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Beira
2021
Índice
1 Manutenção de Equipamentos Laboratoriais .......................................................................... 5
1.1 Conceito de Manutenção ...................................................................................................... 5
1.2 Tipos de manutenção ............................................................................................................ 5
1.2.1 Manutenção Corretiva ....................................................................................................... 5
1.2.2 Manutenção Preventiva ..................................................................................................... 6
1.2.3 Manutenção Preditiva ........................................................................................................ 7
1.2.1 Tipos de sujidade ............................................................................................................... 8
1.3 Superfície .............................................................................................................................. 9
1.3.1 Tipo de superfície .............................................................................................................. 9
1.4 Qualidade da água .............................................................................................................. 11
2 Segurança dos Materiais ................................................................................................... 14
2.1 Descontaminação ................................................................................................................ 14
2.1.1 Método de descontaminação ........................................................................................... 14
2.1.2 Principais etapas da descontaminação ............................................................................. 17
2.1.3 Medidas a serem tomadas quando da realização da descontaminação ............................ 17
2.1.4 Tipos de descontaminação ............................................................................................... 20
2.1.5 Principais factores na actuação de descontaminantes...................................................... 20
2.1.6 A escolha do descontaminante ........................................................................................ 21
2.2 Esterilização ...................................................................................................................... 21
2.2.1 Métodos de Esterilização ................................................................................................. 22
a) Métodos de esterilização pelo calor seco ............................................................ 22
b) Esterilização por calor húmido ......................................................................................... 23
2.2.2 Principais factores na actuação desses métodos .............................................................. 24
2.2.3 A escolha do método. ...................................................................................................... 24
2.3 Desinfecção ........................................................................................................................ 25
2.3.1 Tipos de Desinfecção....................................................................................................... 25
2.3.2 Os Desinfectantes ............................................................................................................ 26
2.3.3 Principais Factores na Actuação dos Desinfectantes ....................................................... 27
3 Materiais e instrumentos........................................................................................................ 28
3.1 Balanças lanças ............................................................................................................... 28
3.1.2 Principais características das balanças ........................................................................ 28
3.2 Tipos de balanças............................................................................................................ 28
3.2.1 Balança analítica eletrônica ......................................................................................... 29
3.2.1.1 Tipos de balanças analítica ....................................................................................... 30
3.2.2. Características da sala de pesagem e da bancada ....................................................... 31
3.2.3 Cuidados com a balança .............................................................................................. 31
3.3 Centrifugador ...................................................................................................................... 31
3.3.1 Tipos de centrífugas .................................................................................................... 32
3.3.1.1 Centrífuga de bancada .............................................................................................. 32
4 Bico de Bunsen ...................................................................................................................... 33
4.1 Zonas do bico de bunsen ................................................................................................ 34
5 Destilador .............................................................................................................................. 34
5.1 Descrição do Equipamento ............................................................................................. 35
6 Estufa ..................................................................................................................................... 35
6.1 Constituição .................................................................................................................... 36
7 Constituição e Característica da bureta, pipetas, pêra ou pumpete e balões volumétricos.... 36
7.1 Buretas de válvulas ......................................................................................................... 37
7.2 Pipeta, micropipetas ou pipetas capilar .......................................................................... 38
8 Manta de aquecimento ........................................................................................................... 38
9 Dessecadores ......................................................................................................................... 39
10 Termómetro ......................................................................................................................... 39
12 Papéis de filtro ..................................................................................................................... 40
13 Centrifugadoras ................................................................................................................... 40
14 Balões aferidos .................................................................................................................... 40
15 Espectrofotometria Ultravioleta e Visível ........................................................................... 41
15.1 Princípios Básicos e Características ............................................................................. 41
15.2 O espectrofotómetro UV-Visível ................................................................................. 41
16 O polarímetro....................................................................................................................... 42
16.1 Características ............................................................................................................... 42
17 Refractometro de Abbe ........................................................................................................ 43
18 Calibração ............................................................................................................................ 43
18.1 Calibração e suas aplicações na análise quantitativa .................................................... 44
19 Técnicas e Princípios de manutenção Básica ...................................................................... 45
19.1 Técnicas e princípios de manutenção básica dos centrifugadores, refrigerador ........... 45
19.1.1 Tecnicas e pricipios ................................................................................................... 45
20 Centrifugadores ................................................................................................................... 46
20.1 Manutencao de centrifugadores .................................................................................... 46
21 Refrigeradores ..................................................................................................................... 47
21.1 Manutenção dos refrigeradores .................................................................................... 47
21.2 Técnicas e princípios de manutenção básica das balanças e fotómetros. ..................... 48
21.2 Balanças ........................................................................................................................ 48
21.2.1 Manutenção ............................................................................................................... 48
21.2.2 Manutenção do fotómetro de chama ......................................................................... 49
21.2.3 Técnicas e princípios de manutenção das Pipetas ..................................................... 50
21.2.3 Técnicas e princípios de manutenção básica do Destilador ...................................... 50
21.3 Instalação do filtro de carvão activado ......................................................................... 51
21.4 Precauções, Restrições e Advertências ......................................................................... 51
21.5 Precauções e advertências durante o “transporte e armazenamento” ........................... 52
21.6 Manutenção e Limpeza ................................................................................................. 52
21.7 Precauções e advertências durante a “limpeza e desinfecção” do equipamento .......... 53
22 Uso e manutenção básica..................................................................................................... 53
22.1 Microscópio .................................................................................................................. 53
22.1.1 Lupa ........................................................................................................................... 54
22.1.1.1Funcionamento da Lupa .......................................................................................... 55
22.1.2 Tipos de lupa ............................................................................................................. 55
22.1.3 Importância ................................................................................................................ 56
22.1.4 Utilização ................................................................................................................... 56
22.1.5 Manutenção Básica .................................................................................................... 57
22.1.6 Precauções ................................................................................................................. 57
22.2 Telescópio ..................................................................................................................... 57
22.2.1 Manutenção do Telescópio ........................................................................................ 58
22.3 Diascópio ...................................................................................................................... 58
22.3.1 Manutenção do Diascópio ......................................................................................... 58
22.4 Estereoscópio ................................................................................................................ 59
Referencia ................................................................................................................................. 60
1 Manutenção de Equipamentos Laboratoriais
1.1 Conceito de Manutenção
A manutenção existe desde os primórdios da civilização, podendo ser identificada no ato de
afiar um instrumento de caça ou substituir a corda de um arco. Com relação às máquinas e
equipamentos, pode-se afirmar que a manutenção acompanha a sua evolução, desde as
primeiras máquinas até os dias atuais.
