Você está na página 1de 1

VPS: Na perspetiva processual a legitimidade é reflexo do direito.

No
processo civil bastava ser direto.
Hoje, os Particulares podem figurar como:
• Autor – desencadeou o processo, formulando a pretensão perante o tribunal
• Demandado – aquele contra quem a ação foi proposta, tendo sido citado para contestar
a petição do autor.
Em regra, os processos administrativos são desencadeados por particulares, alegando a ofensa
de um direito subjetivo por parte de uma entidade pública.
➢ Litigiosidade mais relevante.
Particulares vão exercer os seus direitos subjetivos e os seus interesses legalmente protegidos.
VPS: Crítica entre os Direitos Subjetivos, Interesses Legítimos e Interesses Difusos
➢ O que está em causa quando se fala em posições subjetivas de vantagem é a forma
como a Ordem Jurídica protege os particulares.
Freitas do Amaral:
• Direitos – Administração confere posições de vantagem aos particulares (lei pode
atribuir direito subjetivo mediante uma norma jurídica que expressamente qualifica)
• Interesses Legalmente Protegidos – posições de vantagem decorrem dos deveres da
Administração, daí ser substancialmente diferente.
o VPS: olhando para o Direito Civil é exatamente a mesma coisa um vendedor ter
o dever de entregar e o comprador ter o direito de receber.
o Numa relação jurídica haver um dever estabelecido no interesse de outrem é
conferir um direito a esse outrem.
o Lei pode estabelecer um dever da Administração no interesse do particular, o
qual, no âmbito de uma relação jurídica, é correlato da posição de vantagem do
particular.
o A única explicação é dos traumas, porque era difícil conceber direitos contra a
Administração toda poderosa.
• Interesses Difusos – correspondem aos Direitos Fundamentais que a CRP estabelece. O
que está em causa são bens públicos, pelo que não é suscetível de se apropriar por
ninguém.
o VPS: mas os direitos também não podem ser apropriados.
o Há faculdade de aproveitamento de um bem que é público, no âmbito do
interesse público.
o Ordem Jurídica pode atribuir um direito subjetivo mediante uma disposição
constitucional (consagradora de um “estatuto”), que atribui aos particulares a
possibilidade de fruição individual de um bem jurídico (que é “'coletivo”, ou de
‘todos”), de forma livre de agressões ilegais provenientes de entidades públicas
ou privadas – interesses difusos são direitos subjetivo públicos decorrentes da
CRP
o Estamos perante uma permissão normativa de aproveitamento desse bem.
Ninguém põe em causa a proteção objetiva, mas, simultaneamente há uma
permissão de utilizar esse bem no interesse individual.

Você também pode gostar