Art. 386 - O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde
que reconheça:
Inciso IV: esta provado que o réu não cometeu o crime. Introduzido em 2008
Inciso V: não há prova que o réu cometeu o crime
O inciso VII: trata do indúbio pró réu, mas relacionado ao inciso VI.
Não há que se falar em licitude penal e ilicitude civil. Porque ilicitude é conceito uno.
SENTENÇA CONDENATÓRIA
ART. 387
O valor fixado não impede a sua rediscussão na esfera cível, art. 63 p. único CPP.
Não foi intenção do legislador, que a identificação do valor mínimo venha a dificultar
o andamento da ação penal. Por isso, não há que se falar em perícia, produção de
provas que venham sobrecarregar ação penal.
O valor mínimo é o mínimo que se pode afirmar que a vítima sofreu. Está
relacionado aos danos materiais.
Esta súmula derruba o art. 595 CPC, que considerava deserta a prisão, se após
interpô-la o réu fugisse.
Efeitos da condenação:
- art. 91 e 92 CP;
- efeitos prisionais;
- lançamento do nome do réu no rol de culpados;
- impede a naturalização (art. 12, II, b CF);
- suspensão dos direitos políticos (art. 15, III CF);
- revogação do sursis, liberdade condicional e suspensão condicional do processo
(art. 89 lei 9099).
Coisa julgada
Características:
torna a matéria imutável.
Impossibilidade de rediscussão da matéria;
Segurança jurídica
A coisa julgada da sentença absolutória é ampla, pois não existe revisão pro societá.
29/09/09
RECURSOS
A possibilidade de recorrer de uma decisão gera uma certa insegurança jurídica, pois
se ao recorrer a decisão for reformada, surge a dúvida, quem está certo?
A apelação da decisão do júri porque foi contrária a prova dos autos, visa CASSAR a
decisão e determinar novo julgamento.
Recurso é ônus processual. Isto porque a parte não é obrigada a recorrer, mas se
recorrer tem a possibilidade de melhorar a situação.
Exceção à voluntariedade:
Natureza jurídica:
Fundamentação do recurso:
São situações em que a lei traz um limite para a fundamentação e não as situações
de cabimento.
O protesto por novo júri era um recurso com fundamentação vinculada, qual seja,
pena maior que 20 anos.
PRINCÍPIOS
O STJ não admite recurso de decisão monocrática. Por isso, uma última decisão no
TJ, monocrática, viola o acesso à justiça cabendo RE no STF pois, viola um princípio
constitucional.
2. Duplo grau de jurisdição: Toda doutrina entende que é princípio, no entanto,
o STF, por uma questão prática (diminuir a incidência de recursos), afirmou
que duplo grau não é princípio constitucional.
Os tipos de recursos estão previstos na lei em um rol taxativo. Não se pode inventar
um recurso, nem interpor recurso em situação ao qual não cabe.
Assim, atualmente, a taxatividade é entendida na medida em que para que algo seja
recurso é preciso que esteja previsto em lei federal e não somente no rol da lei.
O recurso ataca o dispositivo da decisão, mas para isso precisa apresentar suas
razões.
Havendo novo júri a nova decisão pode piorar a situação do réu, pois prevalece o
princípio da soberania dos veredictos que é um princípio constitucional.
Exceto: acórdão.
2. Efeito extensivo: art. 580, o recurso do co réu pode beneficiar o co réu que
não recorreu. Exceto se o recurso versar sobre questão de caráter pessoal.
4. Efeito devolutivo:
5. Efeito suspensivo: A decisão não produz efeitos até que ocorra o transito em
julgado.
O recurso com efeito suspensivo faz com que a sentença não produza efeitos.
No processo penal, o STF já decidiu que enquanto não transitar em julgado, não
pode haver prisão.
Consignação: com signo, com sino. Em Roma aquele que queria pagar e não
conseguia, ia para a praça e tocava o sino 3 vezes. Este ritual significava que quero
pagar e não consigo então não estou em mora.