Manutenção é uma palavra de origem latina derivada de "MANUS TENERE", que significa
"ter em mãos", ou seja, manter o que se tem. Representa todas as actividades necessárias para
que o equipamento possa permanecer de acordo com uma situação específica.
Tem como um dos principais objectivos manter o pleno funcionamento dos equipamentos ao
longo dos períodos extensos de tempo, sendo efetuadas em diferentes modalidades para
garantir o melhor em termos de aproveitamento dos recursos financeiros, bem como do tempo
de parada para consertos.
Segundo Kardec e Nascif citado por Castilho e Lima (2006: 17), manutenção é garantir a
disponibilidade a missão dos equipamentos e instalações de modo a atender um processo de
produção ou de serviço, com confiabilidade, segurança, preservação do meio ambiente e
custos adequados.
Segundo Mirshawka e Olmedo citado por Castilho e Lima (2006: 18), manutenção é o
conjunto de actividades e recursos aplicados aos sistemas e equipamentos, visando garantir a
consecução de sua função dentro de parâmetros de disponibilidade, de qualidade, de prazo, de
custos e de vida útil adequados.
Manutenção aplicado no laboratório
Pode se definir como o conjunto de actividades e recursos que visam garantir a
disponibilidade a missão dos equipamentos laboratoriais e a instalação de modo a atender um
processo de análise ou de serviço laboratorial, com confiabilidade, qualidade, segurança,
preservação do meio ambiente e custos adequados.
1.2 Tipos de manutenção
Segundo ControlLab, Lafraia (citado por Castilho e Lima, 2006: 21) e entre outros autores
existem três tipos de manutenção: Corretiva, preventiva e preditiva.
1.2.1 Manutenção Corretiva
É aquela realizada quando o equipamento já está parado. Consiste no trabalho de restauração
deste aparelho para um padrão aceitável, através da correção de falhas decorrentes dos
desgastes ou deterioração do mesmo (ControlLab, 2010: 3).
Kardec e Nascif (2006: 26) sustentam que a manutenção corretiva é a atuação para a
correção da falha ou do desempenho menor que o esperado. Ao atuar em um equipamento que
apresenta um defeito ou um desempenho diferente do esperado estamos realizando
manutenção corretiva. Sendo assim, a manutenção corretiva não é necessariamente, a
manutenção de emergência.
Podemos ter duas condições específicas que levam à manutenção corretiva: O equipamento
apresenta desempenho deficiente apontado pelo acompanhamento das variáveis
operacionais; ou ocorrência de falha.
Então a principal função da Manutenção Corretiva é Corrigir ou Restaurar as condições de
funcionamento do equipamento ou sistema.
Vantagens
Desvantagens
Vantagens:
Aumenta a confiabilidade do equipamento;
Proporciona maior rendimento e durabilidade;
Pode ser programada;
Prolonga a vida útil dos equipamentos;
Proporciona redução no estoque de peças sobressalentes
Desvantagens:
Haver planejamento e programações bem montadas, além de equipe de assistência
técnica eficaz e capacitada para o sistema funcionar;
Substituição de peças antes do fim da vida útil;
Maior número de interferências, consequentemente maior probabilidade de erro
humano;
Devido à alta frequência de interferências pode provocar outras avarias daí a
importância de contratar técnico qualificado;
Custo.
Vantagem:
Há o máximo aproveitamento da vida útil dos elementos da máquina, podendo-se
programar a reforma ou substituição apenas das peças comprometidas.
Desvantagem
Requer acompanhamento e inspecções periódicas, com instrumentos específicos
de monitoração, além de profissionais especializados.
1.4 Sujidade
Segundo o European Hygienic Engineering and Design Group (EHEDG) (2004), qualquer
matéria indesejada que persiste nos equipamentos ou instalações recebe a designação geral de
sujidade.
Na indústria alimentar o conceito de sujidade surge normalmente associado à presença de
restos de alimentos ou suas componentes. Assim, é necessária a definição de limites concretos
entre o que é alimento e o que é sujidade. O que antes era considerado alimento, ao encontrar-
se num local ou ponto do processo indesejado, independentemente da sua origem, passa a
constituir sujidade (Wildbrett, 2006).
Atendendo à definição, pode entender-se que não só os resíduos alimentares constituem
sujidade. Os resíduos de químicos, e mesmo a própria água, podem ser considerados sujidade
se estiver em local indesejado.
Fonte: NORONHA
1.3 Superfície
A palavra superfície deriva do latim superficĭes. Refere-se a uma extensão de terra ou ao
limite de um corpo.
Estanho/Folha de Flandres Podem ser corroídos por Não permitir o contacto com
detergentes ácidos ou os alimentos
alcalinos
Não magnético.
Fonte: NORONHA
1.4 Qualidade da água
A qualidade da água é um parâmetro que precisa ser verificado no processo de higienização
dos materiais. No que diz respeito à sua utilização no processo de higienização, a água
constitui o solvente de base utilizado na maioria das soluções de limpeza e desinfeção,
representando, na maioria dos casos, 95 a 99% do volume das soluções (Schmidt, 2003).
As suas funções primárias enquanto solvente consistem em incluir e transportar o detergente
ou o desinfectante às superfícies alvo e, por outro lado, retirar a sujidade das mesmas
(Lelieveld et al. Citado por Faria, 2010: 9).
a) Aspectos físicos
As análises físicas medem e indicam as características perceptíveis pelos sentidos. Os
principais aspectos físicos analisados são cor, turbidez, sabor e odor.
i. Cor: A água deve ser incolor, pois, a cor indica a presença de substâncias de natureza
orgânica e inorgânica, tais como húmus, taninos, iões férricos, entre outros. A presença dessas
ou outras substâncias pode acarretar sérios problemas.
iii. Sabor e odor: o odor e o sabor da água dependem dos sais e gases dissolvidos. Algumas
fontes termais podem exalar cheiro de ovo podre devido ao seu conteúdo de H2S (gás
sulfídrico). Da mesma maneira, águas que percolam matérias orgânicas em decomposição
(turfa, por exemplo) podem apresentar H2S.
b) Aspectos químicos
ii. Acidez e alcalinidade: A acidez total representa os teores de dióxido de carbono livre,
ácidos minerais e orgânicos e sais de ácidos fortes, os quais, por dissociação, liberam iões
hidrogénio para a solução. O CO2 dissolvido na água a torna corrosiva a alguns equipamentos
e utensílios. Qualquer tipo de acidez apresenta o inconveniente da corrosividade. Esse fato é
importante para a boa manutenção dos equipamentos. Além disso, a acidez da água pode
neutralizar componentes presentes nos detergentes e sanitizantes, comprometendo suas
funções.
iii. Sílica: a sílica em combinação com os sais responsáveis pela dureza produz incrustações
duríssimas e de difícil remoção em superfícies de equipamentos. Águas normais apresentam
teor de sílica entre 5 e 50mg/l, expressos em SiO2.
iv. Gases: o gás carbónico (CO2) e o oxigénio (O2) dissolvidos, embora normais em água
potável, quando em altas concentrações, são corrosivos para materiais de ferro e ligas de
cobre. Também são corrosivos a esses metais o gás sulfídrico e o amoníaco, cujas presenças
indicam poluição em água potável.
c) Aspectos microbiológicos
A principal análise de controle microbiológico de água é a contagem de coliformes totais e
fecais. Conforme padrões de potabilidade, a água tratada no sistema de distribuição
(reservatório e redes) deve apresentar ausência em 100mL de Escherichia coli ou coliformes
termotolerantes em 95% das amostras analisadas (Portaria nº 1469 de 29 de dezembro de
2000).
