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por um lado, dirige-se à concreta anulação ou declaração de nulidade do ato

impugnado, fundada no reconhecimento da sua invalidade;


o por outro lado, dirige-se ao reconhecimento, por parte do Tribunal de que a
posição que a Administração assumiu com o ato impugnado não era fundada
(seja porque não reunia os elementos constitutivos do poder exercido com a
prática do ato impugnado, seja por se terem verificado factos impeditivos ou
extintivos que obstavam ao exercício desse poder).
Art. 95º - define em termos adequados o que é o objeto do processo quanto à causa de pedir
➢ VPS: juiz deve decidir todas as questões que foram suscitadas pelas partes, não
podendo deixar nenhuma de lado e respondendo a todas até ao fim (na lógica do art.
6º/7º)
Art. 95º/1: regra da causa de pedir do CPTA é aquela segundo a qual o Tribunal deve decidir
todas a questões que as partes tenham submetido à sua apreciação e não pode ocupar-se
senão das questões suscitadas.
➢ Tem o alcance de determinar o objeto do processo como este sendo configurado
essencialmente pelas alegações das partes, devendo a causa de pedir ser determinada
em razão das pretensões dos sujeitos.
Art. 95º/1/1ª parte tem a dimensão acusatória
• Particular alega todas as questões que foram suscitadas, introduzindo lógica nova de
que o CAT não deve ser um contencioso de meras formalidades.
Art. 95º/1/2ª parte tem a dimensão inquisitória
• Pedido e Causa de Pedir estão interligados, quanto ao objeto do processo. Tem de se considerar
estes princípios todos.
• Isto resolve trauma do CAT – incongruência entre o que se defendia e o que se
praticava.
o Uma lógica puramente objetivista do CAT devia levar a uma lógica puramente
inquisitória do processo – lógica de uma causa de pedir correspondente
somente à ilegalidade da atuação administrativa, levando o juiz a procurar
todos os factos (independentemente ou não de terem sido alegados pelas
partes).
o Juiz podia conhecer de toda e qualquer ilegalidade, mas só atendia ao alegado
pelas partes atendendo aos vícios do ato (contradição).
o Doutrina e Jurisprudência criticam – franceses falam da Teoria das Hipóteses
de Erro, a partir do caso julgado.
▪ Entender este objeto de forma tão ampla levava a caso julgado com
uma amplitude maior que as desejadas.
▪ Nunca mais poderia apreciar essas questões.
▪ Não se poderia conhecer de mais ilegalidades ligadas àquela
ilegalidade.
▪ Juiz pode enganar-se daí surgir a Teoria das Causas de Erro.
▪ A partir daqui começa a surgir uma lógica contrária ao objetivismo.

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