As questões de ordem pública não podem ser conhecidas de ofício pelo tribunal se
não foram alegadas pelo recorrente. Súm. 160 STF.
Reforma indireta: recurso pedindo a reforma da decisão e esta não é reformada
mas, anulada. Diz-se indireta pois a nova decisão não foi proferida pelo segundo
grau mas pelo próprio juiz de primeiro grau .
Ex. A lei acabou com o protesto por novo júri, mas os procedimentos iniciados antes
da nova lei devem permanecer.
Para analisar o mérito primeiro é feita uma análise dos requisitos de admissibilidade.
Por isso é errado falar “sentença mantida por seus próprios fundamentos”, embora a
lei use este termo, art. 46 l. 9099.
Na anulação não há efeito substitutivo.
A interposição do recurso pode ser feita pelo próprio réu, mas as razões devem ser
necessariamente por advogado.
OBJETIVOS;
Cabimento: a decisão seja recorrível.
Adequação
Tempestividade
Regularidade formal
Inexistência de fato impeditivo ou extintivo
SUBJETIVOS;
Legitimidade
interesse
Extrínsecos:
Adequação
Tempestividade
Regularidade formal
Inexistência de fato impeditivo ou extintivo
Intrínsecos:
Legitimidade
Interesse
cabimento
A maioria da doutrina entende que neste caso prevalece o entendimento que deve
prevalecer a vontade do defensor
13/10/2009
INTERESSE
Mesmo quando o MP não é parte ele pode recorrer como custus legis.
Na ação privada o MP só pode atuar como custus legis, ou seja, não pode o MP
recorrer para obter uma condenação, pois o MP não é parte legítima na ação
privada.
Por isso se diz que, não há recurso contra fundamentação da sentença, salvo
embargos.
Depende:
Duplo regime:
CPP – prazo de 5 + 8
JECRIM – 10 dias
No cpp 5 dias para interpor e 8 para razões, não são treze dias, ou seja o prazo de 8
dias conta-se a partir do dia que abriu vista às partes do recurso.
Verbo: interpor
Legitimidade:
Acusação
Assistente da acusação – só pode apelar se o MP não tiver apelado.
Defesa: a defesa pode apelar da sentença absolutória para mudar o
fundamento da sentença.
Prazo:
5 dias para interpor – no juiz
8 dias para razões – no TJ
O prazo é 5+8. Contados da intimação. Por isso pode transitar em julgado para o MP
e não para o réu.
Assim, desta sentença cebe RESE, art. 581, VIII, pois não é condenatória nem
absolutória.
No entanto o art. 581 VIII, dispõe que a decisão que extingue a punibilidade cabe
RESE.
O que fazer?
Apelação no Jecrim:
Decisão que julga extinta a punibilidade
Decisão que rejeita denúncia ou queixa
Existem decisões, que não são absolutórias nem condenatórias, que não cabe
RESE, cabendo apelação. É residual.
A decisão dos jurados é fundada em “íntima convicção”. Mas isto não significa que
não precisa ter provas.
Neste caso a decisão será cassada e o réu será levado a novo julgamento.
O recurso com este fundamento só pode ser interposto uma vez. Esta limitação se
estende tanto a defesa quanto ao MP. Isto é, se a defesa recorrer com este
fundamento, o MP não pode recorrer usando o mesmo fundamento.
O art. 595, dispõe que apelação de réu fugitivo será julgada deserta.
Este artigo foi revogado tacitamente, principalmente diante do art. 387 que dispõe
sobre a necessidade de fundamentação da necessidade da prisão.
É subsidiário à apelação.
O fato de ser um rol taxativo não impede que se faça uma interpretação extensiva
para se aplicar o inciso I também nos casos de rejeitar aditamento.
II – que concluir pela incompetência
Antes também se falava da impronúncia, mas esta parte foi revogada, agora da
impronúncia cabe apelação.
No Jecrim é apelação.