É imprescindível que a água usada na indústria de alimentos receba tratamento correto para
mantê-la dentro de padrões microbiológicos adequados. Essas águas devem receber
tratamento de desinfecção para eliminar possíveis microrganismos indesejáveis.
Diferentes métodos estão disponíveis, que incluem produtos químicos, calor e radiação, e
mais uma vez dependem do grau de descontaminação, bem como da concentração dos
microrganismos contaminantes, presença de matéria orgânica e tipo de equipamento ou
superfície a ser limpa. Cada método tem suas vantagens e medidas preventivas que
precisam ser tomadas para evitar perigos.
b) Autoclavação
c) Calor seco
O calor seco é menos eficiente que o calor húmido e requer tempos mais longos e / ou
temperaturas mais altas para atingir a esterilização. É adequado para a destruição de
organismos viáveis em superfícies impermeáveis não orgânicas como o vidro, mas não é
confiável na presença de camadas superficiais de materiais orgânicos ou inorgânicos que
podem actuar como isolamento.
Fig.2. Estufa
Usos típicos: A esterilização de vidraria por calor seco pode normalmente ser realizada a 160
° – 170 ° C por períodos de 2 a 4 horas.
Nenhum desinfectante líquido é igualmente útil ou eficaz em todas as condições e para todos
os agentes viáveis.
Usos típicos: Vapores e gases são usados principalmente para descontaminar gabinetes de
biossegurança, salas de animais e seus sistemas associados, equipamentos volumosos ou
estacionários não adequados para desinfectantes líquidos, instrumentos ou ópticos que
podem ser danificados por outros métodos de descontaminação e salas, edifícios e sistemas
de tratamento de ar associados.
A eficácia da descontaminação varia desde a esterilização de alto nível até a simples limpeza
com água e sabão. As etapas de descontaminação incluem:
Após todos os restos visíveis do contaminante terem sido eliminados, eles irão pulverizar a
área com um produto de limpeza usando um pulverizador electrostático para neutralizar
suas propriedades.
Durante todo o processo de limpeza, eles frequentemente esfregam a área para verificar
quanto, se houver, do contaminante permanece.
Contaminante Descontaminante
Vantagens:
O NaClO foi reconhecido como sendo um dos descontaminantes mais eficazes na destruição
de bactérias, vírus e fungos patogénicos;
Tempo de contacto
Temperatura
Concentração
Na maioria das aplicações quanto mais concentradas forem as soluções mais rápida é a sua
actuação.
pH
2.2 Esterilização
Este método é reservado somente aos materiais sensíveis ao calor úmido. Guarda suas
vantagens na capacidade de penetração do calor e na não corrosão dos metais e dos
instrumentos cortantes, sendo porém método que exige tempo de exposição para alcançar seus
objetivos, por oxidação dos componentes celulares.
A incineração afeta aos microorganismos de forma muito parecida a como afeta as demais
proteínas. Os microorganismos são carbonizados ou consumidos pelo calor (oxidação), assim,
podemos usar a chama para esterilizar (flambagem) e a eletricidade (fulguração).
O aparelho mais comum para a esterilização pelo calor seco é a estufa, que consiste em uma
caixa com paredes duplas, entre as quais circula ar quente, proveniente de uma chama de gás
ou de uma resistência elétrica. A temperatura interior é controlada por um termostato. As
estufas são usadas para esterilizar materiais ¨secos¨, como vidraria, principalmente as de
precisão, seringas, agulhas, pós, instrumentos cortantes, gases vaselinadas, gases furacinadas,
óleos, vaselina, etc.
A esterilização acontece quando a temperatura no interior da estufa atinge de 160ºC a 170ºC,
durante 2 horas, ocorrendo destruição de microorganismos, inclusive os esporos. Deve-se
salientar que a temperatura precisa permanecer constante por todo esse tempo, evitando-se
abrir a porta da estufa antes de vencer o tempo.
Desvantagens
O método tem como desvantagens a necessidade de altas temperaturas e longo tempo de
exposição além da dificuldade de validação, que pode acelerar o processo de degradação do
instrumental. Deve-se utilizar o método por calor seco quando os materiais a serem
esterilizados não suportarem a ação do vapor dos esterilizadores a vapor (ANVISA, 2010).
2.3 Desinfecção
Desinfecção é o processo de eliminação de formas vegetativas ou matar microrganismos
excepto esporos bacterianos, existentes em superfícies inanimadas, mediante a aplicação de
agentes químicos e/ou físicos. Esse processo não deve ser confundido com a esterilização,
visto que não elimina totalmente todas as formas de vida microbiana.
Antes do procedimento de Desinfecção deve-se proceder a limpeza (mecânica) do alvo em
questão, que compreende a remoção da sujidade: matéria orgânica (óleo, gordura, sangue ou
pus) ou qualquer outro tipo de material como cimentos e resina aderidos aos instrumentos e
superfícies.
2.3.1 Tipos de Desinfecção
Existem essencialmente 3 tipos de desinfecção: desinfecção por calor, desinfecção por
radiação e desinfecção química.
A desinfecção por intermédio do calor é um bom método pois não é corrosivo e destrói
todos os tipos de microrganismos. No entanto, apresenta a limitação de não poder ser utilizada
em superfícies sensíveis ao calor, e de ser relativamente cara. Este tipo de desinfecção é eficaz
se assegurarmos que a temperatura atinge toda a superfície a desinfectar e durante o tempo
necessário para a destruição dos microrganismos (apresenta bons resultados em circuitos
fechados).
A desinfecção por radiação é um processo mais usado em hospitais e laboratórios e não
tanto na indústria alimentar. Os restos de alimentos e outras sujidades absorvem a radiação
tendo um efeito protector sobre os microrganismos.
