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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE- CAMPUS LARANJEIRAS

DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO


DISCIPLINA: Ética

PROBLEMAS REFERENTES A ÉTICA NA ARQUITETURA E URBANISMO

1-Plágio de projeto arquitetônico


“Nada se cria, tudo se copia”, essa frase é usada em muitos âmbitos, e
também se aplica na arquitetura e urbanismo.
É uma questão polêmica quando se fala de plágio na arquitetura, pois até que
ponto um projeto é semelhante a outro ou uma cópia? E mediante a esse empasse,
muitas pessoas acabam agindo com falta de ética, pois pelo código de ética da
arquitetura e urbanismo, “o arquiteto e urbanista deve repudiar a prática de plágio e
de qualquer apropriação parcial ou integral de propriedade intelectual de outrem”.
Todavia não são difíceis os casos de projetos copiados, visto que para se provar que
realmente houve um plágio são necessárias provas objetivas, algo muitas vezes
impossível. E sendo que não há critérios objetivos para se definir o que seria plágio
na área.
“Mesmo com tantas leis e resoluções, comprovar a originalidade e a autoria
de um projeto de arquitetura é sempre uma tarefa difícil e apenas o seu autor pode
iniciar a ação. Geralmente, os profissionais têm tentado se prevenir melhor através da
elaboração de contratos de prestação de serviços mais completos, que destaquem
bem seus direitos de imagem. É importante também que se façam os devidos registros
das obras através da RRT – Registro de Responsabilidade Técnica. E ainda há a
opção do registro no Instituto de Propriedade Intelectual” (TAGLIANI, 2017).

2- Cobrança inadequada ou não cobrança de projeto


Para se calcular o valor de um projeto existe diversas maneiras, entre elas, o
preço do metro quadrado de construção; tabela de honorários do IAB; porcentagem
do Custo Unitário Básico da Construção Civil (CUB) entre outros métodos. Entretanto,
independente de como seja definido o preço do projeto, ele deve ser condizente com
os valores trabalhados pela classe; pois uma cobrança feita com um valor abaixo do
praticado na área, gera uma desvalorização da classe, visto que o contratante entende
que um projeto arquitetônico por ser cobrado por um baixo valor, é um serviço de fácil
e rápida execução. Contudo é um trabalho que exige dedicação, estudo,
acompanhamento, e outras exigências. E mediante a tudo isso, deve ser bem
remunerado como qualquer outro serviço.
Há também profissionais que desenvolvem o projeto arquitetônico, mas não
cobram pelo trabalho ou quando cobram é uma quantia insignificante, visto que assim
o cliente irá contratar seus serviços, e quando for na parte de aquisição dos matérias,
o profissional irá dizer aonde comprar, e irá receber da loja. Pois encima dos valores
dos produtos que estão especificados no projeto, será cobrada uma quantia a mais
para se pagar o arquiteto, e desse modo o cliente vai pagar mais caro pelos matérias.
Valendo ressaltar, que essa prática é muitas vezes desconhecidas pelos
clientes, que por faltam de conhecimento ou confiança no profissional, acabam sendo
lesados. Demostrando o qual importante é a transparência na vida de um arquiteto,
pois no mesmo é depositado a confiança do cliente para a realização de seu tão
sonhado projeto.
Segundo Haroldo Pinheiro, presidente do CAU/BR “Isso tem a ver com a
imagem e os compromissos da boa Arquitetura, assim como com a relação entre os
colegas de profissão. Não podemos permitir a degradação da profissão e dos demais
arquitetos, que pela prática de um só, por vezes são considerados mau profissionais
pelo resto da sociedade”.
3- Falta de transparência
Quando um cliente procura um arquiteto, ele está buscando um profissional que
possa tornar o seu sonho em realidade, e esse arquiteto é a ponte entre o cliente e
seu projeto.
Mas para se chegar a finalização da construção, muitas etapas devem ser
cumpridas, entre elas, conversas entre o cliente e arquiteto; apresentação de projetos;
visita a obra; entre outros. Entretanto, o que seria uma empreitada prazerosa, pode-
se tornar uma dor de cabeça quando está lhe dando com um profissional que não
respeite prazos, cumpra com os acordos, tenha transparência, seja ético.
Quando o assunto é uma obra, tempo é dinheiro, pois está lhe dando com mão
de obra, materiais e prazos. E tudo isso gira em torno do arquiteto; temos como
exemplo o atraso na entrega das plantas, isso já irá implicar em dor de cabeça para
cliente, pois o mesmo irá ter que negociar com a mão de obra que irá realizar a
construção um novo prazo. Também podemos citar como exemplo, a falta de clareza
no projeto para o cliente, que muitas vezes ficam perdidos ao olharem as plantas, e ai
o arquiteto deve torna tudo o mais claro possível, para que quando esteja ocorrendo
a construção, não ocorra de se ter que derrubar por não ter sido aquilo que o
proprietário havia entendido.
Não é que não irá ocorrer imprevistos quando se fala no papel do arquiteto na
construção, mas ele deve ser transparente e comunicar a seu cliente sempre houve
algo.

REFERÊNCIAS:

1-TAGLIANI, Simone. Plágio na arquitetura existe sim! Saiba como lidar com isso!
Disponível em: <https://blogdaarquitetura.com/plagio-na-arquitetura-existe-sim-saiba-
como-lidar-com-isso/>. Acesso: 12 set. 17

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