Atenção: a decisão que julgava deserta, se refere ao art. 595 que foi revogado
tacitamente
O Rese tem juízo de retratação. O recurso será concluso ao juiz que poderá se
retratar da decisão.
03/11/2009
PROCEDIMENTOS
2. ESPECIAL – leis esparsas. Ex. lei de drogas, crime praticado por funcionário
público.
O procedimento sumaríssimo era tratado como especial, mas a reforma mudou isto
definindo-o expressamente como comum.
No Jecrim o enunciado 109 afirma que não se aplica o prazo de dez dias para
oferecer resposta escrita (ART. 396 CPP), como acontece no rito ordinário, pois
trata-se de rito próprio da lei 9099 que não traz esta previsão.
Novo procedimento comum:
Foi revogado expressamente, mas a mais de 20 anos a doutrina não admitia mais
pois não era compatível com a constituição.
A decisão que recebe a denúncia não cabe recurso, só HC, mas este não é recurso
e sim ação.
O artigo 395 traz os requisitos formais da denúncia ou queixa que antes estavam
previstos no art. 43.
As condições da ação de Liebman são de 1949 e o CPP é de 1941, por isso, quando
o art. 41 fala em condição da ação não está se referindo as condições de ação de
Libmam (PIL), mas as condições especiais para início da ação penal, como
requisição do ministro da justiça.
Liebman no final de sua carreira abriu mão da possibilidade jurídica do pedido, mas
no Brasil permaneceu.
PROCEDIMENTO ORDINÁRIO
ART. 395:
Justa causa: este conceito foi construído pela jurisprudência em meados de 1930
no HC. Falava-se em justa causa para prisão.
1- Afrânio Jardim
Justa causa: há PROVA MÍNIMA DE AUTORIA E MATERIALIDADE.
2 - Doutrina:
Conjunto das condições da ação e pressupostos processuais.
O primeiro conceito é mais adequado, pois o artigo 395 faz menção a estes
requisitos de forma distinta.
Na sua resposta, o réu, deverá alegar todas as matérias que julgar necessário a fim
de possibilitar sua absolvição sumária.
O CPP fala em absolvição sumária quando o fato não constituir crime, tratando como
mérito, quando na verdade seria preliminar.
Professor Willian Silva: o legislador errou, pois a extinção da punibilidade não é caso
de absolvição sumária, pois esta implica em análise de mérito, mas é condição da
ação por falta de interesse de agir, é preliminar.
No processo penal não havia o princípio da identidade física do juiz. Agora está
expressamente previsto no artigo 399 § 2º.
Após a resposta do réu, o juiz designará a AIJ no prazo de 60 dias, onde os atos
serão concentrados.
PROCEDIMENTO SUMÁRIO
DIFERENÇAS
Rito ordinário Rito sumário
Audiência AIJ 60 dias 30 dias
Testemunhas 8 5
Diligências ao final Sim – art. 402 Não se aplica
Memoriais Sim – ART. 403 § 3º Não – só defesa oral
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Cabimento: pena for maior que 2 anos ou sendo menor, quando for crimes conexos.
O título não fala a respeito de difamação porque na época não existia este crime,
mas o procedimento se aplica também à difamação.
Audiência de conciliação:
Antes de receber a queixa.
Só se aplica as ações privadas.
No crime contra honra onde a ação penal pública, não se aplica a audiência de
conciliação.
O art. 520 fala da audiência sem advogado, mas com a inserção do art. 103 da CF
( advogado é essencial ...) deve ser feito uma interpretação conforme a CF e
permite-se a presença do advogado.
Na injúria não existe fato, apenas um juízo de valor. Não há como provar.
Diferença de injúria e calúnia:
Calúnia: fulano estuprou fulano no dia...sempre tem a narração de um fato.
Injúria: fulano é estuprador. Não há narração de um fato.
Notoriedade do fato imputado: se o que foi falado é notório não houve prejuízo.