Estes compostos são bons anti-bacterianos e não deixam sabores nos produtos se usados nas
concentrações adequadas. São muito utilizados por serem baratos. Estes desinfectantes podem
contudo mostrar-se ineficientes na presença de alguns produtos orgânicos. As soluções muito
concentradas podem ser corrosivas especialmente para as ligas de alumínio. Dentro dos
compostos de cloro, são muito utilizados os hipocloritos, em particular o hipoclorito de cálcio
e o hipoclorito de sódio.
Compostos de Iodo
Podem ser usados em combinação com agentes de limpeza ácidos. Precisam de pouco tempo
de contacto com as superfícies e eliminam um largo espectro de bactérias. As soluções
preparadas devem ter concentrações de 25 a 50 mg/l de iodo activo com pH inferior a 4. Os
compostos de iodo são inactivados na presença de resíduos alimentares e sujidades.
Apresentam uma cor amarela quando o iodo activo se mantém presente. A perda de cor indica
a inactividade do composto. Podem ser corrosivos, sendo necessário um enxaguamento
abundante com água limpa.
Estes compostos apresentam uma boa capacidade de limpeza e têm uma baixa actividade
corrosiva. Não são tóxicos. Tendem a permanecer nas superfícies, pelo que é importante
enxaguar cuidadosamente com água limpa depois de desinfectar. Devem ser usados em
concentrações de 200 a 1200 mg/l. Se a água for dura deve-se aumentar a concentração. Não
devem ser usados em conjunto com detergentes e com agentes de limpeza aniónicos. A sua
actividade contra bactérias Gram negativo é menor do que no caso do cloro.
2.3.3 Principais Factores na Actuação dos Desinfectantes
A eficácia dos desinfectantes depende essencialmente de seis factores: tempo de contacto,
temperatura, concentração, pH, limpeza prévia e dureza da água.
Tempo de contacto
O tempo de contacto é um parâmetro característico dos diferentes desinfectantes, sendo que
quanto maior for a contaminação mais tempo será necessário para a desinfecção.
Temperatura
De uma forma geral os desinfectantes actuam melhor a temperaturas acima da temperatura
ambiente. No entanto, em muitos casos o aumento da temperatura é limitado pela volatilidade
dos desinfectantes.
Concentração
Na maioria das aplicações quanto mais concentradas forem as soluções mais rápidas é a sua
actuação.
pH
Cada desinfectante tem uma gama de valores de pH onde é mais eficaz.
Limpeza prévia
A eficácia dos desinfectantes é reduzida na presença de restos de alimentos, pois
por um lado, estes vão ter um efeito protector sobre os microrganismos e por outro lado, pode
ocorrer a neutralização do desinfectante. É assim essencial a remoção de toda a sujidade antes
da desinfecção. No caso de superfícies pouco sujas, é possível aplicar uma solução que inclui
o detergente e o desinfectante.
Dureza da água
Uma dureza excessiva da água reduz a eficácia de alguns desinfectantes, sobretudo de amónio
quaternário, e contribui para a formação de incrustações nas superfícies.
2.3.4 A Escolha do Desinfectante
A escolha dos desinfectantes depende de vários factores nomeadamente a flora microbiana
existente. Os microrganismos que podemos encontrar nas superfícies podem apresentar maior
ou menor resistência aos desinfectantes. Os microrganismos patogénicos (geralmente não são
os mais numerosos) são bastante sensíveis à acção do calor, de desinfectantes e da variação do
pH do meio; os microrganismos termoresistentes são difíceis de destruir pelo calor pois
vegetam a 80-90º C e são sensíveis aos desinfectantes.
Além destes factores referidos, há que considerar ainda os seguintes factores:
Tipo de superfície a ser desinfectada
Nível de sujidade residual
Tempo disponível para a desinfecção
Método de aplicação
Qualidade da água de enxaguamento
Corrosividade do produto
Odor residual do produto.
A selecção final do desinfectante depende da consideração de todos os factores acima
referidos e deverá apoiar-se nas recomendações do fornecedor de detergentes.
3 Materiais e instrumentos
A balança analítica electrónica, o prato situa-se acima de um cilindro metálico oco que é
circundado por uma bobina que se encaixa no pólo interno de um ímã permanente. Uma
corrente elétrica percorre a bobina e produz um campo magnético que segura, ou levita, o
cilindro, o prato, o braço indicador e qualquer massa que esteja no prato.
A corrente é ajustada para que o nível do braço indicador fique na posição de nulo quando o
prato estiver vazio. A colocação de um objeto no prato provoca um movimento do próprio
prato e do braço de controle para baixo, o que aumenta a quantidade de luz que incide na
fotocélula do detector de nulo.
A corrente que atinge a fotocélula é amplificada, alimentando a bobina, o que cria um campo
magnético maior, fazendo que o prato retorne para a posição original no detector do zero. Um
dispositivo como este, no qual uma pequena corrente elétrica faz que um sistema mecânico
mantenha sua posição zero, é chamado sistema servo. A corrente requerida para manter o
prato e o objeto na posição de nulo é diretamente proporcional à massa do objeto e é
prontamente medida, transformada em sinal digital e apresentada no visor.
A calibração de uma balança analítica envolve o uso de uma massa-padrão e ajuste da
corrente de forma que o peso-padrão seja exibido no mostrador. (Skoog)
A - Prato da balança
B - Massa internas de calibração
C - Fonte de corrente controlada
D - Controlador electrónico
E - Indicador digital
F - Sensor de posição
G – Bobina
3.2.1.1 Tipos de balanças analítica
3.3 Centrifugador
A centrifugação é um método efectivo na remoção de impurezas sólidas do que as técnicas
convencionais de filtração. É utilizada na separação de misturas sólido-líquidas ou de dois
líquidos imiscíveis; baseando-se no princípio de que o sólido ou líquido de maior densidade
irá para o fundo do recipiente, de maneira rápida e eficiente. Com esse processo partículas
muito pequenas que poderiam passar pelos filtros tradicionais são removidas. Na
centrifugação, deve-se tomar alguns cuidados:
Utilizar óculos de protecção;
Colocar os tubos aos pares na centrífuga e sempre em sentido oposto um ao outro, a
fim de balancear o peso sobre o eixo central;
Se ao ligar a centrífuga ocorrerem vibrações, desligá-la e revisar todos os seus passos.