Explicações em juízo:
Muitas vezes a ofensa e feita nas entrelinhas, ou seja, não fica clara.
10/11/2009
Crimes funcionais:
O art. 514 ao falar em fiança está ultrapassado, pois com o advento do parágrafo
único do art. 310, a fiança perdeu o seu campo.
Anacronismo= ultrapassado.
De acordo com a maioria da doutrina, este procedimento só se aplica aos crimes
funcionais (afiançáveis), previsto no art. 312 ao 326 do CP.
O juiz pode mudar a classificação do crime no início se verificar grande prejuízo para
o réu.
Súm. 330 STJ: não há nulidade se não observar o art. 514, quando há Inquérito
policial.
Não se trata de não aplicar o 514, pelo contrário deve ser aplicado. A súmula quer
dizer que caso não seja observado não haverá nulidade.
Destaca-se que o artigo 513 no final fala do oferecimento da denúncia sem provas.
Isto não é aplicável, pois a denúncia deve ter um mínimo de prova de materialidade
e autoria, sob pena de não ser recebida, por falta de justa causa.
2 entendimentos:
A aplicação do art. 396 não é repetição, pois cada resposta tem um fundamento. A
primeira é evitar o recebimento da denúncia, já a segunda resposta é possibilitar
uma absolvição sumária.
CRIMES FALIMENTARES
Lei 11.101/05
Era tratado no CPP no artigo 503 a 512. Estes artigos foram revogados
expressamente pela lei 11101/05 (art. 200). A lei também revogou o DL 7661/45.
O artigo 200 é uma norma transitória. O artigo faz ressalva ao art. 192 que fala só de
matéria civil.
A lei só trata de crimes dolosos (art.168 a 178 do CP).
Havia grande divergência a respeito da natureza jurídica da sentença de falência. A
lei 11101 diz expressamente que a sentença que declara falência tem natureza de
condição objetiva de punibilidade (art. 180).
A lei de falências anterior trazia a figura do inquérito judicial (inquérito presidido pelo
juiz), que foi revogada expressamente no art. 187.
A lei anterior era muito confusa com relação à prescrição. Por isso a lei 11101 no art.
182 determina que, no que tange a prescrição, aplica-se as regras do CP.
A grande alteração feita em 2003 está no fato que os crimes são de ação penal
privada, ou seja, o art. 520-A restringiu o campo de aplicação dos art. 524 a 529.
LEI DE DROGAS
L. 11341/06
Esta lei aperfeiçoou a lei 6368 e consertou o que tinha de errado na lei 10409.
Estes prazos devem ser observados no caso de réu preso, pois findo o prazo sem
oferecimento da denúncia e o réu estiver preso, temos constrangimento ilegal.
O art. 52 p. único traz uma situação esdrúxula, pois prevê a remessa do IP ao juízo
competente e a continuação de uma investigação paralela ao processo.
Competência:
Tráfico local e interestadual = justiça estadual
Tráfico internacional= justiça federal (art. 70)
O procedimento do art. 396 é aplicável à lei de drogas. Art. 394 diz que o
procedimento é aplicável aos procedimentos especiais de primeiro grau ainda que
não previstos no CPP.
2º Resposta depois de Recber a denúncia – art. 396 CPP – busca uma absolvição
sumária.
Rito:
debates sentença.
Ao introduzir o art. 59 na lei 11343 repetiu uma fórmula que já estava superada pela
doutrina.
A lei de crimes hediondos embora seja uma lei com tratamento mais severo, foi a
primeira a derrubar esta exigência no art.2º § 3º.
O CPP introduziu o p. único no art. 387 para afirmar que a apelação não depende de
prisão. De acordo com este artigo o juiz para decretar a prisão deverá fundamentar
de acordo com os requisitos do art. 312.
24.11.2009
PROCEDIMENTO DO JURI
Excluem-se:
Crimes culposos
Qualificados pelo resultado morte (mesmo que seja doloso)
Crime doloso de militar contra militar
Quando houver prerrogativa de função (colisão de duas normas
constitucionais) prevalece a prerrogativa de função, pois trata de regra
especial, resolve pelo critério da especialidade.
Princípios:
Plenitude de defesa (é superior a ampla defesa)
Sigilo nas votações
Soberania dos veredictos
Competência dos crimes dolosos contra a vida (na verdade não e
princípio mas regra de competência.)
Na justiça federal:
Crime contra agente federal EM RAZÃO DA FUNÇÃO.
Crime praticado a bordo de NAVIO ou AVIÃO
1. Juízo da admissibilidade
2. Preparação do plenário
3. Juízo do mérito (julgamento)
1ª FASE
nesta ordem:
1º vítima
Denuncia citação MP AIJ 2º oitiva de testemunhas -- autos conclusos
Com 8 test. responder em 10 dias 3º produção de outras provas
arrolar até 8 test. 4º interrogatório acusado
5º debates orais por 10 min.
PRONÚNCIA
Conceito de pronúncia:
Conteúdo da pronuncia:
Tipo básico
Qualificadoras
Causas de aumento de pena
Requisitos da denúncia:
PROVA da materialidade e INDÍCIOS fortes de autoria.
A melhor doutrina reconhece que não existe o princípio do indúbio pro societá na
fase de pronúncia.
O que existe na verdade é que para receber a denúncia e para pronunciar não
precisa de prova inequívoca, mas apenas indícios, mas isto não significa que é
indúbio pro societa.Trata-se na verdade dos requisitos da denúncia e pronúncia que
são apenas indícios.
Na pronúncia o juiz deve se limitar a dizer que há indícios para pronunciar. (Art. 423
§ 1º). Deve ser evitado o excesso sob pena de se estar influenciando a condenação.
O crime conexo:
O juiz pronuncia tanto o crime contra vida quanto o crime conexo. doutrina
majoritária.
A doutrina minoritária: remete tudo para o júri mas pronuncia somente sobre o crime
doloso contra a vida e.
IMPRONÚNCIA
Não é um juízo de mérito, por isso se surgirem provas novas, pode oferecer nova
denúncia. A impronúncia não faz coisa julgada material. Só faz coisa julgada
formal.
ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA
Se tiver duas teses de defesa: inimputabilidade e outra qualquer, deve o juiz aplicar
a outra por ser mais benéfica, pois a inimputabilidade gera a aplicação de medida de
segurança (absolvição imprópria).
A doutrina afirma que este artigo foi tacitamente revogado sob dois argumentos:
DESCLASSIFICAÇÃO
Momento:
Ao desclassificar o crime, este e o conexo vão para o juiz singular competente para
processar o crime.
2ª fase: feita no plenário. Quando os jurados respondem aos quesitos, some o dolo.
Própria- desclassifica de um crime doloso contra a vida para um crime não doloso
contra a vida. Ex. de homicídio para lesão corporal
ou
Imprópria - desclassifica de um crime doloso contra a vida para outro crime doloso
contra a vida. Ex. de homicídio para infanticídio.
2ª FASE
Preparação para julgamento
Sempre ouve o juiz presidente, salvo se o desaforamento foi por ele provocado.
É obrigatória a manifestação da defesa, salvo quando por ela requerida. Sum. 702
STF.
Conselho de sentença: 7
JECRIM
O art. 61 na redação original foi alterado em 2006. O fato do crime está sujeito ao
procedimento especial (crimes contra honra) gerava dúvida se era de competência
dos Jecrim.
Antes deste artigo havia esta dúvida. O STJ editou a súm. 243 que afirmava que
havendo concurso de crimes, somam-se as penas e por isso não se aplicava o
procedimento do jecrim.
A transação penal só pode ser proposta desde que não seja caso de arquivamento.
Não se trata de discricionariedade do MP, são situações onde a lei determina como
o MP deve agir, por isso não existe mitigação do p. da obrigatoriedade.