Centrífuga de bancada
Centrífuga de bancada refrigerada
Centrífuga de alta velocidade
Ultracentrífuga
Microcentrífuga
Citocentrífuga
4 Bico de Bunsen
É um dispositivo usado para efectuar aquecimento de soluções em laboratório. Este
queimador, muito usado no laboratório, é formado por um tubo com orifícios laterais, na base,
por onde entra o ar, o qual se vai misturar com o gás que entra através do tubo de borracha. O
bico de Bunsen é utilizado para aquecimento até temperatura de 800 oC, por meio da
combustão do gás.
Esquema do bico de Bunsen: (1) tubo; (2) base; (3) anel de regulagem do ar primário (ou
janela); (4) mangueira do gás; (a) zona oxidante; (b) zona redutora; (c) zona de gases ainda
não queimados.
Este bico é formado por um tubo com orifício lateral na base, por onde entra o ar que se
mistura com o gás que é queimado á saída do tubo. A entrada do gás é regulável por
intermédio de uma válvula e a do ar, por exemplo por meio de uma anilha em volta do tubo, o
qual pode girar tapando em maior ou menor extensão os orifícios de entrada.
A utilização do Bico de Bunsen é essencial pois visa a diminuição de microrganismos no
campo de trabalho através do calor. Para isso ele apresenta uma regulagem que torna possível
seleccionar o tipo de chama ideal para o trabalho. No caso da Microbiologia deve ser utilizada
a chama azul porque esta atinge maior temperatura e não forma fuligem. É importante
ressaltar que a chama apresenta diferentes zonas, e tal fato é importante para que o processo
de flambagem seja executado adequadamente, já que certas zonas da chama devem ser
evitadas.
As zonas da chama são: zona Neutra (é uma zona fria e, portanto, não deve ser utilizada para
flambagem), zona Redutora e zona Oxidante (são zonas onde já ocorre a combustão e,
portanto já podem ser usadas para flambagem).
Entretanto, quando o orifício inferior é aberto, a zona b, intermediaria, suficientemente
alimentada de oxigénio (O2), permite uma combustão mais acentuada dos gases, formando,
além de monóxido de carbono (CO), algum CO2 e H2O, assim a chama se torna quase
invisível.
Chama oxidante: acima do cone b situa-se a chama a, à qual tem acesso fácil o O2, que
fornece ambiente de oxidação ideal para o trabalho de aquecimento.
Chama redutora: dentro do cone b (acima do cone c) forma-se quantidade apreciável de CO,
que tem função redutora. Há absorção do O2 para formar CO2.
5 Destilador
Destilador é um equipamento utilizado para destilar o fluido podendo ser líquido ou vapor que
desejar.
O Destilador consiste em duas partes principais: a tampa de condensação e a câmara de
evaporação. A tampa contém a serpentina de condensação e o mini ventilador. A câmara de
evaporação é fabricada através de um aço inoxidável, com um sistema eléctrico de
aquecimento na parte inferior.
5.1 Descrição do Equipamento
6 Estufa
As estufas têm objectivo de acumular e conter o calor ou o resfriamento no seu interior,
mantendo assim a temperatura adequada para os conteúdos nelas guardadas, por isso é de
extrema importância em qualquer laboratório. As estufas contêm um termómetro do lado de
fora que mantém a temperatura adequada sem alterações involuntárias.
Popularmente a estufa é conhecida como um aparelho eléctrico utilizado para secagem de
substâncias sólidas, evaporação lenta de líquidos, armazenagem de substâncias liquidas com
temperaturas baixas, secagem de vidrarias, etc.
Fig. Estufa
6.1 Constituição
Consiste numa câmara, em geral paralelepipédica, limitadas por paredes duplas (a interior em
aço inoxidável, alumínio, cobre, placas de asbeto; a exterior em aço) com uma camada
isoladora espessa habitualmente de asbeto de lã de vidro. Para temperaturas bastante elevadas
são utilizados materiais refractários.
As prateleiras são perfuradas para permitir o movimento de ar. A porta é por vezes em vidro o
que permite observar o interior do aparelho com um distúrbio mínimo. São também providos
de um termómetro sendo a temperatura controlada por termóstato.
a) Classe A/AS
c) Menisco de um líquido
Se a força de coesão de um fluido é mais forte que a força de adesão da parede do vidro, um
menisco com curvatura para cima (convexo) é formado. Isto acontece com o mercúrio, por
exemplo. Menisco côncavo em uma pipeta graduada. Menisco convexo em uma pipeta
graduada.
É constituído por um tubo cilíndrico graduado, com uma válvula capaz de controlar o fluxo
vazando cujo o volume é o indicado pelo instrumento. Os tipos principais diferem no tipo da
válvula, designadamente: torneira (Geissler) em vidro ou em <Teflon>: de Mohr (de pinça de
Mohr ou válvula de Bunsen).
Tem volume fixo ou variável e são normalmente empregadas para fornecer volumes idênticos
rapidamente.
As pipetas de seringas ou micropipetas são muitos comuns no laboratório. Elas são usadas na
manipulação de soluções tóxicas e volumes repetidos em grande número para análises
múltiplas. As pipetas podem ter volumes fixos ou variáveis, elas usam um sistema de
acionamento que permite a operação por um botão no topo da pipeta. Êmbolo percorre dois
pontos fixos, o que permite a liberação de um volume constante.
As pipetas micrométricas são usadas na liberação, gota a gota de soluções. Elas têm um
controle micrométrico que opera o êmbolo da seringa ligado a uma agulha de aço inoxidável.
8 Manta de aquecimento
As mantas são essencialmente uma carcaça flexível de fibras de vidro entrelaçadas que se
ajusta ao frasco e um aquecedor eléctrico que opera com calor não radiante. A manta pode ser
montada sobre recipiente de alumínio que repousa na bancada para o uso de recipientes, a
manta é suprida sem caixa.
A energia eléctrica do elemento aquecedor é controlada por um transformador contínuo
variável ou circuito a tirístor. A temperatura da manta, portanto, pode ser ajustada
suavemente.
As mantas de aquecimento são distintas principalmente ao aquecimento de frascos e são
particularmente úteis nas destilações
9 Dessecadores
São recipientes de vidro coberto, destinado à estocagem de objectos em atmosfera seca. Um
agente de secagem, como por exemplo, cloreto de cálcio anidro (muito usado no casos mais
simples), sílica gel, alumina activa ou sulfato de cálcio anidro fica dentro do dessecador.
Um dessecador normalmente tem uma placa de porcelana com aberturas para suportar
cadinhos ou outros aparelhos.
A placa fica apoiada em um ressalto, aproximadamente a meia altura da parede do
dessecador. Os dessecadores pequenos tem um triângulo de vidro com pontas adequadamente
dobradas.
Deve-se colocar uma leve camada de vaseline branca ou um lubrificante especial na junta
esmerilhada do dessecador para impedir a passagem de ar.
Componentes do dessecador típico. A base contém um agente químico de secagem, que
normalmente é coberto com uma tela e prato de porcelana com furos, para acomodar os filtros
ou cadinhos, tampa e superfície de vidro esmerilhado.
10 Termómetro
Os termómetros de vidro com um líquido de expansão largamente aplicados. Contêm em
geral mercúrio, ou sua ligas, para zona de temperaturas entre -58oC; para temperaturas
inferiores é vulgar o uso de pentano. Em geral estes medidores de temperaturas são calibrados
para imersão total da coluna do líquido medidor (excepto os termómetros com rodagem, de
uso mais aconselhado).
12 Papéis de filtro
Há filtros em papéis de celulose muito pura de diferentes porosidades e, para cada aplicação,
deverá o papel de filtro permitir a velocidade máxima de filtração mas retendo ainda todas
partículas de precipitado, incluindo as mais pequenas.
Se as dimensões destas forem desconhecidas, a escolha de filtro far – se- á por tentativas. A
sua porosidade deverá ser suficientemente apertada para reter todas as partículas sólidas mas
não excessivamente apertada pois tornaria então a velocidade de filtração desnecessariamente
lenta.
O papel de filtro é higroscópico, não sendo portanto adequado à pesagem de sólidos, e
ligeiramente solúvel em água e especialmente em soluções alcalinas.
13 Centrifugadores
Conhece-se várias técnicas de centrifugação, realizadas em centrífugas cujas as partes
fundamentais são os rotomotores, cabeças rotatórias em que são colocadas as suspensões ou
soluções em estudo.
Assim considera-se as centrifugas de bancadas, portáteis, de baixa força centrífuga (até cerca
de 600g em que g é a aceleração de gravidade), em geral desprovido de um sistema
controlador de temperatura, e com tubos de centrifuga substituíveis, oferecendo a
possibilidade de variação de capacidade.
14 Balões aferidos
O balão aferido, conhecido também como balão volumétrico, é um recipiente em forma de
pêra, de fundo chato e colo longo e estreito.
Uma linha e colo longo e estreito. Uma linha fina gravada no colo indica o volume que nele
contêm em dada temperatura, geralmente 20 ou 25oC ( a capacidade e a temperatura de
referência devem estar claramente marcadas no balão).
A marca circunda o colo do balão, para evitar erros de paralaxe quando se faz um ajuste final
do volume. O nível inferior do menisco do líquido deve tangênciar a marca e, na visão frontal.
De propósito, o colo é estreito, para que pequenas variações de volume provoquem grandes
alterações na posição do menisco é pequeno.
15 Espectrofotometria Ultravioleta e Visível
16 O polarímetro
Polarímetros são aparelhos que medem directamente a rotação de polarização, através da
medição do ângulo de rotação de um analisador.
Num polarímetro, além da fonte luminosa (normalmente luz monocromática que corresponde
à risca D do sódio), existem dois obstáculos constituídos por substâncias polarizadoras da luz,
situados, respectivamente, antes e depois da câmara onde é introduzido o tubo com a
substância opticamente activa. O primeiro obstáculo é designado por polarizador e o segundo
por analisador.
16.1 Características
Modelo: Polaris
Tipo: Polarimetro de rotação
Ângulo óptico do sistema: 20º
Lâmpada: Sódio
Vernier: 20 divisões
Resolução: 0,05
Imagem do polarímetro
17 Refractometro de Abbe
É um instrumento projectado para a medição do índice de refracção (nD) e de dispersão óptica
média (NF-NC) da transparência ou semi transparência de líquido em matéria sólida.
18 Calibração
É um conjunto de operações que estabelece, sob condições especificadas, a relação entre os
valores especificados, a relação entre os valores indicados por um instrumento de medição ou
valores representados por uma medida materializada ou um material de referência, e os
valores correspondentes das grandezas estabelecidos por padrões.
18.1 Calibração e suas aplicações na análise quantitativa
Efectuar a manutenção de equipamento dos laboratório regularmente é uma prática que toda a
indústria científica e outras como medicas, tem como um requisito para manter o
funcionamento do laboratório, pois, devido ao seu uso constante, é comum que as máquinas
sofram com problemas, falhas na calibração ou até mesmo danos físicos causados por
acidentes laboratoriais.
Existem várias formas de realizar a manutenção, uma delas e contratar uma empresa
especializada na manutenção de equipamento laboratório e garantir a eficiência e
confiabilidade de trabalho em um laboratório.
Troca de peças: Após determinar qual é a causa dos defeitos, são tomadas as medidas
necessárias para corrigi-los. É mais comum efectuar a troca das peças que apresentam defeitos
ou desgaste acentuado e assim retornar o pleno funcionamento dos equipamentos;
Adequação: Os serviços devem ser feitos de modo a se adequar com as normas de qualidade
e segurança, especialmente nos equipamentos de precisão, nos quais qualquer diferença entre
valores pode representar grandes problemas para os profissionais.
20 Centrifugadores
As chamadas centrífugas são aparelhos construídos a fim de permitirem a separação de
substâncias que possuam densidades diferentes em uma mistura via decantação. É utilizada, a
exemplo, na separação dos elementos sanguíneos.
Figura: Centrifugador
Na centrífuga para laboratório, o rotor e os acessórios estão sujeitos a alta tensão mecânica.
Por isso, é muito importante conhecer as dicas de limpeza e manutenção em centrífugas para
Laboratório para prolongar a vida útil e evitar falhas prematuras. Seguem algumas orientações
de limpeza e manutenção em centrífugas para laboratório:
Os usuários de centrífugas para laboratório devem ler e manter o manual de instruções de fácil
acesso, em caso de dúvidas;
Desligue a centrífuga para laboratório e limpe seu exterior com pano levemente úmido com
água detergente suave;
Evite substâncias corrosivas e agressivas, não use solventes, não use agentes com partículas
abrasivas e não exponha a centrífuga de laboratório e os rotores a radiação UV intensa ou
estresse térmico, como por exemplo a secagem em uma estufa de laboratório;
Em caso de centrífugas refrigeradas, após o uso, remova o rotor e seque a câmara de
centrifugação para evitar congelamento. Deixe a tampa da centrífuga aberta a noite toda para
evaporar a condensação;
21 Refrigeradores
Laboratórios são lugares onde se realizam muitos exames e coletas de materiais que precisam
ser conservados de maneira correta, por isso o uso de um bom refrigerador para laboratório é
fundamental.
Internamente limpe com um pano umedecido em água morna passando a seguir um pano
seco.
Não forre as prateleiras com toalhas ou plásticos, pois impedirão a boa circulação de ar.
2 – Para limpar a superfície externa e a borracha de vedação da porta utilize água morna
(nunca quente) e sabão neutro.
A seguir passe um pano úmido; por fim um pano seco, enxugando bem.
De preferência uma solução de água morna e bicarbonato de sódio (1 colher de sopa de
bicarbonato para cada 1 litro de água).
Quando não há espaço para problemas, quando você precisa de excelente desempenho e
durabilidade, as balanças analíticas robustas e fáceis de usar da METTLER TOLEDO são a
escolha perfeita.
21.2 Balanças
As balanças para laboratório são equipamentos específicos para medições precisas da massa
de um corpo em laboratório, para segmentos em que análises, formulações e experimentos em
geral requerem total precisão. As balanças para laboratório são desenvolvidas segundo
normas metrológicas e de qualidade internacionais e controladas pelo INMETRO.
21.2.1 Manutenção
Porém são equipamentos sensíveis que exigem cuidados específicos para garantia de seu bom
funcionamento: 2.1 As balanças devem ser mantidas limpas* e niveladas (geralmente os
marcadores de nível ficam na parte posterior). Antes de ligá-las, verificar se estas condições
estão sendo atendidas, pois as balanças realizam uma verificação quando são ligadas e essa
verificação comprometerá todas as pesagens caso seja feita em condições inadequadas
(balança suja / desnivelada); 2.2 Factores ambientais têm grande influência para a qualidade
das pesagens, os principais são: temperatura (deve estar entre 20 a 25 °C), ausência de
correntes de ar e vibrações. Portanto o ideal é que as balanças fiquem em local climatizado,
mas não sejam atingidas directamente pelo ar. Devem estar instaladas, preferencialmente, em
bancadas sem vibração e locais com pouca movimentação de pessoas. 2.3 Alguns modelos de
balança analítica realizam um processo de auto calibração quando as condições ambientais
não são favoráveis ou após muito tempo de funcionamento (no display começará a piscar um
pesinho ). O Recomendável é que se esvazie a balança e aguarde a calibração. Em caso de
impossibilidade de parar a pesagem, pressione LIGA para cancelar a auto calibração, mas a
balança estará funcionando sob condições inseguras.
3. *Para a limpeza das balanças deve-se usar pincel de cerdas macias e secas; 4. Existem
pesos-padrão para verificação das balanças e/ou calibração externa (possível apenas para
alguns modelos). São de grande valia para atestar a qualidade das pesagens; 5. Recomendável
desplugar a tomada da balança após uso;
O fotômetro ou fotómetro é um aparelho que mede a intensidade da luz (por exemplo, para
adequá-la às necessidades específicas de um fotógrafo ou de um cineasta) através de
parâmetros fotográficos. Este converte a luz em corrente eléctrica podendo ser medida em
valores referentes à velocidade de obturação[1] ou abertura de diafragma ("f").
Os fotógrafos e cinegrafistas por exemplo usam o fotómetro para medir a intensidade da luz
no ambiente para conseguir bons filmes e imagens.
Figura: fotômetro.
Como todo equipamento o fotómetro de chama deve ser limpo e protegido de poeira.
Qualquer contaminação e obstrução total ou parcial da agulha do capilar usado na aspiração
das soluções ou do queimador poderá causar dificuldades operacionais com um fotómetro. A
agulha é limpa com um fio de pequena espessura que geralmente acompanha o instrumento.
Após uma série de medidas ou medidas individuais conforme a natureza da amostra, aspirar
água destilada até o instrumento indicar valor correspondente a água destilada.
Para limpar a câmara de mistura e o queimador, recomenda – se, com uma chama acessa,
aspirar ácido clorídrico diluído e, com chama apagada, bastante água destilada.
Em seguida, antes de desligar o instrumento, continuar a passagem de ar até que todo o
sistema esteja completamente seco. Esta precaução simples evita que ocorra corrosão das
parte metálicas do fotómetro. É necessário verificar a pressão dos gases.
Quanto ao suprimento de ar, instalar filtro sílica gel antes da sua entrada no instrumento.
E - O destilador irá ligar automaticamente no primeiro uso, quando isto não ocorrer utilize
o botão de acionamento "SPSP".
Somente haverá a necessidade de uso do filtro de carvão activado se a água for destinada ao
consumo humano
A - Retire o bico guia localizado na tampa de condensação;
B - Prepare o filtro de carvão activado para substituição do bico guia, despeje de 2 a 3
copos de água no filtro antes de cada ciclo de destilação. Após humedecer o filtro basta
encaixa-lo na tampa de condensação.
Ao usar o destilador pela primeira vez, descarte o primeiro ciclo de água destilada,
para que os componentes internos sejam totalmente esterilizados por este primeiro
ciclo.
A cuba em aço inox da unidade de evaporação deve ser lavado com água limpa e seca com
um pano todos os dias, seguindo as etapas abaixo:
Desconectar o conector do cabo de força da tampa superior e retirar a tampa superior
de acabamento da unidade de evaporação;
Derramar água quente suficiente para cobrir os resíduos acumulados no fundo da cuba
de inox;
22.1 Microscópio
O microscópio é um instrumento de precisão que exige, como tal certos cuidados. Deve ser
mantido a uma temperatura uniforme, não exposto à luz solar ou à acao do calor, e sempre
protegido de pó, por uma cobertura transparente de plástico, ou na respectiva caixa. Deve ser
limpo periodicamente e coberto de uma fina camada vaselina.
Nos microscópios binoculares, deve – se remover –se o pó da superfície dos prismas, por
meio de uma escova de pêlo de camelo, depois de retiradas as oculares. Sob pretexto algum,
devem os prismas ser montadas, o que alteraria completamente a disposição do sistema óptico
e exigiria o envio ao fabricante.
Quando transportado de um local para outro deve segurar – se pelo braço não pelo tubo.
As objectivas a seco limpam-se com um pano de seda ou de algodão fino, ou com papel , e,
no caso de acidentalmente atingidas por óleo de cedro, com um pano embebido em xilol ou
benzina e secagem rápida com tecido macio.
Em caso algum deve –se desmontar –se as objectivas.
Por vezes, depositam – se na ocular partículas de poeira e outras, que se veêm no campo
microscópio e se localizam facilmente, pois que as tais partículas se movem quando a roda
ocular; de se depositam na lente superior mover – se –ão quando se eleva um pouco a ocula,
enquanto, com a outra mão, se desparafusa aquela lente; pelo contrário se as poeiras estão
localizadas na lente inferior mudarão a posição, quando se roda.
Removem – se então as partículas à custa de um jacto de ar com pêra de borracha, ou com
uma escova macia, de pêlo de camelo; mantendo a escova em contacto com a lâmpada
eléctrica, que atrai mais facilmente as partículas de pó. Se os métodos descritos se revelam
insuficientes, recorre – se a um pano de seda ou papel apropriado, humedecido com água
destilada. Nunca limpar as superfícies das lentes com um pano seco. Evitar quaisquer
partículas duras, aderentes a este, possam riscar o vidro.
22.1.1 Lupa
A lupa é um instrumento óptico munido de uma lente com capacidade de criar imagens
virtuais ampliadas. Os Lupas são utilizados em Estética e Medicina para garantir a
visualização, o exame e a execução de tratamentos com elevada precisão.
As Lupas podem estar equipadas com uma lâmpada e um sistema que facilite a sua utilização
e mobilidade. A sua utilização ou instalação pode ser efectuada através de armações ou
suportes para cabeça (lupas binoculares) ou clips (lupas binoculares para óculos) punhos
(lupas de mão), pés rodados, suportes para mesa, parede ou tecto.
Observação de imagens luminosas e nítidas com grande resolução e excelente fidelidades de
cor, minimizando assim a fadiga visual e consequentemente aumentando a eficácia da
observação e a produtividade.
O zoom contínuo, é uma característica de base, permite que o objecto seja ampliado dês 10 e
40 vezes na totalidade.
Estas lupas podem ser conectadas com câmaras digitam ou CCD, por forma a possibilitar as
gravações de imagens ou a sua observação simultânea através de outros meios.
22.1.1.1Funcionamento da Lupa
A lupa é um instrumento óptico que consiste de uma lente com a capacidade de ampliar
imagens. Colocando um objecto entre a lente e o plano focal, a lupa dá uma imagem virtual
directa e maior do que o objecto. Deste modo permite observar certos pormenores de
pequenos objectos.
Existe uma ampla variedade de lupas, como viseira binocular com lente adicional, lente
auxiliar, monocular, lentes leves em material orgânico, etc.
Lupas esféricas: possuem lentes de leitura muito leves para serem usadas nas horas livres de
fadiga, exemplo, olhando fotografias. Disponíveis nos aumentos: 2.8x, 3x, 3.5x, 4x, 5x e 6x.
Lupas de bolso: permite que se trabalhe sem precisar utilizar as mãos. Disponíveis nos
aumentos: 2x e 5x.
Lupas flexíveis: um sistema de lupas que possui dobras que permitem a sua acomodação para
a leitura por várias posições. Disponíveis em aumento 2.5x.
Lupa com luz fluorescente: fornece uma excelente iluminação de baixo das lentes ideal para
se escrever. Disponíveis nos aumentos: 2.8x e 3.8x.
22.1.3 Importância
22.1.4 Utilização
22.1.6 Precauções
A sua utilização não deve ultrapassar o tempo necessário para o respectivo tratamento.
Quando são utilizadas lâmpadas UV (Luz de Wood) os olhos da(o) cliente/paciente devem
estar protegidos.
22.2 Telescópio
O telescópio é um instrumento utilizado para ver objectos que se encontram a uma distância
muito grande da Terra. Ele tem a capacidade de ampliar e formar uma imagem virtual
próxima á lente ocular, fazendo com que a imagem nos pareça maior do que a observada a
olho nú.
Existem vários tipos de Telescópio Reflector, que consiste em um tubo aberto com um
espelho curvado na parte inferior. A extremidade aberta do tubo é apontada para o objecto no
céu e os raios luminosos que penetram o aparelho atingem o espelho na parte inferior. Os
raios reflectidos do espelho atingem um segundo espelho, chamado de diagonal. Como
resultado da curvatura do espelho principal, os raios luminosos são curvados para se
encontrarem em um ponto. O espelho em um telescópio reflector deve estar criteriosamente
alinhado à curvatura adequada para alcançar o ponto focal certo. O objectivo do espelho
diagonal, o qual está localizado em uma curta distância antes do ponto focal, deve reflectir os
raios luminosos na direcção da lateral do tubo onde uma ocular amplia a imagem para você.
Este telescópio possui um suporte equatorial. Ele é de extrema versatilidade, por permitir que
o telescópio mova em todas as direcções. Consequentemente, é possível que o seu telescópio
rastreie o movimento de uma estrela por todo o céu no mesmo trajecto que a estrela parece
percorrer (chamado de movimento diurno). Ele possui controles de cabos flexíveis, que
possibilitam mover o telescópio enquanto se está olhando através dele.
Como um instrumento óptico e mecânico de precisão, o telescópio deve ser manuseado com o
Máximo cuidado. Quando não em uso, guarde-o em sua caixa. As lentes e espelhos devem ser
limpos com o máximo de cuidado e de raridade possíveis para evitar afectar a precisão e o
desempenho.
Elementos ópticos nunca devem ser removidos de seus suportes por pessoas inexperientes.
Quando for necessário limpar as lentes ou espelhos, uma solução de limpeza, não sendo mais
forte do que sabão neutro e água, em combinação com um pano macio e que não deixe
resíduos deve ser aplicada cuidadosamente à superfície óptica sem esfregar. Em seguida, lave
bem com água limpa e coloque o elemento óptico para secar ao ar livre, em vez de secar com
um pano. O uso de solventes, como xileno e álcool para limpeza, não é recomendado. As
oculares devem ser bem tratadas e passar por limpeza como qualquer outro elemento óptico.
As oculares são construídas de modo que possam ser removidas.
Pessoas inexperientes não devem tentar removê-las, pois as lentes da ocular são alinhadas
cuidadosamente durante a fabricação e o manuseio negligente pode levar a acidentes
desastrosos. Outro problema de manutenção, peculiar para este reflector, envolve o
revestimento metálico do espelho. Com a exposição e o uso habituais, o revestimento
metálico sofrerá desgastes eventualmente.
22.3 Diascópio
Pode ser necessário limpar a janela de projecção e o sensor de obstáculo periodicamente, além
de limpar o filtro de ar e as aberturas de exaustão para prevenir que o projector sobreaqueça se
a ventilação ficar bloqueada.
As únicas peças devem ser substituídas são a lâmpada, o filtro de ar, e as pilhas de controlo
remoto. Se alguma outra parte precisar de substituição, entre em contacto com um técnico
autorizado.
NB: Antes de limpar qualquer parte do projector, desligue-o e desconecte o cabo de
alimentação. Nunca abra nenhuma tampa do projector, excepto nos casos especificamente
explicado. A voltagem eléctrica presente no projector é perigosa e pode causar ferimentos
graves.
22.4 Estereoscópio